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interpretação de textos esaf aula 04

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recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora. 
CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF 
 
PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
 
 
 
 
LUINPRÇÃDXTO-ESAF 
 
Módulo04 
 
 
Prof. Odiombar Rodrigues 
 
I-Aprsentação 
 
Chegamos ao nosso quarto encontro, a nossa caminhada já passou da metade da 
jornada, é hora de organizar os conteúdos, sistematizar alguns conhecimentos que 
ficaram dispersos e intensificar a prática. Essa é uma tarefa que exige a colaboração de 
cada um, pois aqui neste meu rincão, isolado dos alunos, não tenho condições de 
perceber o que está faltando para cada um de vocês. A participação de todos é que 
permite tomar conhecimento das lacunas que o curso possa ter, das precariedades que 
possa apresentar, tudo a fim de melhorá-lo. Por outro lado, a opinião também é 
importante, quando aponta os pontos positivos do trabalho, pois isto permite intensificar 
ações que são frutíferas. 
 
Na nossa aula de hoje, vamos falar sobre a unidade básica do texto que é o 
parágrafo, estudando seu conceito, estrutura e organização dos argumentos. Para nós, 
que temos foco em concursos públicos, o estudo do parágrafo é fundamental, pois são 
abundantes as questões que ocorrem em provas. Ao longo de nossa explanação, 
estabelecemos relações entre os conteúdos e a prática da interpretação de texto em 
concursos. 
 
Ampliamos um pouco o assunto através de um pequeno estudo sobre 
argumentação, principalmente, enfocando questões de provas. Por fim, desenvolvemos 
um pequeno estudo sobre os tipos de discurso, dada a presença deste assunto em 
algumas questões de prova, especialmente enfocando a transformação de um tipo em 
outro de discurso. 
 
Vamos encerrar esta introdução e passar de imediato ao desenvolvimento de 
nossos assuntos de hoje. Boa aula. 
 
 
 
1 
 
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CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF 
 
PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
Opágrafo 
 
Nas aulas anteriores, abordamos o texto como um todo, vendo tipologia, fatores 
de coesão e coerência e intertextualidade. Agora passamos a estudar o texto através de 
seus elementos constitutivos, ou seja, o parágrafo e a frase. Desde o ensino 
fundamental, os professores falam sobre parágrafo, mas o aluno fica restrito a uma 
postura nada sistemática, pois continua imaginando que a delimitação do parágrafo 
depende da vontade de cada um. Nada mais enganador. 
 
O parágrafo se autolimita, ao definir a primeira frase, pois ela contém (ou deve 
conter) os elementos indicadores de sua extensão. Por essa razão é que atribuímos tanta 
importância a ele. Vamos iniciar um estudo mais sistemático, estabelecendo dois 
aspectos importantes: 
 
a) Não se fala em “parágrafo padrão” no sentido de que uma fórmula é correta e 
as outras são erradas. Ao usarmos esta expressão, o que queremos propor é 
uma maneira didática de reconhecermos o parágrafo por suas características 
gerais. Cada autor tem seu modo de construí-lo, mas alguns traços são 
comuns e podem ser codificados. Por isso, o estudo do parágrafo é uma 
abordagem genérica tanto da construção, como da interpretação. 
b) A concepção de parágrafo atende a critérios técnicos e, também, à hierarquia 
das idéias no texto, isto em função da lógica argumentativa empregada. Em 
argumentos muito longos e complexos, o que poderia ser um parágrafo, 
subdivide-se em diversos outros, mantendo a lógica de uma idéia secundária 
em cada unidade. 
 
A maioria dos manuais de textos sobre parágrafo conceitua-o como uma unidade 
composta por orações que, no conjunto, formam um “pensamento completo”. A 
imprecisão do conceito é muito grande, pois é difícil imaginar a extensão de um 
“pensamento completo”. Esta medida não é confiável, por isso propomos um estudo 
centrado na estrutura do parágrafo para que possamos, com segurança, determinar a sua 
extensão. 
 
 
 
 
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CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF 
 
PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
Antes de passarmos para o estudo, propriamente dito, é importante ressaltar a 
relação do conteúdo com as provas de concursos. Muitas vezes o candidato lê o texto 
mais de uma vez, procurando localizar alguma passagem pedida pela ordem da questão. 
Quando se tem uma noção clara da estrutura do texto (introdução, desenvolvimento e 
conclusão) e da distribuição dos argumentos, fica fácil localizar qualquer passagem. 
Numa primeira leitura, o candidato já pode deixar o parágrafo com os destaques que lhe 
possibilitem responder com segurança. 
 
Em provas, as bancas publicam os textos divididos em parágrafos e, 
normalmente, com linhas numeradas. Este procedimento auxilia o leitor a localizar a 
informação e visualizar a organização dos argumentos. Em algumas ocasiões, as bancas 
distribuem os parágrafos de forma aleatória, a fim de solicitar ao candidato o 
ordenamento deles. Já estudamos este assunto, agrupando os parágrafos através dos 
marcadores de coesão. Agora nos interessa a prática de reconhecer os limites do 
parágrafo e a sua constituição. 
 
Para adquirirmos esta prática é importante desenvolvermos alguns conceitos 
básicos sobre o parágrafo: Conceito; Estrutura; Tópico frasal; Tipologia; 
Encadeamento 
 
Cnceito – Os textos são organizados em torno de pequenos trechos que formam 
uma unidade de idéia, chamados de parágrafos. Graficamente, o parágrafo é marcado 
pelo recuo da primeira linha. A extensão é muito variada, mas o que determina a sua 
amplitude é a unidade temática. Cada parágrafo deve conter uma idéia central com seu 
desenvolvimento. 
 
Estura- Assim como o texto, o parágrafo também tem introdução, 
desenvolvimento e conclusão, cada elemento é apresentado em períodos separados. Isso 
é um padrão, não uma obrigatoriedade. A introdução é composta por uma ou duas frases 
iniciais que expressam a idéia que será desenvolvida logo após. Geralmente, a primeira 
ou segunda frase do parágrafo encerra o tópico frasal que veremos logo a seguir. O 
desenvolvimento faz a ampliação da idéia exposta anteriormente, acrescentando alguns 
dados que possam ampliá-la ou explicá-la. A conclusão nem sempre está presente no 
parágrafo, pois a argumentação pode ter continuidade nos parágrafos seguintes e a 
 
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conclusão ser deixada apenas para o parágrafo final. Em outros casos, o período final do 
parágrafo não conclui, mas retoma o que foi proposto no tópico frasal. O estudo da 
conclusão é abordado pela questão um, logo abaixo. 
 
Esta estrutura padrão para o parágrafo é mais frequente em textos dissertativos, o 
que é muito comum ocorrer em provas de concursos, como já vimos anteriormente. No 
parágrafo introdutório, não aparece argumentação,o que, em geral, está presente nos 
parágrafos de desenvolvimento. 
 
Tópicofrsal – Acima já nos referimos ao tópico frasal, registrando a sua 
presença na introdução do parágrafo. O tópico frasal encerra a idéia central. A idéia 
central do primeiro parágrafo de um texto, em geral, corresponde à própria idéia central 
(tese) do texto. Por isso, é muito importante uma leitura atenta dele. No caso dos textos 
dissertativos, esta prática é a mais usual. 
 
Em torno do tópico frasal organizam-se as idéias secundárias, ele comanda a 
extensão do parágrafo, pois o que excede ao exposto nele deve passar para outro 
parágrafo. Nenhuma frase deve ultrapassar o conteúdo proposto no tópico frasal, esta é 
a medida que temos para a extensão do parágrafo. Nada além, nem aquém do que 
estiver presente no tópico. 
 
Tplogia–Em geral, os autores estabelecem nexo entre o tipo de parágrafo e o de 
texto, assim textos descritivos são compostos por parágrafos descritivos. Para nosso 
caso, é importante verificar que os textos dissertativos são compostos por parágrafos 
que priorizam a argumentação ou a exposição. 
 
Se o parágrafo for do tipo argumentativo, ele irá apresentar o tópico frasal com a 
tese que se propõe defender, seguida pela argumentação, concluindo pela sua aceitação 
ou refutação. Cada parágrafo, desse tipo, desenvolve uma tese/argumento que, em 
cadeia, constitui o texto como um todo. Por outro lado, se o parágrafo for expositivo, o 
tópico frasal será seguido por frases dependentes da principal. Para quem faz concurso 
isto é importante, porque permite mapear o texto e localizar todas as idéias principais e 
secundárias. Com este mapeamento, o candidato pode, com facilidade, responder 
 
 
 
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questões que solicitam avaliar se uma determinada ideia é coerente com o texto ou não. 
Logo após, em nossa prática, retomaremos este assunto. 
 
Vamos parar de teorizar para fazermos uma pequena prática, examinando um 
parágrafo e seu tópico frasal. Leia o parágrafo abaixo com atenção: 
 
Ninguém discordará, em sã consciência, da necessidade de o Brasil 
passar por mudanças significativas em sua legislação penal, tendo em vista 
adquirir um melhor instrumental jurídico para combater algumas das nossas 
mais notórias chagas sociais contemporâneas, quais sejam, o desrespeito à vida 
humana, a violência desenfreada – principalmente (não só) nas grandes 
concentrações urbanas – e, sobretudo, a crônica impunidade. No entanto, a 
justa pressão social pela diminuição dos assombrosos índices de violência e 
criminalidade não pode dar margem a um atabalhoado processo de mudança 
das leis penais que abrigue contradições, inconstitucionalidades e até efeitos 
contrários ao que se pretende. O Congresso Nacional e toda a sociedade 
brasileira precisam estar atentos a projetos de lei que, em lugar de combater o 
crime, podem se tornar inteiramente contraproducentes, chegando a estimulá-lo 
(...) 
 
Para isolarmos o tópico frasal neste parágrafo, vamos identificar o primeiro 
período e retirar dele todos os elementos modalizadores. (em parênteses): Ninguém 
discordará, (em sã consciência),(1) da necessidade de o Brasil passar por mudanças 
significativas em sua legislação penal, (tendo em vista adquirir um melhor instrumental 
jurídico para combater algumas das nossas mais notórias chagas sociais 
contemporâneas, quais sejam, o desrespeito à vida humana, a violência desenfreada – 
principalmente (não só) nas grandes concentrações urbanas – e, sobretudo, a crônica 
impunidade.) (2) 
 
(1) O primeiro elemento a ser retirado é a advertência, de que “em sã 
consciência” todos concordam. É importante observar o detalhe que esta 
expressão atribui aos argumentos do texto: a autoridade de considerar em 
“má consciência” todos que se opuserem à tese do autor. 
 
 
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(2) A expressão “tendo em vista” introduz um argumento, portanto não faz parte 
mais do enunciado da tese. Assim, podemos isolar, no primeiro período do 
parágrafo a tese: Ninguém discordará da necessidade de o Brasil passar por 
mudanças significativas em sua legislação penal. 
 
Numa questão de concurso esta tese pode ser pedida, assim como está no próprio 
texto ou transposta para outras formas linguísticas que mantenham o sentido original 
como: 
 
� Todos concordam sobre a necessidade de o Brasil passar por mudanças 
significativas em sua legislação penal. – A frase apenas passou para uma 
forma positiva. 
� É consenso a necessidade de o Brasil passar por mudanças na legislação 
penal. Agora procedemos a uma substituição lógica: “todos concordam” por 
“é consenso” o que não altera o significado. Quanto a eliminarmos o 
modalizador “significativas” não há problemas, pois em “mudanças” já está 
contida a idéia de “mudanças significativas”, ou seja, é apenas uma questão 
de grau de intensidade da mudança. 
 
Este é um procedimento padrão que você pode repetir na maioria dos casos. Em 
alguns parágrafos pode não funcionar bem, devido a questões de estilo, como o autor 
iniciar por um argumento, ou alguma circunstância, ou algum elemento indicativo de 
tempo ou espaço. 
 
15.-Ecdamento 
 
O parágrafo é a unidade básica do texto, assim como os períodos são seus 
constituintes. Por isso um texto pode ser graficamente representado: Texto = 
[parágrafo1 (período1+período2+período ) +paráfrafo2 (período1+período2+período ) 
+Parágrafo (período ...) Não se assustem, não é fórmula de matemática! Mas que 
parece, parece!!!!! 
 
Deste esquema resulta o entendimento de que um parágrafo é composto por mais 
de um período. O primeiro, destinado a apresentar a “idéia central” ou “tese”, seguido 
pelos períodos de argumentação sobre a importância do tema e, finalmente, um período 
 
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de encerramento do parágrafo. Para quem se dedica à produção de texto, este é um 
detalhe fundamental. 
 
Podemos enumerar os principais elementos de coesão entre os períodos, no 
parágrafo e entre esses em relação ao texto, vamos enumerar alguns elementos 
coesivos com seus significados mais comuns. 
 
Significado Elementos coesivos Exemplos 
 
Em primeiro lugar, Inicialmente, há a necessidade de distinguir as verdadeiras 
 
Prioridade Inicialmente necessidades do grupo.... 
 
 Antes de mais nada Antes de mais nada, é importante cumprir a lei.... 
 
 A situação econômica mundial está complicada, por
 Por exemplo 
 
 exemplo, os países não estão conseguindo exportar... 
 Ilustração A saber 
 
 Países desenvolvidos estão em dificuldade, a saber .Estados 
 
 ...quer dizer 
 
 
Unidos, Inglaterra....... 
 
 Uma crise econômica atinge a todos, portanto o Brasil deve 
 ... em suma 
 
 tomar cuidado com...... 
 Conclusão ... concluindo... 
 
 .... concluindo, pode-se esperar mudanças para o próximo 
 
 ...portanto 
 
 
ano, desde que as condições melhorem para as exportações.. 
 
 Por outro lado, há distorções fundamentais..... 
 Pelo contrário 
 
 Mas, para mim mais fascinante é .... 
 Oposição ...mas... 
 
 Os países ricos deveriam ajudar os países em
 
 ...em vez de... 
 
 
desenvolvimento em vez de apenas explorá-los 
 
 A crise atual, assim como a de 29, promove o
 ...assim como 
 
 empobrecimento de muitos países.... 
 Semelhança De acordo comDe acordo com as estatísticas, a população está crescendo 
 
 Segundo 
 
 
mais lentamente....... 
 
...além disso Também ficou comprovada a presença de álcool no 
 
Adição ...também organismo.... 
 
 ...e A falta de crédito reduz as vendas e provoca desemprego... 
 
 Talvez porque o homem vermelho seja selvagem, e não
 Talvez 
 
 possa compreender. 
 Dúvida Provavelmente 
 
 Provavelmente, os países emergentes terão ganhos com a 
 
 Pode ser que 
 
 
crise...... 
 
Certamente Certamente os investidores menos precavidos terão 
 
Certeza Por certo prejuízos consideráveis..... 
 
 Sem dúvida Sem dúvida, todos terão prejuízos com esta crise..... 
 
Esta lista não se esgota na apresentação desses elementos, muitos outros podem 
ser arrolados como: tempo (enfim, imediatamente, tão logo), espaço (perto de, logo 
após, próximo a), causa (por isso, por consequência, em razão de) e muitos outros 
elementos que acrescentam circunstâncias ao texto (ver questão 9). 
 
Estes elementos podem estar posicionados no interior do período, na ligação 
entre períodos ou estabelecendo a relação entre parágrafos. Eles são fundamentais para 
a compreensão do texto, por isso você deve ter uma atenção especial quando encontrá-
los, de preferência destacando-os bem. 
 
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Asdexto 
 
Para entendermos a “tese” é necessário estabelecer alguns pressupostos teóricos 
que a fundamentam. Quando falamos em “tese” estamos nos referindo, especialmente, 
ao texto dissertativo-argumentativo, conforme aula sobre tipologia de texto. Assim, nos 
textos descritivos e narrativos falamos em “idéia central”, porém nos textos 
argumentativos há uma transformação da “idéia” em tese, pois o que importa é 
convencer o leitor. Agora podemos entender que a tese é a própria “idéia central” 
embasada em argumentos que objetivam o convencimento do leitor. 
 
As bancas de concursos, na intenção de simplificar, eliminam esta distinção e 
usam termos genéricos para designar ora a “idéia central” ora a “tese”. Nos concursos 
públicos a maioria dos textos são dissertativo-argumentativos e, portanto, os enunciados 
visam identificar a tese do texto. A tese está intimamente ligada à intencionalidade, pois 
ambas revelam o objetivo do escritor ao produzir o texto. 
 
 
 
Argumentação 
 
Este é um dos assuntos fundamentais de nosso curso, pois os textos de provas, 
em geral, são dissertativo-argumentativos, como já repetimos muitas vezes. Agora cabe 
caracterizá-los através de seus procedimentos, ou seja, das estratégias argumentativas. O 
autor arregimenta recursos com a finalidade de convencer o leitor de seu ponto de vista: 
sua tese. Ao proclamar a tese e escolher os argumentos, o autor assume atitudes 
(procedimentos argumentativos) que revelam o seu modo de argumentação. 
 
 
 
Adrgumentivas 
 
Na construção do texto, o autor tem como fim último convencer o leitor, para 
isso ele utiliza uma das atitudes abaixo, o que não quer dizer de forma exclusiva. Ele 
pode eleger uma delas como básica e usar as demais como complementares em seu 
 
 
 
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processo argumentativo. Entre as atitudes mais comuns em textos de provas, podemos 
apresentar: Comparação; Análise; Classificação; Conceituação 
 
Acmpração– Neste procedimento o autor confronta dois argumentos a fim de 
optar por um deles. (lembre que estamos falando em texto dissertativo-argumentativo, 
se estivéssemos abordando a comparação nos textos dissertativo-expositivos, não 
haveria a “escolha” por um ou outro. O autor apenas faria a exposição das idéias). Na 
comparação, o autor procura encontrar as semelhanças e diferenças a fim de valorizar o 
seu ponto de vista. 
 
Quando o autor se propõe comparar, ele estabelece parâmetros que servem de 
referência para a sua escolha. Vejamos o texto abaixo em que o autor compara dois 
grupos de jovens, em termos de mercado de trabalho. Preste atenção no último 
parágrafo para observar que, ao concluir o texto, o autor retoma a idéia da frase inicial 
do texto. 
 
Texto2 
 
1 De fato, os jovens têm motivos para se sentirem inseguros. Começam a vida 2 profissional 
assombrados pelos altos índices de desemprego. Quase a metade dos 
3 desempregados nos grandes centros no Brasil é jovem. Além da falta de experiência, há 
 
4 o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalho ajuda 
 
5 a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar. 
 
6 Mas a disputa é acirrada também entre os mais bem-preparados. A grande oferta 
 
7 de mão-de-obra resulta em um processo cruel de avaliação, com testes de 
 
8 conhecimentos e de raciocínio lógico, redação, dinâmica de grupo, entrevistas. E não é 
 
9 só. O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se 
 
10 possui ou de descobrir como adquiri-las. 
 
11 Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rápido, a qualificação e o 
 
12 potencial comportamental é que definem um bom candidato, e não só o preparo técnico. 
 
13 (Isto é, 5/10/2005 – Texto adaptado). 
 
 
 
 
 
 
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Este pequeno texto nos auxilia a entender a questão da comparação. O primeiro 
parágrafo anuncia o tópico frasal “os jovens têm motivos para se sentirem inseguros”. 
Logo após, inicia-se a enumeração das razões para a insegurança dos jovens, 
classificando-as conforme o grau de preparo de cada grupo. No primeiro parágrafo, 
apresenta os menos preparados e, no segundo, os mais preparados. Nos dois casos há 
disputas e injustiças, mantendo-se a idéia do tópico frasal sobre a insegurança dos 
jovens. Ao concluir, no último parágrafo, o texto revela que os dois grupos são 
prejudicados pelo mercado de trabalho, pois, por uma razão ou outra, ambos acabam 
tendo insegurança. 
 
Aanálise– Alguns autores consideram a análise uma etapa posterior à 
comparação. Após eleger o seu posicionamento, o autor passa a examinar todos os 
elementos que constituem o seu argumento, reforçando as qualidades e minimizando os 
pontos fracos. A conclusão de um texto analítico, além de fundamentar a opção do 
autor, pode proporcionar o estabelecimento de alguma hierarquia entre os argumentos a 
fim de reforçar a tese, proposta na introdução. 
 
Alsficação– Em algumas situações, o autor pretende estabelecer relações entre a 
sua idéia e outras que fazem parte de um campo mais amplo. Ao estabelecer nexo entre 
o seu assunto com outros já conhecidos, o autor economiza esforço argumentativo, pois 
o contexto a que se refere já tem posicionamento consolidado. Ao enquadrar uma 
determinada atitude como racista, o autor já se vê descompromissado de argumentar 
sobre a condenação ao racismo, pois isso já está no senso comum. O seu esforço 
argumentativo pode se concentrar apenas na classificação do fato. 
 
Anceituação– O procedimento presente, neste tipo de texto, é o que caracteriza 
o seu assunto, de modo a permitir ao leitor identificar o fato como algo que está 
categorizado, isto é, concebido como tal e não se confunde com outro. Vejamos um 
exemplo: Ao estabelecer a definição do que seja “biocombustível” o texto deverá 
excluir, de sua origem, as fontes não renováveis, pois, por si só, este recurso energético 
tem por princípiopermanente a não utilização de recursos finitos como o petróleo. O 
texto abaixo apresenta uma conceituação do que seja “globalização”, leia-o: 
 
 
 
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1 Globalização significa que todos nós dependemos uns dos outros. As distâncias 
 
2 pouco importam agora. O que acontece em um lugar pode ter consequências mundiais. 
 
3 Graças aos recursos, instrumentos técnicos e conhecimentos adquiridos, nossas ações 
 
4 abrangem enormes distâncias no que sejam nossas intenções, erraríamos se não 
 
5 levássemos em conta os fatores globais, pois eles podem decidir o êxito ou o fracasso de 
 
6 nossas ações. O que fazemos (ou nos abstermos de fazer) pode influir nas condições de 
 
7 vida (ou de morte) de gente que vive em lugares que nunca visitaremos e de gerações 
 
8 que jamais conheceremos. (Zygmunt Bauman, O desafio ético da globalização Correio 
 
9 Braziliense, 21/10/2001). 
 
 
 
No texto acima, podemos identificar o tópico frasal com facilidade, pois ele 
surge no primeiro período do texto e de forma direta, indicando, através do verbo 
“significar”, a intenção do autor ao estabelecer uma forma de conceituação para o termo 
“globalização. O parágrafo está composto por seis períodos. 
 
� O primeiro introduz o assunto e lança a idéia de que a 
“globalização” significa “interdependência”. 
� Os quatro parágrafos seguintes conceituam a globalização através 
de exemplos. 
� O último conclui o texto com um alerta sobre a necessidade de estarmos 
atentos às consequências de nossos atos no mundo globalizado. 
 
Para encerrarmos esta discussão sobre atitudes argumentativas, podemos afirmar 
que essas são quatro atitudes básicas, o que não significa que tenhamos esgotado o 
assunto. Com a prática da leitura e interpretação de textos, vamos percebendo que este 
esquema tem caráter apenas didático, pois nos confrontaremos com escritos que 
perpassam mais de uma dessas atitudes. Para o concurseiro, este é um assunto muito 
importante, pois ele terá de responder questões que abordam tais procedimentos e, nem 
sempre, estará preparado para reconhecê-los em cada questão. 
 
 
 
Agaçãmxtdencuros 
 
 
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Voltemos, agora, a nossa atenção para outro assunto importante na área da 
argumentação. Não podemos perder o nosso foco: a interpretação de texto nos 
concursos públicos. Pois bem, os textos, nestas situações, são predominantemente 
dissertativo-argumentativos, como já comentamos antes, por isso vale a pena 
aprofundarmos um pouco mais a caracterização deste tipo de discurso. 
 
Para argumentar, o autor pode tomar dois caminhos: 
 
� construir um discurso “autoritário” que impõe ao leitor o seu ponto de vista 
ou 
� construir um discurso persuasivo. 
 
O primeiro caso está centrado na ordem, na imposição, não deixando margem de 
reflexão para o leitor. O segundo caso caracteriza-se por um processo de sedução, de 
encantamento que o autor constrói com a finalidade de convencer o leitor. 
 
Quando alguém se apresenta, diante de nós, com um texto desta natureza, com 
certeza, ele toma algumas precauções para nos convencer de seus propósitos. O autor 
“fala” de um determinado ponto de vista, objetivando uma intencionalidade e munido de 
certos recursos para nos “arrastar” em direção ao seu propósito. É importante 
analisarmos as estratégias mais comuns, usadas no processo de enunciação desse tipo de 
discurso. 
 
Quando o autor almeja nos convencer, ele arregimenta alguns recursos que lhe 
permitem interferir na opinião do leitor. Dentre estes, podemos destacar: 
distanciamento; modalização; tensão; transparência. 
 
Dsciamento– a voz do falante assume uma postura de não comprometimento 
com o assunto tratado. Com este recurso, ele finge para aproximar-se do leitor e 
conquistar a sua simpatia. Ao falar sobre um assunto polêmico, mesmo sendo 
especialista na área, o autor assume a posição do leitor ao usar expressões como; “nós 
cidadãos comuns...” “É um dever de todos...” “cabe a todo cidadão denunciar...” e 
outras que tornam o texto menos comprometido com suas posições. 
 
Mdlização– Quando a estratégia escolhida não é a do disfarce como a anterior, o autor 
pode assumir diretamente no texto o caráter autoritário, revelando uma face imperativa. 
 
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É comum, neste tipo de discurso, o uso do imperativo e/ou o uso da segunda pessoa 
gramatical (tu, ou vós..). O que caracteriza bem este discurso é o fato de não deixar, ao 
leitor, espaço para tomada de decisão. Em geral são textos com muito pouco ou 
nenhuma argumentação, pois não interessa ao autor discutir o tema, basta expor a sua 
vontade. 
 
Outras vezes o uso de modalizadores está ligado ao interesse do autor em 
enfatizar ou diminuir um posicionamento já conhecido. Em textos que abordam mitos 
ou conhecimentos populares (já consagrados pelo povo) há uma necessidade de não 
afrontar o leitor diretamente. Com este propósito podem surgir expressões como “talvez 
fosse melhor..” “concordaria se...” “ninguém pode negar, mas...” 
 
Tensão- O discurso regido pela tensão é facilmente identificável pelo seu 
centramento na primeira pessoa gramatical (eu). O autor apresenta seu ponto de vista, 
desenvolve seus argumentos e pode até provocar o leitor para uma reflexão, mas não 
deixa espaço para a argumentação contrária. Uma forma comum neste recurso é quando 
o autor lança uma pergunta, mas não abre espaço para o contraditório. Este discurso é 
distinto do modalizado pelo fato de que não traz o caráter autoritário e imperativo. 
 
Tsprência – O grau de transparência ou opacidade do discurso pode revelar seu 
caráter mais ou menos autoritário. Quanto mais consciente de seu poder, mais o autor se 
revela ao leitor, pois ele não está interessado em velar seus posicionamentos. Quanto 
menos enfático ele deseja ser na revelação de seu posicionamento, menos transparente é 
o seu discurso e, portanto, mais velada é a linguagem. Não há quem não conheça 
discurso de “autoridades em economia” quando desejam mostrar planos econômicos 
mirabolantes e com práticas nada democráticas. Suas falas tornam-se confusas, 
entrecortadas por “explicações” que nada explicam e com conclusões imperativas. Na 
outra ponta, está o discurso da “otoridade” policialesca que determina o comportamento 
dos demais, sem se preocupar em ocultar sua intencionalidade, pelo contrário, intimidar 
faz parte de sua estratégia. 
 
O estudo destas estratégias não se constitui objeto central para o concurseiro, 
mas o reconhecimento delas é fundamental para interpretar questões que falam sobre 
coerência entre o texto e determinadas alternativas de resposta. Não há necessidade de 
 
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saber teoricamente cada uma, mas é um imperativo reconhecê-las no interior do texto. 
Ocorre diferente quando estamos envolvidos com a produção de texto, pois neste caso a 
aplicação de cada uma delas é necessária para que o texto tenha uma configuração coesa 
e coerente. Nos cursos sobre produção de texto, detalhamos melhor este assunto e 
propomos exercícios para a fixação do uso de cada uma destas estratégias. 
 
 
 
Tpedicuros 
 
Quando o texto envolve personagens com suas falas, ou citações, o discurso 
sofre alterações a fim de registrar com exatidão o que foi expresso.Nestes casos os 
discursos podem ser classificados como: Direto; Indireto; Indireto Livre 
 
Direto– O texto reproduz textualmente a fala das personagens, ou seja, o 
narrador cede espaço, em seu discurso, para que a personagem se expresse diretamente 
através de suas palavras. Para o leitor, o efeito é como se estivesse ouvindo a 
personagem sem interferências do narrador. 
 
Este tipo de discurso tem marcas próprias que o caracterizam e asseguram a 
autenticidade da fala da personagem. Dentre os elementos caracterizadores, podemos 
citar: 
 
� Inicia por verbos que introduzem as palavras alheias. São mais comuns 
verbos como: dizer, falar, contestar e outros. 
� A fala surge após dois pontos para marcar o final do discurso do narrador e o 
início das palavras da personagem. 
� Os elementos formais (linguísticos do texto) assumem as características do 
falante, por isso há alteração na pessoa gramatical, nas formas verbais e 
elementos modalizadores como de tempo e espaço. 
� Quando o texto apresenta diálogo, que é alternância entre falas de duas ou 
mais personagens, cada intervenção vem marcada pelo uso do travessão. 
 
O discurso direto pode surgir em textos narrativos, mas em algumas situações 
pode ocorrer em textos dissertativos, quando o autor deseja transcrever textualmente um 
 
 
 
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conceito ou um depoimento. Nestes casos, o discurso direto fica integrado ao texto e 
marcado por algum destaque como “aspas”, “itálico”, “negrito” ou sublinhado. 
 
ndiretoI– No discurso indireto, o narrador incorpora as palavras da personagem 
em seu próprio discurso, mantendo o mesmo sentido e vocabulário. O que acontece no 
discurso indireto é uma acomodação da fala da personagem ao texto do autor. Para o 
leitor, a consequência é que ele toma conhecimento da fala da personagem de forma 
indireta, ou seja, através da fala do narrador. 
 
Alguns procedimentos estão presentes neste tipo de discurso: 
 
� Assim como o discurso direto, a fala é introduzida por algum verbo que 
marca a fala alheia como: dizer, falar, declarar e outros. A distinção é que o 
fato dito, ou declarado, agora está integrado na fala do narrador. 
� Esta integração é marcada por partículas introdutórias como “que”, “se” e 
outras. Ex: “disse que...”, “falou que...”. 
� Os elementos linguísticos ficam em concordância com o narrador, 
geralmente os pronomes apresentam-se em terceira pessoa. 
 
A passagem de um discurso para outro é marcada por algumas mudanças no 
plano da linguagem que evidenciam a alternância de vozes. As frases que no discurso 
direto são interrogativas ou exclamativas, no discurso indireto passam a declarativas. 
Com um exemplo podemos clarear a explicação: 
 
� Discurso direto - Luís Fernando Veríssimo, falando sobre crase, disse: Eu 
era contra a crase até aprender a usá-la. Hoje, eu a defendo, para não 
concluir que perdi meu tempo. 
� Discurso indireto – Falando sobre crase, Luís Fernando Veríssimo disse que 
era contra a crase até aprender a usá-la. Hoje, ele a defende para não concluir 
que perdeu seu tempo. 
 
ndiretolivreI – No discurso indireto livre não há uma linha divisória entre a fala 
da personagem e o discurso do narrador, eles estão plenamente integrados. Sob o ponto 
de vista gramatical a fala pertence ao discurso do narrador enquanto que o significado 
fica com a personagem. 
 
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O discurso indireto livre pode ser caracterizado por alguns elementos como: 
 
� Oscila entre a objetividade e autenticidade do discurso direto e 
a subjetividade do discurso indireto. 
� A fala da personagem fica intermediada pela do narrador. 
 
� Não traz marcas linguísticas, nem do discurso direto, nem do indireto. A fala 
fica totalmente integrada no fluxo da narrativa. 
 
Para elucidar, vejamos um exemplo de discurso indireto livre, retirado da obra 
As meninas de Lygia Fagundes Telles. 
 
Aperto o copo na mão. Quando Lorena sacode a bola de vidro a neve 
sobe tão leve. Rodopia flutuante e depois vai caindo no telhado, na cerca e na 
menininha de capuz vermelho. Então ela sacode de novo. Assim tenho neve o 
ano inteiro. Mas por que neve o ano inteiro? Onde é que tem neve aqui? Acho 
lindo a neve. Uma enjoada. Trinco a pedra de gelo nos dentes. . 
 
A primeira frase nos indica um discurso em primeira pessoa (aperto), mas logo o 
texto incorpora a terceira pessoa (Lorena sacode..), um pouco mais adiante surge outra 
primeira pessoa (tenho neve..) que não é a mesma do início do texto. Continuando o 
texto, podemos encontrar um diálogo que não está posto com travessão ou dois pontos, 
mas que pode ser percebido como tal, pois há uma alternância entre os pontos de vista 
da narradora e da personagem. 
 
Em concursos públicos este assunto costuma aparecer em questões que avaliam 
os elementos marcadores do discurso, como travessão, dois pontos, formas verbais e 
pronominais. Além destes aspectos formais, podem surgir questões sobre a passagem de 
um tipo de discurso para outro, solicitando avaliação de correção de linguagem e ponto 
de vista. 
 
 
 
Questãonº1. 
 
Leia o texto abaixo para responder à questão. 
 
A arte brasileira dos anos 60 começa com um movimento aparentemente 
conservador, a volta à figura depois do domínio dos abstratos na década de 50. Mas 
 
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estava ali a senha para uma revolução. A pop arte não incorpora só os símbolos de 
consumo, tirados da propaganda, dos quadrinhos e das placas de trânsito. Tenta 
incorporar os objetos do mundo. E o mundo não se reduz a quadro, esculturas e 
gravuras – suporte tradicional da arte. (Folha de São Paulo, 20 de abril de 1994) 
 
 
Assinale o trecho que corresponde a uma conclusão coerente com a ideia central 
 
do texto. 
 
a) Além disso, a reação à arte abstrata busca pintar imagens do inconsciente. 
 
b) Assim, a arte brasileira dos anos 60 termina com a instalação da 
“Tropicália”. 
c) Dessa maneira, participação é a palavra-chave para se entender a pop arte. 
 
d) Enfim, a revolução da linguagem artística dessa década, não é nem 
conservadora nem inovadora. 
e) Começa, a partir daí, uma explosão de nova linguagem na arte. 
 
 
 
Cmeádnº1.-Gbarito: E 
 
A ordem da questão solicita que seja escolhida a alternativa que corresponda a 
uma conclusão coerente com a ideia central. Necessitamos avaliar a alternativa que é 
capaz de encerrar a tese do texto, ou seja, a idéia central proposta na introdução do 
parágrafo. 
 
A alternativa correta é a letra “e”. Observemos a palavra “daí” na alternativa “e”, 
ela remete a um antecedente que marca um momento histórico (daí = deste fato, deste 
lugar..). Observando a última frase do texto, podemos ter como referente para esta 
palavra o fato de que “o mundo não se reduz a quadros, esculturas e gravuras” 
 
A letra “a” levaria para uma conclusão inconsistente, pelo fato do texto não 
abordar a arte inconsciente. Por outro lado, a alternativa “b” confunde, pois o texto 
enuncia que a arte nos anos 60 inicia conservadora e caminha para uma cultura pop, o 
que não é o mesmo que “tropicalismo”. 
 
 
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 (Esaf – TTN) 
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Na alternativa “c” há uma tentativa de inferir um dado do texto, só que a 
inferência não está autorizada, porqueo texto não fala em “entender” a arte, apenas 
expõe o caráter popular dela. Na alternativa seguinte (“d”), surge uma tentativa de 
mediar a evolução da arte, o que não é verdadeiro, o texto não tem tom conciliatório 
entre conservadorismo e vanguarda. O texto fala em uma passagem da arte 
conservadora para a pop, sem estabelecer termos médios. 
 
 
Para responder às questões 2 e 3, leia com atenção o texto abaixo: 
 
Seja nos mitos de criação seja na cosmologia de hoje, há uma busca do sentido 
do mundo, um esforço de compreensão da natureza e do universo. As representações do 
espírito humano, num caso e noutro, constituem variações sobre o mesmo tema: 
penetrar no âmago da realidade. 
 
Não é segredo algum descobrir que a busca de sentido para o cosmos se engata 
com a procura de sentido para a existência da família humana. Para além das 
concepções científicas e das diversidades culturais, o porquê da nossa vida, de sua 
origem e do seu destino, acompanha passo a passo nossa evolução histórica. A 
ocupação do planeta, a organização da confiabilidade, a compatibilização dos 
contrários, presentes em toda a parte, e a eterna busca de valores transcendentes estão 
no mesmo séquito que acompanha a observação do mundo natural, das descobertas de 
nexo entre causa e efeito, nos postulados científicos e nas aplicações técnicas. 
 
Não mais se conta com um eixo filosófico ou religioso sobre o qual girem as 
ciências, as técnicas e até mesmo a organização social. Como adverte Edgar Morin, a 
ciência também produz a ignorância, uma vez que as especializações caminham para 
fora dos grandes contextos reais, das realidades complexas. Paradoxalmente, cada 
avanço unidirecional dos conhecimentos científicos produz mais desorientação e 
perplexidade na esfera das ações a implementar para as quais se pressupõem acerto e 
segurança. Vivemos em uma nebulosa que não a via-láctea deslocando-se no espaço 
cósmico e explicável pela astronomia, mas uma nebulosa provocada pela falta de 
contornos definidos para o saber, para a razão e, na prática, para as decisões 
fundamentais, afinal o que significa tudo isso para a felicidade das pessoas e o destino 
 
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último da sociedade. (COIMBRA, José de Ávila Aguiar. Fronteiras da Ética. São 
Paulo: Senac, 2002, p. 20) 
 
 
Questãonº2. 
 
Assinale a opção que está de acordo com a idéia central do texto. (Esaf – MF/TRF) 
 
a) A cosmologia é uma ciência exata que dispensa valores humanísticos e 
procura apenas relações de causa e efeito. 
b) Os mitos, como exclusivas representações do espírito humano, configuram o 
caminho por excelência para a busca por valores transcendentais. 
c) As concepções científicas e a diversidade cultural são obstáculos que 
invalidam uma visão hegemônica do mundo natural. 
d) O porquê da vida humana, sua origem e seu destino são indagações 
subjacentes tanto aos mitos quanto às investigações de caráter científico. 
e) Nos postulados científicos e nas aplicações técnicas, as descobertas de nexo 
entre causa e efeito negligenciam as leis da cosmologia. 
 
 
Cmeádnº2.-Gbarito: D 
 
Conforme explanamos anteriormente, a idéia central está expressa no primeiro 
período do primeiro parágrafo, retirando os elementos secundários. Neste caso, o 
primeiro parágrafo é exemplar, tanto define a idéia central como já está reduzido a puro 
enunciado. Ora, dentre as alternativas a única que contempla o procedimento 
comparativo é a “d, portanto a correta. Para elucidarmos a questão vamos comentar o 
erro nas demais alternativas. 
 
O desenvolvimento da proposta da alternativa “a” está no segundo parágrafo e 
não constitui núcleo, idéia central, apenas é uma idéia periférica. As alternativas “b” e 
“c” são parciais, pois cada alternativa fala em um elemento do texto, a primeira faz 
referência aos mitos e a segunda à ciência. É fundamental ter cuidado com questões que 
abordam tema central, pois as alternativas podem encerrar verdades que não são centrais 
no texto. 
 
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A letra “e” contradiz o texto. A descoberta de causa e efeito é também um 
parâmetro buscado pela cosmologia. 
 
 
Questãonº3. 
 
Assinale a opção que está emdesacrdocom as idéias do texto. (Esaf – MF/TRF) 
 
a) O eixo filosófico ou religioso sobre o qual giravam as ciências, as técnicas e 
até mesmo a organização social não está mais disponível. 
b) Como as especializações se desviam dos grandes contextos reais e das 
realidades complexas, a ciência também produz ignorância. 
c) Se o avanço dos conhecimentos é unidirecional, produz-se desorientações e 
perplexidade nas ações para as quais acerto e segurança são pressupostos. 
d) A falta de contornos definidos para o saber é provocada pela razão e pelas 
decisões fundamentais da prática. 
e) A nuvem de matéria interestelar em que vivemos, que se desloca no espaço 
cósmico é explicável pela astronomia. 
 
 
Cmeádnº3.-Gbarito: D 
 
Agora estamos num campo muito próximo da questão anterior, mas não 
podemos confundir. Quando falamos em “idéia central” falamos no núcleo do texto e 
quando falamos em “idéias”, estamos no campo da presença delas no enunciado; é uma 
forma mais genérica - É o mesmo que dizer que são coerentes com o texto. Prestemos 
atenção: a questão pede a alternativa que está em desacordo, portanto aquela que não 
corresponde às idéias presentes no texto. 
 
A letra “d” extrapola plenamente o texto ao atribuir à razão a falta de contornos 
definidos para a ciência. Isto é contrário ao proposto no texto que expressa que a busca 
de valores transcendentes estão no mesmo séquito que acompanha (não que seja 
provocada) a observação do mundo natural, das descobertas de nexo entre causa e 
efeito, nos postulados científicos e nas aplicações técnicas (decisões da prática). 
 
 
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A alternativa “a” é textual, no terceiro parágrafo podemos ler: Não mais se conta 
com um eixo filosófico ou religioso sobre o qual girem as ciências, as técnicas e até 
mesmo a organização social. Na advertência de Edgar Morin, sabe-se que a ciência 
também pode produzir ignorância quando a especialização afasta-se dos contextos reais, 
isto comprova a adequação da alternativa “b”. 
 
Na letra “c” há uma forma de paráfrase do texto original. O último parágrafo é 
explícito ao afirmar que cada avanço unidirecional dos conhecimentos científicos 
produz mais desorientação e perplexidade. A alternativa “e” é interessante no modo 
como usa o texto. Lá, o autor faz uma metáfora com a via-láctea, mas na questão a 
banca usa parte da metáfora (apenas a parte denotativa) para explicar o que seja “a 
nuvem de matéria interestelar”. Não saiu do texto, o que significa que é pertinente (está 
de acordo) ao texto. 
 
 
Para responder às questões 4 e 5, leia com atenção o texto abaixo: 
 
1 O país talvez esteja passando por períodos de descrença e desrespeito para com o 
 
2 patrimônio público, pois parece que a separação entre o bem comum e o bem privado 
 
3 deixa de existir ou pelo menos de ser respeitada. Essa descrença talvez seja resultado de 
 
4 um processo de décadas de injustiça social e de negação da identidade cidadã. Uma 
 
5 nação constituída por pessoas que defendem e honram os seus direitos e deveres tem 
 
6 melhores condições de diminuir as injustiças sociais, dentre elas as causadas pela 
7 corrupção,e aumentar o nível de desenvolvimento e progresso. 
8 O desenvolvimento da Educação Fiscal torna-se primordial, pois permite 
 
9 informar os mecanismos de constituição do Estado, ao mesmo tempo em que torna o 
 
10 cidadão ciente da importância de sua contribuição, fazendo com que o pagamento de 
 
11 tributos seja entendido e visto como investimento para o bem comum. Com a 
 
12 informação, o indivíduo pode se apropriar do poder de questionar e verificar a utilização 
 
13 destes investimentos sociais. (Adaptado de www.receita. Fazenda.gov.br.) 
 
 
 
Questãonº4. 
 
 
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Em relação às idéias do texto, assinale a opção ncoretai. (Esaf – Sefaz/PI) 
 
a) Os argumentos do texto defendem o poder da informação no exercício da 
cidadania. 
b) O respeito à separação entre o bem comum e o bem privado é necessário 
para neutralizar a descrença. 
c) Justiça social, desenvolvimento e progresso estão relacionados à defesa e 
respeito aos direitos e deveres de cada indivíduo. 
d) A injustiça social e a negação da cidadania existentes há décadas podem 
estar provocando descrença. 
e) É dispensável, para que os tributos sejam considerados investimentos para o 
bem comum, um processo de esclarecimento ao cidadão. 
 
 
Cmeádnº4.-Gbarito: E 
 
O mesmo caso da questão anterior é pertinente a esta: verificar a coerência entre 
o enunciado e as idéias contidas no texto e, mais uma vez, solicita a ncoretai. O texto 
denuncia as injustiças e exorta para a necessidade de esclarecimento do cidadão. 
 
A letra “e” contradiz o texto todo ao considerar “dispensável” o esclarecimento 
ao cidadão, por isso ela é a errada em relação ao texto, mas a exigida pela ordem da 
questão. 
 
A alternativa “b” está de acordo com o texto ao expressar que “o respeito a 
separação entre o bem comum e o bem privado é necessário” conforme podemos ler no 
primeiro parágrafo. A letra “c” é direta do texto, enquanto que a “d” também tem apoio 
no texto ao constatar que a descrença é fruto da injustiça social, conforme o primeiro 
parágrafo. 
 
 
 
Questãonº5. 
 
Em relação às estruturas do texto, assinale a opção ncoretai. (Esaf – Sefaz/PI) 
 
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a) A incerteza em relação às afirmações do primeiro parágrafo é reforçada 
pelas expressões “talvez” (linha 1 ) e “parece” (linha .2.). 
b) A expressão “para com o” (linha 1 ) corresponde semanticamente ae.mrelçãao 
 
c) A forma verbal “tem” (linha 5 ) está no singular para concordar com “Uma 
nação (linha 4 e 5 ). 
d) Pode-se substituir “fazendo com que” (linha 10 ) porpermtindoque, sem 
prejuízo para a correção gramatical do período. 
 
e) A expressão “torna-se primordial” (linha 8 ) corresponde gramaticalmente e 
semanticamente aftnpmordial. 
 
 
Cmeádnº5.-Gbarito: E 
 
A incorreta é a letra “E” porque a substituição proposta altera substancialmente a 
frase ao trocar a forma verbal “tornar-se” que é reflexiva, por uma forma passiva. 
Observe-se também a troca do tempo verbal (presente pelo pretérito). Além da questão 
semântica que altera o sentido, a forma passiva ficaria sem sentido pela ausência do 
agente. 
 
As demais alternativas são corretas, pois são simples de conferir, basta proceder 
à mudança solicitada para perceber que são plenamente substituíveis. Nestas questões 
de substituições, às vezes, o candidato se engana ao imaginar que não necessita conferir 
a proposta da banca. A alternativa pode apresentar uma proposta de substituição que, 
em tese, é possível, mas no texto se mostra inadequada. Vamos conferir cada alternativa 
para apreciarmos as substituições. 
 
Na alternativa “a” os termos “talvez” e “parece” apresentam, realmente a ideia 
de dúvida, incerteza. Na letra “b” é feita a proposta para substituir “para com o” por 
“em relação ao”. Nada há que impeça tal troca, o que pode causar um pouco de 
estranheza ao candidato é que a expressão “em relação ao” acrescenta a preposição “a” 
o que é exigido pela palavra “relação a”. 
 
 
 
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Em “c” temos um caso em que a confirmação exige uma atenção especial quanto 
a frase do texto. Neste caso, devemos ter presente a oração principal: Uma nação (...) 
tem melhores condições de diminuir as injustiças sociais... O que está entre “uma 
nação” e a forma verbal “tem” são orações intercaladas. 
 
A substituição proposta na letra “d” é plenamente aceitável e não precisa ser 
mostrada. 
 
 
Leia o texto abaixo para responder à questão 6. 
 
1 O século XX foi o mais assassino na história registrada. O número total de 
 
2 mortes foi estimado em 187 milhões. O equivalente a mais de 10% da população 
 
3 mundial em 1913. 
 
4 Entendido como tendo-se iniciado em 1914, foi um século de guerra quase 
 
5 ininterrupta, com poucos e breves períodos sem conflito armado organizado em algum 
 
6 lugar. Foi dominado por guerras mundiais: quer dizer, por guerras entre Estados 
7 territoriais ou alianças de Estados. 
8 Apesar disso, o século não pode ser tratado como um bloco único, seja 
 
9 cronológica, seja geograficamente. Cronologicamente, ele se distribui em três períodos: 
 
10 a era de guerras mundiais centradas na Alemanha, e era de confronto entre as duas 
 
11 superpotências e a era desde o fim do sistema de poder internacional clássico. Chamarei 
 
12 a esses períodos de 1, 2 e 3. Geograficamente, o impacto das operações militares tem 
 
13 sido desigual. Com uma exceção (a Guerra do Chaco), não houve guerras entre Estados 
 
14 significantes (em oposição a guerras civis) no hemisfério Ocidental no último século. 
 
15 Em contrapartida, guerras entre Estados, não necessariamente desconectadas do 
 
16 confronto global, permaneceram endêmicas ao Oriente Médio e ao sul da Ásia, e 
 
17 guerras maiores diretamente resultantes do confronto global aconteceram no leste e no 
 
18 sudeste da Ásia. 
 
19 Mais impressionante é a erosão da distinção entre combatentes e não-20 combatentes. As 
duas guerras mundiais da primeira metade do século envolveram toda 
 
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21 a população dos países beligerantes; tanto combatentes quanto não combatentes 
22 sofreram. (Eric Hobsbawn,Apmidguera, com adaptações.) 
 Questãonº6. 
 Assinale a opção ncoretai a respeito da organização das idéias do texto: (Esaf – 
 MRE/AC). 
 a) O texto admite o seguinte resumo: 
 
O século XX foi o mais assassino na história registrada. Foi dominado 
por guerras mundiais, que fizeram erodir a separação entre combatentes 
e não combatentes. Não pode ser tratado como um bloco único, pois 
apresenta diferenças cronológicas e geográficas. 
 
b) Constam, no segundo e terceiro parágrafos, argumentos que comprovam a tese 
apresentada no primeiro: o século XX foi o mais assassino da história registrada. 
c) A organização do terceiro parágrafo do texto corresponde ao seguinte esquema: 
 
 
 Hemisfério 
 
 Ocidental 
 
Geograficamente 
 
 Oriente Médio e 
 
 Ásia 
 Século XX 
 
 Período 1 
 
 
 Cronologicamente Preíodo 2 
 Período 3 
 
 
d) Os períodos históricos enumerados nas linhas 11 e 12 correspondem 
respectivamente a 
 
1: guerras mundiais centradasna Alemanha. 
 
2: confronto entre superpotências com o fim do poder internacional clássico. 
 
3: guerras entre Estados no Oriente Médio e no sul, leste e sudeste asiático. 
 
 
 
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e) O parágrafo conclusivo do texto reforça o que afirma a oração inicial, porque 
mostra a abrangência da violência do século XX. 
 
 
Cmeádnº6.-Gbarito: D 
 
Nesta questão, a Esaf está plenamente renovada, apresentando esquemas e 
tabelas que auxiliam a compreensão. Se, por um lado, este procedimento torna a questão 
mais longa, por outro a torna mais clara. 
 
A alternativa “d” fica incorreta pelo fato de que os conflitos enunciados, na 
ordem, não correspondem aos presentes no texto. O texto distribui os conflitos em três 
eras. Nesta alternativa a era 1 está correta, mas a dois apresenta duas eras juntas. No 
texto diz: (...) a era de guerras mundiais centradas na Alemanha (1), e era de confronto 
entre as duas superpotência (2)s e a era desde o fim do sistema de poder internacional 
clássco (3). . 
 
A alternativa “a” trata de resumo. O resumo é uma espécie de texto definido 
como aquele que contém todos os elementos do texto principal, apenas excluindo as 
idéias secundárias. Examinando o texto, podemos perceber que todas as idéias estão 
contidas nele e, portanto, é correto, não servindo como resposta. 
 
Realmente os parágrafos dois e três são argumentativos com relação ao primeiro, 
por isso a alternativa “B” também é correta. No parágrafo um, o autor expõe a tese de 
que “O século XX foi o mais assassino na história registrada. No parágrafo dois ele 
determina o período, como sendo após o conflito de 1914. No parágrafo três o autor 
mapeia as guerras em função da divisão cronológica e geográfica. 
 
O esquema da “c” está “bonitinho” e correto, pois corresponde ao conteúdo do 
 
texto. 
 
A “e” também é correta, pois o parágrafo final é conclusivo e coerente com o 
primeiro. O parágrafo final expõe a intensidade dos conflitos que não distinguiram 
 
 
 
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combatentes de não combatentes. Isto fecha o argumento inicial de que o século XX foi 
o mais assassino na história registrada. 
 
 
Para responder às questões 7 e 8, leia o texto abaixo. 
 
A mata que cobria uma das margens de um rio estava em chamas. Um escorpião, 
vendo que iria morrer carbonizado, pede a um sapo, que se preparava para ir para a 
outra margem, que o leve nas costas. O sapo recusa-se, dizendo que o escorpião poderia 
picá-lo. Este diz que não haveria nenhuma razão para isso, pois se o aguilhoasse, 
morreria afogado. Continua dizendo que ele poderia estar tranquilo, pois aferroá-lo era 
ir contra a sua própria vida. O sapo consente, então em transportá-lo. O escorpião 
acomoda-se em suas costas. O sapo começa a nadar. No meio do rio o escorpião pica-o. 
Sentindo a ação do veneno, o sapo indaga o porquê daquela atitude, já que ambos iriam 
morrer. O escorpião responde que não podia resistir à vontade de aferroar os outros. 
 
 
 
Questãonº7. 
 
Assinale a alternativa que corresponde à idéia principal, em torno da qual se 
organiza a história acima. (Esaf – FR/MT) 
 
a) A vingança é uma atitude de seres mesquinhos. 
 
b) É comum a falta de solidariedade entre as pessoas. 
 
c) A importância de os seres se prepararem para certas exigências da vida. 
 
d) Nenhuma circunstância pode mudar a natureza e a índole do homem. 
 
e) As pessoas não cumprem a palavra empenhada. 
 
 
 
Cmeádnº7.-Gbarito: D 
 
Esta questão traz uma novidade que é a presença de uma fábula, espécie de texto 
dificilmente presente em provas. O que caracteriza a fábula é o fato das personagens 
serem animais e possuirem uma moral final. A função da fábula, exatamente esta, é 
 
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transmitir uma lição moral às crianças. Armados por este conhecimento teórico, 
podemos passar à resolução da questão. 
 
A letra “d” corresponde, realmente, a uma moral da história: a natureza (humana 
ou animal) é imutável. É da natureza do escorpião picar, portanto, não há acordo que o 
livre deste “destino”. 
 
Na letra “a” surge o tema da vingança, o que é descabido, pois o escorpião não 
teria nenhuma razão para vingar-se do sapo que, além de inocente, foi solidário. 
 
A resposta do escorpião é que “não podia resistir à vontade de aferroar”, este 
impulso é o motivo e não a questão da solidariedade. Na verdade, o escorpião estava de 
carona e solidário estava sendo é o sapo. Este raciocínio invalida a alternativa “b”. 
 
Na alternativa “c” aparece o tema do “inesperado”, algo que também não 
justifica a atitude do escorpião. Não há exigências da vida na atitude do escorpião. 
 
O mesmo ocorre com a “e”, pois não é uma questão de quebra de trato, mas sim 
da força imperiosa de picar que comanda o animal. 
 
Como o texto é uma fábula, o compromisso argumentativo é com a moral que 
está sendo transmitida e não com a lógica da natureza. O tipo de texto, também, 
determina a coerência textual. 
 
 
Questãonº8. 
 
O texto sónãoapresenta: (Esaf – MRE/AC) 
 
a) Discurso direto 
 
b) Sequência cronológica de ações 
 
c) Elementos descritivos 
 
d) Elementos dissertativos 
 
e) Narrador em terceira pessoal 
 
 
 
 
 
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Cmeádnº8.-Gbarito: A 
 
A questão 8 avalia uma série de elementos de constituição do texto. Vamos 
analisar um por um: 
 
a) Discurso direto – Examinamos este assunto na parte teórica quando 
caracterizamos os tipos de discurso. No texto, todas as falas são indiretas, 
não há transcrição das palavras das personagens. A afirmativa é incorreta em 
relação ao texto e, portanto, é a exigida pela ordem da questão. 
b) Sequência cronológica de ações – Você pode observar os verbos que 
designam ação e perceberá que eles estão em ordem crescente do início para 
o fim da história. Verdadeira, portanto não serve como resposta. 
 
c) Elementos descritivos – O texto inicia com uma descrição: A mata que 
cobria uma das margens de um rio estava em chamas. Realmente, este é um 
processo descritivo e confirma que a alternativa é correta em relação ao 
texto, mas não serve como resposta para a questão. 
 
d) Elementos dissertativos – Os aspectos dissertativos do texto tornam-se 
evidentes pelas argumentações presentes nas falas. O diálogo entre os dois 
no momento em que o escorpião convence o sapo de transportá-lo é um 
exemplo de processo dissertativo. 
e) Narrador em terceira pessoa – Basta examinar as formas verbais para 
constatar que estão na terceira pessoa. 
 
Muito simples esta questão, embora implique conteúdos pouco usuais em provas 
de concurso, mas o inesperado é uma arma importante das bancas! 
 
 
Questãonº9. 
 
Numere os sequencializadores na ordem em que devem preencher as lacunas do texto, 
de modo a garantir-lhe coesão. A seguir, marque a ordenação correta. (Esaf - ANEEL - 2004) 
 
( ) ou ( ) assim ( ) que 
( ) pois ( ) além do que ( ) além de 
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Depois da primeira linha de transmissão – LT Taquaruçu/Assis/Sumaré, de 505 km de 
extensão, __1__ entrou em operação comercial em 12/10/2001, com investimento deR$ 207,5 
milhões, diversos empreendimentos passaram a operar comercialmente __2__ foram licitados 
com sucesso. __3__ a ANEEL já outorgou concessões para 13,7 mil quilômetros de novas 
linhas e entre elas 7,4 mil quilômetros entraram em operação comercial até junho de 2004 
__4__ está prevista a entrada em operação de mais 800 km até o final do ano. Esses 
empreendimentos melhorarão significativamente a capacidade de transmissão de energia, __5__ 
acrescentarão mais de 20% na extensão das linhas, em relação aos 61,5 mil km existentes em 
1995, __6__ criarem oportunidade de empregos diretos para mais de 25 mil pessoas. (Adaptado 
de texto de www.Aneel.gov.br) 
 
A ordenação correta é 
a) 2, 5, 3, 4, 1, 6. d) 3, 4, 1, 5, 2, 6. 
b) 1, 3, 2, 6, 5, 4. e) 6, 1, 3, 5, 2, 4. 
c) 4, 2, 3, 6, 1, 5. 
 
 
 
Cmeádnº9.-Gbarito: A 
 
Este tipo de questão avalia a capacidade de perceber os elementos de conexão do texto. 
Para responder à questão, é importante verificar, na lista, aqueles elementos conectores que são 
mais fáceis de identificar. Neste exercício o “que”, funcionando como relativo, é um elemento 
bem notório. Duas posições ele pode preencher ( 1 - 2 ). Na posição 1 o “que” mantém 
coerência, mas na posição 2 a frase fica prejudicada. Portanto, podemos definir o quinto 
elemento da sequência como sendo: ? - ? - ? - ? - 1 - ? O outro elemento fácil é “ou”, pois deve 
estar na posição alternativa com o relativo, portanto na posição 2 (que entrou em operação (...) 
ou foram licitados...) Agora sabemos a posição de mais um elemento: : 2 - ? - ? - ? - 1 - ? 
 
O primeiro período fala do sucesso da concessão de linhas, o que nos permite prever 
uma argumentação afirmativa “assim”. (Assim a ANEEL já outorgou concessões ....) Agora já 
temos mais um elemento na sequência: : 2 - ? - 3 - ? - 1 - ? 
 
Agora podemos concentrar nossa atenção em duas expressões semelhantes: “além do 
que” e “além de”. Na posição quatro só pode entrar “além do que”, devido à forma verbal 
 
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vizinha que exige conjunção. (..... além do que está prevista....). O “além de” tem duas posições 
disponíveis, porém somente na seis ele faz sentido, portanto (..... além de criarem..... ). Temos 
 
mais dois elementos: : 2 - ? - 3 - 4 - 1 - 6. Agora temos resolvida a posição cinco que só pode 
ser “pois”: 2 - 5 - 3 - 4 - 1 - 6. Esta sequência está na alternativa “a”, que é a correta. 
 
Este tipo de questão não é difícil, mas o concurseiro deve estar muito concentrado para 
não confundir a posição da palavra no texto e a ordem dos números resultante da escolha. 
 
 
Questãonº10. 
 
Em cada item marque o seqüenciador pertinente à lacuna correspondente no texto e, 
depois, escolha a seqüência correta. (Esaf - ANEEL - 2004) 
 
Getúlio chegou ao poder em meio a um movimento que representava a ruptura com as 
oligarquias da República Velha. Personalizava, ____________(A), um projeto de mudança, 
 
_____________(B) dele não fosse consciente. É verdade que ele próprio tinha pertencido ao 
regime anterior – foi ministro da Fazenda e presidente do Rio Grande do Sul –, numa repetição 
de padrão brasileiro. ______________ (C), chegou ao Rio de Janeiro no bojo de um movimento 
que propunha algo de inovador. Seu período na Presidência marcou a presença na política de 
um novo ator: a classe trabalhadora. Getúlio soube perceber a importância das classes populares 
e passou a apelar para elas. ___________________ (D), não se tratava exatamente de um novo 
ator – ____________(E), o povo não tinha força efetiva. (Adaptado de Fernando Henrique 
Cardoso) 
 
 
(A) x. portanto; y. todavia (D) x. Já que; y. Na verdade 
 
(B) x. porquanto; y. mesmo que (E) x. afinal; y. conquanto 
 
(C) x. De todo modo; y. Ademais 
 
 
 
a) y,x,x,y,y c) y,x,y,x,x e) x,y,x,y,y 
b) x,y,x,y,x d) x,x,y,y,x 
 
 
 
 
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Cmeádnº10.Gbarito:- B 
 
Esta questão é muito semelhante à anterior, apenas acrescenta uma dificuldade 
pelo fato de que cada alternativa oferece duas palavras: “x” ou “y”. Conforme for sendo 
feita a escolha, por “x” ou “y”, vai determinando a sequência nas alternativas. 
 
Na posição “A” o texto exige um elemento conclusivo, pois são argumentos 
cumulativos (representa uma ruptura com o passado e um tem como desfecho um 
projeto de mudança. Ao optarmos por “portanto” temos o primeiro elemento da 
sequência: : x - ? - ? - ? - ?. Na posição “B” devemos incluir um elemento concessivo, 
pois Getúlio é um promotor de um projeto de mudanças mesmo que dele não fosse 
consciente (embora não fosse consciente). A nossa sequência ganha mais um elemento: 
: x - y - ? - ? - ?. Na posição “C” não podemos ter um elemento cumulativo de 
argumentação como “ademais”. O contexto exige “de todo modo.” Novamente, temos 
“x”, o que significa que nossa sequência já é: : x - y - x - ? - ?. Na penúltima posição 
temos uma frase retificatória, “....na verdade, não se tratava exatamente de um novo 
ator” que fecha o texto com uma conclusiva: “afinal”. Assim definimos os dois últimos 
elementos da sequência: : x - y - x - y - x o que corresponde a alternativa “b”. 
 
 
 
Questãonº1. 
 
Nesta questão você encontrará cinco blocos de planejamento de texto que se compõem 
de um título e tópicos. Marque o item em que um ou mais tópico(s) não é/são coerente(s) com 
o título. (Esaf - Prefeitura do Recife - 2003) 
 
a) Criação da Câmara de Gestão do combate à violência 
 
Seguir o modelo da Câmara criada na crise da energia; juntar esforços do governo 
federal e governos estaduais. 
 
b) Forças-tarefa 
 
Combate à violência não pode esperar pela reorganização dos serviços de segurança 
pública; as forças-tarefa atuarão nas regiões metropolitanas; atuação nos focos de ausência do 
Estado e de controle pelo crime organizado. 
 
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c) Reaparelhamento e salários 
 
O reaparelhamento das polícias deve caber à União; os Estados devem adotar política 
salarial consentânea com carreira de estado. 
 
d) Saneamento das polícias 
 
Focos de corrupção: desperdícios; investigação independente das corporações para fazer 
frente ao corporativismo. 
 
e) Unificação das polícias 
 
Polícias trabalham como se buscassem fins diferentes. As polícias não se comportam 
como instrumentos políticos complementares; objetivo a perseguir: manutenção do status quo. 
 
Cmeádnº1.Gbarito:- E 
 
Esta questão é muito interessante, pois ela não traz texto, mas os seus elementos 
constituintes. Cabe ao aluno avaliar o tópico em relação às idéias propostas abaixo. Cada uma 
das alternativas é como se tivéssemos o esquema de um texto: o tópico frasal e os argumentos. 
 
A banca aponta a alternativa “e” como a que não mantém coerência entre o tópico e os 
argumentos. Vamos examinar. O tópico é “Unificação das polícias”. A primeira frase pode 
servir como um argumento para a necessidade da unificação, pois trabalham como se 
buscassem fins diferentes. A segunda esbarra numa questão fora de contexto, pois não é função 
policial ser instrumento político. Ninguém promoveria uma “unificação das polícias” tendo por 
finalidade “manter o status quo”. Por estas e outras razões estes elementos não são coerentes 
com a tese (tópico) proposta. Assim a letra “e” é a solicitada pela ordem da questão. 
 
Na alternativa “a” as duas frases são coerentes com a “Criação de Câmara de Gestão de 
combate à violência.A primeira frase escolhe o modelo criado para a “crise de energia”. A 
segunda frase propões a unificação dos esforços das esferas federal e estadual. A coordenação 
de ações é coerente com a ideia de “Câmara de Gestão”. 
 
A letra “b” aponta como saída a criação de “Forças-tarefa. No desenvolvimento, aponta 
a necessidade urgente que não pode esperar pelas reorganização dos serviços de segurança. O 
local de atuação são as regiões metropolitanas e com presença nos locais controlados pelo crime 
organizado. 
 
 
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No item “c” fala em “Reaparelhamento e salários”. Nos argumentos aponta para a 
definição de competências. À União cabe o reaparelhamento, enquanto que aos Estados 
compete o pagamento de salários dignos com a carreira de estado. 
 
A alternativa “d” trata do “Saneamento das polícias. Todos os itens que seguem 
abordam fatores de desprestígio das polícias: corrupção, investigação independente e 
corporativismo. 
 
 
Questãonº12. 
 
Em cada parágrafo das questões seguintes, encimado por um subtítulo, ordene os itens 
de modo a formar um texto coeso e coerente. Descarte o item que não for coerente e coloque 
nesse item um “d”. Marque, depois, a seqüência correta. (Esaf - Prefeitura do Recife - 2003) 
 
Câmara de Combate à Violência 
 
( ) Igualmente importante é saber como o país chegou ao atual estágio de insegurança 
 
pública. 
 
( ) É o que constata desde o Presidente da República até o brasileiro mais humilde. 
 
( ) A prisão perpétua significa pouco ou nada para eles. 
 
( ) Para combatê-la é preciso distribuir renda. 
 
( ) A violência atingiu um grau insuportável, que não pode ser mais tolerado. 
 
( ) Mas não é só: estamos propondo a criação da Câmara de Combate à Violência, nos 
moldes da Câmara de Energia. 
 
a) 3, 1, d, 5, 4, 2 c) 4, 1, d, 3, 2, 5 e) 2, 5, 3, 4, 1, d 
b) 5, 2, d, 3, 1, 4 d) d, 1, 5, 4, 2, 3 
 
 
 
Cmeádnº12.Gbarito:- B 
 
Como podem observar, neste módulo estamos explorando tipos de questões diferentes a 
fim de que os candidatos não sejam surpreendidos por “novidades” que, embora simples, podem 
 
 
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atrapalhar na hora de responder. Esta questão 12 é semelhante à outras de ordenação de texto, a 
novidade é que há o descarte de um dos elementos, marcado na sequência com a letra “d”. 
 
Neste tipo de questão, é necessário observar muito bem o tópico e os elementos que 
seguem, procurando, em primeiro lugar, o que deve ser descartado. Esta questão fala em 
“Câmara de combate à violência”, portanto, todos os elementos devem estar voltados para ações 
preventivas. O terceiro elemento mostra que “A prisão perpétua significa pouco ou nada para 
eles”. Isto não é ação preventiva e, além disso, o “eles” remete aos infratores, que não são o 
tema em discussão. O que se discute é a criação de uma câmara de combate à violência. 
 
A frase que pode ser tese para o parágrafo é: “a violência atingiu um grau insuportável, 
que não pode ser mais tolerado”. Ela justifica a ação de criar a “Câmara”. Surge, logo em 
seguida, o argumento de que a violência é de conhecimento de todos: do Presidente da 
República até do brasileiro mais humilde. Assim temos definidos dois elementos: ? - 2 - d - ? - 1 
- ?. A frase que segue é uma das soluções possíveis para o combate à violência: “distribuição de 
renda”. Uma ação não é suficiente, por isso um “mas” pode dar sequência, apresentando outra 
ação, ou seja, criar a câmara nos moldes da Câmara de Energia que tem outra solução, buscar as 
razões que levaram a este estado de violência (5). Agora temos a sequência exigida pela 
questão: 5 - 2 - d - 3 - 1 - 4. 
 
 
Revisão 
 
Estudamos alguns pontos teóricos muito importantes para a interpretação de 
texto, mas muitos outros aspectos desses assuntos podem ser abordados e as bancas 
estão sempre à procura de “novidades”, o que significa que tendem a privilegiar aqueles 
aspectos sobre os quais as pessoas estão menos informadas. Esta é a razão de 
trabalharmos com uma visão mais ampla dos conteúdos, a fim de cobrir um campo 
maior de conhecimento, bem como conferir tipos de questões diferentes. 
 
Dos pontos teóricos abordados, a argumentação mereceria um pouco mais de 
profundidade, mas o que foi abordado consegue fornecer conhecimento suficiente para 
responder grande parte das questões propostas. No módulo de hoje, abordamos mais 
 
 
 
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alguns termos teóricos. O importante não é sabê-los de cor, mas reconhecê-los em 
textos, a fim de avaliar seu uso. 
 
Muitas questões do fórum são comuns a muitos alunos. Estou preparando um 
arquivo para incluir no módulo 05 retificações e respostas a assuntos repetidos. É uma 
forma de atingir a todos ao mesmo tempo. 
 
O nosso módulo 04 ficou muito longo, pois estamos com mais de quarenta 
páginas, quando o projeto inicial era de vinte e cinco a trinta páginas. Espero que não 
tenham ficado aborrecidos pelo excesso de conteúdos. Como anexo, incluí o arquivo 
com os nomes de origem indígenas que originalmente era para ser enviado só para 
quem solicitasse, mas os pedidos foram tantos que resolvi distribuir a todos. 
 
 
 
Cnclusão 
 
Chegamos ao final de mais uma aula, novos conteúdos foram acrescentados. 
Espero que tenham usufruído tanto dos aspectos teóricos, como dos práticos. Não 
esqueçam de que toda a dúvida deve ser enviada por e-mail, a fim de que possamos 
ajudar, de forma mais individualizada, a cada um de vocês. O sucesso de nosso curso 
depende muito da colaboração de cada um dos alunos. 
 
Como falamos no início, ainda há tempo de incluirmos em nosso trabalho algum 
tópico que vocês possam julgar necessário, não deixem de sugerir. Vamos encerrar por 
aqui, aguardando mensagens de vocês. 
 
 
 
Até o próximo encontro. 
 
Odiombar - odiombar@pontodosconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anexo I 
 
 
 
 PALAVRAS PORTUGUESAS DE ORIGEM TUPI 
 
 Antônio Geraldo da Cunha
 
 Obs: muitas destas palavras podem apresentar uma ou
 
 múltiplas variantes gráficas 
 
 
 
 aguapeaçoca andiroba aramaçá 
 
 aguaraquiá angaturama aramarê 
 
 aí angüera arapapá 
 A 
 aiapa anhá arapari 
 
 aiereba anhaíba (anhuíba) arapiraca 
 
abacatuaia aig anhaibatã araponga 
 
abacaxi aipim anhangá arapuã 
 
abaeté airi anhangaquiabo arapuca 
 
abaruna ajajá anhangüera arara 
 
abati ajuberaba anhanguiara arará 
 
abativi ajuru anhuma ararambóia 
 
abijaguaçu ajuruaçu anhumapoca araranim 
 
abiu (abio) ajuruatubira anijuacanga araraúba 
 
abiurana ajurucatinga aninga araraúna 
 
abuna ajurucurau aniuá arari 
 
abutua (ajurucurica) apapá araribá 
 
acaçu ajuruetê apareíba ararica 
 
açaí ajuruim apé araroba 
 
acaiacá ajuruju apeíba arasoare 
 
acaju ambuá aperema (ara[pa]soare) 
 
acajucatinga ambuaçava apiacá arataca 
 
acapu amendoim apicu arataciú 
 
acapurana amingua apií araticum 
 
acará amisaua apitiuba araticu-panã 
 
acaracoro amoré aquê aratu 
 
acaracoroi amoreatim aquiqui aratuém 
 
acaraobi amoreguaçu ará araturé 
 
acarapeba amorepoca arabutã arauebóia 
 
acarapitanga anacã araçá arauiri 
 
acarapitinga anajá aracanhuna

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