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CASO CONCRETO - AGRAVO INTERNO (OU REGIMENTAL) O casal JOSÉ DE OLIVEIRA e MADALENA DE OLIVEIRA é proprietário do imóvel apartamento 608, do bloco 01, à Rua Guanabara, nº 222, Campo Grande, RJ, que sofre ação de execução por falta de pagamento das cotas condominiais movido pelo CONDOMÍNIO MORADA DO CAMPO. Tiveram a notícia por terceiros que seu imóvel, que se encontrava alugado, havia sido levado à hasta pública em 21/06/2018 e arrematado por ANDRÉ RAMOS. Os proprietários não foram intimados de nenhum dos atos processuais do processo de execução, que entendem ser nulo, já que não lhes foi oportunizada a apresentação de defesa. Por isso, ajuizaram ação declaratória de nulidade da arrematação c/c pedido de tutela provisória de urgência, processo n°. 111111-11.2020.8.19.0001, (apenso ao processo de execução principal) em face do CONDOMÍNIO MORADA DO CAMPO e de ANDRÉ RAMOS. A tutela provisória pretendia evitar os efeitos da arrematação do imóvel enquanto tramitava a ação declaratória de nulidade da arrematação. Entretanto, o juízo indeferiu a tutela entendendo não haver periculum in mora. Inconformados com a decisão denegatória, e acreditando que sofrerão dano irreparável a seu patrimônio uma vez que correm risco de perder o bem imóvel que lhes pertence para o arrematante André Ramos, interpuseram Agravo de Instrumento com pedido de atribuição de efeito suspensivo para evitar que isso ocorresse. Agravo nº 005555-55.2020.8.19.0000. O agravo foi distribuído para a 17ª Câmara Cível e a desembargadora relatora indeferiu a concessão do efeito suspensivo considerando não haver o periculum in mora, visto que a arrematação do imóvel em questão já havia sido concluída. Assim, como advogado dos proprietários, redija a peça cabível contra a decisão da relatora que indeferiu o efeito suspensivo do recurso (agravo de instrumento) considerando que: - A decisão monocrática denegatória dos efeitos foi publicada no dia 30/10/2019, e o prazo final está disciplinado no art. 1070 do CPC. - Está comprovado nos autos que não houve a notificação judicial dos proprietários do imóvel para ciência do leilão, para que pudessem exercer o direito de defesa. - A Desembargadora Relatora indeferiu o pedido de suspensão dos efeitos da decisão agravada, sob a fundamentação, de que: “(...) No caso, não se verifica o periculum in mora, visto que a arrematação do imóvel em questão já foi concluída, e estão ausentes vícios aparentes que maculem o procedimento.” - O arrematante do imóvel já se encontra em vias de cumprir mandado de imissão na posse do imóvel objeto da demanda originária, e que quando for registrada a carta de arrematação – momento da transferência de propriedade, não haverá mais como obter provimento jurisdicional para reaver o bem MERITÍSSIMO DESEMBARGADOR RELATOR, DO AGRAVO DE INSTRUMENTO DE Nº005555-55.2020.8.19.0000 – EGRÉGIA 17ª CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. PROCESSO Nº 005555-55.2020.8.19.0000 JOSÉ DE OLIVEIRA e MADALENA DE OLIVEIRA, já qualificado, representado pelo advogado que ora subscreve, nos autos do Agravo de Instrumento em epígrafe, no qual figuram como agravantes, sendo agravados CONDOMÍNIO MORADA DO CAMPO e ANDRÉ RAMOS, não se conformando com a r. decisão monocrática que negou provimento ao recurso dos autores, vem, com fulcro no artigo 1.021 do CPC, interpor AGRAVO INTERNO Outrossim, das razões que seguem anexas, requerendo a V. Exa. o reexame da matéria, ou, em não havendo a possibilidade do exercício do juízo de retratação, que seja o recurso colocado em mesa para apreciação pelo Egrégio Colegiado , com a reforma do decisum atacado. Termos em que, pede deferimento. Local e Data ADVOGADO OAB RAZÕES DE AGRAVO INTERNO AGRAVANTE: JOSÉ DE OLIVEIRA; MADALENA DE OLIVEIRA AGRAVADO: CONDOMÍNIO MORADA DO CAMPO; ANDRÉ RAMOS EGRÉGIO TRIBUNA COLENDA CÂMARA NOBRES JULGADORES 1- DA SÍNTESE DA DEMANDA: Trata-se o caso de ação por meio da qual os autores requerem a nulidade da arrematação do imóvel localizado à Rua Guanabara, nº 222, apartamento 608, bloco 1, Campo Grande, neste Estado. Em razão da ausência do pagamento das cotas condominiais, o 1º Agravado propôs ação de execução contra os agravantes que resultou, em 21/06/2018, na arrematação em hasta pública pelo 2º agravado. Verifica-se que os agravantes não foram intimados de nenhum dos atos processuais da ação de execução, possuindo ciência do feito através de terceiros, e dessa forma, entendem ser nula a arrematação por não lhes oportunizar a apresentação de defesa. Por essa razão, os agravantes requereram a tutela de urgência para evitar os efeitos da arrematação do imóvel enquanto tramitar a ação declaratória de nulidade da mesma. O resultado foi o indeferimento da tutela, pois o magistrado entendeu não haver periculum in mora. Inconformados, e sob a ameaça de dano irreparável de seu patrimônio caso finalize o procedimento da arrematação, transferindo a propriedade para o 2º agravado, interpuseram Agravo de Instrumento com efeito suspensivo. Interposto o presente agravo de instrumento, foi, por decisão monocrática, negado provimento ao mesmo. É contra tal decisão que os autores se insurgem por meio do presente agravo interno. 2- RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA No caso em questão, insta salientar que estão presentes os requisitos autorizadores da tutela de urgência, de que trata ao art. 300, do Novo Código de Processo Civil, isto é, elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Nos termos da decisão agravada, conforme entendimento da Ex.ª Sr.ª Desembargadora Relatora: No caso, não se verifica o periculum in mora, visto que a arrematação do imóvel em questão já foi concluída, e estão ausentes vícios aparentes que maculem o procedimento Entretanto, ainda que tenha ocorrido a arrematação, o 2º agravante ainda não cumpriu o mandado de imissão na posse do imóvel, não registrada a carta de arrematação, razão pela qual, a transferência da propriedade ainda não se efetivou, mantendo a mesma com os Agravantes. Assim sendo, é perfeitamente possível a concessão da tutela de urgência para suspender o procedimento da arrematação, impedindo que o 2º Agravado transfira a propriedade para si, o que irá resultar na diminuição do patrimônio dos Agravantes. 03 – CONCLUSÃO: Diante do acima exposto, requer os AGRAVANTES a V. Exa. que reconsidere in totum a d. decisão que negou provimento ao agravo de instrumento em referência. Caso entenda V. Exa. pela manutenção da d. decisão, pede vênia para requerer seja o presente recebido como AGRAVO INTERNO e, submetido ao Colegiado, seja o mesmo CONHECIDO E PROVIDO, para que seja inteiramente reformado o r. decisum, provendo-se o agravo de instrumento. Nestes termos, Pede deferimento Local e data ADVOGADO OAB
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