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TRABALHO DE PROCESSO TRABALHISTA

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TRABALHO DE PROCESSO TRABALHISTA
COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO
PROFESSOR RICHARD JAMBERG
ALUNA: ANA CRISTINA FERREIRA DOS SANTOS
5 A
PERIODO MANHÃ
COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
O que competência?
Competência
substantivo feminino
JURÍDICO (TERMO)
Qualidade legítima de jurisdição ou autoridade, conferidas a um juiz ou a um tribunal, para conhecer e julgar certo feito submetido à sua deliberação dentro de determinada circunscrição judiciária.
POR EXTENSÃO
Atribuição, alçada, conta.
"isto não é da sua c."
https://www.google.com
Segundo Schiavi, “há um certo consenso na doutrina processual brasileira” e, assim, os critérios de competência da Justiça trabalhista são repartidos em razão: das matérias (também chamada de razão objetiva ou em razão da natureza da relação jurídica); das pessoas (em razão da qualidade das partes envolvidas na controvérsia jurídica); em razão do lugar (também chamada de competência territorial) e em razão da função (também denominada competência em razão da hierarquia dos órgãos judiciários ou competência interna).
COMPETÊNCIAS EM RAZÃO DAS MATÉRIAS
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
 Definição“... a competência em razão da matéria vai dizer respeito aos tipos de questões que podem ser suscitadas na Justiça Laboral, compreendendo a apreciação de determinada matéria trabalhista. ” Sérgio Martins Pinto p.104, as competências materiais da Justiça do Trabalho estão dispostas nos incisos subsequentes do artigo 114.
Antes da EC 45/2004, o dispositivo constitucional em análise fazia menção à relação de emprego, que é aquela firmada entre empregado e empregador, com a presença dos requisitos do art. 3º da CLT, quais sejam, pessoa física, pessoalidade, habitualidade, subordinação e onerosidade
A substituição do termo relação de emprego (espécie) por relação de trabalho (gênero) ampliou a competência da justiça do trabalho, pois todas as relações de trabalho, tais quais são os autônomos, avulsos, eventuais, ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra – OGMO (Art. 652 da CLT), pequeno empreiteiro ou artífice (art. 652, III, CLT), representante comercial pessoa física (equiparado a artífice), estagiário, cooperado, etc.
O inciso II, atribui competência à Justiça do Trabalho o processo e o julgamento de ações que envolvam exercício do direito greve.
 	O inciso III dá competência à Justiça do Trabalho para resolver ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores, sendo, assim, competente à justiça do trabalho amplas questões como: contribuições sindicais, eleições sindicais, por fim, até sobre acordos coletivos.
O inciso IV a competência da Justiça do trabalho, para “julgar e processar os mandados de segurança, habeas corpus, habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. ”
O inciso V à competência da Justiça do Trabalho o julgamento e o processo de conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, salvo o disposto no artigo 102, inciso 1,o, que garante ao STF conflitos de competência entre o STJ e quaisquer tribunais superiores (inclusive o TST).  
O inciso VI, a competência que tem a Justiça do Trabalho de processar e julgar ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho. A súmula vinculante 22 do STF, unifica o entendimento jurisprudencial quanto à essa competência: 
“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.”[Súmula V. 22]
O inciso VII, a trata sobre ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
JUSTIÇA DO TRABALHO NÃO TEM COMPETÊNCIA
A justiça do trabalho não tem competência para processar e julgar prestador de serviços pessoa jurídica (exemplo: representante comercial pessoa jurídica- Art. 39 da Lei 4.866/65) e não detém competência para análise de relação de consumo. Segundo entendimento majoritário dos tribunais superiores à Justiça do Trabalho, à ação para cobrança de honorários advocatícios, o STJ editou a Súmula nº 363, afirmando que “compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente”. O TST vem entendendo que a Justiça do Trabalho se mostra incompetente para analisar tais pedidos, por parecer esta, uma relação de consumo.
Outro destaque especial é que a Justiça do Trabalho não tem competência criminal, não processa e não julga nenhum crime, inclusive os crimes contra a organização do trabalho, é aos juízes federais compete processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira (Art. 109, VI da CF). 
A execução de contribuição de imposto de renda dos trabalhadores que não declararam seus rendimentos salariais durante o contrato de trabalho não é competência da Justiça do Trabalho e sim da Justiça Federal (Art. 109,I da CF), que as ações de natureza previdenciária relativas ao benefício da aposentadoria por invalidez não são de competência da Justiça do Trabalho (Art. 109,I da CF e Súmula 501 do STF), que as causas em face da União relativas a direitos humanos cuja violação decorre de descumprimento de tratado internacional não são de competência da Justiça do Trabalho (Art. 109, V e VI da CF) e que crimes contra organização do trabalho, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira não são de competência da Justiça do Trabalho (Art. 109, V e VI da CF). 
QUANTO AOS SERVIDORES PÚBLICOS
Os conflitos que tratam sobre funcionários públicos sujeitos ao regime de direito administrativo – os servidores estatutários - serão competentes à Justiça Comum, Federal ou Estadual. Isso se deve principalmente após o entendimento do STF após a ADIN n.3.395, a qual suspende toda e qualquer interpretação dada ao Inciso 1, do art. 114 da C.F que inclua na competência da Justiça do Trabalho as ações entreos servidores públicos regidos pelo regime estatutário e o Estado, esvaziando a competência do Trabalho.
COMPETÊNCIA EM RELAÇÃO AS PESSOAS
 	Sérgio Pinto Martins: “relação de trabalho é gênero, que compreende a relação de emprego”, de modo que na “relação de emprego, o vínculo criado tem natureza privada”, enquanto nas relações de trabalho o vínculo pode ser tanto de “natureza pública (entre o funcionário público e o Estado), como de natureza privada (entre o trabalhador autônomo e os eventuais tomadores de serviço”.
Quanto as pessoas, conforme a CLT nos artigos 1º e 3º, “toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário” e a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço, inclusive os profissionais liberais, as instituições de beneficência e outras instituições recreativas que admitem trabalhadores como empregados.
Os trabalhadores domésticos também serão apreciados pela Justiça do Trabalho, conforme o Decreto no. 71.885/73.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Em razão do acesso ao Poder Judiciário, da facilitação da produção de prova e conforme determinado em lei (Art. 651, caput da CLT), via de regra, a competência territorial, local onde a reclamação trabalhista deve ser distribuída ou ajuizada, é no último local em que o empregado prestou serviços, mesmo se contratado em outra localidade. 
Não importa se empregado estrangeiro ou não, desde que tenha trabalhado no Brasil.
 
Assim, se for contratado em São Paulo/SP para trabalhar em Recife/PE, a competência territorial será desta última cidade. Se for contratado em São Paulo/SP, transferido para o Rio de Janeiro/RJ e posteriormente para o Natal/RN, sendo neste último local dispensado, a competência será da última cidade em que trabalhou, ou seja, Natal/RN. 
Exceções: 
1) Art. 651 § 1º da CLT - Agente ou viajante comercial – local em que a empresa tenha agência ou filial. Na falta, Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a Vara da localidade mais próxima de seu domicílio. 
2) Art. 651 § 2º da CLT- empregado brasileiro que trabalha em agência ou filial no exterior (Súmula n. 207/TST (lei do local da contratação, mas competência da JT). 
Se o empregado for brasileiro e sendo contratado no Brasil para trabalhar no exterior, poderá ajuizar a demanda trabalhista no Brasil. Ponto importante é a desnecessidade da empresa reclamada possuir sede ou filial no Brasil para o ajuizamento da reclamação trabalhista. Apesar de entendimentos contrários, não há tal necessidade, uma vez que a citação poderá ser realizada para o país estrangeiro no qual a empresa possui sede ou filial, por meio de carta rogatória, devendo ser observadas as regras de direito material estabelecida na Lei n. 7.064/82. 
3) Art. 651 § 3º da CLT - empregador que realiza atividades fora do local do contrato (circo, empresa teatral, empresa de ônibus) – no local do contrato ou no último lugar da prestação dos serviços.
 
4) OJ 130 da SDI-2
I – A competência para a Ação Civil Pública fixa-se pela extensão do dano. 
II – Em caso de dano de abrangência regional, que atinja cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos. 
III – Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência concorrente para a Ação Civil Pública das Varas do Trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho. 
IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída.
A competência territorial é relativa, não podendo ser reconhecida de ofício pelo juiz (Súmula nº 33 STJ), razão pela qual a parte interessada deve apresentar alegação de incompetência.
A inadequação às normas de competência absoluta deve ser declarada de ofício pelo Magistrado, conforme art. 64, §1º do CPC/15. Assim, verificando o Juiz do Trabalho que a demanda não é de sua competência, e sim, da Justiça Comum, determinará a remessa dos autos àquela justiça, reconhecendo a sua incompetência de ofício, ou seja, sem requerimento.
Referencias: 
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-Lei nº 5.442, de 01.mai.1943. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452compilado.htm. Acesso em: 02.nov.2017.
BRASIL. Lei nº 7.701, de 21. dez. 1988. Disponível em:< www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7701.
BRASIL. Lei nº 5.889, de 8.jun. 1973. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5889.
 BRASIL. Lei nº8935, de 18.nov.1994. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8935.htm. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 44 ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara 2015. p.40
MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho: doutrina e prática forense. 32 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SCHIAVI. Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 10 ed. São Paulo: LTr, 2016.
www.ricardoteixeira.com.br
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