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Infecção pelo HIV e Aids

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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
Características gerais 
Infecção pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana) e a aids (manifestação clínica na fase avançada) → problema 
de saúde pública de ↑ relevância; caráter pandêmico e transcendente. 
Pessoas infectadas sem tratamento: evolução para grave disfunção imunológica LTCD4 (céls. alvo do vírus) 
destruídas. 
Agentes etiológicos: HIV-1 e HIV-2, retrovírus da família Lentiviridae. 
Retrovírus citopáticos e não oncogênicos; necessitam da transcriptase reversa (responsável pela transcrição do RNA 
viral para uma cópia de DNA) para multiplicarem-se. 
Reservatório: homem. 
Modo de transmissão 
▪Via sexual, pelo sangue (parenteral, vertical) e leite materno. 
▪A partir do momento que a pessoa é infectada → capaz de transmitir o vírus. 
▪ Infecção muito recente “aguda” ou 
avançada → ↑ carga viral; ↑ 
transmissibilidade. 
Processos inflamatórios, como IST, favorecem 
transmissão do HIV 
 
Período de incubação: tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, SRA 
(síndrome retroviral aguda) → 1-3 semanas. 
Período de latência: após SRA, tempo de aparecimento de sinais e sintomas da aids → em média 10 anos. 
♦ Sinais de imunodeficiência associada ao HIV podem aparecer com tempo de latência variável. 
Suscetibilidade: epidemia de HIV/aids concentrada gays, homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, 
profissionais do sexo (maioria dos casos novos). Crescimento em adolescentes e jovens. 
Manifestações clínicas 
✓ Infecção aguda, SRA ou infecção primária: 
● Manifesta clinicamente em pelo menos 50% dos pacientes. 
● Diagnóstico é pouco realizado (↓ índice de suspeição). 
● Caracteriza-se por viremia elevada, resposta imune intensa e queda rápida na contagem de linfócitos T 
CD4+ de caráter transitório. 
●Sinais e sintomas aparecem durante o pico da viremia e da atividade imunológica. 
● SRA é autolimitada: maior parte dos 
sinais e sintomas desaparece em 3 a 4 
semanas. Linfadenopatia, letargia e 
astenia podem persistir por vários meses. 
 
 
 
 
➢ Relações sexuais desprotegidas; utilização de sangue ou seus 
derivados não testados adequadamente; recepção de órgãos ou 
sêmen de doadores não testados; reutilização e compartilhamento 
de seringas e agulhas; acidente ocupacional durante a 
manipulação de instrumentos perfurocortantes contaminados com 
sangue e secreções das pessoas. 
✓ Manifestações clínicas variam, desde quadro gripal até uma síndrome 
semelhante à mononucleose. Podem apresentar sinais/sintomas de 
infecção viral, como febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, 
exantema maculopapular eritematoso; ulcerações mucocutâneas, 
envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália; hiporexia, adinamia, 
cefaleia, fotofobia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e 
vômitos. Alguns pacientes podem apresentar candidíase oral, 
neuropatia periférica, meningoencefalite asséptica e síndrome de 
Guillain-Barré. 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
 
✓ Fase assintomática 
● A infecção precoce pelo HIV (como fase assintomática) pode durar de alguns meses a alguns anos 
● Sintomas clínicos são mínimos ou inexistentes. 
● Exames sorológicos para o HIV são reagentes e a contagem de linfócitos T CD4+ pode estar estável ou em 
declínio. 
● Algumas pessoas podem apresentar uma linfoadenopatia generalizada persistente, flutuante e indolor. 
 
✓ Fase sintomática inicial 
● A pessoa vivendo com HIV (PVHIV) pode apresentar sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável, 
e processos oportunistas menos graves (complexo relacionado à aids (ARC)). 
 
 
 
 
 
O aparecimento de Infecções Oportunisitas (IO) e neoplasias é definidor da aids. 
 
Diagnóstico 
Janela diagnóstica: tempo decorrido entre a infecção e o aparecimento ou detecção de um marcador da infecção 
(RNA viral, DNA proviral, antígeno p24 ou anticorpo). 
Janela imunológica ou janela de soroconversão: período de tempo entre a infecção até a primeira detecção de 
anticorpos. 
Mais adequando trabalhar com período médio de janela imunológica de 30 dias (pode variar entre pacientes, mais 
ou menos e caso persista a suspeita de infecção pelo HIV, coletar nova amostra 30 dias após última coleta). 
Período de janela imunológica: testes capazes de identificar o vírus → biologia molecular para a detecção do 
material genético viral (testes de quantificação de carga viral). 
→ Diagnóstico da infecção pelo HIV em crianças com idade menor ou igual a 18 meses 
♦A identificação precoce da criança infectada verticalmente é essencial para o início da terapia antirretroviral e 
evitar intercorrências decorrentes do vírus. 
♦Passagem transplacentária de anticorpos maternos IgG-HIV interfere no diagnóstico sorológico da infecção viral. 
♦Anticorpos maternos podem persistir até os 18 meses de idade → métodos que realizam a detecção de 
anticorpos não são recomendados para o diagnóstico em crianças menores de 18 meses de idade. 
✓ Necessária a realização de testes moleculares: quantificação do RNA viral (carga viral) e para detecção do DNA 
pró-viral, disponibilizados pelo DIAHV. 
Considerar indicações do “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Crianças 
e Adolescentes”. 
 
➢ São indicativos de ARC a candidíase oral e a presença de 
mais de um dos seguintes sinais e sintomas, com duração 
superior a um mês, sem causa identificada: linfadenopatia 
generalizada, diarreia, febre, astenia, sudorese noturna e 
perda de peso superior a 10%. 
➢ Infecções oportunistas: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, 
meningite criptocócica e retinite por citomegalovírus. 
Neoplasias: sarcoma de Kaposi (SK), linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens. → 
Situações em que a contagem de LT-CD4+ situa-se ↓ de 200 céls/mm³, na maioria das vezes. 
➢ O HIV pode causar doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como 
miocardiopatia, nefropatia e neuropatias. 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
 
 
→ Diagnóstico da infecção pelo HIV em crianças com idade superior a 18 meses, adolescentes e adultos 
Sistema de estagiamento laboratorial da infecção recente pelo HIV-1, conforme detecção dos seguintes marcadores 
(Figura 1): 
 
• Material genético (RNA viral): o genoma do HIV é constituído por duas cópias de RNA de cadeia simples. É o 
primeiro marcador a ser detectável em amostras de sangue, aproximadamente 10 dias após a infecção. 
• Antígenos: qualquer substância ou material que possa estimular a produção de anticorpos em um organismo. O 
antígeno p24 do HIV é uma proteína do nuclocapsídeo do HIV, detectável em aproximadamente 15 dias após a 
infecção. 
• Anticorpos: proteína (imunoglobulina) produzida por linfócitos B, que se liga especificamente a uma substância 
reconhecida como estranha pelo organismo. É o último marcador a ser detectável, aproximadamente 20 dias após 
a infecção. 
Para a investigações desses marcadores em amostras biológicas, podem ser utilizados os seguintes testes diagnósticos: 
 • testes moleculares – detecta diretamente o RNA viral (teste de quantificação da carga ciral do HIV) ou o DNA pró-viral (teste 
qualitativo de detecção do DNA pró-viral); importante quando a detecção de anticorpos não é possível. 
• imunoensaio (IE) –capazes de detectar anticorpos anti-HIV. 3ª geração: detecção simultânea de anticorpos na-HIV IgG e IgM; 
4° geração: detecta simultaneamente o antígeno p24 e anticorpos específicos anti-HIV. 
• western blot (WB)/imunoblot (IB)/imunoblot rápido (IBR) –ensaios que apresentam proteínas virais imobilizadas em suas 
membranas, capazes de se ligar a anticorpos anti-HIV específicos. O imunoblot rápido é semelhante ao imunoblot, mas 
emprega a metodologiaplataforma de duplo percurso (DPP, do inglês dual path platform), permitindo a detecção de anticorpos 
em menos de 30 minutos. 
• teste rápido (TR) - são imunoensaios simples, que utilizam a metodologia de imunocromatografia e fornecem 
resultados em até 30 minutos. São realizados preferencialmente de forma presencial (teste realizado na presença 
do indivíduo) com amostra de sangue total obtida por punção digital ou amostra de fluido oral. Pode ser realizada 
coleta por punção venosa (menos recomendado pelo SUS). 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
Para a realização do diagnóstico da infecção deve ser adotado o uso de fluxogramas preconizados pelo Manual 
Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. O fluxograma é formado por dois ou mais 
testes combinados (objetivo de aumentar o valor preditivo positivo de um resultado reagente no teste inicial). 
O primeiro teste - mais sensível; segundo teste - mais específico (p/ eliminar resultados falso-reagentes). 
Resultado não reagente → liberado com base em um único teste com elevada sensibilidade (teste inicial); se 
persistir suspeita de infecção pelo HIV, coletar nova amostra 30 dias após a última. 
O resultado reagente (tanto na testagem rápida, quanto laboratorial) deve ser complementado com um segundo 
teste, conforme fluxograma de testagem escolhido, para conclusão da amostra. É importante ressaltar que todos 
os indivíduos recém-diagnosticados devem realizar o exame de quantificação da carga viral e de Contagem de 
Linfócitos T CD4+. 
 
Fluxograma 1 – Dois testes rápidos (TR1 e TR2) realizados em sequência com amostras de sangue 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
Fluxograma 1: Todos os indivíduos que apresentarem resultados reagentes em dois testes rápidos devem realizar 
imediatamente o exame de quantificação da carga viral, cujo resultado confirma a presença do vírus, e contagem de 
linfócitos T-CD4+. 
O Fluxograma 1 não é adequado para o diagnóstico da infecção pelo HIV em crianças com idade inferior ou igual a 18 
meses. 
Este fluxograma não define o diagnóstico de infecção por HIV-2. . O Fluxograma 1 não é adequado para o diagnóstico 
da infecção aguda pelo HIV-1. 
 
 
Fluxograma 2: Um teste rápido utilizando fluido oral (TR1-FO) seguido por um teste rápido utilizando sangue (TR2) 
 
 
Fluxograma 2: mesmas considerações do 1. 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
 
Fluxograma 3 – Imunoensaio de 4ª geração seguido de teste molecular como teste complementar 
 
 
 
 
 
 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
 
 
Fluxograma 4: Imunoensaio de 3ª geração seguido de teste molecular como teste complementar 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
Fluxograma 5: Imunoensaio de 3ª geração seguido de western blot, imunoblot ou imunoblot rápido como teste 
complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
 
Fluxograma 6 – Imunoensaio de 4ª geração seguido de western blot, imunoblot ou imunoblot rápido como teste 
complementar 
 
 
 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
Características epidemiológicas 
O número de pessoas vivendo com o HIV continua a aumentar, em grande parte porque globalmente mais pessoas 
possuem acesso à terapia antir-retroviral. 
Década de 80: epidemia restrita as regiões Sul e Sudeste; as principais vias de transmissão eram sexual (entre gays e 
HSH) e sanguínea (transfusão de sangue, uso de drogas injetáveis e compartilhamento de seringas). A incidência e a 
taxa de mortalidade eram elevadas. 
OMS: Epidemia de HIV/AIDS no país é concentrada; 
No Brasil até junho de 2015, foram registrados 798.366 casos da doença. 
 
Notificação 
Infecção pelo HIV é doença de notificação compulsória obrigatória. 
Estão na lista de doenças de notificação compulsória: casos de AIDS, gestantes, parturientes e puérperas com HIV e 
crianças expostas. 
 
Medidas de prevenção e controle 
Objetivos 
• Desencadear a investigação das fontes de infecção e transmissão comuns. 
• Definir e indicar as medidas de controle da transmissão por meio das ações de prevenção. 
• Evitar a disseminação da infecção. 
• Prevenir a evolução para formas mais graves da doença. 
→Prevenção de transmissão sexual 
Estratégias de prevenção combinada: uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção (biomédica, 
comportamental e estrutural). 
Intervenções biomédicas: redução do risco de exposição ou de transmissibilidade - preservativos feminino e 
masculino associados a géis lubrificantes, tratamento antirretroviral para todas as pessoas, profilaxia pós-exposição 
– PEP, profilaxia pré-exposição – PrEP; testagem regular para HIV, diagnóstico e tratamento das pessoas com 
infecções sexualmente transmissíveis – IST, prevenção da transmissão vertical e imunização para hepatite B e HPV). 
Intervenções comportamentais: ampliar a informação, comunicação e educação - adesão às intervenções 
biomédicas, redução de danos, estratégias de informação, comunicação e educação entre pares e fortalecimento 
das ações de base comunitária; campanhas de prevenção etc 
Intervenções estruturais: ações de enfrentamento ao estigma e discriminação, como racismo, sexismo, machismo, 
homofobia, transfobia, lesbofobia e outras formas de exclusão; políticas afirmativas de garantias de direitos, 
diminuição das desigualdades socioeconômicas, 
 
 
♦ PeP e PreP (profilaxia pós exposição: uso temporário de medicamentos antirretrovirais após uma exposição de 
risco à infecção pelo HIV e pré-exposição: utilização diária e continua de antirretroviral, antes da pessoa ter contato 
com o vírus do HIV. Está indicada para grupos específicos não infectados que tenham maior risco de infecção pelo 
HIV, como gays e outros HSH, trabalhadoras do sexo, travestis e transexuais, casais sorodiferentes). 
 
 
→ Prevenção de transmissão pós-infecção ao HIV 
A quimioprofilaxia antirretroviral recomendada em todos os casos de exposição de risco à infecção pelo HIV. 
 
→Prevenção da transmissão em pessoas que usam álcool e outras drogas 
Ações e estratégias de promoção da saúde, cidadania, protagonismo e cuidado integral. 
Desenvolvimento de estratégias de cuidado individualizado que considerem o risco de transmissão e de adoecimento. 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
→Prevenção de transmissão sanguínea 
Atenção durante o uso de instrumentos perfurocortantes; 
Jamais usar os dedos como anteparo; 
Nunca reencapar, entortar, quebrar ou retirar as agulhas da seringa com as mãos; 
Não usar agulhas para fixar papéis; 
Desprezar com tampa em local apropriado; 
Não preencher os recipientes de descarte acima do limite estabelecido: 2/3 da capacidade total. 
▪ Transfusão de sangue, doação de órgãos ou sêmen: realizar triagem do doador e testagem do sangue para 
detecção de anticorpos anti-HIV. 
 
→Medidas adotadas em gestante/parturiente/puérpera com HIV e criança exposta 
Ações de educação em saúde iniciadas no pré-natal, com disponibilização de teste anti-HIV e ações de 
aconselhamento. 
Prevenção de transmissão materno-infantil do HIV: as mulheres portadoras de HIV devem ser orientadas a não 
amamentar e a lactação deverá ser inibida. O aleitamento cruzado (amamentação por outra mulher) é contraindicado. 
 
→Profilaxia da transmissão vertical 
Oferecer TARV (terapia antirretroviral) para todas as gestantes infectadas pelo HIV, independentementede critérios 
clínicos e imunológicos. Não deve ser suspensa após o parto, independentemente dos níveis dos LTCD4. 
 
TBL: HIV 
 
Questão 1) 
Sobre a vigilância epidemiológica do HIV/Aids é correto afirmar: 
a) Apenas a Aids é de notificação compulsória, não sendo obrigatória a notificação da infecção pelo HIV 
b) A vigilância epidemiológica do HIV/Aids se baseia apenas no sistema de informação de Agravos de Notificação e 
no sistema de Informação sobre mortalidade 
c) A definição de caso de criança exposta ao HIV é toda criança nascida de mãe infectada, ou que tenha sido 
amamentada por mulher infectada pelo HIV 
d) É a única responsável pela investigação dos casos de suspeita de transmissão por transfusão de sangue e 
hemoderivados 
 
Questão 2) 
Sobre síndrome retroviral aguda, assinale a alternativa correta: 
a) Essa fase é diagnosticada na maioria das vezes, devido ao alto índice de suspeição 
b) Caracteriza-se por baixa viremia e queda sustentada na contagem dos linfócitos TCD4+ 
c) Linfadenopatia, diarreia e febre com duração superior a um mês são comuns 
d) Pode se manifestar como uma síndrome mononucleose-like 
 
Questão 3) 
Paciente de 32 anos vem em consulta para checar resultado do teste anti-HIV coletado na última consulta. O 
resultado foi positivo para o imunoensaio de 4° geração e negativo para o teste molecular. A sua conduta é: 
a) Realizar Western Blot 
b) Coletar nova amostra e solicitar novo imunoensaio 
c) Diagnosticar como amostra reagente para HIV 
d) Coletar nova amostra e solicitar um imunoensaio de 3° geração 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
Questão 4) 
Com relação aos aspectos epidemiológicos da infecção pelo HIV, assinale a alternatica correta: 
a) A primeira medida para o controle da epidemia foi a melhoria do controle das doações de sangue e 
hemoderivados 
b) No início da epidemia de Aids no Brasil, a região nordeste foi a mais acometida 
c) A transmissão heterossexual vem diminuindo em anos recentes 
d) Nos últimos anos, o crescimento da epidemia se deu, principalmente, nos grandes centros urbanos 
 
Questão 5) 
Frente a um resultado anti-HIV (imunoensaio 3° geração) negativo de um paciente que refere ter se exposto ao 
risco de adquirir a infecção, a sua conduta seria: 
a) Realizar novo ELISA imediatamente 
b) Orientar sobre o risco da janela imunológica e repetir o exame em pelo menos 30 dias 
c) Realizar o Western Blot, pois detecta a infecção mesmo na janela imunológica 
d) Orientar o paciente a usar preservativo pois ele não foi infectado pelo HIV 
 
Questão 6) 
Sobre a vigilância epidemiológica do HIV/Aids é correto afirmar: 
a) Assim como os casos de Aids, a infecção pelo HIV também é de notificação compulsória 
b) A vigilância epidemiológica do HIV/Aids se baseia apenas no sistema de Informação de Agravos de Notificação e 
no sistema de Informações sobre mortalidade 
c) A definição de caso de criança exposta ao HIV é a criança nascida de mãe infectada, desde que tenha sido 
amamentada pela mãe infectada pelo HIV 
d) É a única responsável pela investigação dos casos de suspeita de transmissão por transfusão de sangue e 
hemoderivados 
 
Questão 7) 
Sobre a síndrome retroviral aguda, assinale a alternativa correta: 
a) Essa fase é diagnosticada na maioria das vezes, devido ao alto índice de suspeição 
b) Caracteriza-se por baixa viremia e queda sustentada na contagem de linfócitos TCD4+ 
c) Linfadenopatia, diarreia e febre com duração superior a um mês são comuns 
d) Na suspeita clínica dessa fase, um imunoensaio de 4ª geração negativo descarta o caso 
 
Questão 8) 
Paciente de 32 anos vem em consulta para checar resultado do teste anti-HIV coletado na última consulta. O 
resultado foi positivo para o imunoensaio de 4ª geração e positivo para o teste molecular. A sua conduta é: 
a) Realizar um Western Blot 
b) Coletar nova amostra e solicitar novo imunoensaio de 4ª geração 
c) Dar o diganóstico de HIV para o paciente e iniciar tratamento 
d) Coletar nova amostra e solicitar um imunoensaio de 3ª geração 
 
Questão 9) 
Com relação aos aspectos epidemiológicos da infecção pelo HIV, assinale a alternativa correta: 
a) A primeira medida para o controle da epidemia foi a política de redução de danos para usuários de drogas 
b) No início da epidemia de Aids no Brasil, as regiões metropolitanas do sul e sudeste foram as mais acometidas 
c) A transmissão heterossexual vem diminuindo em anos recentes 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
d) Nos últimos anos, o crescimento da epidemia se deu, principalmente, nos grandes centros urbanos 
 
Questão 10) 
Sobre a vigilância epidemiológica do HIV/Aids é correto afirmar: 
a) Assim como os casos de Aids, a infecção pelo HIV também é de notificação compulsória 
b) A vigilância epidemiológica do HIV/Aids se baseia apenas no sistema de Informação de Agravos de Notificação e 
no sistema de Informações sobre mortalidade 
c) A definição de caso de criança exposta ao HIV é criança nascida de mãe infectada, desde que tenha sido 
amamentada pela mãe infectada pelo HIV 
d) É a única responsável pela investigação dos casos de suspeita de transmissão por transfusão se sangue e 
hemoderivados 
 
RESPOSTAS: 
1) C 
• A notificação compulsória da infecção pelo HIV permite caracterizar e monitorar tendências, perfil 
epidemiológico, riscos e vulnerabilidades na população infectada, com vistas a aprimorar a política pública 
de enfrentamento da epidemia 
• A vigilância epidemiológica do HIV e da Aids baseia-se em dados fornecidos pelo Sistema de Informações de 
Agravos de Notificação (SINAN), e em registros de óbitos, do Sistema de Informações sobre Mortalidade 
(SIM), e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) 
• Definição de casos de criança exposta ao HIV para fins de vigilância epidemiológica: Toda criança nascida de 
mãe infectada, ou que tenha sido amamentada por mulher infectada pelo HIV 
• Quando houver suspeita de transmissão por transfusão de sangue e hemoderivados, é necessária uma 
investigação conjunta com a Vigilância Sanitária, que inclui o rastreamento da bolsa de sangue e 
hemoderivados e a identificação de doadores e outros receptores, para a confirmação ou não dessa via de 
transmissão, impedindo a ocorrência de novos casos 
2) D 
• Infecção Aguda: 
→ Manifesta-se clinicamente em cerca de 50% dos pacientes 
→ Diagnóstico pouco realizado, devido ao baixo índice de suspeição, sendo em sua maioria, 
retrospectivo 
→ Caracteriza-se tanto por viremia elevada, quanto por resposta imune intensa e rápida queda na 
contagem de linfócitos CD4+ de caráter transitório 
→ As manifestações clínicas podem variar, desde quadro gripal até uma síndrome que se assemelha à 
mononucleose (Mononucleose-like): febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, rash cutâneo 
maculopapular eritematoso; ulcerações mucocutâneas, envolvendo mucosa oral, esôfago e 
genitália; hiporexia, adinamia, cefaleia, fotofobia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e 
vômitos 
3) A 
4) A 
• Na primeira metade da década de 80, a epidemia de HIV/Aids manteve-se basicamente restrita às regiões 
metropolitanas do Sudeste e Sul do país 
• Nesse período foram priorizadas medidas dirigidas à melhoria da qualidade e controle do sangue e seus 
derivados, observando-se uma diminuição drástica de casos de aids entre hemofílicos e transfundidos 
• Nos últimos anos da década de 80 e início dos anos de 90, a epidemia assumiu outro perfil 
→ Transmissão heterossexual passou a ser a principal via de transmissão do HIV, a qual vem 
apresentando maior tendência de crescimento em anos recentes 
→ Expressiva participação das mulheres na dinâmica da epidemia 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Guia de Vigilância em Saúde 
HIV/Aids – MFC IV 
→ Processo de interiorização e pauperização da epidemia, que tendo se iniciado nos estratossociais de 
maior escolaridade, atualmente, avança nos de menor escolaridade 
 
5) B 
• Enquanto a janela imunológica é o período de tempo entre a exposição ao vírus até que a detecção por 
marcadores virais ou antivirais se tornem detectáveis, a soroconversão é o período que denota no processo 
de desenvolvimento de anticorpos contra um patógeno específico 
• Considera-se adequado trabalhar com o período médio de janela imunológica de 30 dias 
• Período esse em que a maioria dos indivíduos apresentará resultados positivos nos conjuntos de testes 
diagnósticos para a detecção da infecção pelo HIV 
 
6) A 
7) B 
8) D 
9) B 
10) A

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