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PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO ATIVIDADES ENSINO FUNDAMENTAL 6° ANO Abril/2020 COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA O que é História? História é a ciência responsável por estudar os acontecimentos passados. Esse estudo, no entanto, não é feito de qualquer maneira, pois o historiador, em seu ofício, deve colocar em prática uma análise crítica do seu objeto de estudo a fim de racionalizar a conclusão sobre os acontecimentos investigados. A palavra “história” tem origem no idioma grego e é oriunda do vocábulo “hístor”, que significa “aprendizado”, “sábio”. Sendo assim, faz referência ao conhecimento obtido a partir da investigação e do estudo. A importância da História está em seu papel de nortear o homem no espaço e no tempo, dando- lhe a possibilidade de compreender a própria realidade. O conceito de História recebe definições distintas de acordo com diferentes historiadores. O historiador Marc Bloch, por exemplo, considera que a História não é a ciência que estuda os acontecimentos passados, mas sim a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo|1|. Outros entendem como o estudo das transformações na sociedade humana ao longo do tempo. Nesse sentido, o papel do historiador é fazer uma análise crítica que o permita chegar a uma conclusão sobre determinado acontecimento passado a partir da investigação de fontes históricas. O historiador não deve glorificar ou demonizar determinado acontecimento, mas deve analisá-lo criticamente, utilizando todas as fontes que estiverem ao seu alcance e empregando métodos de análise que o auxiliem em seu exercício. Quando se iniciou a História? O surgimento da História enquanto ciência e campo de estudo foi obra dos gregos antigos. Heródoto é considerado o pai da História. Seu trabalho aconteceu por meio da sistematização dos eventos da história dos gregos e de outros povos da antiguidade, como os egípcios. Um dos eventos da história grega narrados por Heródoto foram as Guerras Médicas, conflito travado durante a invasão da Grécia pelos persas. Tucídides foi o primeiro historiador a utilizar, de fato, um método de análise que permitisse reconstituir e formular uma análise a respeito de um acontecimento passado. Seu trabalho foi a respeito da Guerra do Peloponeso, conflito travado entre as cidades de Atenas e Esparta. O trabalho do historiador O profissional que possui formação no curso de história acaba se tornando um historiador. E a principal finalidade deste profissional é buscar o conhecimento dos acontecimentos históricos, ajudando a humanidade a compreender os acontecimentos do presente e ajudando a projetar o futuro. Portanto, o principal objeto de estudo dos historiadores é justamente tudo aquilo que já passou. A partir dos acontecimentos, os historiadores podem analisar os fatos e também as informações sob diferentes ângulos, o que também acaba sendo fundamental para a humanidade como um todo. Os historiadores podem analisar os fatos do ponto de vista social, econômico, técnico, político, cultural, dentre uma série de outros enfoques que podem sempre serem utilizados para a análise da história, seja ela de uma determinada pessoa, de uma determinada região ou do mundo como um todo. Periodização Ao longo do tempo, os historiadores convencionaram-se a organizar os eventos em períodos. Essa periodização, naturalmente, seguia uma organização cronológica e utilizava acontecimentos marcantes para determinar o fim de um período e o começo de outro. O fim de um período, no entanto, não significava o registro de mudanças profundas imediatas, mas indicava, a partir daquele marco, o acontecimento de mudanças significativas com o passar do tempo. Apesar de muitos historiadores questionarem a datação dos marcos de cada período, ela permanece em vigência e é utilizada como mecanismo para organizar o estudo da história e facilitar o ensino. Os períodos históricos são Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea. Pré-História Período que acompanha toda a evolução histórica do homem, partindo de seu surgimento e estendendo- se até o momento em que a primeira forma de escrita foi criada, por volta de 4000 a.C. A Pré-História acompanha todo o processo de desenvolvimento humano, desde a utilização da pedra e do metal para a produção de ferramentas até o processo de sedentarização. Idade Antiga Tem como ponto de partida a criação da primeira forma de escrita desenvolvida pelo homem: a escrita cuneiforme, criada pelos sumérios, povo que habitou a Mesopotâmia. Esse período estuda os acontecimentos que envolveram diferentes povos, como egípcios, sumérios, assírios, persas, hititas, gregos, romanos, etc. O marco do fim desse período é a queda do Império Romano do Ocidente, quando o último imperador romano foi destronado pelos hérulos, em 476 d.C. Idade Média Acompanha os eventos históricos do período que se estende de 476 a 1453. Seu marco inicial é o fim do Império Romano do Ocidente, e seu marco final é a queda de Constantinopla para os otomanos. Nesse período, enfocam-se os fatos acontecidos na Europa com o surgimento do feudalismo e a formação de uma sociedade controlada pela Igreja Católica. Atualmente, o estudo desse período no Brasil tem expandido seu foco para estudos de outros povos, como árabes, povos asiáticos, africanos e pré- colombianos. Idade Moderna É um período mais curto o qual analisa os acontecimentos de 1453 a 1789, com destaque para o processo de colonização do continente americano. São ressaltadas também as diversas transformações que a Europa enfrentou com o surgimento de novas ideias durante o Renascimento e o Iluminismo. O marco estipulado para o fim desse período é a Queda da Bastilha, evento que iniciou a Revolução Francesa, em 1789. Idade Contemporânea Período atual em que estamos inseridos. Acompanha acontecimentos do final do século XVIII até a os dias de hoje. Sendo assim, esse período engloba fatos que marcaram grandes transformações para a humanidade, como aqueles causados pelas revoluções industriais. O Paleolítico O Paleolítico, também conhecido como Idade da Pedra Lascada, é a primeira fase da Idade da Pedra. Vai de 2 milhões a.C. (época aproximada em que o homem fabricou o primeiro utensílio) até 10.000 a.C. (início do Período Neolítico). Fabricação de ferramentas e caça Exemplos de ferramentas do Período Paleolítico Este período da Pré-História se caracteriza pela fabricação de ferramentas (machados, lanças, cajados, facas, etc) e outros objetos de pedra, ossos e madeira. A vida neste período baseava-se na caça de animais, pesca e coleta de alimentos (frutos, folhas e raízes). Nomadismo Os homens deste período eram nômades, ou seja, se deslocavam constantemente de um local para outro em busca de água e alimentos. Como precisavam deixar o local constantemente, buscavam moradias provisórias como, por exemplo, cavernas e vãos entre rochas. Também habitavam provisoriamente em pequenas choupanas, fabricadas com galhos de árvores e cobertas com folhas. Porém, estas habitações eram bem rudimentares e eram usadas por um curto período de tempo. Economia A economia na fase do Paleolítico era de subsistência, ou seja, não acumulavam nem produziam para o comércio, mas apenas para a sobrevivência do grupo. Os bens de produção do grupo (ferramentas, utensílios e outros objetos) eram de propriedade coletiva. Quase todo tempo de suas vidas era destinado à sobrevivência. Organização social Os homens se organizavam em pequenos grupos, cuja liderança era do mais forte e experiente. Aos homens cabia a tarefa de caçar, pescar e proteger o grupo. As mulheres ficavam com a função de preparar o alimento e cuidar dos filhos. ComunicaçãoA comunicação neste período era baseada na emissão de pouca quantidade de sons (ruídos). Outra forma muita usada de comunicação foram as pinturas rupestres (desenhos feitos em paredes de cavernas). Através destes desenhos (arte rupestre) eles marcavam o tempo, trocavam experiências e transmitiam mensagens e sentimentos. O fogo Uma das grandes descobertas do período foi a produção do fogo. Este era produzido através de dois processos. O mais rudimentar era a fricção de duas pedras sob um maço de palha seca. A faísca obtida incendiava a palha. Num segundo procedimento, mais elaborado, um graveto era girado sob o furo de uma madeira seca. Este procedimento, através do aquecimento, gerava calor que passava para a palha, provocando o fogo. Rituais No Paleolítico, os homens já realizavam rituais funerários. Arqueólogos encontraram, em várias regiões, potes de cerâmica com restos mortais e objetos pessoais dentro de cavernas. Eram também realizados rituais religiosos com a utilização do fogo. Hominídeos que viveram no Paleolítico Australopitecos, Homo Habilis, Homo Erectus, Homo Sapiens, Homem de Neanderthal e Homem de Cro-Magnon. Curiosidades pré-históricas históricas: - De acordo com muitos arqueólogos, os primeiros instrumentos (ferramentas e artefatos de caça) começaram a ser feitos pelos homens pré-históricos há cerca de 2,5 milhões de anos. - No Paleolítico, os homens faziam as roupas, que eram bem rudimentares, de peles de animais. - Foi também nessa fase que o homem começou a fazer pequenas esculturas de barro e de pedra. Medição do tempo Desde a Pré-História o homem já observava alguns padrões na natureza: por exemplo, os períodos de claridade e escuridão (dia e noite), as fases da Lua (que originaram os meses) e a repetição de alterações climáticas (estações). Usava esses ciclos em atividades agrícolas, para planejar o plantio. Não à toa, os primeiros registros de medição do tempo foram localizados na fértil região do rio Nilo, na África. Ali, arqueólogos encontraram um dos primeiros calendários de que se tem notícia, o egípcio, desenvolvido por volta de 3000 a.C., além dos primeiros relógios (de sol, entre 5000 a.C. e 3500 a.C., e de água, feito em cerca de 1400 a.C.). O desenvolvimento da ciência (especialmente da astronomia, com os gregos e romanos) possibilitou cálculos e ajustes mais precisos na mensuração do tempo. O calendário gregoriano que usamos hoje, foi instituído no século 16. Os relógios de sol, trazidos para a Grécia pelo contato com os babilônios, também sofreram sensível aperfeiçoamento. Fontes históricas As fontes históricas são vestígios do passado que permitem que o historiador desenvolva sua pesquisa e responda questões referentes a elas. Dessa maneira, as fontes assumem um papel de total importância para a pesquisa histórica dando credibilidade à mesma. O termo “fonte” é compreendido como documento que registra e comprova o vestígio do passado. Até o século XIX, acreditava-se que o passado só poderia ser estudado por meio de fontes escritas oficiais, o que limitava o trabalho do historiador somente a esses documentos. Contudo, a partir do século XX, passa-se a compreender como fonte histórica tudo o que foi produzido pelo ser humano desde os primórdios, ou seja, desde antes da escrita. Com isso, fontes de natureza oral e material passam a ser consideradas tão importantes quanto documentos escritos para se compreender o passado. Esse movimento na pesquisa histórica permitiu que surgissem novas discussões ao mesmo tempo em que contribuiu para o crescimento da produção histórica. Tipos de fontes históricas As fontes históricas podem ser desde artefatos arqueológicos a dispositivos eletrônicos. É importante que se compreenda que todos os tipos de fontes históricas são importantes para o desenvolvimento da pesquisa. Contudo, existe uma diferença de complexidade entre elas. Fontes históricas escritas As fontes históricas escritas consistem em documentos que possuem frases e textos. Alguns exemplos de fontes escritas são: cartas, discursos, leis, livros, letras de musicas, poemas, jornais, revistas, folhetos, etc. Fontes históricas materiais As fontes históricas materiais são os vestígios do passado deixados pelo homem. São as fontes mais amplas que existem pois tudo que foi produzido pelo homem desde a sua existência é passível de pesquisa. Podemos exemplificar algumas fontes materiais, como: esculturas, pinturas rupestres, Fontes históricas orais As fontes históricas orais são fontes que envolvem a fala. Em sociedades que a escrita não é dominada por todos os seus membros (como algumas comunidades indígenas, por exemplo), sua história é narrada e transmitida pela fala dos mais velhos. Assim, a memória do narrador se torna uma importante ferramenta para se construir a história que passa de geração para geração. As fontes históricas orais permitem perceber como o grupo envolvido no fato passado vivenciou e percebeu o desenrolar dos acontecimentos. Alguns exemplos de fontes orais são: lendas, mitos, relatos, documentários, entrevistas, etc. Percebe-se, então, que as fontes históricas são variadas. Cada uma demanda um cuidado diferente por parte do historiador que deve se encarregar de extrair delas argumentos sólidos que sustentarão sua pesquisa. Nesse sentido, a atuação do historiador é de suma importância para a pesquisa histórica, pois dependerá da forma como ele manuseará as fontes que a história será difundida. Exercícios (Ler os textos e responder as questões): 1. O que é o significado de História? 2. Quem é que faz a História? 3. Os historiadores podem analisar os fatos de quais pontos de vista? 4. Construa uma linha cronológica dos períodos da História. 5. O que se entende pelo Paleolítico na Pré História? 6. Descreva algumas ferramentas utilizadas pelos hominídeos no período do paleolítico. 7. Escreva o que os seres humanos nos tempos mais antigos observaram para concluir sobre a passagem do tempo. 8. As sociedades humanas criaram diferentes calendários ao longo do tempo. Segundo o texto acima qual a data do 1º calendário que se tem notícia, onde foi encontrado? 9. Divida os itens abaixo em fonte material ou imaterial. Escreva “material” ou “imaterial” na frente de cada uma das palavras: a) Brinquedos: e) Memórias: b) Canções: f) Brincadeiras: c) Roupas: g) Fotografias: d) Conhecimento: h) Livros: O texto abaixo é um e-mail que a professora Aline enviou para os alunos da EMEF Henrique Scabello contando um pouco sobre a diversidade cultural do estado de Pernambuco. 10 - Leia atentamente e responda as questões a seguir. Oi alunos da Escola Municipal Henrique Scabello! Me chamo Aline e sou professora de Geografia em uma escola municipal de Caruaru, cidade do estado de Pernambuco. Estou enviando esse e-mail para contar a vocês um pouquinho sobre as diferenças culturais entre os estados de Pernambuco e São Paulo. Aqui na minha cidade os meus alunos chamam as carteiras de sala de aula de bancas, a lousa é chamada de quadro e lapiseira tem o nome de apontador, já apontador tem o nome de lapiseira. Diferente, né? Chamamos isso de variação linguística, que são as diferenças nas formas de falar e escrever, geralmente essa variação linguística acontece entre diferentes estados. Por aqui também usamos algumas expressões diferentes, que para vocês podem ser muito curiosas. Conhecem a expressão arrodear? Aqui no estado de Pernambuco ela significa dar a conta, ou contornar. A diversidade também está presente nas comidas. Em todos os bares serve-se o caldinho. Pode ser de feijão ou com carnes, dentro do caldo sempre vem um ovo de codorna, uma azeitona e é servido dentro de um copo pequeno. O que é caldinho para vocês? Por último, quero contar para vocês sobreas casas. As janelas tem apenas vidro, não tem a veneziana que geralmente é de alumínio e serve para deixar o ambiente escuro. Os chuveiros não tem água quente, apenas água gelada. Acharam essas diferenças curiosas? Espero que tenham gostado deste relato! Se cuidem e fiquem em casa! :) Beijos, Aline a) Um e-mail é uma fonte histórica material ou imaterial? Justifique sua resposta. b) Quais as diferenças culturais entre os estados que você achou mais interessantes? Dê três exemplos. c) Diversidade cultural representa a diferença entre culturas que existem entre diferentes regiões, estados ou países. Em alguma parte do e-mail a professora Aline diz que a cultura de Pernambuco é melhor que a cultura de São Paulo? Existem culturas que são melhores que outras? Explique sua resposta. d) A cultura é o conjunto de costumes e tradições de um povo que são passadas de geração em geração. O que são tradições? Como elas são passadas de uma geração para outra?
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