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Paper Pedagogia - III - A IMPORTANCIA DOS PCNS NO ENSINO DE CIENCIAS NATURAIS

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11
A IMPORTÂNCIA DOS PCNS NA FORMAÇÃO DO CURRÍCULO PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Ivanilda da Silva de Jesus
Leandra Santos de Jesus
Roberta Beatriz Souza Magalhães
Rosiane de Souza Santana Rios
Tutor externo: Prof. Esp. Luiz Claudio da Silva Pereira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura plena em Pedagogia (PED1419) – Seminário Interdisciplinar III
15/09/2016
RESUMO
 O presente trabalho busca objetivar sobre a importância do estudo das Ciências Naturais nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para nortear essa abordagem foram utilizadas as orientações didáticas dos Paramentos Curriculares Nacionais de Ciências Naturais com foco no primeiro e segundo ciclo. Falaremos sobre a importância e as contribuições das Ciências para os alunos inseridos nesse contexto. Serão apresentados alguns objetivos e metodologias considerados relevantes para a aplicação dessa área de estudo de forma ampla e didática, portanto, compreenderemos o motivo pelo qual o estudo da Ciência é de grande importância para que o ser humano compreenda o universo, a vida e sua própria existência.
Palavras-chave: Ciências Naturais. Ensino Fundamental. Paramentos curriculares Nacionais. 
1 INTRODUÇÃO
A proposta de ensino de Ciências Naturais por muito tempo esteve limitada para as duas últimas séries do ginásio, somente após a promulgação da lei n. 4.024/61 foi que essa área de estudo foi estendida para todas as séries do ginásio. A partir de 1971 com a Lei 5.692, Ciências passou a ter obrigatoriedade nas oito séries do ensino fundamental. O cenário escolar era determinado pelo ensino tradicional, esforços de renovação estavam em processo. Durante anos, as práticas das Ciências se limitavam em redescobrir aquilo que já tinha sido descoberto pela própria ciência. Somente na década de 80 os pesquisadores perceberam que professores já reconheciam que o simples experimentar não garantia aquisição de conhecimento cientifico.
 Por conta dos problemas ambientais e de saúde na década de 70 após a crise mundial, decorrentes da Segunda Guerra Mundial a presença das Ciências Naturais tornou-se quase que obrigatória no currículo. Em meio à crise se fez necessárias discussões de cunho científico e tecnológico tanto na sociedade como nas escolas. Nos ano 80 surgiu no campo de ensino a conhecida (CTS) Ciência tecnológica e Sociedade. De lá para cá essa área de estudo tem se alavancado de forma significante se tornando objeto de estudo entre milhares de pessoas.
Vivemos em uma sociedade em que existe uma necessidade incessante por conhecimento cientifico, caso um indivíduo não tenha acesso a esses conhecimentos ele estará à margem da sociedade, pois como pode um indivíduo estar inserido no mundo e não ter compreensão de sua complexidade e dinamicidade? Podemos considerar o ensino das Ciências como algo privilegiado, pois é o espaço propício para as indagações, explicações, experimentos e construção de diversos saberes. São traços específicos dessa área: buscar compreender e gerar significações em torno de um todo – espaço, tempo, matéria, o ser humano e a sua vida. 
A importância do ensino de Ciências Naturais nos anos iniciais foi alvo de grandes obstáculos e ainda hoje muitos educadores consideram essa disciplina como irrelevante ou pouco importante. Muitos professores restringem suas aulas, apenas nas disciplinas de português e matemática, tais disciplinas têm suas contribuições na formação do indivíduo isso é fato, mas não se pode anular a importância de uma em detrimento de outras, já que cada uma possui características e objetivos particulares. É necessário considerar as diversas áreas de ensino, inclusive a de Ciências Naturais que aborda a respeito de conhecimentos culturais, físicos, químicos, naturais e biológicas. Não podendo negar sua infinita fonte de saberes bastante significativos ao ser humano.
Nas últimas décadas percebe-se que a trajetória da Ciência vem buscando relacionar Ciência, Sociedade e tecnologia. O desafio de construção de um saber científico deve ser levado a sério, pois o mesmo pode trazer contribuições relevantes para os indivíduos, para a sociedade e para o crescimento da nação. Neste contexto, abordaremos com relação às contribuições que tal estudo pode trazer ao Ensino Fundamental. Também serão estudados alguns objetivos e propostas pedagógicas para o ensino de Ciências no primeiro e segundo ciclo de acordo com os Paramentos Curriculares Nacionais, por fim iremos refletir didaticamente sobre esse ensino destacando a importância do professor nesse processo de ensino-aprendizagem. 
2 CONTRIBUIÇÃO DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL I
Muito se sabe sobre as diversas contribuições que a Ciência pode trazer para evolução intelectual e interacional do indivíduo com o universo, porém, quando se trata da sua aplicação, principalmente nas séries inicias é possível perceber a barreira existente em torno de tal contexto, pois muitos educadores consideram o estudo da Ciência como desnecessária. A verdade é que mesmo os livros didáticos adotados pelas escolas trazem os conteúdos de forma superficial e pouco didática. 
A disciplina de Ciência é investigativa e experimental. Não podemos contestar que as crianças trazem consigo um caráter investigativo e indagador, parecem sempre inconformadas com as nossas respostas e sempre querem saber o porquê de determinada coisa, suas dúvidas e curiosidades vão além do que nós podemos imaginar.
FUMAGALLI, (1998, p. 15) afirma:
Cada vez que escuto que as crianças pequenas não podem aprender ciências, entendo que essa afirmação comporta não somente a incompreensão das características psicológicas do pensamento infantil, mas também a desvalorização da criança como sujeito social. Nesse sentido, parece que é esquecido que as crianças não são somente ‘o futuro’ e sim que são ‘hoje’ sujeitos integrantes do corpo social e que, portanto, têm o mesmo direito que os adultos de apropriar-se da cultura elaborada pelo conjunto da sociedade para utilizá-la na explicação e na transformação do mundo que a cerca. E apropriar-se da cultura elaborada é apropriar-se também do conhecimento científico, já que este é uma parte constitutiva dessa cultura.
Entre os diversos papéis das ciências destaca-se o de situar o homem como parte integrante da sociedade. Não se podem negar as crianças esse direito, pois não devemos enxergar as mesmas como futuros cidadãos, mas sim, como seres atuantes na sociedade que podem compreender a dinâmica da sua existência e do mundo que o cerca. Não devemos considerar a ciência como uma disciplina de pouca importância, mesmo por que não existe nada mais relevante do que se interpretar o ambiente que se está inserido tanto de forma física como cultural. A criança deve se sentir como componente atuante socialmente, para isso precisa ser estimulada a refletir e a levantar hipóteses. 
No Ensino Fundamental, de acordo com os Pcns, o ensino de Ciências Naturais deve ser capaz de desenvolver algumas competências, capacidades e habilidades dos alunos entre elas: compreender a natureza, compreender a produção tecnológica como meio de suprir as necessidades humanas; identificar e caracterizar fenômenos naturais, compreender a si mesmo como parte integrante do meio, conhecer os conceitos científicos ligados a energia, matéria, espaço, tempo e sistema; saber coletar leituras, observações, experimentações e registros, a fim de, propor discussões de fatos e informações; valorizar o trabalho em equipe sendo capaz de cooperar na construção do conhecimento coletivo.
3 OS PCNS ENSINANDO CIÊNCIAS NO PRIMEIRO CICLO
Os PCNs (1997, pág. 61) deixa claro que no primeiro ciclo inicia-se o contato do aluno com a escola e não o contado dele com o mundo, desta maneira, tal aluno chegará com certa bagagem de conhecimento sobre si e sobre o meio que o cerca. É um período em que a criança está em constante descoberta e isso contribuirá bastante no processo de ensino-aprendizagem, pois, muito do que lhes serão apresentados se tornaráuma novidade e aguçará a curiosidade pelos conteúdos. Nessa fase a criança costuma a abusar da fantasia e esse mundo fantasioso permite que elas se enveredem pelo mundo da descoberta e do desconhecido. Dessa forma, o professor poderá explorar das comparações, suposições, desenhos, narrativas e da criatividade como métodos a serem inseridos na aquisição de conhecimento de Ciências.
No primeiro ciclo, os alunos deverão alcançar alguns objetivos descritos nos Paramentos Curriculares Nacionais como, por exemplo: identificar a presença do sol, água, luz, ar, água, seres vivos e solo; valorizar a diversidade de vidas e estabelecer relações com os hábitos e costumes dos seres vivos de acordo com o ambiente em que vivem; identificar características dos seres humanos e evoluções recorrentes as diferentes fases da vida; formular perguntas sobre o assunto estudado; formular e organizar informações por meio de desenho, listas e pequenos textos; Comunicar oralmente possíveis perguntas, suposições ou conclusões a respeito do conteúdo abordado; Praticar atitudes comportamentais como higiene pessoal, cuidado com o corpo e ambiente no qual está inserido. Percebemos que:
No primeiro ciclo as crianças têm uma primeira aproximação das noções de ambiente, corpo humano e transformações de materiais do ambiente por meio de técnicas criadas pelo homem. Podem aprender procedimentos simples de observação, comparação, busca e registro de informações, e também desenvolver atitudes de responsabilidade para consigo, com o outro e com o ambiente. ( Pcns, 1997 p.65)
Mediante o que foi dito, podemos concordar que nessa primeira etapa em que as crianças estão dando os seus primeiros passos rumo ao conhecimento de Ciências, o estudo girará em torno do autoconhecimento e identificação do ambiente que o rodeia. Essas habilidades e competências serão adquiridas por meio de observações e comparações decorrentes da prática cotidiana, ou seja, nessa fase é muito importante se trabalhar com o concreto, o visível e o palpável. 
Quando se fala em ambiente é de grande importância incluir o homem como parte integrante e modificador do mesmo. Os alunos deverão adquirir a noção da composição do ambiente e distinguir o que tem vida do que não tem. É interessante também que o docente leve os alunos a perceberem a diferença existente em diversos ambientes, destacando suas características e formas de vida existentes. Conforme os assuntos irão sendo fixados e compreendidos o professor poderá notar mudanças nos desenhos e na forma de se expressar dos pequenos que irão adquirir novos vocábulos, ampliando consideravelmente a forma da expressão oral.
Os PCNs (1997, pág.66) explica que através do mundo animal pode-se trabalhar conteúdos diversos como: locomoção, alimentação, moradia e reprodução. É importante contextualizar os assuntos de forma que se interliguem conteúdos fornecendo uma amplitude de conhecimentos. Da mesma maneira, deverá acontecer com as plantas que possibilita discutir reprodução, ambientes, alimentação, cores e sabores. É de fundamental importância que durante a aplicação dos conteúdos as crianças tenham contato direto com o objeto de estudo. Pode-se colocar um aquário com um peixe na sala para que possam observar o animal, plantar uma horta para que possam compreender o processo de evolução das plantas entre outros, e desse jeito também pode-se estudar os recursos tecnológicos, que facilitam bastante a vida da civilização. 
No bloco de Ser Humano e Saúde nesse primeiro ciclo os alunos estão descobrindo o seu próprio corpo e descobrindo a diferença existente entre os sexos. É importante destacar as fases e evoluções humanas, destacando a morte como parte do ciclo natural da vida, como diz os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, pág.71). Também é preciso desmistificar esse conceito de sexualidade que desde cedo é imposto é necessário que ambos os gêneros possam ser capazes de conhecer ao seu corpo e de identificar a diferença entre o gênero masculino e feminino.
Faz-se necessário, porém, que a maneira com que se abordam as teorias científicas seja alcançável à realidade do aluno que está em formação. Sendo assim, as metodologias criadas para a busca de informações são fundamentais para a aprendizagem ser significativa. Os modos de obter as informações são diversos dentre eles destacam-se a observação, a experimentação, a leitura, a entrevista e a excursão ou estudo do meio. Ao buscar informações e confrontar ideias diferentes o aluno constrói o conhecimento científico (Brasil, 1997).
Sabemos que uma sala de aula é bastante heterogênea tanto fisicamente, culturalmente e intelectualmente, desta maneira, possa ser que surjam algumas brincadeiras maldosas ou apelidos que destaquem uma das características mais marcantes de alguns indivíduos, desta maneira, é necessário discutir sobre a valorização das diferenças individuais, cor, corpo e personalidades ressaltando a importância de saber lidar com as diferenças garantindo, desta forma, um bom convívio coletivo na comunidade escolar.
4 OS PCNS ENSINANDO CIÊNCIAS NO SEGUNDO CICLO
No segundo ciclo a bagagem trazida pelo aluno é maior, mesmo por que o mesmo já teve contanto com a escola e com o estudo da Ciência. Com uma autonomia maior, consequentemente o rendimento dos alunos será melhor e sua aprendizagem será marcada de forma mais significativa.
“O que é ensinar uma criança a ser crítica e como podemos afirmar que fizemos isso com êxito? Seria uma questão de transmitir fatos, inculcar hábitos, treinar em habilidade, desenvolver capacidades, formar o caráter ou algo diferente de tudo isso?”, questiona Passmore (1980, p.166). Esses questionamentos nos leva a refletir sobre a importância de se formar cidadãos críticos. A Ciência tem um importante papel na formação social e cultural do indivíduo, seu ensino vai além da transmissão de conhecimento e do desenvolvimento das capacidades intelectuais, pois quem com essa área de estudo se relaciona, com certeza terá sua visão de mundo ampliada.
Os PCNs (1997, pág. 87) destacam os diversos conteúdos que possibilitam aos alunos nessa fase, ampliar seus horizontes com relação aos recursos tecnológicos. Nesse caso será abordado a respeito da interferência humana nos ambientes como, por exemplo: solo, água e alimentos mediante ao desenvolvimento de técnicas. O homem vive em uma constante relação de troca com o meio ambiente, por muito tempo só se retirava da natureza, porém o homem pôde constatar que se não cuidasse do meio ambiente sofreria conseqüências, pois é um ser constituinte da mesma.
O homem possui uma necessidade enorme de buscar facilitar a sua vida, desta maneira, ele interfere na natureza e no processo natural das coisas, seja para construir a sua moradia, seja para, se alimentar, trabalhar ou se divertir o que se sabe é que a todo o momento o homem cria coisas novas para atender as suas demandas. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, pág. 101), “Em conexão com os blocos ‘Ambiente’ e ‘Ser humano e saúde’, desenvolvem-se estudos sobre a ocupação humana dos ambientes e os modos como o solo, a água e os alimentos são aproveitados mediante o desenvolvimento de técnicas”.
Existem vários processos de investigação interessantes com os conteúdos deste ciclo. Para que serve cada tipo de solo?, Quais são os apropriados para plantar?, O que fazem com o lixo? Como fazer para coletar separadamente o lixo?, Quais os tipos de moradia que existem?, De onde vem a água?, Para onde vai a água?, Como é o processo de tratamento da água? Entre muitos outros. Os alunos poderão realizar entrevistas, desenhos, listas, maquetes, buscando confrontação e formulação de suas idéias sobre os determinados conteúdos.
Como foi possível observar, um único conteúdo pode ser trabalhado em diferentes blocos se aplicados de forma contextualizados, demonstrando as diversas formas de se trabalhar um conteúdo a partir de perspectivas diferentes fazendo com que o aluno não fique com uma visão limitada, mas consiga discutir sobre o assunto de forma fluidae diversificada.
5 ESQUEMATIZANDO A DIDÁTICA DO ENSINO DE CIÊNCIAS
É fato que existem limitações dos materiais didáticos, além da falta de interesse de muitos docentes em planejar e em buscar métodos de ensino inovadores, por isso o ensino de Ciências se perde em meio a esse descaso. Porém há ainda quem se preocupe com a integração do ser no mundo científico e sabe-se que é na infância que isso começa a acontecer. É necessário fazer com que a criança estabeleça relações com o meio, explorando e analisando, para que a aprendizagem aconteça de forma significativa.
Diante de tantos avanços tecnológicos decorrentes do processo da evolução global, atualmente as crianças tem chegado às escolas com um vasto repertório. Desta maneira, cabe a escola amadurecer esses conhecimentos prévios fazendo com que o aluno seja capaz de construir seu conhecimento científico norteado e orientado pelo professor. Consequentemente caberá ao docente a organização e problematização dos conteúdos de forma que os discentes se sintam motivados a contribuir de forma significante com seu processo de aprendizagem. Segundo os PCNS, (1997, p.34):
Em Ciências Naturais são procedimentos fundamentais aqueles que permitem a investigação, a comunicação e o debate de fatos e idéias. A observação, a experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e idéias, a leitura e a escrita de textos informativos, a organização de informação de informações por meio de desenhos, tabelas e gráficos, esquemas e textos, a proposição de suposições, o confronto entre suposições e entre elas e os dados obtidos por investigação, a proposição e a solução de problemas, são diferentes procedimentos que possibilitam a aprendizagem.
A partir dessa citação, podemos constatar que didaticamente é necessário que o professor busque diversos métodos de ensino e vários materiais que dêem suporte ao conteúdo estudado. Não se trata de uma aula conteudista que visa apenas a introdução de conceitos básicos e limitados, no qual o aluno deve digerir aquilo dito pelo professor. É necessário que haja a elaboração do conteúdo através de trocas, investigações, confrontações e leituras diversas capazes de ampliar o conceito de mundo dos educandos. 
No Ensino Fundamental, os Pcns apontam blocos que devem nortear o processo de aprendizagem dos alunos com relação ao ensino de Ciência. São eles: Ser humano e saúde, Ambiente e Recursos Tecnológicos. O fato de estarem divididos em blocos não significa que o professor deva trabalhar um bloco de cada vez, deve-se observar a necessidade da turma e trabalhar os conteúdos mediante as necessidades e progresso da turma. O docente também deve estar apto a discutir e a desafiar os discentes com relação aos mais diversos temas.
O estudo desses elementos fundamentais do processo didático, seu detalhamento, suas relações e a discussão das possibilidades que se apresentam ao professor, são imprescindíveis para a elaboração de uma proposta metodológica para o ensino de qualquer área. Sua separação é uma necessidade metodológica da atividade analítica, mas sua manifestação é dinâmica, simultânea, complexa, processual, contraditória, multidimensional, mediada, impulsionada por determinações e mediações recíprocas tanto internamente (nas conexões entre esses elementos) quanto externamente (nas suas conexões com a sociedade onde ocorre). GERALDO (2009, p. 73)
O professor deve ser capaz de elaborar uma didática capaz de solucionar os problemas relacionados com o ensino-aprendizagem relacionados a Ciências Naturais. A relação existente entre ensinar e aprender devem caminhar juntos de tal maneira, que ambos sejam bem sucedidos e colaborem para o bem da comunidade escolar como um todo. O professor não pode ocupar o papel de detentor do saber, não há mais espaço para tal atitude na educação, ele deve ocupar o papel de mediador. 
Então surge a necessidade de um planejamento bem elaborado, levando em consideração os conteúdos repassados pelo Ministério de Educação Nacional, atualizados com a realidade dos alunos e da comunidade, os objetivos da disciplina, materiais adequados, tempo de trabalho e condições necessárias para colocá-lo em prática. E esse planejamento precisa ser feito pensando na melhor didática para obter uma boa aprendizagem para os alunos. Ele será posto em prática através de projetos, sequências e unidades. 
As pesquisas em diversos tipos de fontes é o que enriquecerá o aluno de conhecimento. Ele deve conhecer todo o tipo de busca de informação, leitura de revistas, jornais, livros, textos informativos, artigos de internet em fontes seguras. Através da observação, ele aumentará seu desejo de saber mais, sua curiosidade, aguçará seu senso crítico e científico. As experiências, por exemplo, são peças fundamentais para ele trabalhar a prática da sua expectativa e do resultado, sem falar que ele se interessará pela causa que fez chegar nesse resultado e para comprovar certos fenômenos e reações da natureza. 
A busca de informações em fontes variadas é um procedimento importante para o ensino e aprendizagem de Ciências. Além de permitir ao aluno obter informações para a elaboração de suas idéias e atitudes, contribui para o desenvolvimento de autonomia com relação à obtenção do conhecimento. PCNs (1997, pág. 119).
Considerando que as informações adquiridas, surgirão efeito contínuo na vida dos estudante, isso confere a ele uma autonomia e uma liberdade de buscar mais e mais. 
E outro fator muito importante é a avaliação, por ser um processo especulativo e criterioso, requer todo um cuidado ao ser estudado. Existem padrões de avaliação que estipulam metas para definir o conhecimento, notas que são usadas para indicar o nível de aprendizagem que cada aluno adquiriu, porém quando o aluno não reflete o resultado esperado na avaliação, entende-se que ele não obteve o conhecimento necessário sobre devida disciplina. Fica-se considerado que o mesmo não aprendeu o necessário. A avaliação é ligada aos objetivos da disciplina, já que os mesmos também são metas a serem cumpridas.
Como referencia os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, pág. 80):
Os critérios de avaliação estão referenciados nos objetivos, mas, como se pode notar, não coincidem integralmente com eles. Os objetivos são metas, balizam e orientam o ensino, indicam expectativas quanto ao desenvolvimento de todas as capacidades pelos alunos ao longo de cada ciclo. Sabe-se, porém, que o desenvolvimento de todas as capacidades não se completa dentro da duração de um ciclo. Assim, é necessário o estabelecimento de critérios de avaliação que indiquem as aprendizagens imprescindíveis, básicas para cada ciclo, dentro do conjunto de metas que os norteia.
Como vimos, a capacidade de se desenvolver e de assimilar mais conhecimento não pode ser completada em um ciclo. Precisa-se avaliar, colocando critérios relacionados aos conteúdos básicos que são mostrados em cada ciclo, para que não somente aprendizagem seja levada em consideração, mas também todo o caminho trilhado para chegar até ela.
A avaliação é um elemento do ensino e aprendizagem que deve ser considerado a partir da inserção do tema na sala de aula, todo o processo que passará esse determinado tema ou conteúdo deve-se ser avaliado, para de fato saber qual o nível de conhecimento assimilado pelos alunos, ela está longe de ser apenas um momento final do processo de ensino. Quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios, eles já precisam ser avaliados, precisam de um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor em momentos específicos de formalização, ou seja, a demonstração de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas. 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tudo que foi dito até aqui, não se pode negar a importância do estudo da Ciência na formação de indivíduos cientificamente letrados. No nosso cotidiano somos sempre convidados a participar de conversas sobre as Ciências Naturais. Não há como estarmos inseridos no mundo contemporâneo de forma ativa excluindo as abordagensdessa área, mesmo porque ela norteia tudo o que está ao nosso redor. Desta maneira, concluímos que tais abordagens cientificas e tecnológicas possuem uma grande importância para a sociedade e deve ser aplicada, ultrapassando os limites impostos pelos livros didáticos. 
Não cabe a essa disciplina que os conteúdos sejam expostos de forma engessada, baseados em explicações superficiais relacionados com perguntas do tipo o que é isso ou aquilo. Para que tais abordagens venham se desenvolver fora da superficialidade é necessário ousar e inovar na metodologia utilizada.
Sabemos que o professor hoje exerce ou deveria exercer o papel de mediador. Não cabe a ele trazer as respostas prontas para os alunos, sua responsabilidade é indagar, propor, orientar aos alunos até que sejam capazes de obter suas próprias respostas. Para que isso aconteça o educador deverá romper com as quatro paredes existentes na sua sala de aula levando os educandos a saírem no sentido de se tornarem observadores, investigadores e inventores ao ponto de construírem seus próprios saberes cientifico e tecnológico.
Desta maneira, concluímos que a contribuição dos PCNs para formar o currículo de Ciências Naturais nos anos iniciais do ensino fundamental é de grande importância, de forma que auxilia bastante a construção do conhecimento do aluno para interagir com o seu meio e se tornar um cidadão crítico, mas, ainda não conseguimos através dele ter um êxito esperado em todos os aspectos que formam o processo de ensino-aprendizagem e para isso, os Parâmetros Curriculares Nacionais precisam ser atualizados, necessitam de algumas alterações, para melhor acompanhar o desenvolvimento dos alunos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Lei 9.394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Parâmetros Curriculares Nacionais.
FUMAGALLI, Laura. Didática das ciências naturais: contribuições e reflexões: Porto Alegre: ArtMed, 1998.
GERALDO, Antonio Carlos. Didática de ciências naturais na perspectiva histórico-critica: Campinas: Autores associados, 2009.
PASSMORE, J. Thephilosophy of teaching. London: Duckworth, 1980.
WARD, Hellen. Ensino de ciências: Porto Alegre: Artmed, 2010.

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