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Resumo NP1 e NP2 - Análise Funcional do Comportamento

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Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 
1 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
RESUMO P1 E P2 
ANÁLISE FUNCIONAL DO 
COMPORTAMENTO 
 
O MODELO DE CAUSALIDADE 
Se refere a como causas e efeitos estão relacionados e 
onde se deve buscar as causas de determinado evento. 
Na Análise do Comportamento, o modelo de 
causalidade é o de seleção por consequências. O 
comportamento é histórico e multideterminado, e 
produto das três histórias: filogenética (espécie), 
ontogenética (indivíduo) e cultural. 
Filogênese: a espécie varia 
Ontogênese: o operante varia 
Cultura: se constitui com base em comportamentos 
individuais que se propagam entre outras pessoas 
Ou seja, é produto do conjunto de contingências de 
sobrevivência, de reforçamento e aquelas mantidas pelo 
ambiente social. 
VARIAÇÃO E SELEÇÃO 
Skinner se utilizou da Teoria da Evolução de Darwin para 
construir sua teoria sobre o comportamento. O 
genótipo (produto da interação entre organismo e 
ambiente que envolve ações e consequências) seria o 
equivalente ao operante (uma população de respostas 
individuais que produzem certa consequência). A 
seleção de variações das espécies ocorre pela 
consequência mais relevante. Ex: borboletas 
adquiriram coloração acinzentada durante a Revolução 
Industrial devido a poluição, o que fez com que elas 
fossem capazes de se camuflar para se proteger de 
predadores, perpetuando a espécie. Essa variação foi 
selecionada pelas consequências (sobrevivência e 
reprodução). 
COMO EXPLICAR O COMPORTAMENTO 
COM BASE NAS 3 HISTÓRIAS? 
Lígia, comportamento bulímico 
Filogênese: modo como o corpo reage a dieta severas e 
sucessivamente interrompidas 
Ontogênese: variáveis comportamentais por 
consequência social “você está gorda” 
Cultura: padrão estético aceito 
 
AS FUNÇÕES DO AMBIENTE 
O ambiente tem papel selecionador, porque as 
consequências ambientais selecionam respostas com 
certas características, tornando-a mais prováveis de 
ocorrer em certas circunstâncias. Caso o foco seja a 
mudança de operantes e a instalação de um novo 
repertório comportamental, o ambiente 
desempenhará essa função. 
Na ocorrência de respostas particulares de um 
operante já selecionado, o ambiente tem papel 
instanciador, ou seja, evoca um comportamento já 
existente através de estímulos antecedentes (estímulos 
discriminativos, estímulos condicionais e operações 
motivadoras). Ex: Rodrigo sabe jogar futebol 
(comportamento já selecionado), mas só joga quando 
seus amigos o convidam (evento instanciador). 
NA CLÍNICA 
“A intervenção analítico-comportamental pode ter dois 
‘’níveis”: em certos momentos, a meta é a seleção de 
comportamentos, e, em outros, a meta é promover a 
instanciação de operantes” (BORGES; CASSAS, p. 82, 
2012). Primeiro criamos condições para ocorrer, depois 
selecionamos. 
 
 
 
 
O AMBIENTE SOCIAL 
“A sensibilidade às consequências do comportamento 
operante favoreceu ainda mais a emergência do outro 
como parte relevante do ambiente comportamental e, 
assim, favoreceu, em algumas espécies, a ampliação 
dos comportamentos sociais.” [...] “O ambiente social 
foi fundamental para o surgimento do comportamento 
verbal e ambos para o surgimento de um terceiro nível 
de variação e seleção, o cultural. No nível cultural o que 
varia e é selecionado são práticas culturais que tratam 
de comportamentos ensinados de um indivíduo para o 
outro e através de gerações de indivíduos” (BORGES; 
CASSAS, p. 84, 2012). 
Isso permitiu a seleção do comportamento verbal, e 
comportamentos individuais passaram a ser 
propagados entre outros indivíduos, gerando práticas 
culturais que seriam transmitidas a outras gerações. O 
nível cultural mais o comportamento verbal tornaram 
possível que aprendêssemos certos comportamentos 
sem precisar vivenciar suas consequências (não 
precisamos ser atropelados para saber que é necessário 
olhar a rua antes de atravessar), e é através da 
comunidade verbal que podemos hoje ter acesso ao 
nosso próprio mundo privado e à construção da nossa 
subjetividade. 
 
OPERAÇÕES MOTIVADORAS 
Universo é tudo o que cerca o organismo, e ambiente é 
a parcela do universo que o afeta. Eventos ambientais 
exercem duas funções: 
 Evocativas: mudança imediata, porém temporária, 
no comportamento (uma resposta já existente no 
repertório terá sua probabilidade de ocorrer 
Instanciador: sabe fazer, mas não faz 
Selecionador: não sabe o que fazer 
nem como 
 
 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 
2 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
alterada – mais ou menos provável de acordo com o 
evento) 
Estímulos que exercem função evocativa 
Nas relações respondentes Nas relações operantes 
- Estímulos incondicionais 
- Estímulos condicionais 
- Estímulos discriminativos 
- Operações motivadoras 
incondicionais e 
condicionais 
 
 Alteradoras de repertório: evento que pode ser 
melhor observado quando as condições que o 
precederam estão novamente presentes, em que o 
ambiente exerce o papel selecionador e o organismo 
fica sensível a fatores ambientais que antecedem a 
resposta. São mudanças duradouras no repertório. 
 
Portanto, as operações motivadoras ora evocarão 
respostas que o indivíduo já aprendeu, ora mudarão seu 
repertório, dependendo da ocasião. 
 
Uma operação motivadora é todo evento ambiental 
que afeta um operante de duas maneiras: alterando a 
efetividade dos estímulos consequentes (aumentando 
ou diminuindo) e modificando a frequência da classe de 
respostas. As operações motivadoras aumentam o valor 
da consequência. 
Elas podem ser operações estabelecedoras (respostas 
mais prováveis de serem emitidas porque aumentam a 
efetividade reforçadora ou diminuem a efetividade 
punidora da consequência), ou operações abolidoras 
(respostas menos prováveis de serem emitidas porque 
diminuem a efetividade reforçadora ou aumentam a 
efetividade punidora da consequência). Enquanto as 
estabelecedoras aumentam a frequência de respostas, 
as abolidoras diminuem/suprimem. 
 
Estabelecedoras Abolidoras 
- Criança pedir colo para a 
mãe após ter ficado longe 
dela (valor reforçador 
aumenta) o dia todo 
(efetividade reforçadora 
aumenta, frequência de R 
para conseguir o colo 
também) 
- Menina está na praia e o 
calor vai aumentando (valor 
aversivo aumenta), então 
ela entra mais vezes no mar 
- Um rapaz propõe uma 
feijoada com seus amigos 
no sábado, e no dia 
seguinte eles sugerem 
continuar a festa. O rapaz 
não vai propor o prato 
novamente (valor 
reforçador diminui), pois 
comer a feijoada se tornou 
uma operação abolidora 
(frequência de R que tem 
para se refrescar 
(efetividade punidora 
diminui, frequência de R 
para minimizar o calor 
aumenta) 
como C a produção da 
feijoada diminui) 
- Um aluno tira 2 na prova 
(valor punitivo aumenta), 
fica retido na disciplina e 
tranca o curso (operação 
abolidora, pois tornou a ida 
à faculdade aversiva e a 
resposta de ir foi suprimida) 
 
OPERAÇÕES MOTIVADORAS 
CONDICIONAIS E INCONDICIONAIS 
Ainda dentro das operações estabelecedoras e 
abolidoras, há outra classificação. Operações 
motivadoras incondicionais se referem a eventos em 
que seu efeito tem a ver com valor de sobrevivência; já 
nascemos sensíveis a eventos aversivos ou apetitivos 
(pedir um copo d’água para saciar a sede). Operações 
motivadoras condicionais estão relacionadas a eventos 
em que seu efeito tem a ver com aprendizagem; 
adquirimos sensibilidade a certos eventos apetitivos ou 
aversivos (andar de ônibus e juntar dinheiro para 
comprar um carro). 
 
EPISÓDIOS EMOCIONAIS 
Segundo Skinner, a natureza daquilo que ocorre dentro 
da pele, como as emoções, não é diferente de qualquer 
comportamento que possa ser observado. Quando se 
fala em emoção na Análise do Comportamento, falamos 
da interação entre o comportamento respondente e o 
comportamento operante. 
COMPORTAMENTO RESPONDENTESe refere a uma relação entre organismo e ambiente 
denominada reflexo, em que a apresentação de um 
estímulo elicia uma resposta. Essa relação pode ser 
incondicional (inata) ou condicional (aprendida). 
COMPORTAMENTO OPERANTE 
Se refere a uma relação entre organismo e ambiente 
em que a emissão de uma resposta produz uma 
consequência que altera a probabilidade futura de que 
respostas da mesma classe funcional sejam emitidas 
novamente. 
 
O reforçamento de uma resposta costuma ocorrer na 
presença de determinados estímulos antecedentes, e 
não em sua ausência. Esse reforçamento diferencial das 
respostas sob controle de estímulos antecedentes é 
denominado treino discriminativo e faz com que, 
futuramente, estímulos dessa mesma classe passem a 
evocar respostas funcionalmente semelhantes àquelas 
que foram reforçadas em sua presença. Um estímulo 
antecedente tem três funções: 
Estímulos que exercem função alteradora de 
repertório 
- Reforçadores 
- Punidores 
- Operações motivadoras condicionadas 
 
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3 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
- Função discriminativa: evocando respostas em sua 
presença, e não evocando em sua ausência 
- Função reforçadora condicionada: aumentando a 
probabilidade futura de respostas que o antecedem 
- Função eliciadora: de emoções 
 
 
 
 
 
Há eventos que aumentam momentaneamente a 
efetividade reforçadora de estímulos, bem como a 
probabilidade de ocorrência de todas as respostas 
reforçadas por esses estímulos, que são as operações 
estabelecedoras, já os eventos que diminuem 
momentaneamente a efetividade reforçadora de um 
estímulo e a probabilidade de ocorrência de respostas 
reforçadas na presença desses, são chamados de 
operações abolidoras. 
A EMOÇÃO NA ANÁLISE DO 
COMPORTAMENTO 
Se refere a uma alteração na probabilidade de uma 
classe de respostas sob controle de uma classe de 
estímulos. Para Skinner, um estímulo antecedente ou 
consequente também elicia respostas respondentes. As 
respostas respondentes presentes em uma emoção são 
aquelas que nosso corpo físico emite sem que 
possamos controlar (sudorese, tremedeira, 
taquicardia). Ex: um jogador de futebol perde um 
pênalti decisivo e diz que “está com raiva”. Para um 
analista do comportamento, isso significa que respostas 
como xingar e gritar terão sua probabilidade 
aumentada; respostas reflexas como aumento dos 
batimentos cardíacos, enrubecimento e ofegar serão 
eliciadas pela perda do pênalti; a efetividade 
reforçadora de outros estímulos como a namorada, a 
família, poderá diminuir porque talvez ele relate que 
“precisa ficar sozinho”. A raiva, então, não seria 
somente o que a pessoa sente, mas toda esta alteração 
no repertório do indivíduo. 
Mas é importante lembrar que condições corporais 
fisiologicamente iguais podem estar sob controle de 
diferentes contingências e presentes em diferentes 
episódios emocionais, então são insuficientes para 
caracterizá-los. Raiva pode estar associada a alguém 
que está tentando fazer uma prova e a tinta da caneta 
acaba, ou a uma pessoa que sofreu punições no 
trabalho e ao chegar em casa trata agressivamente os 
filhos. Portanto, a emoção deve ser analisada em 
termos de relações entre organismo e ambiente e não 
se restringir às condições corporais momentâneas. 
Skinner descreve que episódios emocionais em que o 
ambiente altera não só o comportamento respondente 
do indivíduo, como o operante, referem-se a um 
episódio emocional descrito como emoção total. 
 
 
 
ANSIEDADE 
Refere-se não só a respostas respondentes de 
taquicardia, sudorese, etc, eliciadas por estímulos 
condicionais, como também a respostas operantes de 
fuga e esquiva de estímulos aversivos condicionados e 
incondicionados. 
A ansiedade não é aquilo que ocorre dentro da pele do 
indivíduo, mas tudo que envolve a situação ansiógena e 
as alterações no repertório do sujeito. Ex: Joana diz que 
fica muito ansiosa ao falar em público, e à noite precisa 
apresentar um seminário. Ao longo do dia ela relata 
ficar cada vez mais ansiosa e começa a suar, ofegar e 
seu coração bate forte. Na hora do almoço ela perde o 
apetite e não vê graça nas piadas que seus colegas de 
trabalho fazem à mesa, preferindo distância. Na hora do 
seminário, treme, gagueja e olha para baixo. 
Nesse episódio podemos supor que houve uma 
alteração na predisposição para responder - respostas 
que reduzam ou evitem contato com público terão 
maior probabilidade de ocorrência, enquanto respostas 
que produzam aproximação de pessoas terão menor 
probabilidade de ocorrência; há a eliciação de respostas 
respondentes; efetividade reforçadora de outros 
estímulos (comer, falar com os amigos) diminui. 
* Um evento pode se tornar um aversivo condicional não só 
por pareamento com um aversivo, mas também através de 
transferência de função de estímulos por generalização. 
 
O CONCEITO DE LIBERDADE 
O comportamento é sempre um fenômeno relacional, 
não tem como separar o comportamento do ambiente, 
e a Análise do Comportamento se ocupa de 
compreender as relações comportamentais: relações 
nas quais buscamos identificar no ambiente de uma 
pessoa as causas para o que ela faz. 
DECISÃO 
A Análise do Comportamento considera que decidir é 
comportar-se, é fazer algo e, com isso, produzir certas 
consequências. Mas nós decidimos muito menos coisas 
do que pensamos, e se isso fosse diferente, viver seria 
praticamente impossível. Fazemos muitas coisas “sem 
pensar”, porque nossa experiência em situações 
semelhantes nos faz prever alguns resultados. Quando 
não são resultados previsíveis, aí é que “decidimos”, 
buscando recursos que nos façam agir desse ou daquele 
modo. 
Porém, ninguém nasce sabendo decidir. O 
comportamento de decidir também deve ser 
Portanto, a emoção não é a causa do 
comportamento, e é um comportamento 
respondente 
 
Para analisar um episódio emocional, 
recorremos à história e ao respondente 
 
 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 
4 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
aprendido, no sentido de ser selecionado por suas 
consequências. 
SOMOS LIVRES? 
Skinner não afirma como verdade absoluta que o 
comportamento humano é determinado, mas sim que 
o cientista do comportamento deve pressupor que seja, 
porque dessa forma irá investigar relações de 
causalidade entre seu ambiente e seu comportamento, 
assim podendo prever e modificar esse 
comportamento. Para a Análise do Comportamento, 
não se aplica aqui a liberdade plena, o livre arbítrio, ou 
seja, a capacidade de decisão não é autônoma. Não 
somos completamente livres. 
Sua concepção é o determinismo, em que você terá 
limite nas suas escolhas. Nós aprendemos a decidir a 
partir das interações com a nossa cultura 
(comportamento selecionado por suas consequências), 
algumas pessoas desenvolvem mais habilidades de 
decidir, e outras não. Esse comportamento é moldado 
a partir das 3 histórias. É uma posição determinista 
porque aponta variáveis atuais ou passadas como 
responsáveis pelo comportamento das pessoas. O 
determinismo impulsiona a pesquisa, porque incentiva 
a busca por causas. 
 
 
 
 
 
NA CLÍNICA 
O psicólogo faz intervenções sobre as relações do 
cliente com o ambiente, verificando se surte o efeito 
esperado; caso isso não aconteça, o psicólogo 
continuará buscando as causas do seu comportamento. 
Se o comportamento mudou, é porque o psicólogo 
conseguiu intervir sobre parte das causas desse 
comportamento. 
LIBERDADE COMO SENTIMENTO 
Quando nosso comportamento é positivamente 
reforçado, não há coerção, então tendemos a nos sentir 
satisfeitos e livres, por isso a Análise do 
Comportamento opta por favorecer a utilização de 
relações comportamentais de reforçamento positivo. 
Manter um comportamento com mais reforço positivo 
é ser determinista, porque estamos verificando as 
variáveis quefavorecem esse comportamento. 
Relações comportamentais coercitivas podem gerar, 
além dos sentimentos de ansiedade, raiva, tristeza, uma 
luta pela liberdade (falsa sensação). 
Uso do reforço positivo como forma de controle é como 
a política do pão e circo. 
EDUCAÇÃO PELA LIBERDADE 
Autocontrole: a pessoa descreve o que influencia o que 
ela faz, tornando-se capaz de mudar isso (o que 
aumenta ou diminui a probabilidade de o 
comportamento ocorrer) 
Ao ser determinista, a pessoa é mais livre, porque 
identifica as variáveis do comportamento e é capaz de 
modificá-las, tornando-se independentes e livres. Isso é 
o autocontrole (identificar e mudar) 
É a partir do determinismo que a Análise do 
Comportamento promove o autoconhecimento. 
 
AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
É o instrumento mais básico do trabalho do analista do 
comportamento, que se diz respeito a identificar as 
relações entre os eventos antecedentes que evocam o 
comportamento (o que fornece contexto) e as 
consequências que o mantêm (o que acontece depois). 
PROBLEMA DE COMPORTAMENTO 
Se refere aos excessos (muito) ou déficits 
(pouco) comportamentais, que prejudicam o acesso da 
pessoa a novas contingências de reforçamento que 
poderiam facilitar a aquisição de repertórios para a 
aprendizagem e desenvolvimento. 
Para realizar uma avaliação funcional, sempre devemos 
nos basear no parâmetro do contexto em que a pessoa 
está inserida. O analista do comportamento vai 
identificar as contingências atuais e inferir sobre 
contingências que operaram no passado a partir da 
observação direta ou através de relatos do 
comportamento. Ela ocorre durante todo o processo 
terapêutico, já que o comportamento é dinâmico e 
multideterminado, podendo sofrer alterações. 
Na clínica, essa análise permite a elaboração de 
hipóteses sobre a aquisição (passado) e manutenção 
(presente) do repertório, programação de 
intervenções, e planejamento da manutenção e 
generalização para o ambiente natural da pessoa fora 
da clínica. 
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO 
FUNCIONAL 
 Identificar o comportamento alvo (aquele que estou 
avaliando) e as condições ambientais que o mantém; 
 Determinar intervenção apropriada; 
 Monitorar o progresso da intervenção; 
 Auxiliar na medida do grau de eficácia e efetividade 
da intervenção. 
 
 
 
 
Todo comportamento é determinado = sofre 
influências do ambiente; certas contingências 
(relações entre eventos) vão favorecer um 
comportamento e não outro 
 
 
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5 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
ETAPAS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
IDENTIFICAR O COMPORTAMENTO 
ALVO 
 Escolher respostas relevantes, que tenham maior 
valor terapêutico; 
 Evitar respostas que não estejam sobre controle 
operante (só ser basear no respondente); 
 Selecionar o problema mais aversivo para o cliente; 
 Comportamentos individuais são frequentemente 
considerados como membros de classes funcionais 
mais amplas - são agrupamentos de 
comportamentos com a mesma função e 
topografias diferentes. 
IDENTIFICAR ANTECEDENTES 
 Ocasião na qual o comportamento ocorre (quem 
está presente, horário, etc); 
 São duas categorias: estímulos discriminativos e 
operações motivadoras; 
 Quando o problema costuma ocorrer? Onde? Quem 
está presente quando ocorre? Quais eventos 
precedem a ocorrência do problema? Quando é 
menos provável que ocorra? 
IDENTIFICAR AS CONSEQUÊNCIAS 
(FUNÇÃO) 
 Estímulos produzidos por uma resposta que alteram 
a probabilidade de ela ocorrer novamente (que 
favorecem ou não a emissão desse 
comportamento); 
 Mudança no ambiente; 
 O que acontece após o problema ocorrer? O que você 
faz quando ocorre? E as outras pessoas? O que muda 
após o problema ocorrer? 
IDENTIFICAR PROCESSOS 
 Relação entre a resposta e a consequência (é 
punição? Reforço?); 
 Diferentes consequências produzem diferentes 
efeitos; 
 A consequência aumentou ou diminuiu a frequência 
do comportamento? 
 Se aumentou, verificar: um estímulo foi 
acrescentado ou retirado do ambiente? 
Acrescentado: reforço positivo; retirado: 
reforço negativo; 
 O estímulo estava presente no momento 
da emissão do comportamento? Se sim: 
trata-se de fuga; se não: trata-se de 
esquiva; 
 Se diminuiu, verificar: o comportamento parou 
de produzir uma consequência reforçadora? Se 
sim: houve extinção operante, se não: houve 
punição; 
 Um estímulo foi acrescentado ou 
retirado do ambiente? Acrescentado: 
punição positiva, retirado: punição 
negativa. 
IDENTIFICAR POSSÍVEIS EFEITOS 
 Subproduto de contingências operantes: identificar 
as repercussões no repertório do indivíduo 
(atividade bem sucedida - reforçada; atividade mal 
sucedida - menos reforçada ou punidas); 
 Identificar emoções produzidas; 
 Sentimentos são subprodutos das contingências, não 
são causas do comportamento. 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
 Indireto (mais comum): entrevistas ou 
questionários; 
 Direto: observar os antecedentes e consequentes 
quando eles ocorrem (geralmente crianças, 
acontece no consultório); 
 Métodos experimentais - fazer análise funcional: 
testar sua hipótese; observar empiricamente 
tornando possível identificar relações funcionais 
entre as respostas dos organismos e eventos 
externos, antecedentes e consequentes que as 
acompanham. 
PLANEJAMENTO DA INTERVENÇÃO 
Resposta, antecedentes, consequentes, qual função e 
efeitos. O que vai ter que mudar para alterar esse 
comportamento alvo. 
IMPLEMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO 
Colocar em prática essa intervenção, testando minhas 
hipóteses. Colocar regras, ensaiar na sessão 
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 
Investigar se as novas relações comportamentais se 
mantiveram no ambiente cotidiano do cliente, se foram 
satisfatórias para ele. 
ELEMENTOS SUPLEMENTARES QUE 
AJUDAM 
História de vida do indivíduo, repertório 
comportamental; questões socioeconômicas, 
escolaridade. 
 História de vida não diretamente relacionada à 
queixa: repertório comportamental, condições 
socioeconômicas, médicas e fisiológicas; 
 Coleta de dados: desenvolvimento infantil, relações 
familiares, estudo, trabalho, hobbies, etc. 
LIMITAÇÕES DA AVALIAÇÃO 
FUNCIONAL 
 Não pode ser aplicada a comportamentos perigosos 
como o suicídio; 
 
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6 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
 São mais probabilísticas do que deterministas; 
 Podem variar com o tempo; 
 São difíceis de se comprovar. 
CAUSAS MÉDICAS 
Às vezes o problema não é de comportamento, e sim de 
saúde. 
 
 
 
 
 
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS 
Motivos que levam o indivíduo a buscar ajuda: 
autoconhecimento; "estar com problemas" (dificuldade 
em emitir respostas que diminuam estimulações 
aversivas ou que deem acesso a reforçadores). 
 “Transtorno mental”, para a Análise do 
Comportamento, seria um padrão comportamental 
selecionado ao longo da história de interação entre as 
respostas emitidas pelo indivíduo e os efeitos 
ambientais delas decorrentes (que as selecionaram). É 
um comportamento como outro qualquer, então as 
causas e naturezas são as mesmas. Como qualquer 
outro comportamento, os “transtornos psiquiátricos” 
sofrem influência em três níveis: filogenético, 
ontogenético e cultural, e o importante é observar o 
entrelaçamento dessas três histórias e qual delas 
exerce mais influência sobre o comportamento. 
Resumidamente, os “transtornos psiquiátricos”, assim 
como qualquer outro comportamento, são 
comportamentos multideterminados em suas origens e 
em sua manutenção. 
Por um lado, a AC iguala seus aspectos causais, mas 
permite uma distinção entre eles pelo 
comprometimento que podem exercer sobre o 
organismo. 
 
 
 
“A classificação de padrões comportamentais como 
transtornos mentais é determinada por práticas 
culturais que estabelecem os padrões socialmente 
aceitos ou não”. 
A INTERVENÇÃOCLÍNICA 
A resposta para a intervenção é a avaliação funcional. 
Alguns comportamentos merecem maior atenção do 
clínico porque violam expectativas sociais e, 
consequentemente, trazem maior sofrimento àqueles 
que os apresentam ou àqueles que com eles convivem. 
Esses comportamentos são excessos ou déficits 
comportamentais. 
 
CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS 
TERAPIAS COGNITIVAS 
A terapia comportamental fundou uma nova fase da 
psicologia clínica, trazendo a importância da ciência 
através da validade dos resultados serem testados 
empiricamente. É produto do behaviorismo e rompeu 
com a prática psicológica dominante na época. O foco é 
a promoção de saúde mental através da observação, 
predição e modificação comportamental. 
Hans Eysenck na década de 50 fez um estudo 
examinando a efetividade das terapias de insight, como 
a Psicanálise. Mostrou que pessoas tratadas com essa 
terapia não tinham maior probabilidade de melhora do 
que aquelas que não recebiam tratamento algum. 
A TCC faz parte da terapia comportamental, incluindo 
estratégias de reestruturação cognitiva. 
A terapia comportamental é como um todo: 
 Científica (se isso tem a ver com isso); 
 Ativa (em que o cliente é convocado a agir, não só 
falar); 
 Individualizada para cada caso e contexto; 
 Progressiva (no ritmo do cliente); 
 Breve (duração varia, mas é característico que seja 
breve); 
 Focada no presente (mudanças de fatores atuais); 
 Aprendizagem (a partir de treino). 
TERAPIA COMPORTAMENTAL 
Terapia comportamental tradicional 
Análise Clínica do Comportamento 
TCC 
Terapia Cognitiva 
Terapias da terceira geração 
Steven Hayes é o grande difusor da evolução da terapia 
comportamental em três gerações, que se refere a um 
conjunto de terapias que surgiu nos anos de 1990. 
Terceira geração é relativa a 2004, surgiu devido às 
irregularidades da segunda geração e as mudanças 
filosóficas. 
PRIMEIRA GERAÇÃO 
ASPECTOS HISTÓRICOS 
 Foi onde nasceu a terapia comportamental; 
 Início do século XX; 
 Desenvolvimento das ciências biológicas e físicas; 
 Quebra com o paradigma mecanicista e casual; 
 Pavlov (reflexos, condicionamento respondente, 
importância da aprendizagem na explicação do 
comportamento); 
 Watson (psicologia animal, estudo objetivo do 
comportamento manifesto); 
 Thorndike (Lei do efeito); 
 Skinner (aprendizagem operante); 
Avaliação Funcional X Análise Funcional 
Identificar, levantar variáveis / 
Experimentar 
 
 
A cultura é parâmetro de normalidade 
 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 
7 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
 Década de 30 Edmund Jacobson (técnica do 
relaxamento); 
 1938 Análise Experimental do Comportamento 
(Skinner quebra com Watson); 
 Anos 50 e 60 (condicionamento operante se 
estendeu ao comportamento humano). 
ASPECTOS CLÍNICOS 
 Embasada em princípios de aprendizagem; foco na 
modificação do comportamento através do 
condicionamento operante; ênfase nas emoções, 
investigação dos problemas do cliente no sentido de 
eliminar problemas identificados; terapia focada em 
aspectos observáveis. 
SEGUNDA GERAÇÃO 
ASPECTOS HISTÓRICOS DA SEGUNDA 
GERAÇÃO 
 Década de 60: terapia comportamental se tornou 
um movimento visível; 
 Albert Bandura passa a dar mais importância à 
cognição do que ao comportamento, se 
contrapondo ao behaviorismo; 
 Aaron Back desenvolveu a Terapia Cognitiva e Albert 
Ellis a Terapia Racional Emotiva; 
 Cognitiva começou a influenciar a Comportamental, 
dando espaço à combinação de técnicas. Surge a 
TCC. Na segunda geração, a TCC é a mais utilizada, 
se mostrando eficaz diante de vários transtornos 
psiquiátricos; 
 Na década de 70, foi a escolha para tratar certos 
problemas psicológicos; 
 Na década de 80, a aplicabilidade e aceitação 
aumentaram, e contribuições com a prevenção e 
tratamento de problema médicos começaram a 
surgir; 
 Na década de 90, crescimento se expandiu para 
vários países. 
ASPECTOS CLÍNICOS 
 Muitos terapeutas comportamentais aderiram à 
terapia cognitiva, lidando com pensamentos e 
sentimentos de forma mais direta e central; 
 Aplicabilidade da TCC: protocolo original de Beck 
para depressão, os protocolos da TCC têm sido 
desenvolvidos para diversos transtornos 
emocionais, que utilizam diferentes técnicas; 
 Protocolo da TCC: cognições mal-adaptativas estão 
relacionadas de forma causal ao sofrimento 
emocional, e através da modificação das cognições 
o sofrimento emocional e os comportamentos mal-
adaptativos diminuem; 
 Procurou preservar a objetividade e o foco técnico 
da 1ª geração, e tentou valorizar o ser humano 
racional. 
TERCEIRA GERAÇÃO 
ASPECTOS CLÍNICOS 
 Novas maneiras de se tratar os problemas 
psicológicos; 
 Se incomodavam com a segunda geração, voltada 
muito para a cognição e pouco para o contexto, e a 
TCC colocava a cognição à parte do comportamento; 
 Rompem com a TCC e tentam retornar à 1ª geração; 
 Terapeutas mais ecléticos nas técnicas; 
 Ao invés de lutar para modificar pensamentos e 
sentimentos, passaram a focar em cultivar uma 
atitude de aceitação sem julgamentos; 
 Volta a se entender a cognição como 
comportamento; 
 Consonância com a filosofia do Behaviorismo 
Radical: cognição passa a ser entendida como a 
relação entre o indivíduo e o ambiente; terapeutas 
voltam a enfatizar o ambiente como produtor e 
produto; 
 Perspectiva contextualista e funcional: cada 
comportamento compreendido dentro do contexto 
específico em que ocorre e de acordo com a função 
que exerce; 
 Foco na relação terapêutica: importa tanto o 
comportamento do cliente quanto do terapeuta; 
 Mindfulness: origem nas práticas de meditação 
oriental, é uma forma específica de atenção plena - 
concentração no momento atual, intencional e sem 
julgamentos; significa fazer o que é possível fazer 
hoje e não julgar aquilo que você não pode fazer. 
 
FAP 
FAP (derivada do Behaviorismo Radical - instrumento 
básico Avaliação Funcional) Kohlenberg e Tsai. 
 Proposta da Terceira Geração (visões de homem 
diferentes); 
 Estudo e intervenção sobre variáveis da própria 
relação terapeuta-cliente; 
 Valoriza o envolvimento emocional, intimidade, o 
aqui e agora; 
 Focado nas interações terapeuta-cliente; 
 O psicólogo se expõe mais para o cliente e a partir 
disso intervém no seu comportamento; 
 Resgata o que Skinner fala a respeito da relação 
psicoterapêutica sobre a audiência não punitiva 
(acolher sem julgar). Tem que ser uma postura 
constante para o bom desenvolvimento da 
psicoterapia; 
 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 
8 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
 A FAP vai além, e entende que a relação tem que ter 
intimidade, é um repertório interpessoal que 
envolve a autorrevelação de pensamentos e 
sentimentos. Comportamentos são aceitos com 
risco mínimo de rejeição e julgamento; 
 O papel da psicoterapia é ajudar o cliente a construir 
uma nova história de relacionamentos íntimos, a 
começar pela relação entre o terapeuta e cliente; 
 O papel do terapeuta é o de conseguir tempo, criar 
meios de o contato continuar e ser sinalizador de 
reforço. 
COMPORTAMENTOS CLINICAMENTE 
RELEVANTES (CRB) 
A maneira como o cliente se comporta com o terapeuta 
é a maneira que se comporta com os demais que se 
relaciona. Alguns comportamentos têm relevância 
clínica para a FAP 
Pessoa grossa 
CRB1: comportamentos significativos que representem 
uma amostra doo próprio problema que a terapia se 
propõe a tratar, pertencem às classes funcionais. Ser 
agressivo com o terapeuta; 
CRB2: comportamentos de melhora demonstrados na 
relação com o terapeuta. Se mostrar mais calmo na 
sessão; 
CRB3: comportamentos em que o cliente faz análises, 
descreve as dificuldades e levanta hipóteses, e sinaliza 
também algum tipo de solução, no sentido de criar uma 
novaregra. E se eu fizer isso? 
 
 
5 REGRAS DA FAP 
1- CONSCIÊNCIA (ESTAR ATENTO) 
1. Terapeuta observa e descreve contingências da 
sessão: atento ao comportamento do cliente na 
sessão e a interação dele com o terapeuta; 
2. Terapeuta observa seus próprios comportamentos: 
como o terapeuta age, pensa e se sente pode ser o 
que as pessoas ao redor do cliente sentem também; 
3. Terapeuta utiliza o sair eu observado na formulação 
da análise funcional: discrepâncias e coerências 
entre o que acontece na sessão e como cliente e o 
terapeuta reagem a isso são formas de criar 
hipóteses funcionais; 
4. Terapeuta verifica se o comportamento do cliente é 
um CRB: terapeuta conta suas impressões e 
pergunta se o cliente percebe o mesmo, e se há 
semelhança com seus relacionamentos fora da 
terapia; identificação dos CRBs se torna um trabalho 
conjunto. 
 
2- CORAGEM 
1. Terapeuta usa gentileza e empatia como crivos 
sobre como evocar CRBs: evocar CRBs significa 
manejar as contingências da sessão. Não é 
“cutucar ferida”, mas sim propiciar a ocorrência de 
comportamentos de melhora com CRB2; 
2. Terapeuta formula o que será considerado CRB2: 
processo de modelagem gradual. Evocar os CRB1 
na sessão e ver como o cliente reage, mostrando e 
discutindo em como apresentar o CRB2; 
3. Terapeuta evoca CRB2 e bloqueia CRB1: terapeuta 
expressar sentimentos, validando a dificuldade do 
cliente e evitando que os efeitos que acontecem 
fora da terapia ocorram na sessão. Devemos ser 
flexíveis, às vezes não é possível bloquear. 
3- AMOR 
1. Terapeuta responde de modo genuíno: valorizar o 
reforço natural dos comportamentos (para além 
de elogios, ser mais acolhedor) 
2. Terapeuta se vulnerabiliza: se expor à punição do 
cliente, ensinando como o cliente deve acolhê-lo; 
compartilhar pensamentos e sentimentos (+ ou -) 
4 E 5 - BEHAVIORISMO 
1. Terapeuta analisa diferentes indicadores de 
reforçamento: se CRB2 aumentar de frequência, 
se ocorrer generalização (apresentar o mesmo 
comportamento diante de S parecidos - fora da 
terapia) é porque está funcionando a terapia 
2. Terapeuta planeja a generalização: tarefas de casa 
para promover a generalização fora do consultório 
AUTOCONHECIMENTO DO TERAPEUTA 
Fazer terapia é uma forma de o terapeuta desenvolver 
todas as habilidades para conduzir a FAP, sendo que 
várias dessas habilidades requerem o 
autoconhecimento. Problemas e melhoras do 
terapeuta também são objeto de análise (TI – problema 
e T2 – melhora ou progresso) 
SUPERVISÃO DA FAP 
A supervisão clínica faz parte do processo de formação 
do terapeuta, e é na própria relação supervisor-
supervisionado que se torna possível também 
desenvolver as habilidades do terapeuta. Neste 
momento o supervisor se coloca como instrumento de 
mudança. 
 
O BRINCAR 
O brincar promove uma boa relação terapêutica, pois 
permite realizar a avaliação funcional e estabelecer 
procedimentos de intervenção. É crucial para o 
desenvolvimento, sendo também uma forma de 
comunicação. A criança aprende a controlar o ambiente 
Papel do terapeuta é de modelar CRBs 
 
 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 
9 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
e a fortalecer suas habilidades sociais e raciocínio, e na 
brincadeira pode expressar sentimentos, desejos e 
valores que ainda não consegue verbalizar. A Análise do 
Comportamento utiliza brincadeiras estruturadas e não 
estruturadas. 
O refinamento do repertório verbal não inviabiliza o uso 
da brincadeira, então é uma ferramenta que pode ser 
utilizada com adolescentes também. 
O brincar como comportamento: estímulos 
discriminativos, modelos, instruções e consequências 
de tal modo que a criança pode refinar seu repertório 
inicial. 
Brincar em terapia: procedimentos que usam atividades 
lúdicas como mediadores entre o terapeuta e o cliente. 
 
BRINCAR COMO CONSTRUÇÃO DA 
RELAÇÃO TERAPÊUTICA 
Fortalece a relação com o terapeuta e o engajamento 
da criança no processo clínico, já que é reforçador para 
ela. O terapeuta observar os comportamentos durante 
o brincar terá acesso a dicas de reforçamento: falas de 
exclamação e humor, solicitações para que continuem 
a brincar, etc. 
BRINCAR COMO ESTRATÉGIA DE 
AVALIAÇÃO 
A avaliação funcional é feita durante todo o processo 
terapêutico (na interação com a criança, com pais, com 
membros da família ou outros significantes – 
professores, etc). Deve-se verificar o nível de 
desenvolvimento da criança, incluindo sua 
alfabetização, para conhecer suas preferências, e 
durante a brincadeira coletar dados sobre seu cotidiano 
por meio de perguntas. 
Durante as atividades ocorre a manipulação, em que se 
identificam comportamentos desejados ou não, 
utilizando do recurso da brincadeira para modificá-los. 
Quando e como utilizar brincadeira na sessão varia 
conforme objetivos do psicólogo, nível de 
desenvolvimento da criança e variações de preferência 
dela. 
Padrões de comportamento observados podem ser 
iguais aos problemas responsáveis por ela estar na 
terapia, por isso a interação na brincadeira é tão 
importante. A avaliação do repertório da criança 
permite acesso indireto aos seus pensamentos e 
sentimentos, e acesso mais direto ao seu 
comportamento público. Além disso, o fantasiar é útil 
para identificar comportamentos encobertos e 
manifestos da criança - como ela interage com o outro. 
 
 
BRINCAR COMO ESTRATÉGIA DE 
INTERVENÇÃO 
 Modelação: aprendemos muito por modelo, vendo 
o outro. Respostas do psicólogo podem funcionar 
como antecedentes para a criança imitar, mesmo 
que ela não tenha planejado isso (por essa razão o 
psicólogo deve ter cuidado); 
 Esvanecimento: situações em que o psicólogo vai 
facilitar a aprendizagem da criança. Acréscimo e/ou 
retirada gradual de estímulos antecedentes, com 
objetivo de transferir o controle de uma resposta de 
um estímulo para outro; 
 Modelagem: o principal é o psicólogo se atentar 
para respostas adequadas da criança; 
consequências são apresentadas para reforçar 
respostas - elogios devem ser feitos com ressalvas; 
 Bloqueio da esquiva: impedir que a criança não 
entre em contato com o estímulo aversivo, entender 
o porquê de ela estar se esquivando e qual a função 
daquele comportamento. 
 
PROCEDIMENTOS DE TREINAMENTO DE 
HABILIDADES COMPORTAMENTAIS 
 Grande parte está relacionado ao treino de 
habilidades sociais; 
 Consistem em instruções, modelação, treino e 
feedback; 
 THC são usados em sessões de treinamento para 
ajudar a adquirir habilidades úteis (sociais, 
educativas), podendo ser simuladas numa 
dramatização 
INSTRUÇÕES 
 Descrever comportamento a ser treinado, deve ser 
específico, precisa descrever exatamente 
comportamentos esperados, e devem especificar 
circunstâncias apropriadas nas quais se envolver no 
comportamento (estímulos antecedentes, respostas 
e consequências, e como apresentar isso). 
MODELAÇÃO 
 Exibir o comportamento para facilitar a 
aprendizagem do aluno; 
 Real: demonstrar; 
 Simbólica: mostrar através de um filme, vídeo, etc; 
 Fatores que podem influenciar a eficácia: 
complexidade do comportamento deve ser coerente 
com o desenvolvimento do indivíduo; 
comportamento modelado deve ser repetido várias 
vezes; deve ser modelado em diferentes situações e 
de várias maneiras para aumentar a generalização; 
imitação correta deve ser reforçada. 
 
 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 
10 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC 
TREINO 
 Oportunidade de o aluno praticar o 
comportamento; 
 Reforçar o comportamento; 
 Apresentar a oportunidade para corrigir erros que 
talvez estejam presentes no desempenho do 
comportamento; 
 Fatores que influenciam a eficácia: comportamento 
deve ser treinado no contexto apropriado; ensaios 
devem ser do mais fácil para o mais difícil; reforçar 
ensaio; ensaios incorretos devem ser seguidosde 
feeback corretivo. 
FEEDBACK 
 Depois do treinamento, deve-se fornecer o feedback 
imediatamente; 
 Envolve elogios; 
 Quando necessário deve envolver instruções 
adicionais sobre como melhorar o desempenho; 
 O feedback é consequência - reforçador para o 
comportamento correto; e antecedente - incitação 
verbal para o comportamento correto no ensaio 
seguinte; 
 Fatores que influenciam a eficácia: deve ser dado 
imediatamente após a emissão do comportamento; 
sempre deve envolver reforços; elogio deve ser 
descritivo; sempre elogiar antes de corrigir; dar 
instruções de como melhorar; corretivo um por vez. 
MELHORAR GENERALIZAÇÃO 
 O objetivo é que o aluno utilize as habilidades nas 
situações de vida reais; 
 Incorporar situações da vida real no treinamento; 
 Fornecer tarefas de casa; 
 Treinador deve organizar reforço das habilidades 
fora das sessões (conversando com pessoas de 
referência como pais). 
AVALIAÇÃO E TREINAMENTO IN SITU 
 É quando a avaliação de habilidade ocorre no 
ambiente natural e o indivíduo não sabe que está 
ocorrendo; 
 Criar uma situação em que a pessoa precisa emitir o 
comportamento, e avaliar sem que ele saiba; 
 Geralmente ocorre em situação diferente daquela 
em que as habilidades precisam ser usadas; 
 Se o indivíduo não apresenta a habilidade treinada, 
treinador entra na situação e transforma a avaliação 
em treinamento. 
TCH EM GRUPO 
 Mais eficaz em pequenos grupos; 
 Pode ser mais eficiente que o TCH individual e cada 
membro aprende observando um ao outro; 
 A desvantagem é que o treinador é impossibilitado 
de dar atenção exclusiva a alguém, e alguns 
membros podem não ser tão ativos nas interações. 
APLICAÇÕES DO TCH 
 Técnicas de prevenção contra sequestro e abuso 
sexual em crianças e adultos com deficiência 
intelectual; 
 Ensinar habilidades de emergência para crianças; 
 Ensinar habilidades educativas parentais, ou para 
professores e funcionários; 
 Contextos organizacionais.

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