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Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 1 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC RESUMO P1 E P2 ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO O MODELO DE CAUSALIDADE Se refere a como causas e efeitos estão relacionados e onde se deve buscar as causas de determinado evento. Na Análise do Comportamento, o modelo de causalidade é o de seleção por consequências. O comportamento é histórico e multideterminado, e produto das três histórias: filogenética (espécie), ontogenética (indivíduo) e cultural. Filogênese: a espécie varia Ontogênese: o operante varia Cultura: se constitui com base em comportamentos individuais que se propagam entre outras pessoas Ou seja, é produto do conjunto de contingências de sobrevivência, de reforçamento e aquelas mantidas pelo ambiente social. VARIAÇÃO E SELEÇÃO Skinner se utilizou da Teoria da Evolução de Darwin para construir sua teoria sobre o comportamento. O genótipo (produto da interação entre organismo e ambiente que envolve ações e consequências) seria o equivalente ao operante (uma população de respostas individuais que produzem certa consequência). A seleção de variações das espécies ocorre pela consequência mais relevante. Ex: borboletas adquiriram coloração acinzentada durante a Revolução Industrial devido a poluição, o que fez com que elas fossem capazes de se camuflar para se proteger de predadores, perpetuando a espécie. Essa variação foi selecionada pelas consequências (sobrevivência e reprodução). COMO EXPLICAR O COMPORTAMENTO COM BASE NAS 3 HISTÓRIAS? Lígia, comportamento bulímico Filogênese: modo como o corpo reage a dieta severas e sucessivamente interrompidas Ontogênese: variáveis comportamentais por consequência social “você está gorda” Cultura: padrão estético aceito AS FUNÇÕES DO AMBIENTE O ambiente tem papel selecionador, porque as consequências ambientais selecionam respostas com certas características, tornando-a mais prováveis de ocorrer em certas circunstâncias. Caso o foco seja a mudança de operantes e a instalação de um novo repertório comportamental, o ambiente desempenhará essa função. Na ocorrência de respostas particulares de um operante já selecionado, o ambiente tem papel instanciador, ou seja, evoca um comportamento já existente através de estímulos antecedentes (estímulos discriminativos, estímulos condicionais e operações motivadoras). Ex: Rodrigo sabe jogar futebol (comportamento já selecionado), mas só joga quando seus amigos o convidam (evento instanciador). NA CLÍNICA “A intervenção analítico-comportamental pode ter dois ‘’níveis”: em certos momentos, a meta é a seleção de comportamentos, e, em outros, a meta é promover a instanciação de operantes” (BORGES; CASSAS, p. 82, 2012). Primeiro criamos condições para ocorrer, depois selecionamos. O AMBIENTE SOCIAL “A sensibilidade às consequências do comportamento operante favoreceu ainda mais a emergência do outro como parte relevante do ambiente comportamental e, assim, favoreceu, em algumas espécies, a ampliação dos comportamentos sociais.” [...] “O ambiente social foi fundamental para o surgimento do comportamento verbal e ambos para o surgimento de um terceiro nível de variação e seleção, o cultural. No nível cultural o que varia e é selecionado são práticas culturais que tratam de comportamentos ensinados de um indivíduo para o outro e através de gerações de indivíduos” (BORGES; CASSAS, p. 84, 2012). Isso permitiu a seleção do comportamento verbal, e comportamentos individuais passaram a ser propagados entre outros indivíduos, gerando práticas culturais que seriam transmitidas a outras gerações. O nível cultural mais o comportamento verbal tornaram possível que aprendêssemos certos comportamentos sem precisar vivenciar suas consequências (não precisamos ser atropelados para saber que é necessário olhar a rua antes de atravessar), e é através da comunidade verbal que podemos hoje ter acesso ao nosso próprio mundo privado e à construção da nossa subjetividade. OPERAÇÕES MOTIVADORAS Universo é tudo o que cerca o organismo, e ambiente é a parcela do universo que o afeta. Eventos ambientais exercem duas funções: Evocativas: mudança imediata, porém temporária, no comportamento (uma resposta já existente no repertório terá sua probabilidade de ocorrer Instanciador: sabe fazer, mas não faz Selecionador: não sabe o que fazer nem como Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 2 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC alterada – mais ou menos provável de acordo com o evento) Estímulos que exercem função evocativa Nas relações respondentes Nas relações operantes - Estímulos incondicionais - Estímulos condicionais - Estímulos discriminativos - Operações motivadoras incondicionais e condicionais Alteradoras de repertório: evento que pode ser melhor observado quando as condições que o precederam estão novamente presentes, em que o ambiente exerce o papel selecionador e o organismo fica sensível a fatores ambientais que antecedem a resposta. São mudanças duradouras no repertório. Portanto, as operações motivadoras ora evocarão respostas que o indivíduo já aprendeu, ora mudarão seu repertório, dependendo da ocasião. Uma operação motivadora é todo evento ambiental que afeta um operante de duas maneiras: alterando a efetividade dos estímulos consequentes (aumentando ou diminuindo) e modificando a frequência da classe de respostas. As operações motivadoras aumentam o valor da consequência. Elas podem ser operações estabelecedoras (respostas mais prováveis de serem emitidas porque aumentam a efetividade reforçadora ou diminuem a efetividade punidora da consequência), ou operações abolidoras (respostas menos prováveis de serem emitidas porque diminuem a efetividade reforçadora ou aumentam a efetividade punidora da consequência). Enquanto as estabelecedoras aumentam a frequência de respostas, as abolidoras diminuem/suprimem. Estabelecedoras Abolidoras - Criança pedir colo para a mãe após ter ficado longe dela (valor reforçador aumenta) o dia todo (efetividade reforçadora aumenta, frequência de R para conseguir o colo também) - Menina está na praia e o calor vai aumentando (valor aversivo aumenta), então ela entra mais vezes no mar - Um rapaz propõe uma feijoada com seus amigos no sábado, e no dia seguinte eles sugerem continuar a festa. O rapaz não vai propor o prato novamente (valor reforçador diminui), pois comer a feijoada se tornou uma operação abolidora (frequência de R que tem para se refrescar (efetividade punidora diminui, frequência de R para minimizar o calor aumenta) como C a produção da feijoada diminui) - Um aluno tira 2 na prova (valor punitivo aumenta), fica retido na disciplina e tranca o curso (operação abolidora, pois tornou a ida à faculdade aversiva e a resposta de ir foi suprimida) OPERAÇÕES MOTIVADORAS CONDICIONAIS E INCONDICIONAIS Ainda dentro das operações estabelecedoras e abolidoras, há outra classificação. Operações motivadoras incondicionais se referem a eventos em que seu efeito tem a ver com valor de sobrevivência; já nascemos sensíveis a eventos aversivos ou apetitivos (pedir um copo d’água para saciar a sede). Operações motivadoras condicionais estão relacionadas a eventos em que seu efeito tem a ver com aprendizagem; adquirimos sensibilidade a certos eventos apetitivos ou aversivos (andar de ônibus e juntar dinheiro para comprar um carro). EPISÓDIOS EMOCIONAIS Segundo Skinner, a natureza daquilo que ocorre dentro da pele, como as emoções, não é diferente de qualquer comportamento que possa ser observado. Quando se fala em emoção na Análise do Comportamento, falamos da interação entre o comportamento respondente e o comportamento operante. COMPORTAMENTO RESPONDENTESe refere a uma relação entre organismo e ambiente denominada reflexo, em que a apresentação de um estímulo elicia uma resposta. Essa relação pode ser incondicional (inata) ou condicional (aprendida). COMPORTAMENTO OPERANTE Se refere a uma relação entre organismo e ambiente em que a emissão de uma resposta produz uma consequência que altera a probabilidade futura de que respostas da mesma classe funcional sejam emitidas novamente. O reforçamento de uma resposta costuma ocorrer na presença de determinados estímulos antecedentes, e não em sua ausência. Esse reforçamento diferencial das respostas sob controle de estímulos antecedentes é denominado treino discriminativo e faz com que, futuramente, estímulos dessa mesma classe passem a evocar respostas funcionalmente semelhantes àquelas que foram reforçadas em sua presença. Um estímulo antecedente tem três funções: Estímulos que exercem função alteradora de repertório - Reforçadores - Punidores - Operações motivadoras condicionadas Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 3 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC - Função discriminativa: evocando respostas em sua presença, e não evocando em sua ausência - Função reforçadora condicionada: aumentando a probabilidade futura de respostas que o antecedem - Função eliciadora: de emoções Há eventos que aumentam momentaneamente a efetividade reforçadora de estímulos, bem como a probabilidade de ocorrência de todas as respostas reforçadas por esses estímulos, que são as operações estabelecedoras, já os eventos que diminuem momentaneamente a efetividade reforçadora de um estímulo e a probabilidade de ocorrência de respostas reforçadas na presença desses, são chamados de operações abolidoras. A EMOÇÃO NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Se refere a uma alteração na probabilidade de uma classe de respostas sob controle de uma classe de estímulos. Para Skinner, um estímulo antecedente ou consequente também elicia respostas respondentes. As respostas respondentes presentes em uma emoção são aquelas que nosso corpo físico emite sem que possamos controlar (sudorese, tremedeira, taquicardia). Ex: um jogador de futebol perde um pênalti decisivo e diz que “está com raiva”. Para um analista do comportamento, isso significa que respostas como xingar e gritar terão sua probabilidade aumentada; respostas reflexas como aumento dos batimentos cardíacos, enrubecimento e ofegar serão eliciadas pela perda do pênalti; a efetividade reforçadora de outros estímulos como a namorada, a família, poderá diminuir porque talvez ele relate que “precisa ficar sozinho”. A raiva, então, não seria somente o que a pessoa sente, mas toda esta alteração no repertório do indivíduo. Mas é importante lembrar que condições corporais fisiologicamente iguais podem estar sob controle de diferentes contingências e presentes em diferentes episódios emocionais, então são insuficientes para caracterizá-los. Raiva pode estar associada a alguém que está tentando fazer uma prova e a tinta da caneta acaba, ou a uma pessoa que sofreu punições no trabalho e ao chegar em casa trata agressivamente os filhos. Portanto, a emoção deve ser analisada em termos de relações entre organismo e ambiente e não se restringir às condições corporais momentâneas. Skinner descreve que episódios emocionais em que o ambiente altera não só o comportamento respondente do indivíduo, como o operante, referem-se a um episódio emocional descrito como emoção total. ANSIEDADE Refere-se não só a respostas respondentes de taquicardia, sudorese, etc, eliciadas por estímulos condicionais, como também a respostas operantes de fuga e esquiva de estímulos aversivos condicionados e incondicionados. A ansiedade não é aquilo que ocorre dentro da pele do indivíduo, mas tudo que envolve a situação ansiógena e as alterações no repertório do sujeito. Ex: Joana diz que fica muito ansiosa ao falar em público, e à noite precisa apresentar um seminário. Ao longo do dia ela relata ficar cada vez mais ansiosa e começa a suar, ofegar e seu coração bate forte. Na hora do almoço ela perde o apetite e não vê graça nas piadas que seus colegas de trabalho fazem à mesa, preferindo distância. Na hora do seminário, treme, gagueja e olha para baixo. Nesse episódio podemos supor que houve uma alteração na predisposição para responder - respostas que reduzam ou evitem contato com público terão maior probabilidade de ocorrência, enquanto respostas que produzam aproximação de pessoas terão menor probabilidade de ocorrência; há a eliciação de respostas respondentes; efetividade reforçadora de outros estímulos (comer, falar com os amigos) diminui. * Um evento pode se tornar um aversivo condicional não só por pareamento com um aversivo, mas também através de transferência de função de estímulos por generalização. O CONCEITO DE LIBERDADE O comportamento é sempre um fenômeno relacional, não tem como separar o comportamento do ambiente, e a Análise do Comportamento se ocupa de compreender as relações comportamentais: relações nas quais buscamos identificar no ambiente de uma pessoa as causas para o que ela faz. DECISÃO A Análise do Comportamento considera que decidir é comportar-se, é fazer algo e, com isso, produzir certas consequências. Mas nós decidimos muito menos coisas do que pensamos, e se isso fosse diferente, viver seria praticamente impossível. Fazemos muitas coisas “sem pensar”, porque nossa experiência em situações semelhantes nos faz prever alguns resultados. Quando não são resultados previsíveis, aí é que “decidimos”, buscando recursos que nos façam agir desse ou daquele modo. Porém, ninguém nasce sabendo decidir. O comportamento de decidir também deve ser Portanto, a emoção não é a causa do comportamento, e é um comportamento respondente Para analisar um episódio emocional, recorremos à história e ao respondente Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 4 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC aprendido, no sentido de ser selecionado por suas consequências. SOMOS LIVRES? Skinner não afirma como verdade absoluta que o comportamento humano é determinado, mas sim que o cientista do comportamento deve pressupor que seja, porque dessa forma irá investigar relações de causalidade entre seu ambiente e seu comportamento, assim podendo prever e modificar esse comportamento. Para a Análise do Comportamento, não se aplica aqui a liberdade plena, o livre arbítrio, ou seja, a capacidade de decisão não é autônoma. Não somos completamente livres. Sua concepção é o determinismo, em que você terá limite nas suas escolhas. Nós aprendemos a decidir a partir das interações com a nossa cultura (comportamento selecionado por suas consequências), algumas pessoas desenvolvem mais habilidades de decidir, e outras não. Esse comportamento é moldado a partir das 3 histórias. É uma posição determinista porque aponta variáveis atuais ou passadas como responsáveis pelo comportamento das pessoas. O determinismo impulsiona a pesquisa, porque incentiva a busca por causas. NA CLÍNICA O psicólogo faz intervenções sobre as relações do cliente com o ambiente, verificando se surte o efeito esperado; caso isso não aconteça, o psicólogo continuará buscando as causas do seu comportamento. Se o comportamento mudou, é porque o psicólogo conseguiu intervir sobre parte das causas desse comportamento. LIBERDADE COMO SENTIMENTO Quando nosso comportamento é positivamente reforçado, não há coerção, então tendemos a nos sentir satisfeitos e livres, por isso a Análise do Comportamento opta por favorecer a utilização de relações comportamentais de reforçamento positivo. Manter um comportamento com mais reforço positivo é ser determinista, porque estamos verificando as variáveis quefavorecem esse comportamento. Relações comportamentais coercitivas podem gerar, além dos sentimentos de ansiedade, raiva, tristeza, uma luta pela liberdade (falsa sensação). Uso do reforço positivo como forma de controle é como a política do pão e circo. EDUCAÇÃO PELA LIBERDADE Autocontrole: a pessoa descreve o que influencia o que ela faz, tornando-se capaz de mudar isso (o que aumenta ou diminui a probabilidade de o comportamento ocorrer) Ao ser determinista, a pessoa é mais livre, porque identifica as variáveis do comportamento e é capaz de modificá-las, tornando-se independentes e livres. Isso é o autocontrole (identificar e mudar) É a partir do determinismo que a Análise do Comportamento promove o autoconhecimento. AVALIAÇÃO FUNCIONAL É o instrumento mais básico do trabalho do analista do comportamento, que se diz respeito a identificar as relações entre os eventos antecedentes que evocam o comportamento (o que fornece contexto) e as consequências que o mantêm (o que acontece depois). PROBLEMA DE COMPORTAMENTO Se refere aos excessos (muito) ou déficits (pouco) comportamentais, que prejudicam o acesso da pessoa a novas contingências de reforçamento que poderiam facilitar a aquisição de repertórios para a aprendizagem e desenvolvimento. Para realizar uma avaliação funcional, sempre devemos nos basear no parâmetro do contexto em que a pessoa está inserida. O analista do comportamento vai identificar as contingências atuais e inferir sobre contingências que operaram no passado a partir da observação direta ou através de relatos do comportamento. Ela ocorre durante todo o processo terapêutico, já que o comportamento é dinâmico e multideterminado, podendo sofrer alterações. Na clínica, essa análise permite a elaboração de hipóteses sobre a aquisição (passado) e manutenção (presente) do repertório, programação de intervenções, e planejamento da manutenção e generalização para o ambiente natural da pessoa fora da clínica. OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL Identificar o comportamento alvo (aquele que estou avaliando) e as condições ambientais que o mantém; Determinar intervenção apropriada; Monitorar o progresso da intervenção; Auxiliar na medida do grau de eficácia e efetividade da intervenção. Todo comportamento é determinado = sofre influências do ambiente; certas contingências (relações entre eventos) vão favorecer um comportamento e não outro Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 5 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC ETAPAS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL IDENTIFICAR O COMPORTAMENTO ALVO Escolher respostas relevantes, que tenham maior valor terapêutico; Evitar respostas que não estejam sobre controle operante (só ser basear no respondente); Selecionar o problema mais aversivo para o cliente; Comportamentos individuais são frequentemente considerados como membros de classes funcionais mais amplas - são agrupamentos de comportamentos com a mesma função e topografias diferentes. IDENTIFICAR ANTECEDENTES Ocasião na qual o comportamento ocorre (quem está presente, horário, etc); São duas categorias: estímulos discriminativos e operações motivadoras; Quando o problema costuma ocorrer? Onde? Quem está presente quando ocorre? Quais eventos precedem a ocorrência do problema? Quando é menos provável que ocorra? IDENTIFICAR AS CONSEQUÊNCIAS (FUNÇÃO) Estímulos produzidos por uma resposta que alteram a probabilidade de ela ocorrer novamente (que favorecem ou não a emissão desse comportamento); Mudança no ambiente; O que acontece após o problema ocorrer? O que você faz quando ocorre? E as outras pessoas? O que muda após o problema ocorrer? IDENTIFICAR PROCESSOS Relação entre a resposta e a consequência (é punição? Reforço?); Diferentes consequências produzem diferentes efeitos; A consequência aumentou ou diminuiu a frequência do comportamento? Se aumentou, verificar: um estímulo foi acrescentado ou retirado do ambiente? Acrescentado: reforço positivo; retirado: reforço negativo; O estímulo estava presente no momento da emissão do comportamento? Se sim: trata-se de fuga; se não: trata-se de esquiva; Se diminuiu, verificar: o comportamento parou de produzir uma consequência reforçadora? Se sim: houve extinção operante, se não: houve punição; Um estímulo foi acrescentado ou retirado do ambiente? Acrescentado: punição positiva, retirado: punição negativa. IDENTIFICAR POSSÍVEIS EFEITOS Subproduto de contingências operantes: identificar as repercussões no repertório do indivíduo (atividade bem sucedida - reforçada; atividade mal sucedida - menos reforçada ou punidas); Identificar emoções produzidas; Sentimentos são subprodutos das contingências, não são causas do comportamento. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL Indireto (mais comum): entrevistas ou questionários; Direto: observar os antecedentes e consequentes quando eles ocorrem (geralmente crianças, acontece no consultório); Métodos experimentais - fazer análise funcional: testar sua hipótese; observar empiricamente tornando possível identificar relações funcionais entre as respostas dos organismos e eventos externos, antecedentes e consequentes que as acompanham. PLANEJAMENTO DA INTERVENÇÃO Resposta, antecedentes, consequentes, qual função e efeitos. O que vai ter que mudar para alterar esse comportamento alvo. IMPLEMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO Colocar em prática essa intervenção, testando minhas hipóteses. Colocar regras, ensaiar na sessão AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS Investigar se as novas relações comportamentais se mantiveram no ambiente cotidiano do cliente, se foram satisfatórias para ele. ELEMENTOS SUPLEMENTARES QUE AJUDAM História de vida do indivíduo, repertório comportamental; questões socioeconômicas, escolaridade. História de vida não diretamente relacionada à queixa: repertório comportamental, condições socioeconômicas, médicas e fisiológicas; Coleta de dados: desenvolvimento infantil, relações familiares, estudo, trabalho, hobbies, etc. LIMITAÇÕES DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL Não pode ser aplicada a comportamentos perigosos como o suicídio; Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 6 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC São mais probabilísticas do que deterministas; Podem variar com o tempo; São difíceis de se comprovar. CAUSAS MÉDICAS Às vezes o problema não é de comportamento, e sim de saúde. TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS Motivos que levam o indivíduo a buscar ajuda: autoconhecimento; "estar com problemas" (dificuldade em emitir respostas que diminuam estimulações aversivas ou que deem acesso a reforçadores). “Transtorno mental”, para a Análise do Comportamento, seria um padrão comportamental selecionado ao longo da história de interação entre as respostas emitidas pelo indivíduo e os efeitos ambientais delas decorrentes (que as selecionaram). É um comportamento como outro qualquer, então as causas e naturezas são as mesmas. Como qualquer outro comportamento, os “transtornos psiquiátricos” sofrem influência em três níveis: filogenético, ontogenético e cultural, e o importante é observar o entrelaçamento dessas três histórias e qual delas exerce mais influência sobre o comportamento. Resumidamente, os “transtornos psiquiátricos”, assim como qualquer outro comportamento, são comportamentos multideterminados em suas origens e em sua manutenção. Por um lado, a AC iguala seus aspectos causais, mas permite uma distinção entre eles pelo comprometimento que podem exercer sobre o organismo. “A classificação de padrões comportamentais como transtornos mentais é determinada por práticas culturais que estabelecem os padrões socialmente aceitos ou não”. A INTERVENÇÃOCLÍNICA A resposta para a intervenção é a avaliação funcional. Alguns comportamentos merecem maior atenção do clínico porque violam expectativas sociais e, consequentemente, trazem maior sofrimento àqueles que os apresentam ou àqueles que com eles convivem. Esses comportamentos são excessos ou déficits comportamentais. CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS TERAPIAS COGNITIVAS A terapia comportamental fundou uma nova fase da psicologia clínica, trazendo a importância da ciência através da validade dos resultados serem testados empiricamente. É produto do behaviorismo e rompeu com a prática psicológica dominante na época. O foco é a promoção de saúde mental através da observação, predição e modificação comportamental. Hans Eysenck na década de 50 fez um estudo examinando a efetividade das terapias de insight, como a Psicanálise. Mostrou que pessoas tratadas com essa terapia não tinham maior probabilidade de melhora do que aquelas que não recebiam tratamento algum. A TCC faz parte da terapia comportamental, incluindo estratégias de reestruturação cognitiva. A terapia comportamental é como um todo: Científica (se isso tem a ver com isso); Ativa (em que o cliente é convocado a agir, não só falar); Individualizada para cada caso e contexto; Progressiva (no ritmo do cliente); Breve (duração varia, mas é característico que seja breve); Focada no presente (mudanças de fatores atuais); Aprendizagem (a partir de treino). TERAPIA COMPORTAMENTAL Terapia comportamental tradicional Análise Clínica do Comportamento TCC Terapia Cognitiva Terapias da terceira geração Steven Hayes é o grande difusor da evolução da terapia comportamental em três gerações, que se refere a um conjunto de terapias que surgiu nos anos de 1990. Terceira geração é relativa a 2004, surgiu devido às irregularidades da segunda geração e as mudanças filosóficas. PRIMEIRA GERAÇÃO ASPECTOS HISTÓRICOS Foi onde nasceu a terapia comportamental; Início do século XX; Desenvolvimento das ciências biológicas e físicas; Quebra com o paradigma mecanicista e casual; Pavlov (reflexos, condicionamento respondente, importância da aprendizagem na explicação do comportamento); Watson (psicologia animal, estudo objetivo do comportamento manifesto); Thorndike (Lei do efeito); Skinner (aprendizagem operante); Avaliação Funcional X Análise Funcional Identificar, levantar variáveis / Experimentar A cultura é parâmetro de normalidade Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 7 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC Década de 30 Edmund Jacobson (técnica do relaxamento); 1938 Análise Experimental do Comportamento (Skinner quebra com Watson); Anos 50 e 60 (condicionamento operante se estendeu ao comportamento humano). ASPECTOS CLÍNICOS Embasada em princípios de aprendizagem; foco na modificação do comportamento através do condicionamento operante; ênfase nas emoções, investigação dos problemas do cliente no sentido de eliminar problemas identificados; terapia focada em aspectos observáveis. SEGUNDA GERAÇÃO ASPECTOS HISTÓRICOS DA SEGUNDA GERAÇÃO Década de 60: terapia comportamental se tornou um movimento visível; Albert Bandura passa a dar mais importância à cognição do que ao comportamento, se contrapondo ao behaviorismo; Aaron Back desenvolveu a Terapia Cognitiva e Albert Ellis a Terapia Racional Emotiva; Cognitiva começou a influenciar a Comportamental, dando espaço à combinação de técnicas. Surge a TCC. Na segunda geração, a TCC é a mais utilizada, se mostrando eficaz diante de vários transtornos psiquiátricos; Na década de 70, foi a escolha para tratar certos problemas psicológicos; Na década de 80, a aplicabilidade e aceitação aumentaram, e contribuições com a prevenção e tratamento de problema médicos começaram a surgir; Na década de 90, crescimento se expandiu para vários países. ASPECTOS CLÍNICOS Muitos terapeutas comportamentais aderiram à terapia cognitiva, lidando com pensamentos e sentimentos de forma mais direta e central; Aplicabilidade da TCC: protocolo original de Beck para depressão, os protocolos da TCC têm sido desenvolvidos para diversos transtornos emocionais, que utilizam diferentes técnicas; Protocolo da TCC: cognições mal-adaptativas estão relacionadas de forma causal ao sofrimento emocional, e através da modificação das cognições o sofrimento emocional e os comportamentos mal- adaptativos diminuem; Procurou preservar a objetividade e o foco técnico da 1ª geração, e tentou valorizar o ser humano racional. TERCEIRA GERAÇÃO ASPECTOS CLÍNICOS Novas maneiras de se tratar os problemas psicológicos; Se incomodavam com a segunda geração, voltada muito para a cognição e pouco para o contexto, e a TCC colocava a cognição à parte do comportamento; Rompem com a TCC e tentam retornar à 1ª geração; Terapeutas mais ecléticos nas técnicas; Ao invés de lutar para modificar pensamentos e sentimentos, passaram a focar em cultivar uma atitude de aceitação sem julgamentos; Volta a se entender a cognição como comportamento; Consonância com a filosofia do Behaviorismo Radical: cognição passa a ser entendida como a relação entre o indivíduo e o ambiente; terapeutas voltam a enfatizar o ambiente como produtor e produto; Perspectiva contextualista e funcional: cada comportamento compreendido dentro do contexto específico em que ocorre e de acordo com a função que exerce; Foco na relação terapêutica: importa tanto o comportamento do cliente quanto do terapeuta; Mindfulness: origem nas práticas de meditação oriental, é uma forma específica de atenção plena - concentração no momento atual, intencional e sem julgamentos; significa fazer o que é possível fazer hoje e não julgar aquilo que você não pode fazer. FAP FAP (derivada do Behaviorismo Radical - instrumento básico Avaliação Funcional) Kohlenberg e Tsai. Proposta da Terceira Geração (visões de homem diferentes); Estudo e intervenção sobre variáveis da própria relação terapeuta-cliente; Valoriza o envolvimento emocional, intimidade, o aqui e agora; Focado nas interações terapeuta-cliente; O psicólogo se expõe mais para o cliente e a partir disso intervém no seu comportamento; Resgata o que Skinner fala a respeito da relação psicoterapêutica sobre a audiência não punitiva (acolher sem julgar). Tem que ser uma postura constante para o bom desenvolvimento da psicoterapia; Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 8 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC A FAP vai além, e entende que a relação tem que ter intimidade, é um repertório interpessoal que envolve a autorrevelação de pensamentos e sentimentos. Comportamentos são aceitos com risco mínimo de rejeição e julgamento; O papel da psicoterapia é ajudar o cliente a construir uma nova história de relacionamentos íntimos, a começar pela relação entre o terapeuta e cliente; O papel do terapeuta é o de conseguir tempo, criar meios de o contato continuar e ser sinalizador de reforço. COMPORTAMENTOS CLINICAMENTE RELEVANTES (CRB) A maneira como o cliente se comporta com o terapeuta é a maneira que se comporta com os demais que se relaciona. Alguns comportamentos têm relevância clínica para a FAP Pessoa grossa CRB1: comportamentos significativos que representem uma amostra doo próprio problema que a terapia se propõe a tratar, pertencem às classes funcionais. Ser agressivo com o terapeuta; CRB2: comportamentos de melhora demonstrados na relação com o terapeuta. Se mostrar mais calmo na sessão; CRB3: comportamentos em que o cliente faz análises, descreve as dificuldades e levanta hipóteses, e sinaliza também algum tipo de solução, no sentido de criar uma novaregra. E se eu fizer isso? 5 REGRAS DA FAP 1- CONSCIÊNCIA (ESTAR ATENTO) 1. Terapeuta observa e descreve contingências da sessão: atento ao comportamento do cliente na sessão e a interação dele com o terapeuta; 2. Terapeuta observa seus próprios comportamentos: como o terapeuta age, pensa e se sente pode ser o que as pessoas ao redor do cliente sentem também; 3. Terapeuta utiliza o sair eu observado na formulação da análise funcional: discrepâncias e coerências entre o que acontece na sessão e como cliente e o terapeuta reagem a isso são formas de criar hipóteses funcionais; 4. Terapeuta verifica se o comportamento do cliente é um CRB: terapeuta conta suas impressões e pergunta se o cliente percebe o mesmo, e se há semelhança com seus relacionamentos fora da terapia; identificação dos CRBs se torna um trabalho conjunto. 2- CORAGEM 1. Terapeuta usa gentileza e empatia como crivos sobre como evocar CRBs: evocar CRBs significa manejar as contingências da sessão. Não é “cutucar ferida”, mas sim propiciar a ocorrência de comportamentos de melhora com CRB2; 2. Terapeuta formula o que será considerado CRB2: processo de modelagem gradual. Evocar os CRB1 na sessão e ver como o cliente reage, mostrando e discutindo em como apresentar o CRB2; 3. Terapeuta evoca CRB2 e bloqueia CRB1: terapeuta expressar sentimentos, validando a dificuldade do cliente e evitando que os efeitos que acontecem fora da terapia ocorram na sessão. Devemos ser flexíveis, às vezes não é possível bloquear. 3- AMOR 1. Terapeuta responde de modo genuíno: valorizar o reforço natural dos comportamentos (para além de elogios, ser mais acolhedor) 2. Terapeuta se vulnerabiliza: se expor à punição do cliente, ensinando como o cliente deve acolhê-lo; compartilhar pensamentos e sentimentos (+ ou -) 4 E 5 - BEHAVIORISMO 1. Terapeuta analisa diferentes indicadores de reforçamento: se CRB2 aumentar de frequência, se ocorrer generalização (apresentar o mesmo comportamento diante de S parecidos - fora da terapia) é porque está funcionando a terapia 2. Terapeuta planeja a generalização: tarefas de casa para promover a generalização fora do consultório AUTOCONHECIMENTO DO TERAPEUTA Fazer terapia é uma forma de o terapeuta desenvolver todas as habilidades para conduzir a FAP, sendo que várias dessas habilidades requerem o autoconhecimento. Problemas e melhoras do terapeuta também são objeto de análise (TI – problema e T2 – melhora ou progresso) SUPERVISÃO DA FAP A supervisão clínica faz parte do processo de formação do terapeuta, e é na própria relação supervisor- supervisionado que se torna possível também desenvolver as habilidades do terapeuta. Neste momento o supervisor se coloca como instrumento de mudança. O BRINCAR O brincar promove uma boa relação terapêutica, pois permite realizar a avaliação funcional e estabelecer procedimentos de intervenção. É crucial para o desenvolvimento, sendo também uma forma de comunicação. A criança aprende a controlar o ambiente Papel do terapeuta é de modelar CRBs Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 9 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC e a fortalecer suas habilidades sociais e raciocínio, e na brincadeira pode expressar sentimentos, desejos e valores que ainda não consegue verbalizar. A Análise do Comportamento utiliza brincadeiras estruturadas e não estruturadas. O refinamento do repertório verbal não inviabiliza o uso da brincadeira, então é uma ferramenta que pode ser utilizada com adolescentes também. O brincar como comportamento: estímulos discriminativos, modelos, instruções e consequências de tal modo que a criança pode refinar seu repertório inicial. Brincar em terapia: procedimentos que usam atividades lúdicas como mediadores entre o terapeuta e o cliente. BRINCAR COMO CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA Fortalece a relação com o terapeuta e o engajamento da criança no processo clínico, já que é reforçador para ela. O terapeuta observar os comportamentos durante o brincar terá acesso a dicas de reforçamento: falas de exclamação e humor, solicitações para que continuem a brincar, etc. BRINCAR COMO ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO A avaliação funcional é feita durante todo o processo terapêutico (na interação com a criança, com pais, com membros da família ou outros significantes – professores, etc). Deve-se verificar o nível de desenvolvimento da criança, incluindo sua alfabetização, para conhecer suas preferências, e durante a brincadeira coletar dados sobre seu cotidiano por meio de perguntas. Durante as atividades ocorre a manipulação, em que se identificam comportamentos desejados ou não, utilizando do recurso da brincadeira para modificá-los. Quando e como utilizar brincadeira na sessão varia conforme objetivos do psicólogo, nível de desenvolvimento da criança e variações de preferência dela. Padrões de comportamento observados podem ser iguais aos problemas responsáveis por ela estar na terapia, por isso a interação na brincadeira é tão importante. A avaliação do repertório da criança permite acesso indireto aos seus pensamentos e sentimentos, e acesso mais direto ao seu comportamento público. Além disso, o fantasiar é útil para identificar comportamentos encobertos e manifestos da criança - como ela interage com o outro. BRINCAR COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO Modelação: aprendemos muito por modelo, vendo o outro. Respostas do psicólogo podem funcionar como antecedentes para a criança imitar, mesmo que ela não tenha planejado isso (por essa razão o psicólogo deve ter cuidado); Esvanecimento: situações em que o psicólogo vai facilitar a aprendizagem da criança. Acréscimo e/ou retirada gradual de estímulos antecedentes, com objetivo de transferir o controle de uma resposta de um estímulo para outro; Modelagem: o principal é o psicólogo se atentar para respostas adequadas da criança; consequências são apresentadas para reforçar respostas - elogios devem ser feitos com ressalvas; Bloqueio da esquiva: impedir que a criança não entre em contato com o estímulo aversivo, entender o porquê de ela estar se esquivando e qual a função daquele comportamento. PROCEDIMENTOS DE TREINAMENTO DE HABILIDADES COMPORTAMENTAIS Grande parte está relacionado ao treino de habilidades sociais; Consistem em instruções, modelação, treino e feedback; THC são usados em sessões de treinamento para ajudar a adquirir habilidades úteis (sociais, educativas), podendo ser simuladas numa dramatização INSTRUÇÕES Descrever comportamento a ser treinado, deve ser específico, precisa descrever exatamente comportamentos esperados, e devem especificar circunstâncias apropriadas nas quais se envolver no comportamento (estímulos antecedentes, respostas e consequências, e como apresentar isso). MODELAÇÃO Exibir o comportamento para facilitar a aprendizagem do aluno; Real: demonstrar; Simbólica: mostrar através de um filme, vídeo, etc; Fatores que podem influenciar a eficácia: complexidade do comportamento deve ser coerente com o desenvolvimento do indivíduo; comportamento modelado deve ser repetido várias vezes; deve ser modelado em diferentes situações e de várias maneiras para aumentar a generalização; imitação correta deve ser reforçada. Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. 10 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – AFC TREINO Oportunidade de o aluno praticar o comportamento; Reforçar o comportamento; Apresentar a oportunidade para corrigir erros que talvez estejam presentes no desempenho do comportamento; Fatores que influenciam a eficácia: comportamento deve ser treinado no contexto apropriado; ensaios devem ser do mais fácil para o mais difícil; reforçar ensaio; ensaios incorretos devem ser seguidosde feeback corretivo. FEEDBACK Depois do treinamento, deve-se fornecer o feedback imediatamente; Envolve elogios; Quando necessário deve envolver instruções adicionais sobre como melhorar o desempenho; O feedback é consequência - reforçador para o comportamento correto; e antecedente - incitação verbal para o comportamento correto no ensaio seguinte; Fatores que influenciam a eficácia: deve ser dado imediatamente após a emissão do comportamento; sempre deve envolver reforços; elogio deve ser descritivo; sempre elogiar antes de corrigir; dar instruções de como melhorar; corretivo um por vez. MELHORAR GENERALIZAÇÃO O objetivo é que o aluno utilize as habilidades nas situações de vida reais; Incorporar situações da vida real no treinamento; Fornecer tarefas de casa; Treinador deve organizar reforço das habilidades fora das sessões (conversando com pessoas de referência como pais). AVALIAÇÃO E TREINAMENTO IN SITU É quando a avaliação de habilidade ocorre no ambiente natural e o indivíduo não sabe que está ocorrendo; Criar uma situação em que a pessoa precisa emitir o comportamento, e avaliar sem que ele saiba; Geralmente ocorre em situação diferente daquela em que as habilidades precisam ser usadas; Se o indivíduo não apresenta a habilidade treinada, treinador entra na situação e transforma a avaliação em treinamento. TCH EM GRUPO Mais eficaz em pequenos grupos; Pode ser mais eficiente que o TCH individual e cada membro aprende observando um ao outro; A desvantagem é que o treinador é impossibilitado de dar atenção exclusiva a alguém, e alguns membros podem não ser tão ativos nas interações. APLICAÇÕES DO TCH Técnicas de prevenção contra sequestro e abuso sexual em crianças e adultos com deficiência intelectual; Ensinar habilidades de emergência para crianças; Ensinar habilidades educativas parentais, ou para professores e funcionários; Contextos organizacionais.
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