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18/05/2020 
 
APRSENTAÇÕES DE TRABALHO DE PEQUENOS ANIMAIS – ORTOPEDIA 
 
GRUPO 1: LUXAÇÃO PATELAR DE GRAU IV 
 
FISIOPATOOGIA: 
 Luxação de patela é o deslocamento da patela do sulco troclear que pode 
ser classificada com medial ou lateral, de origem congênita/de 
desenvolvimento ou traumática. 
 
 Congênita: podendo ser medial ou lateral. Sendo que em raças toys e 
pequenas cerca de 75% dos casos das luxações ocorre de forma medial. 
E nas raças grandes e gigantes a prevalência é ocorrer de forma lateral. 
Sabendo se de que 60% dos casos de luxação patelar ocorre de forma 
bilateral. 
1. Apresentação de coxa valgus ou varus (diminuição ou o aumento do 
ângulo formado pela cabeça e o colo do fêmur) 
2. Deslocamento medial do quadríceps 
3. Arrasamento troclear 
4. Deslocamento ou arqueamento medial da tuberosidade tibial 
5. Doença articular degenerativa 
6. Torção ou arqueamento lateral do fêmur distal 
 Traumática: trauma na face lateral do joelho causando danos ao 
retináculo lateral. Podendo acometer qualquer raça, idade e tamanho. 
 
 Luxação Patelar grau IV: Nesta fase de avanço, a patela do animal fica 
travada do lado de fora do sulco patelar, e nem mesmo a manipulação de 
um médico veterinário ou a ação do próprio cão são capazes de colocar 
a porção na sua posição correta e de origem – sendo o procedimento 
cirúrgico a única alternativa para amenizar a situação e, neste grau, 
mesmo com cirurgia, há grande dificuldade em voltar o membro a sua 
função normal. 
 
DESCRIÇÃO DETALHADO DO EXAME ORTOPEDICO: 
 O exame ortopédico para diagnóstico de luxação de patela começa com 
o examinador posicionado caudalmente ao animal e o animal em 
decúbito lateral, deve se identificar a crista da tíbia e a patela estará 1 a 
4 cm proximal a tíbia. 
 Se o animal é obeso ou muito pequeno haverá dificuldade de identificar 
a patela dessa maneira, portanto o examinador pode se nortear 
palpando a crista da tíbia, deslizar o dedo dorsalmente até que se note 
uma depressão de consistência firme (ligamento retropatelar inferior) e 
uma estrutura firme e ovalada, que é a patela. 
 A patela pode se deslocar aos movimentos de flexão, extensão ou 
através da digito pressão. 
 Para realizar a luxação patelar medial- o joelho deve ser estendido, a 
região distal da tíbia rotacionada internamente e digito pressão na 
direção medial da patela. 
 Para realizar a luxação patelar lateral- o joelho deve ser flexionado, a 
região distal da tíbia rotacionada externamente e digito pressão na 
direção lateral da patela deve ser realizada. 
 Dependendo do grau de luxação patelar, apenas com a rotação interna 
ou externa distal da tíbia, a patela já é deslocada (medial ou 
lateralmente) 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: 
 Para o diagnóstico diferencial de luxação de patela, devemos 
considerar: 
 Necrose asséptica da cabeça do fêmur 
 Luxação coxo femoral 
 Entorse ligamentar de ligamento da articulação fêmuro-tibio-patelar 
 Entorse muscular 
 Ruptura de ligamento cruzado 
 Displasia coxo femoral 
 Osteocondrite do joelho 
 Panosteíte 
 Osteodistrofia hipertrófica 
 
 Muitos animais com luxação de patela apresentam também essas 
afecções concomitantes, juntas contribuirão para a sintomatologia e 
exigirão tratamentos distintos. 
 Portanto, a avaliação criteriosa de quadril, ligamentos e ossos da 
articulação do joelho e próximos a ela, é de suma importância, 
principalmente para a determinação do tratamento adequado. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 Os achados radiográficos de animais acometidos com a luxação de 
Grau I e II são descritos como deslocamento medial da patela ou 
permanência desta no sulco troclear. Em casos de lesões de Grau III ou 
IV os achados radiográficos demonstram deslocamento patelar em 
sentido medial e lateral 
 Os exames de diagnóstico por imagem são complementares e 
essenciais para o diagnóstico correto da luxação de patela em cães. A 
radiografia auxilia na confirmação da ocorrência da condição uma vez 
que mostra a patela luxada nos casos mais graves e demonstrando as 
deformidades ósseas presentes. Além disso, alterações como osteófitos 
periarticulares, indicativos de osteoartrite também podem ser sinalizadas 
com esse método. É pelo exame radiográfico que avaliamos o CORA 
(center of rotation of angulation), ou seja, é por essa técnica que 
avaliamos o eixo ósseo, fazendo com que direcione o médico veterinário 
ao tratamento correto. 
 A ultrassonografia também é um excelente exame complementar tendo 
em vista que com ela é possível enxergar lesões e fraturas no osso, 
além de alterações nos tecidos musculares na região e na circulação 
sanguínea. 
 A tomografia computadorizada é um exame muito interessante para 
avaliação de desvios angulares, pois permite uma reconstrução 
tridimensional dos ossos envolvidos, e uma avaliação mais precisa do 
procedimento cirúrgico a ser adotado. 
 
GRUPO 2: LUXAÇÃO PATELAR DE GRAU II 
 
FISIOPATOLOGIA: 
 A causa da luxação patelar ainda é incerta, porém, como muitos cães 
apresentam a alteração entre 3 a 6 meses de idade, sem histórico de 
traumatismo, frequentemente com condição bilateral, é provável que este 
seja um distúrbio congênito ou de desenvolvimento, em vez de adquirido. 
Assim, é possível também que a instabilidade patelar congênita 
predisponha o animal a uma luxação traumática. 
 Geralmente é aceito que a luxação patelar seja uma anomalia anatômica 
multifatorial, não somente do joelho, mas de todo o membro pélvico, 
sendo que displasia coxofemoral, mau alinhamento do aparelho extensor, 
alteração patológica muscular do quadríceps e sulco troclear raso, têm 
sido propostas como causas subjacentes à luxação. 
Luxação Patelar Medial 
 Todas as raças podem apresentar LPM resultante de traumatismo, muitas 
vezes em consequência de luxação coxofemoral traumática ou pós 
fraturas de tíbia. Também pode ocorrer de maneira iatrogênica, após mal 
desempenho na técnica de correção de fratura distal de fêmur, mais 
especificamente envolvendo o fechamento da fáscia lata nesta 
abordagem. 
 Porém, as luxações de origem congênitas/de desenvolvimento são mais 
frequentes, e geralmente estão relacionadas à pacientes que apresentam 
algumas anormalidades musculoesqueléticas, tais quais: 
 Torção lateral do fêmur distal – desarranjo anatômico associado à luxação 
patelar medial, onde a ação de uma força torcional anormal altera as 
colunas cartilaginosas da linha de crescimento, num padrão espiral, que 
podem levar a torção lateral ou medial da porção distal do fêmur, 
resultando em luxação patelar contrária ao sentido fêmur torcido. 
 Deslocamento do quadríceps – a rotação interna da articulação do quadril 
desloca a origem do quadríceps medialmente ao eixo do fêmur, com isso, 
a rotação da porção distal do membro desloca a tuberosidade tibial 
também para porção medial; assim, com a contração do quadríceps, a 
patela tende a deslocar para medial. 
 Displasia da epífise femoral – a formação do sulco troclear acontece 
devido à pressão exercida pela patela, limitando o crescimento até atingir 
a profundidade normal do sulco. Se a patela está luxada, essa pressão 
não ocorre tempo suficiente, tampouco em posição adequada, tornando 
o sulco raso. A luxação medial da patela acarretará em tração medial 
sobre a tuberosidade da tíbia, que se desenvolverá com desvio para o 
mesmo lado; sendo assim, uma luxação intermitente pode levar a outras 
deformidades e até a luxação permanente. 
 Instabilidade rotacional da articulação do joelho – o membro pélvico 
produz rotação interna, de forma compensatória, o que leva a 
instabilidade; esta rotação, tem como consequência a distensão da 
cápsula articular lateral, bem como de estruturas de sustentação lateral e 
contratura e espessamento da cápsula articular medial e estruturas de 
sustentação deste plano. As alterações na face lateral,juntamente com a 
perda de estabilidade do quadríceps e patela, são responsáveis pela 
instabilidade rotacional observada nos casos de LPM. 
 Deformidade tibial – resultam de forças anormais sobre as placas de 
crescimento proximal e distal da tíbia; ocorre deslocamento medial da 
tuberosidade da tíbia, arqueamento medial (varus) da tíbia proximal e 
torção lateral da tíbia distal. Estas forças anormais são oriundas de 
displasia femoral ou aumento na tensão medial do mecanismo extensor. 
Luxação Patelar Lateral 
Descrita com maior frequência em cães de raças grandes (Dogue alemão, 
Mastiff Inglês, São Bernardo), também tem sua causa desconhecida, mas 
supõe-se que esteja relacionada à anteversão ou coxa valga da articulação 
coxofemoral (aumento anormal do ângulo entre colo femoral e diáfise no plano 
frontal), que altera a linha de força produzida pelo quadríceps , lateral ao eixo 
longitudinal do sulco troclear. 
O distúrbio de crescimento mais comum que afeta o fêmur distal, resultando em 
encurvamento medial do mesmo, e tíbia proximal, é denominado Genu valgum, 
ou seja, os joelhos tendem a se tocar, pois estão voltados medialmente e a 
extremidade do membro é voltada para o plano lateral. 
Em casos de LPL congênitas, as alterações são similares à LPM, porém na face 
contralateral. 
ANATOMIA PATELAR 
 A patela é mantida na tróclea do fêmur principalmente, pela cápsula 
articular, pela espessa fáscia femoral lateral (fáscia lata) e pela mais fina 
fáscia femoral medial. As partes cranial do músculo sartório e do bíceps 
femoral fundem-se com a fáscia femoral no joelho e podem contribuir para 
a estabilidade medial e lateral da patela. Os ligamentos femoropatelares 
também auxiliam na estabilidade da patela na tróclea. O ligamento 
femoropatelar lateral pode ser traçado do lado lateral da patela até a 
fabela lateral. O ligamento medial é mais fraco que o lateral e se funde 
com o periósteo do epicôndilo medial do fêmur. As bordas da patela são 
conectadas à fáscia femoral pelas fibrocartilagens parapatelares medial e 
lateral. As fibrocartilagens parapatelares cavalgam as cristas da tróclea 
femoral e auxiliam na estabilidade patelar através do contato com as 
cristas da tróclea femoral. Os músculos vasto medial e vasto lateral do 
grupo quadríceps são fixados à patela pelas fibrocartilagens medial e 
lateral, respectivamente. Uma fibrocartilagem suprapatelar também pode 
estar presente no tendão do reto femoral. 
 O grupo muscular quadríceps (reto femoral, vasto lateral, vasto intermédio 
e vasto medial) converge na patela e continua como ligamento patelar, a 
fim de se inserir na tuberosidade tibial, distalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 1- Anormalidades esqueléticas com grave luxação patelar medial 
congênita. A, Membro pélvico esquerdo normal, imagem cranial. Notar que o 
mecanismo do quadríceps está centralizado acima do fêmur e que a linha 
hachurada que passa sobre a porção proximal do fêmur e distal da tíbia também 
passa pela patela. B, Deformidades típicas de luxação patelar medial. Notar a 
posição do mecanismo do quadríceps e da patela; a linha hachurada que passa 
da porção proximal do fêmur à tíbia distal fica bem medial à articulação do joelho. 
Destaque, a seta reta representa o mecanismo extensor correto após a rotação 
do tubérculo e a linha do movimento patelar. O retângulo pontilhado representa 
a localização e o ângulo da tróclea recentemente criada, necessários para 
posicionar a patela de modo adequado. 1, Coxa vara. 2, Terço distal do fêmur 
arqueado medialmente (joelho varo). 3, Sulco troclear raso com crista medial 
pouco desenvolvida ou ausente. 4, Côndilo medial hipoplásico, articulação 
inclinada. 5, Torção medial do tubérculo tibial, associada com rotação medial de 
toda a tíbia. 6, Arqueamento medial da porção proximal da tíbia. 7, Rotação 
interna da extremidade distal do membro, apesar da torção lateral da porção 
distal da tíbia. C, Posição da tíbia relativa ao fêmur e forma da tróclea femoral 
em graus de 1 a 4 de luxação patelar medial. A secção de corte femoral na região 
do sulco troclear é demonstrada em contorno escuro, e a secção de corte tibial 
proximal é sombreada. A rotação medial progressiva da tíbia e deformidade da 
incisura troclear medial são notadas. 
DIAGNÓSTICO E EXAME ORTOPÉDICO: 
 
 HISTORICO E ANAMNESE 
 SINAIS E SINTOMAS: Os sinais clínicos como claudicação, dor, 
relutância em locomover, defeitos de conformações visíveis do membro 
como genu varus e torções femorais ou tibiais são associados à luxação 
de patela e variam com o grau da lesão. Na luxação de patela de grau ll, 
o animal tem o histórico de saltos ocasionais quando correm ou 
caminham, além da claudicação, que é a principal queixa do tutor. 
 O exame ortopédico bem realizado está sendo cada vez mais importante 
na rotina do médico veterinário. O diagnóstico é baseado nos sinais 
clínicos, na palpação do joelho e exame radiográfico, a fim de graduar e 
classificar a alteração (SOUZA et. al., 2009; BOLFER, 2013). 
EXAME ORTOPÉDICO 
 INSPEÇÃO VISUAL E EXAME DE MARCHA: O primeiro passo, para 
realização do exame, consiste em avaliação dos sinais clínicos e uma 
inspeção visual cuidadosa, necessária para avaliar se o animal apresenta 
claudicação, deste modo, o paciente deve ter sua marcha avaliada por 
trás, pela frente e pelos lados. Nesta fase, é importante que o animal 
fique livre para se locomover de um lado para o outro para observar sinais 
de claudicação e determinar qual o membro afetado e, especificamente, 
qual o osso e/ou articulação estão envolvidos. E mais, devem ser 
verificadas possíveis atrofias musculares, e se há desenvolvimento 
anormal dos músculos. 
 PALPAÇÃO: Deve prosseguir da inspeção para palpação e então para os 
testes de amplitude de movimento das articulações e membros. A maioria 
dos testes deve ser realizada com o animal em decúbito, de forma a se 
obter maior relaxamento muscular e melhor posiciona mento para as 
manobras. O exame deve ser iniciado, preferencialmente, pela 
extremidade distal do membro, devido a maior cooperação por parte do 
paciente. Além disso, o membro saudável deve ser palpado antes do 
membro afetado. A técnica de comparar um lado com o outro (anormal x 
saudável) favorece a determinação de anormalidades sutis, 
compensando a falta de experiência e as variações existentes entre as 
raças. 
 
EXAME ORTOPÉDICO ESPECÍFICO, ou seja, testes para a detecção da 
Luxação Patelar: 
 
 TESTE DE GIRO (Só é possível avaliar luxação de patela grau 2): 
 O exame físico do membro para luxação da patela é melhor realizado em 
decúbito lateral, a patela é melhor localizada palpando desde a 
tuberosidade da tíbia e até ao longo do ligamento patelar. 
 Uma vez localizada, a patela deve ser isolada entre o polegar e o dedo 
indicador de uma mão, enquanto a outra mão agarra a tíbia e faz a 
extensão do joelho do animal ao mesmo tempo em que a região de tarso 
é rotacionado para medial (inteiramente) e a patela é empurrada também 
medialmente com o polegar da mão oposta. 
 Para desviar a patela lateralmente flexiona-se um pouco o joelho 
enquanto rotacional a o tarso para lateral. O movimento medial-lateral da 
patela dentro da tróclea ou do sulco troclear não é anormal, mas seu 
deslocamento para fora da tróclea não é fisiológico. A redução da patela 
ocorre com pressão no sentido oposto. 
 A luxação patelar é mais facilmente de ser palpada quando a articulação 
está em extensão, neste momento devemos deslocar a patelar para 
palpar o sulco troclear e avaliar o seu grau de arrasamento, grau de 
saliências dos côndilos femorais e inserção medial da crista tibial. 
 Em animais obesos ou muito pequenos, a identificação da patela pode ser 
difícil, neste caso podemos ser norteados palpando a crista tibial, 
deslizando o seu dedo dorsalmente até que note uma depressão de 
consistência firme (retopatelarinferior) e, logo em seguida uma estrutura 
dura e ovalada. 
 
 
 
 
 
 
 
 TESTE DE DIGITOPRESSÃO: 
 
 Tem como objetivo diagnosticar luxações de 
patela. Com o membro semifletido, individualiza-
se a patela e aplica-se pressão digital lateral e 
medial, alternadamente, contra a patela a 
empurra a mesma e tirando-a da posição. No 
sulco troclear. Caso haja deslocamento aproveita-
se o momento para avaliar a profundidade do 
sulco patela. 
Durante o exame físico são avaliados: 
o Instabilidade em ambas as direções 
o Localização mais frequente da patela 
o Incapacidade ou capacidade de reduzir a patela 
o Presença ou ausência de crepitações (provocada por erosão de a 
Cápsula Articular) 
o Grau de desvio da tuberosidade tibial 
o Torção ou angulação de membros 
o Gama de movimento 
o Profundidade do sulco troclear; 
o Contraturas musculares (sartório, retofemoral e quadríceps); 
o Presença ou ausência de movimento da gaveta (com a patela reduzida). 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 
 Dentre os diagnósticos diferenciais devemos citar necrose da cabeça do 
fêmur, luxação coxofemoral, entorse ligamentar da articulação fêmuro-
tíbio-patelar e estiramento muscular. Vale ressaltar que alguns pacientes 
que apresentam luxação patelar também podem apresentar necrose pois 
o mesmo por estar necrosado causa incomodo e mau alinhamento ósseo, 
(FOSSUM 2002). 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 Dentre os exames complementares, o mais utilizado é o exame 
radiográfico. Após diagnostico clínico o joelho do paciente deve ser 
avaliado radiograficamente. As radiografias de escolha para avaliação da 
articulação patelofemoral e de suas correlações incluem projeções 
craniocaudal, médio-lateral e tangencial (ELIAS; WHITE, 2004). Mas vista 
crânio-caudal e médio- lateral são úteis para determinar o grau de 
deformação óssea e o grau de progressão da doença articular 
degenerativa. O estudo radiográfico também ajuda a descartar outras 
causas mais graves de claudicação, como neoplasia. Projeção tangencial 
(Skyline) pode ser obtida para avaliar a profundidade da troclear femoral 
(FERGUSON, 1997). 
 Os exames de diagnóstico por imagem são complementares e essenciais 
para o diagnóstico correto da luxação de patela em cães. A radiografia 
auxilia na confirmação da ocorrência da condição uma vez que mostra a 
patela luxada nos casos mais graves e demonstrando as deformidades 
ósseas presentes. 
 Além disso, alterações como osteófitos periarticulares, indicativos de 
osteoartrite (OA) também podem ser sinalizadas com esse método. 
Alterações ósseas certamente ocorrem como resultado da OA, mas as 
mudanças na arquitetura e na fisiologia do osso podem também contribuir 
para o desenvolvimento da doença articular. 
 A ultrassonografia também é um excelente exame complementar tendo 
em vista que com ela é possível enxergar lesões e fraturas no osso, além 
de alterações nos tecidos musculares na região e na circulação 
sanguínea. 
 Também podem ser utilizados para diagnósticos diferenciais a artrografia, 
artrocentese, tomografia computadorizada, entre outros. 
 
 
 
GRUPO 3: LUXAÇÃO DE COTOVELO 
 
FISOPATOLOGIA: 
 A luxação de cotovelo normalmente tem origem traumática, ocorre 
luxação lateral do rádio e da ulna; luxação medial do úmero, rompimento 
do ligamento colateral unilateral ou bilateral e/ou tendão e por fim há 
possibilidade de ocorrer lesão cartilagínea e ruptura muscular. 
 Geralmente os pacientes chegam com o histórico de trauma, impotência 
funcional do membro afetado (principalmente nos movimentos de 
abdução e giro externo), além de dor e incapacidade de extensão. 
 Além disso, também há a luxação de cotovelo congênita, até o momento 
é de origem desconhecida. O mau posicionamento dos ossos ocorre em 
animais jovens e pelo fato dos ossos não se articularem normalmente, 
não há congruência entre eles. As condições patológicas variam de 
acordo com a condição. 
EXAME FÍSICO DE COTOVELO: 
 Palpar a articulação, verificando eventual edema flutuante no espaço 
entre o côndilo lateral e o olécrano, e o processo coronoide medial. Edema 
flutuante indica efusão articular, a qual resulta de várias doenças da 
articulação do cotovelo. A efusão articular pode ser mais facilmente 
detectada quando o animal encontra-se em estação. Um aumento da 
articulação do cotovelo firme e generalizado denota doença articular 
degenerativa. Flexionar e estender o cotovelo 
 A extensão e a flexão normais giram em torno de 165 graus e 40 a 50 
graus, respectivamente. O carpo deve quase tocar o ombro quando o 
cotovelo estiver flexionado. Uma amplitude de movimento diminuída, 
ocasionada por uma flexão incompleta do cotovelo, comumente sugere 
doença articular degenerativa, a qual pode ocorrer secundariamente à 
fragmentação do processo coronoide, à não união do processo ancôneo 
ou a uma osteocondrite dissecante. Enquanto o cotovelo estiver em 
extensão, verificar a integridade dos ligamentos colaterais, aplicando 
forças mediais e laterais ao rádio e à ulna. 
 A palpação do cotovelo deve ser realizada em etapas, uma vez que esta 
é uma articulação complexa e pode ser acometida por mais de uma 
doença concomitante. Na palpação, o edema articular com aumento de 
volume e a diminuição da amplitude do movimento provocando dor são 
os achados mais frequentemente encontrados. 
 O edema é resultado de um processo inflamatório e normalmente é 
encontrado na face lateral e medial da articulação (próximo aos 
epicôndilos), seguindo caudalmente ao olécrano. 
 A articulação deve ser flexionada e estendida em sua totalidade (Figuras 
6). Sugere-se que a extensão do cotovelo chegue a 165 graus e a flexão 
a 45 graus, ou seja, no exame de flexão, o carpo deve quase tocar o 
ombro do paciente, este exame pode ser facilitado pelo uso de um 
goniômetro. 
 Qualquer alteração dessa amplitude, sugere artrose 
 Durante a extensão do cotovelo, o examinador deve preocupar-se com a 
integridade dos ligamentos colaterais e se houver sinais de crepitação ou 
ranger, isso significa que pode haver fraturas / fissuras ou luxações. 
LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DO COTOVELO: 
 Os cães acometidos não são capazes de sustentar o peso no membro 
afetado e o cotovelo é mantido em posição flexionada. O membro 
dianteiro encontra se abduzido e rotacionado externamente. A palpação 
do cotovelo revela a proeminência da cabeça do rádio, a ocultação do 
côndilo lateral do úmero e o deslocamento lateral do olécrano. A maioria 
dos animais apresenta dor e resiste à extensão do cotovelo. 
LUXAÇÃO CONGÊNITA DO COTOVELO: 
 Os filhotes com esta condição mantêm o membro dianteiro acometido 
flexionado e rotacionado internamente (rotação externa do cotovelo). Se 
a condição for bilateral, o filhote sustenta o peso no aspecto caudomedial 
dos membros dianteiros. Os cotovelos não podem ser estendidos. O 
olecrano localiza-se no aspecto lateral do membro, podendo ser 
confundido com o côndilo lateral do úmero. Geralmente a condição não é 
dolorosa 
 
 
 
 A. Evidencia-se a flexão completa do cotovelo esquerdo de um paciente 
canino. É possível avaliar que os ossos do carpo estão próximos do ombro 
do paciente, o que demonstra que o animal é capaz de fazer flexão total 
desta articulação. 
 B. Paciente sendo submetido a extensão completa do cotovelo esquerdo. 
 
 A. Paciente sendo submetido ao exame do cotovelo esquerdo para doença 
da fragmentação do processo coronóide medial da ulna. O examinador vai 
ter como ponto de referência o epicôndilo medial do úmero e vai seguir disto-
cranial 1,5 cm. Este é o ponto exato da possível lesão e dor. 
 B. O examinador esta fletindo o cotovelo esquerdo e fazendo uma palpação 
caudal a articulação 
 
LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DO COTOVELO: 
 Como em geral está associada a um trauma brusco da articulação do 
cotovelo causando deslocamento lateral do rádio e da ulna em relação 
ao úmero, o históricoé de suma importância no diagnóstico da mesma, 
que muitas vezes indica um atropelamento ou briga entre cães, onde 
normalmente o animal apresenta claudicação aguda do membro 
afetado. Nos gatos a luxação traumática do cotovelo é rara. 
 No exame físico para diagnosticar a luxação, fica evidente a 
incapacidade do animal sustentar o peso no membro afetado e seu 
cotovelo permanecendo em posição flexionada. O membro dianteiro em 
posição de abdução e externamente rotacionado. Quando palpado, o 
cotovelo revela uma proeminência da cabeça do rádio, a ocultação do 
côndilo lateral do úmero e o deslocamento lateral do olécrano. 
A maioria dos animais apresentará dor e resistência à extensão do 
cotovelo acometido. 
 No exame de imagem, o deslocamento lateral do rádio e da ulna é 
aparente na incidência crânio-caudal do cotovelo. Na lateral, revela-se 
um espaço articular irregular entre o côndilo umeral e o rádio e a ulna. 
Fraturas ficam evidentes, e como é de etiologia traumática, radiografias 
torácicas em casos cirúrgicos, é indicada. 
 Nas alterações laboratoriais não se evidencia anormalidades em relação 
à luxação em si, porém, podem estar associadas ao trauma que causou 
a luxação. 
 
 
 Rádio e ulna deslocados lateralmente. Na projeção lateral, há perda do 
espaço da articulação úmero-radial. 
Esquerda: Crânio-caudal; Direita: Lateral. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 As luxações traumáticas do cotovelo de em ser diferenciadas de fraturas 
articulares e fraturas de Monteggia. 
 Fraturas de Monteggia: Fratura da ulna associada à luxação da cabeça 
do rádio 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUXAÇÃO CONGÊNITA DO COTOVELO: 
 É uma incongruência das superfícies ósseas, devido ao fato dos ossos 
não se articularem normalmente. 
 Para diagnóstico, a predisposição deve ser levada em consideração, 
uma vez que raças de cães de pequeno porte são notoriamente mais 
afetadas. A condição pode ser unilateral ou bilateral e, geralmente, se 
evidencia no início do andar do filhote, por volta de 3 a 6 semanas de 
idade. 
 O histórico do animal descreve a incapacidade de extensão de um dos 
membros dianteiros, ou ambos, e a dificuldade de locomoção do animal 
devido a uma posição curvada. Vale ressaltar que cães de pequeno 
porte toleram melhor a deformidade e, em alguns casos, dor mínima ou 
ausente. 
 No exame físico, os animais com esta condição mantém o membro 
dianteiro acometido flexionado e rotacionado internamente (rotação 
externa do cotovelo). No caso de acometimento bilateral, o animal 
sustenta o peso no aspecto caudo-medial dos membros dianteiros. Os 
cotovelos do animal não podem ser estendidos. Ainda, o olécrano 
localiza-se no aspecto lateral do membro, podendo ser confundido com 
o côndilo lateral do úmero. Geralmente esta condição não é dolorosa. 
 No diagnóstico por imagem, as radiografias laterais e crânio-caudais do 
cotovelo revelam o deslocamento lateral e a rotação do olécrano, com 
graus variáveis de contato entre a ulna e o úmero. Pode-se visualizar a 
cabeça do rádio em contato com o úmero, embora esta condição possa 
mudar conforme o animal se desenvolve. A Doença Articular 
Degenerativa (DAD) secundária é aparente nos casos crônicos. 
 Como na luxação traumática, não se observa anormalidades 
laboratoriais específicas para esta condição. 
 
 
 
 
 
 
Radiografia da incongruência do cotovelo devido ao encurtamento do rádio 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 Nos casos de luxação congênita, incluem hemimelia (deficiência 
congênita de segmentos do rádio ou da ulna – fíbula), ectrodactilia 
(separação congênita do membro) e fraturas e desuniões anteriores do 
membro. Todas podem ser observadas com exame radiográfico mais 
detalhado. 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 O exame complementar mais indicado é o raio X, pois é um exame 
pouco invasivo e que consegue dar uma diagnostico rápido. Os 
principais sinais radiográficos presentes são o deslocamento lateral de 
radio e ulna e aumento dos tecidos moles adjacentes a lesão, podendo 
haver aumento de radiopacidade intra-articular, sendo característico de 
inflamação. Além de exame para diagnóstico, a radiografia também é 
indicada como exame pós cirúrgico para avaliação seriada. 
 Quando a luxação já está em um processo de cronicidade, é possível a 
visibilização de sinais de osteoartrose secundaria, como proliferações 
ósseas intra e peri-articulares e esclerose das faces articulares. 
 Em casos em que a luxação é congênita, é imprescindível a avaliação 
do membro contralateral, bem como a correlação com outros animais da 
ninhada, visto que há discussões sobre componentes hereditários 
estarem envolvidos e muitos casos serem luxações bilaterais. 
 Outros exames complementares que podem ser feitos, são: tomografia 
computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia, 
principalmente se for necessária uma avaliação mais acurada de outros 
componentes anatômicos, como ligamentos, tendões e musculatura. 
 Diagnósticos diferenciais ainda precisam ser feitos, sendo que em casos 
traumáticos o principal é a fratura do tipo Salter Harris e de Monteggia, 
já em casos congênitos é necessário diferenciar de outras afecções de 
desenvolvimento, como o fechamento prematura da linha fisária distal da 
ulna. 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Articulação normal de um cão - 
THRALL, D.E. Diagnóstico de radiologia 
veterinária. 5. ed., Rio de. Janeiro: Elsevier, 
2010. 
 
 
 
 
Figura 2. Articulação normal de um 
cão - THRALL, D.E. Diagnóstico de 
radiologia veterinária. 5. ed., Rio de. 
Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Luxação traumática de 
cotovelo - FOSSUM, Theresa 
Welch. Cirurgia de pequenos 
animais. Elsevier Editora, 4ª ed. 
 
 
 
Figura 4. Pós cirúrgico da 
reparação de luxação do cotovelo 
- THRALL, D.E. Diagnóstico de 
radiologia veterinária. 5. ed., Rio 
de. Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Articulação do cotovelo esquerdo do equino (representação 
esquemática, A: vista lateral; B: vista medial) - KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H. 
G. Anatomia dos animais domésticos, 6ª ed. 
 
 
Figura 2. Articulação do 
cotovelo de um cão 
(ressonância 
magnética, imagem 
ponderada em T1, 1º 
plano de secção sagital) 
- KÖNIG, H. E.; LIEBICH, 
H. G. Anatomia dos 
animais domésticos, 6ª 
ed. 
 
 
GRUPO4: LUXAÇÃO COXOFEMORAL CRÃNIO – DORSAL TRAUMATICA 
 
FISIOPATOLOGIA: 
 A articulação coxofemoral é a mais frequentemente luxada no cão e no 
gato; 
 Ausência de ligamentos colaterais; músculos se fixam à 
extremidade proximal do fêmur permitindo grande movimentação 
da articulação. 
 Geralmente resultam de traumas externos; 
 Sendo 59 a 83% devido a traumatismos por veículos. (BRINKER 
et al., 1999). 
 Maioria é unilateral e por volta de 50% tem lesões importantes 
associadas (BRINKER et al., 1999). 
 São classificadas em dorsal, crânio-dorsal, caudo-dorsal, ventral, ventro-
caudal, ventro-cranial, ou ainda, intrapélvica, menos comum. 
 As luxações crânio-dorsais são as mais frequentes (DECAMP, 1995); 
 A principal causa é um forte traumatismo aplicado à região 
glútea do animal, provocando sua queda na direção da 
articulação coxofemoral, sofrendo a luxação. Desse modo, a 
cabeça femoral repousa em sua posição mais comum de 
luxação, crânio-dorsalmente ao acetábulo (WADSWORTH, 
1996). 
EXAMES ORTOPEDICOS: 
 Teste Polegar Triângulo Palpável: 
 À palpação, o grande trocânter está elevado comparando com o lado 
normal ou contra lateral, e o espaço entre este e a tuberosidade 
isquiática está aumentado (Piermattei et al., 2009; Murakami et al., 
2012). 
 Teste de Hiperextensão: 
 O membro apresenta-se mais curto do que o oposto quando 
posicionados ventralmente e estendidos caudalmente (Murakami et al., 
2012, Fossum, 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Posição típica do membro em paciente caninocom luxação coxofemoral 
craniocaudal. 
IMAGEM ANATOMICA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No paciente com luxação coxofemoral craniocaudal, a distância entre a 
tuberosidade do ísquio e o trocânter maior é maior que o normal. 
 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: 
 Subluxação aguda da articulação coxofemoral secundária; 
 Displasia coxofemoral; 
 Fratura da fise da cabeça femoral; 
 Fraturas de colo femoral; 
 Fratura acetabular. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Exame radiográfico da pelve 
 Posicionamento latero-lateral e ventro-dorsal 
 Resultado esperados na alteração: deslocamento da cabeça femoral 
para fora do acetábulo. 
 Luxação craniodorsal: a cabeça femoral desloca-se cranial e dorsalmente 
ao acetábulo e o membro lesionado fica mais curto do que o membro 
contralateral 
 
 
 
 
 
 
 Luxação Coxofemoral Craniodorsal Traumática do 
Membro Pélvico direito de um cão da raça Border 
Collie do sexo feminino. 
GRUPO 5: DISPLASIA DE COTOVELO 
INTRODUÇÃO: 
A displasia de cotovelo (DC) é um desenvolvimento anormal da articulação úmero-
rádio-ulnar que afeta principalmente cães de grande porte durante a fase de 
crescimento, sendo uma das causas mais comuns de claudicação em cães jovens 
 Incongruência articular (IA) 
 Fragmentação do processo coronóide (FPC) 
 Não-união do processo ancôneo (NUPA) 
 Osteocondrite dissecante (OCD) 
 Lesões na cartilagem articular 
EPIDEMIOLOGIA: 
 Acomete animais em crescimento 
(4 -8 meses de idade). 
 Médio a grande porte – gigantes. 
 Machos > Fêmeas (2x) 
 
 
 
ETIOLOGIA: 
 Afecção poligênica 
- Fatores hereditários e ambientais. 
- Fatores nutricionais e mecânicos. 
 
 Dietas com alto teor de cálcio, excesso de vitamina D e superalimentação 
com dietas hipercalóricas; 
 
 Traumas/Injúrias que levem ao fechamento precoce da linha fisária. 
 
 
FISIOPATOLOGIA: 
 
 Incongruência articular: 
 
Mal alinhamento entre as superfícies articulares. 
1- Comprimento curto da ulna em relação ao rádio. 
2- Comprimento curto do rádio em relação a ulna. 
3- Alteração na conformação da superfície troclear – oval. 
 
A Osteocondrose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Osteocondrite dissecante: 
 
 Insuficiência da ossificação endocondral que resulta no aumento da 
espessura da cartilagem articular. 
 Fissura em região de cartilagem articular e osso 
subjacente. 
 Inflamação da articulação – DOR. 
 Comum na tróclea – convexa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (NUPA) Não união do processo ancôneo: 
 
 Maior crescimento do rádio em relação a ulna = ulna curta. 
 Cabeça do rádio exerce uma pressão direta sobre a tróclea umeral 
que transfere essa força para o processo ancôneo provocando 
distorção no processo ancôneo e consequentemente 
enfraquecimento da união óssea. 
 Irritação, deterioração e degeneração secundária das superfícies 
articulares do cotovelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NUPA está frequente em 7% dos casos. 
 
 Fragmentação do Processo Coronóide: 
 
 Lesão mais comum. 
 Defeito no processo de ossificação. 
 A incongruência entre rádio e ulna leva a um aumento na 
pressão sobre o processo coronóide medial em desenvolvimento, 
provocando microfraturas e fragmentação. 
( rádio < ulna ) 
 
 FPC está frequente em 53% dos casos; 
 
 
EXAME ORTOPEDICO: 
 
1) Exame físico geral 
 
2) Observação do paciente 
- Avalia claudicação / Marcha 
- Postura. 
- Atrofia muscular 
 
 
3) Palpação 
- avaliação de dígitos e coxíns 
- avaliação de carpo 
-avaliação do cotovelo 
- avaliação ombro. 
 
4) Avaliação do cotovelo: 
-Testes ortopédicos de flexão, extensão e 
palpação do olecrano. 
 
 
 
DIAGNOSTICOS DIFERENCIAIS: 
 
 A patologia mais comum que deve ser 
diferenciada da displasia do cotovelo é a 
panosteíte. 
 Artrose do cotovelo induzida por trauma 
 Artrite séptica 
 Osteomielite. 
 Osteodistrofia hipertrófica 
 Luxação congénita do cotovelo 
 Mineralização do músculo extensor que se 
insere no epicôndilo lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAMES COMPLEMENATES E RESULTADOS: 
 Incongruência articular: 
 
• Radiografia: Quando a ulna é curta visualiza-se o 
estreitamento entre o processo ancôneo e o côndilo 
umeral e alargamento entre a incisura troclear da 
ulna, o côndilo umeral, e a cabeça do rádio. 
• Artroscopia: Visualização desnivelar entre rádio e 
ulna, como a cabeça do rádio a um nível inferior na 
extremidade da incisura troclear e um bordo 
cartilaginoso irregular entre rádio e ulna, no 
compartimento lateral. 
• Tomografia Computadorizada: Promove boas 
imagens de estruturas ósseas possibilitando a 
avaliação adequada da articulação sem 
sobreposição de estruturas adjacentes. E as 
melhores imagens para avaliar congruência são 
realizadas no plano sagital. 
 
 Osteocondrite Dissecante: 
 
• Radiografia: Projeção craniocaudal, Área radiotransparente triangular e 
achatada na crista troclear distal do côndilo umeral medial, Sinais de lise 
no osso subcondral (visível entre cinco e seis meses de idade). A 
visualização do fragmento é rara, a não ser que haja migração do flap 
cartilaginoso, entretanto, quando o flap se ossifica, é possível observá-
lo. 
• Artroscopia: Como diagnóstico, detecta o flap cartilagionoso, e como 
tratamento, permite a remoção dele. 
• Tomografia computadorizada: Área esclerótica que circunda a região de 
baixa opacidade no côndilo medial do úmero. 
 
 
 Não União do Processo Ancôneo: 
 
• Radiografia: Visualização de uma linha 
radiotransparente irregular entre o processo 
ancôneo e a ulna, normalmente, esclerótica. 
Pode-se observar presença de osteófitos 
periarticulares e remodelação óssea. 
• Artroscopia:Visualiza o fragmento do processo 
ancôneo e observa a existência de lesões 
concomitantes, como FPC e erosões no côndilo 
umeral 
• Tomografia computadorizada: Avalia possível 
deslocamento do fragmento e gravidade da incongruência articular, além 
de, observar lesões concomitantes. 
 
 Fragmentação do processo coronóide: 
Radiografia: 
a) Projeção médio-lateral 
• Má definição da borda cranial do processo medial 
• Esclerose do osso subcondral próximo ao processo 
coronóide lateral com perda do padrão trabecular. 
• Incongruência articular entre radio e ulna. 
• Osteoartrose - podemos encontrar osteófitos na margem 
proximal do processo ancôneo. 
b) Projeção cranio-caudal 
• Osteófitos no bordo medial de radio e ulna 
• Defeito no osso subcondral do côndilo medial do úmero 
(com ou sem esclerose) 
• Espaçamento articular úmero-radial medial maior que o lateral. 
 
 Fragmentação do processo coronóide: 
 
 Artroscopia: É possível visualizar a incongruência articular, 
fragmentos livres, fissuras e osteófitos do processo coronóide, e 
também, OCD concomitante no côndilo medial do úmero 
 
. 
 Tomografia Computadorizada: Permite a visualização de 
qualidade do processo coronóide, sem projeções de estruturas 
adjacentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRUPO 6: OSTEOARTROSE DISSECANTE 
FISIOPATOLOGIA: 
 Etiologia desconhecida, porém sabe-se que manejo, nutrição e fatores 
genéticos estão associados OCD. 
 Médio, grande e gigante → Labradores, Golden Retrievers, Dogues 
Alemães, Rottweilers, Berneses, Setters, Sheepdogs. 
 4 aos 8 meses de vida → mais machos do que fêmeas. 
 Não ocorre ossificação endocondral corretamente e onde deveria ser 
osso, é preenchido por cartilagem hialina → cartilagem mais espessa → 
cobrir a falha óssea. 
 Os nutrientes do líquido sinovial, não conseguem chegar até o final da 
cartilagem  morte celular da parte extra da cartilagem hialina  falha 
de tecido 
 Cartilagem hialina não aderida ao osso subcondral devido à morte celular 
e parte dessa cartilagem se solta da articulação, deixando parte do osso 
subcondral exposto, onde temos vascularização e inervação e portanto,pode ocorrer áreas de hemorragia e o animal começa a sentir dor na 
articulação. 
 Fissuras na área de cartilagem necrosada →“flap” ou fragmentos soltos 
 processo inflamatório. 
 Claudicação piora após exercícios físicos; unilateral ou bilateral) 
 Cabeça de úmero, tarso, articulação tíbio-társica 
DESCRIÇÃO DO EXAME ORTOPEDICO: 
Pontos de referência em relação a anatomia: 
 Acrômio (final da espinha da escápula), tuberosidade maior (úmero) e 
tendão do músculo infraespinhoso. 
Testes: 
 Goniômetro para medir a angulação dos ossos 
 Teste de extensão e palpação do tendão do bíceps para avaliar se tem 
dor nesse local. 
Exame físico: 
 Amplitude de movimento passiva. 
 Dor na hiperextensão (pois cabeça umeral terá maior contato com a 
superfície articular da cavidade glenóide). 
Sintomas: 
 Claudicação unilateral do membro anterior. 
 A afecção pode ser bilateral (27-68%), mas o animal só manca do 
membro mais acometido. 
 Dor no movimento de hiperextensão. 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: 
 
 Tenossinovite bicipital. 
 Instabilidade escápulo-umeral. 
 Não união do processo ancôneo (NUPA). 
 Panosteíte. 
 Fragmentação do processo coronóide. 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Radiografia: Irregularidades, achatamento ou concavidade 
radiotransparente no contorno articular da porção caudal da cabeça do 
úmero, acompanhados de esclerose do osso subcondral. Osteófitos 
indicam doença articular degenerativa (artrose). 
 Tomografia computadorizada: Evita a sobreposição de estruturas ósseas 
e melhor visualização das lesões ósseas subcondrais, localização exata, 
tamanho e número de fragmentos. 
 Artroscopia para diagnóstico e tratamento (Artrotomia): Exame direto da 
cartilagem articular. 
 Ressonância magnética: Analisar a geometria e as características 
morfológicas da cartilagem articular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRUPO 6: DISPLASIA COXOFEMORAL 
ETIOLOGIA: 
 Hereditária 
 Raças predispostas – animais de porte grande e gigantes. (Golden 
Retriever, Pastor Alemão, Border Collie) 
 Alimentação inadequada ou em excesso. 
 Distrofia muscular 
 Ossificação endocondral anormal. 
 Exercícios exagerados em filhotes e jovens em desenvolvimento. 
 Obesidade 
FISIOPATOLOGIA: 
 Articulações normais ao nascimento. 
 Arrasamento acetabular. 
 Frouxidão dos tecidos ao redor da articulação. 
 Adelgaçamento ou ruptura do ligamento redondo. 
 Instabilidade articular 
 Subluxação ou luxação 
 
 
 
ATENDIMENTO: 
 Histórico/ Anamnese 
 Exame Físico/ Clínico 
 TESTE FLEXÃO EXTENSÃO 
 ROTAÇÃO 
EXAMES ORTOPÉDICOS ESPECÍFICOS: 
 Amplitude de Movimento 
 Teste de Ortolani 
 Manobra de Barlow 
 Manobra de Bardens 
 Teste de Estação Bípede (Stand teste) 
 Teste de Iliopsoas 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: 
 
 Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial 
 Osteocondroses 
 Panosteíste 
 Fraturas e luxações 
 Mielopatia Degenerativa 
 Síndrome da Cauda Equina 
EXAMES COMPLEMENTARES E RESULTADO: 
 O diagnóstico definitivo só pode ser feito após os 24 meses de vida do 
paciente. 
 PennHip 
 Radiografia 
 Norberg 
 
 
GRUPO 7: ROMPIMENTO DE LIGAMENTO CRUZADO 
 
APRESENTAÇÃO DA AFECÇÃO: 
 A ruptura de ligamento cruzado cranial (RLCCr) é considerada uma 
injúria degenerativa ou aguda (trauma) do ligamento cruzado cranial que 
tem como resultado na instabilidade parcial ou completa da articulação 
do joelho. Como esta localizada na movimentação articular é a doença 
de joelho mais acometida. Pode ser: 
 Bilateral: na grande maioria das vezes é mais acometido o Bowlegged 
dogs – animal com membros arqueados rompe facilmente. 
 Traumática: hiperextensão e torça interna. 
 Não traumática: secundária a luxação patelar, sobrepeso, doenças 
endócrinas associadas como HAC, lúpus sistêmicos, poliartrite), 
doenças autoimunes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME ORTOPÉDICO: 
 
Exame físico 
 No exame físico deve-se realizar a observação do cão em repouso, 
durante a marcha e ao trote. 
 Durante a palpação do membro, deve-se conferir presença de dor, atrofia 
muscular, formato e dimensão da face medial da articulação do joelho. O 
diagnóstico normalmente é feito no exame físico, através dos testes de 
gaveta cranial e de compressão tibial. 
Teste de gaveta cranial 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste de compressão tibial: 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 As afecções que podem ocasionar dor na articulação FTP e claudicação 
do membro posterior devem ser incluídas no diagnostico diferencial da 
ruptura do LCC: 
 Luxação de patela; 
 Ruptura do ligamento cruzado caudal; 
 Lesão primaria do menisco; 
 Ruptura dos ligamentos colaterais; 
 Ruptura do ligamento patelar; 
 Avulsão ou deslocamento do tendão do musculo extensor digital longo; 
 Avulsão do tendão do musculo poplíteo; 
 Deslocamento da fabela; 
 Osteocondrose de côndilo femural; 
 Artrose primária. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Podem ser feitos, como exames complementares para essa afecção: 
• Exame radiográfico; 
• Ultrassonografia; 
• Tomografia computadorizada; 
• Ressonância magnética e Artroscopia. 
 
 
 
 No posicionamento sob tensão articular (compressão 
tibial), observa-se acentuado deslocamento cranial do 
platô tibial em relação aos côndilos femorais 
(“movimento de gaveta”), associado a deslocamento 
cranial do ápice de patela.

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