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OUSE PRA GERAL DIREITO PROCESSUAL CIVIL Material disponibil izado no curso: PGM-CURITIBA OBJETIVA 2 1. INTRODUÇÃO Tendo em vista que o último concurso da PGM-Curitiba (2015) foi realizado pela mesma banca que elaborará as provas do atual concurso, vale a pena analisar o perfil da prova objetiva de Direito Processual Civil do último concurso. A prova objetiva do concurso de 2015, aplicada ainda sob a vigência do CPC de 1973, trouxe doze questões de Direito Processual Civil, abordando os seguintes temas: 1) Ação e jurisdição; 2) Capacidade processual; 3) Competência; 4) Litisconsórcio e intervenção de terceiros; 5) Tutela provisória; 6) Atos e prazos processuais; 7) Comunicação dos atos processuais (citação, intimação etc.); 8) Sentença e coisa julgada; 9) Recursos e processos nos tribunais; 10) Cumprimento de sentença e processo de execução; 11) Procedimento cautelar; 12) Procedimentos especiais. A prova de 2015 foi predominantemente legalista, apresentando questões baseadas diretamente nas normas Código de Processo Civil de 1973, cobrando, em alguns casos, conhecimento doutrinário. Comparando-se ambos os editais (o de 2015 e o de 2019), verifica-se que o conteúdo programático de Direito Processual Civil é praticamente o mesmo. As novidades trazidas pelo edital de 2019 são apenas as seguintes: 1) Carga dinâmica do ônus da prova; 2) Incidente de Assunção de Competência e Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas. Além das duas novidades supracitadas, cumpre ser salientado que no item 31 do conteúdo programático, diferentemente do edital do concurso anterior, há apenas previsão genérica dos “procedimentos especiais”, sem qualquer especificação de quais os procedimentos especiais podem ser cobrados. Assim, o edital abre margem para a cobrança de qualquer um dos procedimentos especiais previstos no CPC/2015. Conclui-se, portanto, que há grandes chances da prova de Direito Processual Civil repetir o perfil da prova passada: predominância de questões que cobrem conhecimento das 3 normas do CPC. Nesse contexto, é de suma importância, para uma completa preparação do candidato, que este estabeleça como meta de estudo a leitura do Código de Processo Civil de 2015. Ademais, também é recomendada a leitura das principais leis específicas que podem ser cobradas com base no edital: Lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/2009), Lei do Mandado de Injunção (Lei 13.300/2016), Lei do Habeas-Data (Lei 9.507/1997), Lei da Ação Popular (Lei 4.717/1965), Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.347/1985), parte processual da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992), Lei de Execução Fiscal (Lei 6.830/1980) e Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei 12.153/2009). Destaca-se, ainda, que o item 35 do conteúdo programático de Direito Processual Civil prevê o seguinte: “Meios alternativos de solução de conflito. Conciliação, mediação e arbitragem. Aplicação no âmbito da Fazenda Pública”. Com base em tal item, podem ser cobradas a Lei da Arbitragem (Lei 9.307/1996) e a Lei da Mediação (Lei 13.140/2015). Em relação a estas leis, recomenda-se, principalmente, o estudo dos dispositivos relacionados à Administração Pública: 1) Lei da Arbitragem: Art. 1º, §§ 1º e 2º, e art. 2º, § 3º; 2) Lei da Mediação: Artigos 32, 33, 34 e 43. Não obstante a prova de processo civil do concurso anterior não tenha apresentado nenhuma questão envolvendo entendimentos jurisprudenciais, o estudo de súmulas e informativos não pode ser negligenciado pelo candidato. Deve ser levado em consideração que na prova passada houve cobrança de jusrisprudência em outras disciplinas. Assim, o candidato deve estar preparado para eventual cobrança de jurisprudência nas questões de processo civil. Em relação ao estudo da doutrina, assim como foi exposto nos comentários das questões de processo civil da primeira rodada deste curso, a leitura dos enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis e das Jornadas de Processo Civil são de grande valia para se saber como a doutrina majoritária vem interpretando o Novo Código de Processo Civil. Para facilitar o estudo de tais enunciados, o presente trabalho apresenta uma seleção dos principais enunciados divididos por assunto. Assim, em resumo, o candidato deve preparar o seu estudo da seguinte forma: dar prioridade para a leitura do CPC/2015, entendendo suas principais peculiaridades em relação ao código anterior; ler, na medida da disponibilidade de tempo de estudo do candidato, as leis específicas indicadas acima; por fim, revisar os informativos e súmulas relacionados à matéria e ler a seleção de enunciados doutrinários abaixo expostos. 4 O presente material complementar está dividido em duas partes principais: - Principais enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis e das Jornadas de Processo Civil divididos por assunto; - Apêndice de leis municipais, tratando das seguintes leis locais: Lei 10.235/2001; Lei 7.671/1991; e Decreto 196/2018. 2. PRINCIPAIS ENUNCIADOS DO FÓRUM PERMANENTE DE PROCESSUALISTAS CIVIS E DAS JORNADAS DE PROCESSO CIVIL DIVIDIDOS POR ASSUNTO Conforme já destaquei anteriormente, os enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC) e das Jornadas de Processo Civil (JPC) são de grande relevância para a compreensão do entendimento que vem prevalecendo na doutrina acerca dos institutos do Novo CPC. Dessa forma, com o intuito de facilitar o estudo de tais enunciados, apresento uma seleção dos enunciados mais importantes, devidamente divididos por temas: 2.1. Normas fundamentais de Processo Civil: Enunciado 376 do FPPC - A vedação do comportamento contraditório aplica-se ao órgão jurisdicional. Enunciado 377 do FPPC - A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem motivar a alteração, decisões diferentes sobre uma mesma questão de direito aplicável às situações de fato análogas, ainda que em processos distintos. 2.2 Competência: Enunciado 238 do FPPC - (art. 64, caput e §4º) O aproveitamento dos efeitos de decisão proferida por juízo incompetente aplica-se tanto à competência absoluta quanto à relativa. Enunciado 668 do FPPC – A convenção de arbitragem e a cláusula de eleição de foro para os atos que necessitem da participação do Poder Judiciário não se excluem, ainda que inseridas em um mesmo instrumento contratual. 5 2.3. Gratuidade de justiça: Enunciado 623 do FPPC – O deferimento de gratuidade de justiça não afasta a imposição de multas processuais, mas apenas dispensa sua exigência como condição para interposição de recursos. 2.4. Honorários advocatícios: Enunciado 10 da I JPC - O benefício do § 4º do art. 90 do CPC aplica-se apenas à fase de conhecimento. Enunciado 118 da II JPC - É cabível a fixação de honorários advocatícios na ação de produção antecipada de provas na hipótese de resistência da parte requerida na produção da prova. 2.5. Prazos: Enunciado 19 da I JPC - O prazo em dias úteis previsto no art. 219 do CPC aplica-se também aos procedimentos regidos pelas Leis n. 9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009. Enunciado 20 da I JPC - Aplica-se o art. 219 do CPC na contagem do prazo para oposição de embargos à execução fiscal previsto no art. 16 da Lei n. 6.830/1980. Enunciado 21 da I JPC - A suspensão dos prazos processuais prevista no caput do art. 220 do CPC estende-se ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública. 2.6. Litisconsórcio e intervenção de terceiros: Enunciado 10 do FPPC - Em caso de desmembramento do litisconsórcio multitudinário, a interrupção da prescrição retroagirá à data de propositura da demanda original. Enunciado 118 do FPPC - O litisconsorte unitário ativo, uma vez convocado, pode optar por ingressar no processo na condição de litisconsorte do autor ou de assistente do réu. Enunciado 122 do FPPC - Vencido o denunciante na ação principal e não tendo havido resistência à denunciação da lide, não cabe a condenação do denunciado nas verbas de sucumbência. 6 Enunciado 127do FPPC - A representatividade adequada exigida do amicus curiae não pressupõe a concordância unânime daqueles a quem representa. Enunciado 247 do FPPC - Aplica-se o incidente de desconsideração da personalidade jurídica no processo falimentar. Enunciado 248 do FPPC - Quando a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, incumbe ao sócio ou a pessoa jurídica, na contestação, impugnar não somente a própria desconsideração, mas também os demais pontos da causa. Enunciado 249 do FPPC - A intervenção do amicus curiae é cabível no mandado de segurança. Enunciado 388 do FPPC - O assistente simples pode requerer a intervenção de amicus curiae. Enunciado 391 do FPPC - O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar recursos repetitivos. Enunciado 487 do FPPC - No mandado de segurança, havendo substituição processual, o substituído poderá ser assistente litisconsorcial do impetrante que o substituiu. Enunciado 12 da I JPC - É cabível a intervenção de amicus curiae (art. 138 do CPC) no procedimento do Mandado de Injunção (Lei n. 13.300/2016). Enunciado 110 da II JPC - A instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica não suspenderá a tramitação do processo de execução e do cumprimento de sentença em face dos executados originários. 2.7. Negócio jurídico processual: Enunciado 18 do FPPC - Há indício de vulnerabilidade quando a parte celebra acordo de procedimento sem assistência técnico-jurídica. Enunciado 19 do FPPC - São admissíveis os seguintes negócios processuais, dentre outros: pacto de impenhorabilidade, acordo de ampliação de prazos das partes de qualquer natureza, acordo de rateio de despesas processuais, dispensa consensual de assistente técnico, acordo 7 para retirar o efeito suspensivo de recurso14, acordo para não promover execução provisória; pacto de mediação ou conciliação extrajudicial prévia obrigatória, inclusive com a correlata previsão de exclusão da audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334; pacto de exclusão contratual da audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334; pacto de disponibilização prévia de documentação (pacto de disclosure), inclusive com estipulação de sanção negocial, sem prejuízo de medidas coercitivas, mandamentais, sub-rogatórias ou indutivas; previsão de meios alternativos de comunicação das partes entre si; acordo de produção antecipada de prova; a escolha consensual de depositário-administrador no caso do art. 866; convenção que permita a presença da parte contrária no decorrer da colheita de depoimento pessoal. Enunciado 20 do FPPC - Não são admissíveis os seguintes negócios bilaterais, dentre outros: acordo para modificação da competência absoluta, acordo para supressão da primeira instância, acordo para afastar motivos de impedimento do juiz, acordo para criação de novas espécies recursais, acordo para ampliação das hipóteses de cabimento de recursos. Enunciado 21 do FPPC - São admissíveis os seguintes negócios, dentre outros: acordo para realização de sustentação oral, acordo para ampliação do tempo de sustentação oral, julgamento antecipado do mérito convencional, convenção sobre prova, redução de prazos processuais. Enunciado 115 do FPPC - O negócio jurídico celebrado nos termos do art. 190 obriga herdeiros e sucessores. Enunciado 133 do FPPC - Salvo nos casos expressamente previstos em lei, os negócios processuais do art. 190 não dependem de homologação judicial. Enunciado 135 do FPPC - A indisponibilidade do direito material não impede, por si só, a celebração de negócio jurídico processual. Enunciado 252 do FPPC - O descumprimento de uma convenção processual válida é matéria cujo conhecimento depende de requerimento. Enunciado 253 do FPPC - O Ministério Público pode celebrar negócio processual quando atua como parte. 8 Enunciado 256 do FPPC - A Fazenda Pública pode celebrar negócio jurídico processual. Enunciado 258 do FPPC - As partes podem convencionar sobre seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, ainda que essa convenção não importe ajustes às especificidades da causa. Enunciado 262 do FPPC - É admissível negócio processual para dispensar caução no cumprimento provisório de sentença. Enunciado 292 do FPPC - As partes não podem estabelecer, em convenção processual, a vedação da participação do amicus curiae. Enunciado 402 do FPPC - A eficácia dos negócios processuais para quem deles não fez parte depende de sua anuência, quando lhe puder causar prejuízo. Enunciado 409 do FPPC - A convenção processual é autônoma em relação ao negócio em que estiver inserta, de tal sorte que a invalidade deste não implica necessariamente a invalidade da convenção processual. Enunciado 491 do FPPC - É possível negócio jurídico processual que estipule mudanças no procedimento das intervenções de terceiros, observada a necessidade de anuência do terceiro quando lhe puder causar prejuízo. Enunciado 494 do FPPC - (art. 191) A admissibilidade de autocomposição não é requisito para o calendário processual. Enunciado 579 do FPPC - Admite-se o negócio processual que estabeleça a contagem dos prazos processuais dos negociantes em dias corridos. Enunciado 16 da I JPC - As disposições previstas nos arts. 190 e 191 do CPC poderão aplicar-se aos procedimentos previstos nas leis que tratam dos juizados especiais, desde que não ofendam os princípios e regras previstos nas Leis n. 9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009. Enunciado 17 da I JPC - A Fazenda Pública pode celebrar convenção processual, nos termos do art. 190 do CPC. Enunciado 112 da II JPC - A intervenção do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica não inviabiliza a celebração de negócios processuais. 9 Enunciado 114 da II JPC - Os entes despersonalizados podem celebrar negócios jurídicos processuais. 2.8. Tutela provisória: Enunciado 30 do FPPC - O juiz deve justificar a postergação da análise liminar da tutela provisória sempre que estabelecer a necessidade de contraditório prévio. Enunciado 31 do FPPC - O poder geral de cautela está mantido no CPC. Enunciado 32 do FPPC - Além da hipótese prevista no art. 304, é possível a estabilização expressamente negociada da tutela antecipada de urgência antecedente. Enunciado 34 do FPPC - Considera-se abusiva a defesa da Administração Pública, sempre que contrariar entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa, salvo se demonstrar a existência de distinção ou da necessidade de superação do entendimento. Enunciado 35 do FPPC - As vedações à concessão de tutela provisória contra a Fazenda Pública limitam-se às tutelas de urgência. Enunciado 381 do FPPC - É cabível réplica no procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente. Enunciado 420 do FPPC - Não cabe estabilização de tutela cautelar. Enunciado 421 do FPPC - Não cabe estabilização de tutela antecipada em ação rescisória. Enunciado 501 do FPPC - A tutela antecipada concedida em caráter antecedente não se estabilizará quando for interposto recurso pelo assistente simples, salvo se houver manifestação expressa do réu em sentido contrário. Enunciado 504 do FPPC - Cessa a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter antecedente, se a sentença for de procedência do pedido principal, e o direito objeto do pedido foi definitivamente efetivado e satisfeito. 10 Enunciado 42 da I JPC - É cabível a concessão de tutela provisória de urgência em incidente de desconsideração da personalidade jurídica. Enunciado 43 da I JPC - Não ocorre a estabilização da tutela antecipada requerida em caráter antecedente, quando deferida em ação rescisória. Enunciado 47 da I JPC - A probabilidade do direito constitui requisito para concessão da tutela da evidência fundada em abuso do direito de defesa ou em manifesto propósito protelatório da parte contrária. Enunciado48 da I JPC - É admissível a tutela provisória da evidência, prevista no art. 311, II, do CPC, também em casos de tese firmada em repercussão geral ou em súmulas dos tribunais superiores. Enunciado 49 da I JPC - A tutela da evidência pode ser concedida em mandado de segurança. Enunciado 130 da II JPC - É possível a estabilização de tutela antecipada antecedente em face da Fazenda Pública. Enunciado 135 da II JPC - É admissível a concessão de tutela da evidência fundada em tese firmada em incidente de assunção de competência. 2.9. Petição inicial: Enunciado 281 do FPPC - A indicação do dispositivo legal não é requisito da petição inicial e, uma vez existente, não vincula o órgão julgador. Enunciado 282 do FPPC - Para julgar com base em enquadramento normativo diverso daquele invocado pelas partes, ao juiz cabe observar o dever de consulta, previsto no art. 10. Enunciado 289 do FPPC - Se houver conexão entre pedidos cumulados, a incompetência relativa não impedirá a cumulação, em razão da modificação legal da competência. Enunciado 296 do FPPC - (arts. 338 e 339) Quando conhecer liminarmente e de ofício a ilegitimidade passiva, o juiz facultará ao autor a alteração da petição inicial, para substituição do réu, nos termos dos arts. 339 e 340, sem ônus sucumbenciais. 11 Enunciado 109 da II JPC - Na hipótese de cumulação alternativa, acolhido integralmente um dos pedidos, a sucumbência deve ser suportada pelo réu. 2.10. Resposta do réu: Enunciado 42 do FPPC - (art. 339) O dispositivo aplica-se mesmo a procedimentos especiais que não admitem intervenção de terceiros, bem como aos juizados especiais cíveis, pois se trata de mecanismo saneador, que excepciona a estabilização do processo. Enunciado 46 do FPPC - A reconvenção pode veicular pedido de declaração de usucapião, ampliando subjetivamente o processo, desde que se observem os arts. 259, I, e 328, § 1º, II. Ampliação do Enunciado 237 da Súmula do STF. Enunciado 629 do FPPC – Se o réu reconvier contra o autor e terceiro, o prazo de contestação à reconvenção, para ambos, iniciar-se-á após a citação do terceiro. Enunciado 120 da II JPC – Deve o juiz determinar a emenda também na reconvenção, possibilitando ao reconvinte, a fim de evitar a sua rejeição prematura, corrigir defeitos e/ou irregularidades. Enunciado 124 da II JPC – Não há preclusão consumativa do direito de apresentar contestação, se o réu se manifesta, antes da data da audiência de conciliação ou de mediação, quanto à incompetência do juízo. 2.11. Saneamento: Enunciado 298 do FPPC - (art. 357, §3º) A audiência de saneamento e organização do processo em cooperação com as partes poderá ocorrer independentemente de a causa ser complexa. Enunciado 427 do FPPC - A proposta de saneamento consensual feita pelas partes pode agregar questões de fato até então não deduzidas. Enunciado 29 da I JPC - A estabilidade do saneamento não impede a produção de outras provas, cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. 12 2.12. Fase de instrução probatória. Provas: Enunciado 300 do FPPC - (arts. 357, §7º) O juiz poderá ampliar ou restringir o número de testemunhas a depender da complexidade da causa e dos fatos individualmente considerados. Enunciado 301 do FPPC - Aplicam-se ao processo civil, por analogia, as exceções previstas nos §§1º e 2º do art. 157 do Código de Processo Penal, afastando a ilicitude da prova. Enunciado 514 do FPPC - O juiz não poderá revogar a decisão que determinou a produção de prova de ofício sem que consulte as partes a respeito. Enunciado 584 do FPPC - É possível que um litisconsorte requeira o depoimento pessoal do outro. Enunciado 633 do FPPC – Admite-se a produção antecipada de prova proposta pelos legitimados ao ajuizamento das ações coletivas, inclusive para facilitar a autocomposição ou permitir a decisão sobre o ajuizamento ou não da demanda. Enunciado 636 do FPPC – As conversas registradas por aplicativos de mensagens instantâneas e redes sociais podem ser admitidas no processo como prova, independentemente de ata notarial. Enunciado 677 do FPPC – (art. 357, § 7º) É possível a ampliação do número de testemunhas, em razão da complexidade da causa e dos fatos individualmente considerados. 2.13. Sentença e coisa julgada: Enunciado 7 do FPPC - O pedido, quando omitido em decisão judicial transitada em julgado, pode ser objeto de ação autônoma. Enunciado 165 do FPPC - (art. 503, §§1º e 2º) A análise de questão prejudicial incidental, desde que preencha os pressupostos dos parágrafos do art. 503, está sujeita à coisa julgada, independentemente de provocação específica para o seu reconhecimento. Enunciado 437 do FPPC - A coisa julgada sobre a questão prejudicial incidental se limita à existência, inexistência ou modo de ser de situação jurídica, e à autenticidade ou falsidade de documento. 13 Enunciado 438 do FPPC - (art. 503, §1º) É desnecessário que a resolução expressa da questão prejudicial incidental esteja no dispositivo da decisão para ter aptidão de fazer coisa julgada. Enunciado 515 do FPPC - Aplica-se o disposto no art. 489, §1°, também em relação às questões fáticas da demanda. Enunciado 27 da I JPC - Não é necessário o anúncio prévio do julgamento do pedido nas situações do art. 355 do CPC. Enunciado 36 da I JPC - O disposto no art. 506 do CPC não permite que se incluam, dentre os beneficiados pela coisa julgada, litigantes de outras demandas em que se discuta a mesma tese jurídica. Enunciado 59 da I JPC - Não é exigível identidade absoluta entre casos para a aplicação de um precedente, seja ele vinculante ou não, bastando que ambos possam compartilhar os mesmos fundamentos determinantes. Enunciado 126 da II JPC - O juiz pode resolver parcialmente o mérito, em relação à matéria não afetada para julgamento, nos processos suspensos em razão de recursos repetitivos, repercussão geral, incidente de resolução de demandas repetitivas ou incidente de assunção de competência. 2.14. Execução e cumprimento de sentença: Enunciado 58 do FPPC - As decisões de inconstitucionalidade a que se referem os art. 525, §§ 12 e 13 e art. 535 §§ 5º e 6º devem ser proferidas pelo plenário do STF. Enunciado 193 do FPPC - Não justifica o adiamento do leilão, nem é causa de nulidade da arrematação, a falta de fixação, pelo juiz, do preço mínimo para a arrematação. Enunciado 196 do FPPC - (art. 921, § 4º; enunciado 150 da súmula do STF). O prazo da prescrição intercorrente é o mesmo da ação. Enunciado 310 do FPPC - (art. 495) Não é título constitutivo de hipoteca judiciária a decisão judicial que condena à entrega de coisa distinta de dinheiro. 14 Enunciado 547 do FPPC - O efeito suspensivo dos embargos à execução pode ser parcial, limitando-se ao impedimento ou à suspensão de um único ou de apenas alguns atos executivos. Enunciado 642 do FPPC – A decisão do juiz que reconhecer o direito a indenização, decorrente de indevida averbação prevista no art. 828 ou do não cancelamento das averbações excessivas, é apta a ensejar a liquidação e o posterior cumprimento da sentença, sem necessidade de propositura de ação de conhecimento. Enunciado 644 do FPPC – A ação autônoma referida no § 4º do art. 903 com base na alegação de preço vil não pode invalidar a arrematação. Enunciado 85 da I JPC - Na execução de título extrajudicial ou judicial (art. 515, § 1º, do CPC) é cabível a citação postal. Enunciado 104 da I JPC - O fornecimento de certidão para fins de averbação premonitória (art. 799, IX, do CPC) independe de prévio despacho ou autorização do juiz. Enunciado 105 da I JPC - As hipóteses de penhora do art. 833, § 2º, do CPC aplicam-se ao cumprimento da sentença ou à execução de título extrajudicial relativo a honorários advocatícios, em razão de sua natureza alimentar. Enunciado 136 da II JPC - A caução exigível em cumprimento provisório de sentença poderá ser dispensada se o julgado a ser cumprido estiver em consonânciacom tese firmada em incidente de assunção de competência. Enunciado 146 da II JPC - O prazo de 3 (três) dias previsto pelo art. 528 do CPC conta-se em dias úteis e na forma dos incisos do art. 231 do CPC, não se aplicando seu § 3º. Enunciado 149 da II JPC - A falta de averbação da pendência de processo ou da existência de hipoteca judiciária ou de constrição judicial sobre bem no registro de imóveis não impede que o exequente comprove a má-fé do terceiro que tenha adquirido a propriedade ou qualquer outro direito real sobre o bem. Enunciado 152 da II JPC - O pacto de impenhorabilidade (arts. 190, 200 e 833, I) produz efeitos entre as partes, não alcançando terceiros. 15 2.15. Processos nos tribunais: Enunciado 170 do FPPC - (art. 927, caput) As decisões e precedentes previstos nos incisos do caput do art. 927 são vinculantes aos órgãos jurisdicionais a eles submetidos. Enunciado 320 do FPPC - Os tribunais poderão sinalizar aos jurisdicionados sobre a possibilidade de mudança de entendimento da corte, com a eventual superação ou a criação de exceções ao precedente para casos futuros. Enunciado 340 do FPPC - (art. 972) Observadas as regras de distribuição, o relator pode delegar a colheita de provas para juízo distinto do que proferiu a decisão rescindenda. Enunciado 364 do FPPC - (art. 1.036, §1º). O sobrestamento da causa em primeira instância não ocorrerá caso se mostre necessária a produção de provas para efeito de distinção de precedentes. Enunciado 597 do FPPC - (arts. 941, caput; 943) Ainda que o resultado do julgamento seja unânime, é obrigatória a inclusão no acórdão dos fundamentos empregados por todos os julgadores para dar base à decisão. Enunciado 615 do FPPC - (arts. 1036; 1037) Na escolha dos casos paradigmas, devem ser preferidas, como representativas da controvérsia, demandas coletivas às individuais, observados os requisitos do art. 1.036, especialmente do respectivo §6º. Enunciado 653 do FPPC – (art. 941) Divergindo os julgadores quanto às razões de decidir, mas convergindo na conclusão, caberá ao magistrado que primeiro deduziu o fundamento determinante vencedor redigir o acórdão. Enunciado 664 do FPPC – O Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de origem tem competência para homologar acordo celebrado antes da publicação da decisão de admissão do recurso especial ou extraordinário. Enunciado 681 do FPPC – (arts. 937, VIII; 1.015, I e X e parágrafo único; 919, §1º; 525, §6º) Cabe sustentação oral no julgamento do agravo de instrumento interposto contra decisão que versa sobre efeito suspensivo em embargos à execução ou em impugnação ao cumprimento de sentença. 16 Enunciado 682 do FPPC – É assegurado o direito à sustentação oral para o colegiado ampliado pela aplicação da técnica do art. 942, ainda que não tenha sido realizada perante o órgão originário. Enunciado 61 da I JPC – Deve ser franqueado às partes sustentar oralmente as suas razões, na forma e pelo prazo previsto no art. 937, caput, do CPC, no agravo de instrumento que impugne decisão de resolução parcial de mérito (art. 356, § 5º, do CPC). Enunciado 62 da I JPC – Aplica-se a técnica prevista no art. 942 do CPC no julgamento de recurso de apelação interposto em mandado de segurança. 2.16. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas. Incidente de Assunção de Competência: Enunciado 87 do FPPC - A instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas não pressupõe a existência de grande quantidade de processos versando sobre a mesma questão, mas preponderantemente o risco de quebra da isonomia e de ofensa à segurança jurídica. Enunciado 88 do FPPC - Não existe limitação de matérias de direito passíveis de gerar a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas e, por isso, não é admissível qualquer interpretação que, por tal fundamento, restrinja seu cabimento. Enunciado 89 do FPPC - Cabe ao órgão colegiado realizar o juízo de admissibilidade do incidente de resolução de demandas repetitivas, sendo vedada a decisão monocrática. Enunciado 92 do FPPC - (art. 982, I; Art. 313, IV) A suspensão de processos prevista neste dispositivo é consequência da admissão do incidente de resolução de demandas repetitivas e não depende da demonstração dos requisitos para a tutela de urgência. Enunciado 94 do FPPC - A parte que tiver o seu processo suspenso nos termos do inciso I do art. 982 poderá interpor recurso especial ou extraordinário contra o acórdão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. 17 Enunciado 205 do FPPC - Havendo cumulação de pedidos simples, a aplicação do art. 982, I e §3º, poderá provocar apenas a suspensão parcial do processo, não impedindo o prosseguimento em relação ao pedido não abrangido pela tese a ser firmada no incidente de resolução de demandas repetitivas. Enunciado 334 do FPPC - Por força da expressão “sem repetição em múltiplos processos”, não cabe o incidente de assunção de competência quando couber julgamento de casos repetitivos. Enunciado 343 do FPPC - O incidente de resolução de demandas repetitivas compete a tribunal de justiça ou tribunal regional. Enunciado 344 do FPPC - (art. 978, parágrafo único) A instauração do incidente pressupõe a existência de processo pendente no respectivo tribunal. Enunciado 345 do FPPC - O incidente de resolução de demandas repetitivas e o julgamento dos recursos extraordinários e especiais repetitivos formam um microssistema de solução de casos repetitivos, cujas normas de regência se complementam reciprocamente e devem ser interpretadas conjuntamente. Enunciado 467 do FPPC - (arts. 947, 179, 976, §2º, 982, III, 983, caput, 984, II, “a”) O Ministério Público deve ser obrigatoriamente intimado no incidente de assunção de competência. Enunciado 468 do FPPC - O incidente de assunção de competência aplica-se em qualquer tribunal. Enunciado 469 do FPPC - (Art. 947). A “grande repercussão social”, pressuposto para a instauração do incidente de assunção de competência, abrange, dentre outras, repercussão jurídica, econômica ou política. Enunciado 556 do FPPC - (art. 981) - É irrecorrível a decisão do órgão colegiado que, em sede de juízo de admissibilidade, rejeita a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas, salvo o cabimento dos embargos de declaração. Enunciado 604 do FPPC - (arts. 976, §1º; 987) É cabível recurso especial ou extraordinário ainda que tenha ocorrido a desistência ou abandono da causa que deu origem ao incidente. 18 Enunciado 606 do FPPC - Deve haver congruência entre a questão objeto da decisão que admite o incidente de resolução de demandas repetitivas e a decisão final que fixa a tese. Enunciado 607 do FPPC - (arts. 986; 926) A decisão em recursos especial ou extraordinário repetitivos e a edição de enunciado de súmula pelo STJ ou STF obrigam os tribunais de segunda instância a rever suas decisões em incidente de resolução de demandas repetitivas, incidente de assunção de competência e enunciados de súmula em sentido diverso, nos termos do art. 986. Enunciado 651 do FPPC – É admissível sustentação oral na sessão de julgamento designada para o juízo de admissibilidade do incidente de resolução de demandas repetitivas ou do incidente de assunção de competência, sendo legitimados os mesmos sujeitos indicados nos arts. 984 e 947, §1º. Enunciado 65 da I JPC – A desistência do recurso pela parte não impede a análise da questão objeto do incidente de assunção de competência. Enunciado 140 da II JPC – A suspensão de processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam no Estado ou na região prevista no art. 982, I, do CPC não é decorrência automática e necessária da admissão do IRDR, competindo ao relator ou ao colegiado decidir acerca da sua conveniência. Enunciado 141 da II JPC – É possível a conversão de Incidente de Assunção de Competência em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, se demonstrada a efetiva repetição de processos em quese discute a mesma questão de direito. 2.17. Ação rescisória: Enunciado 554 do FPPC - (art. 966, inc. IV) Na ação rescisória fundada em violação ao efeito positivo da coisa julgada, haverá o rejulgamento da causa após a desconstituição da decisão rescindenda. Enunciado 555 do FPPC - (art. 966, §2º) Nos casos em que tanto a decisão de inadmissibilidade do recurso quanto a decisão recorrida apresentem vícios rescisórios, ambas serão rescindíveis, ainda que proferidas por órgãos jurisdicionais diversos. 19 Enunciado 602 do FPPC - A prova nova apta a embasar ação rescisória pode ser produzida ou documentada por meio do procedimento de produção antecipada de provas. Enunciado 603 do FPPC - (art. 968, II) Não se converterá em multa o depósito inicial efetuado pelo autor, caso a extinção da ação rescisória se dê por decisão do relator transitada em julgado. Enunciado 656 do FPPC – A expressão “prova nova” do inciso VII do art. 966 do CPC/2015 engloba todas as provas típicas e atípicas. 2.18. Reclamação: Enunciado 661 do FPPC – É cabível a fixação de honorários advocatícios na reclamação, atendidos os critérios legais. Enunciado 685 do FPPC – Cabe reclamação, por usurpação de competência do Tribunal Superior, contra decisão do tribunal local que não admite agravo em recurso especial ou em recurso extraordinário. Enunciado 64 da I JPC - Ao despachar a reclamação, deferida a suspensão do ato impugnado, o relator pode conceder tutela provisória satisfativa correspondente à decisão originária cuja autoridade foi violada. 2.19. Recursos: Enunciado 23 do FPPC - Fica superado o enunciado 418 da súmula do STJ após a entrada em vigor do CPC (“É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação”). Enunciado 29 do FPPC - É agravável o pronunciamento judicial que postergar a análise do pedido de tutela provisória ou condicionar sua apreciação ao pagamento de custas ou a qualquer outra exigência. Enunciado 83 do FPPC - Fica superado o enunciado 115 da súmula do STJ após a entrada em vigor do CPC (“Na instância especial é inexistente recurso interposto por advogado sem procuração nos autos”). Enunciado 84 do FPPC - (art. 935) A ausência de publicação da pauta gera nulidade do acórdão que decidiu o recurso, ainda que não haja previsão de sustentação oral, ressalvada, apenas, a hipótese do §1º do art. 1.024, na qual a publicação da pauta é dispensável. 20 Enunciado 102 do FPPC - O pedido subsidiário (art. 326) não apreciado pelo juiz – que acolheu o pedido principal – é devolvido ao tribunal com a apelação interposta pelo réu. Enunciado 102 do FPPC - O princípio da fungibilidade recursal é compatível com o CPC e alcança todos os recursos, sendo aplicável de ofício. Enunciado 218 do FPPC - A inexistência de efeito suspensivo dos embargos de declaração não autoriza o cumprimento provisório da sentença nos casos em que a apelação tenha efeito suspensivo. Enunciado 234 do FPPC - (arts. 1.068, 506, 1.005, parágrafo único) A decisão de improcedência na ação proposta pelo credor beneficia todos os devedores solidários, mesmo os que não foram partes no processo, exceto se fundada em defesa pessoal. Enunciado 242 do FPPC - Os honorários de sucumbência recursal são devidos em decisão unipessoal ou colegiada. Enunciado 293 do FPPC - Se considerar intempestiva a apelação contra sentença que indefere a petição inicial ou julga liminarmente improcedente o pedido, não pode o juízo a quo retratar-se. Enunciado 360 do FPPC - A não oposição de embargos de declaração em caso de erro material na decisão não impede sua correção a qualquer tempo. Enunciado 550 do FPPC - A inexistência de repercussão geral da questão constitucional discutida no recurso extraordinário é vício insanável, não se aplicando o dever de prevenção de que trata o parágrafo único do art. 932, sem prejuízo do disposto no art. 1.033. Enunciado 551 do FPPC - Cabe ao relator, antes de não conhecer do recurso por intempestividade, conceder o prazo de cinco dias úteis para que o recorrente prove qualquer causa de prorrogação, suspensão ou interrupção do prazo recursal a justificar a tempestividade do recurso. Enunciado 559 do FPPC - O efeito suspensivo ope legis do recurso de apelação não obsta a eficácia das decisões interlocutórias nele impugnadas. 21 Enunciado 598 do FPPC - Cabem embargos de declaração para suprir a omissão do acórdão que, embora convergente na conclusão, deixe de declarar os fundamentos divergentes. Enunciado 8 da I JPC - Não cabe majoração de honorários advocatícios em agravo de instrumento, salvo se interposto contra decisão interlocutória que tenha fixado honorários na origem, respeitados os limites estabelecidos no art. 85, §§ 2º, 3º e 8º, do CPC. Enunciado 67 da I JPC - Há interesse recursal no pleito da parte para impugnar a multa do art. 334, § 8º, do CPC por meio de apelação, embora tenha sido vitoriosa na demanda. Enunciado 68 da I JPC - A intempestividade da apelação desautoriza o órgão a quo a proferir juízo positivo de retratação. Enunciado 69 da I JPC - A hipótese do art. 1.015, parágrafo único, do CPC abrange os processos concursais, de falência e recuperação. Enunciado 70 da I JPC - É agravável o pronunciamento judicial que postergar a análise de pedido de tutela provisória ou condicioná-la a qualquer exigência. Enunciado 72 da I JPC - É admissível a interposição de agravo de instrumento tanto para a decisão interlocutória que rejeita a inversão do ônus da prova, como para a que a defere. Enunciado 73 da I JPC - Para efeito de não conhecimento do agravo de instrumento por força da regra prevista no § 3º do art. 1.018 do CPC, deve o juiz, previamente, atender ao art. 932, parágrafo único, e art. 1.017, § 3º, do CPC, intimando o agravante para sanar o vício ou complementar a documentação exigível. Enunciado 75 da I JPC - Cabem embargos declaratórios contra decisão que não admite recurso especial ou extraordinário, no tribunal de origem ou no tribunal superior, com a consequente interrupção do prazo recursal. Enunciado 76 da I JPC - É considerada omissa, para efeitos do cabimento dos embargos de declaração, a decisão que, na superação de precedente, não se manifesta sobre a modulação de efeitos. 22 Enunciado 77 da I JPC - Para impugnar decisão que obsta trânsito a recurso excepcional e que contenha simultaneamente fundamento relacionado à sistemática dos recursos repetitivos ou da repercussão geral (art. 1.030, I, do CPC) e fundamento relacionado à análise dos pressupostos de admissibilidade recursais (art. 1.030, V, do CPC), a parte sucumbente deve interpor, simultaneamente, agravo interno (art. 1.021 do CPC) caso queira impugnar a parte relativa aos recursos repetitivos ou repercussão geral e agravo em recurso especial/extraordinário (art. 1.042 do CPC) caso queira impugnar a parte relativa aos fundamentos de inadmissão por ausência dos pressupostos recursais. Enunciado 134 da II JPC - A apelação contra a sentença que julga improcedentes os embargos ao mandado monitório não é dotada de efeito suspensivo automático (art. 702, § 4º, e 1.012, § 1º, V, CPC). Enunciado 137 da II JPC - Se o recurso do qual se originou a decisão embargada comportou a aplicação da técnica do art. 942 do CPC, os declaratórios eventualmente opostos serão julgados com a composição ampliada. Enunciado 144 da II JPC - No caso de apelação, o deferimento de tutela provisória em sentença retira-lhe o efeito suspensivo referente ao capítulo atingido pela tutela. Enunciado 145 da II JPC - O recurso cabível contra a decisão que julga a liquidação de sentença é o Agravo de Instrumento. 2.20. Procedimentos especiais: Enunciado 178 do FPPC - O valor da causa nas ações fundadas em posse, tais como as ações possessórias, os embargos de terceiro e a oposição, deve considerar a expressão econômica da posse, que não obrigatoriamente coincide com o valor da propriedade.Enunciado 446 do FPPC - Cabe ação monitória mesmo quando o autor for portador de título executivo extrajudicial. Enunciado 101 da I JPC - É admissível ação monitória, ainda que o autor detenha título executivo extrajudicial. Enunciado 132 da II JPC - O prazo para apresentação de embargos de terceiro tem natureza processual e deve ser contado em dias úteis. 23 Enunciado 133 da II JPC - É admissível a formulação de reconvenção em resposta aos embargos de terceiro, inclusive para o propósito de veicular pedido típico de ação pauliana, nas hipóteses de fraude contra credores. 2.21. Fazenda Pública: Enunciado 383 do FPPC - (art. 75, §4º) As autarquias e fundações de direito público estaduais e distritais também poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias. Enunciado 384 do FPPC - (art. 85, §19) A lei regulamentadora não poderá suprimir a titularidade e o direito à percepção dos honorários de sucumbência dos advogados públicos. Enunciado 401 do FPPC - Para fins de contagem de prazo da Fazenda Pública nos processos que tramitam em autos eletrônicos, não se considera como intimação pessoal a publicação pelo Diário da Justiça Eletrônico. Enunciado 416 do FPPC - A contagem do prazo processual em dias úteis prevista no art. 219 aplica-se aos Juizados Especiais Cíveis, Federais e da Fazenda Pública. Enunciado 432 do FPPC - (art. 496, §1º) A interposição de apelação parcial não impede a remessa necessária. Enunciado 439 do FPPC - (art. 503, §§ 1º e 2º) Nas causas contra a Fazenda Pública, além do preenchimento dos pressupostos previstos no art. 503, §§ 1º e 2º, a coisa julgada sobre a questão prejudicial incidental depende de remessa necessária, quando for o caso. Enunciado 488 do FPPC - No mandado de segurança, havendo equivocada indicação da autoridade coatora, o impetrante deve ser intimado para emendar a petição inicial e, caso haja alteração de competência, o juiz remeterá os autos ao juízo competente. Enunciado 578 do FPPC - Em razão da previsão especial do § 1º do art. 183, estabelecendo a intimação pessoal da Fazenda Pública por carga, remessa ou meio eletrônico, a ela não se aplica o disposto no § 1º do art. 269. 24 Enunciado 582 do FPPC - Cabe estabilização da tutela antecipada antecedente contra a Fazenda Pública. Enunciado 622 do FPPC – A execução prevista no § 4º do art. 95 também está sujeita à dilação suspensiva de exigibilidade prevista no § 3º do art. 98. Enunciado 9 da I JPC - Aplica-se o art. 90, § 4º, do CPC ao reconhecimento da procedência do pedido feito pela Fazenda Pública nas ações relativas às prestações de fazer e de não fazer. Enunciado 24 da I JPC - Havendo a Fazenda Pública publicizado ampla e previamente as hipóteses em que está autorizada a transigir, pode o juiz dispensar a realização da audiência de mediação e conciliação, com base no art. 334, § 4º, II, do CPC, quando o direito discutido na ação não se enquadrar em tais situações. Enunciado 123 da II JPC - Aplica-se o art. 339 do CPC à autoridade coatora indicada na inicial do mandado de segurança e à pessoa jurídica que compõe o polo passivo. Enunciado 158 da II JPC - A sentença de rejeição dos embargos à execução opostos pela Fazenda Pública não está sujeita à remessa necessária. 2.22. Normas de direito intertemporal: Enunciado 267 do FPPC - Os prazos processuais iniciados antes da vigência do CPC serão integralmente regulados pelo regime revogado. Enunciado 268 do FPPC - A regra de contagem de prazos em dias úteis só se aplica aos prazos iniciados após a vigência do Novo Código. Enunciado 308 do FPPC - Aplica-se o art. 489, § 1º, a todos os processos pendentes de decisão ao tempo da entrada em vigor do CPC, ainda que conclusos os autos antes da sua vigência. Enunciado 356 do FPPC - Aplica-se a regra do art. 1.010, § 3º, às apelações pendentes de admissibilidade ao tempo da entrada em vigor do CPC, de modo que o exame da admissibilidade destes recursos competirá ao Tribunal de 2º grau. 25 Enunciado 366 do FPPC - O protesto genérico por provas, realizado na petição inicial ou na contestação ofertada antes da vigência do CPC, não implica requerimento de prova para fins do art. 1047. Enunciado 367 do FPPC - Para fins de interpretação do art. 1.054, entende- se como início do processo a data do protocolo da petição inicial. Enunciado 530 do FPPC - Após a entrada em vigor do CPC-2015, o juiz deve intimar o executado para apresentar impugnação ao cumprimento de sentença, em quinze dias, ainda que sem depósito, penhora ou caução, caso tenha transcorrido o prazo para cumprimento espontâneo da obrigação na vigência do CPC-1973 e não tenha àquele tempo garantido o juízo. Enunciado 4 da I JPC – entrada em vigor de acordo ou tratado internacional que estabeleça dispensa da caução prevista no art. 83, § 1o, inc. I do CPC/2015, implica na liberação da caução previamente imposta. 2.23. Mediação, conciliação e arbitragem: Enunciado 164 do FPPC - A sentença arbitral contra a Fazenda Pública não está sujeita à remessa necessária. Enunciado 572 do FPPC - A Administração Pública direta ou indireta pode submeter-se a uma arbitragem ad hoc ou institucional. Enunciado 617 do FPPC – A mediação e a conciliação são compatíveis com o processo judicial de improbidade administrativa. Enunciado 618 do FPPC – A conciliação e a mediação são compatíveis com o processo de recuperação judicial. Enunciado 639 do FPPC – O juiz poderá, excepcionalmente, dispensar a audiência de mediação ou conciliação nas ações em que uma das partes estiver amparada por medida protetiva. Enunciado 26 da I JPC - A multa do § 8º do art. 334 do CPC não incide no caso de não comparecimento do réu intimado por edital. 26 3. APÊNDICE DE LEGISLAÇÃO MUNICIPAL O conteúdo programático de Direito Processual Civil apresenta apenas uma lei municipal, qual seja, a Lei Municipal nº 10.235/2001 (item 36 do conteúdo), que regulamenta, no âmbito do Município de Curitiba, as obrigações de pequeno valor. Portanto, a supracitada lei será a primeira a ser tratada no presente apêndice, por meio de uma seleção de seus principais dispositivos. Em seguida, trataremos de duas leis previstas no programa de Direito Administrativo: Lei Municipal nº 7.671/1991 (trata da reorganização administrativa do Poder Executivo) e Decreto Municipal nº 196/2018 (regulamenta o art. 5º, § 6º, da Lei 7.347/1985 no âmbito do Município de Curitiba). 3.1. Lei Municipal nº 10.235/2001: A Lei Municipal nº 10.235/2001 versa sobre a definição, para o Município de Curitiba, de obrigação de pequeno valor, para fins de emissão de Requisição de Pequeno Valor (RPV), conforme previsto no art. 100, § 3º, da Constituição Federal e art. 87 do ADCT. Vejamos os principais dispositivos da Lei nº 10.235/2001: Art. 1º. Ficam definidos em R$ 5.181,00 (cinco mil, cento e oitenta e um reais) os débitos da administração direta, autarquias e fundações do Município de Curitiba, oriundos de sentença judicial transitada em julgado, a que alude o § 3º do artigo 100 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 14 de setembro de 2000. § 1º. Os débitos referidos no “caput”, individualizados por ação judicial, deverão atender o limite estabelecido na data em que os respectivos cálculos se tornarem incontroversos. § 2º. É vedado o fracionamento, repartição ou quebra do valor total da obrigação prevista neste artigo, seja ela controversa ou incontroversa, ressalvadas as hipóteses de aplicação do art. 23, da Lei Federal nº 8.906, de 04 de julho de 1994, reconhecidas em juízo. § 3º. É vedada a expedição de precatório suplementar ou complementar do valor pago na forma do “caput”. § 4º. É facultado à parte exequente renunciar ao crédito, no que exceder ao valor estabelecido no “caput”, para que possa optar pelo pagamento do valor na forma desta lei. § 5º.O pagamento sem precatório, na forma prevista neste artigo, implica quitação total do crédito exequendo. 27 Art. 2º. O pagamento será efetuado no Juízo da execução, a requerimento da parte credora, no prazo de 90 (noventa) dias, contado do recebimento da requisição pela Procuradoria-Geral do Município. § 1º. O requerimento será instruído com certidão expedida pelo Cartório ou Secretaria do órgão judiciário, comprobatória do trânsito em julgado do processo de conhecimento, da demonstração da liquidez e exigibilidade da obrigação. § 2º. Na hipótese do § 4º do art. 1º, o requerimento também será instruído com a renúncia expressa ao excedente do pequeno valor apurado na data do pagamento. Art. 3º. Constatada a regularidade formal e material da requisição, a Procuradoria-Geral do Município a remeterá à Secretaria Municipal de Finanças ou entidade devedora para que efetive o pagamento. Art. 5º. O valor estabelecido nesta lei poderá ser anualmente revisto pelo Poder Executivo Municipal, que o fará publicar em Diário Oficial. 3.2. Lei Municipal nº 7.671/1991: A Lei Municipal nº 7.671/1991 trata da reorganização administrativa do Poder Executivo no Município de Curitiba. Destaco, a seguir, os principais dispositivos da mencionada lei: Art. 1º. Para desenvolver as suas atividades legais e constitucionais, a Prefeitura de Curitiba disporá de unidades organizacionais próprias da administração direta e de entidades da administração indireta, integradas segundo setores de atividades relativos às metas e objetivos, que devem, conjuntamente buscar atingir. §1º O Poder Executivo será exercido pelo Prefeito Municipal. §2º Auxiliarão diretamente o Prefeito Municipal, no exercício do Poder Executivo, o dirigente principal de cada uma das entidades da Administração Indireta, os Secretários Municipais, e a estes, os Superintendentes das Secretarias Municipais, nos termos desta Lei. § 3º A Administração Direta compreende o exercício das atividades de administração pública municipal executado diretamente pelas unidades administrativas, a saber: I - Unidades de deliberação, consulta e orientação ao Prefeito Municipal, nas suas atividades administrativas. II - Unidades de assessoramento e apoio direto ao Prefeito, para o desempenho de funções auxiliares, coordenação e controle de assuntos 28 e programas inter-secretarias. III - Secretarias Municipais de natureza meio e fim, órgãos de primeiro nível hierárquico, para o planejamento, comando, coordenação, fiscalização, execução, controle e orientação normativa da ação do Poder Executivo. Art. 3º. Além das Secretarias referidas no artigo anterior, o Prefeito Municipal poderá instalar, mediante decreto, até 6 (seis) Secretarias Municipais de Natureza Extraordinária, para tratar de assuntos ou programas de importância ou duração transitória. (Redação dada pela Lei nº 12192/2007). Parágrafo Único. O ato de instalação da Secretaria de Natureza Extraordinária indicará a duração estimada da missão a ser cumprida, os meios administrativos a serem usados e, conforme o caso, as unidades administrativas que devam temporariamente ser vinculadas ao novo órgão. Art. 4º. (...). § 2º Os servidores indicados para exercer funções gratificadas não poderão ter resultado de avaliação de desempenho menor que 90% (noventa por cento) e nem punição disciplinar com penalidade igual ou mais grave que a de repreensão, no último ano anterior à respectiva designação. § 3º Os servidores em exercício de funções gratificadas que obtiverem resultado de avaliação de desempenho menor que o percentual estabelecido no parágrafo anterior e punição disciplinar igual ou mais grave que a de repreensão serão dispensados automaticamente e somente poderão ser designados para o exercício de qualquer função gratificada após decorrido o lapso de um ano. Art. 6º Os órgãos de Administração Direta e Indireta estarão vinculados ao Prefeito Municipal. Art. 12. O Prefeito Municipal fixará por decreto a composição, atribuições e forma de funcionamento dos órgãos colegiados de consulta, orientação e deliberação, observada a legislação pertinente. Art. 16. Será de competência da Procuradoria-Geral do Município, no âmbito da Administração direta, autárquica e fundacional do Município: a) a consultoria e o assessoramento jurídico, bem como a representação e defesa judicial, em qualquer foro ou instância; b) a análise jurídica preliminar e lavratura de todos os acordos, contratos 29 e convênios; sem exceção; c) proceder, com exclusividade, à cobrança da dívida ativa judicial; d) a instauração e processamento de sindicâncias e processos administrativos disciplinares; e) o exercício das atividades concernentes ao sistema de assessoramento jurídico; f) a emissão de pareceres jurídicos sobre questões que lhe forem submetidas; g) exercer o controle de legalidade de atos administrativos; h) o julgamento, em primeira instância, das impugnações ao lançamento de tributos municipais. (Redação dada pela Lei nº 11875/2006). Art. 17. Será de competência da Secretaria Municipal de Finanças o planejamento operacional e a execução da política econômica, tributária e financeira do Município, bem como as relações com os contribuintes; o assessoramento às unidades do Município em assuntos de finanças; a gestão da Legislação tributária e financeira do Município; a inscrição e cadastramento dos contribuintes bem como a orientação dos mesmos; o lançamento, a arrecadação e a fiscalização dos tributos devidos ao município; a guarda e movimentação de valores; a elaboração, execução e acompanhamento no Plano Plurianual, Das Diretrizes Orçamentárias e Orçamento Anual, observadas as diretrizes fixadas pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba para as rubricas de investimento, encaminhamento mensal ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba da realização financeira do Plano de Obras, para o acompanhamento das metas físicas; a programação de desembolso financeiro; o empenho, a liquidação e o pagamento das despesas, a elaboração de balancetes, demonstrativos e balanços, bem como a publicação dos informativos financeiros determinados pela Constituição Federal; a prestação anual de contas e o cumprimento das exigências do controle externo; os registros e controles contábeis; a análise, controle e acompanhamento dos custos dos programas e atividades dos órgãos da Administração; a análise da conveniência da criação e extinção de fundos especiais; o controle e a fiscalização da sua gestão; a supervisão dos investimentos públicos, bem como o controle dos investimentos e da capacidade de endividamento do Município; contratação de auditoria externa, quando necessário, para análise das contas municipais, a realização das atividades relativas à controladoria, compreendendo a análise, o acompanhamento e o monitoramento dos instrumentos legais que gerem obrigações financeiras para o Município e de seus resultados; a auditoria sobre a gestão dos recursos públicos financeiros sob a responsabilidade de órgãos públicos e privados, 30 abrangendo os sistemas contábil, financeiro e orçamentário e outras atividades correlatas. Art. 22. Será de competência da Secretaria Municipal da Saúde o planejamento operacional e a execução da política de saúde do Município, através da implementação do Sistema Municipal de Saúde e do desenvolvimento de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde da população com a realização integrada de atividades assistenciais e preventivas; da vigilância epidemiológica, sanitária e nutricional de orientação alimentar e de saúde do trabalhador; da prestação de serviços médicos e ambulatoriais de urgência e de emergência; da promoção de campanhas de esclarecimento, objetivando a preservação da saúde da população; da implantação e fiscalização das posturas municipais relativas à higiene e à saúde pública; do controle de vetores de doenças e desratização; da apreensão de animais; da participaçãona formulação da política de proteção do meio ambiente; da articulação com outros órgãos municipais, demais níveis de governo e entidades da iniciativa privada para o desenvolvimento de programas conjuntos, a regulamentação, normatização e a fiscalização dos produtos de origem animal que sejam comercializados no Município; a promoção do registro dos estabelecimentos que produzam matéria-prima, manipulem, beneficiem, transformem, industrializem, preparem, acondicionem, embalem produtos de origem animal; a promoção dos registros dos produtos de origem animal e outras atividades correlatas. Art. 25. Será de competência da Secretaria Municipal do Meio Ambiente o planejamento operacional, a formulação e a execução da política de preservação e proteção ambiental do Município; o desenvolvimento de pesquisas referentes à fauna e à flora; a administração, manutenção e preservação do zoológico; o levantamento e cadastramento das áreas verdes; a fiscalização das reservas naturais urbanas; o combate permanente à poluição ambiental; execução de projetos paisagísticos e de serviços de jardinagem e arborização; a administração, construção, manutenção e conservação de parques, praças e áreas de lazer; a definição da política de limpeza urbana, através do gerenciamento e fiscalização da coleta, reciclagem e disposição do lixo, por administração direta ou através de terceiros; a manutenção e controle operacional da frota de veículos pesados, máquinas e equipamentos sob sua responsabilidade; a administração e manutenção de cemitérios e serviços funerários e outras atividades correlatas. (Redação dada pela Lei nº 8240/1993). 31 Art. 26. Será de competência da Secretaria Municipal do Urbanismo o planejamento operacional, a execução, a implementação e fiscalização da legislação relativa ao uso e parcelamento do solo, a loteamentos e ao código de obras e posturas municipais; o exame e fiscalização de projetos de obras e edificações; a expedição de atos de autorização, permissão ou concessão de uso e parcelamento do solo ou de uso de equipamentos públicos; o fornecimento e controle da numeração predial; a identificação e emplacamento dos logradouros públicos; a atualização do sistema cartográfico municipal; a repressão às construções e aos loteamentos clandestinos, bem como ao comércio irregular; o combate às várias formas de poluição sonora e visual e outras atividades correlatas. Parágrafo Único. Fica instituído o Conselho Municipal de Urbanismo, CMU, órgão de natureza consultiva e de julgamento, cujas atribuições serão definidas por decreto regulamentar na forma do Art. 72, IV e V da lei Orgânica do Município de Curitiba. Art. 27. Será de competência da Secretaria Municipal de Obras Públicas: - O planejamento operacional e a execução, por adjudicação dos outros órgãos de governo, por administração direta ou através de terceiros, das obras públicas e próprios municipais, abrangendo construções, reformas e reparos, a abertura de vias públicas e rodovias municipais; - A execução de obras de pavimentação, construção civil, drenagem e calçamento; a execução e manutenção de obras de preservação de fundos de vales; - O desenvolvimento de projetos, execução e manutenção de obras e serviços de abastecimento de água tratada, coleta, tratamento e destinação final de efluentes líquidos, diretamente ou por concessão ou permissão; - E elaboração de projetos e fiscalização da preservação do sistema natural de drenagem, fundos de vale e proteção de mananciais de abastecimento de água; a proposição de legislação específica a sua área de atuação; - A emissão de pareceres técnicos na área de sua competência para subsidiar a concessão de alvarás; - O controle e execução dos serviços de sinalização urbana e de trânsito e iluminação pública; - A manutenção e controle operacional da frota de máquinas e equipamentos pesados sob sua responsabilidade e outras atividades correlatas. Art. 31. A Procuradoria Geral do Município e as Secretarias Municipais de Natureza Meio constituem as organizações-base do sistema auxiliares, 32 com capacidade normativa e orientadora centralizada, da qual emanam COMO UNIDADES executivas, a saber: I - Núcleo de Assessoramento Jurídico, da Procuradoria Geral do Município; II - Núcleos de Assessoramento Financeiro, da Secretaria Municipal de Finanças; III - Núcleos Administrativos, da Secretaria Municipal de Administração; e IV - Núcleo de Recursos Humanos, da Secretaria Municipal de Recursos Humanos. Art. 32. Os Núcleos terão atuação no âmbito das unidades da Administração direta, para assegurar linguagem uniforme, universalização de conceitos e execução integrada das atividades que representam, em estrita observância ao disposto neste Título. § 1º Os Núcleos estarão sujeitos à orientação normativa, supervisão técnica, critérios de lotação, de programação funcional e de fiscalização específica das Secretarias que representam, sem prejuízo da subordinação de cunho administrativo às Secretarias, cuja estrutura integram. § 2º O pessoal lotado nos Núcleos estará sujeito a remanejamento, nos termos e periodicidade determinados pelos titulares das respectivas organizações–base. § 3º Um mesmo Núcleo poderá, simultaneamente, atender a mais de uma Secretaria. § 4º Os Núcleos de Assessoramento Jurídico da Procuradoria-Geral do Município desenvolverão a atuação descrita no caput deste artigo também para as entidades da Administração autárquica e fundacional do Município. § 5º Enquanto não implantados Núcleos de Assessoramento Jurídico nas autarquias e fundações municipais, a Procuradoria-Geral do Município poderá designar Procurador integrante de seu quadro efetivo para prestar o atendimento pertinente a esse nível funcional. Art. 33. A Administração Municipal funcionará, sob comando do Prefeito Municipal, através de coordenações funcionais, representando agrupamentos de Secretarias e entidades da administração indireta, na pessoa de seus titulares, a saber: I - Coordenação de Gabinete, compreendendo o Gabinete do Prefeito; a Secretaria do Governo Municipal; a Secretaria Municipal de Comunicação Social; a Procuradoria Geral do Município; a Assessoria do Prefeito e o Gabinete do Vice-Prefeito. II - Coordenação dos Meios Administrativos, compreendendo: 33 a) Secretaria Municipal de Recursos Humanos; b) Secretaria Municipal de Finanças; c) Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba; d) Instituto Municipal de Administração Pública; e) Secretaria Municipal de Planejamento e Administração; f) Secretaria de Informação e Tecnologia. III - Coordenação Urbanístico-Ambiental, compreendendo a Secretaria Municipal de Obras Públicas; Secretaria Municipal do meio Ambiente; Secretaria Municipal do Urbanismo; Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba; URBS - Urbanização de Curitiba S/A e Secretaria Municipal de Trânsito. IV - Coordenação Sócio-Econômica, compreendendo a: a) Secretaria Municipal da Educação; b) Secretaria Municipal da Saúde; c) Secretaria Municipal do Abastecimento; d) Secretaria Municipal do Esporte e Lazer; e) Secretaria Municipal da Defesa Social; f) Secretaria Municipal de Assuntos Metropolitanos; g) Fundação Cultural de Curitiba; h) Fundação de Ação Social; i) Companhia de Habitação Popular de Curitiba; j) Companhia de Desenvolvimento de Curitiba; k) Instituto Municipal de Turismo. l) Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A. Art. 42. As estruturas complementares das Secretarias Municipais e demais órgãos e respectivas atribuições serão estabelecidas por decreto. Art. 44. O Poder Executivo fica autorizado a fixar o número de funções gratificadas, conforme o disposto no artigo 4º inciso II, alíneas C e D, inciso IV, alínea B, inciso V, inciso VI e inciso VII, da presente lei, necessário ao funcionamento da estrutura organizacional, até o limite de 4% (quatro por cento) das despesas com pessoal. 3.3. Decreto Municipal nº 196/2018: A Lei Federal nº 7.347/1985 trata da AçãoCivil Pública, dispondo sobre o seu objeto, legitimados e procedimento. O § 6º do art. 5º da mencionada lei dispõe que os legitimados para a propositura da ação, dentre os quais está o Município (art. 5º, inciso III), autarquias e fundações (art. 5º, inciso IV), podem firmar compromisso de ajustamento de conduta. Vejamos a redação do parágrafo: 34 Art. 5º. (...). § 6º Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial. Nesse contexto, o Decreto Municipal nº 196/2018 visa regulamentar a aplicação do § 6º do art. 5º da Lei 7.347/1985 pelo Município de Curitiba. São os principais dispositivos do Decreto Municipal nº 196/2018: Art. 1º. Os procedimentos administrativos destinados à tomada de Compromisso de Ajustamento de Conduta mediante cominações no Município de Curitiba, para órgãos e entidades da Administração Pública direta, Autarquias e Fundações Públicas Municipais serão regidos por este decreto. Art. 2º. A Administração Pública direta, Autarquias e Fundações do Município de Curitiba ficam autorizadas a tomar Compromisso de Ajustamento de Conduta, em caráter excepcional, com pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, em casos de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, à ordem urbanística, ao patrimônio público e social e a qualquer outro interesse difuso ou coletivo e nos demais casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. O Compromisso de Ajustamento de Conduta formaliza- se por meio do Termo de Ajustamento de Conduta - TAC, que tem força de título executivo extrajudicial. Art. 3º. O Município poderá tomar Compromisso de Ajustamento de Conduta de que trata o presente regulamento por intermédio dos Secretários na Administração Pública direta e dos Presidentes nas Autarquias e Fundações com a parte compromitente. § 1º A assinatura das partes tomadora e compromitente no Termo de Ajustamento de Conduta não confere a esta direito a concessão de licenças e outros documentos municipais pertinentes, nem serve como elemento de prova quanto à quitação das demais obrigações ambientais, urbanísticas e nos outros casos passíveis de celebração do compromisso. § 2º A existência de Termo de Ajustamento de Conduta não impede a concessão de licenças e demais documentos, desde que presentes todos os requisitos legais para tais concessões. § 3º As sociedades de economia mista e empresas públicas da Administração Pública Municipal indireta poderão tomar Compromisso 35 de Ajustamento de Conduta, desde que observados os critérios e procedimentos do presente regulamento. Art. 4º. Poderão ser fixadas no Termo de Ajustamento de Conduta obrigações de fazer, não fazer e de indenizar, sem prejuízo daquelas pertinentes ao cumprimento das exigências legais impostas pelo setor responsável, além de medidas compensatórias e mitigadoras. § 2º Os valores em dinheiro arrecadados, decorrentes da obrigação de indenizar, deverão ser depositados nos fundos próprios de cada órgão da Administração Pública direta e indireta ou à conta do tesouro municipal em caso de ausência de Fundo próprio, sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados. § 3º A imposição das obrigações de fazer, não fazer e indenizar deve ser motivada. Art. 5º. Em se tratando de dano ambiental, quando houver a impossibilidade da reparação integral do prejuízo, deverá constar no Termo de Ajustamento de Conduta justificativa técnica, especialmente quanto à adequação da adoção de medidas compensatórias. Art. 6º. Na aplicação das medidas compensatórias nos casos de danos ambientais, há que se observar a seguinte ordem de prioridade: I - substituição por equivalente no local; II - substituição por equivalente em outro local; e III - medida compensatória patrimonial ou indenização pecuniária, observado o disposto no §1º do artigo 4º deste decreto. Parágrafo único. Não se estabelecerá compensação em outro local quando se tratar de reparação de dano ambiental em áreas de preservação permanente, assim definidas em lei. Art. 7º. A Administração Pública direta e indireta não poderá, no Termo de Ajustamento de Conduta, dispensar ou renunciar direitos ou obrigações, limitando-se a ajustar a conduta do compromitente às exigências da lei, fixando obrigações de fazer, não fazer e indenizar, tais como: (...) Art. 8º. O requerimento de celebração de Compromisso de Ajustamento de Conduta poderá ser feito pela parte compromitente ou seu representante legal, obedecendo ao seguinte: I - apresentação de requerimento devidamente motivado e instruído; II - anexação de projeto técnico de reparação, mitigação ou compensação do dano potencial ou efetivo ao meio ambiente e demais documentos necessários para identificação do autor e dos danos de que trata o 36 presente regulamento; III - juntada de todos os documentos necessários referentes ao objeto do pedido inicial; IV - autuação e protocolo do pedido. § 1º O procedimento obedecerá à seguinte tramitação: I - instrução do processo administrativo pelo órgão da Administração Pública direta, Autarquias e Fundações correspondentes à matéria afeta ao pedido inicial, com a juntada dos documentos necessários; II - emissão de juízo de admissibilidade do Termo de Ajustamento de Conduta pela autoridade máxima do Departamento competente onde o procedimento deverá tramitar, que poderá requerer esclarecimentos de órgãos técnicos que entender oportunos; III - indicação de gestor e suplente; IV - confecção de Minuta do Termo de Ajustamento de Conduta pelo mesmo órgão ou entidade competente pela análise da matéria; V - remessa do procedimento ao Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica correspondente para analisar a possibilidade jurídica do pedido e a Minuta do Termo de Ajustamento de Conduta, mediante rubrica; VI - no caso de existência de pontos divergentes entre a proposta formulada pelo autor e o entendimento da Administração Pública Municipal, a parte compromitente ou seu representante legal poderá ser notificado para esclarecimentos e ajustes necessários; VII - elaboração definitiva do Termo de Ajustamento de Conduta de acordo com a Minuta aprovada pelo Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica, pelo órgão ou entidade competente para análise da matéria; VIII - notificação da parte compromitente para assinatura definitiva do documento; IX - encaminhamento do Termo de Ajustamento de Conduta para assinatura do Secretário na Administração Pública direta e do Presidente nas Autarquias e Fundações; X - ao Departamento competente para publicação do Termo de Ajustamento de Conduta no órgão de imprensa oficial mediante Extrato. § 2º O requerimento inicial de Termo de Ajustamento de Conduta deverá conter as informações necessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento sumário. (...) § 4º Serão lavradas três vias do Termo de Ajustamento de Conduta, sendo uma delas entregue à parte compromitente, a segunda deverá permanecer em arquivo do órgão emissor, e a terceira integrará o procedimento que a gerou. 37 § 5º O procedimento deverá ser concluído no prazo máximo de noventa dias, contados da protocolização do requerimento. Art. 9º. Não caberá recurso do indeferimento do pedido de tomada de Compromisso de Ajustamento de Conduta formalizado por pessoa física ou jurídica. Art. 11. Quando o compromisso a ser tomado envolver mais de um Ente da Administração Pública direta, Autarquias e Fundações como partes tomadoras, o procedimento deverá tramitar naquele onde houver a constatação do fato mais gravoso. Art. 12. O Termo de Ajustamento de Conduta deverá conter os seguintes requisitos: (...). IV - o prazo de vigência do compromisso que, em função da complexidade das obrigações nelefixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual período, se houver interesse público devidamente demonstrado; V - o modo para o cumprimento das obrigações; VI - previsão de prorrogação e o respectivo prazo nos casos de superveniência de fato novo ou ocorrência de caso fortuito ou força maior; VII - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto, se for o caso, o cronograma físico de execução e de implantação das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas; VIII - a previsão das multas ou sanção administrativa que podem ser aplicadas à parte compromitente em caso de descumprimento de cláusulas; IX - os possíveis casos de rescisão e anulabilidade; ( . . . ) § 1º O valor das multas de que trata o inciso VIII deverá ser compatível com o objeto pactuado, não podendo ser superior ao valor do investimento, devidamente justificado no processo. § 2º Deve ser eleito o foro desta capital para dirimir conflitos advindos do Termo de Ajustamento de Conduta. § 3º A tomada de Compromisso de Ajustamento de Conduta não exime o compromitente do pagamento de multas administrativas lavradas anteriormente à protocolização do requerimento. Art. 13. A Administração Pública direta, Autarquias e Fundações deverão indicar gestor e suplente para fiscalizar o cumprimento das cláusulas dispostas no Termo de Ajustamento de Conduta. 38 § 2º O gestor e o suplente de gestor deverão tomar ciência expressa do ato que os designou e manifestar concordância com o encargo recebido. Art. 15. Poderá ser lavrado aditivo para prorrogação de prazo para cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta por motivo de caso fortuito ou de força maior. § 1º O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não eram possíveis evitar ou impedir. § 2º O aditivo deverá fazer previsão do prazo de vigência que, em função da complexidade das obrigações nele fixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual período, se houver interesse público devidamente demonstrado. § 5º Do indeferimento de lavratura de aditivo para prorrogação de prazo para cumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta por motivo de caso fortuito ou de força maior não caberá recurso. Art. 16. Poderá também ser lavrado aditivo ao Termo de Ajustamento de Conduta sempre que houver necessidade de inclusão de cláusula não prevista no documento inicial, considerada como fato novo. § 1º Fato novo é aquele que, embora preexistente à tomada do compromisso, não foi considerado por não ser conhecido, mas que influi no pacto já firmado entre as partes. § 5º Do indeferimento de lavratura de aditivo para prorrogação de prazo para cumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta por superveniência de fato novo não caberá recurso. Art. 19. Considera-se o Termo de Ajustamento de Conduta rescindido em caso de descumprimento de quaisquer das suas cláusulas, ressalvada ocorrência de caso fortuito e força maior. § 1º No caso de descumprimento de cláusula do Termo de Ajustamento de Conduta, o procedimento obedecerá ao seguinte trâmite: I - apresentação de relatório circunstanciado pelo gestor a respeito das cláusulas que foram descumpridas; II - instrução do processo administrativo pelo Departamento do órgão correspondente à matéria afeta ao pedido inicial, com a juntada dos documentos necessários; III - remessa do procedimento ao Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica correspondente para analisar as manifestações do gestor e dos órgãos técnicos, se existentes, para parecer; IV - no caso do Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica entender que houve descumprimento de cláusula constante no Termo 39 de Ajustamento de Conduta, o procedimento deverá ser remetido ao Secretário na Administração Pública direta ou ao Presidente das Autarquias e Fundações para decidir; V - decidido pelo descumprimento de cláusula constante do Termo de Ajustamento de Conduta, o procedimento deverá ser remetido ao Departamento competente para que o gestor notifique o compromitente para apresentar defesa, se assim entender, no prazo de quinze dias corridos, visando demonstrar possível cumprimento das cláusulas; VI - apresentada a defesa no prazo estipulado pela parte compromitente, esta deverá ser analisada pela autoridade máxima do Departamento do órgão correspondente; VII - se comprovado o adimplemento das cláusulas, a autoridade máxima do Departamento informará no processo, requerendo desconsideração do pedido de rescisão; VIII - se comprovado o inadimplemento das cláusulas, a autoridade máxima do Departamento instruirá o processo, remetendo-o ao Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica para emissão de parecer; IX - o Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica poderá recomendar a remessa do procedimento para a Procuradoria Fiscal, Judicial ou setor contencioso, a fim de serem adotadas as medidas pertinentes; X - o procedimento deverá ser remetido ao Secretário na Administração Pública direta ou ao Presidente das Autarquias e Fundações para decidir; XI - ao gestor para comunicar a parte compromitente da decisão. § 2º Da decisão de rescindir o Termo de Ajustamento de Conduta não caberá recurso. § 3º A decisão de rescindir o Termo de Ajustamento de Conduta será publicada no órgão de imprensa oficial mediante Extrato. Art. 20. O Termo de Ajustamento de Conduta é anulável pela ocorrência de vícios do consentimento, assim compreendidos erro, dolo ou coação, se comprovados judicialmente. § 1º É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do Compromisso de Ajustamento de Conduta, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; II - no de erro ou dolo, do dia em que se publicou o Termo de Ajustamento de Conduta no órgão de imprensa oficial. § 2º No caso de alegação da existência de vícios do consentimento em Termo de Ajustamento de Conduta, a sentença judicial transitada em julgado que reconhecer a existência de erro, dolo ou coação deverá ser submetida à análise do Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria 40 jurídica para parecer. § 3º Reconhecido o ato judicial e seu trânsito em julgado, o Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica deverá remeter o procedimento ao Secretário na Administração Pública direta ou ao Presidente das Autarquias e Fundações para determinar a anulação do Compromisso de Ajustamento de Conduta formalizado. Art. 21. Poderá ser anulado o Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta se for constatada sua ilegalidade total ou parcialmente. § 1º Identificada, a qualquer tempo, ilegalidade no Termo de Ajustamento de Conduta ou em alguma de suas cláusulas, o processo deverá ser remetido ao Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica para parecer; § 2º Constatada a ilegalidade do Termo de Ajustamento de Conduta ou de quaisquer de suas cláusulas, o Núcleo de Assessoramento Jurídico ou assessoria jurídica deverá encaminhar o procedimento ao Secretário na Administração Pública direta ou ao Presidente das Autarquias e Fundações para determinar a anulação do Compromisso de Ajustamento de Conduta ou de quaisquer de suas cláusulas. Art. 22. A inexecução total ou parcial do convencionado no Termo de Ajustamento de Conduta e no aditivo ensejará a execução judicial das obrigações decorrentes, sem prejuízo da apuração das demais responsabilidades civil, criminal e administrativas cabíveis, se existentes. § 1º Constatada a ocorrência de outras infrações administrativas, o Município poderá aplicar as sanções cabíveis, independentemente da formalização do Termo de Ajustamento de Conduta. Art. 23. Os prazos constantes no Termo de Ajustamento de Conduta não se suspendem nem interrompem, à exceção da existência de aditivo ao Termo de Ajustamento de Conduta inicial nos casos expressamente
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