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FACULDADE SÃO BRAZ Francis Andréa Teilo Documentário Babies Desenvolvimento Humano dos bebês e o seu Meio Ambiente Curitiba 2019 Francis Andréa Teilo Documentário Babies Desenvolvimento Humano dos bebês e o seu Meio Ambiente Resenha sobre o Documentário Babies apresentada como parte dos requisitos para obtenção do título de Pedagóga na disciplina de Fundamentos Teóricos e Metodólgicos da Educação Infantil, junto ao Programa de 2ª Graduação em Pedagogia, da Faculdade São Braz, Curitiba. Orientadora: Profa. Dra. Yara Rodrigues de La Igresia Curitiba 2019 Francis Andréa Teilo Documentário Babies Desenvolvimento Humano dos bebês e o seu Meio Ambiente Resenha sobre o Documentário Babies apresentada como parte dos requisitos para obtenção do título de Pedagóga na disciplina de Fundamentos Teóricos e Metodólgicos da Educação Infantil, junto ao Programa de 2ª Graduação em Pedagogia, da Faculdade São Braz, Curitiba. Curitiba 29 de abril de 2019 RESUMO A presente resenha tem por objetivo mostrar as diferentes formas de habitat dos bebes, com estilos diverssos de criação e culturas diferentes. O Documentário "Babies" acompanha os anos iniciais de quatro bebês de diferentes partes do mundo desde seu nascimento até seus primeiros passos. Podemos ver o menino Ponijao e sua vida tradicional na cultura Himba na Namíbia; Bayarjargal, o filho de nômadas na Mongólia; Mari, uma japonesinha que cresce na cidade de Tóquio; e Hattie, filha única de um casal de São Francisco. Como as ações dos bebês em diferentes formas de organização do espaço e dos materiais em um ambiente familiar. A forma de tratamento, cuidados que a mae e os demais familiares tem na vida e no tratamento das crianças. No documentário e nitida a diferença dos ambientes onde habitam as crianças, sendo que os locais estruturados favorecem as interações e o explorações dos bebês, apresenta-se a relação entre organização do ambiente e desenvolvimento infantil. Os bebês demonstram momentos de ação autônoma e de atividade livre, interagem com os adultos, crianças, objetos (materiais), brinquedos, com os animais do seu meio ambiente e conforme a sua realidade. Tudo isso, favorece as interações e explorações dos bebês. Desta forma, espera-se que esta resenha possa contribuir de alguma forma com reflexões sobre o assunto do desenvolvimento humano dos bebês e o seu meio ambiente. SUMÁRIO INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………06 1.Os ambientes: Suas diferenças e semelhanças...............................................06 2. O Tempo de cada criança................................................................................07 3. As diferenças de Cultura..................................................................................07 DESENVOLVIMENTO.........................................................................................08 4. A história de cada bebê...................................................................................08 CONCLUSÃO………………………………………………………………………....10 REFERÊNCIAS………………………………………………………………….…….11 6 INTRODUÇÃO No documentário “Babies” o cineasta Thomas Balmes, viajou por várias regiões do mundo com o fim de estudar, observar e registrar os dois primeiros anos do desenvolvimento humano de quatro crianças e a relação com as suas famílias. As crianças que aparecem são o Ponijao que é o mais novo de uma família de nove filhos, nasceu em uma pequena aldeia na Namíbia e sua vida tradicional na cultura Himba. O menino Bayarjargal vive com a família de nômades na Mongólia. Já a menina Hattie é a primeira filha de um casal que mora em San Francisco (Estados Unidos), e menina Mari que também é filha única de um jovem casal que reside na cidade de Tóquio (Japão). Podemos acompanhar vários momentos da vida dessas crianças, começando pelo nascimento, passando pelas primeiras palavras até os primeiros passos. Os bebês sensibilizam as pessoas que assistem o filme, visto que é comum os adultos se encantarem com os pequeninos nessa idade, onde foi difundido momentos do cotidiano e cenas que mostram hábitos, costumes e as diferenças culturais. Os pais e outros pessoas é sempre notada no filme, mas o foco e a ação dos bebês mostrada em suas aventuras de descoberta do desconhecido, isso faz com que nos aproxime das experiências dos bebês, da vivência e dos cuidados dos pais ou da mãe apenas, como se vê no caso Ponijão que apenas a mãe e os irmãos aparecem. 1. Os ambientes: Suas diferenças e semelhanças Assistimos durante o filme situações que nos mostram a diversidade de condições em que os seres humanos podem ser criados ou como vivem, sem deixar de se constituírem como plenas criaturas da mesma espécie. Der um lado, podemos ver que o bebê namibiano é permitido engatinhar na terra nua e brincar com ossos de animais, por outro, a garotinha de São Francisco é cercada de conforto e cuidados com a higiene pessoal. 7 Outra diferença também e os ambientes que vivem Bayar (Mongólia) e Mari (Japão), o menino está o tempo todo rodeado de animais domésticos e em constante contato com bois, cabras, gatos e galinhas, enquanto o ambiente que vive a menina é completamente urbano, sendo o único animal um gato doméstico ou quando os pais a levam a um passeio para ver animais atrás das janelas de vidro do zoológico da cidade. 2. O Tempo de cada criança De uma forma geral, o documentário trata o quão semelhantes são os seres humanos, independentemente da cultura que vivem. Podemos observar os bebês rindo, chorando, com medo e até brigando com outras crianças. Mas uma coisa e certa, cada um deles busca com curiosidade conhecer o mundo ao seu redor, os objetos, os animais e a busca pelo desconhecido. Cada um, em seu tempo, experimentam os primeiros passos, as primeiras quedas, a balbuciar as primeiras palavras e imitar os adultos. Nessa idade inicial, elas são como esponjas que começam a absorver tudo que é novo e que possa ser explorado. 3. As diferenças de Cultura Vemos ao mesmo tempo, como são diversas as culturas humanas, como observamos que as mães e pais têm modos diferentes de lidar com os mesmos problemas, por exemplo: a mãe namibiana limpa os olhos de seu bebê com a língua, já a mãe mongólica lava os olhos do seu bebê com o seu próprio leite materno. Verifica-se que existem diferenças entre o ambiente urbano (Mari e Hattie) do rural (Bayer e Ponijão) que implica em uma socialização diferente. Outra situação que ocorre, são com as crianças que vivem na cidade e que são filhas únicas, onde o contato familiar quase se resume ao convívio com os pais e com adultos ou grupos que fazem parte do círculo de amizades deles. Diferente das crianças do mundo rural têm relação mais próxima com a família numerosa (irmãos, primos, tios e avós e outros). 8 Constatamos que desde muito cedo, o ser humano está cercado de estímulos, hábitos e costumes dos adultos, isto nos ajudam a entender o processo pelo qual uma cultura fica tão enraizada no indivíduo, acostumado com os padrões de comportamento que presencia e passa a viver e ver o mundo do mesmo modo. DESENVOLVIMENTO O documentário Babies relata os primeiros anos de vida de quatro bebês que vivem em países diferentes, com culturas, classes sociais e situações financeiras distintas. O cineasta trata do desenvolvimento infantil com base na diversidade cultural, por intermédio da observação do cotidiano de quatro crianças de nacionalidadesdiferentes. Nos faz pensar sobre as diferenças de tratamento dos bebês, em cada região começando pelo parto. Na verdade o documentário vai muito além, mostra a amamentação, o desenvolvimento e a convivência familiar. Por exemplo, o bebê que vive em Namíbia mama em qualquer mãe da tribo que estiver mais próxima dele, diferente do bebê japonês que para mamar passa por todo um processo de assepsia e higiene. 4. A história de cada bebê Vamos falar de cada bebê individualmente para termos uma ideia da sua história de vida e de seu desenvolvimento físico e familiar em ambientes tão diferentes. Primeiramente um bebê criado de forma livre, que vive na extrema pobreza em um país da Áfricano, cresceu engatinhando pelado na terra brincando com ossos de animais, rodeado de insetos e moscas, sem qualquer cuidados de higiene. Esse é o Ponijão; 9 Temos um bebê que nasce na zona rural da Mongólia, que cresceu cercado de animais domésticos como bois, cabras e galinhas. Um fato que ocorria e quando a sua mãe ficava ausente o menino ficava amarrado como forma de proteção. Esse é o Bavar; Uma bebê que nasce em uma grande cidade de São Francisco, que cresceu cercada por cuidados higiênicos pela família. Sendo criada acompanhada todo o tempo pelos pais ou na creche. Essa é a Hattie; E tem a bebê japonesa que nasce na moderna cidade de Hong Kong. Cresceu em um ambiente completamente urbano e moderno onde o único contato com bichos era através dos passeios com os pais no zoológico da cidade. Sempre cercado pelos pais, avós, amigos e outros familiares. Essa é a Mari. O documentário acompanha os primeiros anos dessas crianças, onde podemos perceber que mesmo em ambientes cultural e sócio econômico que exerçam certa influência, as crianças se desenvolvem praticamente na mesma fase, com ritmos diferentes e peculiares. Podemos dizer que elas se desenvolvem numa sequência contínua e dinâmica. Não importa onde se nasça, a criança tem seu desenvolvimento cognitivo, motor, físico e psicossocial desenvolvido em uma sequência e o ambiente ajuda gradativamente neste processo. “Segundo Dahlberg e outros (2003), a infância como construção social é sempre contextualizada em relação ao tempo, ao local e à cultura, variando conforme classe, gênero e outras condições socioeconômicas. Percebe-se que, embora vivenciem a mesma fase, cada uma apresenta suas particularidades”. Independe de onde e como vivem as crianças, passam por transformações inerentes à fase de desenvolvimento. Estabelecem laços afetivos com pessoas e animais, brincam, interagem, observam, descobrem e aprendem, construindo sentidos sobre a natureza e a sociedade. A vivência da infância varia de acordo com o contexto cultural, mas é claro que as crianças conseguem desenvolver-se com naturalidade e conforme as suas fases de vida. 10 Os hábitos de higiene, como são alimentadas, o modo como os pais seguram ou tocam a criança, seus brinquedos e brincadeiras, dentre outros fatores pontuam as reproduções interpretativas e até mesmo causam impacto pela distinção que está atribuída aos costumes dos diferentes grupos sociais. A chegada da criança altera a rotina da família, mas o modo como a família viabiliza as tarefas cotidianas diferem culturalmente. Enquanto uns usufruem da modernidade, ao usarem cadeirinhas com funções e outros recursos, outros aplicam métodos mais rústicos e um tanto quanto excêntricos, como amarrar o bebê. As crianças expressam suas emoções perante às situações a que são expostas como forma de interação ou de manipulação dos adultos para chamar atenção. Desta forma, as crianças tem condições de criar a sua própria história e independente do contexto de vida ou cultura que fazem parte, tornando-se socialmente ativos, consumindo e produzindo cultura. CONCLUSÃO O filme não tem narrador ou diálogos explicativos e deixa nas imagens e nos sons das crianças o recado de que não tem jeito certo ou errado de criar nossos filhos quando comparamos com outras culturas. Ao mesmo tempo, mostra que é possível repensarmos nossas atitudes e nossos comportamentos, permitindo às crianças viver de forma mais livre e em contato com a mãe natureza. Somos seres humanos capazes de rir, chorar, brincar, dançar e de brigar, não importando de qual lugar do mundo se venha, o que nos faz diferentes é o modo como vemos o mundo, respeitando a cultura na qual fomos criados. Como resultado do exposto no documentário, concluo que podemos descobrir junto com os bebês uma série de possibilidades que se vive enquanto se está apenas aprendendo em um mundo novo. 11 REFERÊNCIAS Balmès, Thomas (Diretor), Babies - Documentário de quatro bebês, de culturas e países diferentes, StudioCanal, França, 2010 Dahlberg,G.; Moss, P.; Pence, A Qualidade na educação da primeira infância: perspectivas pós modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003
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