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LÍNGUA, LINGUAGEM E AS DIFERENTES SITUAÇÕES SÓCIO COMUNICATIVAS

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18/06/2020 T001
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001 1/18
LÍNGUA, LINGUAGEM E 
AS DIFERENTES 
SITUAÇÕES SÓCIO 
COMUNICATIVAS
Profª. Dóris Cristina Gedrat
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
18/06/2020 T001
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001 2/18
NESTE CAPÍTULO, VOCÊ VAI APRENDER
A ler e interpretar textos verbais e não verbais;
A respeitar e compreender as manifestações linguísticas, oriundas da diversidade
étnico-racial e cultural brasileira.
INTRODUÇÃO
Não há interação humana, não há trabalho e ou mesmo vida em sociedade sem que
haja comunicação. E não há comunicação sem que haja linguagem. É por meio dessa
articulação que nos relacionamos não apenas com as pessoas, mas com o mundo, e a
ele nos integramos. Utilizamo-nos da linguagem, em suas mais diversas formas e nos
mais diferentes contextos e situações, o tempo todo. Por isso, antes de qualquer debate
que venha permear a ideia central desta disciplina, precisamos explorar dois
importantes conceitos: o de língua e o de linguagem, objetivo deste nosso primeiro
capítulo. Veremos que a linguagem é um fenômeno social, desenvolvida pela
necessidade humana de conviver em grupos, assim como abordaremos seu dinamismo,
percebendo como ela se modifica e se adapta às necessidades do próprio homem. E
discutiremos, por fim, o conceito de língua, juntamente ao de fala, explorando seu
caráter social e coletivo e compreendendo a língua como uma das formas de linguagem.
Vamos começar?
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
18/06/2020 T001
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001 3/18
LÍNGUA
Esta língua é como um elástico que espicharam pelo mundo.
No início era tensa, de tão clássica.
Com o tempo, se foi amaciando, foi-se tornando romântica, incorporando os termos
nativos e amolecendo nas folhas de bananeira as expressões mais sisudas.
Um elástico que já não se pode mais trocar, de tão gasto; nem se arrebenta mais, de tão
forte.
Um elástico assim como é a vida que nunca volta ao pon-
to de partida.
Gilberto Mendonça Teles.
O ser humano, como um ser social, desenvolveu a linguagem pela necessidade de se
comunicar, sendo a língua um de seus meios mais utilizados. Do mesmo modo,
percebemos que a língua possui uma importante função dentro de um povo e de uma
cultura, pois, além da comunicação, além de um fenômeno vivo, é, também, uma forma
de identificação de seus membros.
Todas as línguas vivas mudam com o tempo. É um processo dinâmico, contínuo e
gradativo. Toda a língua possui variação, o que discutiremos neste capítulo.
Percebemos não só que existem variações no modo de se falar a língua portuguesa em
termos regionais, a partir de diferentes sotaques, amplamente explorados nas novelas,
filmes e também em quadros humorísticos, assim como perceberemos as diferenças na
forma de usar a língua olhando as questões sociais. Pessoas que têm maior grau de
formação, por exemplo, usam a língua de forma diferente do que aquelas que têm
pouca instrução ou mesmo analfabetas. Basicamente, são três os fatores que
impulsionam as variações linguísticas: fator histórico, geográfico e sociocultural. Vamos
a eles.
LINGUAGEM 
 
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https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001 4/18
G000002VD001T001.mp4
Desde os primórdios, a humanidade se organizou socialmente, e uma das necessidades
principais da vida em sociedade é a comunicação. O homem desenvolveu a linguagem
porque precisava se comunicar, e assim ele faz até hoje, e a cada dia de forma mais
complexa e com novas ferramentas.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
18/06/2020 T001
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A arte rupestre é uma forma de comunicação primitiva.
A linguagem nasce a partir de uma necessidade primordial do homem: a de viver em
sociedade e de interagir não apenas com o próprio homem, mas com o mundo que o
cerca. É, como disseram Heidegger e Gadamer, o solo de uma cultura, aquilo que
possibilita o homem a participar e a estar integrado, antropologicamente, a esse “acervo
de tudo aquilo que a espécie humana veio acumulando ao longo de sua experiência
histórica” (REALE, 2002, p. 1). A sociabilidade e o saber humano estão, na linguagem,
fundamentados.
Podemos dividir a linguagem da seguinte forma:
LINGUAGEM VERBAL
A linguagem verbal é aquela que usa a palavra, escrita ou falada, para comunicação. É
amplamente utilizada em diferentes situações: jornais, revistas, diálogos, sites, filmes,
reportagens, livros, cartas etc.
 
https://drive.google.com/a/ulbra.br/file/d/1e_zXJUh0V7qEf48_2Ck8-SKRMaEcCrIE/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001 6/18
 
https://drive.google.com/a/ulbra.br/file/d/1e_zXJUh0V7qEf48_2Ck8-SKRMaEcCrIE/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
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https://drive.google.com/a/ulbra.br/file/d/1n3rb3uKoXXqm3p3J6BCnnstPqg89zVM4/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
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LINGUAGEM NÃO VERBAL
A linguagem não verbal utiliza outros métodos de comunicação. Podem ser imagens,
gestos, sons, símbolos, expressão facial, mímica, sinais de trânsito, linguagem corporal,
gestos etc.
É a comunicação além das palavras. Alguns sinais são convenções criadas para facilitar o
entendimento, como é o caso da placa do cigarro e da placa com seta virando à direita
em um círculo vermelho com uma linha atravessada, indicando o sinal de proibido.
Entendemos facilmente que é proibido fumar ou que é proibido virar à direita. Tal como
entendemos que o dedo polegar levantado é sinal de positivo, que está tudo bem etc.
Assim como o emoji, figura criada recentemente para mensagens eletrônicas, indica
tristeza.
 
https://drive.google.com/a/ulbra.br/file/d/1n3rb3uKoXXqm3p3J6BCnnstPqg89zVM4/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001 9/18
LINGUAGEM MISTA
Na linguagem mista, usam-se simultaneamente a linguagem verbal e a linguagem não
verbal. É o uso de palavras escritas e figuras simultaneamente. A linguagem mista
também é bastante comum em nossos dias; pode aparecer em placas, histórias em
quadrinhos, charges, outdoors, filmes, peças de publicidade etc.
A linguagem mista, em alguns casos, reforça o que a linguagem não verbal já apresenta
por si só, que é o caso da placa: proibido fumar, cão bravo e risco de morte. Vai
depender do objetivo e do público que essa mensagem quer atingir.
 
https://drive.google.com/a/ulbra.br/file/d/1LFRI3bD7qdEnSDSuDGaJug18kc3GnqIp/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
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A LÍNGUA E SUAS VARIAÇÕES 
Tal como a linguagem, a língua também é um fenômeno social e se desenvolve, sempre,
a partir de um determinado grupo e de um determinado contexto. Jamais nasce no
âmbito individual. Por isso, sempre pertencerá a um determinado povo e a uma
determinada cultura. Quando discutimos a transformação de uma língua, é importante
lembrar que nenhum falante pode ou consegue modificá-la conforme achar melhor, a
partir de uma percepção ou verdade unicamente sua. Assim como uma cultura, que
possui sua dinâmica na coletividade, a língua depende de todos, pois ela é um fato
cultural como qualquer outro. Se uma pessoa que fala a Língua Portuguesa no Brasil
resolvesse usar um nome diferente para os meses do ano, por exemplo, não teríamos
uma transformação, mas um fato que acarretaria em uma grande dificuldadepara a
comunicação dela com os demais falantes. Por surgir de um grupo e pertencer a esse
grupo, ela adota um regramento, uma convenção. Só assim é possível que todos se
entendam, ou seja: ao mesmo tempo em que se trata de um aparato cultural, “trata-se
de um sistema de natureza gramatical, pertencente a um grupo de indivíduos, formado
por um conjunto de sinais (palavras) e por um conjunto de regras para combinação
destes” (TERRA, 2008, p. 13).
Se a língua emana do coletivo, o mesmo não se pode dizer da fala. Ela é entendida como
um ato individual, pois cada indivíduo pode optar em usar variedades da língua quando
fizer uso da fala. A fala é sempre individual e seu uso depende da vontade do falante.
No entanto, língua e fala estão interligadas. Uma não sobrevive sem a outra. Para
compreendermos a fala, é necessário a língua, mas também há a necessidade da fala
para que uma língua se estabeleça.
Vejamos, a seguir, os tipos principais de variação linguística.
VARIAÇÃO HISTÓRICA
A variação histórica, como o nome já indica, acontece dentro de um determinado
período de tempo. Só pode ser identificada quando comparamos a língua em dois
momentos diferentes. Para termos uma ideia clara, vejamos, por exemplo, o texto a
seguir, no qual a princesa Isabel, em 1888, assina a Lei Áurea:
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001 11/18
Fonte: Reprodução do jornal Gazeta Livre, Edição Nº 135 de 14 de maio de 1888.
 
https://drive.google.com/a/ulbra.br/file/d/1zq_HwEVvFmHJjpYaJDI9vPjLg2XhdGMm/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001 12/18
De lá para cá, algumas palavras sofreram modificação na grafia, como Brazil (Brasil),
extincção (extinção), súbditos (súditos), d’esta (desta), princeza (princesa), n’ella (nela),
dentre outras que facilmente podem ser identificadas, o que prova justamente o caráter
dinâmico.
VARIAÇÃO GEOGRÁFICA 
A variação geográfica, como também sua denominação já indica, diz respeito às
diferentes formas de pronúncia, à diferença de vocabulário e também à estrutura
sintática das frases dos falantes de uma mesma língua, ou seja, diz respeito às
diferenças que uma mesma língua apresenta na dimensão do espaço, quando falada
em diferentes regiões de um mesmo país ou em países diferentes.
O Português falado em Portugal apresenta algumas diferenças do Português falado no
Brasil. Vejamos a seguir alguns exemplos.
Tabela 1 :
Portugal Brasil
Telemóvel Celular
Paragem Ponto de ônibus
Fato Terno
Talho Açougue
Pequeno almoço Café da manhã
Fiambre Presunto
Frigorífico Geladeira
Chávena Xícara
Lixívia Água sanitária
Tabela 1
São, portanto, as diferentes formas de falar a mesma língua em dois países diferentes.
Além das palavras diversas para designar a mesma coisa, há também a questão da
pronúncia da Língua, que é perceptível ao ouvirmos um nativo de Portugal falar o
Português de Portugal.
 
https://drive.google.com/open?authuser=0&id=1BTSJA0QDV5hl-BKZgNozQK27jzjZslJ8rGd2TMMFk3E
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs001/t001?authuser=0
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VARIAÇÃO SOCIAL
Como outra forma de variação linguística, temos aquela que se manifesta por
elementos ligados à condição social de um indivíduo. Você certamente já se deu conta
de que a forma como pessoas de idade usam a linguagem difere da forma como
pessoas jovens o fazem. Também se percebe isso em diferentes profissões, usando
jargões ou termos técnicos, ou mesmo fazendo uso de uma linguagem mais formal.
Da mesma forma, pessoas que pertencem a determinados grupos sociais, como tribos
urbanas, ou mesmo a determinados grupos étnicos (que nada mais são do que pessoas
que se identificam ou são identificadas com base em semelhanças culturais e/ou
biológicas) que também se comunicam com uma linguagem própria daquele grupo.
Portanto, essa variação, também conhecida como variação diastrática, se refere à
organização socioeconômica e cultural de uma comunidade, e se relaciona ainda à
idade, como já mencionamos, ao mercado de trabalho, à classe social e ao grau de
escolaridade.
Idade – A idade é um fator que interfere na forma de como as pessoas usam a
linguagem. Muitas das palavras que os jovens usam, talvez, causem estranheza aos seus
avós e aos seus pais. O contrário também é verdadeiro. Algumas palavras soam
estranhas aos jovens de hoje. Veja os exemplos:
Tabela 2 : Página1
Ele é um pão Ele é lindo
Vou paquerar na praça Tentar conquistar alguém
Ela está na beca Ela está elegante
É isso aí, bicho É isso aí, amigo
Deu o maior bode Deu a maior confusão
Página1Tabela 2
 
https://drive.google.com/open?authuser=0&id=1k03J_cYHwCkwrNNj9kS9PQSR2SrG8nShBhR8j9GFVPk
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Gênero – Homens e mulheres falam de forma distinta. Isso está relacionado ao
condicionamento cultural dos papéis sociais definidos tanto para os homens quanto
para as mulheres. Mulheres costumam usar mais o diminutivo e as partículas “né?”,
“Tá?”, “Tá bom?”, chamados de marcadores conversacionais. Estes têm a função de obter
a concordância de quem os ouve. Já a linguagem dos homens costuma ser mais
marcada por palavrões, gírias e linguagem chula. Como essas variações são
condicionadas pelos papéis sociais, elas podem, perfeitamente, ser diferentes de um
contexto para o outro ou de uma geração para outra.
Gíria – As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos sociais, muito
utilizadas pelas denominadas tribos urbanas, mas, assim como os jargões e termos
técnicos, podem existir em qualquer ambiente ou profissão.
Etnoleto – É uma variedade de uma língua falada por uma etnia ou subgrupo social,
servindo como marca diferenciadora de identidade social. Geralmente, também
coincide com o conceito de dialeto, pois acontece em área geográfica determinada.
Equivocadamente, na cultura popular, ela é tida como uma sublíngua; no entanto, para
a linguística, ela é apenas uma variação.
Classe social e escolaridade – Também se identificam variações linguísticas em
diferentes classes sociais. Em geral, pessoas de classes sociais mais elevadas têm mais
acesso à educação. É nas escolas que se aprende a língua padrão ou norma culta. Isso
faz com que usem variações linguísticas diversas daqueles que têm menos acesso à
educação, pois podem ter um melhor domínio da língua culta. Isso não significa, porém,
que pessoas com menos instrução não se comuniquem ou não possuam conhecimento.
É comum ouvirmos de pessoas de baixa escolaridade, palavras como “brusa”,
“adevogado”, entre outras.
Mercado de trabalho – Diferentes grupos profissionais também utilizam, da mesma
forma, linguagem própria em seu meio de trabalho. Um advogado usa uma linguagem
diferente de um pintor. Um médico, por sua vez, difere em sua linguagem de um
advogado. Um professor também pode ter seu modo de se comunicar. Alguns
profissionais usam uma linguagem extremamente técnica, muitas vezes entendida
somente por quem é da área. A essa linguagem dá-se o nome de jargão. Veja os
exemplos a seguir:
INFOGRÁFICO
 
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https://drive.google.com/a/ulbra.br/file/d/15YmaPgAUi9855scssxL10_44uFwOZnrs/view?usp=sharing
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VARIAÇÃO SITUACIONAL
Outro tipo de variação é a chamada de situacional, que envolve diretamente os
diferentes espaços e situações comunicacionais. Em diferentes contextos, usa-se
diferentes formas de linguagem. A mesma pessoa pode, por exemplo, no seu trabalho,usar linguagem formal e, entre amigos ou família, usar linguagem informal.
A linguagem formal, como o próprio nome sugere, é a linguagem usada para atender os
padrões da norma culta ou norma padrão. Pauta-se pelo uso correto das normas
gramaticais e boa pronúncia das palavras. É usada em ambientes em que não há muita
familiaridade entre os interlocutores, como reuniões, entrevistas de empregos,
discursos oficiais, enfim, em ambientes e momentos que requerem formalidade e
seriedade.
A linguagem informal, por sua vez, é a linguagem que usamos no cotidiano. É uma
linguagem despreocupada em relação à norma padrão. É usada com os amigos, família,
com pessoas com as quais temos grande familiaridade e em ambientes
despreocupados, em que não se exige formalidade. Saber jogar com todas as formas de
linguagem e perceber sua influência nas relações sociais, dentre elas as que ocorrem
dentro do universo do trabalho, é o que começaremos a debater daqui para frente.
 
https://drive.google.com/a/ulbra.br/file/d/15YmaPgAUi9855scssxL10_44uFwOZnrs/view?usp=sharing
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REFERÊNCIAS
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. C. Gramática Reflexiva: texto,
semântica e interação. São Paulo: Atual, 2013.
ILARI, Rodolfo. Reflexões sobre língua e identidade. In: Diálogos entre língua, cultura e
sociedade. Org. Lilian do Rocio Borba e Cândida Mara Brito Leite. Campinas: Mercado
de Letras, 2013.
LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade. 4. ed. São Paulo: Ática, 2005.
ORLANDI, Eni Pulcinelli. O que é linguística. São Paulo: Brasiliense, 2006.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In:
MARCUSCHI, L. A. & XAVIER, A. C. (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro:
Editora Lucerna, 2004.
MOLLICA, Maria Cecília; BRAGA, Maria Luiza (Orgs.). Introdução à sociolinguística: o
tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2010.
REALE, Miguel. Cultura e Linguagem. Disponível em:
<http://www.miguelreale.com.br/artigos/cultling.htm>. Acesso em: 12 set. 2017.
SÁ, Edmilson José de. Estudos de Variação Linguística: o que é preciso saber e por
onde começar. São Paulo: Textonovo, 2007.
SALDANHA, Luís Cláudio Dallier. Fala, Oralidade e Práticas Sociais. Curitiba:
Intersaberes, 2016.
TERRA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.
CRÉDITOS
Coordenação e Revisão Pedagógica: Claudiane Ramos Furtado
Design: Luiz Specht
Diagramação: Marcelo Ferreira
Ilustrações: Rogério Lopes
Revisão ortográfica: Igor Campos Dutra
 
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Produzido por Núcleo de Audiovisual e Tecnologias Educacionais (NATE) - ULBRA EAD
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Todos os direitos reservados.
 
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