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COLÉGIO ESTADUAL BELMIRO SOARES PERÍODO DE REGIME ESPECIAL DE AULAS NÃO PRESENCIAIS - REANP AVALIAÇÃO DE FILOSOFIA - II BIMESTRE 2020 SÉRIE: 2º ANO Aluno(a) ___________________________________Nota____________ KANT: A PRIORI E A POSTERIORI – TRANSCENDENTAL E TRANSCENDENTE O ato de conhecer, pode ser dado a priori e a posteriori. Até Kant, a filosofia encontrava-se em um enorme debate entre Empiristas e Racionalistas, que questionavam qual a fonte do conhecimento: a experiência ou o intelecto, puramente. Kant não duvidou da possibilidade de se chegar a um conhecimento; o esforço epistemológico empreendido por ele pretendeu sanar o antagonismo entre as posições sobre a aquisição do conhecimento. Nem empirismo britânico, tampouco o racionalismo continental: Kant busca mostrar que, apesar do conhecimento fundar-se na experiência, a ela são impostas formas a priori do entendimento contidas na razão humana. Em sua epistemologia, Kant parte de um método reflexivo, ou seja, ele reflete sobre os conhecimentos racionais que o homem possui. A mudança que Kant propõe – chamada Revolução Copernicana – é de que, ao contrário de a razão do sujeito cognoscente ter de se adequar ao objeto cognoscível, deveriam os objetos ajustarem-se à razão cognoscente: há uma passagem, em teoria do conhecimento, de uma hipótese realista (conhecimento se modela sobre uma realidade dada) para uma idealista (o espírito intervém na elaboração do conhecimento). O intelecto, diz-nos Kant, possui 12 categorias. A Razão possui tão somente três ideias que não constituem objetos, mas são reguladoras das ações. São elas: • Ideia psicológica (alma); • Ideia cosmológica (do mundo como totalidade); • Ideia teológica (de Deus). Um juízo consiste na conexão de dois conceitos, dos quais um (A) sempre cumpre função de sujeito e o outro (B) a de predicado. Vejamos quais são, segundo Kant: - Juízos Analíticos: são juízos em que o predicado (B) pode estar contido no sujeito (A) e, por isso, ser extraído por pura análise. Isto significa que o predicado nada mais faz do que explicar ou explicitar o sujeito. Ex.: “Todo triângulo tem três lados”; - Juízos Sintéticos a posteriori: são aqueles em que o predicado não está contido no sujeito, mas relaciona-se a ele por uma síntese. Esta, porém, é sempre particular ou empírica, não sendo universal e necessária, portanto, não servem para a ciência. Ex.: “Aquela casa é verde”. - Juízos Sintéticos a priori: são juízos em que também o predicado não é extraído do sujeito, mas que pela experiência forma-se como algo novo, construído. No entanto, essa construção deve permitir ou antever a possibilidade da repetição da experiência, isto é, a aprioridade, entendida como a possibilidade formal de construção fenomênica, que permite a universalidade e a necessidade dos juízos. A experiência aqui não é a mera deposição de fenômenos na mente em razão da sequência das percepções, mas sim a organização da mente numa unidade sintética daquilo que é recebido pela intuição. Kant concorda com Leibniz que “nada há na mente que não tivesse passado pelos sentidos, exceto a própria mente”. Segundo Kant, são a priori os elementos do conhecimento (intuições, conceitos, juízos) independentes da experiência. Assim, por exemplo, a proposição "todos os corpos são extensos" é uma afirmação necessária e universalmente verdadeira (os juízos a priori são universais e necessários), existam corpos ou não; é uma verdade que não depende da experiência. O conhecimento é a posteriori quando só é possível através da experiência. Nossos conhecimentos experimentais, a posteriori, são os que nos fornecem as sensações, por exemplo: para que tenhamos o conhecimento de que o fogo queima, temos que experimentar o seu calor. Esse conhecimento não pode ser separado das nossas impressões sensoriais. O conhecimento a priori ou puro, não necessita da experiência sensorial para acontecer, além disso o conhecimento a priori é essencial e aplicado a tudo e a todos, por exemplo: a afirmação de que o triângulo tem três lados é uma afirmação que serve para qualquer tipo de triângulo em qualquer situação e em qualquer tempo. Eles são gerais e deles se originam discernimentos fundamentais. 1. Antes de Kant, a filosofia encontrava-se em um enorme debate entre Empiristas e Racionalistas, que questionavam qual a fonte do conhecimento, que era: a) juízos sintéticos e a sabedoria b) juízos analíticos e a inteligência c) ideia psicológica e cosmológica d) a experiência ou o intelecto puramente 2. A Razão possui tão somente três ideias que não constituem objetos, mas são reguladoras das ações: a) juízos sintéticos, juízos analíticos e sabedoria b) ideia psicológica, ideia cosmológica e ideia teológica c) Conhecimento a priori, a posteriori e analítico d) sabedoria, conhecimento e inteligência 3. O conhecimento é a posteriori quando: a) É produzido somente sem experiência b) Não é possível através da experiência c) Só é possível através da experiência d) Não tem ligação nenhuma com a experiência 4. A frase “Todo triângulo tem três lados” é um exemplo de: a) Juízo analítico b) Juízo sintético a posteriori c) Juízo sintético a priori d) Ideia Cosmológica 5. Segundo Kant, são a priori os elementos do conhecimento: a) intuições, conceitos, juízos b) sabedoria, inteligência e conhecimento c) juízos sintéticos, juízos analíticos e sabedoria d) Conhecimento a priori, a posteriori e analítico 6. Juízos Sintéticos a posteriori são: a) aqueles que significam que o predicado nada mais faz do que explicar ou explicitar o sujeito b) aqueles em que o predicado não está contido no sujeito, mas relaciona-se a ele por uma síntese. c) juízos em que também o predicado não é extraído do sujeito, mas que pela experiência forma-se como algo novo, construído d) aqueles que significam que o predicado é a essência do juízo e não faz mais do que explicar ou explicitar o sujeito 7. Kant parte de um método reflexivo, ou seja, ele reflete sobre os conhecimentos racionais que o homem possui. Que mudança propõe? 8. O que é a experiência nos juízos sintéticos a priori? 9. A proposição "todos os corpos são extensos" é uma afirmação necessária e universalmente verdadeira de qual tipo de juízo? 10. Quais são as ideias que não constituem objetos da Razão, mas são reguladoras das ações? “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” Immanuel Kant
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