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Aula 02 - Dierese e Dissecção Cadavérica - Módulo IV Tanatologia - IEOB - Auxiliar de Necropsia 2020.

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IEOB – Instituto Educacional do Oeste Baiano 
Curso de Aux. Em Necropsia 
Módulo IV - Tanatologia 
Biomédica Prof.ª Vitória Vale 
Diérese ou Dissecação Cadavérica 
 
• “Normas de execução das manobras tendentes a realizar o 
exame tanatológico, que é o conjunto de verificações que tem 
como centro o cadáver e por meta descobrir qual a causa da 
morte (médica e jurídica)”. 
Hilário V. de Carvalho, 1950 
 
• Até o Renascimento a compreensão da Anatomia Humana foi baseada na 
dissecação de animais com autópsia humana, consideradas uma afronta 
para a sociedade; 
 
• A Universidade italiana de Bolonha foi a primeira Instituição a utilizar 
autópsias forenses aprovadas no séc. 14 para resolver questões legais 
sobre as causas de morte; 
 
• 1533 a igreja católica ordenou autópsia nos gêmeos Joana e Ballester o 
para comprovar que eles tinham a penas uma alma; 
 
• No Séc. 18 o médico legista Giovanni Battista introduziu a ideia que as 
autópsias não nos forneciam apenas a causa da morte, mas também eram 
importantes par a diagnósticos e tratamentos (IMPORTANTE MARCO); 
 
• No Séc. 19 o patologista austríaco Karl realizou 30 mil autópsias e auxiliou 
outras 70 mil ; 
 
• A realização de autópsias também auxiliou cirurgias dentárias e de valvas 
cardíacas; 
 
• Quase sempre os pulmões apresentam alguma alteração, mesmo nas 
pessoas que são “saudáveis”; 
 
• Nos portadores de ALZHEIMER o cérebro tem cerca de 10% uma redução 
em seu volume; 
 
• Ao final do procedimento os órgãos podem ser incinerados ou armazenados 
em sacos e recolocados no corpo humano; 
 
• Há pouco esguicho de sangue durante uma autópsia já que o cadáver não 
se tem pressão sanguínea; 
 
• Órgãos pequenos, como a tireoide são pesados em balanças de precisão e 
os maiores em balanças de açougue. 
 
• INDIGENTES 
 
• DOAÇÃO VOLUNTÁRIA 
 
• ANIMAIS PERTENCENTES AO BIOTÉRIO (COM PRÉVIA 
AUTORIZAÇÃO) 
 
• Um médico-legista abre e analisa os órgãos de três cavidades do corpo: 
crânio, tórax e abdome para descobrir as circunstâncias e as causas da 
morte. 
 
Só três situações exigem esse tipo de exame: 
 
• 1) Morte violenta ou suspeita, quando o corpo é levado para o Instituto 
Médico Legal (IML); 
 
• 2) Morte natural em que faltou assistência médica ou por doença sem 
explicação, que fica a cargo do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO); 
 
• 3) Ou quando a doença é rara e precisa ser estudada, mais comum em 
hospitais acadêmicos. 
 
 
• Exame de local de morte ou de encontro do cadáver; 
• Esclarecimento da causa jurídica; 
• Tudo que estiver ao redor do corpo; 
• Objetos; 
• Vestes; 
• Exame externo do cadáver. 
 
ABDOME: 
 
• Grau de distensão ou depressão. 
• Manchas, cicatrizes, lesões nas regiões anatômicas. 
 
 
MEMBROS SUPERIORES: 
 
• Esfumaçamento (suicídio por PAF ) 
• Lesões de Defesa 
• Fratura Exposta de Rádio e Ulna 
 
 
MEMBROS INFERIORES: 
 
• Gangrena (Morte tecidual por falta de irrigação 
sanguínea) 
• Fratura Exposta de Tíbia 
 
DORSO: 
 
• Lesões 
• Tatuagens 
• Fixação, disposição e tonalidade dos livores. 
• Úlcera de decúbito Meningomielocele ( é o tipo 
mais grave de espinha bífida, um defeito 
congênito) 
 
GENITÁLIA EXTERNA: 
 
• Principalmente em homicídios e suicídios em 
menores. 
• Morte em presídios. 
• Exame períneo, vulva, vagina, hímen. 
• Se necessário: colher material anal e vaginal para 
pesquisa de espermatozoides e DNA. 
• Atentado Violento ao Pudor 
• Lesão Perianal 
Livro I: Do Processo em Geral 
Título VII: Da Prova 
Capítulo II: Do Exame do Corpo de Delito e das Perícias em 
Geral 
 
• Art. 162 - A autópsia será feita pelo menos seis horas depois 
do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de 
morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo (...). 
 
• Após o reconhecimento da família, o corpo é identificado com um número 
que remete a documentos como o RG e o Boletim de Ocorrência. Roupas e 
projéteis são enviados para o Instituto de Criminalística, da Polícia Científica, 
que faz perícias em locais e objetos. O cadáver é pesado e lavado com 
água e sabão; 
 
• Na sala de necropsia, o exame começa com a análise externa do corpo. 
Médico e auxiliar procuram furos de bala, lesões e até sinais que 
identificam o morto, como uma tatuagem ou uma cicatriz. Todos os detalhes 
são anotados e farão parte de um documento emitido pelo IML; 
 
• “O próximo passo é o exame interno, pela abertura das cavidades do 
cadáver e pelo exame minucioso de suas vísceras”, conta Roberto Souza 
Camargo, diretor do IML de São Paulo. Com um rasgo que vai do pescoço 
ao púbis e que pode ter formato de Y, de T ou de I, o legista tem acesso à 
caixa torácica e ao abdome. 
• Conferir papeleta enviada 
• Anotar roupas e acessórios - despir o cadáver 
• Lacre e pulseira com nome/número de registro do cadáver 
• Parâmetros antropométricos 
• Sinais particulares 
• Planilha dactiloscópica 
• Coleta de objetos 
• Exames de imagem 
• Fotografar quando necessário 
 
 
 
• Toxicológico; 
• Anatomopatológico; 
• Confronto genético; 
• Outros. 
 
• Álcool etílico apenas: 5 ml de sangue 
 
• Álcool etílico + Drogas e/ou medicamentos : 40 ml de sangue; urina todo o volume 
disponível (mesmo que pouco); estômago fechado com seu conteúdo; Fígado e Rim 100 g 
cada. 
 
• OBS: Canabióides (maconha): Somente urina (40 ml ou mais). 
 
• Praguicidas: Estômago fechado com seu conteúdo. 
 
• Agentes voláteis (álcool metílico, monóxido de carbono etc.): 5 ml de sangue; 50 g de 
pulmão. 
 
• Íons Cianeto: 5 ml de sangue; estômago fechado com seu conteúdo. 
 
• Agentes metálicos (arsênico): Estômago fechado com seu conteúdo; Fígado e Rim 100 g 
cada. 
 
 
• Exame externo: descrever minuciosamente as alterações 
encontradas. OBS: Código de Processo Penal: Art. 165. 
 
• Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, 
quando possível, juntarão ao laudo do exame provas 
fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. 
 
• Lavar o corpo 
• Abertura das cavidades 
 
Artigo 162 
 
Parágrafo único. 
• Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo 
do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou 
quando as lesões externas permitirem precisar a causa da 
morte e não houver necessidade de exame interno para a 
verificação de alguma circunstância relevante. 
 
 
No contexto da evolução das técnicas de autópsia, podemos mencionar: 
 
• A técnica de Morgagni, 
• Orfila, 
• Rodrigo, 
• Matta, 
• Marco, 
• Virchow, 
• Ghon, 
• Letulle, 
• Rokitansky, 
• Letamendi. 
 
Atualmente, o uso do método Virchow tem sido generalizado com algumas modificações que permitem 
reduzir o tempo de autópsia e, ao mesmo tempo, facilitar o acesso a maioria das estruturas e órgãos 
viscerais. 
 
Essa técnica é ideal em autópsias menos complexas, como eventos de trânsito e mortes naturais. 
 
• Técnicas: Cada serviço de Patologia tem sua própria técnica de 
necropsia, que na verdade é variante de uma das quatro 
técnicas básicas - de Virchow, Ghon, M. Letulle e de Rokitansky. 
 
• Virchow: órgãos retirados um a um e examinados 
posteriormente. 
 
• Ghon: evisceração por monoblocos de órgãos 
anatomicamente/ou funcionalmente relacionados. 
 
• Letulle: um só monobloco. 
 
• Rokitansky: retirada de órgãos após exame "in situ" 
 
• Esta é a primeira técnica de Necropsia completa descrita e baseia-
se em três conceitos : ectoscopia, avaliação dos órgãos e inspeção 
do monobloco. 
 
• Foi desenvolvida em 1842 por Carl Von Rokitansky, o qual realizou a 
associação dos sintomas das doenças com lesões verificadas nos 
cadáveres. 
 
• Os órgãos do cadáver são abertos e examinados no sítio anatômico 
(dissecção visceral in situ e análise das estruturas anatômicas in locu), 
sendo retirados isoladamente logo em seguida. Para retirada dos 
órgãos, é seguido o sentido cefalocaudal.Assim, este tipo de análise 
é fundamentado na anatomia organológica. 
 
• Esta técnica foi desenvolvida em 1900. É realizada uma incisão nas 
cavidades torácica e abdominal e o conteúdo é retirado em um único 
bloco. 
 
• Realiza- se primeiramente a ectoscopia (exame externo), verificando 
nesta etapa o desenvolvimento do esqueleto, anotando possíveis 
deformidades e anomalias, estado de nutrição, fenômenos 
cadavéricos, aspecto da pele (incluindo lesões, cicatrizes e tatuagens) 
e secreções. 
 
• Realiza-se o estudo do crânio e medula espinhal, em seguida do 
pescoço, tórax, abdome e vísceras. A finalização dos procedimentos 
de Necropsia ocorre com a devolução das vísceras ao interior do 
cadáver, restauração e limpeza do corpo. 
 
• Esta técnica foi desenvolvida em 1890 por Anton Ghon, o qual 
modificou a técnica de Rokitansky. A evisceração do cadáver ocorre 
por monoblocos de órgãos que são agrupados por semelhanças 
anatômicas ou funcionais. Nesta técnica o exame interno é realizado 
na seguinte ordem: 
1) Abertura do Crânio (remoção do cérebro e remoção da hipófise). 
2) Abertura da cavidade toracoabdominal (com incisão descendente 
em forma de Y). 
 
• 1º Monobloco - Estruturas anatômicas que se encontram no 
mediastino e se estendem aos pulmões e órgãos da boca e pescoço. 
• 2º Monobloco - Sistema Digestivo. 
• 3º Monobloco- Sistema urogenital masculino ou feminino. 
• 4º Monobloco- Segmento terminal do duodeno, jejuno, íleo e cólon. 
 
 
Foi desenvolvida em 1893 por Rudolf Virchow. Todos os órgãos são removidos 
(individualmente) e examinados cuidadosamente, fora do local anatômico. É 
importante na patologia forense e requer um conhecimento profundo de 
anatomia. Realiza- se uma incisão medial, com início na margem inferior do 
mento até o púbis, descolamento dos tecidos moles e retirada dos órgãos, um 
por vez. Cada órgão é examinado de forma extremamente detalhada. 
 
• Cabeça : A técnica Matta é seguida, sem raspar ou cortar o cabelo, é feito 
um corte que vai do pavilhão de uma orelha à outra, passando pelo vértice 
o mais inclinado possível para trás. 
 
• Pescoço : O corte de Rodrigo é usado. Incisão média do queixo ao garfo 
esternal. 
 
• Tórax e abdômen: o corte de Marco é usado. No meio, corte o tronco da 
alça esternal até o púbis passando à esquerda do umbigo. 
Ghon Rokitansky Letulle 
• Nos IMLs as técnicas mais usadas são as de Virchow e Letulle. Estas técnicas 
foram desenvolvidas por médicos brilhantes. 
 
• A técnica de Rokitansky é muito prática em exames no IML e SVO (serviço 
de vigilância de óbito), devido sua praticidade. Quando em morte natural, o 
médico vai examinar a fundo o ponto de óbito ou seja; vai direto na causa 
da morte. 
 
• Na técnica de Letulle, a retirada completa serve para exames detalhados 
de vísceras e muito útil também em SVO. 
 
• A técnica de Virchow é mais usada em IML para casos de morte natural, 
onde se examina por dentro, mas pra retirar vai direto na causa da morte. 
 
• A técnica de Ghon é mais usada em SVO, principalmente nos Hospitais 
escola. 
 
• O objetivo da autópsia neuropatológica é estudar de maneira regulada as 
possíveis lesões que possam ter ocorrido na sistema nervoso ou para estudar 
uma doença neurológica. 
 
• Qualquer que seja a maneira de adoecer, a autópsia deve ser realizada 
com os mesmos procedimentos de extração e amostragem do sistema 
nervoso mesmo, variando apenas a quantidade e a localização das 
amostras quando se trata de doenças neurológicas primárias. 
 
• Em geral, este estudo deve ser dividido em duas partes: 
 
A) autópsia craniana (extração e estudo do cérebro) 
 
B) autópsia da coluna vertebral (extração e estudo da medula espinhal, 
raízes e nós posteriores). 
 
 
1. É feita uma incisão coronal bimastoide no couro cabeludo, 
resultando em dois retalhos dissecados para frente e para 
trás, respectivamente. 
 
2. Os músculos temporais são então desintegrados e o osso é 
liberado da aponeurose epicárdica. 
 
3. O crânio é cortado com uma serra na base da concha, a 
profundidade do corte não deve exceder a dura-máter e 
cuidados especiais devem ser tomados para não rasgar as 
outras estruturas internas 
• Para realizar a abertura da parede torácica e do abdome, 
existem várias técnicas, geralmente realizadas através de uma 
incisão que segue a linha média, da região submental ao púbis, 
porém, às vezes, ela pode ser aberta através de uma incisão 
em T, U ou Y. 
• Secção da pele do pescoço daquela do tórax e dissecção da 
mesma até a face interna da mandíbula para penetrar-se na 
cavidade oral. 
 
• Liberação do segmento cervical ao nível do palato duro e 
coluna cervical. 
 
• A evisceração implica também na abertura e/ou secção das 
vísceras bem como na retirada de fragmentos de tecido para o 
exame microscópico. 
 
Carbonizados 
 
• Cadáveres com os tecidos reduzidos ao estágio de carvão 
• Destruição de tecidos moles e de ossos (Spitz) 
 
Dificuldades 
 
• Superposição de ações lesivas 
• Mascaramento das lesões corporais 
• Desaparecimento total ou parcial de tecidos 
• Momento de ocorrência das lesões (vital ou pós mortal) 
 
Fragmentados 
 
Esquartejamento 
 
• Fragmentação do corpo nas articulações (em quartos) 
 
Espostejamento 
 
• Fragmentação do corpo em postas. 
• Não respeita as articulações 
• Ofensivo: matar e vilipendiar o cadáver 
• Defensivo: ocultação do cadáver 
 
Analisar o cadáver de acordo com a causa mortis, por exemplo: 
 
• Enforcamento: Analisar petéquias pulmonares, fratura do osso hioide; 
 
• Projétil de arma de fogo: Analisar quais órgãos foram lesados, quais os trajetos 
dos projéteis, retirar os projéteis; 
 
• Afogamento: Presença provável de cogumelo de espuma, presença de líquido 
na traqueia, petéquias pulmonares; 
 
• Acidente de trânsito: Quais locais e tipos de lesão, e qual delas levou ao óbito; 
 
• Queda: Sendo da própria altura pode até ter sido causa natural, mas com a 
lesão externa é necessária a necropsia por morte não natural; verificar locais e 
tipos de lesão e qual delas levou ao óbito. 
 
• Geralmente, a técnica de necropsia utilizada em fetos, recém-
nascidos e lactentes é similar à que se emprega em indivíduos 
adultos, com algumas variações que serão discutidas adiante. Há de 
se considerar que a maior dificuldade nesse tipo de exame encontra-
se na grande diferença de tamanho, pois seus órgãos são 
comparativamente menores. 
 
• Uma série de mensurações essenciais devem ser incluídas no exame 
externo, como peso corporal, comprimentos cabeça-calcãneo e 
cabeça-nádega, bem como a aferição do diâmetro biparietal e das 
circunferências da cabeça, do tórax e do abdome. O peso dos 
órgãos internos maiores, sobretudo cérebro, coração, pulmões, timo, 
fígado, baço, rins e adrenais, também deve ser medido. O 
comprimento do fémur é de importante valia no cálculo da idade 
gestacional. 
 
• Em fetos com menos de 12 semanas de gestação ou comprimento inferior a 70mm, como 
são muito pequenos, o método recomendado e acessível consiste no corte global do 
embrião em fatias de aproximadamente 1 cm, para exame em microscópio de dissecção. 
A partir do segundo trimestre de gestação, pode-se proceder à necropsia convencional, 
com remoção dos órgãos em bloco para inspeção, deixando os rins, os ureteres e a 
bexiga in situ para exame posterior. 
 
• Com relação ao exame da cabeça, utiliza-se a incisão bimastóidea , assim como no 
adulto . O uso corrente de abrir o crânio com serra é eficiente para crianças maiores, 
ainda que não seja aconselhável em fetos e recém-nascidos, nos quais está indicado o 
emprego de tesouras fortes para efetuar um corte em forma de cruz, no senti do das 
fontanelas e linhas de sutura, separando-se os ossos como se fossem pétalas de uma flor. 
 
• A incisão externa do pescoço e do tronco pode ter iníciona região submentoniana ou 
biacromial, seguindo a linha média nas regiões esternal e epigástrica, onde deverá 
cercar o umbigo de ambos os lados, com desvio oblíquo para baixo e para fora, em 
forma de "V" invertido, para garantir a integridade dos vasos sanguíneos umbilicais 
durante a sua apreciação. 
Recomposição do cadáver 
 
• Terminada a evisceração os órgãos normais podem ser 
recolocados nas respectivas cavidades enquanto que os lesados 
precisam ficar retidos em bandejas guardadas na câmara 
frigorífica para eventual estudo anatomo-clínico. 
 
• A pele, tela subcutânea e músculos da parede seccionados 
para incisão, são suturados em chulei o com fio grosso ou 
barbante por meio de agulha manual ou montada em porta 
agulha. 
 
• Com o cadáver aberto, retirar o sangue e aplicar algodão ou pano na 
cavidade toracoabdominal. 
 
• Colocar as vísceras examinadas. 
 
• Aplicar serragem, misturar bem a serragem com as vísceras e acrescentar 
mais serragem após colocar todas as vísceras. 
 
• Suturar e lavar o cadáver 
 
• A sutura é feita quando o corpo estiver preenchido. A serragem não pode 
ficar entre os pontos. 
 
• O esterno é colocado de forma a não mostrar altas saliências. 
Crânio 
 
• Estancar a saída do canal vertebral com algodão e pano 
• Envolver um pano com muita serragem e colocar apertadamente preenchendo toda cavidade cranial. 
• Colocar a calota de forma firme. 
• Juntar firmem ente o couro cabeludo 
• Iniciar suturas 
 
SUTURAS 
 
• A agulha entra na epiderme e leva a linha transfixando a derme. A agulha sai e entra na derme 
internamente e sai na epiderme. 
• Com uma mão manipula-se a agulha 
• Com outra mão segura-se a pele e puxa a linha, com muito cuidado pra não furar o dedo. 
• Deve-se tomar cuidado com a saída da agulha 
• Observar se há saída de vísceras do corpo no ponto. Não pode ocorrer 
 
• Os pontos devem ser dados com um centímetro um do outro 
• Fazer pontos fora->pra->dentro/dentro->pra->fora, ou por outras técnicas adequadas 
• A suturas devem ser bem unidas e firmes 
• O instrumental utilizado é semelhante ao usado em cirurgia 
geral, porém menos variado, podendo para o uso corrente 
ficar limitado aos seguintes instrumentos: bisturi, facas de 
lâminas curta e longa, tesouras reta e curva, enterótomo, pinças 
anatômicas e dente de rato, pinça de Kocher, costótomo, 
rugina, serra, régua metálica, balança, bandeja para colocar 
os órgãos, agulha manual ou com porta-agulha, fios de sutura 
grosso ou barbante. 
 
Materiais para a realização das necropsias: 
 
1. Rugina; 
2. Costótomo; 
3. Faca ou bisturi; 
4. Concha; 
5. Martelo; 
6. Formão 
7. Serra (elétrica ou manual); 
8. Tentacânula; 
9. Agulha; 
10. Tesoura; 
11. Pinça; 
12. Linha; 
13. Trena 
 
• O mobiliário essencial deve constar de uma mesa de autópsia 
preferentemente de aço inoxidável com canaletas para escoar 
o sangue e de uma pia funda. 
 
• Deve haver uma mesa para o instrumental do necroscopista 
outra para seccionar as peças e uma terceira com uma 
balança. 
 
• No recinto do serviço de anatomia patológica é óbvio instalar 
uma câmara frigorífica regulada de -5º C a +5º, para 
conservação de cadáveres ou peças frescas. 
 
1) VISÃO 
 
O primeiro sentido que se perde é a visão. Logo após, perde-se paladar, olfato e tato, respectivamente. Por último, a 
audição se desliga. 
 
2) RESISTÊNCIA NATURAL 
 
Corpos orgânicos ser vem de forma excelente como adubo. Existem, inclusive, caixões ecológicos que ajudam o planeta 
com a decomposição dos corpos humanos. No entanto, o corpo humano tem demorado mais par a se decompor. Um dos 
principais motivos é que estamos consumindo produtos com conservantes em maior volume. 
 
3) A MORTE MAIS CARA 
 
A morte mais cara da história foi a de Alexandre Magno, conhecido como Alexandre, o Grande. Caso ela fosse 
construída hoje, custaria por volta de R$ 2,5 bilhões na cotação atual. 
 
4) A SOLIDÃO DO ESPAÇO 
 
Conhece Star Treck? Aquele filme popular entre os nerds? Pois saiba que o criador dele, Gene Roddenberry foi a 
primeira pessoa em toda história a ter suas cinzas jogadas no espaço 
 
5) Existe diferença entre necropsia e autopsia? 
 
• Sim, existe! 
 
• A principal diferença e que autopsia só pode ser realizada em seres humanos, já anecropsia 
pode ser realizada tanto em animais quanto em humanos. 
 
• E interessante comentar que auto (do grego salTot; / autos, eu mesmo, ele mesmo, mesmo) 
exprime a noção de próprio, de si próprio, por si próprio. Refere-se a necropsia feita em 
humanos. 
 
• Já o termo necro (do grego antigo nekros, morto, apodrecido) refere-se ao que esta morto. 
 
• Apesar de impróprio, o termo "autópsia" está consagrado pelo uso, fator importante quando 
se trata de língua. Segundo Pedro Pinto, no sentido de exame cadavérico, o vocábulo foi 
primeiramente empregado por Alemanus, que entendia que o médico legista, ao examinar o 
corpo de um cadáver, observava-se a si mesmo, ou seja como um espelho. 
1) Local adequado (quando possível); 
 
2) Proteção eficiente da equipe (operador e assistente); 
 
3) Limpeza Rigorosa, antes, durante e após os procedimentos; 
 
4) Operador posicionar se a direita do cadáver, sempre que 
possível; 
 
5) Descrição minuciosa das lesões, relacionando os pontos de 
referenda próximos; 
 
6) Secção metódica; sempre abrir apenas as cavidades cefálicas, 
torácica e abdominal, quando houver indicação para abrir outras 
porções, iniciar pelo local suspeito; 
 
7) Não sondar, em hipótese alguma , para calcular profundidade 
ou determinar a direção, e mais indicado dissecar até atingir a 
cavidade ou a saída para o exterior; 
 
8) Não ultrapassar a linha de incisão sobre uma lesão externa e 
desvia-la; 
 
9) Examinar as lesões viscerais com o mesmo seguimento das 
lesões externas; 
 
10)Nos cortes praticá-los de forma a não dividir o órgão 
examinado; 
 
11) Adequar a técnica da necropsia conforme as 
necessidades e estado do corpo; 
 
12) Ao fazer a descrição do que foi observado no exame 
necroscópico deve-se registrá-lo de maneira impessoal; 
 
13) A Declaração do Diagnóstico e feita exclusivamente pelo 
Medico Legista; 
 
14) Lembre-se: “a necropsia não é uma retalhadura ou 
esquartejamento de um corpo, mas sim, uma análise 
sistemática, científica e conservadora de um cadáver” (H. 
Veiga de Carvalho). 
• Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. (2007). Órgãos e tecidos que podem ser doados. [online], 
Disponível em: http://www.abto.org.br/profissionais/profissionais.asp#. Acesso em: 04/03/2020. 
 
• ESPÍNDOLA, R.F. et al. Conhecimento de estudantes de medicina sobre o processo de doação de córneas. Arquivo 
Brasileiro de Oftalmologia, São Paulo, v.70 n.4,p.581,584, jul./ago. 2007. 
 
• Hennezel, M. (2006). Morrer de olhos abertos. Portugal: Casa das Letras. 
 
• Manual de Dissecação humana de Shearer. 8 ed. Editora Manole. São Paulo. 
 
• Professora Jacqueline. Técnicas de necropsia. Disponível para acesso em: 
<https://www.passeidireto.com/lista/74126139-dissecacao-cadaverica-humana/arquivo/73904150-tecnicas-de-
necropsia-aula-2>. Acesso em: 04/03/2020. 
 
• Cleyber Navarro Sandoval, Médico Legista. Curso de especialización en técnicas de Necropsia: examen interno: 
técnicas de incisión. Disponível para acesso em: <https://www.passeidireto.com/lista/74126139-dissecacao-
cadaverica-humana/arquivo/42156416-tecnicas-necropsia-curso>. Acesso em: 04/03/2020. 
 
• Talita Zerbini. Curso de Necropsia Forense. Disponível para acesso em: 
<https://www.passeidireto.com/lista/74126139-dissecacao-cadaverica-humana/arquivo/52735640-curso-de-
necropsia-forense-ribeirao-preto-2016-pdf>. Acesso em: 04/03/2020. 
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