Buscar

TCC SUICIDIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

[Digite aqui]
Suicídio entre jovens e adolescentes brasileiros
Amanda de Moura Sciorlia-amandamourasciorlia@gmail.com
Avaliação Psicológica
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
São Paulo, SP, 20 de dezembro de 2019
Resumo 
Este trabalho tem como objetivo chamar atenção para um tema que se tornou um, problema de saúde pública que é o “suicídio entre jovens brasileiros.”
A partir da questão abordada surgem diversos questionamentos, como: Quais os motivos que levam um jovem a tirar a própria vida? Que medidas poderiam ser tomadas para minimização dos casos de suicídios entre jovens e adolescentes? Essa pessoa teve algum tipo de suporte emocional? Existem programas de apoio às pessoas com ideação ou comportamentos suicidas? Quais os indícios ou principais fatores de risco para o suicídio? Através da Psicologia, a Avaliação Psicológica e o tratamento terapêutico podem auxiliar nesta questão? 
Com intuito de poder responder esses questionamentos foi necessário realizar um levantamento de dados sobre motivações para tentativas de suicídios e suicídios cometidos na fase da adolescência, e analisar as possibilidades para prevenção.
Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram utilizados livros, artigos científicos e, sites que discorrem sobre o assunto. Os resultados encontrados indicam que existe uma precariedade de recursos para os cidadãos que mais carecem de serviços de prevenção, mas existem alguns canais gratuitos que realizam atendimentos, que podem auxiliar a população e o ato de procurar auxilio psicológico pode ajudar significativamente.
Palavras-chave: Suicídio, Adolescência, Motivações, Prevenção, Avaliação Psicológica.
1. Introdução
Anos após anos sem entender as motivações reais que fazem as pessoas acreditarem que não vale mais a pena viver, vendo suicídios de pessoas de todas as etnias, crenças e classes sociais, pessoas que supostamente “tinham tudo”, como a ex-atriz da globo Leila Lopes, a ex-miss Ilhéus e estudante de medicina da Universidade Federal da Bahia(UFBA), o ex-integrante da banda Charlie Brow Jr. Champignon, a blogueira Alinne Araújo, vizinhos, jovens conhecidos, me interessei pelo tema e decidi procurar entender o que leva uma pessoa a tal descrença no futuro e a falta de vontade de viver, que faz com que ela tome essa atitude tão drástica e irreversível.
Como está cada vez maior o número de suicídios, entre jovens e adolescentes no Brasil, este é um assunto que desafia especialistas de todo o país, chegando a ser considerado um problema de saúde pública.
Esta pesquisa possui caráter qualitativo e quantitativo, que visa demonstrar as motivações do suicídio, políticas de prevenções e tratamentos especializados que podem ser assertivos para essa questão. Visa demonstrar também a importância do atendimento psicológico e o psicodiagnóstico no curso do tratamento, como a identificação precoce de risco e minimização do impacto do suicídio na sociedade brasileira.
Neste contexto irei disponibilizar casos, dados estatísticos, estudos, que ilustram o grau de complexidade e problematização do suicídio no Brasil e no mundo, com enfoque elevado na fase da adolescência, com intuito de destacar a grande importância, da intervenção e prevenção, através de tratamentos especializados para públicos que apresentam maior probabilidade de cometer suicídio em algum momento da vida. Além de discorrerem pelas principais características da adolescência e juventude e sinais que podem ser indicativos que o adolescente necessita de ajuda para lidar com as situações enfrentadas.
Apesar de ser um problema iminente, o suicídio normalmente não costuma ser muito noticiado, diferente de outros tipos de violência. Acredita-se que divulgar um suicídio é uma forma encorajar\incentivar outras pessoas a cometer o ato, por tomarem suas histórias como exemplo ou até mesmo por identificação.
Portanto, existem suas exceções, sendo uma delas atos de terrorismo, como ocorreu em diversos países com os “homens bombas”, visto por eles como ato heroico e religioso; outra quando antes de cometer o suicídio, o indivíduo comete homicídio, como ocorrem com vários casais que diante de situações de extrema frustração, decidem tirar a vida do companheiro(a) e a sua em seguida; e por fim em casos em que o suicida é alguém de bastante prestígio como as celebridades, Robin Williams, astro do cinema, Kurt Cobain, vocalista da banda Nirvana, Walmor Chagas, renomado ator do teatro, cinema e televisão, entre diversos outros famoso.
Bertolote (2012), vê o suicídio como a pior das tragédias humanas por não representar somente um sofrimento insuportável, mas também causar uma dor infinita e muitos questionamentos para os seus entes queridos.
De acordo com o dicionário Michaelis, a palavra suicídio significa ruina, ou desgraça provocada a si mesmo, espontaneamente ou por falta de discernimento.
Dado o significado, também é curioso sabermos a epistemologia da palavra, utilizada pela primeira vez no ano de 1737 por Desfontaines que tem origem do latim e da junção de duas palavras sui (si mesmo) e caederes (ação de matar).
Ao falarmos sobre suicídio seria impossível não pensar em David Émile Durkheim, que foi um filosofo, fundador da sociologia. Ele se interessou muito pelo suicídio, chegando estuda-lo a fundo com intuito de entender suas motivações. 
Durkheim acreditava que o suicídio era um fenômeno social e em sua teoria diferencia os suicídios em três tipos. O suicídio altruísta, que ocorre quando o indivíduo acredita que sua vida tem um valor menor e a sacrifica-a, acreditando que é em prol de um bem maior, o suicídio egoísta, como o nome sugere, está relacionado ao ego e ocorre quando o indivíduo com um olhar voltado para si exclusivamente e devido as frustrações perde o motivação de viver, e finalmente o suicídio anômico, que refere-se a anomia social, onde o indivíduo possui tamanha a descrença na sociedade e instituições públicas e este motivo induze-o ao suicídio. 
Durkheim (2000), por ver o suicídio como um fenômeno sociológico, comparava a quantidade de suicídio cometidos por protestantes e católicos devido ao controle e integração social, considerando o suicídio um fato social e não uma questão psicológica individual, porque caso fosse sofreriam grandes discrepâncias e não seguiriam uma ordem, como acontecia de fato.
Desde então, muitos estudiosos tem se dedicado ao tema com muito interesse e seriedade, e existem diversas pesquisas no Brasil e no mundo sobre o assunto, procurando encontrar respostas para um ato tão devastador que é atentar contra a própria vida. 
Segundo Bertolote (2012) professor, medico, psiquiatra e estudioso do tema, o suicídio não é um problema atual, trata-se de uma prática muito antiga, e o ato era visto como o mais terrível dos pecados pela igreja católica. Na idade média era enxergado como um crime, por lesar os benefícios da coroa, e em decorrência desta atitude os familiares dos suicidas sofriam as consequências perdendo todos os bens, até que no final do século XVIII, médicos passaram a enxergar o suicídio de forma patológica, como insanidade mental.
O mesmo ator também explica que somente no final do século XX e no início do XXI, que ocorreu a consolidação do suicídio visto com um problema de saúde publica e foi dado ênfase em sua prevenção. Onde sua abordagem tornou-se transdisciplinar englobando a filosofia, medicina, psicologia e sociologia.
2. Desenvolvimento
Adolescência e o Suicídio
Como o público alvo desta pesquisa é o adolescente, é imprescindível conhecer um pouco melhor o funcionamento psicológico, biológico, social, desta fase.
 A adolescência é uma etapa da vida em que tudo é experienciado de maneira intensa, é o momento que indivíduo deixa de se identificar com algumas e começa a se identificar com outras, trata-se de um período de transição da infância para fase adulta. Por este motivo é natural ser uma fase tão conflituosa cheia de dúvidas, curiosidades, conflitos, incerteza, inseguranças, descobertas, medo, alterações hormonais entre outras oscilações.
De acordo com Sampaio (1991),a adolescência trata-se uma etapa do desenvolvimento que ocorre desde a puberdade até a idade adulta, fase onde o conjunto das alterações psicobiológicas começam a sua maturação até à idade em que se instala um sistema de valores e crenças e identidade concreta. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), descreve no artigo 2º da página 9, que considera como adolescente indivíduos na faixa entre 12 e 18 anos. Explica que essa faixa etária se refere a uma fase de intensas mudanças, sendo então uma etapa da vida onde existe as maiores de transformações emocionais, sociais e físicas. 
Para Organização Mundial da Saúde (OMS) a definição cronológica de adolescentes varia em indivíduos entre 10 e 19 anos. 
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera polução jovem entre 15 e 24 anos, e este critério é utilizado para fins estatísticos. 
Neste contexto para uma pesquisa mais abrangente consideraremos indivíduos entre 10 e 24 anos como jovens e adolescentes.
Segundo a (OMS), no Brasil, houve um crescimento de casos de suicídio na faixa etária de 10 a 14 anos, que aumentou 40% em dez anos e 33,5% entre adolescentes de 15 a 19 anos. Os índices suicídios, entre jovens e adolescentes de 2007 em comparação aos resultados 2016, demonstra que houve um aumento de 18%. Esses números são preocupantes, levando em consideração esse aumento, podemos considerar existe um problema em crescimento, e as políticas preventivas não estão conseguindo diminuir essa incidência.
De acordo com o “Guia de Referência, Avaliação do Risco de Suicídio e sua Prevenção”, existem fatores específicos internos e externos, que podem aumentar a probabilidade de suicídio no jovem e adolescente. Esses fatores são chamados fatores de risco, sendo eles; história de suicídio ou tentativas na família; abuso físico e sexual; falta de cuidado provido pelos pais; pouca comunicação familiar; brigas frequentes com agressões em casa; separação ou morte de pais, autoridade excessiva dos pais; falta de tempo dos pais ou cuidadores, psicopatologia dos pais; abuso de álcool e outras substâncias pelo país; rejeição; negligencia e pais adotivos. Geralmente esses fatores externos são resultantes de fatores internos de risco, como: baixa autoestima, desmotivação, ansiedade, tristeza, preocupação, medo entre outros.
O mesmo guia, também destaca que da mesma forma que fatores negativos podem ser um risco, existem os fatores protetivos, que auxiliam o jovem e o adolescente a desenvolver a autoconfiança, maior facilidade resolução de conflitos, resiliência para enfrentamento de fatores estressorres e superação de fases conturbadas. São considerados como fatores protetivos, relações de amizades, vínculos afetivos; dentro de casa, um lar onde se é estabelecido bons relacionamentos interpessoais, cuidados necessários, proteção, atenção e dialogo. Portanto é importante saber que deve ser levando em consideração que estes fatores devem considerar todo o histórico de vida do indivíduo e não apenas o momento atual.
Pesquisas apontam que dentre jovens e adolescentes que tentaram ou cometeram suicídio, ao investigarmos a história de vida, provavelmente teremos um ou mais dos fatores de risco apresentados anteriormente como algo relevante para decisão.
Os problemas familiares são muito impactantes na vida dos jovens, muitos não procuram ajuda fora do âmbito familiar, algumas vezes por medo de ser reprendidos em casa, outras vezes por cumplicidade a seus pais ou cuidadores ou até mesmo por não terem coragem de expor situações tão conflituosas para pessoas de fora do seu convívio habitual. 
Essas preocupações, podem ir se tornando angustias, ansiedades e desmotivação e de acordo com Durkheim (2000), o desespero também é algo relevante e um fator propicio ao suicídio, por ser um sofrimento angustiante que causa uma infelicidade intensa, uma dor insuportável que toma conta dos pensamentos do indivíduo.
A conduta do adolescente pode dizer muito a seu estado emocional, podendo sinalizar sofrimento psíquico, através da mudança repentina nas atitudes e deve ser analisada pelos pais, professores ou cuidadores. Devem ser observados comportamentos de agressividade, desanimo, revolta, falta de interesse em atividades que antes realizava com prazer (anedonia), falta de apetite, irritação frequente, queda de desempenho escolar, má conduta, sentimento de culpa, faltas não justificadas e consecutivas na escola, brigas frequentes com amigos e isolamento. Conforme acredita Sadock (2007), todos esses sintomas acabam, afetando significativamente a vida interpessoal, social e profissional do indivíduo.
Atualmente existem muitos casos de depressão na adolescência, que pode ser resultante de alguma dificuldade situacional que o jovem pode estar enfrentando ou ter origem orgânica (casos menos frequentes). O jovem que apresenta comportamentos diferentes do esperado, pode estar passando por um momento depressivo ou conflituoso. Porém, é imprescindível considerar que o que diferencia a normalidade da anormalidade no comportamento do adolescente é o período em que as atitudes se estendem. 
Estar atento ao comportamento do adolescente e ter uma boa interação para dialogar sobre as dificuldades podem ajudar muito. 
Para poder auxiliar o jovem que está passando por algum período de conflito, é imprescindível que pais, responsáveis ou professores, tenham estabelecido uma relação de confiança com o adolescente. É importante estar atento que caso os comportamentos negativos mantenham uma certa frequência, a ajuda de um psicólogo se faz necessária, para auxiliar no tratamento e evitar consequências mais graves.
Para Dutra (2001), é muito importante conhecer a os tipos de comportamento e ideações suicidas em adolescentes para poder trabalhar intervenções preventivas e promover educação para saúde dos mesmos.
O mesmo autor, também ressalta a relevância de trabalhar não somente com os adolescentes, mas também com a população em geral. Enfatiza a importância da ação do profissional de saúde para tratar questões como essas, que são capazes de prevenir o suicídio.
De acordo com o Ministério da Saúde (2018), no Brasil entre os anos de 2012 e 2016 foram registrados 15.213 casos de suicídios cometidos por jovens. Com uma média de 3.043 suicídios entre jovens e adolescentes por ano. O suicídio passou a ocupar o quarto lugar no ranking como principal causa de mortes nesta faixa etária no país. Veja no gráfico como houve um crescimento do número de mortes por suicídio na população jovem, mesmo sendo pequena a variação anual entre 2012 e 2016.
Figura 1. Organização Mundial da Saúde, 2018 - Folha informativa. 
Com relação a juventude existe uma serie de precauções que devem ser tomadas pelos pais e responsáveis, pois facilitadores também podem se tornar vilões em algumas ocasiões.
O Ministério Público do Paraná, alerta pais com a relação ao acesso à internet na juventude, a internet atualmente que traz diversos benefícios, como acesso à informação, conectividade, facilidades cotidianas, também pode trazer perigos. 
Há alguns anos, jovens por meio da internet foram influenciados a se mutilarem e tirarem a própria vida pelo clandestino e misterioso “jogo da baleia azul”. As vítimas eram sempre adolescentes que eram escolhidas pelo Face book, e os desafios eram passados também pelo WhatsApp. Acontecia da seguinte forma, uma quadrilha escolhia suas vítimas e enviava convites, em seguida induzia os jovens vulneráveis escolhidos a participar do jogo, onde propunham ao adolescente 50 desafios, entre eles a automutilação e como última etapa do jogo sugeria o suicídio, e após entrar no jogo caso não cumprissem as provas os jovens eram ameaçados de terem suas famílias assassinadas. 
É importante estar atento aos perigos que os jovens estão expostos nessa nova era da comunicação e acessibilidade.
Outra fatalidade que ocorreu recentemente foi o ataque na escola estadual Raul Brasil em Suzano, o crime cometido por dois adolescentes Guilherme Taucci de 17 anos e Fabricio Tsutsuide 25. Os jovens após matarem dez pessoas e ferirem 23 entre alunos e funcionários, se suicidaram. De acordo com os noticiários, o jovem Guilherme tinha problemas familiares, passava pelo processo de luto por ter perdido sua avó que foi quem o criou, e sofria bullying o que pode ser um dos motivadores do crime. Há relatos de que ele gostava jogos violentos pela internet, fator que pode ter influenciado a ideia da chacina.
A adolescência, além de uma fase de repletas mudanças e uma etapa onde o indivíduo por não ter a personalidade formada se torna vulnerável e é influenciado com mais facilidade.
De acordo com Aberastury; Knobel (1989; p.32) na busca pela identidade, o adolescente frequentemente prefere o caminho mais fácil, fazendo identificações maciças com o grupo. Há também ocasiões, onde ele opta por uma ‘identidade negativa’, porque para ele, ‘é preferível ser alguém perverso, indesejável, a não ser nada’.
No ano de 2017, a Netflix, lançou uma serie disponibilizada aos assinantes,’ denominada como 13 Reasons Why, (Os trezes porquês) que traz a história de uma jovem adolescente que comete suicídio após sofrer bullying, assédios e abuso sexual na escola. Profissionais da área de psicologia fazem o alerta que embora a serie aborde o bullying, que é um tema impactante na adolescência e pode trazer muitos prejuízos a saúde mental do adolescente, a série de alguma forma pode romantizar o suicídio trazendo a ideia que a morte é uma alternativa para acabar com o sofrimento trazido pela angustia dos traumas.
No entanto, recomendações sobre os riscos são dadas a pais e cuidadores, para que conversem com seus filhos e tutelados, afim de alertar sobre os perigos da internet e acesso a rede sociais, incluindo vínculos de amizades com desconhecidos por esses canais; estar sempre atentos as páginas de acessos desses adolescentes; observar o comportamento procurando dialogar caso percebam algo estranho; monitorar o uso dos smartphones; além de estabelecer horário para acessos.
De acordo com Sadock, (2007), o suicídio em adolescentes possui relação com à falta de capacidade de solucionar os problemas e falta de manejo para saber lidar com situações estressantes, e a falta de formas de lidar com conflitos familiares, envolvendo fracassos e rejeições, propiciam a decisão do ato do suicídio.
 “Os comportamentos suicidas podem ser compreendidos como uma defesa à depressão, enquanto que a depressão pode ser uma defesa contra o suicídio." (DUTRA, 2001, p.34).
Existe grupos de alto risco, que são pessoas mais propensas a cometer suicídio, do que a população no geral , dentre elas estão, indivíduos que fazem uso excessivo de drogas e/ou álcool, acometidas por algum tipo de transtorno psicológico, como transtorno de personalidade borderline, transtorno de personalidade bipolar, (TEPT) transtorno do estresse pós traumático, (TDAH) transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, esquizofrenia, fobia especifica, deficiência intelectual depressão, entre outros. 
Realizando um levantamento de riscos de suicídios entre transtornos psicológicos, de acordo com o (DSM-5) Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5 ª edição, (2013), o transtorno depressivo possui muita incidência de mortalidade, principalmente pelo suicídio. O transtorno da personalidade borderline aumenta significativamente o risco de tentativas de suicídio. 
Associados ao suicídio também estão os transtornos do humor, transtorno de pânico, transtornos de ansiedade. Elevados níveis de ansiedade têm sido relacionados a risco aumentado de suicídio, e quanto maior duração do transtorno maior a probabilidade de o tratamento não obter uma resposta positiva.
No (TOC)transtorno obsessivo compulsivo, pensamentos suicidas ocorrem em algum momento da vida em 50 % dos indivíduos. E tentativas de suicídio também ocorrem em 25% das pessoas com o transtorno.
Os indivíduos com fobia específica têm até 60% a mais de probabilidade de cometer uma tentativa de suicídio do que outras pessoas.
Pessoas que passaram por eventos traumáticos, como abuso infantil, possuem chance maior de risco de suicídio. O transtorno de estresse pós-traumático, também possui alta incidência de ideação suicida e tentativas de suicídio.
Transtornos alimentares aumenta a possibilidade do risco de suicídio, a anorexia nervosa, possuí taxas de 12 suicídios por 100 mil pessoas acometidas pelo transtorno ao ano, e a bulimia nervosa também possui altos índices.
Pessoas diagnosticadas com doenças médicas graves tem chance aumentada de tentar ou cometer suicídio, logo após o início ou diagnóstico da doença. 
O uso de substância químicas, álcool e cannabis, também é considerado um fator associado a ideação suicida e tentativas de suicídio.
Para Wenzel (2010), traços de personalidade como a impulsividade que é considerada uma inaptidão de inibir respostas, uma inabilidade de planejar o futuro, pode ser um grande fator de probabilidade ao suicídio se acompanhado de outros problemas. 
Indivíduos em situações de conflitos como problemas financeiros, desemprego, sentimento de culpa, rompimentos de relacionamento, problemas familiares, conjugais e traumas de abusos sexuais e psicológicos sofridos em alguma fase da vida também estão propensos.
É importante estar atento também a pessoas que sofrem algum tipo de preconceito; tais como os indígenas, refugiados, migrantes; (LGBTI) lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais, não deixando de considerar quem já cometeu tentativa de suicídio anteriormente.
Shneidman (2005), acredita que quando além da impulsividade a pessoa apresenta algum tipo de sofrimento psíquico, o indivíduo pode pensar, tentar ou cometer suicídio, caso não existam fatores protetivos e algum tipo de intervenção.
Estudos indicam que geralmente antes de cometer o suicídio, a maior parte das pessoas apresentam ideações suicidas e/ou comportamento suicida, que já devem ser considerado um sinal de alerta para as pessoas ao redor. Esse sinal, seria um pedido de socorro? 
A “autopsia psicológica”, foi o nome dado por Shneidman ao método desenvolvido nos Estados Unidos na década de 1960, que utiliza técnicas de avaliação psicológica, para aplicação de entrevistas. Essas entrevistas podem ser realizadas com familiares de pessoas próximas de quem tenham cometido suicídio. E através da técnica vem sendo possível avaliar os momentos antecessores ao acontecimento, podendo assim compreender quais principais estimulantes para tal ato. Com a autopsia é possível observar que os suicidas em sua maioria estavam fragilizados por algum tipo de problema e não possuíam fatores protetivos e/ou algum tipo de suporte emocional para lidar com as dificuldades. 
Daí surge a resposta, então os sinais expressados podem ser considerados como um pedido de ajuda. E é possível afirmar que geralmente havia a ideação suicida antes do ato, portanto, a intervenção e o auxílio de um profissional poderiam resultar em o salvamento de uma vida. 
“Suicídio é um ato de pôr fim à própria vida deliberadamente. Independentemente de ter resultado de impulso ou premeditação, sempre constitui uma urgência prioritária para o pessoal da saúde”. (BERTOLOTI, 2012. P.22).
A ideação suicida ocorre quando a pessoa tem a intenção de se matar, e essa vontade pode ser manifestada de forma verbal ou não-verbal, podendo muitas vezes ser percebida por algum amigo próximo, familiar ou até mesmo terapeuta. Um olhar atencioso pode fazer toda diferença, porque a partir do momento que se percebe a intenção, são necessárias tomada de medidas de precaução para que o ato não seja consumado. 
Já o comportamento suicida, refere-se desde exposições a atividade de alto risco, como esporte radicais extremamente perigosos sem uso adequado de medidas de segurança, uso excessivo de álcool ou drogas, excesso de velocidade ou/e embriaguez ao volante, relações sexuais sem uso de preservativo com inúmeros parceiros e automutilação(sintomas mais frequentes em portadores de transtorno de personalidade borderline) ou qualquer outro ato que pode resultar emmorte.
Ana Beatriz Barbosa, psiquiatra e escritora do livro “Corações Descontrolados” aborda no mesmo informações preciosas sobre a conduta do transtorno de personalidade borderline, e no livro ela fala abertamente sobre os riscos de suicídios em portadores dos transtornos. A palavra borderline em inglês significa fronteira, que muito tem a ver com o indivíduo que possui o transtorno, refere-se a fronteira entre a normalidade e a patologia. Os indivíduos intitulados como borderline, geralmente apresentam como principais sintomas, impulsividade excessiva, baixa autoestima, insegurança, dificuldade para aceitar regras, medo do abandono e intolerância a frustração.
Os borderline possuem também diversos atos autodestrutivos, como automutilação e exposição a atividades de alto riscos, e tendência ao suicídio. Em sua obra Ana Beatriz cita grandes nomes de sucesso com “suposto” funcionamento borderline, que podem ter adiantado a própria morte de forma voluntária, por não saber lidar com suas emoções e frustrações, como Amy Winehouse, Janis Joplin, Marilyn Monroe.
De acordo com o DSM-5, (2013, p.665) no transtorno de personalidade borderline “o prejuízo decorrente do transtorno e o risco de suicídio são maiores entre os adultos jovens e desaparecem gradualmente com o avançar da idade.”
Porém, a tendência para intensidade nos relacionamentos, além de emoções intensas e impulsividade costumam continuar pela vida inteira. E os indivíduos que se procuram em intervenções terapêuticas consequentemente apresentam melhoras significativas, que iniciam em algum momento após o primeiro ano de tratamento.
Especialistas acreditam que o suicídio tem causas multifatoriais, e em 1998 a Organização Mundial de Saúde, desenvolveu um modelo de base ecologia. De acordo com esse modelo o processo ocorre em um ambiente de elementos culturais e físicos, que determinam comportamentos suicidas fatais ou não fatais, como podemos ver na figura 2.
Ambiente Sociocultural Desfecho
Desfecho fatal
Ambiente
Físico
Intenção Suicida
Ato suicida
Desfecho não fatal
 
 Figura 2 Processo do Suicídio; modelo ecológico da OMS (OMS,1998)	 
Existem vários motivos que fazem a tentativa de suicídio ser bem-sucedida, dentre elas estão as formas em que a pessoa encontra para tirar a própria vida. Armas de fogo e enforcamento obtém um índice muito maior de eficácia, sendo mais utilizados por homens e enquanto intoxicação e ferimentos muitas vezes são reversíveis.
Existe uma prevalência de números de suicídios em homens, e isso também se dá por eles tentarem praticas mais agressivas, enquanto algumas mulheres tentam não desconfigurar a própria imagem.
Sadock (2007), também acredita que, ao realizar a comparação entre indivíduos do sexo feminino e masculino, as mulheres tentam cometer suicídio o dobro ou triplo que os homens, mais não obtém tanto sucesso por utilizarem de métodos menos eficazes. Indivíduos do sexo masculino usam de métodos mais violentos e consequentemente obtém mais sucesso. Dentre eles estão precipitação de lugares elevados, enforcamento, arma de fogo, superdosagem de drogas e mulheres em geral adotam como fonte de principal tentativa de suicídio envenenamento ou superdosagem de substâncias psicoativas. 
De acordo com Monteiro e Carvalho Júnior (2007, p.39), “as intoxicações são provocadas por medicamentos, principalmente os ansiolíticos, antidepressivos, analgésicos e anticonvulsivantes”
Pesquisas brasileiras indicam que a utilização de medicamentos e substancias não especificadas, são em média 3,5 óbitos por 100 mil habitantes e sua maior concentração estão na região Sul do país. E como nas outras formas de suicídio a morte por envenenamento, também possui prevalência em indivíduos do sexo masculino, e ocorrem aproximadamente 14 óbitos por 100 mil habitantes no Brasil.
Para Monteiro e Carvalho Júnior (2007) a altíssima taxa de intoxicações refere-se à facilidade que os adolescentes possuem para conseguir drogas e substancias químicas e também as características de cultura da população, por possuírem o habito de se automedicarem com muita frequência.
De acordo com (OMS, 2018), aproximadamente 800 mil mortes por ano acontecem devido ao suicídio, o que indica que a cada 40 segundos alguém comete suicídio em algum lugar do mundo. Entretanto 2 mil mortes ocorrem todos os dias pelo suicídio e para cada pessoa que morre, cerca de 20 possuem as ideações suicidas. Veja na figura 3 a amplitude deste problema. Ao analisar o gráfico é possível afirmar que se não houverem políticas públicas para auxiliar na prevenção do suicídio, este problema pode tomar uma proporção muito maior.
Figura 3 Fonte: Organização Mundial de Saúde (2018)
O levantamento realizado no Ministério da Saúde (2017), informa que o Brasil registrou no ano de 2016, 11.433 mortes por suicídio, que sugere um aumento de 2,3 em relação ao ano de 2015. No ano de 2015, houveram 11.178 casos de suicídios no país. Em 2016 a taxa de mortalidade por suicídio foi de 5,8 por 100 mil habitantes e no ano anterior de 4,9 a cada 100 mil habitantes. Veja o gráfico na figura 4.
Figura 4 Fonte: Ministério da Saúde (2017)
O levantamento realizado no Ministério da Saúde (2017), informa que o Brasil registrou no ano de 2016, 11.433 mortes por suicídio, que sugere um aumento de 2,3 em relação ao ano de 2015. No ano de 2015, houveram 11.178 casos de suicídios no país. Em 2016 a taxa de mortalidade por suicídio foi de 5,8 por 100 mil habitantes e no ano anterior de 4,9 a cada 100 mil habitantes. Veja o gráfico na figura 4.
Deve ser considerado também que é difícil quantificar exatamente o número de casos, já que a contabilização é feita apenas pelos números informados as redes de saúde, podendo ficar muitos casos não contabilizados por serem registrados como acidente ou algum outro tipo de morte. 
Dados da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS),(2019), informam que países de baixa e média renda, são onde ocorrem 79% dos casos. Dentre os métodos mais comuns de suicídios estão a ingestão de pesticidas, enforcamento e arma de fogo. Responsável por 1,4 % nas mortes no mundo, o suicídio que em sua maioria acomete idosos e indígenas, atualmente vem abarcando o público jovem de forma assustadora, portanto, tornou-se a segunda principal causa de morte entre indivíduos de 19 e 25 anos no ano de 2016, como podemos ver na figura 5.
Figura 5 Fonte: Estimativas globais de saúde da OMS
O suicídio é uma morte voluntaria, a busca para o fim da angústia, da dor e sofrimento impertinente e continuo que parece sem solução, é a falta de esperança no amanhã, é o desespero momentâneo de quem não consegue pensar em uma saída.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Ministério da Saúde e o Centro de Valorização à Vida, uma significativa parte dos suicídios que acontecem podem ser evitados com intervenções adequadas.
As alternativas disponíveis em rede pública para atendimento especializado para população que necessita de um trabalho preventivo são escassas, e as disponíveis não possuem fácil acesso para todos que precisam, dificultando assim uma eficácia na prevenção do suicídio. Porém, na tentativa de minimizar esses prejuízos, existem campanhas públicas, como o “Setembro Amarelo”, que foi iniciada em 2015, e trata-se de uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que elegeram o mês de setembro para realizarem a campanha pelo fato que, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. 
Esta campanha busca abordar o assunto e falar sobre seus desdobramentos de forma preventiva, sendo um meio de promover conscientização sobre este problema cada vez mais frequente.Por este motivo, no mês de setembro são abertos espaços para debates sobre suicídio e para dar enfâse a campanha no mês de setembro locais públicos são iluminados com a cor amarela. 
Há também alguns grupos de apoio como a Sociedade Amigos da Vida, o Centro de Valorização à Vida, (CVV) que disponibilizam os seus serviços de escuta voluntária e gratuita, oferecendo sigilo absolto, buscando promover acolhimento as pessoas que procurem este tipo de apoio. Os atendimentos são realizados 24 horas por dia, via e-mail, chat ou telefone. O CVV, além dos atendimentos desenvolve no Brasil, atividades relacionadas ao apoio emocional com ações abertas à comunidade, visando proporcionar o autoconhecimento e qualidade de vida, através da relação individual e interpessoal. A instituição também mantém o Hospital Francisca Júlia que disponibiliza atendimento à pessoas acometidas por transtornos mentais e dependência química em São José dos Campos-SP.
O Centro de Valorização à Vida, está localizados em 24 estados brasileiros e mais o Distrito Federal, onde realiza pelos canais mais de 2 milhões de atendimentos por ano, e aproximadamente 3.400 pessoas são voluntários.
Além dos serviços de apoio existem precauções que podem auxiliar na redução do número de tentativas de suicídios e suicídios que são cometidos pela população, como prática de prevenção, dentre elas, o acompanhamento psicológico para pessoas que já tenham tentado suicídio; grupos de apoio para população que alvo de algum tipo discriminação; tratamentos especializados para pessoas que utilizam substâncias químicas, álcool, ou possuam algum tipo de transtorno mental ou psicológico; maiores critérios para acessos aos médios utilizados para suicídio, como pesticida, armas de fogo entre outros.
Conforme o relatório da OMS (2018), atualmente no mundo existem 38 países que possuem estratégias de prevenção ao suicídio devido aos altos índices de mortes que ocorrem por este motivo.
Tratamento Psicológico
O tratamento psicológico é fundamental para identificação e prevenção de novos casos de suicídio. Através de atendimentos, testes e psicodiagnóstico é possível realizar uma avaliação de risco.
De acordo com Cunha (2000), o psicodiagnóstico trata-se processo científico que utiliza técnicas e testes psicológicos para entender e prever possiveis comportamentos ou probabilidades de determinadas psicopatologias, sendo assim posssibilitando uma intervenção adequada.
A avaliação de risco é imprescindível, porquê através da relação terapeuta-paciente é possível identificar a possibilidade de suicídio. Através do processo psicoterapêutico, o psicólogo busca formas para auxiliar o paciente a lidar com o sofrimento e havendo necessidade, pode estabelecer um contrato de “não suicídio”, fazendo com que o paciente se sinta comprometido. Deve ser levado em consideração que somente é possível realizar o contrato com pessoas que não possuam nenhum tipo de comprometimento mental. 
“Dentre os recursos técnicos da avaliação psicológica utilizados pelos psicológicos o uso de testes psicológicos é um dos mais utilizados assim como o uso extensivos de entrevistas psicológicas.” (ALCHIERE; CRUZ, 2012, p.53)
Embora no Brasil atualmente não existam testes psicológicos válidos para identificar o risco de suicidios, existem testes que mensuram outros fatores como “depressão”, que podem estar relacionado diretamente com o risco de suicidio, existem varias forrmas de expressões que podem indicar a possibilidade do suicidio no individuo, além de comportamentos autodestrutivos que podem ser um sinalizador. 
Um profissional experiente poderá reconhecer através do manejo clinico e suas ferramentas a melhor maneira de lidar com seu paciente, visando acolher a sua queixa e estabelecer uma relação de confiança. 
Para o auxilio na avaliação de risco, existem critérios e alguns instrumentos da área médica clínica e psiquiatra que podem auxiliar nessa investigação, o TASR “O intrumento para avaliação de risco de suícidio”(em anexo) é um deles. À partir da identifcação do perigo de suicidio o psicologo busca maneiras tecnicas e cientificas para realizar um tratamento assetivo.
3. Conclusão
Conclui-se através de dados estatísticos apresentados por diversas fontes fidedignas de pesquisa, que a prevenção é a melhor forma de evitar o suicídio. 
Através dos estudos foi possível analisar a extensão e magnitude do suicídio, principalmente tratando-se de adolescentes. Foi constatado tamanha precariedade de recursos que a população possui de acessos a programas com intuito de evitar o suicídio, mas existem grupos de apoio como o Centro de Valorização à Vida” que luta em prol do bem-estar e qualidade de vida da população.
Seriam muitas as práticas que teriam que ser tomadas para que fosse alcançado o objetivo de fato, pesquisas apontam que um dos cuidados possíveis para minimização dos altos índices de mortalidade por suicido, seria desenvolver formas que viabilizassem a promoção de melhor qualidade de vida e fatores protetivos, além da identificação precoce do problema, intervenção e tratamento psicológico especializado para população de alto risco. O Brasil enfrenta esse grande desafio, em especial, pesquisadores, médios, psicólogos e outros profissionais da área da saúde. É notável que essa área carece de muito investimento por parte das redes de saúde pública.
Foi percebido que adolescência se trata de uma fase delicada de muitas mudanças onde os acontecimentos são experienciados com muita intensidade e os jovens são mais influenciáveis por não apresentarem sua identidade estabelecida por completo. 
Durante as pesquisas também foi possível detectado a importância do papel do psicólogo em casos de risco de suicídios, que através de psicodiagnósticos, técnicas terapêuticas e intervenções auxiliam seus pacientes a enxergarem melhores condições para lidar com as adversidades. Durante os estudos foi descoberto que atualmente não existem mais testes psicológicos válidos para avaliar depressão e risco de suicídio no Brasil, mas existem algumas ferramentas de outras áreas da saúde, como TASR “O instrumento para avaliação de risco de suicídio”, usado pela psiquiatria que podem auxiliar na identificação de risco.
O Suicídio faz com que os amigos e familiares se sintam seus assassinos.
Vincent W. Van Gogh (1853-1890)
4. Referências 
ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. Adolescência normal: um enfoque psicanalítico. Trad. S. M. G. Ballve. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
ALCHIERE, J. C; CRUZ, R. M. Avaliação psicológica: conceito, métodos e instrumentos. São Paulo: Casa do Psicólogo, (Coleção temas em avaliação psicológica) 2003. 127 p.
Avaliação do Risco de Suicídio e sua Prevenção Coleção Guia de Referência Rápida Rio de Janeiro, 1ª edição/2016 Disponível em: https://subpav.org/download/prot/Guia_Suicidio.pdf Acesso em :16 nov.2019.
BERTOLOTE, José Manoel. Introdução. In: O Suicídio e sua prevenção. São Paulo: Editora UNESP, 2012, p. 7- 125)
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde, 2018. Disponível em: Disponível em: http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/44404-novos-dados-reforcam-a-importancia-da-prevencao-do-suicidio Acesso em :22 nov.2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde, 2018. Disponível em: http://saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio Acesso em :22 nov.2019.
Centro de Valorização à Vida: Disponível em:https://www.cvv.org.br/wpcontent/uploads/2017/05/manual_prevencao_suicidio_profissionais_saude.pdf Acesso em: 27 nov.2019
Conselho Regional de Psicologia. Suicídio e os Desafios para a Psicologia. Disponível em:https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf Acesso em: 13 dez. 2019
CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico V. 5ª edição. Editora Artmed, 2000.
DURKHEIM, Émile. O Suicídio. Estudo de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
DUTRA, E. M. S. Depressão e suicídio em crianças e adolescentes. Mudanças, São Bernardo do Campo, v. 9, n. 15, p. 27-35, jan./jun. 2001.
MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: < https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/suicidio/>.Acesso em: 08 nov.2019.
MINISTÉRIO DA SAÚDE - Secretaria de Vigilância em Saúde Disponível em : http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/2017-025-Perfil-epidemiologico-das-tentativas-e-obitos-por-suicidio-no-Brasil-e-a-rede-de-aten--ao-a-sa--de.pdf Acesso em: 08 dez. 2019
MINISTÉRIO DA SAÚDE UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Óbitos por suicídio entre adolescentes e jovens negros 2012 a 2016 BRASÍLIA - DF 2018 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/obitos_suicidio_adolescentes_negros_2012_2016.pdf Acesso em: 27 nov.2019
Ministério da Saúde. (2008) Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília (Brasil) Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_crianca_adolescente_3ed.pdf. Acesso em: 9 nov. 2019.
Ministério da Saúde. (2017) Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/Coletiva-suicidio-21-09.pdf Acesso em: 12 nov. 2019.
Ministério Publico do Paraná 2017 Disponível em:http://www.comunicacao.mppr.mp.br/modules/noticias/article.php?storyid=7382 Acesso em :24 nov.2019.
MONTEIRO, P. A. A.; CARVALHO JUNIOR, P. M. Características epidemiológicas dos atendimentos de intoxicações humanas no CEATOX-79 (Marília – S.P.) em 2004. Rev. Bras. Toxicol., São Paulo, v. 20, n. 1/2, p. 36-49, dez. 2007.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5 ª edição, American Psychiatric Association, 2013, p.665) Disponível EM: http://www.niip.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Manual-Diagnosico-e-Estatistico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5-1-pdf.pdf Acesso 15 dez. 2019
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5 ª edição, American Psychiatric Association, 2013, p.665) Disponível EM: http://www.niip.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Manual-Diagnosico-e-Estatistico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5-1-pdf.pdf Acesso 15 dez. 2019
ONU - Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU. Disponível em: https://nacoesunidas.org/tema/infancia/. Acesso em :16 nov.2019.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Administração da OMS. Disponível em: https://www.who.int/eportuguese/publications/pt/. Acesso em: 17. nov.2019. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Administração da OMS. Disponível em:https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/326948/WHO-MSD-MER-19.3-eng.pdf Acesso em: 14 dez. 2019
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Administração da OMS. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/suicide#tab=tab_1 Acesso em: 12. nov.2019. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Administração da OMS. Disponível em: https://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/en/ Acesso em: 12 nov.2019.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Administração da OMS. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/suicide#tab=tab_1Acesso em : 12. nov.2019.
Organização Pan-Americana de Saúde.Organização Mundial da Saúde.Disponível em:https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5671:folha-informativa-suicidio&Itemid=839Acesso em: 28 nov.2019.
Organizações das Nações Unidas.2019ª. Disponível em: https://nacoesunidas.org/?post_type=post&s=adolescencia Acesso em: 4 dez. 2019.
PREVENÇÃO DO SUICÍDIO UM RECURSO PARA CONSELHEIROS Departamento de Saúde Mental e de Abuso de Substâncias Gestão de Perturbações Mentais e de Doenças do Sistema Nervoso Organização Mundial de Saúde — OMS Genebra 2006 Disponível em: https://www.who.int/mental_health/media/counsellors_portuguese.pdf Acesso em: 27 nov. 2019.
Roteiro para Avaliação de Risco de Suicídio. TSAR Disponível em: http://psiquiatriabh.com.br/wp/wp-content/uploads/2015/01/Roteiro-para-avaliacao-do-risco-de-suicidio.pdf Acesso em :04 nov.2019
SADOCK, B. J; SADOCK, V. A. Kaplan & Sadock compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, p. 1364-1399.
SAMPAIO, D. (1995). Inventem-se novos pais. Lisboa. Editorial Caminho.
SHNEIDMAN, E. S. (2004). Autopsy of a Suicidal Mind. Oxford University Press.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Corações Descontrolados – Ciúmes, Raiva, Impulsividade - o Jeito Borderline de Ser. 2. Edição. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
WENZEL, A., Brown, G.K. & Beck, A.T. (2010). Terapia Cognitivo-Comportamental para pacientes suicidas. Porto Alegre: Artme
Anexos:
Mortes por suicídio no Brasil 
(população geral)
mortes por suicidio	2015	2016	11.178000000000001	11.433	
Número de suicídios cometidos por jovens de todo o mundo por faixa etária
mulheres	
10 a 14 anos	 15 a 19 anos	20 a 24 anos	25 a 29 anos	10 a 29 anos	4.2380000000000004	27.06	33.045999999999999	30.209	94.552999999999997	homens	
10 a 14 anos	 15 a 19 anos	20 a 24 anos	25 a 29 anos	10 a 29 anos	5.13	25.69	45.646000000000001	51.073999999999998	127.54	ambos	
10 a 14 anos	 15 a 19 anos	20 a 24 anos	25 a 29 anos	10 a 29 anos	9.3680000000000003	52.75	78.691000000000003	81.284000000000006	222.09299999999999	Faíxa Etária
Suícidios cometidos por jovens no Brasil
Número de suícidios por ano	
2012	2013	2014	2015	2016	3017	2991	3040	3068	3097	
Gráfico de ideações suicidas e suicídios cometidos por dia no mundo
(população geral)
Coluna1	
Ideações Suicídas	Suicídios	40000	2000	Coluna2	
Ideações Suicídas	Suicídios	Coluna3	
Ideações Suicídas	Suicídios

Outros materiais