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AULA - DESPESAS PÚBLICAS

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DESPESAS PÚBLICAS 
CONCEITO 
Despesa pública é o conjunto de 
dispêndios realizados pelos entes 
públicos para custear os serviços 
públicos (despesas correntes) 
prestados à sociedade ou para a 
realização de investimentos (despesas 
de capital).
REQUISITOS 
❖ Utilidade (atender a um número significativo de 
pessoas);
❖ Legitimidade (deve atender uma necessidade 
pública real);
❖ Discussão pública (deve ser discutida e aprovada 
pelo Poder Legislativo);
❖ Deve ser estipulada em lei.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei
Legalidade da despesa pública
•Autorização do Poder Legislativo
 
“Art. 39. (...)
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de 
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, 
autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e 
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização 
do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.” 
 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.”
 
“Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, 
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;”
 
 Classificação das despesas
❑As despesas podem ser classificadas em: 
•Orçamentária e Extra-orçamentaria
•Ordinárias e Extraordinárias
•Correntes e de Capital 
•Orçamentária – é a despesa que decorre da 
lei orçamentária e dos créditos adicionais.
•Extra-orçamentária – correspondem às 
despesas que não vêm consignadas na lei de 
orçamento ou em créditos adicionais e 
compreendem diversas saídas de 
numerários resultantes do levantamento de 
depósitos, cauções, consignações, etc, bem 
como todos os valores que se apresentem 
de forma transitória.
 
•Ordinárias – pelo critério da periodicidade, 
são as que normalmente constituem a rotina 
dos serviços públicos, e se repetem em todos 
os anos ( ex.: pessoal, material de consumo, 
etc.) 
•Extraordinária - também pelo critério da 
periodicidade, são aquelas de caráter 
esporádico, provocadas por circunstancias de 
caráter excepcional, e que, por isso, nem 
todos os anos aparecem nos orçamentos. (ex.: 
decorrentes de guerra, de calamidade). 
Classificação da lei 4.320/64
• A lei 4.320/64 classifica as despesas orçamentárias 
nas seguintes categorias econômicas: despesas 
correntes e despesas de capital. (art. 12)
• Despesas correntes – são os gastos de natureza 
operacional que se destinam a manutenção e ao 
funcionamento dos serviços públicos.
• Despesas de Capital – são os gastos realizados em 
investimentos, inversões financeiras e transferência 
de capital, que objetivam o incremento do 
patrimônio. 
• As despesas correntes se dividem em duas subcategorias 
econômicas:
• Despesas de Custeio: são as dotações para manutenção de 
serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a 
atender a obras de conservação e adaptação de imóveis ( 
ex.: pagamento de pessoal e encargos, material de 
consumo, serviços de terceiros, etc.)
• Transferências correntes - são as dotações para despesas, 
às quais não corresponda contraprestação direta em bens e 
serviços, inclusive para contribuições e subvenções 
destinadas a atender à manutenção de entidades de direito 
público ou privado. (ex.: pagamento de inativos e 
pensionistas, salário-família, juros da divida pública, 
subvenções, FPM, FPE, etc.)
• 
• As despesas de capital se subdividem em:
• Investimentos – são as dotações para o planejamento e a execução de obras, 
inclusive destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização 
destas últimas, bem como para programas especiais de trabalho, aquisição de 
instalações, equipamentos, material permanente e constituição ou aumento do 
capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro (ex.: 
construção de um hospital, aquisição de uma casa já em utilização para posterior 
demolição e construção de uma estrada, elevadores, ar-condicionado, aeronaves, 
veículos, etc.)
• 
• Inversões financeiras – são as dotações destinadas à aquisição de imóveis ou de bens 
de capital já em utilização, à aquisição de títulos representativos do capital de 
empresa ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não 
importe aumento do capital e ainda a constituição ou aumento do capital de 
entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros (ex.: compra 
de um imóvel, já em uso, para servir de sede de um órgão publico, compra a um 
particular de ações de empresas, criação de um banco estatal, concessão de 
empréstimos, etc.)
• 
• Transferências de capital – são as dotações para investimentos ou inversões 
financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, 
independentemente de contraprestação direta em bens e serviços, constituindo essas 
transferências Auxílios (determinados na LOA) ou Contribuições (derivados de lei 
especial anterior), bem como as dotações para amortização da divida pública (ex.: 
auxílios para obras e pagamento do principal da divida pública, etc.)
Classificação da Portaria 
Interministerial 163/2001
•Categorias Econômicas 
•Grupos de Natureza de Despesa 
•Modalidades de Aplicação
•Elementos de Despesa 
•Previsão na LOA ou em Lei de créditos adicionais 
•Programação
•Licitação 
❑Regras da lei 4.320/64:
•1º estagio: Empenho (art. 58)
•2º estágio: Liquidação (art. 63)
•3º estágio: Pagamento (art. 64)
 ESTÁGIOS DA DESPESA 
• Conceito: é o ato emanado de autoridade competente 
que cria para o Estado obrigação de pagamento, 
pendente ou não de implemento de condição. (art. 58 
da lei 4.320/64)
• O empenho por si só não cria obrigação de pagar.
• Representa reserva de recursos - é uma garantia que o 
credor tem de em cumprindo os termos do pacto 
firmado com a Administração, receberá aquela 
importância que já está reservada para ele.
“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado 
quando ordenado após sua regular liquidação.”
EMPENHO
• Permitirá a unidade orçamentária o acompanhamento 
constante da execução orçamentária.
• Nota de empenho – instrumento no qual constará o 
nome do credor, a dotação orçamentária, o tipo de 
empenho, o valor empenhado e o saldo da dotação, a 
especificação da despesa, assinatura da autoridade 
pública, etc.
❑ São três os tipos de empenho:
• Ordinário: o empenho ordinário é aquele utilizado para 
despesas normais, cujo montante é previamente conhecido e o 
pagamento deva ocorrer de uma só vez. Exemplo: a compra de 
um veiculo, o empenho realizado é ordinário, pois se destina à 
aquisição de um bem, que será pago de uma única vez. 
• Estimativa: é utilizado quando não se pode determinar com 
exatidão o montante da despesa. Faz-se uma estimativa do que 
vai ser gasto ao longo do exercício financeiro para que haja o 
empenho. Ex.: gastos com água, luz, telefone, etc.
• Global: Atende a uma despesa com montante definido, no 
entanto, em virtude do objeto do contrato, o seu pagamento 
será feito em parcelas, pois se espera a conclusão de etapas de 
obras ou entregas de bens para que a quitação ocorra.
❑ Nota de subempenho é o registro do valor efetivo a ser 
deduzido da importância total empenhada por estimativa ou 
por empenho global.
TIPOS DE EMPENHOS
“Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação 
do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos 
e documentos comprobatórios do respectivo crédito.”
❑ Objetivo: apurar o implemento de condição, ou seja, se o 
credor cumpriuou não sua parte, verificando:
• A origem e o objeto do que se deve pagar;
• A importância exata a pagar;
• A quem se deve pagar a importância para extinguir a 
obrigação. 
LIQUIDAÇÃO 
•Conceito: é o ato pelo qual o Estado faz a entrega 
do numerário correspondente, recebendo a 
devida quitação. 
“Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho 
exarado por autoridade competente, 
determinando que a despesa seja paga.”
PAGAMENTO
 
“Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos 
casos de despesas expressamente definidos em lei e 
consiste na entrega de numerário a servidor, sempre 
precedida de empenho na dotação própria para o fim 
de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao 
processo normal de aplicação.”
• Ex.: despesas realizadas com urgência, realizadas em 
lugares distantes, despesas miúdas de pronto 
pagamento, etc. 
“Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em 
alcance nem a responsável por dois adiantamento.” 
ADIANTAMENTOS
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
(...)
II - as despesas nele legalmente empenhadas.”
❑ Regime contábil - é um procedimento ou técnica adotado para a 
realização dos registros dos fatos aplicados à ciência contábil, 
estabelecendo as diretrizes para classificação das variações ou 
alterações patrimoniais.
❑ Os regimes contábeis que podem ser utilizados pela contabilidade 
são:
Regime de competência – é aquele em que as despesas devem ser 
incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento;
regime de caixa – é aquele em que são consideradas despesas do 
exercício tudo o que for pago durante o ano financeiro, mesmo que 
se trate de receitas e despesa referentes a exercícios anteriores. 
REGIME CONTABIL DA 
DESPESA.
• O exercício financeiro nos termos do art. 34 da lei 
4.320/64, coincide com o ano civil, ou seja, iniciará em 1º 
de janeiro e terminará em 31 de dezembro. Coincide com 
a execução do orçamento.
 “Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”
REGIME CONTÁBIL 
Regime misto - No regime misto adota-se ao mesmo tempo o 
de caixa e o de competência. Esse regime é o adotado pela 
contabilidade pública no Brasil, ou seja, registra-se a despesa 
pelo regime de competência e a receita pelo de caixa.
❑ No Brasil o regime adotado para a despesa é o REGIME DE 
COMPETÊNCIA, e o regime adotado para a receita é o REGIME 
DE CAIXA. 
“Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas 
empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro 
distinguindo-se as processadas das não processadas.”
• Como se pode ver a lei institui duas categorias de restos a 
pagar:
❖ Restos a pagar processados – despesas empenhadas e 
liquidadas, mas não pagas até 31/12.
❖ Restos a pagar não processados – despesas empenhadas, mas 
não liquidadas nem pagas até 31/12
❑ Será obviamente dada prioridade ao pagamento dos restos a 
pagar processados.
RESTOS A PAGAR 
• Exemplo: a despesa referente ao exercício de 2013, que não foi 
paga naquele ano deverá ser inscrita em restos a pagar em 
31/12/2013 para ser paga em 2014. Se até 31/12/2014 essa 
despesa ainda não tiver sido paga, será cancelada (isso no 
Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI), 
entretanto, ainda permanece o direito do credor.
• A partir de 01/01/2015, se essa despesa for reclamada pelo 
credor, a administração pública irá pagá-la com a rubrica 
“despesas de exercícios anteriores”. Esse pagamento será 
considerado uma despesa normal do orçamento vigente (2015). 
• Essa é uma das exceções ao princípio da competência. Ou seja, 
deveria ser despesa de 2013 e não do orçamento de 2015.
Exceções 
• Outra exceção seria uma despesa paga 
antecipadamente.
• Exemplo: uma despesa referente ao exercício de 2013, 
porém, empenhada, liquidada e paga em 2012 
(antecipadamente). Ela será incluída como despesa do 
exercício financeiro de 2012. Isso é possível no caso de 
pagamento antecipado como forma de garantia de um 
contrato ou fornecimento de produto exclusivo, ocorre 
somente para situações excepcionais.
Exceções 
“Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as 
quais o orçamento respectivo consignava crédito 
próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não 
se tenham processado na época própria, bem como os 
Restos a Pagar com prescrição interrompida e os 
compromissos reconhecidos após o encerramento do 
exercício correspondente poderão ser pagos à conta de 
dotação específica consignada no orçamento, 
discriminada por elementos, obedecida, sempre que 
possível, a ordem cronológica.”
DESPESAS DE EXERCÍCIOS 
ANTERIORES 
❑ Ocorrerá em três situações diversas:
• As despesas de exercícios encerrados para os quais o orçamento 
respectivo tenha consignado crédito próprio, com saldo suficiente 
para atendê-lo, mas que não tenham sido processadas na época 
certa. Ex.: quando ocorrer anulação ou insubsistência do 
empenho ou simples erro da Administração, mas o credor prova 
ulteriormente a existência de seu crédito.
• Os restos a pagar com prescrição interrompida. Vimos que após 
um ano os restos a pagar são cancelados, mas sabemos que o 
crédito do cliente só prescreve em 5 (cinco) anos. Nesse caso, 
deve a Administração fazer o pagamento com base no elemento 
despesas de exercícios anteriores.
• Os compromissos reconhecidos após o encerramento do 
exercício financeiro. Nesse caso a autoridade reconhece a 
despesa, ainda que não houvesse no orçamento anterior dotação 
própria ou não tenha esta deixado saldo. Esse pagamento 
decorre de obrigação legal, ex.: a concessão do salario família a 
servidor publico que não requereu no exercício em que houve o 
nascimento do filho. 
❑ Elemento de despesa: 92 
• Disposições importantes:
❖ Ordem cronológica de apresentação dos precatórios;
❖ Débitos de natureza alimentar e Dividas de pequeno 
valor;
❖ Obrigatoriedade de inclusão no orçamento dos valores 
dos precatórios apresentados até 1º de julho;
❖ Dotações e créditos abertos serão consignados 
diretamente ao Tribunal. 
PRECATÓRIOS 
Dispositivos legais 
“Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, 
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação 
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas 
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, 
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações 
por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre 
aqueles referidos no § 2º deste artigo. 
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais 
na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, 
serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do 
fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa 
finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. 
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos 
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas 
devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. 
(...)
“§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária 
ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de 
precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício 
seguinte, quando terão seus valores atualizadosmonetariamente.”
“§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder 
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o 
pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de 
preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à 
satisfação do seu débito, o seqüestro da quantia respectiva.”
(...) 
PRECATÓRIOS 
❑Medidas da LRF:
• Limitação de empenho de despesa;
• Geração da despesa;
• Despesas de caráter continuado;
• Fixação de limites para as despesas de pessoal;
• Contrair Obrigações em fim de mandato; 
• Despesas de competência de outro ente;
• Destinação de recursos para o setor privado.
A DESPESA PÚBLICA E A LEI DE 
RESPONSABILIDADE FISCAL
• Finalidade: compatibilizar a disponibilidade financeira e a realização dos gastos 
autorizados na lei orçamentária 
• Conceito: obrigação de verificar a cada dois meses, se a receita está sendo 
arrecadada conforme previsto, caso contrario, os entes não poderão realizar as 
despesas de acordo com os montantes autorizados, devendo editar atos de 
limitação de empenho. 
“Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita 
poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou 
nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério 
Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta 
dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, 
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.” 
• Recomposição das dotações:
Art. 9º. (...)
§ 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a 
recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma 
proporcional às reduções efetivadas.
• 
LIMITAÇÃO DE EMPENHO
❑ Despesas que não sofrerão limitação:
• As que constituem obrigações constitucionais e legais;
• As destinadas ao pagamento do serviço da divida;
• As ressalvadas na LDO.
Art. 9º. (...)
§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações 
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do 
serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso 
Nacional, no caso da União, ou pelas Assembléias Legislativas, na hipótese dos 
Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação:
(...) 
II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de 
empenho prevista no art. 9o.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de defesa ou 
de sítio, decretado na forma da Constituição.
• Diante do novo regramento, tratando-se de criação, expansão e aperfeiçoamento 
da ação governamental que implique aumento de despesa, antes da licitação e do 
empenho, deverá haver:
a) Uma estimativa do impacto orçamentário- financeiro no exercício em que deva 
entrar em vigor o aumento e nos dois subseqüentes; trata-se de estimativa 
trienal;
b) Uma declaração do ordenador de despesa de que o aumento tem adequação 
orçamentária e financeira com o PPA, LDO e LOA. 
“Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento 
da despesa será acompanhado de:
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos 
dois subseqüentes;
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e 
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias.”
• Conseqüências do descumprimento: tornará o gasto não 
autorizado, irregular e lesivo ao patrimônio público.
“Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público 
a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 
17.”
GERAÇÃO DA DESPESA
• Conceito: é a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato 
normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução, por um 
período superior a dois anos.
• São exemplos: provimento de cargos públicos, aumentos salariais para o 
funcionalismo, etc.
• Medidas:
a) Atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser instruídas com 
estimativa do impacto orçamentário-financeiro, no exercício em que deva 
entrar em vigor e nos dois subseqüentes;
b) Demonstração da origem de recursos para seu custeio;
c) Comprovação de que a criação ou aumento da despesa não afetará as 
metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO;
d) Compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo 
aumento permanente da receita ou pela redução permanente de despesa.
• Exceções: Não precisam se submeter a tais exigências:
1) As despesas destinadas ao serviço da divida;
2) As despesas destinadas ao reajuste geral, de pessoal de que trata o inciso X 
do art. 37 da CF/88.
DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARATER 
CONTINUADO
• Regulamentação do art. 169 da CF/88.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder 
os limites estabelecidos em lei complementar.
• Conceito: A LRF entende como despesa total com pessoal o 
somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os 
inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, 
funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, 
com quaisquer espécies remuneratórios, tais como vencimentos e 
vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da 
aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, 
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer 
natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas 
pelo ente às entidades de previdência, além dos valores dos 
contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à 
substituição de servidores e empregados públicos, os quais serão 
contabilizados como Outras Despesas de Pessoal.
DESPESA COM PESSOAL
 
• Limites para despesa com pessoal:
• União: 50%;
• Estados: 60%;
• Municípios: 60%
• Além desses limites, a LRF estabelece como eles devem ser divididos dentro de 
cada esfera governamental:
• na esfera federal: 
• 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
• 6% para o Judiciário;
• 40,9% para o Executivo;
• 0,6% para o Ministério Público da União;
• na esfera estadual: 
• 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
• 6% para o Judiciário;
• 49% para o Executivo;
• 2% para o Ministério Público dos Estados;
• na esfera municipal: 
• 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
• 54% para o Executivo.
❑ Modo de apuração: A despesa total com pessoal é apurada somando-se a 
realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, 
adotando-se o regime de competência.
• Na verificação desses limites não serão computadas as 
despesas:
• de indenização por demissão de servidores ou empregados;
• relativas a incentivos à demissão voluntária;
• derivadas da convocação extraordinária do Congresso 
Nacional;
• decorrentes de decisão judicial e da competência de período 
anterior ao da apuração;
• com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e 
Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União;
• com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, 
custeadas por recursos provenientes: 
• da arrecadação de contribuições dos segurados;
• da compensação financeira entre diferentes sistemas de previdência;
• demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal 
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, 
bem como seu superávit financeiro.
❑ Prazo para aferição dos limites: 
• A verificação do cumprimento dos limites da despesa com pessoal será 
realizada ao final de cada quadrimestre.
• Exceção: Municipioscom menos de 50 mil habitantes poderão optar por 
aferir esses limites ao final de cada semestre.
❑ Limite prudencial: caso a despesa com pessoal exceda a 95% do limite, 
são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso:
• concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de 
remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial 
ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão da 
remuneração em data-base;
• alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
• provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a 
qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou 
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;
• contratação de hora extra, salvo no caso de convocação extraordinária 
do Congresso Nacional e as situações previstas na lei de diretrizes 
orçamentárias.
❑ Estando no limite prudencial (95%) deverá o percentual excedente ser 
eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço 
no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências:
• redução das despesas com cargos em comissão e de confiança em pelo 
menos 20% (extinção ou redução de salário e redução da carga horária, 
este último é facultativo);
• exoneração de servidores não estáveis.
• Exoneração de servidores estaveis.
❑ Não ocorrendo o acima exposto sofrerá as seguintes sanções:
• Deixará de receber transferências voluntárias;
• Não poderá obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
• Não poderá contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao 
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das 
despesas com pessoal.
❑ Obs.: Estas restrições aplicam-se imediatamente se a despesa total com 
pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do 
mandato.
• Legitimado para verificação e controle dos gastos com 
pessoal: Tribunal de Contas ( art. 59, §§ 1º e 2º da LRF).
• Limite Alerta: 90%
• O limite alerta não acarreta qualquer sanção ou vedação. 
• Fundamento: evitar a utilização indevida de restos a pagar.
• A regra é a seguinte:
“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, 
nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de 
despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou 
que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja 
suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. 
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão 
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o 
final do exercício.”
CONTRAIR OBRIGAÇÕES EM FIM DE 
MANDATO
 
•Por que essa regra é polêmica: Ela é polêmica, 
principalmente, porque há as seguintes 
interpretações:
• de que o art. 42 estaria exigindo que o gestor quitasse, até 
o final de seu mandato, toda a dívida de Restos a Pagar; 
• de que gestor não poderia começar uma obra sem ter o 
dinheiro para pagá-la integralmente; 
• de que todas as despesas empenhadas a partir de 1º de 
maio terão de ser pagas até 31 de dezembro, só podendo 
ser inscritas em Restos a Pagar se houver disponibilidade 
de caixa suficiente.
• É preciso entender que a expressão “contrair obrigação de despesa” não é o 
mesmo que empenhar despesa. 
• A obrigação de despesa é contraída, por exemplo: quando se contrata um 
funcionário, quando se contrata um empréstimo, quando se parcela uma 
dívida, quando se assina um convênio e quando se contrata uma obra, o 
fornecimento de bens e a prestação de serviços.
• “Contrair obrigação de despesa” nos últimos dois quadrimestres refere-se, 
pois, a assumir compromissos em decorrência de contratos, ajustes, 
acordos, e outras formas de contratação, nesse período; compromissos que 
não existiam antes dos últimos oitos meses; compromissos que o gestor 
pode ou não assumir, diante da possibilidade de haver ou não recursos para 
pagá-los. 
• Portanto, as disposições do art. 42 não se aplicam às despesas empenhadas 
nos últimos oito meses geradas em decorrência de obrigações assumidas 
anteriormente, mas a despesas que serão contraídas a partir dali.
•A partir da LRF, os Municípios só poderão contribuir 
para custeio de despesas de outros entes se houver:
• Previsão na LDO e na LOA;
• Convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua 
legislação.
“Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de 
despesas de competência de outros entes da Federação se houver:
 I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei 
orçamentária anual;
II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua 
legislação.”
• 
DESPESAS DE OUTROS ENTES 
❑ Exigência principal: 
❖ autorização por lei específica.
❑ Requisitos adicionais:
❖ observância das disposições da LDO;
❖ previsão na lei orçamentária ou em crédito adicional.
❑ Aplica-se tanto as entidades privadas, como também as entidades 
que formam a Administração Pública Indireta (autarquias, 
fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista).
❑ Proíbe taxativamente o socorro às instituições do Sistema 
Financeiro Nacional – SFN.
DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS 
PARA O SETOR PRIVADO
• Dispositivos legais:
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, 
cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas 
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às 
condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar 
prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.
§ 1o O disposto no caput aplica-se a toda a administração 
indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, 
no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições 
financeiras e o Banco Central do Brasil.
 
Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados 
recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer 
instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a 
concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos 
para mudança de controle acionário.
Lei 12.810 – lei nova

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