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Aula 03 Português p/ TJ-SP (Escrevente Técnico Judiciário) - Com videoaulas Professor: Décio Terror 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 80 Aula 3: Pontuação (nível período composto por subordinação). Conjunção. Pontuação. SUMÁRIO PÁGINA 1. Período composto por subordinação substantiva 1 2. Período composto por subordinação adjetiva (pontuação, equivalência e transformação de estruturas) 10 3. Período composto por subordinação adverbial (pontuação, equivalência e transformação de estruturas) 24 4. Questões cumulativas de revisão 56 5. O que devo tomar nota como mais importante? 58 6. Lista de questões para revisão 59 7. Gabarito 80 Olá, meus amigos! Espero que estejam caminhando bem no estudo! Vamos terminar a sintaxe do período composto. Muita coisa já foi vista na aula anterior, quando falamos das orações coordenadas. Naquele momento, explorávamos mais a conjunção como elemento de coesão. Veremos, agora, o que são as orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais. O que se cobra na sintaxe da oração subordinada substantiva? Basicamente, são cobradas as funções sintáticas dessas orações, principalmente nas funções de sujeito e objeto direto, por suas peculiaridades. Além disso, é muito cobrado o reconhecimento da palavra “que”. É este vocábulo que normalmente inicia a oração subordinada substantiva. Ela é chamada de conjunção integrante. Vamos lá! Período composto por subordinação substantiva Para entendermos esse período, vamos retornar à estrutura básica da oração. Percebemos que os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto e complemento nominal são termos eminentemente substantivos, pois seus núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos predicativo e aposto podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe agora falarmos apenas de seu valor substantivo. Por exemplo, “isso” é um pronome. Por possuir valor substantivo, pode ocupar as funções sintáticas faladas anteriormente. 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 80 Veja: Isso é lindo. (Isso = sujeito) Vi isso. (isso = OD) Sei disso. (disso = OI) Sou obediente a isso. (a isso = CN) Ela é isso. (isso = predicativo) Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto) Esse é um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo. Basta trocá-la pelo pronome demonstrativo substantivo “ISSO”. Não é sempre que dá certo com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem característica. E por que esse assunto é importante? Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo, transformam-se numa oração subordinada substantiva. Veja: Era indispensável teu regresso. VL + predicativo (sujeito simples) período simples (oração absoluta) Era indispensável que tu regressasses. VL + predicativo Suj + VI oração principal oração subordinada substantiva subjetiva período composto Era indispensável tu regressares. VL + predicativo Suj + VI oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo) período composto Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas um verbo: “Era”. Esse verbo é de ligação, seguido do predicativo “indispensável” e o sujeito “teu regresso”. Na frase 2, o então sujeito “teu regresso” recebeu um verbo e foi modificado para “que tu regressasses”. Assim, há duas orações (período composto). Note que esta oração recentemente formada não produz sentido sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos trocá-la pelo pronome “isso” (Isso era indispensável). O pronome “isso” continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de sujeito da oração principal. Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que falta na oração principal. Confirme isso na frase 2: na oração principal só há VL + predicativo; falta o sujeito, que é toda a oração posterior. Esta oração é chamada de desenvolvida, pois possui conjunção integrante “que” e o verbo está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses). Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante “que” e isso fez com que reduzíssemos a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma infinitiva. Por esse motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo. 1 2 3 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 80 Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, passa a ser uma oração subordinada substantiva. Na ata da reunião constava a presença deles. (Isso constava na ata da reunião) adjunto adverbial de lugar + VI + sujeito Na ata da reunião constava que eles estavam presentes. (Isso constava...) oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva Na ata da reunião constava eles estarem presentes. (Isso constava...) oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo Foi anunciado o debate deles. (Isso foi anunciado) locução verbal + sujeito Foi anunciado que eles debateriam. (Isso foi anunciado) oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva Foi anunciado eles debaterem. (Isso foi anunciado) oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo As orações subordinadas substantivas subjetivas são também denominadas de sujeito oracional. Vale lembrar que o verbo da oração principal que tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja vocábulos no plural no sujeito oracional, a oração principal permanecerá com o verbo no singular. Veja que o verbo “constava” não se flexionou no plural, mesmo o sujeito oracional possuindo vocábulos no plural. Agora veremos os complementos verbais. Perceba abaixo que, na oração principal, o verbo possui sujeito, é transitivo direto e necessita de um complemento, o qual será toda a oração posterior. Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.) sujeito + VTD + objeto direto Economistas previram que o desemprego aumentaria. (Economistas previram isso.) oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta Economistas previram aumentar o desemprego. (Economistas previram isso.) oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo Mas cabe uma peculiaridade da oração subordinada substantiva objetiva direta. Essas orações atuam como objeto direto da oração principal: Nas frases interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pela conjunção subordinada integrante “se” e por pronomes ou advérbios interrogativos: Ninguém sabe se ela aceitará a proposta. Ninguém sabe como ela aceitará a proposta. Ninguém sabe quando ela aceitará a proposta. Ninguém sabe onde ela aceitará a proposta. Ninguém sabe qual é a proposta. Ninguém sabe quanto é a proposta. Ninguém sabe por que fizeram a proposta. 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terrorʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 80 Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre uma forma peculiar de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo: Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar. Nesses três últimos casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo e, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos átonos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais e são conhecidos por sujeito acusativo. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas: Deixe que eu repouse. Mandei que eles saíssem. Ouvi que ele gritava. É bom esclarecer que os verbos causativos e sensitivos não formam locução verbal, pois fazem parte de um período composto. Agora, passemos às orações com função de objeto indireto e complemento nominal. Se o objeto indireto e o complemento nominal (os quais são termos iniciados por preposição) recebem o verbo, naturalmente vão continuar com a preposição antecedendo-os. Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.) sujeito + VTI + objeto indireto Teus amigos confiam em que tu vencerás. (Teus amigos confiam nisso.) oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta Teus amigos confiam em venceres. (Teus amigos confiam nisso.) oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo Perceba que, na completiva nominal, não é o verbo que exige o complemento, é o nome. Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.) sujeito + VL + predicativo + complemento nominal Teus pais estavam certos de que tu voltarias. (Teus pais estavam certos disso.) oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal Teus pais estavam certos de voltares. (Teus pais estavam certos disso.) oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito. Nossa maior preocupação era a chuva. (Nossa maior preocupação era isso) sujeito + VL + predicativo Nossa maior preocupação era que chovesse. (Nossa maior preocupação era isso) oração principal + oração subordinada substantiva predicativa Nossa maior preocupação era chover. (Nossa maior preocupação era isso) oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 80 Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela palavra “ISSO”. Apenas a oração apositiva não transmite coerência com essa troca; porém, observe que normalmente as bancas não cobram o nome, mas perguntam se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o início de um esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja: Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio. sujeito + VTD + objeto direto + aposto Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado. oração principal + oração subordinada substantiva apositiva Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado. oração principal + oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por que temos de identificar esse tipo de oração? Porque... a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não são separados por vírgula, portanto também não podemos separar a oração subordinada substantiva de sua oração principal por vírgula; b) quando essas orações tiverem a função de sujeito, objeto direto e predicativo, não deve haver uso de preposição antecedendo-as; c) a conjunção que as inicia é chamada integrante (que, se), a qual não possui valor semântico, nem função sintática; d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito oracional), o verbo da oração principal sempre ficará na terceira pessoa do singular. Outra coisa importante!!! A conjunção integrante “que” geralmente expressa certeza: Diga que começou o trabalho. A conjunção integrante “se” geralmente expressa dúvida: Diga se começou o trabalho. Questão 1: ESA 2010 Sargento do Exército (banca ESA) Analise a frase e classifique o termo destacado: Era necessário que atravessássemos o rio. a) Pronome relativo. b) Partícula expletiva. c) Conjunção integrante. d) Conjunção subordinativa consecutiva. e) Pronome indefinido. Comentário: Note que podemos trocar a oração “que atravessássemos o rio” pela palavra “isso” (Isso era necessário). Assim, temos uma oração subordinada substantiva e a conjunção que a inicia é a integrante. Portanto, a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 80 Questão 2: ESA 2010 Sargento do Exército (banca ESA) “Invadiu a mente de Fabiano a lembrança de que a chuva poderia demorar demais”. O termo em destaque desempenha a função de A) adjunto adnominal. B) complemento nominal. C) objeto indireto. D) adjunto adverbial. E) sujeito. Comentário: Lembre-se de que, para termos certeza de que há uma oração substantiva, devemos trocar a oração por isso. (a lembrança disso). A palavra “disso” completa o sentido do substantivo “lembrança”. Assim, ela tem a função sintática de complemento nominal. Como a palavra “disso” substituiu a oração sublinhada “de que a chuva poderia demorar demais”, esta oração é chamada de subordinada substantiva completiva nominal. Assim, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B Questão 3: ESA 2012 Sargento do Exército (banca ESA) No período: “Espero que ele venha a São Paulo.”, a oração em destaque classifica-se sintaticamente como A) subordinada substantiva objetiva direta. B) subordinada substantiva objetiva indireta. C) subordinada substantiva subjetiva. D) subordinada adjetiva restritiva. E) subordinada adjetiva explicativa. Comentário: A oração “que ele venha a São Paulo” pode ser substituída por “isso” (Espero isso). Assim, a oração em negrito é substantiva. Agora, devemos notar qual função sintática ela ocupa. Na oração principal, temos o verbo “Espero”, o qual é transitivo direto e tem como sujeito oculto “eu”. Assim, falta o objeto direto, que é toda a oração em negrito. Dessa forma, a oração em destaque é subordinada substantiva objetiva direta e a alternativa correta é a (A). Gabarito: A Questão 4: ESA 2013 Sargento do Exército (banca ESA) Analise a frase e classifique o termo destacado:”Era necessário que pedíssemos ajuda”. A) pronome relativo B) partícula expletiva C) conjunção integrante D) conjunção subordinativa consecutiva E) pronome indefinido Comentário: Esta questão praticamente é a mesma do concurso de 2010. Como resolvemos anteriormente, note que podemos trocar a oração “que pedíssemos ajuda” pela palavra “isso” (Isso era necessário). Assim, temos uma oração subordinada substantiva e a conjunção que a inicia é a integrante. 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br7 de 80 Portanto, a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C Questão 5: ESA 2013 Sargento do Exército (banca ESA) Em “Todos os soldados viram, durante o combate, que os inimigos foram derrotados”, pode-se classificar a oração que foi sublinhada como oração subordinada substantiva A) completiva nominal. B) predicativa. C) objetiva indireta. D) objetiva direta. E) apositiva. Comentário: A oração sublinhada “que os inimigos foram derrotados” pode ser substituída por “isso” (Todos os soldados viram isso). Assim, a oração sublinhada é substantiva. Agora, devemos notar qual função sintática ela ocupa. Na oração principal, temos o verbo “viram”, o qual é transitivo direto e tem como sujeito “Todos os soldados”. O termo “durante o combate” é apenas o adjunto adverbial de tempo. Assim, falta o objeto direto, que é toda a oração sublinhada. Dessa forma, a oração em destaque é subordinada substantiva objetiva direta e a alternativa correta é a (D). Gabarito: D Questão 6: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV) “Felizmente, a inteligência permite encontrar soluções e nos possibilita criar alternativas”; a forma de reescrever-se o segmento sublinhado que respeita o paralelismo sintático é: (A) permite o encontro de soluções e nos possibilita que criemos alternativas; (B) permite o encontro de soluções e a possibilidade de criação de alternativas; (C) permite que encontremos soluções e nos possibilita que criemos alternativas; (D) permite que encontremos soluções e nos possibilita a criação de alternativas; (E) permite o encontro de soluções e a possibilidade de criarmos alternativas. Comentário: O paralelismo sintático é a junção de duas estruturas sintáticas de mesma natureza, como ocorre na frase do pedido da questão. A conjunção “e” une duas orações coordenadas aditivas: a primeira e a segunda possuem verbos no presente do indicativo: “permite encontrar soluções” e “nos possibilita criar alternativas”. Além disso, esses dois verbos são seguidos das orações subordinadas substantivas objetivas diretas reduzidas de infinitivo “encontrar soluções” e “criar alternativas”, respectivamente. Assim, para conservar o paralelismo, há duas soluções: ou transformamos as orações reduzidas em desenvolvidas (a inteligência permite que encontremos soluções e nos possibilita que criemos alternativas) ou transformamos em simples termos da oração (a inteligência permite o encontro de soluções e nos possibilita a criação de alternativas). 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 80 A alternativa (A) está errada, porque misturou as duas estruturas: a primeira é o termo da oração, a segunda é a oração desenvolvida. A alternativa (B) está errada, porque, se o verbo “permite” se encontra na primeira oração, o verbo “possibilita” tem que permanecer também, porém foi transformado em substantivo “possibilidade”. Assim, também não preservou o paralelismo. A alternativa (C) é a correta, justamente porque preservou as duas orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas. A alternativa (D) está errada, porque misturou as duas estruturas: a primeira é a oração desenvolvida e a segunda é o termo da oração. A alternativa (E) está errada, porque, se o verbo “permite” se encontra na primeira oração, o verbo “possibilita” tem que permanecer também, porém foi transformado em substantivo “possibilidade”. Assim, também não preservou o paralelismo. Gabarito: C Questão 7: MAPA 2014 Agente de Inspeção Sanitária (banca Consulplan) A oração destacada em “Durante as manifestações de junho, D. Luiz (neto de Luis Maria) recomendou a seus seguidores que não fossem às ruas [...]”, classifica-se como A) oração subordinada adjetiva restritiva. B) oração subordinada substantiva objetiva direta. C) oração subordinada substantiva objetiva indireta. D) oração subordinada substantiva completiva nominal. Comentário: O verbo “recomendou” é transitivo direto e indireto, o termo “a seus seguidores” é o objeto indireto e a oração “que não fossem às ruas” é a oração subordinada substantiva objetiva direta (recomendou isso a alguém). Gabarito: B Questão 8: Pref Nova Iguaçu-RJ – 2012 – Agente Adm (banca Consulplan) Em “... e eu lhe disse que foi assim que ganhei um ano” a oração em destaque é subordinada substantiva A) objetiva direta. D) apositiva. B) subjetiva. E) predicativa. C) completiva nominal. Comentário: Há três orações neste fragmento do texto, pois há três verbos: “disse”, “foi” e “ganhei”. A oração principal é “eu lhe disse”, cujo verbo transitivo direto e indireto possui o sujeito “eu”, o objeto indireto “lhe” e a oração posterior é subordinada substantiva objetiva direta (eu lhe disse isso). Assim, já sabemos que a alternativa correta é a (A). Observação: A banca sublinhou equivocadamente a oração “que ganhei um ano”. Essa oração é subordinada substantiva subjetiva, por ser o sujeito do verbo “foi” (isso foi assim). Mas tal equívoco não prejudicou a resolução da questão, por isso não foi anulada. Gabarito: A 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 80 Questão 9: Pref Porto Velho – 2012 – Administrador (banca Consulplan) Assinale a função sintática do termo sublinhado em “incapaz de participar da elaboração das decisões...” A) Adjunto adnominal. D) Aposto. B) Objeto indireto. E) Complemento nominal. C) Objeto direto preposicionado. Comentário: O adjetivo “incapaz” exigiu a preposição “de”, a qual inicia a oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo, por isso a alternativa correta é a (E). Gabarito: E Questão 10: Pref Lagarto – 2011 – Médico (banca AOCP) Em “Fica difícil atingir o desenvolvimento econômico dessa forma...”, a oração destacada funciona como (A) complemento nominal. (B) objeto direto. (C) sujeito. (D) predicativo do sujeito. (E) objeto indireto. Comentário: O verbo “Fica” é de ligação, “difícil” é predicativo e a oração “atingir o desenvolvimento econômico dessa forma” é o sujeito oracional, isto é: oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. (Isso fica difícil) Gabarito: C Questão 11: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) Os verbos destacados NÃO podem ser considerados uma locução verbal em (A) “...de que você possa arrepender-se” (B) “Como podemos superar esses momentos?” (C) “Perguntas a que também quero responder,” (D) “posso afirmar que o mundo não acaba amanhã...” (E) “não deixe entrar aquilo...” Comentário: A banca, na realidade, quer testar seus conhecimentos sobre a variação das orações subordinadas substantivas objetivas diretas com verbos causativos e sensitivos. Veja: Ouvi chamarem Maria. (oração principal + or. sub. subst. OD) Mandei chamar Maria. (oração principal + or. sub. subst. OD) As expressões “possa arrepender-se”, “podemos superar”, “quero responder” e “posso afirmar” são locuções verbais, pois possuem os verbos auxiliares poder e querer. Já nos dois verbos que fazem parte de orações diferentes “deixe entrar”, o primeiro deles é chamado de causativo, fazendo parte da oração principal. O segundo inicia a oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Para reforçar isso, podemos desenvolver a oração reduzida. Veja: “não deixe que aquilo entre”. (oração principal + or. sub. subst. OD) 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br10 de 80 Gabarito: E Questão 12: Prefeitura S. Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) “O motivo, segundo o instituto, é que [...] o clima é seco...” A oração destacada é (A) subordinada substantiva predicativa. (B) subordinada substantiva completiva nominal. (C) subordinada substantiva subjetiva. (D) subordinada substantiva objetiva indireta. (E) subordinada substantiva objetiva direta. Comentário: O termo “O motivo” é o sujeito, “é” é verbo de ligação e a oração “que [...] o clima é seco” é subordinada substantiva predicativa. Gabarito: A Questão 13: CEAGESP 2006 Advogado (banca Consulplan) “O processo, chamado de condicionamento térmico, consiste em mergulhar o fruto em água quente antes de refrigerá-lo”. O período sublinhado na frase: A) Substitui a palavra “processo”. B) Caracteriza o termo “condicionamento”. C) Completa o sentido da palavra “processo”. D) Indica qualidade. E) Completa o sentido do verbo “consiste”. Comentário: O verbo “consiste” é transitivo indireto, “O processo” é o sujeito e toda a oração sublinhada é subordinada substantiva objetiva indireta (O processo consiste nisso). É papel do objeto indireto completar o sentido do verbo. Por isso, a alternativa correta é a (E). Gabarito: E Vimos, em aula passada, os termos da oração e, nesta, as orações subordinadas substantivas, que provêm da maioria daqueles termos. Agora veremos as orações subordinadas adjetivas. Período composto por subordinação adjetiva As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a um adjetivo. Em termos sintáticos, essas orações exercem a função que normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal ou aposto explicativo). Perceba isso no exemplo abaixo. Detesto gente mentirosa. VTD núcleo do OD Adj Adn objeto direto período simples Detesto gente que mente. oração principal Or Sub Adjetiva período composto 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 80 Na primeira construção, o adjetivo “mentirosa” é adjunto adnominal, o qual caracteriza o núcleo do objeto direto “gente”. Ao se inserir um verbo nesta função adjetiva, naturalmente haverá uma oração de mesmo valor. Por isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva. A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é feita pelo pronome relativo que. Esse vocábulo não pode ser confundido com a conjunção integrante “que”, vista anteriormente, a qual inicia uma oração subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se evitar o erro: 1. Detesto mentiras. 2. Detesto gente mentirosa. 1. Detesto que mintam. 2. Detesto gente que mente. a) O vocábulo “mentiras” é um substantivo. Quando é substituído por verbo, passa a fazer parte de uma oração subordinada substantiva. b) “mentiras” é núcleo do objeto direto do verbo “Detesto”, por isso “que mintam” é oração subordinada substantiva objetiva direta da oração principal “Detesto”. c) O vocábulo “que” é uma conjunção integrante e toda a oração a partir desse vocábulo pode ser substituída pelo vocábulo “isso”, para a confirmação de ser oração substantiva. (Detesto isso.) a) O vocábulo “mentirosa” é um adjetivo. Quando é substituído por um verbo, passa a fazer parte de uma oração adjetiva. b) “mentirosa” é adjunto adnominal e restringe o núcleo do objeto direto. c) Não há coesão em se substituir a oração “que mente” pelo vocábulo “isso”. Veja: Detesto gente isso. Por isso não é oração substantiva. O segundo passo é substituir o “que” por “o qual” e suas variações, para confirmar se é pronome relativo iniciando oração adjetiva. Veja: Detesto gente a qual mente. No período “Detesto gente que mente”, desenvolvem-se duas ideias, relacionadas à palavra “gente”: a primeira é a de que eu a detesto e a segunda a de que ela mente. Assim: Detesto gente. Gente mente. VTD + OD Suj + VI Entendendo-se que o vocábulo “gente” está se repetindo desnecessariamente, pode-se inserir no lugar desse vocábulo repetido o pronome relativo “que” ou “a qual”. “Gente” está na função de sujeito, então o pronome “que” ou “a qual” também ocupa a função de sujeito. Veja: Detesto gente.Gente mente. Detesto gente que mente. Detesto gente a qual mente. sujeito Se fosse pedido para substituirmos “gente” por “pessoas”, permaneceria a semântica, mesmo um estando no singular e o outro no plural. Mas essa substituição implicaria mudança na concordância do verbo “mente”, que 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 80 deveria flexionar-se no plural, haja vista que o pronome relativo “que” é sujeito e retomaria “pessoas”. Assim: Detesto pessoas que mentem. VTD + objeto direto Suj + V. intransitivo oração principal oração Sub Adjetiva Vamos trabalhar agora a pontuação nestas orações. A pontuação e a classificação das orações adjetivas Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é necessário sabermos a diferença entre dois tipos de adjetivo. Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, característica inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e leite. Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem, fogo e leite. mortal quente branco explicativo homem fogo leite inteligente alto enriquecido restritivo Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele, teremos o seguinte: se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto adnominal. Por exemplo: “O homem, mortal, age como um ser imortal.” Nessa frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto explicativo. Já na frase “O homem inteligente lê mais.”, inteligente é adjetivo restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito, por isso não está entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal. Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do termo antecedente, individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou amplifica características básicas sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo “inteligente”. 1. O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 2. O homem inteligente não joga lixo no chão. Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, que raciocina. Essa é a condição básica para que ele possa ter a capacidade 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 80 cognitiva e então através dos séculos ter a possibilidade de isso ser ampliado. Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo e com isso há a função sintática de aposto explicativo. Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente,pois se sabe que nem todos os homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse não é um princípio só do poder de raciocínio, mas da virtude, da educação. Assim, inteligente, neste caso, é o homem educado. Como sabemos que nem todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo não está separado por vírgulas e cumpre a função sintática de adjunto adnominal. Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma oração subordinada adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe um verbo, tornar-se-á oração subordinada adjetiva restritiva. O uso de vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos anteriormente. Veja: O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. sujeito aposto explicativo VTD + objeto direto + adjunto adverbial de tempo período simples O homem, que é inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. oração subordinada adjetiva explicativa oração principal período composto O homem inteligente não joga lixo no chão. Adj Adn + núcleo adjunto adnominal Adj Adv VTD OD Adj Adv lugar negação sujeito simples período simples O homem que é inteligente não joga lixo no chão. oração subordinada adjetiva restritiva oração principal período composto Dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá mudança de sentido. Em determinados momentos, a vírgula poderá ser inserida ou retirada, isso fará com que a oração mude o sentido, mas não quer dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo: Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris. Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris. Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a expressão somente aquele que. Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de Angélica o qual mora em Paris foi encontrado por mim, os outros irmãos dela 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 80 não foram citados no contexto. Portanto, sem vírgulas, entende-se que ela tem mais de um irmão. Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão de Angélica é ser morador de Paris, pois ele é o único irmão. Veja outros: O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB. O curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB. No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do curso farão a prova da OAB, os outros não. Então o curso possui mais de oitocentos alunos. No segundo período, percebe-se que todo o efetivo discente do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos. Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta. No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não apreciada, conhecida pela felizarda. Aquela da qual gostar poderá ser escolhida. Porém, no segundo período, a pessoa presenteada já conhecia a joia e já gostava dela, por isso passou a haver a característica explicativa. Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por vírgulas, travessões e parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração subordinada adjetiva explicativa. As orações reduzidas e desenvolvidas Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo conjugado em modo e tempo verbal, as orações subordinadas adjetivas são chamadas de desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo. Questão 14: ESA 2009 Sargento do Exército (banca ESA) Assinale a única alternativa que apresenta um pronome relativo. (A) “...entre nádegas perfeitas, tão bonitas que ele parou.” (B) “...quando reconhecer que a mulher foi feita para você, tome-a...” (C) “...o homem que seus hormônios esperavam, ...” (D) “Ainda nem vira o seu rosto e sabia que era ela.” (E) “Ele sentia – na garganta, no peito, onde quer que fique o diabo do detector .” 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 80 Comentário: O pronome relativo “que” é aquele que conseguimos substituir por “o qual” ou suas variações. Na alternativa (A), a palavra “que” está associada ao intensificador “tão”. Assim, “tão...que” é expressão de valor consecutivo (consequência), o qual será visto adiante. O que importa agora é que não conseguimos substituir esse “que” por “o qual” ou suas variações. Na alternativa (B), a palavra “que” é conjunção integrante, pois inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Veja que conseguimos substituir toda a oração substantiva “que a mulher foi feita para você” por “isso” (reconhecer isso). A alternativa (C) é a correta, pois podemos substituir “que” por “o qual”, haja vista que o pronome relativo retoma a palavra “homem”. Veja: o homem que seus hormônios esperavam o homem o qual seus hormônios esperavam Na alternativa (D), a palavra “que” é conjunção integrante, pois inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Veja que conseguimos substituir toda a oração substantiva “que era ela” por “isso” (sabia isso). Na alternativa (E), há apenas uma locução de valor adverbial de lugar (“onde quer que”). Gabarito: C Questão 15: EletroAcre 2014 Administrador (banca IBEG) A respeito das questões morfossintáticas que envolvem o trecho “Maíra alerta que a qualidade da Educação Básica no Brasil é um tema que preocupa cada vez mais as grandes empresas.”, marque a alternativa correta. (a) Há três orações que se relacionam por coordenação. (b) A 2ª oração é subordinada, pois desempenha a função de complemento verbal da 1ª. (c) A 3ª oração apresenta uma explicação sobre o substantivo “tema”, por isso classifica-se como coordenada sindética explicativa. (d) Apenas a 2ª oração está constituída por um predicado verbal, pois apresenta um verbo que expressa uma ação realizada pelo sujeito. (e) O termo “as grandes empresas” é o sujeito da 3ª oração. Comentário: No período “Maíra alerta que a qualidade da Educação Básica no Brasil é um tema que preocupa cada vez mais as grandes empresas.”, há a oração principal “Maíra alerta”, a oração subordinada substantiva objetiva direta “que a qualidade da Educação Básica no Brasil é um tema” e a oração subordinada adjetiva restritiva “que preocupa cada vez mais as grandes empresas”. Assim, a alternativa (A) está errada, pois não há relação de coordenação entre as orações, mas de subordinação. A alternativa (B) é a correta, pois a segunda oração é o objeto direto da primeira oração, isto é, o complemento verbal de “alerta”. A alternativa (C) está errada, pois a terceira oração não é coordenada, mas subordinada adjetiva restritiva. 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 80 A alternativa (D) está errada, pois somente a segunda oração possui verbo de ligação. Assim, a primeira e a terceira orações possuem predicados verbaise a segunda possui predicado nominal. A alternativa (E) está errada, pois o termo “as grandes empresas” é o objeto direto do verbo transitivo direto “preocupa”. Gabarito: B Questão 16: Prefeitura de Formosa 2014 Assistente Adm (banca IBEG) Com base nas relações morfossintáticas que envolvem o período “A impressão que eu tenho é que são milhares!”, marque a alternativa correta. (a) “A impressão” funciona como complemento do verbo “tenho”. (b) O vocábulo “que”, em suas duas ocorrências, introduz uma oração subordinada adjetiva. (c) “tenho” é verbo intransitivo. (d) O vocábulo “que”, em sua 1ª ocorrência, funciona como complemento de “tenho”. (e) Em “são milhares”, ocorre oração sem sujeito. Comentário: No período “A impressão que eu tenho é que são milhares”, há três orações. A oração “A impressão é” é a principal, a oração “que eu tenho” é subordinada adjetiva restritiva e fica fácil perceber, pois o pronome relativo “que” pode ser substituído por “a qual”. A terceira oração “que são milhares” é subordinada substantiva predicativa. Assim, o vocábulo “que” é uma conjunção integrante. A alternativa (A) está errada, pois a expressão “A impressão” é o sujeito do verbo de ligação “é”. A alternativa (B) está errada, pois o primeiro vocábulo “que” é um pronome relativo, e o segundo é uma conjunção integrante. A alternativa (C) está errada, pois o verbo “tenho” é transitivo direto e seu objeto direto é o pronome relativo “que”. Assim, ele é o complemento desse verbo, fazendo com que a alternativa (D) seja a correta. A alternativa (E) está errada, pois o sujeito de “são milhares” está subentendido no contexto. Veremos na aula de concordância como se apresentam os verbos sem sujeitos. Gabarito: D Questão 17: Prefeitura de Formosa 2014 Assistente Adm (banca IBEG) Marque a alternativa que, de acordo com a norma padrão, apresenta outra redação para o período “A impressão que eu tenho é que são milhares!”. (a) Eu tenho a impressão de que são milhares! (b) Eu tenho uma impressão que são milhares! (c) Eu tenho impressão sobre a qual são milhares! (d) Tenho certa impressão de que são milhares! (e) Tenho a impressão a qual são milhares! Comentário: Neste novo contexto, o substantivo abstrato “impressão” rege a preposição “de”. Assim, passamos a ter uma oração principal (“Eu tenho a 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 80 impressão” ou “Tenho certa impressão”) e uma oração subordinada substantiva completiva nominal (“de que são milhares”). Como no período original o artigo “a” define “impressão” e o pronome “certa” o indefine, devemos seguir a ideia do texto original. Assim, a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A Questão 18: SSP AM 2015 Técnico de nível superior (banca FGV) “Este livro é o primeiro a sustentar que (1) a televisão não pode ser melhorada. Os problemas da televisão inerentes à própria tecnologia são tão perigosos – para a saúde física e mental para o meio ambiente e para a evolução democrática – que (2) este instrumento de massas deveria ser eliminado. Associando as suas experiências pessoais a uma investigação meticulosa e inédita, o autor aborda aspectos da televisão raramente examinados e que (3) nunca antes dele tinham sido relacionados. A ideia de que (4) todas as tecnologias são “neutras” e constituem instrumentos benignos que (5) podem ser utilizados bem ou mal é assim abertamente posta em causa nesta obra.” Cinco ocorrências do vocábulo QUE estão numeradas no texto; as ocorrências em que esse vocábulo não possui um significado real, porque NÃO se refere a nenhum termo anterior, são: (A) (1) (2); (B) (2) (3); (C) (3) (4) (5); (D) (1) (2) (4); (E) (1) (3) (5). Comentário: O sentido real, segundo a questão, é o vocábulo que retoma termo anterior. Lembro que esta é uma interpretação livre da banca. Não há respaldo gramatical para afirmar que a palavra “que” tem sentido real só quando retoma palavra anterior. Por isso, ela explicou sua intenção comunicativa: retomar palavra anterior. A questão pede a alternativa em que o “que” não retoma palavra anterior, isto é, não pode ser um pronome relativo. Lembre-se de que o pronome relativo pode ser substituído por “o qual” e suas variações. Na primeira ocorrência, a palavra “que” é uma conjunção integrante pois podemos substituir a oração subordinada substantiva objetiva direta pela palavra “isso”: Este livro é o primeiro a sustentar que a televisão não pode ser melhorada. Este livro é o primeiro a sustentar isso. Assim, já eliminamos as alternativas (B) e (C), pois são as que não apresentam o número 1. A segunda ocorrência é uma conjunção subordinativa adverbial consecutiva, haja vista que há a palavra intensificadora “tão”, na oração principal: Os problemas da televisão inerentes à própria tecnologia são tão perigosos ...que este instrumento de massas deveria ser eliminado. 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 80 Dessa forma, também eliminamos a alternativa (E), pois não apresenta o número 2. Na terceira ocorrência, a palavra “que” é um pronome relativo, pois podemos substituir pela expressão “os quais”. Tal pronome retoma a expressão “aspectos da televisão”. Na quarta ocorrência, a palavra “que” é uma conjunção integrante, pois podemos substituir toda a oração subordinada substantiva completiva nominal “de que todas as tecnologias são ‘neutras’” pela palavra “isso”: A ideia disso... é assim abertamente posta em causa nesta obra. Assim, já sabemos que a alternativa (D) é a correta. Na quinta ocorrência, a palavra “que” é um pronome relativo, pois pode ser substituído por “os quais” e retoma a expressão “instrumentos benignos”: ...constituem instrumentos benignos os quais podem ser utilizados bem ou mal. Gabarito: D Questão 19: TJ BA 2015 Analista Judiciário(banca FGV) O FUMO NÃO PRODUZ CÂNCER Os cientistas soviéticos afirmam que chegaram à conclusão de que não há nenhuma relação entre o tabagismo e o câncer. Informam que depois de minuciosas experiências com aplicação de tabaco nos lábios e na pele de ratos, não conseguiram produzir o câncer. ‘É possível, contudo, esclarecem, que o nosso tabaco georgiano não contenha cancerígenos’. Os norte-americanos, entretanto, na pessoa do Dr. Cuyler Hammond, diretor de Pesquisas Estatísticas da Sociedade Americana de Câncer e professor de biometria da Universidade de Yale, declaram que o cigarro é responsável por numerosos casos de câncer, nos Estados Unidos. [...] ‘O Estudo não deixou dúvida alguma – prossegue – que o tipo de câncer que mais aumenta nos Estados Unidos, o câncer de pulmão masculino, é mais comum entre os fumantes do que entre os não fumantes’[...] (IV Congresso Internacional do Câncer) Estão sublinhadas nos trechos do texto cinco ocorrências do vocábulo QUE; aquele que possui uma classe diferente das demais é: (A) “que chegaram à conclusão”; (B) “que depois de minuciosas experiências”; (C) “que o nosso tabaco georgiano”; (D) “que o cigarro é responsável”; (E) “que mais aumenta nos Estados Unidos”. Comentário: A alternativa (A) apresenta a conjunção integrante “que”, pois podemos substituir a oração subordinada substantiva objetiva direta “que chegaram à conclusão” pela palavra “isso” (Os cientistas soviéticos afirmam isso). A alternativa (B) apresenta a conjunção integrante “que”, pois podemos substituir a oração subordinada substantiva objetiva direta “que depois de minuciosas experiências com aplicação de tabaco nos lábios e na pele de ratos, não conseguiram produzir o câncer” pela palavra “isso” (Informam isso). 29779605894 - daniel kamioPortuguês para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 80 A alternativa (C) apresenta a conjunção integrante “que”, pois podemos substituir a oração subordinada substantiva subjetiva “que o nosso tabaco georgiano não contenha cancerígenos” pela palavra “isso” (Isso é possível). A alternativa (D) apresenta a conjunção integrante “que”, pois podemos substituir a oração subordinada substantiva objetiva direta “que o cigarro é responsável por numerosos casos de câncer, nos Estados Unidos” pela palavra “isso” (Os norte-americanos... declaram isso). A alternativa (E) é a correta, pois apresenta o pronome relativo “que” e podemos substituí-lo por “o qual”. Veja: O Estudo não deixou dúvida alguma – prossegue – que o tipo de câncer o qual mais aumenta nos Estados Unidos, o câncer de pulmão masculino, é mais comum entre os fumantes do que entre os não fumantes. Gabarito: E Questão 20: Pref Florianópolis 2014 Fiscal (banca FGV) “Nesses casos, o que pode existir é um transtorno de conduta”; esse segmento apresenta: a) duas orações, sendo uma subordinada; b) três orações, sendo uma reduzida; c) quatro orações, sendo uma coordenada; d) uma só oração, sendo absoluta; e) três orações, sendo uma coordenada. Comentário: Neste segmento, há duas orações, haja vista que há a locução verbal “pode existir” e o verbo “é”. Assim, já sabemos que a alternativa (A) é a correta. Na oração principal “o...é um transtorno de conduta”, o pronome demonstrativo “o” (=aquilo) é o sujeito, “é” é verbo de ligação e “um transtorno de conduta” é o predicativo. Na oração subordinada adjetiva restritiva “que pode existir”, o pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito e a locução verbal “pode existir” é intransitiva. Gabarito: A Questão 21: Pref Guarapuava 2014 Agente (banca Consulplan) Na frase “Estagiário de advogado diz que ativista afirmou que homem que acendeu rojão era ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo”, as três ocorrências de QUE se fazem, respectivamente, como: a) Conjunção integrante, pronome relativo, pronome relativo. b) Conjunção integrante, conjunção integrante, pronome relativo. c) Pronome relativo, pronome relativo, pronome relativo. d) Pronome relativo, conjunção integrante, conjunção integrante. Comentário: O verbo “diz” é transitivo direto e a oração “que ativista afirmou” é subordinada substantiva objetiva direta. O verbo “afirmou” é transitivo direto e a oração “que homem (...) era ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo” é subordinada substantiva objetiva direta. 29779605894 - daniel kamio c Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 80 Como sabemos que a conjunção integrante inicia oração substantiva, a alternativa correta é a (B). O último vocábulo “que” é pronome relativo, porque inicia oração subordinada adjetiva. Prova disso é que podemos substituí-la por “o qual”: homem o qual acendeu rojão. Gabarito: B Questão 22: CBTU 2014 Assistente de Manutenção (banca Consulplan) Em “Na moldura arbitrária e sombria imposta aos brasileiros entre 1964 e 1985, a advocacia emergiu como principal defensora da cidadania, a despeito de pressões, prisões, ameaças e abusos de toda a espécie que se abateram sobre seus quadros.”, a palavra destacada tem a finalidade de A) marcar uma causa. B) introduzir uma condição. C) sinalizar uma consequência. D) retomar palavras expressas anteriormente. Comentário: Podemos trocar a palavra “que” por “os quais”, haja vista que tal palavra retomou as seguintes palavras: “pressões”, “prisões”, “ameaças” e “abusos”. Assim, cabe apenas a alternativa (D) como correta. Gabarito: D Questão 23: Pref Jahu-SP – 2012 – Caixa (banca Consulplan) Fragmento do texto: De acordo com o pesquisador Les Mayhew, a expectativa de vida de ambos os sexos está crescendo, mas o índice dos homens está crescendo a um ritmo mais acelerado. Mayhew, que é professor de estatísticas do Cass Business School, analisou dados de expectativa de vida da Inglaterra e do País de Gales, mas outros pesquisadores percebem um padrão global nos estudos de Mayhew. Na passagem “Mayhew, que é professor de estatísticas do Cass Business School, analisou dados de expectativa de vida da Inglaterra...”, as vírgulas foram utilizadas para A) separar o aposto explicativo. D) isolar o adjunto adverbial intercalado. B) indicar a elipse de um termo. E) separar a oração reduzida de infinitivo. C) isolar a oração adjetiva explicativa. Comentário: A oração “que é professor de estatísticas do Cass Business School” é subordinada adjetiva explicativa. Para confirmar, basta substituir “que” por “o qual”. Veja: “Mayhew, que é professor de estatísticas do Cass Business School, analisou dados de expectativa de vida da Inglaterra...” “Mayhew, o qual é professor de estatísticas do Cass Business School, analisou dados de expectativa de vida da Inglaterra...” Assim, temos certeza de que a dupla vírgula isola uma oração adjetiva explicativa e a alternativa correta é a (C). Gabarito: C 29779605894 - daniel kamio 2 Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 80 Questão 24: Pref Porto Velho – 2012 – Administrador (banca Consulplan) “Um homem que levasse uma vida exclusivamente privada não passava de um insignificante animal doméstico.” A oração destacada é subordinada A) adjetiva explicativa. D) adjetiva restritiva. B) substantiva objetiva direta. E) substantiva apositiva. C) substantiva subjetiva. Comentário: A oração “que levasse uma vida exclusivamente privada” é adjetiva, porque caracteriza o substantivo “homem”. Além disso, podemos substituir o pronome relativo “que” por “o qual”, o que confirma ser ela uma oração adjetiva. Veja: “Um homem o qual levasse uma vida exclusivamente privada não passava de um insignificante animal doméstico.” Como tal oração adjetiva não se encontra separada por vírgulas, é restritiva. Gabarito: D Questão 25: CODESP – 2012 – Assistente Social (banca Consulplan) Em todas as frases abaixo, as palavras sublinhadas possuem o mesmo valor semântico, EXCETO: A) “…Fiquei olhando aquele monitor que me conferia um “lucro” de cerca de R$35..” B) “… apontei o erro que me beneficiaria.” C) “Não tento subornar guardas que me multam…” D) “Sou crente que a maioria das pessoas é do bem,…” E) “… com um tom que nada tinha de agradecimento,…” Comentário: A questão nos cobra a diferença entre a conjunção integrante “que” e o pronome relativo “que”. Resumindo, a conjunção integrante “que” inicia oração subordinada substantiva, a qual pode ser substituída pela palavra “isso” a fim de facilitar sua identificação. Já o pronome relativo “que” inicia oração subordinada adjetiva e pode ser substituído pelas expressões “o qual”, “a qual”, “os quais”, “as quais”. Vamos conferir? Na alternativa (A), ocorre pronome relativo, pois podemos substituir “que” por “o qual”. Veja: “…Fiquei olhando aquele monitor que me conferia um “lucro” de cerca de R$35..” “…Fiquei olhando aquele monitor o qual me conferia um “lucro” de cerca de R$35..” (pronome relativo) Na alternativa (B), ocorre pronome relativo, pois podemos substituir “que” por “o qual”. Veja: 29779605894 - daniel kamio 6 Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 80 “… apontei o erro que me beneficiaria.” “… apontei o erro o qual me beneficiaria.” Na alternativa (C), ocorre pronome relativo, pois podemos substituir “que” por “os quais”.Veja: “Não tento subornar guardas que me multam…” “Não tento subornar guardas os quais me multam…” A alternativa (D) é a que não apresenta o pronome relativo “que”, mas a conjunção integrante. A expressão usada pelo autor é típica da linguagem coloquial. Para que ficasse de acordo com o padrão culto, o adjetivo “crente” exigiria a preposição “em”: “Sou crente em que a maioria das pessoas é do bem.” Agora, sim, de acordo com o padrão culto, podemos substituir toda a oração posterior pela palavra “isso”. Veja: “Sou crente nisso”, isto é “Acredito nisso”. Na alternativa (E), ocorre pronome relativo, pois podemos substituir “que” por “o qual”. Veja: “… com um tom que nada tinha de agradecimento…” “… com um tom o qual nada tinha de agradecimento…” Gabarito: D Questão 26: Pref Barra Velha-SC – 2012 – Advogado (banca Consulplan) Dentre os elementos em destaque, só NÃO exerce papel pronominal A) “acabou com um pesadelo que me atormentou por mais de um ano.” B) “A história que agora passo a narrar” C) “decidiram em assembleia que esperariam” D) “essas criaturas que adotamos” E) “neste mundo cão em que vivemos.” Comentário: Esta questão também nos cobra a diferença entre a conjunção integrante “que” e o pronome relativo “que”. Na alternativa (A), o vocábulo “que” é um pronome relativo, pois retoma o substantivo “pesadelo”. Para confirmar, podemos substituir “que” por “o qual”: “...acabou com um pesadelo o qual me atormentou por mais de um ano.” Na alternativa (B), o vocábulo “que” é um pronome relativo, pois retoma o substantivo “história”. Para confirmar, podemos substituir “que” por “a qual”: “A história a qual agora passo a narrar” A alternativa (C) é a que apresenta a conjunção integrante “que”, pois podemos substituir a oração subordinada substantiva objetiva direta “que esperariam” pelo vocábulo “isso”. Veja: “decidiram em assembleia isso” Na alternativa (D), o vocábulo “que” é um pronome relativo, pois retoma o substantivo “criaturas”. Para confirmar, podemos substituir “que” por “as quais”: 29779605894 - daniel kamio 5 Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 80 “essas criaturas as quais adotamos” Na alternativa (E), o vocábulo “que” é um pronome relativo, pois retoma o substantivo “mundo”. Para confirmar, podemos substituir “que” por “o qual”. Como o pronome “que” é antecipado da preposição “em”, deve haver a contração desta preposição com o artigo “o”, que antecede “qual” (“no qual”). Veja: “neste mundo cão no qual vivemos.” Gabarito: C Questão 27: Pref São Gonçalo – 2011 – Procurador (banca CEPERJ) A palavra que tem classificação diversa das demais na alternativa: A) “Os que assim procedem, certamente justificados pelo grande número de casos morosos...” B) “...prevalecendo as vozes que apontam a morosidade judicial como um mal predominante...” C) “...há quem sustente que a grande maioria dos processos acaba razoavelmente depressa...” D) “...Ninguém procura pesquisar a verdade, a realidade do que efetivamente se passa na tramitação dos processos judiciais...” E) “Ninguém procura pesquisar a verdade, a realidade do que efetivamente se passa na tramitação dos processos judiciais, e que constitui, afinal de contas, a maneira pela qual o Direito vive...” Comentário: Esta questão basicamente cobra a diferença entre a conjunção integrante e o pronome relativo. Para resolvermos rapidamente a questão, vimos o macete de que a conjunção integrante inicia a oração subordinada substantiva, a qual pode ser substituída pela palavra “isso”. Assim, perceba que somente a alternativa (C) nos dá essa possibilidade de substituição: há quem sustente isso. Assim, esta é a alternativa correta, pois as demais possuem pronome relativo. Na alternativa (A), o pronome relativo “que” retoma o pronome demonstrativo reduzido “Os”. Na alternativa (B), o pronome relativo “que” retoma o substantivo “vozes”. Na alternativa (D), o pronome relativo “que” retoma o pronome demonstrativo reduzido “o”, o qual se encontra contraído com a preposição “de” (de + o = do). Na alternativa (E), o pronome relativo “que” retoma o mesmo pronome demonstrativo reduzido “o”, o qual se encontra contraído com a preposição “de” (de + o = do). Note que os dois pronomes relativos iniciam orações subordinadas adjetivas restritivas, as quais se encontram coordenadas entre si. Perceba a conjunção aditiva “e”, a qual confirma isso. Observação: há uma vírgula sobrando depois da expressão “processos judiciais”. Sintaticamente, ela deveria ser retirada. Gabarito: C 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 80 Estrutura subordinada adverbial Sabemos que, se no enunciado há apenas um verbo, naturalmente temos apenas uma oração (oração absoluta = período simples); porém, se houver outro verbo dentro deste enunciado, teremos duas orações (período composto). Para iniciarmos, veja a estrutura abaixo. O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa sujeito predicado verbal período simples A oração acima possui a estrutura básica S V O: “O candidato passou no concurso”. O termo “devido ao seu esforço no estudo” é o adjunto adverbial. Esse termo transmite a causa de o aluno ter passado no concurso. Por isso, podemos inserir a vírgula facultativamente. Esta estrutura não foi obrigatória, ela foi inserida para que houvesse mais clareza e situasse melhor o leitor sobre a circunstância que levou o candidato à aprovação. Agora, perceba o seguinte: se disséssemos somente “Devido ao seu esforço no estudo”, alguém entenderia o enunciado? Logicamente, não! Concorda? Por isso, dizemos que esta estrutura é dependente da estrutura S V O, isto é: subordinada à principal: O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos que passaremos a ter duas orações: a principal e a subordinada adverbial causal. O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. sujeito VTI objeto indireto VTI + objeto indireto predicado verbal predicado verbal oração principal oração subordinada adverbial causal período composto Oração principal? Por quê? Diferentemente das orações coordenadas que são independentes umas das outras e por isso o nome da primeira é oração inicial, a oração principal é a base para que a oração subordinada possa se apoiar nela, para transmitir coerência. Oração subordinada? Por quê? A oração subordinada é aquela que depende da principal para ter sentido, assim como aconteceu com o adjunto adverbial, no exemplo acima. vírgula facultativa Estrutura básica (principal) Estrutura adverbial (subordinada) vírgula facultativa 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 80 Oração adverbial? Por quê? Porque foi gerada de um adjunto adverbial. Veja, bastou inserir o verbo “esforçou”, para que houvesse a oração adverbial. Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será empregada. Via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente. Antecipando a estrutura adverbial... Devido ao seu esforço no estudo, o candidatopassou no concurso adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto sujeito predicado verbal período simples Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso VTI + objeto indireto VTI objeto indireto predicado verbal sujeito predicado verbal oração subordinada adverbial causal oração principal período composto Agora, intercalando... O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso. adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto sujeito predicado verbal período simples O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso VTI + objeto indireto VTI objeto indireto sujeito predicado verbal predicado verbal oração subordinada adverbial causal oração principal período composto As orações subordinadas podem ser divididas também em dois tipos: desenvolvidas (aquelas que possuem conjunção e verbos conjugados em modos e tempos verbais); O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. vírgula obrigatória vírgula obrigatória vírgulas obrigatórias vírgulas obrigatórias oração principal oração subordinada adverbial causal (desenvolvida) 29779605894 - daniel kamio ==c265== Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 80 reduzidas (aquelas que perdem a conjunção e por isso os verbos passam a uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio). O candidato passou no concurso, por se esforçar no estudo. Por que é chamada de reduzida? Porque, ao perder uma conjunção, reduz-se a quantidade de vocábulos daquela oração. Por que tenho que saber as orações reduzidas? Muitas vezes a banca pede para desenvolver a oração reduzida, inserindo a conjunção adequada à sua circunstância (valor semântico), por isso veremos os valores das orações adverbiais. Elas basicamente se dividem em 9. 1. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc: Estudo porque necessito. Como fazia frio, fechou as janelas. Já que estou cansado, vou descansar. Uma vez que estudou muito, foi aprovado. Observações: I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções como: Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu material de estudo. II - Vimos anteriormente que as conjunções porque, porquanto e pois podem ser coordenativas explicativas. Agora, percebemos que elas também podem ser causais. A diferença básica entre elas é que a oração subordinada adverbial causal transmite a origem, a base de um resultado posterior, por isso dizemos que o processo verbal nela veiculado é anterior ao da oração principal. Veja: O caro parou porque ficou sem combustível. Or principal + oração subordinada adverbial causal (ocorreu antes) A razão (causa) de o carro ter parado foi a falta de combustível. Note que a conjunção causal “porque” inicia a oração “porque ficou sem combustível”, a qual ocorreu antes de o carro ter parado, por isso é entendida como causa, razão, motivo. oração principal oração subordinada adverbial causal (reduzida de infinitivo) 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 80 Compare com este período: Aquele carro deve ter ficado sem combustível, pois está parado na rodovia. oração principal + oração coordenada sindética explicativa (ocorreu depois) Veja que, agora, a oração iniciada pela conjunção “pois” (“pois está parado na rodovia”) não ocorreu antes de o combustível supostamente ter acabado. Isso ocorreu depois. Por esse motivo, esta oração iniciada pela conjunção “pois” não é a causa, mas a explicação de alguém ter achado que o combustível acabou. Questão 28: ESA 2015 Sargento do Exército (banca ESA) O desafio consiste em garantir o abastecimento às grandes cidades brasileiras nos próximos anos, uma vez que é previsto crescimento populacional e, consequentemente, aumento das demandas de consumo. A conjunção em negrito A) conecta orações integrantes. B) inicia uma oração coordenativa. C) expressa causa. D) denota finalidade E) é indicadora de explicação Comentário: Vimos que a locução conjuntiva “uma vez que” inicia oração subordinada adverbial causal. Para reforçar isso, veja que podemos substituir essa locução por “já que”, “porque” dentre outras de mesmo valor. Veja: O desafio consiste em garantir o abastecimento às grandes cidades brasileiras nos próximos anos, uma vez que é previsto crescimento populacional e, consequentemente, aumento das demandas de consumo. O desafio consiste em garantir o abastecimento às grandes cidades brasileiras nos próximos anos, já que é previsto crescimento populacional e, consequentemente, aumento das demandas de consumo. O desafio consiste em garantir o abastecimento às grandes cidades brasileiras nos próximos anos, porque é previsto crescimento populacional e, consequentemente, aumento das demandas de consumo. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C Questão 29: SSP AM 2015 Assistente Operacional (banca FGV) “Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que lá ocorrem, há um acidente de automóvel. Como o motorista de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o “Você sabe com quem está falando?”, identifica-se como promotor público, prendendo o guarda”. (DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990) No texto há duas ocorrências do vocábulo “como”: “Como o motorista de um dos carros está visivelmente errado...” e “identifica-se como promotor público”. A afirmação correta sobre essas ocorrências é: 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 80 (A) as duas mostram valor de “modo”; (B) a segunda mostra valor de “tempo”; (C) a primeira mostra valor de “causa”; (D) as duas mostram valor de “causa”; (E) a primeira mostra valor de “modo”. Comentário: O primeiro vocábulo pode ser substituído pela locução conjuntiva “Já que”, por isso tem valor causal. Veja: Já que o motorista de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina. O segundo vocábulo tem valor de modo. Identifica-se como? De que forma? Assim, sabemos que a alternativa correta é a (C). Gabarito: C Questão 30: TJ SC 2015 Assistente Social (banca FGV) “Geralmente gastavam pouco, mas como haviam recebido bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para compras”. Reescrevendo-se o período, mantém-se o sentido original apenas em: (A) A caminhada foi cheia de paradas para compras, uma vez que haviam recebido bastante na colheita do algodão, dado que geralmente gastavam pouco. (B) Haviam recebido bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para compras porque geralmente gastavam pouco. (C) Porque haviam recebido bastantena colheita do algodão, geralmente gastavam pouco, e a caminhada foi cheia de paradas para compras. (D) Ainda que geralmente gastassem pouco, a caminhada foi cheia de paradas para compras, pois haviam recebido bastante na colheita do algodão. (E) Em virtude de gastarem geralmente pouco e de haverem recebido bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para compras. Comentário: No período, há três orações, as quais estão identificadas com números: “Geralmente gastavam pouco¹, mas² como haviam recebido bastante na colheita do algodão³, a caminhada foi cheia de paradas para compras²”. O segmento 1 é inicial, o segmento 2 é a oração coordenada adversativa e o segmento 3 é uma oração subordinada adverbial causal. Assim, devemos achar, dentre as alternativas, uma relação de contraste entre os segmentos 1 e 2, e uma relação de causa do segmento 3 em relação ao 2. A alternativa (A) está errada, porque o segmento 1 não se encontra em contraste com o segmento 2. A locução conjuntiva “dado que” transmite valor causal, o que prejudica a informação original. Veja: A caminhada foi cheia de paradas para compras², uma vez que haviam recebido bastante na colheita do algodão³, dado que geralmente gastavam pouco¹. 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 80 A alternativa (B) está errada, porque não houve relação de contraste entre os segmentos 1 e 2. Além disso, o segmento 1 não traduz valor de causa no texto original. Haviam recebido bastante na colheita do algodão³, a caminhada foi cheia de paradas para compras² porque geralmente gastavam pouco¹. A alternativa (C) está errada, porque não houve relação de adversidade entre os segmentos 1 e 2. Veja que houve mudança de sentido por conta da conjunção aditiva “e”. Também não houve relação de causa entre os segmentos 3 e 2. Porque haviam recebido bastante na colheita do algodão³, geralmente gastavam pouco¹, e a caminhada foi cheia de paradas para compras². A alternativa (D) é a correta. A relação de contraste se manteve entre os segmentos 1 e 2. Agora, não há oração coordenada adversativa, mas a oração subordinada adverbial concessiva: Ainda que geralmente gastassem pouco. A conjunção “pois” reafirma o valor de causa do segmento 3 em relação ao 2. Ainda que geralmente gastassem pouco¹, a caminhada foi cheia de paradas para compras², pois haviam recebido bastante na colheita do algodão³. A alternativa (E) está errada, pois, no texto original, não há relação de adição entre os segmentos 1 e 3. Assim, a conjunção “e” fez mudar o sentido. Além disso, não se observa relação de contraste, nem de causa na reescrita abaixo. Em virtude de gastarem geralmente pouco¹ e de haverem recebido bastante na colheita do algodão³, a caminhada foi cheia de paradas para compras². Gabarito: D Questão 31: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV) Fragmento do texto: Todos queremos viver em liberdade e procuramos construir caminhos para alcançar esse propósito. Se um problema atravessa nossas vidas, nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres, pois há limitações e dificuldades de atuar. Ficamos em uma rua sem saída. “Se um problema atravessa nossas vidas, / nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres”; o segundo segmento desse trecho do texto, em relação ao primeiro, funciona como sua: (A) explicação; (B) conclusão; (C) condição; (D) consequência; (E) concessão. Comentário: A primeira observação a se fazer é a de que a questão quer o valor do segundo segmento em relação ao primeiro, isto é, ela quer o valor subentendido da oração principal “nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres”. A estrutura acima tem relação com a da primeira observação que vimos 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 80 na teoria, quando a conjunção “se” tem valor causal, isto é, é a base do raciocínio, ocorre temporalmente antes e é o motivo da ação da segunda oração. Para reforçar o valor causal, basta substituir a conjunção “se” por “como” ou “já que”. Veja: Se um problema atravessa nossas vidas, nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres... Como um problema atravessa nossas vidas, nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres... Já que um problema atravessa nossas vidas, nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres... Se a oração “Se um problema atravessa nossas vidas” é a causa, o motivo; então o segundo segmento “nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres” é o resultado, a consequência. A alternativa (D) é a correta. Gabarito: D 2. Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito, um resultado e aparecem de duas formas: I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho: Trabalharam tanto que suas mãos ficaram inchadas. Tal foi o problema na empresa que todos foram demitidos. Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos. Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...) II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de sorte que, de modo que, etc: Motivamos a classe empresarial, de sorte que o Brasil aumentou o nível de empregos regulares. “As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem.” III – locução conjuntiva sem que, e a conjunção que, seguida de negação. Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar. Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar. Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; na segunda, sua ausência é substituída pelo advérbio de negação “não”. 29779605894 - daniel kamio Português para TJ SP Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 80 Questão 32: TCE SE 2015 Analista (banca FGV) “A vida hoje está tão moderna, tão moderna, que todos nós nascemos atrasados tecnologicamente”. (Nouailles) A segunda oração desse pensamento tem valor de: (A) consequência; (B) modo; (C) comparação; (D) causa; (E) concessão. Comentário: A oração “que todos nós nascemos atrasados tecnologicamente” é subordinada adverbial consecutiva. Assim, a alternativa (A) é a correta. Note o intensificador “tão” na oração principal: tão moderna... Assim, fica fácil perceber a primeira estrutura vista em nossa teoria. Gabarito: A Questão 33: TJ RJ 2015 Técnico (banca FGV) “Sua vantagem é tanta que a prefeitura da Cidade do México lançou um programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por modelos mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o consumo que seria possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, que costuma ter um altíssimo nível de consumo”. Sobre as ocorrências do vocábulo que presentes nesse segmento do texto, a afirmação correta é a de que: (A) a primeira e a terceira ocorrência pertencem à mesma classe gramatical; (B) a segunda ocorrência pertence à mesma classe da primeira; (C) as três últimas ocorrências pertencem à mesma classe; (D) a última ocorrência pertence à classe diferente de todas as demais; (E) a segunda e a quarta ocorrências pertencem a classes diferentes. Comentário: A primeira ocorrência da palavra “que” é uma conjunção adverbial consecutiva, haja vista ser precedida do intensificador “tanta”. A segunda ocorrência da palavra “que” é o pronome relativo,
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