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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO
CONSTITUCIONAL
Controle de Constitucionalidade
Livro Eletrônico
LUCIANO DUTRA
Advogado da União desde 2009. Autor de livros 
e articulista. Professor de Direito Constitucional 
com ampla experiência em cursos preparatórios 
para concursos públicos e Exames de Ordem 
presenciais e on-line. Aprovado em diversos 
concursos públicos. Comentarista jurídico de 
revistas, jornais, sites e rádios. Graduado em 
Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora 
e pós-graduado em Direito Público. Graduado 
e pós-graduado em Ciências Militares.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Controle de Constitucionalidade
Prof. Luciano Dutra
1. Controle de Constitucionalidade ................................................................4
2. Conceito ................................................................................................4
3. Pressupostos ..........................................................................................4
4. Legislação Aplicada .................................................................................9
5. Inconstitucionalidade por Ação e por Omissão .............................................9
6. Inconstitucionalidades Material e Formal ..................................................10
7. Inconstitucionalidade Total ou Parcial ......................................................12
8. Sistemas de Controle de Constitucionalidade ............................................14
9. Momento do Controle de Constitucionalidade ............................................16
10. Modelos de Controle de Constitucionalidade ............................................20
11. Formas de Controle de Constitucionalidade .............................................21
12. Controle Difuso ...................................................................................23
13. Controle Concentrado – Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ...........35
14. Controle Concentrado – Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
(ADO) .....................................................................................................53
15. Controle Concentrado – Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) .....57
16. Controle Concentrado – Arguição de Descumprimento de Preceito 
Fundamental (ADPF) .................................................................................65
17. Controle Concentrado – Representação Interventiva ................................73
18. Inconstitucionalidade por Arrastamento, por Arrasto, por Atração, 
Consequencial ou por Reverberação Normativa ............................................75
Resumo ...................................................................................................77
Questões de Concurso ...............................................................................87
Gabarito ................................................................................................ 111
Gabarito Comentado ............................................................................... 112
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Controle de Constitucionalidade
Prof. Luciano Dutra
1. Controle de Constitucionalidade
Querido(a) aluno(a), estamos de volta. Espero que você esteja pleno(a) de saú-
de e disposto(a), pois enfrentaremos uma árdua caminhada.
Primeiramente, caso você tenha preconceito com o controle de constitucionali-
dade, peço, encarecidamente, que se livre dessa mágoa. 
Reconheço que o controle de constitucionalidade é uma matéria extensa, mas 
está longe de ser um “bicho de sete cabeças”. Aliás, reputaria o assunto como fácil. 
Mas, para absorver os conhecimentos que apresentarei, concito que esteja de alma 
leve, sem trazer para nosso agradável encontro dissabores passados.
Combinado?
Então, vamos lá!!! Aperte o cinto que o avião do Gran Cursos Online decolará!
2. Conceito
O que é e para que serve o controle de constitucionalidade? O controle de cons-
titucionalidade é um conjunto de atos tendentes a garantir a supremacia formal da 
Constituição. Destina-se a averiguar a compatibilidade vertical das demais normas 
jurídicas e atos do Poder Público com o seu fundamento de validade – a Constitui-
ção Federal. 
Se uma lei é elaborada desrespeitando os mandamentos constitucionais, deve 
ser expurgada do ordenamento jurídico. Para isso, os órgãos estatais se valem do 
controle de constitucionalidade.
3. Pressupostos
São pressupostos do controle de constitucionalidade a rigidez constitucional e 
sua supremacia formal. 
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Controle de Constitucionalidade
Prof. Luciano Dutra
Sabemos que, quanto à alterabilidade, as Constituições podem ser classificadas 
como imutáveis, rígidas, semirrígidas e flexíveis.
Nos Estados que adotam Constituições rígidas (como é o caso do Brasil), as 
normas constitucionais só podem ser alteradas por um procedimento mais ri-
goroso do que aquele previsto para a alteração das demais normas infraconsti-
tucionais (estudaremos o processo de alteração da nossa Constituição Federal ao 
tratarmos do Processo Legislativo).
Nesse modelo, segundo o escalonamento normativo proposto por Hans Kelsen, 
a Constituição ocupa o ápice do ordenamento jurídico, servindo de fundamento de 
validade para toda a produção normativa subsequente, ou seja, as normas consti-
tucionais possuem uma força destacada apta a condicionar a validade das normas 
infraconstitucionais.
Como consequência dessa estrutura hierarquizada de normas, fala-se em su-
premacia formal das normas constitucionais em face das demais leis do orde-
namento jurídico.
Pode-se afirmar, portanto, que em um sistema jurídico dotado de supremacia 
constitucional, todas as normas constitucionais, independentemente de seu con-
teúdo, equivalem-se em termos de hierarquia (isso é muito importante) e são 
dotadas de supremacia formal em relação às demais normas infraconstitucionais.
A consolidação da tese da supremacia formal da Constituição está intimamente 
ligada às ideias propostas por Konrad Hesse, a partir da divulgação de sua obra 
A Força Normativa da Constituição, que se contrapõem às ideias trazidas por 
Ferdinand Lassalle.
Lembre-se do seguinte: Lassalle nega a existência de força normativa da 
Constituição jurídica (também chamada por ele de Constituição escrita ou Cons-
tituição formal), e, por consequência, nega a possibilidade de supremacia formal 
do seu texto, pois, no seu entender, caberia à Constituição apenas a expressão dos 
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Controle de Constitucionalidade
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“fatores reais do poder” que regem uma nação. Para ele, a Constituição não tem 
força normativa para condicionar os atores estatais.
Emsentido contrário, Konrad Hesse afirma que a Constituição jurídica não 
configura apenas a representação dos “fatores reais do poder”. Significa muito mais 
do que o simples reflexo das forças sociais e políticas. Para ele, a Constituição ju-
rídica possui força ativa capaz de condicionar a realidade política e social de um 
Estado, o que denominou de “força normativa da Constituição”. A Constituição 
possui força normativa se os mandamentos constitucionais forem efetivamente 
realizados pelos detentores do poder político – é o que o autor denomina “vonta-
de de Constituição”. Hesse concorda com Lassalle ao afirmar que a Constituição 
jurídica é condicionada pela realidade político-social; concorda, também, que a 
pretensão de eficácia da Constituição somente pode ser realizada se for levada em 
conta essa realidade.
Entretanto, não concorda com Lassalle quando este conceitua a Constituição 
jurídica como “mera folha de papel”, pois, para Hesse, é inconcebível reduzir a 
Constituição jurídica à mísera função de justificar as relações de poder dominantes. 
Segundo a visão de Hesse, a Constituição jurídica e a Constituição sociológica estão 
em relação de coordenação, condicionando-se mutuamente. No entanto, em caso 
de eventual conflito entre ambas, a Constituição jurídica deve prevalecer, 
uma vez que é dotada de força normativa própria. 
Em resumo, nossa atual Constituição Federal de 1988 é rígida, possuindo, por-
tanto, supremacia formal em relação às demais normas infraconstitucionais. Des-
sa maneira, as leis só são válidas e estão aptas a produzir seus efeitos no mundo 
jurídico se, e somente se, forem compatíveis com seu fundamento de validade – a 
Constituição Federal vigente.
Vejamos como isso pode cair na sua prova.
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Questão 1 (EXAME DA OAB/2009.3) Entre os pressupostos do controle de consti-
tucionalidade, destacam-se a supremacia da CF e a rigidez constitucional.
Certo.
Exatamente o que acabo de explicar!
Questão 2 (TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2005) A norma constitucional que 
prevê a liberdade de convicção religiosa tem maior hierarquia que a norma consti-
tucional que estabelece a imunidade tributária dos locais destinados a cultos reli-
giosos.
Errado.
Em consequência da supremacia formal da Constituição Federal, todas as normas 
constitucionais equivalem-se em termos de hierarquia.
Questão 3 (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011) É prevalecente, na doutrina consti-
tucional brasileira, o entendimento de que as normas que consagram as cláusulas 
pétreas estão em nível hierárquico superior às demais normas constitucionais.
Errado.
Mais uma vez, todas as normas constitucionais equivalem-se em termos de hierar-
quia.
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Questão 4 (CGU/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/2003) A existência de su-
premacia formal da constituição independe da existência de rigidez constitucional.
Errado.
Só se fala em supremacia formal da Constituição em Estados que adotam a Cons-
tituição do tipo rígida.
Questão 5 (DEFENSOR PÚBLICO DO ACRE/2006) A supremacia da constituição 
ocorre mesmo nas chamadas constituições flexíveis.
Errado.
Mais uma vez, para fixarmos definitivamente a ideia central: só se fala em supre-
macia formal da Constituição em Estados que adotam a Constituição do tipo rígida.
Questão 6 (CGU/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/ 2003) A concepção de 
constituição, defendida por Konrad Hesse, não tem pontos em comum com a con-
cepção de constituição defendida por Ferdinand Lassalle, uma vez que, para Konrad 
Hesse, os fatores históricos, políticos e sociais presentes na sociedade não concor-
rem para a força normativa da constituição.
Errado.
Konrad Hesse concorda com Ferdinand Lassalle no sentido de que a Constituição 
jurídica é condicionada pela realidade político-social; concorda, também, que a 
pretensão de eficácia da Constituição somente pode ser realizada se for levada em 
conta essa realidade.
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Controle de Constitucionalidade
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4. Legislação Aplicada
Para estudarmos o controle de constitucionalidade, é fundamental estarmos de 
posse, além da nossa tradicional fonte de estudo (a Constituição Federal), das Leis 
n. 9.868, de 1999, e n. 9.882, também de 1999. Portanto, imprima as leis citadas 
e as mantenha ao seu lado durante o estudo.
CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE
Conjunto de atos tendentes a garantir a supremacia formal da CF
Declaração de inconstitucionalidade é uma medida excepcional (princípio da 
presunção de constitucionalidade das leis)
PRESSUPOSTO
Rigidez constitucional (só há supremacia formal 
em Constituições rígidas)
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
CF 
Lei n. 9.868, de 1999
Lei n. 9.882, de 1999
5. Inconstitucionalidade por Ação e por Omissão
Considerando que a inconstitucionalidade é justamente o indesejável desrespei-
to à Constituição vigente, é importante fixar que essa desconformidade pode se dar 
por ação ou por omissão.
A inconstitucionalidade por ação diz respeito à verificação da compatibilidade verti-
cal entre as normas jurídicas e os atos do Poder Público com o seu parâmetro de con-
trole – a Constituição Federal. Significa um fazer inconstitucional do Poder Público.
Por sua vez, a inconstitucionalidade por omissão decorre de um não fazer do Es-
tado que ofende uma determinação constitucional. A falta de ação do Poder Público 
em regulamentar o direito de greve dos servidores públicos civis caracteriza uma 
inércia inconstitucional. A aferição desta inconstitucionalidade por omissão pode se 
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dar pela via concentrada, por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade por 
omissão, ou pela via difusa, por meio de mandado de injunção.
Daqui a pouco falaremos das ações de controle concentrado de constitucionali-
dade. Por ora, basta saber que existem instrumentos capazes de combater a omis-
são inconstitucional.
Questão 7 (MPOG/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNA-
MENTAL/2009) A supremacia da Constituição exige que todas as situações jurídicas 
se conformem com os princípios e preceitos da Constituição, mas ainda não existe 
instrumento jurídico capaz de corrigir omissão inconstitucional.
Errado.
Conforme vimos, existem mecanismos jurídicos para corrigir omissão inconstitucional.
O que é inconstitucionalidade?
POR AÇÃO fazer inconstitucional
POR OMISSÃO
inércia ofensiva à CF
somente possível quando a CF exige um fazer
total ou parcial
ESPÉCIES DE 
INCONSTITUCIONALIDADE6. Inconstitucionalidades Material e Formal
Teremos a inconstitucionalidade material (também chamada de nomoestática) 
quando o vício está no conteúdo da norma (na sua matéria).
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Já na inconstitucionalidade formal (ou nomodinâmica), o vício está no processo 
legislativo. Essa inconstitucionalidade formal subdivide-se em:
a) subjetiva: o vício está na iniciativa para a propositura do projeto de lei. Pense 
o seguinte: o art. 61, § 1º, determina que as matérias ali previstas sejam de inicia-
tiva privativa do Presidente da República. Caso um parlamentar federal apresente 
um projeto de lei sobre uma daquelas matérias, haverá uma inconstitucionalidade 
formal subjetiva;
b) objetiva: o vício estará situado nas demais fases do processo legislativo, 
como, por exemplo, uma lei complementar, que exige um quórum de maioria ab-
soluta (art. 69), aprovada por maioria simples. Isso gera uma inconstitucionalidade 
formal objetiva;
c) orgânica: aqui, o vício está na repartição constitucional de competências, 
como, por exemplo, uma lei estadual que legisle sobre trânsito. Como a matéria é 
federal (art. 22, XI), caso isso aconteça, haverá uma inconstitucionalidade formal 
orgânica.
Questão 8 (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) Verifica-se a inconstitucionalida-
de formal, também conhecida como nomodinâmica, quando a lei ou o ato norma-
tivo infraconstitucional contém algum vício em sua forma, independentemente do 
conteúdo.
Certo.
Exatamente. Na inconstitucionalidade formal, o vício é na forma, ou seja, no pro-
cesso legislativo.
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Questão 9 (DPU/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) A inobservância da competên-
cia constitucional de um ente federativo para a elaboração de determinada lei en-
seja a declaração da inconstitucionalidade material do ato normativo.
Errado. 
Na verdade, a inobservância da competência constitucional de um ente federativo 
para a elaboração de determinada lei enseja a declaração da inconstitucionalidade 
formal orgânica do ato normativo.
Questão 10 (DPU/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) Qualquer ato normativo que 
desrespeite preceito ou princípio da CF deve ser declarado inconstitucional, por 
possuir vício formal insanável.
Errado.
Se o vício é no conteúdo por ter desrespeitado matéria constitucional, teremos a 
inconstitucionalidade material.
7. Inconstitucionalidade Total ou Parcial 
Como o próprio nome já indica, a inconstitucionalidade total atinge todo o ato 
normativo, ao passo que, na inconstitucionalidade parcial, apenas parte da lei é 
atingida pelo vício de inconstitucionalidade.
Questão 11 (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011) A inconstitucionalidade formal rela-
ciona-se, sempre, com a inconstitucionalidade total, visto que o ato editado em 
desconformidade com as normas previstas constitucionalmente deve todo ele ser 
declarado inconstitucional.
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Controle de Constitucionalidade
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Errado.
Pode haver inconstitucionalidade parcial mesmo no caso de inconstitucionalidade 
formal. Vamos a uma hipótese: imagine que tramita no Congresso Nacional um 
projeto de lei ordinária que trate de matéria própria de lei ordinária; no entanto, 
é inserido um artigo cuja matéria deveria ser tratada por lei complementar. Como 
todo o projeto de lei foi aprovado por maioria simples, esse artigo não atingiu 
a maioria absoluta exigida pela Constituição para tratar de matéria própria de 
lei complementar, sendo apenas o referido artigo atingido pelo vício de incons-
titucionalidade. Percebeu? Haverá uma inconstitucionalidade formal apenas em 
parte da lei.
Antes de continuarmos, vejamos um mapa mental.
ESPÉCIES DE 
INCONSTITUCIONALIDADE
MATERIAL 
(NOMOESTÁTICA)
FORMAL 
(NOMODINÂMICA)
TOTAL
PARCIAL
vício no processo legislativo
Subjetiva vício na iniciativa (Ex.: art. 61, § 1°)
Objetiva vício nas demais fases (Ex.: art. 69)
Orgânica vício na repartição de competências (Ex.: art. 22)
conflito de conteúdo 
Toda a lei
Toda a lei
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8. Sistemas de Controle de Constitucionalidade
Pelo mundo, os sistemas de controle de constitucionalidade são o jurisdicional 
(ou judicial), o político e o misto.
No controle jurisdicional ou judicial, a competência para realizar o controle de 
constitucionalidade é conferida aos órgãos que integram o Poder Judiciário. Por sua 
vez, no controle político, o controle de constitucionalidade recai sobre órgãos que 
não integram o Poder Judiciário. Já no controle misto, parte das leis são fiscaliza-
das por órgãos de natureza política, alheios à estrutura do Poder Judiciário, e outra 
parte são fiscalizadas pelo próprio Poder Judiciário.
E como é no Brasil? No Brasil, o controle é predominantemente judicial. Não se 
trata de um modelo jurisdicional puro, haja vista existir, pontualmente, controles 
de natureza política realizados pelos demais Poderes da República.
São exemplos de controle político no Brasil:
a) a competência das Comissões de Constituição e Justiça para verificarem a 
constitucionalidade dos projetos de lei;
b) o veto jurídico do Presidente da República pela inconstitucionalidade do pro-
jeto de lei (art. 66, § 1º); e
c) o enunciado da Súmula 347 do STF, que permite que os Tribunais de Contas, 
no exercício de suas atribuições, apreciem a constitucionalidade das leis e dos atos 
do poder público.
Como você pode notar, são órgãos que não integram o Poder Judiciário realizan-
do controle de constitucionalidade no Brasil.
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Controle de Constitucionalidade
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Questão 12 (MPOG/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVER-
NAMENTAL/2009) No Brasil, o controle de constitucionalidade realiza-se mediante 
a submissão das leis federais ao controle político do Congresso Nacional, e as leis 
estaduais, municipais, ou distritais ao controle jurisdicional.
Errado.
No Brasil, quem detém a competência para realizar o controle de constitucionalida-
de é o Poder Judiciário, havendo apenas traços de controle político.
Questão 13 (SERPRO/ADVOGADO/2010) De acordo com a jurisprudência do STF, 
os tribunais de contas, no exercíciode suas atribuições, não podem apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público, em razão de suas decisões 
serem de caráter eminentemente administrativo.
Errado. 
À luz da Súmula 347 do STF, é permitido que os Tribunais de Contas, no exercício de 
suas atribuições, apreciem a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.
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Controle de Constitucionalidade
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SISTEMAS DE 
CONTROLE
JUDICIAL
POLÍTICO
MISTO
NO BRASIL
realizado por órgãos não integrantes do Poder Judiciário
ex.: França (realizado pelo Conselho Constitucional Francês)
parcialmente judicial e parcialmente político
ex.: Suíça (leis nacionais – controle político; leis locais – controle judicial)
predominantemente judicial
CCJ
Veto jurídico (art. 66, § 1° )
Súmula 347 do STF
realizado pelo Poder Judiciário
 CONTROLES POLÍTICOS NO BRASIL
sempre no controle concreto
Súmula 347 do STF: o Tribunal de Constas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e 
dos atos do poder público.
9. Momento do Controle de Constitucionalidade
Quanto ao momento do controle de constitucionalidade, pode ser preventivo ou 
repressivo.
Será preventivo quando se fiscaliza um projeto de lei, com o fim de se evitar que 
seja inserida no ordenamento jurídico uma norma incompatível com a Constituição.
Todos os Poderes da República têm a possibilidade de atuar no controle preventivo.
No caso do Poder Legislativo, o controle preventivo fica a cargo das já citadas Co-
missões de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
O Poder Executivo exerce o controle preventivo por meio do veto jurídico do 
Presidente da República previsto no art. 61, § 1º.
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Controle de Constitucionalidade
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Cuidado com o que eu vou dizer agora!!! O Poder Judiciário atua no controle pre-
ventivo em apenas uma única hipótese: quando houver um mandado de segu-
rança impetrado no Supremo Tribunal Federal por parlamentar da própria Casa 
legislativa em que esteja o projeto de lei pela inobservância do devido processo 
legislativo constitucional. Imagine que esteja tramitando no Congresso Nacional 
uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para abolir uma cláusula pétrea. 
Essa PEC está na Câmara dos Deputados. Um Deputado Federal poderá entrar no 
STF com um mandado de segurança pedindo o arquivamento dessa PEC, por ofen-
sa à Constituição Federal, haja vista que é proibida proposta de emenda tendente 
a abolir as matérias elencadas no art. 60, § 4º, conhecidas como cláusulas pétreas. 
Na situação apresentada, o Poder Judiciário estará atuando, excepcionalmente, no 
controle preventivo de constitucionalidade, retirando do mundo jurídico um projeto 
de lei (no caso, uma PEC).
Questão 14 (HEMOBRAS/ADVOGADO/2008) O controle de constitucionalidade pre-
ventivo pode ser exercido pelas Comissões de Constituição e Justiça da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, e pelo veto do Presidente da República.
Certo.
Exatamente o que falamos.
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Questão 15 (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011/ADAPTADO) O controle judicial pre-
ventivo de constitucionalidade, que envolve vício no processo legislativo, deve ser 
exercido pelo STF via mandado de segurança.
Certo.
Única hipótese de controle preventivo realizado pelo Poder Judiciário.
Questão 16 (TRF 5/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2011) O controle prévio ou pre-
ventivo de constitucionalidade não pode ocorrer pela via jurisdicional, uma vez que 
ao Poder Judiciário foi reservado o controle posterior ou repressivo, realizado tanto 
de forma difusa quanto de forma concentrada.
Errado.
Como alertamos, há uma única hipótese para o Poder Judiciário atuar no controle pre-
ventivo: quando houver um mandado de segurança impetrado por parlamentar da pró-
pria Casa legislativa pela inobservância do devido processo legislativo constitucional.
Por sua vez, o controle será repressivo quando recair sobre uma lei já existente. 
Também é realizado por todos os Poderes da República. Vejamos.
O Poder Legislativo atua no controle repressivo nas seguintes hipóteses: 
a) art. 49, V – a competência exclusiva do Congresso Nacional para sustar os 
atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa; 
b) art. 52, X – a possibilidade de o Senado Federal suspender a execução, no 
todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF em 
controle difuso de constitucionalidade; 
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c) art. 62, § 5º – a verificação do atendimento dos pressupostos constitucionais 
da relevância e urgência das medidas provisórias realizada por cada uma das Casas 
do Congresso Nacional.
No caso da atuação do Poder Executivo no controle repressivo, há uma contro-
vérsia sobre essa possibilidade, mas a doutrina majoritária entende que o Presi-
dente da República poderia orientar os órgãos da Administração Pública federal a 
não observar uma lei que entenda inconstitucional, uma vez que os três Poderes 
estão no mesmo nível.
Por fim, o Poder Judiciário realiza o controle repressivo de constitucionalidade, 
tanto por meio do controle difuso, quanto por meio do controle concentrado (a se-
guir explicarei a diferença entre os dois).
MOMENTO DO 
CONTROLE
PREVENTIVO
REPRESSIVO
sobre o projeto de lei
sobre a lei
LEGISLATIVO
EXECUTIVO
JUDICIÁRIO
LEGISLATIVO
EXECUTIVO
JUDICIÁRIO
TCU
CCJ
MS impetrado pelo parlamentar da própria Casa pelo 
desrespeito ao processo legislativo constitucional (ex.: 
PEC tendente a abolir cláusula pétrea) – única hipó-
tese de atuação do Judiciário no controle preventivo
Competência do CN para sustar atos normativos (art. 49, V)
Possibilidade do SF suspender a execução de lei declarada 
inconstitucional pelo STF (art. 52, X)
Verificação dos pressupostos da MP (art. 62, § 5° )
possibilidade de o Presidente negar cumprimento a uma 
lei inconstitucional – aplicar uma lei inconstitucional é a 
própria negação da CF (divergência: o Presidente deve 
impetrar uma ADI)
função típica
Súmula 347 do STF
Veto jurídico (art. 66, § 1 º)NO BRASIL
NO BRASIL
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10. Modelos de Controle de Constitucionalidade
O Poder Judiciário brasileiro atua em dois modelos de controle de constitucio-
nalidade: o modelo concentrado (também conhecido como reservado) e o modelo 
difuso (também chamado de aberto ou incidental).
Haverá controle de constitucionalidade concentrado quando o Supremo Tribunal 
Federal julgar as seguintes ações:
a) ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADI); 
b) ação declaratória de constitucionalidade (ADC);
c) ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO);
d) arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF); e
e) ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADI interventiva).
Por sua vez, o modelo será o difuso, ou sistema norte-americano, quando reali-
zado pelos demais órgãos do Poder Judiciário brasileiro. Será considerado controle 
difuso, também, quando o STF julgar as demais ações que não sejam aquelas elen-
cadas no parágrafo anterior, como, por exemplo, um mandado de segurança.
Questão 17 (DPU/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) O sistema jurisdicional ins-
tituído com a CF, influenciado pelo constitucionalismo norte-americano, acolheu 
exclusivamente o critério de controle de constitucionalidade difuso, ou seja, por via 
de exceção.
Errado.
No Brasil, há os dois modelos de controle de constitucionalidade: o difuso e o con-
centrado.
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Questão 18 (DPU/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) O controle difuso (ou jurisdição 
constitucional difusa) e o controle concentrado (ou jurisdição constitucional concen-
trada) são dois critérios de controle de constitucionalidade. O primeiro é verificado 
quando se reconhece o seu exercício a todos os componentes do Poder Judiciário, e 
o segundo ocorre se só for deferido ao tribunal de cúpula ou a uma corte especial.
Certo.
Exatamente!
NO BRASIL CONCENTRADO+ DIFUSO
DIFUSO
todos os órgãos do Poder Judiciário (inclusive o STF)
ORIGEM HISTÓRICA
caso Madison x Marbury: o juiz Marshall da Suprema Corte 
americana afirmou que é ínsito a todos os juízes realizar 
controle de constitucionalidade
CONCENTRADO
somente pelo órgão de cúpula do Poder Judiciário
ORIGEM HISTÓRICA
Áustria (1920): Kelsen entendia que a fiscalização 
das leis deveria ser realizada somente por uma 
Corte Constitucional
NO BRASIL (STF)
ADI
ADC
ADO
ADPF
ADI Interventiva
MODELOS DE 
CONTROLE
11. Formas de Controle de Constitucionalidade
Existem duas formas pelas quais se podem buscar no Poder Judiciário a declara-
ção de inconstitucionalidade de uma norma: pela via concreta e pela via abstrata.
Na via concreta (ou por via de exceção), a impugnação de uma lei pressupõe a 
comprovação de lesão a direito daquele que alega. Tenho me valido de um exemplo 
hipotético esdrúxulo, mas elucidativo. 
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Exemplo: imagine que um Estado-membro altere a alíquota do IPVA para 95% do 
valor do carro. Essa lei que trouxe essa nova alíquota fere a Constituição Federal, 
que proíbe tributos com caráter confiscatório. Eu, contribuinte do IPVA, posso 
ir até o Poder Judiciário e entrar com uma ação. No pedido da ação, digo: não 
quero pagar o IPVA; na fundamentação do pedido alego que a lei é inconstitu-
cional. O juiz que julgar a minha ação realizará o controle de constitucionalidade 
concreto, uma vez que a inconstitucionalidade da norma está vinculada a uma 
situação real. Percebeu?
Já pela via abstrata (ou por via de ação), a inconstitucionalidade é requerida 
“em tese”, sem vinculação à ofensa a direito, sem vinculação a um caso concreto. 
Vamos utilizar o mesmo exemplo acima. Mas agora um dos legitimados do art. 103 
entra com uma ADI. No próprio pedido da ação, o autor requererá a inconstitucio-
nalidade da lei, independentemente da comprovação de lesão a direito de alguém, 
porque, pela via abstrata, o que se busca é a preservação da Constituição Federal 
que foi violada por uma lei inconstitucional. Ou seja, na via abstrata não há um 
caso concreto a ser analisado, apenas se a lei ofende ou não a Constituição.
Creio que tenha ficado claro.
Questão 19 (MRE/ASSISTENTE DE CHANCELARIA/2004) Quando se realiza o con-
trole de constitucionalidade de atos normativos por um único tribunal, independen-
temente da existência de um caso concreto a ser julgado, diz-se que esse controle 
é concentrado e abstrato.
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Certo. 
Exatamente. É concentrado porque realizado por apenas um tribunal, no caso bra-
sileiro, o STF, e abstrato porque não se liga a um caso concreto.
Exemplo hipotético: lei estadual que eleva a alíquota 
do IPVA para 90% (fere o princípio do não confisco)
contra lei em teseABSTRATO
exige a comprovação de lesão a direitoCONCRETO
FORMAS DE 
CONTROLE
12. Controle Difuso
Legitimação ativa: ampla, uma vez que qualquer das partes (autor ou réu) 
poderá fundamentar suas razões em uma tese de inconstitucionalidade de uma 
norma. O Ministério Público que oficie no feito também pode levantar a questão de 
inconstitucionalidade da lei aplicável ao caso, bem como o próprio magistrado de 
ofício.
Questão 20 (AUDITOR INTERNO DE MINAS GERAIS/2008) No controle incidental, 
os juízes e tribunais só podem se manifestar sobre a inconstitucionalidade de uma 
lei, deixando de aplicá-la a casos concretos, se, antes, tiverem sido provocados por 
uma das partes.
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Errado. 
Conforme vimos, no controle difuso ou incidental, o juiz de ofício pode fundamen-
tar sua decisão pela inconstitucionalidade da lei aplicável ao caso sob julgamento, 
independentemente de provocação das partes (autor ou réu).
Competência: todos os membros do Poder Judiciário (juízes, desembargado-
res e ministros), ao julgarem suas causas, dispõem de competência para declarar 
a inconstitucionalidade das leis aplicáveis ao caso sob julgamento. 
Mas muito cuidado com isso: quando o processo chega aos tribunais, um 
órgão fracionário desse tribunal (turma, sessão etc.) não possui essa competência, 
porque deverá ser respeitado o princípio da reserva de plenário prescrito no art. 97.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do 
respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo do Poder Público.
Esse princípio da reserva de plenário (também chamado de cláusula full bench) 
estabelece que dentretodos os órgãos do tribunal, somente o plenário ou o órgão 
especial – quando houver (veja o art. 93, XI, que trata deste tal “órgão especial”) 
– poderão declarar a inconstitucionalidade das leis, por deliberação de maioria ab-
soluta de seus membros.
Art. 93, XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser 
constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco mem-
bros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da com-
petência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra 
metade por eleição pelo tribunal pleno;
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Tal previsão significa que os órgãos fracionários e monocráticos dos tribunais 
(um desembargador ou um ministro isoladamente, ou uma turma, ou uma sessão) 
não possuem competência para declarar a inconstitucionalidade da norma atacada, 
somente o plenário ou órgão especial, se houver. 
Importante que se diga que todos os tribunais se submetem ao princípio da re-
serva de plenário, inclusive o próprio STF.
Questão 21 (TRF 5/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2011) Nenhum órgão fracionário 
de tribunal dispõe de competência para declarar a inconstitucionalidade de leis ou 
atos normativos emanados do Poder Público, visto tratar-se de prerrogativa juris-
dicional atribuída, exclusivamente, ao plenário dos tribunais ou ao órgão especial, 
onde houver.
Certo.
Essa é a regra geral prevista no citado art. 97, da CF.
Questão 22 (TRE-ES/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2011) Somente pelo voto da 
maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial 
podem os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do 
poder público.
Certo.
Veja como é importante o estudo do princípio da reserva de plenário.
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Aliás, o Supremo editou uma importantíssima súmula vinculante sobre o princí-
pio da reserva de plenário que despenca em concurso público, vejamos: 
Súmula Vinculante nº10: viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a 
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a in-
constitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no 
todo ou em parte.
A ideia dessa Súmula Vinculante é a seguinte: se na tese levantada pelas par-
tes tem a análise da constitucionalidade de uma lei, deve o tribunal enfrentar essa 
análise pelo plenário ou órgão especial, se houver. Não pode simplesmente afastar 
a incidência da lei trazida pelas partes (autor ou réu) e julgar por outro fundamen-
to. Se assim o fizer, estará sendo desrespeitado o princípio da reserva de plenário.
Questão 23 (STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2018) Situação hi-
potética: Embora não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade de 
determinada lei, turma do Superior Tribunal de Justiça determinou sua não incidên-
cia parcial em determinado caso concreto. Assertiva: Nesse caso, fica configurada 
violação à cláusula de reserva de plenário.
Certo.
De acordo com o teor da Súmula Vinculante 10.
Agora cuidado: esse princípio da reserva de plenário não é absoluto. 
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Quando o plenário ou órgão especial (se houver) de um determinado tribunal, 
ou, ainda, o plenário do STF já tiver resolvido a questão de constitucionalidade em 
outro processo, poderão os órgãos fracionários aplicar o mesmo entendimento ao 
caso sob julgamento. É o que se extrai da leitura do art. 949, parágrafo único, do 
novo Código de Processo Civil: 
os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a 
arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes (plenário ou ór-
gão especial do próprio tribunal) ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
Isso é muito importante!!!
Questão 24 (TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) O incidente de deslocamento 
do processo da arguição de inconstitucionalidade, das turmas de um tribunal ao 
seu plenário ou órgão especial, quando não houver pronunciamento destes, é des-
necessário se o ato normativo questionado já tiver sido declarado inconstitucional 
por quaisquer das turmas do STF.
Errado. 
Não é isso!!! O incidente de deslocamento do processo da arguição de inconstitu-
cionalidade, das turmas de um tribunal ao seu plenário ou órgão especial, quando 
não houver pronunciamento destes, é desnecessário se o ato normativo questiona-
do já tiver sido declarado inconstitucional pelo plenário do STF.
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CONTROLE 
DIFUSO
COMPETÊNCIA
LEGITIMAÇÃO ATIVA ampla (autor, réu, MP, juiz de ofício)
qualquer juiz
cláusula ”full bench”
órgão fracionário de tribunal não pode
inclusive o STF
art. 949, parágrafo único, do CPC
SV 10
não se aplica em análise de recepção (não envolve juízo de 
inconstitucionalidade)
STF: não se aplica na interpretação conforme (a declaração é de 
constitucionalidade)
Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade 
quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare 
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em 
parte.
PRINCÍPIO DA 
RESERVA DE 
PLENÁRIO (art. 97)
Efeitos da decisão: os efeitos da decisão no controle difuso de constituciona-
lidade serão inter partes (atingindo apenas as partes – autor e réu) e ex tunc (re-
troagindo ao início da vigência da norma).
É importante dizer que é possível a modulação dos efeitos temporais da decisão 
no controle difuso, aplicando, como fundamento, o art. 27 da Lei n. 9.868, de 1999. 
Dispõe a norma:
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista 
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supre-
mo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos 
daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em jul-
gado ou de outro momento que venha a ser fixado.
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Atuação do Senado, à luz do art. 52, X, da CF: a Constituição Federal vigen-
te autoriza que o Senado Federal suspenda a execução, no todo ou em parte, de 
lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. 
A ideia central aqui é a seguinte: quando o STF julga no controle difuso, os 
efeitos da decisão serão inter partes. Entretanto, o Senado, ao tomar conhecimento 
da decisão do STF, poderá, por meio de uma resolução, estender os efeitos daquela 
decisão para que atinja pessoas estranhas ao processo, mas que se enquadrem na 
mesma relação jurídica, transformando a decisão que outrora possuía efeitos inter 
partes em erga omnes (para todos).
Alguns questionamentos emergem desse debate. Acompanhe comigo!!!
1) O Senado Federal está obrigado a suspender a execução da lei?
Não. É um ato discricionário do Senado.
2) Qual espécie de lei formaliza a suspensão?
Uma resolução do Senado Federal.
3) Poderá o Senado Federal modificar os limites da decisão do STF?
Não. O Senado, decidindo pela suspensão da norma, não poderá modificar os limi-
tes da decisão do STF. Em outras palavras, suspende nos termos da decisão do STF.
4) Pode o Senado Federal voltar atrás, desistindo da suspensão?
Não. Uma vez editada a resolução, o Senado não poderá voltar atrás, por se 
tratar de um ato irretratável.
5) Quais leis podem ser suspensas?
Todas. A competência do Senado Federal para tal fim alcança normas federais, 
estaduais, distritais e municipais.
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6) Qual a eficácia da suspensão?
Depende. Em regra, a suspensão da execução da lei pelo Senado Federal possui 
eficácia ex nunc (não retroativa). Mas, se se tratar de uma norma federal, a eficá-
cia será ex tunc (retroagindo), por força do art. 1º, § 2º, do Decreto n. 2.346, de 
1997. Perceba:
Art. 1º As decisões do Supremo Tribunal Federal que fixem, de forma inequívoca e 
definitiva, interpretação do texto constitucional deverão ser uniformemente observa-
das pela Administração Pública Federal direta e indireta, obedecidos aos procedimentos 
estabelecidos neste Decreto.
§ 1º Transitada em julgado decisão do Supremo Tribunal Federal que declare a inconsti-
tucionalidade de lei ou ato normativo, em ação direta, a decisão, dotada de eficácia ex 
tunc, produzirá efeitos desde a entrada em vigor da norma declarada inconstitucional, 
salvo se o ato praticado com base na lei ou ato normativo inconstitucional não mais for 
suscetível de revisão administrativa ou judicial.
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se, igualmente, à lei ou ao ato normativo 
que tenha sua inconstitucionalidade proferida, incidentalmente, pelo Supremo Tribunal 
Federal, após a suspensão de sua execução pelo Senado Federal.
§ 3º O Presidente da República, mediante proposta de Ministro de Estado, dirigente de 
órgão integrante da Presidência da República ou do Advogado-Geral da União, poderá 
autorizar a extensão dos efeitos jurídicos de decisão proferida em caso concreto.
Questão 25 (IPAJM/ADVOGADO/2010) A suspensão de lei considerada inconstitu-
cional em controle difuso, de regra, acarreta efeitos ex tunc. Tais efeitos atingem 
somente as partes do processo. Todavia, se o Senado Federal, por resolução, usar 
a prerrogativa constante do art. 52, X, da CF, qual seja, a de suspender, no todo 
ou em parte, a execução da lei tida por inconstitucional, desde que a decisão tenha 
sido definitiva e deliberada pela maioria absoluta do pleno do tribunal, os efeitos 
serão erga omnes, porém valerão a partir do momento em que a resolução do Se-
nado Federal for publicada na imprensa oficial.
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Certo.
A decisão definitiva de mérito proferida pelo STF, em controle difuso, produz, de 
regra, efeitos ex tunc. O termo “de regra” foi inserido na questão, considerando a 
possibilidade excepcional do STF modular os efeitos temporais da decisão para ex 
nunc, ou, até mesmo, pro futuro. O Senado Federal, por resolução, pode usar a 
prerrogativa constante do art. 52, X, da CF, qual seja, a de suspender, no todo ou 
em parte, a execução da lei tida por inconstitucional, desde que a decisão tenha 
sido definitiva e deliberada pela maioria absoluta do pleno do tribunal. Caso o faça, 
os efeitos serão erga omnes, porque atingirão a todos que se enquadrarem na situ-
ação jurídica objeto de julgamento pelo Supremo. A suspensão pelo Senado produz 
efeitos, via de regra, a partir do momento em que a resolução do Senado Federal 
for publicada na imprensa oficial (ex nunc).
Questão 26 (TJ-MS/JUIZ/2008) A resolução do Senado Federal que suspende a 
execução da lei ou ato normativo declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal 
Federal, terá efeitos erga omnes e ex tunc.
Errado. 
A resolução do Senado Federal que suspende a execução da lei ou ato normativo 
declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal terá efeitos erga omnes 
e ex nunc.
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EFEITOS DA DECISÃO
ATUAÇÃO DO SF (art. 52, X)
“inter partes”
“ex tunc” (princípio da nulidade dos atos inconstitucionais)
possibilidade de modulação dos efeitos temporais (art. 27 da Lei n. 9.868, de 1999)
RE com repercussão geral (art. 102, § 3° ): “erga omnes”
ato discricionário
por resolução
não pode modificar os limites da decisão do STF
irretratável
normas federais, estaduais, distritais e municipais
eficácia “ex nunc” (como regra)
eficácia “ex tunc” (norma federal) – Decreto n. 2.346, de 1997, art. 1º , § 2º
CONTROLE 
DIFUSO
Súmula vinculante: o art. 103-A, da CF, inserido pela Emenda Constitucional 
n. 45, de 2004, declara o seguinte:
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, median-
te decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre 
matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa 
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e 
à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e mu-
nicipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em 
lei. (Vide Lei n. 11.417, de 2006).
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas 
determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou 
entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevan-
te multiplicação de processos sobre questão idêntica. 
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cance-
lamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta 
de inconstitucionalidade1.§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que 
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgan-
do-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, 
e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o 
caso.
1 Cuidado: a Lei n. 11.417/2006, em seu art. 3º, ampliou o rol de legitimados para além dos legitimados para 
propor a ADI.
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Como se percebe da leitura da norma transcrita, são requisitos para edição de 
uma súmula vinculante:
1) quórum de 2/3 dos membros do STF (mínimo de 8 Ministros);
2) reiteradas decisões sobre matéria constitucional;
3) controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a Administração 
Pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de pro-
cessos sobre questão idêntica.
Questão 27 (STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Súmula vinculante deve ser apro-
vada por maioria absoluta dos votos do STF e incidir sobre matéria constitucional 
que tenha sido objeto de decisões reiteradas desse tribunal.
Errado.
O quórum é de 2/3.
Questão 28 (DELEGADO DE POLÍCIA DO AP/2010) A súmula vinculante terá por 
objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca 
das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a admi-
nistração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação 
de processos sobre questão idêntica.
Certo. 
Exatamente isso!!!
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Ponto interessante que merece destaque diz respeito à extensão dos efeitos 
vinculantes. Como disse na minha obra Direito Constitucional Essencial, 
conforme delineado pelo caput e pelo § 3º do art. 103-A, o efeito vinculante dirige-
-se, precipuamente, ao Poder Judiciário e ao Poder Executivo das três esferas 
federativas. Isso não significa que o Poder Legislativo não seja atingido pelos efeitos 
vinculantes da súmula, haja vista que, atipicamente, também exerce atividades ad-
ministrativas. Vale dizer, o efeito vinculante da súmula atinge o Poder Legislativo 
quando atua na realização de sua função atípica de administrador (exemplo: nome-
ação de servidor público). A súmula vinculante não atinge o Legislativo na sua 
função típica de legislar. Não vincula, portanto, os atos legislativos próprios (leis 
ordinárias, leis complementares, emendas constitucionais etc.). A ideia estende-se 
às medidas provisórias que, apesar de criadas pelo Poder Executivo, cuida-se de 
verdadeiro ato normativo primário e, portanto, não sujeito ao efeito vinculante da 
súmula. O Poder Legislativo deve respeitar, por exemplo, o enunciado da súmula vin-
culante 13: a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral 
ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor 
da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, 
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratifica-
da na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante desig-
nações recíprocas, viola a Constituição Federal.2
Questão 29 (CNJ/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2013) Uma súmula vinculante edi-
tada pelo STF terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judici-
ário, não atingindo, pelo princípio da separação dos poderes, os Poderes Legislativo 
e Executivo, que possuem meios próprios de vinculação de seus atos.
Errado.
2 DUTRA, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 3ª edição. 2017. p. 78.
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Atinge o Legislativo no exercício da sua função atípica de administrador, bem como 
atinge o Poder Executivo. Só não alcança a função legislativa.
Antes de continuarmos, vejamos um mapa mental.
Art. 3° São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante: I – o Presidente 
da República; II – a Mesa do Senado Federal; III – a Mesa da Câmara dos Deputados; IV – o Procurador-Geral da República; 
V – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI – o Defensor Público-Geral da União; VII– partido politico com 
representação no Congresso Nacional; VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; IX- a Mesa 
de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; X – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
XI – os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais 
Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
LEGITIMADOS influenciada pelas “stare decisis” norte-americanas (as 
decisões da Suprema Corte gozam de efeito vinculante)
EFEITO
art. 103-A
REQUISITOS
art. 103-A. § 2º?
art. 3° da Lei n. 11.417, de 2006, 
ampliou o rol
2/3
reiteradas decisões
controvérsia atual entre órgãos judiciários 
ou entre esses e a administração pública que 
acarrete grave insegurança jurídica e relevante 
multiplicação de processos sobre questão idêntica
vinculante em relação aos demais 
órgãos do Poder Judiciário e à toda 
a administração pública
atinge o Legislativo na função 
atípica de administrador (ex.: SV 
13)
não atinge o Legislativo na função 
típica de legislador (separação dos 
poderes)
não atinge o Executivo na função 
atípica de legislador
SÚMULA 
VINCULANTE
13. Controle Concentrado – Ação Direta de Inconstitu-
cionalidade (ADI)
Legitimação ativa: temos que decorar o rol do art. 103, I a IX. Vejamos:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória 
de constitucionalidade:
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
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VI – o Procurador-Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Reconheço que não é tarefa fácil esta memorização. Vou passar para você uma dica:
3 autoridades: Presidente da República; Governadores; Procurador-Geral daRepública.
3 mesas: Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Mesa das Assembleias 
Legislativas.
3 instituições: Conselho Federal da OAB; partido político com representação no Congresso 
Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Questão 30 (SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDA/2010) Não possui legitimidade para 
propor ação direta de inconstitucionalidade: 
a) A mesa da Câmara dos Deputados. 
b) A mesa do Senado Federal. 
c) A mesa do Congresso Nacional. 
d) A mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal. 
e) A confederação sindical de âmbito nacional.
Letra c.
Percebeu como é importante memorizar o rol do art. 103?
Questão 31 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) O controle da inconstitucio-
nalidade por omissão pode ocorrer por meio do mandado de injunção ou da ação 
direta de inconstitucionalidade por omissão, a qual pode ser proposta por ministé-
rio público estadual, que é constitucionalmente um dos legitimados ativos.
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Errado.
O MP estadual não pode propor ADI.
É importante dizer que nesse rol do art. 103 há legitimados universais e legiti-
mados especiais. Mas qual a diferença? Os legitimados universais podem arguir a 
inconstitucionalidade de qualquer matéria, ao passo que os legitimados especiais 
só podem levar para o STF a discussão de matérias sobre as quais demonstrarem 
interesse (aquilo que se denomina pertinência temática).
São legitimados universais: Presidente da República; Mesa do Senado Fe-
deral; Mesa da Câmara dos Deputados; Procurador-Geral da República; Conselho 
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com representação no 
Congresso Nacional.
São legitimados especiais: Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do Distrito Federal; confe-
deração sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Questão 32 (TCE-ES/PROCURADOR/2009) Não se exige, para fins de ajuizamento 
e conhecimento da ADI, a prova da pertinência temática por parte das Mesas do 
Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das assembleias legislativas dos esta-
dos ou da Câmara Legislativa do DF27.
Errado.
Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal são 
legitimados especiais, ou seja, devem demonstrar a pertinência temática.
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Outro ponto que merece nossa abordagem é a necessidade ou não de constituir 
advogado. Será que todos os legitimados têm capacidade postulatória para ir ao 
Supremo sem advogado? Na verdade, não. Uns possuem essa capacidade postula-
tória, outros não.
Portanto, quem necessita de advogado? Os partidos políticos com represen-
tação no Congresso Nacional, as confederações sindicais e entidades de classe de 
âmbito nacional NECESSITAM da assistência de advogado para a propositura da ADI. 
Em sentido contrário, os demais legitimados poderão impetrar a ação direta sem a 
necessidade de um advogado, na medida em que detêm capacidade postulatória.
Questão 33 (PGDF/PROCURADOR DO DF/2007) Uma ação direta de inconstitucio-
nalidade proposta pelo Governador do Distrito Federal perante o Supremo Tribunal 
Federal deve necessariamente ser assinada por Procurador do Distrito Federal.
Errado.
O Governador de Estado e o Governador do DF não precisam constituir advogado, 
porque possuem a capacidade postulatória para impetrar a ADI.
Art. 103, 1 a IX
3 autoridades, 3 mesas e 3 instituições
Legitimados universais e especiais (pertinência temática)
Só confederações sindicais (não sindicatos, federações sindicais e centrais sindicais)
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
não possuem: partido político, confederação sindical 
e entidade de classe
ADI LEGITIMAÇÃO ATIVA
ENTIDADES DE CLASSE
de segundo grau (“associações de associações”): sim
heterogêneas: não
PARTIDOS POLÍTICOS
1 Dep. ou 1 Sen.
não há perda superveniente de legitimidade
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Objeto: o primeiro ponto aqui é memorizar o art. 102, I, a.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Consti-
tuição, cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou 
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
Portanto, fica claro que a competência do STF para julgar ADI alcança somente 
leis federais e estaduais, não alcançando as leis municipais. 
E as normas do Distrito Federal, como ficam? Bem, o DF possui a chamada com-
petência cumulativa, ou seja, acumula as competências estaduais e municipais. Se 
a norma do DF for no exercício das competências estaduais, poderá ser atacada no 
STF por ADI, no entanto, se for no uso das competências municipais, não poderá.
Aliás, dessa maneira foi sumulada no STF, perceba:
Súmula 642, do STF: “não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do 
Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal”.
Nessa linha, podem ser objeto de ADI: emendas constitucionais de refor-
ma, emendas constitucionais de revisão, tratados internacionais equiparados às 
emendas, leis ordinárias, leis complementares, leis delegadas, medidas provisó-
rias, decretos legislativos, resoluções, tratados internacionais não equiparados às 
emendas, decretos autônomos, regimentos internos dos tribunais, Constituições 
Estaduais, Lei Orgânica do Distrito Federal.
Questão 34 (TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/AUDITORIA GO-
VERNAMENTAL/2011/ADAPTADO) A emenda constitucional pode ser objeto de con-
trole de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
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Certo.
É uma lei em sentido amplo federal, portanto, pode ser objeto de ADI.
Questão 35 (STM/JUIZ AUDITOR/2013) São objeto de ADI: atos normativos pri-
mários, tratados internacionais, atos normativos federais, regimento interno, de-
creto autônomo, leis ou atos normativos anteriores a 05/10/1988, constituições e 
leis estaduais, decretos (com força de lei) e atos normativos estaduais.
Errado.
Bom item. Os atos normativos primários (aqueles que buscam seu fundamento de vali-
dade direto da Constituição Federal), tratados internacionais, atos normativos federais, 
regimento interno dos tribunais, decreto autônomo (produzido à luz do art. 84, VI), 
constituições e leis estaduais, decretos (com força de lei) e atos normativos estaduais 
PODEM ser objeto de ADI. No entanto,leis ou atos normativos anteriores a 05/10/1988, 
data da publicação do ato de promulgação da atual Constituição, não. Somente leis e 
atos normativos federais e estaduais pós-constitucionais podem ser objeto de ADI.
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ADI OBJETO
Art. 102, I, a
Leis e atos normativos federais e estaduais
Leis municipais: silêncio eloquente
Leis distritais: só na competência estadual (Súmula 642 do STF)
Súmula de jurisprudência: não
Atos de efeitos concretos com caráter genérico e abstrato (leis orçamentárias): sim
primário
atos regulamentares não (inconstitucionalidade é reflexa) – crise de legali-
dade
pós-constitucionais
em vigor
não sejam questões “interna corporis”
não sejam normas constitucionais originárias (Otto Bachof)
SOMENTE ATOS 
NORMATIVOS:
Atuação do Procurador-Geral da República (PGR): a atuação do PGR tem 
base constitucional no art. 103, VI (como legitimado universal) e no mesmo art. 
103, § 1º. Perceba:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade:
[…]
VI – o Procurador-Geral da República;
[…]
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de 
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal 
Federal.
Ou seja, o PGR é um dos legitimados para propor as ações de controle concen-
trado de constitucionalidade, independentemente da comprovação de interesse na 
matéria (legitimado ativo universal). Além disso, deverá ele ser previamente ouvi-
do em todas as ações do controle concentrado e nos demais processos de compe-
tência do STF na qualidade de custus legis (fiscal da lei). 
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Importante sabermos que o parecer do PGR é obrigatório, porém, ele tem total 
liberdade para opinar a favor ou contra a inconstitucionalidade do tema constitu-
cional sob julgamento.
Atuação do Advogado-Geral da União (AGU): o AGU também desempenha 
um papel importante no julgamento da ADI, haja vista que é citado para defender 
o ato normativo impugnado. É o que está expresso no art. 103, § 3º:
Art. 103, § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em 
tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, 
que defenderá o ato ou texto impugnado.
Cuidado com isso!!! É uma atuação vinculada (defender o ato impugnado), mas 
o Supremo relativizou o comando constitucional autorizando que, em dadas situa-
ções, o AGU poderá defender a inconstitucionalidade, nos casos em que o próprio 
STF já tiver se manifestado em outro processo pela inconstitucionalidade da norma 
atacada.
Questão 36 (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2006) A citação prévia do Advogado-
-Geral da União em todas as ações de inconstitucionalidade apreciadas pelo STF 
representa a realização de função constitucional imprescindível e que se equipara 
à de curador em defesa das normas infraconstitucionais.
Errado.
O único erro é o termo “imprescindível”, considerando a exceção citada anteriormente.
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Questão 37 (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2009) Quando o STF apreciar a incons-
titucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, compete ao Advogado-
-Geral da União exercer a função de curador especial do princípio da presunção de 
constitucionalidade da norma, razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, 
manifestar-se pela inconstitucionalidade do ato impugnado.
Errado.
Mais uma vez, temos o mesmo erro. Há a possibilidade de o AGU defender a in-
constitucionalidade nas situações em que o próprio STF já tiver se manifestado pela 
inconstitucionalidade da norma atacada.
ATUAÇÃO DO AGU
ATUAÇÃO DO PGR
Legitimado universal (art. 103, VI)
“Custus legis” (art. 103, § 1º)
Parecer obrigatório com liberdade para opinar
Atuação vinculada como regra (are. 103, § 3°)
Defende como regra a constitucionalidade
Curador da presunção de constitucionalidade das leis
Exceção: quando já houver posicionamento do STF pela inconstitucionalidade (ADI 1616)
ADI
Impossibilidade de desistência: art. 5º da Lei n. 9.868, de 1999.
Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
Questão 38 (SRF/AUDITOR-FISCAL/2009) Antes da concessão da liminar em 
sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, é possível que seu autor peça de-
sistência da mesma.
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Errado.
Proposta a ADI, não cabe desistência.
Questão 39 (MTE/AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO/2010) A Ação Direta de In-
constitucionalidade, em face de sua natureza e finalidade especial, é suscetível de 
desistência a qualquer tempo.
Errado.
Pela mesma razão!!!
Impossibilidade de intervenção de terceiros: art. 7º, caput, da Lei n. 9.868, 1999.
Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de 
inconstitucionalidade.
DICA DO LD
Muito cuidado com a (im)possibilidade de pessoa física como “amicus curiae”.
O novel Código de Processo Civil (CPC) tornou o estudo do “amici curiae” um pouco 
mais complexo. 
Como dito acima, em seu art. 7º, “caput”, a Lei nº 9.868, de 1999, veda a inter-
venção de terceiros, haja vista o caráter objetivo do processo de fiscalização abs-
trata de constitucionalidade, incompatível com a busca de interesses econômicos 
de agentes alheios à relação jurídico-processual. No entanto, justamente pelo cará-
ter objetivo do controle concentrado, o § 2º do art. 7º da Lei nº 9.868, de 1999, 
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autoriza a admissão, pelo relator, de outros órgãos ou entidades, na qua-
lidade de “amici curiae”, sempre que a matéria seja de significativa relevância e 
os requerentes ostentem representatividade adequada.
Segundo o próprio STF: “a intervenção de “amicus curiae” no controle concentrado 
de atos normativos primários destina-se a pluralizar e a legitimar social e democra-
ticamente o debate constitucional, com o aporte de argumentos e pontos de vista 
diferenciados, bem como de informações fáticas e dados técnicos relevantes à solu-
ção da controvérsia jurídica e, inclusive, de novas alternativas de interpretação

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