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Aula1-Organização do Estado

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1
ORGANIZAÇÃO 
POLÍTICO 
ADMINSTRATIVA 
DO ESTADO
Prof. Hudson da Costa
2
ESTADO UNITÁRIO: sua nota marcante é a centralização política
É a forma básica de organização política, cuja característica essencial é a concentração de poder por um único homem ou órgão
Inexistência de descentralização política, porém admite-se a descentralização administrativa
Subordinação das repartições administrativas ao poder central, que exerce suas atividades por meio de delegação 
TIPOLOGIAS DE FORMAS DE ESTADO
3
ESTADO FEDERADO: é a forma de Estado na qual existe descentralização no exercício do poder político
Segundo Georg Jellink, é a “unidade na pluralidade”, pois embora tenhamos mais de um ente dotado de capacidade política, não se pode perder de vista a unidade necessária para a manutenção do Estado Federal.
É a reunião feita por uma constituição de entes políticos autônomos unidos por um só vínculo indissolúvel
A forma federada é a que rege o Brasil desde que o Decreto nº 01 proclamou a forma de Governo e transformou as províncias em Estados federados.
TIPOLOGIAS DE FORMAS DE ESTADO
4
DESCENTRALIZAÇÃO NO EXERCÍCIO DO PODER POLÍTICO
INDISSOLUBILIDADE DO VÍNCULO FEDERATIVO
RIGIDEZ CONSTITUCIONAL
EXISTÊNCIA DE UM TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
PREVISÃO DE UM ÓRGÃO LEGISLATIVO QUE REPRESENTE OS ESTADOS FEDERADOS
ESTADO FEDERADO: CARACTERÍSTICAS DA ESTRUTURA POLÍTICA
5
Essa divisão não é apenas administrativa mas constitucional-normativa
Cada Estado possui competência para estabelecer sua organização política própria – Constituições dos Estados
Ordens jurídicas parciais, conformadas em entes federados dotados de autonomia e não subordinados entre si
ESTADO FEDERADO: DESCENTRALIZAÇÃO NO EXERCÍCIO DO PODER POLÍTICO
6
A autonomia dos Entes Federados pode ser traduzida na aptidão para a realização de três capacidades:
AUTO ORGANIZAÇÃO: Possibilidade de elaborar sua própria legislação fundamental e de elaborar as demais leis (auto legislação)
AUTO GOVERNO: Capacidade de eleger e escolher seus próprios representantes
AUTO ADMINSTRAÇÃO: Capacidade que cada ente possui de exercer suas atividades de cunho legislativo, administrativo e tributári
ESTADO FEDERADO: DESCENTRALIZAÇÃO NO EXERCÍCIO DO PODER POLÍTICO
7
RESUMO CARACTERÍSTICAS
ESTADO FEDERADO
Indissolubilidade do vínculo federativo
Rigidez 
constitucional
Tribunal 
Constitucional
Princípio da
 participação
Vedação à secessão. A intervenção Federal é o instrumento que restabelece o equilíbrio federativo nos casos constitucionalmente previstos
Não pode ser alterado pelo legislador ordinário (rigidez associada à imutabilidade da forma federativa)
Órgão apto a interpretar e proteger a Constituição do Estado e dirimir os confrontos que possa advir da relação entre os entes federados (STF)
Previsão de um órgão legislativo que represente os entes federados (Senado Federal)
8
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS PARA CONSTITUIÇÃO DA FEDERAÇÃO
DESCENTRASLIZAÇÃO POLTICA FIXADA NA CONSTITUIÇÃO
PARTICIPAÇÃO DAS ORDENS JURÍDICAS PARCIAIS NA FORMAÇÃO DA VONTADE NACIONAL
POSSIBILIDADE DE AUTO-CONSTITUIÇÃO (EXISTÊNCIA DE CONSTITUIÇÕES LOCAIS)
REQUISITOS ESSENCIAIS PARA A MANUTENÇÃO DA FEDERAÇÃO
1-RIGIDEZ CONSTITUCIONAL E IMUTABILIDADE DA FORMA FEDERATIVA DE ESTADO
2-EXISTÊNCIA DE UM ÓRGÃO CONSTITUCIONAL INCLUBIDO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS
ESTADO FEDERADO: ESQUEMA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADINSTRATIVA DO ESTADO
9
Outras formas de Estado
Regional
Típico da Itália, assemelha-se ao unitário na medida em que não possui descentralização política, o poder central distribui certas atribuições legislativas às regiões.
Autonômico
Típico da Espanha, tal qual o “Regional” é marcado pela inexistência de descentralização política e existência de descentralização administrativa e legislativa. São as províncias que avocam para si certas competências da Constituição, alocadas em um estatuto, que são submetidos ao Parlamento.
Confederação
Formada pela reunião de Estados soberanos, é usualmente criada por meio de tratados, podendo, eventualmente, até mesmo adotar um documento como intitulado “Constituição”. Na Confederação, as entidades componentes são Estados Nacionais soberanos e que podem se separar.
10
	PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃO	
	FEDERAÇÃO	CONFEDERAÇÃO
	Formada por entidades políticas autônomas, unidas por uma constituição Federal	Formada por Estados soberanos, reunidos por um tratado ou acordo internacional
	Os entes componentes são dotados de autonomia	Os entes componentes são dotados de soberania
	Inexistência de direito de secessão (pois o vínculo federativo é, essencialmente, indissolúvel	Permitido o direito de secessão (pois o vínculo é dissolúvel, já que os entes que se unem mantém sua soberania)
	Existência de um órgão de cúpula do Poder Judiciário para solucionar os conflitos entre as entidades autônomas	Inexistência, em regra, deste órgão judiciário de cúpula (pois cada ente é soberano e possui seu próprio Poder judiciário) havendo unicamente, um Congresso Confederal
11
FORMAS DE ESTADO
12
UNITÁRIO
FEDERAÇÃO
CONFEDERAÇÃO
REGIONAL
AUTONÔMICO
Marcado pela centralização política, o poder encontra-se enraizado em um único núcleo estatal, do qual emanam todas as decisões
Existe descentralização no exercício do poder político, estando este pulverizado em mais de uma entidade política
Caracteriza-se pela reunião de Estados soberanos, marcada pela dissolubilidade do vínculo entre os entes, criada por meio de tratados ou acordos
Não possui descentralização política, mas somente administrativa e legislativa
Inexistência de descentralização política e existência de descentralização administrativa e legislativa
França, Portugal, Mônaco e República de San Marino
Brasil, EUA (após a Constituição de 1787)
Emirados Árabes Unidos, EUA (até a Constituição de 1787)
Itália
Espanha
13
CLASSIFICAÇÃO DAS FEDERAÇÕES
Por agregação: também intitulada “federação perfeita” é o resultado da junção de alguns Estados Nacionais, até então soberanos, que decidem se reunir em um vínculo federativo.
Quanto a atual concentração de poder
Centrípetas: que concentram o maior volume de atribuições no centro, no plano federal – como é o caso brasileiro.
Centrífugas: nas quais as competências são mais abundantes entre as entidades regionais do que no plano central – é o caso do EUA, onde os Estados membros possuem mais tarefas do que aquelas dispostas no plano federal
Quanto a repartição de competências
Dual ou cooperativa: também denominada de clássica, ocorre quando as atribuições são repartidas entre os entes federados de forma isolada, entregando a cada um suas competências próprias (privativas) que serão exercidas sem comunicação com os demais entes, de forma independente, sem apoio (ou cooperação das demais entidades).
Neoclássica ou de cooperação: ocorre quando as tarefas forem repartidas de modo a possibilitar atuação conjunta dos entes, em regime de parceria
Quanto ao equacionamento das desigualdades
Quanto às esferas integrantes da federação
Por segregação: também denominadas imperfeitas, são aquelas que resultam do desfazimento de um Estado unitário que pretende se tornar federado.
Segundo grau ou bidimensional: é típico nessa forma de Estado que, para se constituir, somente precisa de uma ordem jurídica central (primeiro grau) e das ordens jurídicas regionais (segundo grau). Criado nos EUA, é adotado na maioria das federações mundo afora. 
Simétricas: quando a distribuição de competências e receitas é feita de modo equânime entre as entidades, sem disparidades ou diferenças, dando primazia à igualdade entre os entes federados. Os EUA são um clássico exemplo de federalismo simétrico
Assimétricas: quando há um desequilíbrio no tratamento dos entes, tendo em vista as abissais desigualdades regionais que ensejam um tratamento não equânime. Exemplo Suíça, a diversidade é tão acentuada inclusive com adoção de mais de uma língua oficial dentro do territóriofederal
Terceiro grau ou tridimensional: No Brasil, a partir da Constituição de 1988, os Municípios foram alçados à categoria de entes federados, fazendo nascer uma terceira categoria. Nesse contexto, nosso federalismo é de terceiro grau (ou atípico ou tridimensional).
Quanto a origem
ART. 1º CF/88 – Princípio fundamental do Estado, e é considerada cláusula pétrea (Art. 60, §4ºCF)
OS ENTES QUE A COMPÕE SÃO:
A UNIÃO
OS ESTADOS MEMBROS – Art. 25 CF e Art. 11, ADCT 
- Legislativo- Art. 27 CF
- Executivo- Art. 28 CF
-Judiciário- Art. 125 CF
III. O DISTRITO FEDERAL – 
Ente federativo autônomo, que possui as mesmas atribuições enunciadas aos Estados-membros e aos Municípios – Art. 32, caput, §1º
IV - OS MUNICÍPIOS – Capítulo IV do Título III CF
- Possuem plena autonomia, auto-organização e auto-governo.
- Forma de organização (Lei Orgânica) – Art. 29 CF (votação em dois turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 
IMPORTANTE: Todos autônomos entre si – sendo inexistente a hierarquia entre eles – mas subordinados à Constituição
A FEDERAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
14
Apenas o Brasil atribuiu aos Municípios status de Entes Federados;
Não possuem membros representantes no Congresso Nacional;
Não podem ser objeto de intervenção federal caso afrontarem o princípio da indissolubilidade do pacto federativo (são passíveis somente de intervenção Estadual)
CRÍTICA
15
NÃO SÃO ENTES FEDERADOS – ART. 18,§2º CF
ATUALMENTE NÃO EXISTEM TERRITÓRIOS FEDERAIS
POSSIBILIDADE DE CRIAÇÃO DE NOVOS TERRITÓRIOS – ART. 18, §3º (NÃO SERÃO ENTES FEDERADOS)
SE CRIADOS (ENTIDADES AUTARQUICAS TERRITORIAIS) O REGIME JURÍDICO SERÁ DEFINIDO POR LEI INFRACONSTITUCIONAL – ART. 33 CF
PODEM OU NÃO SER DIVIDOS EM MUNICÍPIOS – SERÃO DOTADOS DE AUTONOMIA – ART. 33,§1º CF 
PODERÃO SER OBJETO DE INTERVENÇÃO – ART. 35 CF
NÃO SERÃO DOTADOS DE AUTONOMIA, NÃO TERÃO CAPACIDADE POLÍTICA, APENAS ATRIBUIÇÕES ADMINSTRATIVAS
AS CONTAS DO TERRITÓRIO SERÃO SUBMETIDAS AO CONGRESSO NACIONAL – ART. 33, §2º CF
O PRESIDENTE ESCOLHERÁ O GOVERNADOR DO TERRITÓRIO E APROVADO PELO SENADO – ART. 52, III, C
TERRITÓRIOS ACIMA DE 100 MIL HABITANTES HAVERÁ ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS DE PRIMEIRA E SEGUNDA INSTÂNCIA – ART. 33, §3º CF
A UNIÃO FICARÁ RESPONSÁVEL PELOS IMPOSTOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS – ART. 147 CF
A UNIÃO SERÁ COMPETENTE PARA ORGANIZAR E MANTER O PODER JUDICIÁRIO, MP E DEFENSORIA PÚBLICA – ART. 21, XIII CF
TERRITÓRIOS FEDERAIS
16
OS JUIZES SERÃO OS RESPONSÁVEIS POR EXERCER AS ATRIBUIÇÕES E A JURISDIÇÃO DOS JUÍZES FEDERAIS – ART. 110, § ÚNICO
O ENSINO SERÁ ORGANIZADO PELA UNIÃO – ART. 211, §1º 
ELEGERÁ ATÉ 4 DEPUTADOS FEDERAIS – ART. 45, §2º
EC Nº 19/1998 ALTEROU A REDAÇÃO DO ART. 21, XIV PARA RETIRAR DA UNIÃO A COMPETÊNCIA DE ORGANIZAR E MANTER A POLICIA CIVIL, MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS
SÃO DE INICIATIVA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPPUBLICA OS PROJETOS DE LEI QUE TRATEM: 
A- NORMAS GERAIS PARA ORGANIZAÇÃO DO MP, DEFENSORIA
B- ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA, DE MATÉRIA TRIBUTÁRIA E ORÇAMENTARIA, SERVIÇOS PÚBLICOS E ‘PESSOAL DA ADMINSTRAÇÃO 
C- DOS SERVIDORES PÚBLICOS DOS TERRITÓRIOS, SEU REGIME JURÍDICO, PROVIMENTO DE CARGOS, ESTABILIDADE E APOSENTADORIA - TUDO EM CONFORMIDADE COM ART. 61, §1º, II, B, C e D CF/88
RORAIMA E AMAPA – ART. 14 ADCT;
REINCORPORAÇÃO DE FERNANDO DE NORONHA AO ESTADO DE PERNAMBUCO – ART. 15 ADCT;
TERRITÓRIOS FEDERAIS
17
ART. 18, § 3º CF/88
18
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DOS ESTADOS
INCORPORAÇÃO
SUBDIVISÃO
DESMEMBRAMENTO
Os Estados podem unir-se permitindo o surgimento de um novo estado
Os Estados podem subdividir-se
FUSÃO
Os Estados podem incorporar-se entre si
Os Estados podem desmembrar-se
APROVAÇÃO DA POPULAÇÃO INTERESSADA ATRAVÉS DE PLEBISCITO (ENTENDA-SE COMO A POPULAÇÃO DA ÁREA DESMEMBRADA COMO A DA ÁREA REMANSCENTE )
APROVAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL POR MEIO DE EDIÇÃO DE LEI COMPLEMENTAR
OITIVA DAS ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS – ART. 48, VI CF
O ART. 4° DA LEI nº 9.709/1998 PRECEITUA QUE O CONGRESSO OUÇA AS ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS DOS ESTADOS-MEMBROS ENVOLVIDOS, AS QUAIS FORNECERÃO DETALHAMENTOS TÉCNICOS CONCERNENTES AOS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS, FINANCEIROS, SOCIAIS E ECONÔMICOS DA ÁREA AFETADA.
- INCORPORAÇÃO ENTRE ESTADOS - SERÃO OUVIDAS AS 2 ALES
- SUBDIVISÃO (OU DESMEMBRAMENTO-FORMAÇÃO), SOMENTE 1: A DO ESTADO QUE PRETENDE FRACIONAR O SEU TERRITÓRIO
- DESMEMBRAMENTO-ANEXAÇÃO – TAMBÉM AS 2 ALES	
FORMAÇÃO DE NOVOS ESTADOS
19
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 7º DA LEI 9.709/98. ALEGADA VIOLAÇÃO DO ART. 18, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO. DESMEMBRAMENTO DE ESTADO-MEMBRO E MUNICÍPIO. PLEBISCITO. ÂMBITO DE CONSULTA. INTERPRETAÇÃO DA EXPRESSÃO “POPULAÇÃO DIRETAMENTE INTERESSADA”. POPULAÇÃO DA ÁREA DESMEMBRADA E DA ÁREA REMANESCENTE. ALTERAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 15/96: ESCLARECIMENTO DO ÂMBITO DE CONSULTA PARA O CASO DE REFORMULAÇÃO TERRITORIAL DE MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. APLICAÇÃO DE REQUISITOS ANÁLOGOS PARA O DESMEMBRAMENTO DE ESTADOS. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA SOBERANIA POPULAR E DA CIDADANIA. CONSTITUCIONALIDADE DO DISPOSITIVO LEGAL. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 
(...) DATA DE PUBLICAÇÃO DJE 17/11/2011 - ATA Nº 175/2011. DJE nº 218, divulgado em 16/11/2011
EMENTA
20
Ocorre quando um Estado-membro agrega-se a outro, com a extinção somente do Estado agregado e a manutenção do Estado agregador. A título de exemplificação, mencione-se a incorporação do Estado da Guanabara pelo Estado do Rio de Janeiro, a partir de 15 de março de 1975, por meio da LC 20, de julho de 1974, que em seu artigo 8º dispôs que “OS Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara passarão a constituir um único Estado, sob a denominação de Estado do Rio de Janeiro, a partir de 15 de março de 1975”.
INCORPORAÇÃO
21
É o resultado da união de dois ou mais Estados, que perdem suas personalidades originais, propiciando o surgimento de um novo Estado-membro da federação (Ex: os Estados de Minas Gerais e Bahia se unem, formando um novo Estado, o “Axé Mineiro”.
FUSÃO
22
23
Um Estado membro se divide em dois ou mais novos Estados, perdendo a sua personalidade jurídica originária e permitindo que novas surjam (Ex: O Estado de Minas Gerais se subdivide, dando origem a dois novos, o “Estado das Minas” e o “Estado das Gerais”)
SUBDIVISÃO
24
25
Um Estado membro perde uma parcela de seu território para outro Estado, havendo, unicamente, uma mudança nos limites geográficos das entidades; vê-se as personalidades jurídicas originárias se mantêm, todavia um Estado tem perda (e outro ganho) territorial
DESMEMBRAMENTO-ANEXAÇÃO:
26
27
Um Estado membro perde uma parcela de seu território sendo que esta parcela que se desmembrou formará um novo Estado ou um novo Território Federal; nota-se que o Estado original mantém sua personalidade jurídica originária e o novo Estado que surgir também terá sua própria personalidade. Como por exemplo, pode-se citar o Estado de Tocantins que, conforme o art. 13 do ADCT foi criado a partir do desmembramento de parte do Estado de Goiás. Outro exemplo teria se efetivado se a população do Estado do Pará tivesse aprovado o plebiscito realizado no dia 11.12.2011, pois como resultado teríamos a criação de dois novos Estados, o Carajás e o Tapajós.
DESMEMBRAMENTO-FORMAÇÃO:
28
http://revistaepoca.globo.com/Brasil/noticia/2011/09/criacao-de-novos-estados-divide-os-paraenses.html# 
29
EC nº 15/1996 que alterou o Art. 18, §4º CF
Edição de Lei Complementar Federal fixando de maneira genérica o período em que poderá ocorrer a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios;
Aprovação de Lei Ordinária Federal, prevendo genericamente os requisitos a serem respeitados, bem como a divulgação, a apresentação e a publicação dos estudos de viabilidade municipal;
Consulta prévia às populações dos Municípios diretamente interessados, em plebiscito convocado pela ALE – ADI 2.994-BA
Aprovação de Lei ordinária estadual regulando a criação, a fusãoou o desmembramento do Município
FORMAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
30
Municípios putativos – existem de fato, mas juridicamente são inconstitucionais – Art. 18, §4º
A questão chegou ao STF – declarou a INCONSTITUCIONALIDADE e fixa prazo de 18 meses para que o Poder Legislativo editasse a LC - ADI 3.682-MT 
Interpretação Restritiva????? STF voltou atrás???? – Ofício nº 1073/2008/SGM/P informando que não se tratava de imposição de um prazo para atuação legislativa do Congresso Nacional, mas apenas da fixação de um parâmetro temporal razoável para o Legislativo sanar a omissão. (OBS.: Separação dos Poderes)
Em 18/12/2008, o Congresso promulgou a EC nº 57/2008 convalidando os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios (desde que atendidos os requisitos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação)
FORMAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
31
Criação de novo Município após EC 57/2008 (INCONSTITUCIONAL?)
Lei 2.264/2010 (do Estado de Rondônia), que criou a municipalidade de Extrema de Rondônia a partir de desmembramento de área territorial de Porto Velho.
ADI 4.992/RO declara a inconstitucionalidade da Lei Estadual exatamente porque ainda não foi editada a lei complementar mencionada pelo art. 18, §4º, CF
OBS. A LEI COMPLEMENTAR FEDERAL NÃO FOI (ATÉ HOJE!) ELABORADA.
FORMAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
32
Proibição de o Estado interferir na religião – Art. 19, I CF. TOTAL SEPARAÇÃO ENTRE ESTADO E IGREJA
Laicidade e a Liberdade Religiosa. OS ENTES FEDERADOS NÃO PODEM ADOTAR OFICIALMENTE UMA RELIGIÃO
Proibição de recusar fé aos documentos públicos – Art. 19, II. OS DOCUMENTOS PÚBLICOS GOZAM DE PRESUNÇÃO DE VERACIDADE. EX. MENSAGEM DE PROJETO DE LEI
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
33
REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS
Como orientação geral na divisão das competências, temos o princípio da preponderância dos interesses, que se fundamenta na amplitude do assunto que está em discussão.
Assim compete a União cuidar das matérias em que predomina o interesse nacional, aos Estados outorga-se os assuntos que o interesse regional é de acentuada predominância, restando aos municípios aquelas matérias nas quais é marcante o interesse local, ao DF confere-se as atribuições de caráter regional e de cunho local. 
34
REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS
35
COMPETÊNCIA DA UNIÃO
Art. 21, apresentou as tarefas materiais exclusivas 
Atribuições materiais, meramente administrativas, nos remetem a ideia de “fazer algo”, de “atuar”. 
OBS: são atribuições indelegáveis
Art. 22, as atribuições privativas de cunho legislativo 
OBS: são atribuições delegáveis - § ÚNICO 
		1- FORMAL – somente por meio de edição de LC;
 REQUISITOS	2- MATERIAL – somente questões específicas, vedada a 
		delegação de toda a matéria;
		3- IMPLICITO – não pode a delegação pra beneficiar 
		somente um ou alguns Estados, por força do princípio 
		isonômico.
36
COMPETÊNCIA DA UNIÃO
Art. 23, as competências materiais comuns 
A ser cumpridas pela UNIÃO em conjunto com todos os demais entes federados
OBS: fixação por LC para harmonizar o exercício das atividades dos entes - § ÚNICO
Art. 24, as atribuições legislativas concorrentes com os Estados-membros e o DF 
Em concorrência com os Estados-membros e o DF. 
OBS: A UNIÃO se resume à edição da normatização geral - §1º. 
Estados-membros e o DF serão competentes pra fixar normas específicas - §2º
Se a UNIÃO não editar as normas gerais, os Estados-membros e o DF poderão exercer a competência legislativa plena – intitulada suplementar supletiva - §3º
37
COMPETÊNCIA DA UNIÃO
SUPERVENIÊNIA DE NORMA GERAL FEDERAL – ocorre se posteriormente à edição da norma geral pelo Estado ou pelo DF, ante a inércia da União, este ente decidir-se pela atuação, e finalmente editar a norma geral 
Nesse caso valerá a norma Federal posterior, que suspende a norma Estadual ou do DF anterior, quando houver contrariedade entre elas - §4º 
OBS: Estes artigos não são os únicos a estabelecer tarefas para a União, que possui outras competências, por ex., COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS (ART. 149 CF/88)
COMPETÊNCIAS DO CN = ARTIGOS 48 E 49, CF/88.
38
QUESTÕES
(UFPR/Delegado de Polícia/PC/PR/2007) Sobre as competências da União Federal, considere as seguintes afirmativas: 
1. Compete privativamente à União legislar sobre direito tributário, penitenciário e econômico. 
2. Não obstante a União exercer monopólio estatal sobre a pesquisa e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, é autorizada a utilização e a comercialização de radioisótopos, para a pesquisa e usos médicos agrícolas e industriais, sob regime de permissão. 
3. A competência da União para legislar sobre a organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis é limitada ao estabelecimento de normas gerais, sem exclusão da competência suplementar dos Estados. 
4. Compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais. 
Assinale a alternativa correta. 
(A) Apenas as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. 
(B) Apenas as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
(C) Apenas as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
(D) Apenas as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 
(E) Apenas a afirmativa 4 é verdadeira. 
39
RESPOSTA
ALTERNATIVA C
1) Compete à UNIÃO, AOS ESTADOS E AO DF legislar concorrentemente sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico – Art. 24, I CF
2) De acordo com o Art. 21, XXIII, aliena B
3) Conforme preceitua o Art. 24, XVI, c/c §1º e §2º
4) Esta de acordo com os termos do Art. 22, XXVII
40
COMPETÊNCIA DOS ESTADOS
MATÉRIAS RESIDUAIS – Matérias que não lhe sejam vedadas pela Constituição – ART. 25, §1º CF. 
MATÉRIAS EXCLUSIVAS – São via de regra, as remanescentes, NÃO enumeradas para a UNIÃO no art. 21 e dissociadas dos assuntos de interesse local. EXEMPLO: Exploração direta ou mediante concessão de serviços locais de gás canalizado – ART. 25, §2º 
LEGISLATIVAS PRIVATIVAS – Temas não enunciados para nem para a UNIÃO nem para os MUNICÍPIOS, tampouco estejam vedados pela CF. EXEMPLO: TRANSPORTE PÚBLICO INTERMUNICIPAL - ART. 21, XII). OUTROS EX: ART. 18, §4º; ART. 25, §3º E ART. 22
41
QUESTÕES
(FCC/Promotor de Justiça/MPE/AP/2012) Lei estadual que disponha sobre propaganda comercial será compatível com a Constituição da República, desde que exista lei federal que autorize os Estados a legislarem sobre questões específicas da matéria e que a estas se restrinja a lei estadual. 
JULGUE VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE
42
RESPOSTA
VERDADEIRO
Esta de acordo com o art. 22, XXIX, CF, c/c § único do mesmo artigo.
43
QUESTÕES
(FGV/ Exame de Ordem Unificado/ OAB/2011) Lei estadual que regulamenta o serviço de mototáxi é inconstitucional porque se trata de competência legislativa privativa da UNIÃO.
JULGUE VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE
44
RESPOSTA
VERDADEIRO
ADI 3.610-DF, STF, Rel. Min. Cezar Peluso, noticiada no informativo 634, STF.
45
COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS
ART. 30 – ASSUNTOS DE INTERESSE LOCAL
SUPLEMENTAR A LEGISLAÇÃO FEDERAL E A ESTADUAL
ATRIBUIÇÕES ADMINSTRATIVAS
46
QUESTÕES
(FUNDEP/Promotor de Justiça/MPE/MG/2011) A teor do que dispõe o artigo 30 da Constituição da República, a competência legislativa dos Municípios caracteriza-se pelo princípio da predominância do interesse local. 
Assim, é INCORRETO afirmar que compete ao Município legislar sobre: 
(A) plano diretor. 
(B) horário de funcionamento do comércio local. 
(C) horário de funcionamento das agências bancárias locais. 
(D) tempo máximo de atendimento ao público nas agências bancárias locais. 
47
RESPOSTA
ALTERNATIVA CORRETA LETRA C
O plano diretor aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana (art. 182, §1º)
É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimentocomercial (Súmula 645 STF)
A fixação do horário bancário para atendimento ao público, é da competência da União (de acordo com a Súmula 19 STJ)
RE 397.094-DF, STF, Rel. Sepúlveda Pertence, noticiado no Informativo 438 STF
48
QUESTÕES
(AOCP/Procurador Legislativo/Câmara de Rio do Sul/2012 -Adaptada} Tramita perante a Câmara Municipal de Rio, o projeto de lei abaixo mencionado. 
Opine fundamentadamente sobre a Constitucionalidade ou inconstitucionalidade do mesmo. Projeto de lei de autoria do Poder Executivo pretende alterar o horário de funcionamento das Agencias Bancárias do Município. 
49
RESPOSTA
O projeto de Lei é inconstitucional, de acordo com a Súmula 19 do STJ.
50
COMPETÊNCIA DO DF
COMPETÊNCIA CUMULATIVA RESERVADAS AOS ESTADOS E MUNICÍPIOS – ART. 32, §1º CF
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DOS MUNICÍPIOS – ART. 147
ATRIBUIÇÕES LEGISLATIVAS – ART. 22, XVII
PODER JUDICIÁRIO, MP E AS POLICIAS CIVIL E MILITAR, CORPO DE BOMBEIROS SÃO ORGANIZADAS E MANTIDAS PELA UNIÃO (PORTANTO OBJETO DE LEI FEDERAL)
RE 275.438 – LITISCONSÓRCIO UNIÃO E DF (INFORMATIVO 748 STF) – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL (ART. 109, I)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ATRAVÉS DE ADI – ART. 102, I “a” (desde que editadas no exercício de atribuição legislativa estadual, pois nesse caso a lei distrital será equiparada a lei estadual)
NÃO CABE ADI DE LEI DO DF DEVIRADA DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA MUNICIPAL – SÚMULA 642 STF
COMPETÊNCIAS MATERIAIS COMUNS – ART. 23
LEGISLATIVAS CONCORRENTES – ART. 24
SE HOUVER DELEGAÇÃO, PODE LEGISLAR SOBRE TEMAS ESPECÍFICOS DO ART. 22
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QUESTÕES
(TJDFT/TJDFT/Juiz/2007) Sobre o tratamento constitucional conferido ao Distrito Federal, é falso afirmar: 
(A) Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e aos Municípios; 
(B) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente, dentre outras matérias, sobre orçamento; juntas comerciais; criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; procedimentos em matéria processual; e custas dos serviços forenses; 
(C) É da competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dentre outras, cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; 
(D) Cabe ao Distrito Federal, na competência que é própria de Município, instituir imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
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RESPOSTA
ALTERNATIVA CORRETA LETRA D
Esta de acordo com o art. 32, §1º
Conforme previsão do art. 24, II, III, IV e XI
De acordo com o que dispõe o art. 23, II
Falso, cabe ao DF, na competência que é a própria de Estado instituir impostos sobre a transmissão de causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, Art. 155, I
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QUESTÕES
(CESPE/Analista/TRT 21!R/2011) Constitui competência concorrente entre União, Estados e Distrito Federal legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão. 
JULGUE VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE A SUA RESPOSTA.
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RESPOSTA
FALSO
Compete privativamente á UNIÃO legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e radiofusão (art. 22, IV)
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