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Evolução dos Equídeos

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Anhanguera 
 
Carolina Costa Lazzeri da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equideocultura 
Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba – Sp 
2020 
 
Evolução dos 
Equídeos 
→ Os equídeos (do latim equidae) são 
mamíferos perissodátilos, ou seja, ungulados 
de dedos ímpares. Esta família é composta 
pelos animais do gênero Equus, que 
compreende os subgêneros Eqqus, Asinus, 
Dolicohippus e Hippotigris. Como 
representante do primeiro subgênero temos: 
o cavalo (E. caballus); os asnos (E. africanus 
asinus) que se encontram no segundo 
subgênero. 
→ Como representantes dos dois últimos, 
têm-se as zebras. Os cavalos e os asnos 
constituem-se as principais espécies de 
interesse produtivo. 
Equídeos 
→ Cavalos, asnos, mulas e zebras. Ao longo 
dos anos ocorreram diversas alterações na 
morfologia dos equídeos como resposta às 
mudanças em seu habitat e hábitos 
alimentares. 
→ Hyrachoterium: Surgiu por cerca de 55 
milhões de anos atrás, foi o primeiro equídeo. 
Até chegar a conformação atual, os equídeos 
sofreram uma seríe de alterações evolutivas 
que veremos a seguir, este era um animal 
muito diferente do cavalo moderno, possuía 
em média 30 cm de altura, medida da base da 
pata até a cernelha, dorso arqueado, pescoço 
curto, pernas curtas, quatro dedos e longa 
cauda, alimentava-se de frutas e folhagens (se 
assemelhava a um cachorro). Apesar de bem 
primitivo, este animal se adaptou muito bem 
ao meio em que vivia, sofrendo poucas 
alterações ao longo do período Eoceno. 
→ Orohippus: A transição entre 
Hyrachoterium e o Orohippus aconteceu 
gradualmente em meados do Eoceno. A 
principal alteração observada foi a dentição, 
isso se deve às mudanças nos hábitos 
alimentares desses animais, com a ingestão de 
alimentos mais rígidos. A forma dentária 
continuava a evoluir e a partir do Orohippus 
surgiu o Epihippus. 
.→ Mesohippus: Após o fim do período 
Eoceno e início do período Oligoceno 
começam a ser notadas algumas alterações 
na fisionomia dos equinos. Nessa época surgiu 
o Mesohippus, este animal era um pouco mais 
alto, cerca de 45 cm, o quarto dedo estava 
reduzido a uma unha vestigial, seu dorso era 
menos arqueado, seus membros eram mais 
longos, seu pescoço mais longo e fino e seus 
hemisférios cerebrais eram notoriamente mais 
largos. 
→ Miohippus: Com a evolução do 
Mesohippus surgiu o Miohippus, que era 
notoriamente mais largo que seu antecessor 
e apresentava um crânio ligeiramente mais 
longo. No início do período Mioceno, o 
Miohippus começou a modificar-se e os 
equídeos começaram a se dividir em três 
linhas de evolução diferentes: 
• Indivíduos com três dedos em cada membro 
que tornaram-se animais bem resistentes e 
espalharam-se pelas planícies. Este gênero 
inclui o Hipohippus e o Megahippus. 
• Archeohippus, que eram cavalos pigmeus. 
Estes não sobreviveram por muito tempo. 
• Uma linhagem de indivíduos que evoluíram 
devido às alterações alimentares, passando a 
utilizar-se dos novos tipos de pasto. 
→ Com a alteração nos hábitos alimentares 
dos animais da terceira linha evolutiva, diversas 
alterações começaram a acontecer, 
especialmente no que diz respeito à dentição. 
Pequenas saliências nos dentes começaram a 
formar uma espécie de cristas que ajudavam 
a moer o alimento. Estes animais tornam-se 
exímios corredores e com o aumento da 
estatura eles passaram a apoiar-se sobre 
apenas um dígito. 
→ Meryhippus: Surgiu então o Meryhippus, 
com cerca de 80 cm de altura, chanfro mais 
largo, maxilar mais profundo, cérebro maior, 
que fez que estes fossem mais inteligentes 
que os ancestrais. Apesar de ainda possuir três 
falanges, o peso de cada membro era 
sustentado em unicamente sobre um único 
dígito. A capacidade de apoiar-se em um único 
dígito foi um importante avanço evolutivo e 
conferiu aos equídeos mais agilidade e 
velocidade. 
→ Equus: Temos então o Eqqus como 
sucessor do Pliohippus. Um animal mais alto, 
robusto, com coluna rígida, pescoço, chanfro 
comprido e curvilhões baixos. Este se 
diversificou em quatro grupos diferentes 
e pelo menos 12 novas espécies. Destas, 
algumas migraram para a África e deram 
origem às zebras, outras foram para a 
África do norte, evoluindo para espécies 
adaptadas a condições desérticas. Outras para 
a Ásia e Europa, originando o cavalo moderno, 
conhecido como Eqqus caballus. 
→ Os equídeos, especialmente os equinos, 
têm sido animais muito importantes para o 
homem desde muitos anos. Ao longo do 
processo evolutivo, diversas alterações na 
morfologia dos equídeos aconteceram, 
resultando no animal que conhecemos hoje. 
→ Durante o período Pleistoceno, diversas 
espécies se extinguiram na América do norte 
e do sul, provavelmente devido as alterações 
climáticas, bem como a caça desses animais. 
Gênero Eqqus 
→ Equus burchelli: A zebra africana, com 
listras verticais largas e listras horizontais no 
dorso. 
→ Equus zebra: A zebra sul-africana, uma 
espécie mais pequena e com um padrão 
diferente da anterior, suas listras são mais finas. 
→ Equus grevyi: A maior espécie de zebra, 
com listras muito estreitas e enorme orelhas. 
→ Equus ferus caballus: O verdadeiro cavalo, 
que por sua vez deu origem a muitas outras 
subespécies. 
→ Equus ferus przewalskii: O cavalo de 
przewalski, uma subespécie selvagem e rara 
de cavalo. 
→ Equus hemionus: Espécies adaptadas ao 
deserto, incluindo “onagros”, Equus kiang. 
→ Equus asinus: Burros, asnos, localizados na 
África do norte. 
Importância 
econômica dos 
Equinos 
→ Equinos tem maior importância econômica. 
Atualmente a importância econômica da 
criação de equinos pode ser divididas em 
atividades diretas e indiretas. 
• Diretas: Trabalho (sela, propriedade rural), 
esporte (enduro, hipismo, polo e etc), lazer 
(cavalgadas, turismo ecológico), produção de 
reprodutores. As atividades esportivas têm 
trazido bastante capital, podemos destacar o 
polo, enduro, salto, adestramento, rédeas, 
volteio, vaquejada e etc. Os equinos também 
têm sido cadavez mais empregados na 
equoterapia, método terapêutico de pessoas 
com deficiência ou necessidades especiais. 
• Indiretas: Rações e suplementos, 
medicamentos, acessórios, geração de 
empregos (veterinários, zootecnistas, 
treinadores e etc). O mercado tem 
certamente bastante potencial para 
crescimento. O desenvolvimento de pesquisas 
científicas no assunto tem aumentado e 
colabora para o impulsionamento dessa 
atividade produtiva no país, uma vez que a 
mesma é exercida de forma mais técnica e 
possibilita maior lucratividade. 
→ A relação entre cavalo e homem é muito 
antiga. Primeiramente, o animal era visto como 
fonte de alimento, mais tarde este passou a 
ser empregado para suprir limitações físicas 
do homem como apoio e ferramenta de 
trabalho, já foi tido em épocas históricas como 
símbolo de poder. Durante muito tempo o 
cavalo foi muito importante para o transporte 
como montaria e tração de carruagens e 
carroças, bem como em trabalhos de 
agrícolas. Até cerca de metade do século XX 
os cavalos eram extensamente usados em 
guerras, sendo considerados um instrumento 
de conquista. Atualmente os equinos são 
empregados em atividades de trabalho, 
esporte e lazer. A carne do cavalo também 
apresenta grandes possibilidades de consumo, 
o que torna esta espécie ainda mais 
importante.. 
→ Rebanho mundial de equinos é de 
58.315.816,00 desde 1993 até 2013. A China é o 
local onde há o maior rebanho do mundo e o 
Brasil está em quinto lugar. 
→ A equinocultura vem desde algum tempo 
sendo encarada como atividade zootécnica 
com finalidade lucrativa. As perspectivas para 
o setor no nosso país são positivas devido às 
condições edafoclimáticas, pela extensão 
territorial, menor preço da terra, boa qualidade 
do solo e mão de obra barata. 
Ezoognósia Equina 
→ Compreende o estudo do exterior dos 
animais. O exterior do corpo do cavalo é 
dividido em cabeça, corpo, tronco e membros. 
Oconhecimento da denominação das regiões 
zootécnicas, dos tipos de pelagens e suas 
colorações, tipos e direções de cabeça e 
pescoço, bem como as características de 
tronco e membros, faz parte da ezoognósia. 
→ A ezoognósia é uma ferramenta muito 
importante na produção animal, uma vez que 
essa avaliação permite o julgamento de 
animais e suas aptidões, sendo aplicada 
principalmente na seleção genética, onde são 
selecionados os melhores animais para 
reprodução e aprimoramento do plantel 
através de sua prole. 
→ A região da cabeça pode ser dividida em 
extremidade superior (nuca, garganta e 
parótida), extremidade inferior (boca), face 
anterior (fronte, chanfro e focinho), faces 
laterais (orelha, fonte, olhal, olho, bochecha, 
narina), face posterior (fauce, ganacha e 
barba). 
→ O bordo superior, faces laterais e bordo 
inferior compõem a região do pescoço, onde 
se localizam as crineiras e as tábuas. 
→ O tronco subdivide-se em face superior 
(cernelha, dorso, lombo, anca e garupa), 
extremidade anterior (peito, interaxila, axila), 
faces laterais (costado, flanco), face inferior 
(cilhadouro, ventre, virilha) e extremidade 
posterior (cauda, ânus, períneo e órgãos 
genitais). 
 
→ Em relação aos membros, existem regiões 
comuns aos anteriores e posteriores e 
também regiões particulares de cada membro. 
Dentre as comuns temos a canela, boleto, 
quartela, coroa e casco. Espádua, braço, 
codilho, antebraço e joelho são específicas 
dos membros anteriores. Coxa, nádega, soldra, 
perna e jarrete compõem os membros 
posteriores. 
→ Em relação aos andamentos naturais do 
cavalo estão o passo, trote, andadura e galope. 
Durante o passo o cavalo movimenta 
primeiramente o membro posterior esquerdo, 
seguido pelo anterior esquerdo, posterior 
direito e anterior direito. 
→ Durante o trote as pernas movem-se aos 
pares em diagonal: anterior direito com 
posterior esquerdo, e anterior esquerdo com 
posterior direito. 
→ O galope é um andamento rápido com 
três batidas, um membro posterior, outro 
posterior e o anterior diagonalmente oposto 
justo e o restante anterior. A andadura 
apresenta andamento lateral, as duas pernas 
do mesmo lado se movem juntas, primeiro de 
um lado e depois do outro. Ao aspecto dos 
membros de sustentação do cavalo (posição 
das patas, arqueamento de joelhos, etc). Dá-
se o nome de aprumos. 
→ Aprumos: Refere-se à direção dos 
membros em toda sua extensão, ou de 
regiões particulares. 
→ Para verificar as qualidades do animal são 
realizadas diversas mensurações: altura, 
comprimento, perímetro, largura e peso. 
• Índice dáctilo-torácico (IDT): IDT= PC/PT 
(perímetro da canela dividido pelo perímetro 
do tórax). 
• Índice torácico (IT): IT= L/A (largura dividida 
pela altura do animal). 
 
 
 
 
 
 → Com o objetivo de verificar as qualidades 
e defeitos de cada região e conjunto dos 
animais, são realizadas diversas mensurações 
dos equinos, empiricamente ou com auxílio de 
instrumentos com bengala hipométrica, fita 
métrica e artrogoniômetro ou compasso. 
→ As mensurações mais comum são de 
altura (à cabeça, cernelha e garupa), 
comprimento do corpo, perímetro (do tórax 
e canela), largura (garupa, cabeça e peito) e 
peso do animal. 
→ A mensuração dos perímetros torácico 
(PT) e da canela (PC) permite o cálculo do 
índice dáctilo-torácico (IDT). E a partir da 
largura e altura pode-se determinar o índice 
torácico (IT). 
→ Animais com IDT inferior a 0,105 são 
considerados cavalos pequenos, quando 
superior a 0,108 são classificados como cavalos 
de sela, cavalos de tração quando o índice for 
maior que 0,115. 
→ Animais com IT menor que 0,85 são 
chamados de longilíneos, são mais velozes. 
Índice entre 0,86 e 0,88 caracteriza os animas 
mediolíneos (cavalos de sela). E os com valor 
superior a 0,89 denominam-se brevilíneos e 
são animais de tração. 
Pelagens 
→ A pelagem tem como principal função 
proteger o animal de estímulos externos 
como frio e sol. Também serve para a 
identificação de cada indivíduo. A pelagem é 
determinada pelos genes, mas pode sofrer 
alterações sazonais e referentes à idade do 
animal. 
→ Podemos classificar as pelagens em 
simples, compostas e conjugadas. 
Pelagem Simples 
→ Dentre as simples, temos branco (pelos 
brancos e pele rosada), preto (pelos preto) e 
alazão (pelo amarelado a vermelho). 
Pelagem Composta 
→ Nos animais com pelagens compostas há 
presença de pelos bicolores ou pelos de duas 
a três cores distintas distribuídas 
uniformemente. 
→ Animais rosilhos tem colorações iguais ao 
do alazão, com interpolação de pelos brancos. 
→ Na pelagem ruão há interpolação de 
branco, preto e vermelho ou mescla de 
branco e vermelho com preto nas 
extremidades. 
→ A pelagem tordilha é composta por pelos 
brancos no fundo com mescla de pelos 
pretos, cinzentos, castanhos e alazães. Pode 
ser subdividida em clara, escura, salpicada, 
azulega, vinagre e rodada.. 
→ Nos animais lobunos existem pelos 
amarelos em sua base e preto nas 
extremidades. 
→ A pelagem de rato é característica dos 
jumentos, caracteriza-se por pelos cor de 
chumbo, pontos pretos, crina e caudas pretas. 
→ A coloração zaina tem pelos pretos e 
castanhos e também algumas áreas mais 
amareladas. 
→ Existem também os animais baios, com 
pelo amarelo até os joelhos e curvilhões. Nos 
baios escuros o pelo é amarelo-escuro com 
pontos pretos. 
 
Pelagem Conjugada 
→ Apresentam malhas ou pintas irregulares, 
mescladas com branco. 
→ A pelagem pampa é a conjugação de 
branco com outros tipos de pelagens. Se a 
cor branca for predominante, a palavra pampa 
antecede às demais cores, por exemplo: 
pampa preto, pampa vermelho. O inverso 
também é verdadeiro, se o predomínio não 
for de cor branca, é denominado de preto 
pampa, vermelho pampa e assim 
sucessivamente. 
→ Animais pintados apresentam malhas 
pequenas (5-10 cm) e são características de 
animais da raça Paint Horse. 
→ Já a pelagem apalusa caracteriza-se os 
animais da raça Appaloosa, podendo ser 
nevado, salpicado ou mantado. 
→ Nenhum animal é idêntico ao outro, as 
particularidades na pelagem são importantes 
para a identificação de cada indivíduo e 
constam no registro do animal. 
→ Particularidades: São sinais na pelagem que 
se sobressaem, chamando a atenção e 
impressionando imediatamente a vista do 
 
 
Manchas Naturais 
→ Manchas naturais ou congênitas já estão 
presentes quando o animal nasce. Dentre 
estas temos: 
• Golpe de machado: Depressão na face 
anterior do pescoço. 
• Golpe de lança: Depressão muscular 
subcutânea na face lateral de pescoço, 
braços, coxas e nádegas. 
• Redemoinho 
• Espiga: redemoinho esticado, mais 
comumente encontrado na região da tábua, 
peito, flancos e virilha. 
Manchas artificiais 
→ Manchas artificias ou adquiridas podem ser 
cicatrizes resultantes de acidentes ou 
operações, marcas de fogo ou química. Essas 
manchas acontecem somente em 
determinada região do corpo, são elas: 
 → Cabeça: 
• Celhado: Pelos brancos na sobrancelha ou 
cílios. 
• Vestígio de estrela: Pelos brancos e 
esparsos na fronte. 
• Estrelinha: Mancha branca da fronte. 
• Estrela: Mancha branca na fronte em 
formato de meia lua, coração ou U. 
• Luzeiro: Malha na fronte. 
• Filete: Frio estreito. 
• Cordão: Fina mancha branca. 
• Frente aberta: Mancha em toda a face 
anterior da cabeça. 
• Malacara: Cara quase toda branca. 
• Beta: Malha branca entre as narinas. 
 
 
→ Pescoço: 
• Crinalvo: Crina branca em pelagens que não 
apresentam essa característica. 
→ Tronco: 
• Listra de burro: Estreita e mais escura que 
a pelagem. 
• Faixa crucial: Faixa escura que corta 
transversalmente a cernelha, geralmente de 
pelagem vermelha, até a espádua. 
• Pangaré: Parte inferior do ventre, face e 
região interna das coxas e outras partes do 
corpo esbranquiçadas. 
• Rabicão: Fios brancos na cauda interpolados 
com outros mais escuros.→ Membros: 
• Zebruras: Estrias transversais entre os 
joelhos e jarretes. 
• Bragado: Malhas no ventre e nas partes 
internas da coxa. 
• Cana – preta: Canelas pretas em pelagens 
que não tem essa característica. 
• Calçado: Quando branco, aparece 
atipicamente nos membros de forma bem 
delimitada. 
 
→ Denominação das manchas nos membros 
dos equinos. No que diz respeito aos cascos, 
estes podem apresentar a coloração escura, 
branca ou listrada. 
Equinos - Principais 
raças 
→ Muitas são as raças de equinos, cada uma 
com suas características ligadas a função do 
animal e aptidões. Andaluz, Árabe e Bérbere 
foram muito importante para formações de 
novas raças. 
• Andaluz: Se originou na Península Ibérica e 
é uma das raças mais antigas de cavalos. 
Juntamente com as raças Árabe e Bérbere, 
essa raça foi uma das que teve maior 
importância sobre a população mundial de 
equinos. Trata-se de um animal de porte 
médio, com cerca 1,55 de altura. Possui cabeça 
com perfil reto ou subconvexo, orelhas 
médias, pescoço forte e arredondado em sua 
linha superior e garupa também arredondada. 
Possui o temperamento muito dócil e é 
conhecido por sua força, rusticidade e 
resistência. É um bom animal para 
adestramento, enduro, passeios, hipismo rural 
e trabalhos de manejo com gado. As pelagens 
mais comumente observadas nessa raça são: 
tordilho, castanho e alazão. 
• Appaloosa: Se diferenciam pela coloração de 
sua pelagem,que apresenta manchas e pintas, 
especialmente na região das ancas. Estes 
animais foram introduzidos no continente 
Americano pelos conquistadores espanhóis. 
No Brasil, a raça foi oficialmente introduzida 
nos anos 70. Também é um animal de 
estatura mediana, 1,50m. Apresenta 
temperamento vivo e boa índole, sua cabeça 
possui fronte ampla com perfil reto, suas 
orelhas são pequenas, seus olhos são grandes, 
boca pouco profunda e pescoço médio com 
linhas superior e inferior retas. Possui boa 
aptidão para corridas curtas, esportes hípicos 
e lida com gado. 
• Árabe: É uma das raças mais puras e antigas 
do mundo, atuou na formação de diversas 
outras raças. Como seu próprio nome diz, sua 
origem se deu no Oriente Médio. Os cavalos 
Árabes também são de porte médio com a 
altura de 1,50m. Possui cabeça triangular com 
perfil côncavo, orelhas pequenas, olhos 
grandes e arredondados, boca pequena, 
pescoço alto e curvilíneo em sua linha 
superior, peito e tórax amplos, dorso e lombos 
médios, garupa horizontal e cauda em 
bandeira. É um animal muito inteligente, 
fogoso, corajoso, leal e dócil, apresenta 
silhueta inconfundível, é forte, musculoso e 
resistente. São aptos para esportes hípicos de 
salto, hipismo rural, enduro e trabalhos 
agropecuários. São pelagens características da 
raça: alazã, castanha, tordilha e preta. 
• Crioula: A primeira raça sul-americana, 
formada na Bacia do Prata, descendente dos 
cavalos ibéricos trazidos por portugueses e 
espanhóis. A altura média para os animais 
crioulos é de 1,45m, caracterizando a raça 
como pequeno porte. São fortes, musculosos 
e ágeis, apresentam perfil reto ou convexo, 
orelhas pequenas, pescoço médio levemente 
convexo em sua linha superior, crinas grossas, 
peito amplo. Os crioulos são animais de sela, 
com caráter tranquilo, inteligentes e dóceis, 
são ágeis e resistentes, o que lhe confere 
boas características para trabalho com o gado, 
também podem ser empregados em 
atividades de passeio e enduro. 
• Brasileiro de hipismo: Foram formados em 
nosso país a partir de linhagens europeias, são 
leves e ágeis, apresentam grande porte com 
a altura superior a 1,65m. Sua cabeça é média 
e possui perfil reto ou subconvexo, é vivaz, 
inteligente e energético, com boa índole e 
temperamento ardente, são inteligentes, ágeis 
e dóceis. É um cavalo de sela com aptidão 
para qualquer modalidade de salto, 
adestramento, concurso de equitação, 
enduro, hipismo, entre outras. 
• Campolina: Raça nacional originária de Minas 
Gerais a partir do garanhão Monarca, cujos 
descendentes sofreram infusão de sangue 
Percherão, Orloff, Oldenburger, Manga-larga 
Marchador e Puro sangue inglês. São animais 
de porte médio,1,55m, cabeça seca com perfil 
subconvexo a retilíneo, orelhas médias, garupa 
ligeiramente inclinada. Admitem-se todas as 
pelagens, seu temperamento é dócil, são 
ideais para passeios, enduro, tração e lida com 
gado. 
• Manga-Larga: É uma das mais importantes 
raças brasileiras, é fruto do cruzamento de 
cavalos da raça Alter e Andaluz. Inicialmente 
criada no sul de Minas e posteriormente em 
São Paulo, sofrendo infusões de sangue 
Árabe, Anglo-Árabe, Puro Sangue Inglês e 
American Saddle Horse e dividindo a raça em 
duas: Manga-Larga Paulista e Manga-Larga 
Marchador. 
Os cavalos Manga-Larga Paulista tem altura 
média de 1,55m, de cabeça de perfil reto ou 
subconvexo, olhos grandes, orelhas médias, 
pescoço de comprimento médio e 
musculoso, garupa semioblíqua, membros 
fortes, canelas curtas e quartelas com 
inclinação mediana. As pelagens 
predominantes são as alazã e castanha, são 
aptos para passeio, enduro, esportes e 
trabalho com o gado. 
Os Manga-Larga Marchador são animais 
rústicos e versáteis, apresentam porte médio 
de 1,54m de altura, cabeça de perfil retilíneo 
ou subcôncavo, orelhas médias, pescoço 
piramidal levemente arredondado na linha 
superior. A pelagem predominante é a tordilha, 
mas admitem-se todas as outras pelagens. 
Também são bons para passeios, enduro, 
esportes e trabalho com o gado. 
• Puro Sangue Inglês: Surgiu a partir do 
cruzamento de garanhões orientais com 
éguas inglesas com o objetivo de se obter um 
animal apto para corridas e grandes percursos. 
Além disso, são corajosos, fortes e vigorosos, 
seu temperamento é considerado nervoso e 
difícil, seu porte é de médio a grande, com a 
altura de 1,62 a 1,67m, apresentam a cabeça 
com perfil reto ou levemente ondulado, fronte 
ampla, olhos grandes, narinas elípticas e 
dilatadas, orelhas médias, dorso reto e 
comprido, garupa inclinada, peito estreito e 
tórax profundo. Pelagem preferencialmente 
uniforme, castanha, alazã ou tordilha. São aptos 
para corridas planas ou com obstáculos, salto, 
adestramento e concurso completo de 
equitação. 
• Quarto de milha: Foi a primeira raça 
americana, adveio do cruzamento de 
garanhões Mustang de origem Bérbere e 
Árabe com éguas inglesas. Os animais Quarto 
de milha são muito versáteis, dóceis, rústicos 
e inteligentes, possuem porte médio com 
cerca de 1,52m de altura, sua cabeça é 
pequena com fronte ampla e perfil reto. 
Apresenta pescoço piramidal com linha 
superior reta, dorso e lombo curtos, garupa 
ligeiramente inclinada, membros fortes e 
musculosos. São animais versáteis 
empregados em provas de hipismo rural, 
corridas planas, salto e também na lida com o 
gado. 
Asininos – 
Principais Raças 
→ O asno (Equus asinus), também conhecido 
como jegue ou jumento, chegou ao Brasil no 
período da colonização. A princípio não houve 
nenhum tipo de seleção genética, alguns 
grupos por estarem em uma mesma região, 
adquiriram características semelhantes, as 
diferenças entre as raças começaram a surgir 
com os cruzamentos feitos com raças 
importadas. 
→ Bardotos, mulas e burros são muares, 
híbridos resultantes do cruzamento entre 
equinos e asininos. Quando há o cruzamento 
de um garanhão com uma jumenta, o híbrido 
é denominado Bardoto(a). A partir do 
cruzamento entre jumentos e éguas 
originam-se as mulas quando fêmeas, e os 
burros quando machos. 
→ Acredita-se que os Jumentos Nordestinos 
tenham se originado de jegues do norte do 
Continente Africano. Trata-se de um animal 
bem resistente, empregado principalmente 
para montaria e transporte de carga, desde o 
sul da Bahia até o Maranhão. Apresenta altura 
que varia de 0,90 a 1,0m. É pouco musculoso 
quando comparado às outras raças. 
→ Já a raça Jumento Pega surgiu por volta 
de 1810, mas só ganhou forçaem 1847, com o 
aprimoramento desta com sucessivos 
cruzamentos. Com o desenvolvimento da 
mineração no estado de Minas Gerais nos 
séculos XVIII e XIX, a raça entrou em alta, visto 
que se desejavam muares para auxílio nessas 
atividades. Os jumentos Pega são 
marchadores, fortes e resistentes. Sua altura 
pode chegar até 1,30m. É bastante 
empregado como sela e montaria, bem como 
na tração. Pode apresentar pelagem cinza, 
ruça (branco-suja) ou avermelhada.. 
Os animais dessa raça apresentam a cabeça 
fina, seca e sem proeminências, sua fronte é 
larga e tem perfil convexilíneo, nos machos. 
As orelhas são grandes e preferencialmente, 
eretas e paralelas, voltaras para frente. Com 
um corpo delgado e elegante lombo 
comprido, os Pega tem ossatura forte e fina, 
garupa inclinada e musculosa, sua cauda tem 
inserção baixa e em vassoura cheia. 
→ Os jumentos Paulista, também conhecidos 
como Jumento Brasileiro, como já diz o 
nome, são originários de São Paulo. 
Assemelham-se muito a raça Pega tanto em 
relação a sua aptidão para o trabalho, quanto 
em seu porte físico. Os animais dessa raça 
têm peso médio de 350kg e estatura a partir 
de 1,20m no macho e 1,15 na fêmea. Sua 
cabeça apresenta perfil retilíneo ou 
subconvexilíneo. A pelagem pode ser ruã, 
avermelhada, tordilha e baia. 
→ O desenvolvimento tecnológico também 
afeta a produção animal, atualmente com o 
uso de motos, a utilização de jumentos tem 
diminuído, principalmente no Nordeste.

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