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APOSTILA DE CONTEÚDO APRESENTAÇÃO Msc. Bruno Rodrigues Campos Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal Fluminense - UFF; Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Consultor contábil e tributário E-mail: bruno.rodriguescampos@gmail.com bruno.campos@ibmr.br mailto:bruno.rodriguescampos@gmail.com mailto:bruno.rodriguescampos@gmail.com mailto:bruno.rodriguescampos@gmail.com mailto:bruno.rodriguescampos@gmail.com mailto:bruno.rodriguescampos@gmail.com mailto:bruno.campos@ibmr.br mailto:bruno.campos@ibmr.br mailto:bruno.campos@ibmr.br mailto:bruno.campos@ibmr.br mailto:bruno.campos@ibmr.br Introdução ao Planejamento Tributário Sumário Pág. 1. Conceitos de Contabilidade e Legislação tributária. 2. PIS Empresas Lucro Presumido e Arbitrado. 3. PIS Empresas Lucro Real. 4. COFINS Empresas Lucro Presumido e Arbitrado. 5. COFINS Empresas Lucro Real. 6. IPI . 7. Tributação sobre o Lucro. 8. IRPJ E CSSL Lucro Presumido. 9. IRPJ E CSSL Lucro Real. Introdução ao Planejamento Tributário Sumário Pág. 10. IRPJ E CSSL Lucro Real – Trimestral x Anual. 11. I.I, IE, IOF, ITR. Variedade de Tributos ICMS IPI IR IOF ISS C. SOCIAIS OUTROS Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário Dinâmica da legislação Trabalhista Previdenciária Federal Estadual Municipal Trabalhista Previdenciária Federal Estadual Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário Arquivos Magnéticos ECF, DCTF, DIMOB, DECRED, DITR, DIRF, DOI, DEMED. Declarações Obrigatórias DIMOF Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário Somos Prestadores de Serviços Usuários Produto é Contabilidade Contribuintes Fisco Fornecedores Investidores Outros Interessados Informação Qualidade Utilidade Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário Exercício da atividade seja de forma Empresarial Globalização Modernização Novas Tecnologias Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário Instituído pelo Decreto nº. 6.022, de 2007, o projeto faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes; Consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital; Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três esferas governamentais: federal, estadual e municipal; Mantém parceria com 20 instituições, entre órgãos públicos, conselho de classe, associações e entidades civis, na construção conjunta do projeto. SPED – SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL O Sped tem como objetivos, entre outros: Promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais. Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores. Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica. SPED – SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL SPED Receita Federal NFe Receita Federal, Estados e Municípios ECD Receita Federal e Juntas Comerciais EFD Receita Federal e Estadual ECF Receita Federal eSOCIAL Receita Federal, Previdenciária e CEF ESTRUTURA: SPED – SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL SPED Receita Federal NFe Notas Fiscais de Serviços e Mercadorias ECD Escrituração Contábil Societária (Digital) EFD Escrita Fiscal do ICMS, IPI e Contribuições Sociais ECF Escrituração Contábil Fiscal eSOCIAL Eventos trabalhistas e folha de pagamento ESTRUTURA: SPED – SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL SPED Receita Federal Central de Balanços Receita Federal CT-e Receita Federal e Estados FCONT Receita Federal ESTRUTURA: SPED – SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL O padrão IFRS é adotado por cerca de 110 países; Aproximadamente por 100 milhões de pequenas e médias empresas no mundo; No Brasil 99% das companhias são micros, pequenas e médias empresas; IFRS – International Financial Reporting Standards: são normas internacionais de Contabilidade representadas por normas e interpretações adotadas pelo IASB – International Accounting Standards Board – Diretoria das Normas de Contabilidade Internacional. Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário HISTÓRICO LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA Decreto - Lei 2.627, de 1.940; Lei 6.404, de 1976; Lei 6.385, de 1976; Lei 11.638, de 2007; Lei 11.941, de 2009, artigos 37 e 38; Lei 12.249, de 2010: São Atribuições do CFC: “Regular acerca dos princípios contábeis, do Exame de Suficiência, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada; e editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional”. HISTÓRICO LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Decreto 3.000, de 1999 (RIR); Decreto - Lei 1.598, de 1977; Demais textos legais editados de 1999 a 2013; Lei 11.941, de 2009 (Exceto artigos 37 e 38); Lei 12.973, de 2014; IN RFB 1.515, de 2014. Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário ANO PIB (bilhões) CARGA (bilhões) % 2000 1.101,25 358,41 32,55 2001 1.198,73 407,66 34,01 2002 1.346.02 479,36 35,61 2003 1.556,18 543,34 34,92 2004 1.766,62 633,81 35,88 Fonte: SRF Carga Tributária – 2000 à 2014 – Em relação ao PIB % Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário ANO PIB (bilhões) CARGA (bilhões) % 2005 1.937,59 724,11 37,37 2006 2.369,80 794,12 33,51 2007 2.597,61 903,64 34,79 2008 3.004,88 1.033,92 34,41 2009 3.185,13 1.055,41 33,14 Fonte: SRF Carga Tributária – 2000 à 2014 – Em relação ao PIB % Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário ANO PIB (bilhões) CARGA (bilhões) % 2010 3.374,96 1.233,49 33,56 2011 4.143,01 1.463,02 35,31 2012 4.392,09 1.574,86 35,86 2013 4.844,82 1.741,66 35,95 2014 5.521,26 1.955,80 35,42 Fonte: SRF, Exceto 2014 Fonte 2014: IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário Carga Tributária – 2000 à 2014 – Em relação ao PIB % Legislação Societária x Tributária x Convergência x Planejamento Tributário Direito Tributário Ramo do direito que disciplina as normas legais necessárias ao Estado, na sua relação com os particulares, para obtenção de recursos financeiros de que necessita para custear a sua atividade estatal. Objeto – Tributo CTN – Lei nº. 5172, de 25 de outubro de 1966, efeitos a vigorarem a partir de 1º de janeiro de 1967. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Legislação Tributária Leis • Constituição Federal • Emendas à Constituição • Leis complementares • Leis ordinárias • Leis delegadas • Medidas provisórias • Decretos legislativos • Resoluções Tratados e convenções internacionais Decretos • Independentes ou autônomos • Regulamentar oude execução PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Legislação Tributária Normas Complementares • As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; • Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL tem estrutura obsoleta; prejudica a competitividade; é demasiado complexo; induz à sonegação, inclusive a não intencional; não é propício à harmonização com outros sistemas tributários. A globalização e os acordos de integração requerem dicções tributárias comuns no mundo inteiro, uma espécie de “esperanto tributário”. Outra forma de definir este processo é a chamada busca de “harmonização” entre os sistemas tributários. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NOSSO SISTEMA TRIBUTÁRIO O sistema constitucional tributário assegura ao contribuinte o direito de optar pela realização dos negócios ou operações que resultem na menor carga fiscal; O planejamento tributário é atividade lícita porque tem por escopo a busca da redução do custo tributário sem ferir as leis ou o sistema normativo. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Planejamento Tributário é “a atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis.” (Nilton Latorraca) PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Fabretti (2001a, p. 30) define o planejamento tributário da seguinte forma: “O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributário.” PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Borges (2000, p. 60) traduz o significado do mesmo conceito e a que se destina o planejamento fiscal: [...] afigura-se-nos correto conceituar o Planejamento Fiscal como uma técnica gerencial que visa projetar as operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de serviços, visando conhecer as obrigações e os encargos tributários inseridos em cada uma das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos legítimos, adotar aquela que possibilita a anulação, redução ou adiamento do ônus fiscal. (grifo nosso) PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Planejamento fiscal consiste na formulação de um plano de ação para realizar objetivos de redução da carga tributária, sem ferir a legislação aplicável, utilizando-se de estratégias e recursos adequados à sua viabilização; Fundamenta-se na lei e é implementado através de minucioso exame do sistema tributário vigente, dos princípios gerais de direito. PLANEJAMENTO FISCAL Essência e Conceito de Planejamento Fiscal Exame das leis que outorgam benefícios fiscais (isenção, não incidência, redução de base de cálculo, crédito presumido, diferimento, suspensão, parcelamento, anistia, etc.); Seleção do melhor benefício fiscal existente e estudo de formas de sua utilização; Análise dos princípios basilares de tributação aplicáveis aos diversos fatos geradores das obrigações tributárias, visando a menor caga de tributos nos estritos limites da lei. PLANEJAMENTO FISCAL Processo de Elaboração de Planejamento Fiscal ELISÃO Consiste na redução de impostos através de um planejamento prévio estruturado, de acordo com o permissivo legal. EVASÃO Consiste em redução indevida do imposto, construindo afronta e lei, ensejando crime contra ordem tributaria (Sonegação) PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO OU ARBITRADO SIMPLES PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS Vantagens e Desvantagens Lucro Real x Lucro Presumido Lucro Real Anual x Lucro Real Trimestral PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS Lucro Presumido x Simples Nacional Tributação do Imposto de renda Pessoa Física x Pessoa Jurídica PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO RENDIMENTOS DE ALUGUEL Pessoa Física Carnê-Leão Tabela Progressiva PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO RENDIMENTOS DE ALUGUEL MENSAL – PESSOA FÍSICA Federais Estaduais Municipais PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO RENDIMENTOS DE ALUGUEL MENSAL – PESSOA FÍSICA PIS (PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL). EMPRESAS LUCRO PRESUMIDO E ARBITRADO Contribuição para o PIS/Pasep Origens do PIS/Pasep Conforme dispositivos legais a contribuição para o PIS/Pasep é apurada e recolhida com base na receita bruta (faturamento) e devida mensalmente pelas seguintes pessoas: Contribuição para o PIS/Pasep pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias; entidades sem fins lucrativos discriminadas no art. 13 da Medida Provisória no 2.037, modificada pela MP 2.158/01; e pessoas jurídicas de direito público interno, referentes as receitas correntes arrecadadas e das transferências correntes e de capital recebidas no mês. Contribuição para o PIS/Pasep Modalidades de contribuição e alíquotas São modalidades de contribuição, as quais estão diretamente vinculadas à atividade operacional da pessoa jurídicas: Contribuição para o PIS/Pasep 1ª PIS/Pasep sobre o faturamento mensal, cuja alíquota é de 1,65% para as empresas tributadas pelo lucro real; 2ª PIS/Pasep sobre o faturamento mensal, cuja alíquota é de 0,65% para as empresas tributadas pelo lucro presumido; e 3ª PIS/Pasep sobre a folha de pagamento, cuja alíquota é de 1%. Contribuição para o PIS/Pasep Contribuição para o PIS/Pasep Elementos fundamentais - PIS e COFINS Fato Gerador O fato gerador é o faturamento mensal, assim entendido o total de receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. Contribuição para o PIS/Pasep PIS/Pasep sobre o faturamento mensal – contribuintes São contribuintes com base no faturamento mensal as pessoas jurídicas com fins lucrativos, de acordo com o art. 2o da Lei no 9.718/98. As entidades fechadas e abertas de previdência complementar são contribuintes do PIS/Pasep nessa modalidade de incidência, sendo irrelevante a forma de sua constituição. Contribuição para o PIS/Pasep PIS/Pasep sobre o faturamento mensal – contribuintes As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência, em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo, sujeitam-se também às mencionadas disposições. Contribuição para o PIS/Pasep Conceito de faturamento O faturamento para fins de cálculo do PIS e da Cofins compreende a receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977 (art. 3o da Lei no 9.718/98, com a redação dada pelo art. 52 da Lei no 12.973/14). Contribuição para o PIS/Pasep Não integram a base de cálculo Não integram este conceito anterior e poderão ser excluídos da base de cálculo: (incisos I, II, IV, e VI do § 2o do art. 3o da Lei no 9.718/98 com redação dada pelo art. 52 da Lei no 12.973/14). Contribuição para o PIS/Pasep Não integram a base de cálculo as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimento pelo valor do patrimônio líquido eos lucros e dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido computados como receita bruta; Contribuição para o PIS/Pasep Não integram a base de cálculo a receita decorrente da venda de bens classificados no ativo não circulante que tenha sido computada como receita bruta; A receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos. Contribuição para o PIS/Pasep Não cumulatividade da contribuição para ao PIS\PASEP A Medida Provisória no 66, de 29-8-2002, publicada no Diário Oficial da União de 30-8-2002, retificada no Diário Oficial de 3-9-2002, dispõe sobre a não cumulatividade na cobrança da contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Contribuição para o PIS/Pasep IMPOSTO NÃO-CUMULATIVO – Diz-se do imposto/tributo que, na etapa subsequente dos processos produtivos e/ou de comercialização, não incide sobre o mesmo imposto/tributo pago/recolhido na etapa anterior. Exemplos: IPI, ICMS e PIS/COFINS Não Cumulativos. Contribuição para o PIS/Pasep IMPOSTO CUMULATIVO – Diz-se de um imposto ou tributo que incide em todas as etapas intermediárias dos processos produtivo e/ou de comercialização de determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto/tributo anteriormente pago, da origem até o consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em consequência, na fixação de seu preço de venda. Contribuinte e responsável Contribuinte é a pessoa jurídica que auferir as receitas a que se refere o art. 1o das Leis nos 10.637/02 e 10.833/03. Responsável é a pessoa jurídica que efetuar pagamentos a outra pessoa jurídica de direito privado, pela prestação de serviços discriminados no art. 30 da Lei no 10.833/03. Contribuinte e responsável São obrigados a reter na fonte as seguintes contribuições sobre o valor do pagamento efetuado: • 0,65% para o PIS; • 3% para a Cofins; • 1% para a CSL. • 1,5% IR A Lei nº 13.137/2015 destaca que a retenção fica dispensada quando o seu valor for igual ou inferior a R$ 10,00 Não incidência As contribuições para o PIS não incidirão sobre as seguintes receitas: • receitas decorrentes das operações de exportação; • prestação de serviços para pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento em moeda conversível; • vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. Prazo de recolhimento Até o último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Contribuintes do PIS/Pasep com base na folha de pagamento A Contribuição ao PIS, calculada sobre a folha de pagamento mensal, é devida pelas entidades sem fins lucrativos, inclusive as fundações definidas como empregadoras pela legislação trabalhista, tais como: Contribuintes do PIS/Pasep com base na folha de pagamento • templos de qualquer natureza; • partidos políticos; • entidades de caráter filantrópico, religioso, recreativo, cultural, e as associações que preencham as condições e requisitos legais; • condomínios de proprietários de imóveis residenciais e comerciais que possuem empregados; Contribuintes do PIS/Pasep com base na folha de pagamento • Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as organizações estaduais de cooperativas, em relação às operações praticadas com cooperados; • instituições de educação e de assistência social que não realizem, habitualmente, venda de bens e serviços e que preencham as condições legais; • sindicatos, federações e confederações; Contribuintes do PIS/Pasep com base na folha de pagamento • serviços sociais autônomos, criados ou autori- zados por lei; • conselhos de fiscalização de profissões regu- lamentadas; • fundações de direito privado. Alíquota e base de cálculo do PIS/Pasep com base na folha de pagamento. O cálculo da contribuição será feito mediante a aplicação do percentual de 1% sobre o total da folha de pagamento mensal dos seus empregados, assim entendidos os rendimentos do trabalho assalariado de qualquer natureza, tais como salários, gratificações, prêmios, ajudas de custo, comissões, quinquênios, 13o salário, férias etc. Exemplo de cálculo e contabilização do PIS/Pasep sobre a folha de pagamento Para exemplificar o recolhimento do PIS/Pasep – Folha de Pagamento, supõe-se uma entidade de caráter filantrópico cuja folha de pagamento dos funcionários, no mês de janeiro de 2003, tenha tido o valor bruto de $ 64.000. A Contribuição para o PIS/ Pasep seria efetuada da seguinte maneira: $ 64.000 × 1% = $ 640. Exemplo de cálculo e contabilização do PIS/Pasep sobre a folha de pagamento Contabilização D – PIS sobre a folha de pagamento $ 640 C – PIS a recolher $640 PIS – Regime de Apuração – Lucro presumido Regime de Incidência Cumulativa A base de cálculo é a receita operacional bruta da pessoa jurídica, sem deduções em relação a custos, despesas e encargos. Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS são, respectivamente, de 0,65% e de 3%. PIS – Regime de Apuração – Lucro presumido Regime de Incidência Cumulativa As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no Lucro Presumido ou arbitrado estão sujeitas à incidência cumulativa. EXEMPLO NUMÉRICO DE TRIBUTAÇÃO CUMULATIVA Suponha a existência de uma cadeia produtiva com três empresas, dos setores primário, secundário e terciário. A comparação será feita entre a COFINS (alíquota de 3%) e o ICMS (alíquota padrão de 18%), desconsiderando os demais tributos, para fins de simplificação. »Cia. Bélgica é empresa fabricante; »Cia. Turquia é empresa atacadista; e »Cia. Senegal é empresa varejista. EXEMPLO NUMÉRICO DE TRIBUTAÇÃO CUMULATIVA »A Cia. Bélgica industrializa um produto e vende para a Cia. Turquia por R$ 300. »A Cia. Turquia compra o produto da Cia. Bélgica por R$ 300 e revende para a Cia. Senegal por R$ 400. »A Cia. Senegal compra o produto da Cia. Bélgica e revende para o consumidor final pelo preço de R$ 500. EXEMPLO NUMÉRICO DE TRIBUTAÇÃO CUMULATIVA O ICMS total recolhido será R$ 90 (18% sobre o valor final do produto, R$ 500), sendo que cada empresa recolhe apenas o que agrega ao produto. Já a PIS será recolhida por R$ 7,80, com alíquota final de 1,56%, mais que o dobro de sua alíquota original. ICMS: TOTAL RECOLHIDO DE R$ 90 (18% s/ R$ 500) (Cia. Bélgica: R$ 54 Cia. Turquia: R$ 18 Cia. Senegal: R$ 18) PIS: TOTAL RECOLHIDO DE R$ 7,80 (1,56% s/ R$ 500) (Cia. Bélgica: R$ 1,95 Cia. Turquia: R$ 2,60 Cia. Senegal: R$ 3,25) PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO As empresas tributadas pelo lucro presumido ou com seu lucro arbitrado devem calcular PIS e COFINS com base na regra cumulativa, utilizando alíquotas de 0,65% e 3% sobre a receita bruta menos as exclusões permitidas, exclusões essas que também valem para as empresas tributadas pelo lucro real. PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO Portanto, desde JUN/09, PIS e COFINS de empresas submetidas ao lucro presumido ou com seu lucro arbitrado são calculadas com base apenas na receita bruta da empresa, com as seguintes exclusões permitidas: a.as vendas canceladas;b.os descontos incondicionais concedidos; e c.o IPI e o ICMS, quando cobrados pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário (ICMS ST). PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO Além disso, nem toda receita bruta será tributada pela PIS. Há alguns itens que possuem isenção ou exclusão permitida pela Lei no 9.718/98 e pela MP no 2.158-35/20. Então, são extraídas (retiradas) da base as receitas oriundas: a.de exportação de mercadorias para o exterior; b.dos serviços prestados a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas; PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO c.de vendas, com fim específico de exportação para o exterior, a empresas exportadoras registradas na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; d.de vendas e revendas de produtos com alíquota zero; e e.receitas com revendas de produtos com tributação monofásica ou concentrada. PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO VENDAS PARA GOVERNO O art. 7o da Lei no 9.718/98 diz que no caso de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens ou serviços, contratados por pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, o pagamento das contribuições para PIS/PASEP e COFINS poderá ser diferido, pelo contratado, até a data do recebimento do preço. PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO VENDAS PARA GOVERNO Na prática, as vendas e revendas realizadas para o governo e qualquer empresa do governo somente serão consideradas, para fins de PIS e COFINS, quando do recebimento. Em resumo, serão tributadas pelo regime de caixa. PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO EXEMPLOS NUMÉRICOS Suponha que a Cia. Caiçara seja uma empresa comercial, tributada pelo lucro presumido e que apresentou, em MAR/X1, as seguintes contas de resultado: (+) Receita com revenda de mercadorias R$ 500.000 (–) Devolução de Vendas R$ 10.000 (–) Descontos Incondicionais Concedidos R$ 20.000 (–) Descontos Financeiros Concedidos R$ 5.000 (+) Receitas Financeiras R$ 4.000 (+) Receita com Aluguel de Espaço R$ 2.000 (+) Ganho na venda de bens do Imobilizado R$ 6.000 PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO EXEMPLOS NUMÉRICOS OBS.: 20% das revendas são de produtos com tributação monofásica. As devoluções e os descontos são de produtos tributados normalmente. Veja no quadro a seguir o cálculo do PIS e da COFINS da Cia. Caiçara: PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO EXEMPLOS NUMÉRICOS PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO EXEMPLOS NUMÉRICOS O desconto financeiro é aquele que depende de certa condição, por exemplo, pagamento antes do vencimento, não se caracterizando como uma dedução nas bases de PIS e COFINS. Portanto, a Cia. Caiçara deve pagar até o dia 25/ABR/X1 os valores apurados de PIS (R$ 2.405,00) e COFINS (R$ 11.100,00), encerrando assim o processo de apuração, cálculo e pagamento das contribuições. PIS E COFINS NAS EMPRESAS SUBMETIDAS A TRIBUTAÇÃO PELOS LUCROS PRESUMIDO OU ARBITRADO EXEMPLOS NUMÉRICOS REVENDAS DE MERCADORIAS PARA EMPRESAS DO GOVERNO No mês de AGO/X1, a Cia. Lagoa tem receita bruta de vendas de R$ 100.000, sendo 25% para empresas do governo, cujo pagamento está previsto para o mês de FEV/X2. → → → PIS (PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL). EMPRESAS LUCRO REAL Contribuição para o PIS/Pasep As contribuições para PIS/PASEP e COFINS arrecadaram em 2015 mais de R$ 255 bilhões. A cada ano que passa, essas contribuições ganham importância na composição da arrecadação federal. Veja o quadro a seguir: Contribuição para o PIS/Pasep PIS – Regime de Apuração – Lucro Real A empresa tributada pelo lucro real será obrigada a utilizar o método não cumulativo, com um cálculo bem mais complexo em relação às empresas tributadas pelo lucro presumido ou que tenham seu lucro arbitrado. PIS – Regime de Apuração – Lucro Real As empresas obrigadas ao cálculo do PIS pelo método não cumulativo paga a contribuição com alíquotas de 1,65%, sobre as receitas totais. Mas, estas empresas podem deduzir créditos permitidos expressamente em lei. PIS – Regime de Apuração – Lucro Real O sistema de registro de créditos do PIS inicialmente parecia guardar similaridade com o modelo adotado para o ICMS e IPI. Entretanto, não foi o que aconteceu na regulamentação feita por meio das leis que instituíram o método não cumulativo para PIS e COFINS. PIS – Regime de Apuração – Lucro Real O legislador citou expressamente os itens que permitem crédito de PIS (e posteriormente confirmou isso na COFINS), definindo claramente, em alguns casos, os itens que não permitem crédito, como, por exemplo, os gastos com mão de obra. PIS – Regime de Apuração – Lucro Real A seguir, serão apresentadas as regras de tributação de PIS e COFINS das empresas tributadas pelo lucro real, lembrando que existem empresas que, mesmo no lucro real, devem efetuar o cálculo das contribuições de outra forma, por exemplo: PIS – Regime de Apuração – Lucro Real As empresas submetidas ao modelo de tributação monofásica, por exemplo, as refinarias e as indústrias de produtos de higiene; As instituições financeiras e empresas equiparadas; e As empresas com previsão de tributação de parte de suas receitas pelo método cumulativo, como, por exemplo, do setor de telecomunicações. Base de Cálculo O cálculo do PIS nas empresas tributadas pelo lucro real tem como base inicial a totalidade das receitas da empresa. Basta considerar no balancete o grupo RECEITAS e informar seu total. Contudo, existem algumas receitas não tributadas pelas contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS e que são apresentadas a seguir: Base de Cálculo EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA (VÁLIDAS TAMBÉM P/ O MÉTODO CUMULATIVO) a.receita com vendas de mercadorias para o exterior, com o recebimento em moeda conversível ou não; b.renda de prestação de serviços ao exterior, cujo valor recebido represente entrada de divisas; c.receita de vendas para empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação, tendo esta empresa que comprovar o embarque das mercadorias para o exterior no prazo máximo de 180 dias; d.receitas com revenda de produtos com tributação monofásica, como gasolina, óleo diesel, perfumes, cosméticos, cervejas, refrigerantes, pneus e outros; e e.receita com vendas de produtos com alíquota zero. Base de Cálculo EXCLUSÕES DE OUTRAS RECEITAS (APENAS P/ MÉTODO NÃO CUMULATIVO) recuperação de créditos já baixados como perda (registrados inicialmente em conta de receita e lançado em despesa posteriormente, quando considerado incobrável), até o valor desta; reversões de provisões operacionais, como, por exemplo, as reversões de PCLD, de provisões para perdas em processos cíveis, trabalhistas, fiscais, dentre outras; resultado positivo da avaliação de investimentos em controladas e coligadas pelo método de equivalência patrimonial obtido no país; Base de Cálculo EXCLUSÕES DE OUTRAS RECEITAS (APENAS P/ MÉTODO NÃO CUMULATIVO) receitas com lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição; resultado positivo referente a avaliação de ativos a valor justo; receita com subvenção de investimentos; algumas (poucas) receitas financeiras (ver tópico 15.6.4); e receitas com venda de bens pertencentes ao ativo não circulante, subgrupos investimentos, intangível e imobilizado. Base de Cálculo Atenção: O responsável pelo cálculo do PIS e COFINS deve ficar atento, pois o conjunto de receitas não tributadas é bastante extenso. !!!! Um supermercado de médio porte, por exemplo, deve ter um bom sistema de informações, que facilite o registro e o controle contábil, pois têm diversos produtos para revenda com tributação monofásica, alíquota zero e produtos tributados normalmente. Então, a revenda de suco de frutas integrará a base das contribuições, enquanto a venda de refrigerante não integrará, já que este produto foi objeto de tributação monofásica por parte da indústria de bebidas. OUTRAS RECEITAS QUE DEVEM SER TRIBUTADAS Na verdade, como a lista de receitas excluídas é relativamente extensa, a dúvida que fica é a seguinte: que outras receitas operacionais são incluídas nas bases de PIS/PASEP e COFINS? Seguem algumas receitas que devem ser incluídas na base, por falta de previsão legal para exclusão: RECEITA DE ALUGUEL: Não se refere a empresas locadoras ou imobiliárias, onde esta receita faz parte da Receita Bruta. Quando a empresa alugar algum ativo como complemento de atividade operacional, deverá incluir esta receita nas bases de PIS e COFINS. GANHO EM COMPRA VANTAJOSA: quando a empresa adquirir participação em empresa controlada ou coligada por um valor mais baixo que o registrado no patrimônio líquido da empresa avaliado a valor justo. Por exemplo, empresa tem PL de R$ 100 (valor justo) e a nossa empresa compra 60% das ações por R$ 52. Nesse caso, o valor de R$ 8 será reconhecido como receita denominada Ganho por Compra Vantajosa, que integrará as bases de PIS e COFINS. OUTRAS RECEITAS QUE DEVEM SER TRIBUTADAS MULTAS COBRADAS: não se caracteriza como receita financeira, por representar punição. Assim, deve integrar as bases de PIS e COFINS o valor referente a qualquer multa cobrada por atraso, por descumprimento de contrato ou outra situação específica. CESSÃO DE ESPAÇO (PROPAGANDA): receita obtida por empresas de transporte, que cedem espaço nos seus ativos (ônibus, metrô, trem, barcas e outros) para divulgação de terceiros mediante remuneração. DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO Após considerar todas as receitas tributadas por PIS e COFINS, a empresa poderá deduzir da base algumas despesas, especificamente aquelas apresentadas como deduções da receita bruta na demonstração do resultado. São elas: • a.vendas canceladas; • b.devolução de vendas; e • c.descontos incondicionais concedidos, incluindo bonificações. DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO Receitas financeiras O Decreto no 8.426/15 restabeleceu a incidência de PIS/PASEP e COFINS sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa. O Decreto no 8.451/15 estabelece que as alíquotas de 0,65% (PIS/PASEP) e 4% (COFINS) para as receitas financeiras BASE DE CÁLCULO, ALÍQUOTAS E DESPESA EM EMPRESAS SUJEITAS AO MÉTODO NÃO CUMULATIVO A base de cálculo das empresas tributadas pelo lucro real, regra geral, será apurada pelo somatório das receitas menos as deduções permitidas pelo legislador. Sobre essa base, são aplicadas alíquotas de 7,6% para a COFINS e de 1,65% em relação ao PIS/PASEP. BASE DE CÁLCULO, ALÍQUOTAS E DESPESA EM EMPRESAS SUJEITAS AO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Mas as empresas não precisarão pagar exatamente o valor apurado pela aplicação das alíquotas mais elevadas criadas para o método não cumulativo. O legislador define nos normativos um conjunto de itens que estas empresas podem utilizar como crédito para diminuir o valor das contribuições a pagar. BASE DE CÁLCULO, ALÍQUOTAS E DESPESA EM EMPRESAS SUJEITAS AO MÉTODO NÃO CUMULATIVO CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Os créditos representam a essência de um método não cumulativo. No Brasil, o ICMS e o IPI têm essa característica, em que o imposto pago na etapa anterior e destacado no documento fiscal é creditado pela empresa que compra um produto para revenda ou para transformação em outro produto que será vendido. CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Contudo, o modelo utilizado para o PIS e a COFINS é algo diferente, pois a legislação separou as empresas em dois tipos, conforme a forma de tributação. Com isso, o crédito de uma empresa compradora de um determinado bem não representa necessariamente o valor pago na empresa que vendeu este bem. ASSUNTO PARA A AULA QUE VEM! COFINS (CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL). EMPRESAS LUCRO PRESUMIDO E ARBITRADO COFINS A Cofins – antigo Finsocial – foi instituída pela Lei Complementar no 70, de 30-12-1991. Trata-se, na realidade, da contribuição social para financiamento da seguridade social, nos termos do inciso I do art. 195 da Constituição Federal, um tributo que incide sobre o valor do faturamento mensal das pessoas jurídicas ou a elas equiparadas. COFINS Os objetivos da seguridade social são os de assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Conforme o art. 1o da Lei Complementar no 70/91, o sujeito passivo da mencionada obrigação tributária é a pessoa jurídica em geral e a ela equiparada pela legislação do Imposto de Renda, incluindo as instituições financeiras, construtoras e incorporadoras de imóveis. COFINS - Contribuintes O § 7o do art. 195 da Constituição Federal dispõe sobre a isenção de contribuição para a seguridade social às entidades beneficentes de assistência social que cumprem os quesitos estabelecidos em lei para o enquadramento como entidade filantrópica, tais como: Os asilos; Os orfanatos; As santas casa de misericórdia. COFINS - Contribuintes Também estão isentas do recolhimento da COFINS: I - As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP), conforme definição em Lei Complementar que optarem pelo Regime Integrado de pagamento de im- postos (Simples Nacional), no período em que ficarem submetidas ao regime simplificado; COFINS - Contribuintes Também estão isentas do recolhimento da COFINS: II - As associações, os sindicatos, as federações, as organizações reguladoras de atividades profissionais e demais entidades classistas, relativamente às arrecadações provenientes de mensalidades, contribuições ou anuidades fixadas em lei ou pelo Estatuto ou As- sembleia dessas entidades e destinadas ao custeio de suas atividades essenciais; COFINS - Contribuintes Também estão isentas do recolhimento da COFINS: III - As sociedades cooperativas, com observância do disposto na legislação própria, relativamente aos atos cooperativos de suas finalidades. Não estão isentas as cooperativas de consumo, cujos objetivos sejam a compra e o fornecimento de bens aos consumidores, as quais estão sujeitas às mesmas normas de incidência da contribuição aplicável às demais pessoas jurídicas. COFINS – Base de cálculo e Alíquota A base de cálculo da contribuição é o faturamento mensal, assim considerada a receita bruta das vendas de mercadorias e de serviços de qualquer natureza, sendo irrelevante a atividade e a classificação contabil das receitas, excluídos os valores relativos: I - ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),nas empresas contribuintes desse imposto, quando destacado em separado no documento fiscal; COFINS – Base de cálculo e Alíquota II - ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre as Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações (ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador de serviços na condição de substituto tributário. III - às vendas canceladas, às devoluções de clientes e aos descontos concedidos incondicionalmente, a qualquer título; COFINS – Base de cálculo e Alíquota IV - às reversões de provisões operacionais e recu- peração de créditos baixados como perda, que não representem entrada de novas receitas; V - ao resultado positivo – lucro – obtido em decorrência de avaliação de investimentos em participações societárias pelo método da equivalência patrimonial – valor do patrimônio líquido; VI - à receita decorrente da venda de itens do ativo permanente; COFINS – Base de cálculo e Alíquota VII - à exportação de mercadorias para o exterior; e VIII - aos serviços prestados a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas. COFINS – Base de cálculo e Alíquota Observações: Nas transações de câmbio, sera ́ considerada receita bruta a diferença bruta positiva entre o preço de venda e o de compra da moeda estrangeira. Revenda de automóveis: a base de cálculo da Cofins é a diferença entre o preço pago pelo carro e o de venda ao consumidor final. COFINS – Base de cálculo e Alíquota Observações: Construção civil: o pagamento da Cofins será feito no momento do pagamento do bem ou serviço, quando o dinheiro entrar na empresa, ou seja, pelo regime de caixa no faturamento. As receitas financeiras NÃO integram a base de cálculo da Cofins. Redação dada, por força do artigo 79 da Lei 11.941/2009. http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11941_2009.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11941_2009.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11941_2009.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11941_2009.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11941_2009.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11941_2009.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11941_2009.htm COFINS – Base de cálculo e Alíquota Observações: Interpreta-se que as receitas tributáveis serão as decorrentes das operações normais do negócio (faturamento) e não mais todas as receitas auferidas. COFINS – Alíquota A alíquota foi estabelecida em 3%, a partir de fevereiro de 1999, para as empresas tributadas pelo lucro presumido. Caso prático – Cálculo e contabilização da COFINS Caso prático – Cálculo e contabilização da COFINS Base de cálculo Ajustada Base final para cálculo da COFINS = 1.820.000,00 Caso prático – Cálculo e contabilização da COFINS Contabilização no mês da despesa e correspondente obrigação em janeiro: D – Cofins sobre o faturamento $54.600,00 C – Cofins a recolher $54.600,00 Caso prático – Cálculo e contabilização da COFINS Contabilização no mês do pagamento: D – Confins a recolher $54.600,00 C – Bancos – conta corrente$54.600,00 Caso prático – Tributação cumulativa - Efeitos Exemplo 2 – Tributação cumulativa Suponha a existência de uma cadeia produtiva com três empresas, dos setores primário, secundário e terciário. A comparação será feita entre a COFINS (alíquota de 3%) e o ICMS (alíquota padrão de 18%). Companhia Bélgica é empresa fabricante; Companhia Turquia é empresa atacadista; Companhia Senegal é empresa varejista; Caso prático – Tributação cumulativa - Efeitos A Cia Bélgica industrializa um produto e vende para a Cia Turquia por R$ 300,00. A Cia Turquia compra o produto da Cia Bélgica por R$ 300,00 e revende para a Cia Senegal por R$ 400,00. A Cia Senegal compra o produto da Cia Bélgica e revende para o consumidor final pelo preço de R$ 500,00. Caso prático – Tributação cumulativa - Efeitos O ICMS total recolhido será de R$ 90,00 (18% sobre o valor final do produto, R$ 500,00), sendo que cada empresa recolhe apenas o que agrega ao produto. Já a COFINS será recolhida por R$ 36,00, com alíquota efetiva de 7,2 %, mais que o dobra da alíquota original. VEJA!!!! Caso prático – Tributação cumulativa - Efeitos ICMS: Total recolhido de R$ 90,00 (18% s\ R$ 500,00). (Cia Bélgica: R$ 54,00 Cia Turquia: R$ 18,00 Cia Senegal: R$ 18,00). COFINS:Total recolhido de R$ 36,00(7,2% s\R$ 500,00). (Cia Bélgica: R$ 9,00 Cia Turquia: R$ 12,00 Cia Senegal: R$ 15,00). Caso prático – Tributação cumulativa - Efeitos ICMS: Total recolhido de R$ 90,00 (18% s\ R$ 500,00). (Cia Bélgica: R$ 54,00 Cia Turquia: R$ 18,00 Cia Senegal: R$ 18,00). COFINS:Total recolhido de R$ 36,00(7,2% s\R$ 500,00). (Cia Bélgica: R$ 9,00 Cia Turquia: R$ 12,00 Cia Senegal: R$ 15,00). Caso prático – Tributação cumulativa - Efeitos Exemplo 3 Exemplo numérico com deduções: Suponha que a Cia Alfa seja uma empresa comercial, tributada pelo lucro presumido e que apresentou em julho de 2009, as seguintes contas de resultado: Receita com revenda de mercadorias = $500.000,00 Devolução de vendas = $ 10.000,00 Descontos incondicionais concedidos = $ 20.000,00 Descontos financeiros concedidos = $ 5.000,00 Receita com aluguel de espaço = $ 2.000,00 Ganho na venda de bens do Imobiliz. = $ 6.000,00 Caso prático – Tributação cumulativa - Efeitos Exemplo 3 OBS.: 20% das revendas são de produtos com a tributação monofásica. Anexo: O que é tributação monofásica? !!! O regime monofásico, também conhecido como tributação monofásica ou concentrada, consiste em mecanismo semelhante à substituição tributária, pois atribui a um determinado contribuinte a responsabilidade pelo tributo devido em toda cadeia de um produto ou serviço. Caso prático – Tributação cumulativa - Efeitos Um exemplo, é a Lei 10.147/2000, que criou o regime monofásico para produtos de higiene pessoal, medicamentos e cosméticos, que tornou os importadores e industriais desses produtos responsáveis pelo recolhimento do PIS e da COFINS incidentes sobre a cadeia de produção e consumo mediante a aplicação de uma alíquota global de 12,50% e reduziu a zero a alíquota do PIS e da COFINS para revendedores e varejistas. Nesta situação exemplificada, as distribuidoras de remédios e as farmácias, quando revendem os medicamentos com tributação monofásica, não pagam PIS e COFINS. No entanto, devem recolher as duas contribuições calculadas sobre as demais receitas não tributadas no modelo monofásico. http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei10147.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei10147.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei10147.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei10147.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei10147.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei10147.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei10147.htm Caso prático – Tributação cumulativa - Efeitos CÁLCULO TOTAL DE RECEITAS (TRIBUTADAS)____________________ $ 400.000,00 (80% da revenda de mercadorias, 20% é ref. a tributação monofásica) (-) Devolução de vendas_____________________________ ($ 10.000,00) (-) Descontos incondicionais concedidos__________________($ 20.000,00) Base de cálculo de PIS E COFINS _______________________$ 370.000,00 PIS (0,65%) = R$ 2.405,00 COFINS (3,0 %) =R$ 11.100,00 Data de vencimento : 25 de cada mês, Caso o dia do vencimento não seja dia útil, deve ser antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder. COFINS (CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL). EMPRESAS LUCRO REAL COFINS NAS EMPRESAS TRIBUTADAS PELO LUCRO REAL A empresa tributada pelo lucro real será obrigada a utilizar o método não cumulativo, com um cálculo bem mais complexo em relação às empresas tributadas pelo lucro presumido ou que tenham seu lucro arbitrado. As empresas obrigadas ao cálculo da COFINS pelo método não cumulativo paga a contribuição com alíquota de 7,6%, sobre as receitas totais. Mas, estas empresas podem deduzir créditos permitidos expressamente em lei. COFINS NAS EMPRESAS TRIBUTADAS PELO LUCRO REAL O legislador citou expressamente os itens que permitem crédito de COFINS, definindo claramente, em alguns casos, os itens que não permitem crédito, como, por exemplo, os gastos com mão de obra. Serão apresentadas as regras de tributação de PIS e COFINS das empresas tributadas pelo lucro real, lembrando que existem empresas que, mesmo no lucro real, devem efetuar o cálculo das contribuições de outra forma, por exemplo: COFINS NAS EMPRESAS TRIBUTADAS PELO LUCRO REAL As empresas submetidas ao modelo de tributação monofásica, por exemplo, as refinarias e as indústrias de produtos de higiene; as instituições financeiras e empresas equiparadas; e as empresas com previsão de tributação de parte de suas receitas pelo método cumulativo, como, por exemplo, do setor de telecomunicações. Base de Cálculo – O Total das receitas e as exclusões O cálculo da COFINS nas empresas tributadas pelo lucro real tem como base inicial a totalidade das receitas da empresa. Basta considerar no balancete o grupo RECEITAS e informar seu total. Contudo, existem algumas receitas não tributadas pelas contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS e que são apresentadas a seguir: Base de Cálculo – O Total das receitas e as exclusões EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA (VÁLIDAS TAMBÉM P/ O MÉTODO CUMULATIVO) a.receita com vendas de mercadorias para o exterior, com o recebimento em moeda conversível ou não; b.renda de prestação de serviços ao exterior, cujo valor recebido represente entrada de divisas; c.receita de vendas para empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação, tendo esta empresa que comprovar o embarque das mercadorias para o exterior no prazo máximo de 180 dias; d.receitas com revenda de produtos com tributação monofásica, como gasolina, óleo diesel, perfumes, cosméticos, cervejas, refrigerantes, pneus e outros; e e.receita com vendas de produtos com alíquota zero. Base de Cálculo EXCLUSÕES DE OUTRAS RECEITAS (APENAS P/ MÉTODO NÃO CUMULATIVO) recuperação de créditos já baixados como perda (registrados inicialmente em conta de receita e lançado em despesa posteriormente, quando considerado incobrável), até o valor desta; reversões de provisões operacionais, como, por exemplo, as reversões de PCLD, de provisões para perdas em processos cíveis, trabalhistas, fiscais, dentre outras; resultado positivo da avaliação de investimentos em controladas e coligadas pelo método de equivalência patrimonial obtido no país; Base de Cálculo EXCLUSÕES DE OUTRAS RECEITAS (APENAS P/ MÉTODO NÃO CUMULATIVO) receitas com lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição; resultado positivo referente a avaliação de ativos a valor justo; receita com subvenção de investimentos; algumas (poucas) receitas financeiras (ver tópico 15.6.4); e receitas com venda de bens pertencentes ao ativo não circulante, subgrupos investimentos, intangível e imobilizado. Base de Cálculo Atenção: O responsável pelo cálculo da COFINS deve ficar atento, pois o conjunto de receitas não tributadas é bastante extenso. Um supermercado de médio porte, por exemplo, deve ter um bom sistema de informações, que facilite o registro e o controle contábil, pois têm diversos produtos para revenda com tributação monofásica, alíquota zero e produtos tributados normalmente. Então, a revenda de suco de frutas integrará a base das contribuições, enquanto a venda de refrigerante não integrará, já que este produto foi objeto de tributação monofásica por parte da indústria de bebidas. OUTRAS RECEITAS QUE DEVEM SER TRIBUTADAS Na verdade, como a lista de receitas excluídas é relativamente extensa, a dúvida que fica é a seguinte: que outras receitas operacionais são incluídas nas bases de PIS/PASEP e COFINS? Seguem algumas receitas que devem ser incluídas na base, por falta de previsão legal para exclusão: RECEITA DE ALUGUEL: logicamente, não me refiro a empresas locadoras ou imobiliárias, onde esta receita faz parte da Receita Bruta. Quando a empresa alugar algum ativo como complemento de atividade operacional, deverá incluir esta receita nas bases de PIS e COFINS. GANHO EM COMPRA VANTAJOSA: quando a empresa adquirir participação em empresa controlada ou coligada por um valor mais baixo que o registrado no patrimônio líquido da empresa avaliado a valor justo. Por exemplo, empresa tem PL de R$ 100 (valor justo) e a nossa empresa compra 60% das ações por R$ 52. Nesse caso, o valor de R$ 8 será reconhecido como receita denominada Ganho por Compra Vantajosa, que integrará as bases de PIS e COFINS. OUTRAS RECEITAS QUE DEVEM SER TRIBUTADAS MULTAS COBRADAS: não se caracteriza como receita financeira, por representar punição. Assim, deve integrar as bases de PIS e COFINS o valor referente a qualquer multa cobrada por atraso, por descumprimento de contrato ou outra situação específica. CESSÃO DE ESPAÇO (PROPAGANDA): receita obtida por empresas de transporte, que cedem espaço nos seus ativos (ônibus, metrô, trem, barcas e outros) para divulgação de terceiros mediante remuneração. DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO Após considerar todas as receitas tributadas pela COFINS, a empresa poderá deduzir da base algumas despesas, especificamente aquelas apresentadas como deduções da receita bruta na demonstração do resultado. São elas: • a.vendas canceladas; • b.devolução de vendas; e • c.descontos incondicionais concedidos, incluindo bonificações. A RECEITA FINANCEIRA Receitas financeiras O Decreto no 8.426/15 restabeleceu a incidência de PIS/PASEP e COFINS sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa. COFINS – Base de cálculo e Alíquota Observações: A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das referidas contribuições, serão de 0,65% e 4%, respectivamente. COFINS – Base de cálculo e Alíquota Observações: Aplica-se tal tributação inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas receitas submetidas ao regime de apuração não-cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS. • Ficam mantidas em 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) e 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), respectivamente, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS aplicáveis aos juros sobre o capital próprio. http://www.portaltributario.com.br/tributos/pis.htm http://www.portaltributario.com.br/tributos/cofins.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/pis.htm http://www.portaltributario.com.br/tributos/cofins.html BASE DE CÁLCULO, ALÍQUOTAS E DESPESA EM EMPRESAS SUJEITAS AO MÉTODO NÃO CUMULATIVO A base de cálculo das empresas tributadas pelo lucro real, regra geral, será apurada pelo somatóriodas receitas menos as deduções permitidas pelo legislador. Sobre essa base, é aplicada a alíquota de 7,6% para a COFINS. BASE DE CÁLCULO, ALÍQUOTAS E DESPESA EM EMPRESAS SUJEITAS AO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Mas as empresas não precisarão pagar exatamente o valor apurado pela aplicação das alíquotas mais elevadas criadas para o método não cumulativo. O legislador define nos normativos um conjunto de itens que estas empresas podem utilizar como crédito para diminuir o valor das contribuições a pagar. BASE DE CÁLCULO, ALÍQUOTAS E DESPESA EM EMPRESAS SUJEITAS AO MÉTODO NÃO CUMULATIVO CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Os créditos representam a essência de um método não cumulativo. No Brasil, o ICMS e o IPI têm essa característica, em que o imposto pago na etapa anterior e destacado no documento fiscal é creditado pela empresa que compra um produto para revenda ou para transformação em outro produto que será vendido. CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Contudo, o modelo utilizado para o PIS e a COFINS é algo diferente, pois a legislação separou as empresas em dois tipos, conforme a forma de tributação. Com isso, o crédito de uma empresa compradora de um determinado bem não representa necessariamente o valor pago na empresa que vendeu este bem. CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Portanto, os créditos de PIS e COFINS serão obtidos pela aplicação das alíquotas de 1,65% e 7,6% sobre valores expressamente determinados em lei, sem considerar a forma de tributação da empresa adquirente. O crédito será presumido, sendo considerado como liberalidade concedida pelo legislador. CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Portanto, os créditos de PIS e COFINS serão obtidos pela aplicação das alíquotas de 1,65% e 7,6% sobre valores expressamente determinados em lei, sem considerar a forma de tributação da empresa adquirente. O crédito será presumido, sendo considerado como liberalidade concedida pelo legislador. CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Portanto, os créditos de PIS e COFINS serão obtidos pela aplicação das alíquotas de 1,65% e 7,6% sobre valores expressamente determinados em lei, sem considerar a forma de tributação da empresa adquirente. O crédito será presumido, sendo considerado como liberalidade concedida pelo legislador. CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO No segundo exemplo, apresentado a seguir, acontece exatamente o contrário, pois a empresa que vende (indústria) é tributada pelo lucro real, pagando alíquota de 7,6%, valor este que não será creditado pela empresa que compra (comércio), que é tributada pelo lucro presumido, tendo que pagar 3% sobre a venda realizada ao consumidor final. CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Percebe-se na leitura dos dois exemplos que o caso 2 teria uma tributação excessivamente maior de COFINS comparativamente ao caso 1. Considerando que são duas operações idênticas, com os mesmos valores envolvidos, conclui-se que o modelo é complexo em excesso e pode, sim, interferir na atividade econômica e na composição final dos preços dos bens e serviços. É evidente que, em uma situação aplicada no mundo real como a citada no exemplo, o produto do caso 1 seria vendido por um preço mais barato que o produto do caso 2. CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Continuar o assunto falando sobre: 1. Compras para revenda 2. BENS E SERVIÇOS UTILIZADOS COMO INSUMO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E NA PRODUÇÃO OU FABRICAÇÃO DE BENS OU PRODUTOS DESTINADOS À VENDA 3. ALUGUÉIS DE PRÉDIOS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, PAGOS A PESSOA JURÍDICA E UTILIZADOS NAS ATIVIDADES DA EMPRESA; 4. Despesas de Arrendamento mercantil; 5. Depreciação de Bens do Ativo imobilizado; CRÉDITOS PERMITIDOS NO MÉTODO NÃO CUMULATIVO Continuar o assunto falando sobre: 1. RECEITAS DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES 2. DEMAIS RECEITAS COM TRIBUTAÇÃO MISTA 3. QUEM GANHOU COM A MUDANÇA DO MÉTODO CUMULATIVO PARA O MÉTODO NÃO CUMULATIVO 4. REVENDAS DE MERCADORIAS PARA EMPRESAS DO GOVERNO IPI (IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS). IPI – Aspectos introdutórios Objetivo do Capítulo: Discorrer de forma geral sobre o IPI, trazendo as principais regras aplicáveis a este imposto federal. Ao final do capítulo, será possível ao leitor: a.Ter uma noção geral do IPI, seu fato gerador, base de cálculo e sistema de créditos. b.Contabilizar o IPI, tanto em empresas industriais como nas empresas comerciais. IPI O IPI nasceu em 1964 com o nome de Imposto de Consumo, conforme se verifica no exame da Lei no 4.502/64, que criou, com fundamento na Constituição Federal de 1946, o Imposto de Consumo, incidente sobre produtos industrializados. Veja a transcrição do art 1o desta Lei: • Art. 1o O Imposto de Consumo incide sobre os produtos industrializados compreendidos na Tabela anexa. Portanto, verifica-se que o IPI não incide sobre a produção, mas, sim, sobre o consumo. IPI Não um consumo qualquer, mas um consumo qualificado: o consumo de produto industrializado. A “tabela anexa” a que se refere a Lei no 4.502/64 é a precursora da atual Tabela de Incidência do IPI (TIPI). A TIPI em vigor foi aprovada pelo Decreto no 8.950, de 01/01/17. IPI • Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador: I – o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II – a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; III – a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. IPI Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I – no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação; b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; IPI Art. 47. A base de cálculo do imposto é: II – no caso do inciso II do artigo anterior: a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; IPI Art. 47. A base de cálculo do imposto é: III – no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação. Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos. Art. 49. O imposto é não cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados. IPI Art. 47. A base de cálculo do imposto é: III – no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação. Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos. Art. 49. O imposto é não cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aosprodutos nele entrados. IPI Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodos seguintes. Art. 51. Contribuinte do imposto é: I – o importador ou quem a lei a ele equiparar; II – o industrial ou quem a lei a ele equiparar; III – o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior; IPI Regra da Noventena Qualquer aumento no IPI, seja de base de cálculo seja de alíquota, terá que esperar 90 dias para ter validade. Parece meio paradoxal isso, mas é o que acontece na prática: as alíquotas de IPI podem ser majoradas por Decreto, mas precisam esperar 90 dias para entrar em vigor. Princípio da Seletividade • Dispõe a Constituição Federal, no art. 153, § 3o, inciso I, que o IPI deverá ser seletivo em função da essencialidade do produto. • Isto quer dizer que o imposto deverá ser menos oneroso para os produtos mais essenciais. IPI A TIPI A TIPI é uma tabela estruturada em Seções (21 seções), Capítulos (97 capítulos), Posições e Subposições e tem por base a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que, por sua vez, é baseada no Sistema Harmonizado (NCM/SH). As Seções da TIPI são ordenadas de forma crescente em conformidade com o grau de complexidade dos produtos. IPI No caso de dúvida sobre a correta classificação do produto, o sujeito passivo deverá formular consulta à Receita Federal do Brasil. Princípio da Não cumulatividade O art. 153, § 3o, inciso II, diz que o IPI será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores. O Princípio da Não Cumulatividade tem por objetivo evitar o “efeito cascata” do tributo, isto é, que ele venha a onerar cada etapa do processo econômico, onerando demasiadamente o consumidor final, a rigor, o verdadeiro contribuinte do imposto. IPI No caso de dúvida sobre a correta classificação do produto, o sujeito passivo deverá formular consulta à Receita Federal do Brasil. Princípio da Não cumulatividade O art. 153, § 3o, inciso II, diz que o IPI será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores. O Princípio da Não Cumulatividade tem por objetivo evitar o “efeito cascata” do tributo, isto é, que ele venha a onerar cada etapa do processo econômico, onerando demasiadamente o consumidor final, a rigor, o verdadeiro contribuinte do imposto. IPI IPI Examinando-se detidamente a tabela, torna-se evidente a função do Princípio da Não Cumulatividade, qual seja a de evitar a acumulação do imposto em mais de uma etapa, evitando o denominado “efeito cascata”. Este Princípio faz com que, ao final do processo, o total do imposto recolhido à União seja equivalente à aplicação da alíquota do produto ao valor da operação na última etapa, em que houver a incidência do tributo. No exemplo, 10% aplicado sobre R$ 20.000,00. IPI O Princípio da Isonomia ou Igualdade Tributária está previsto no art. 150 da Constituição Federal, inciso II, e diz que é proibido aos entes estatais instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. IPI O Princípio da Uniformidade se junta ao Princípio da Isonomia para garantir a todos um tratamento justo e igualitário, de forma a evitar qualquer forma de discriminação, seja em razão de uma situação particular seja em razão da situação geográfica. O art. 151 da Carta Magna diz que é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação à estado, ao Distrito Federal ou a município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país. IPI – Bens de capital Já em relação à Tributação favorecida para os bens de capital, a própria Constituição diz no § 3o do art. 153, inciso IV, que o IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. São considerados bens de capital os produtos utilizados para a fabricação de outros produtos sem, no entanto, a estes serem incorporados. São exemplos de bens de capital as máquinas, os equipamentos e as instalações industriais. IPI – Bens de capital Portanto, em resumo, a Constituição atual (1988) define que o IPI: 1.será seletivo, em função da essencialidade do produto; 2.será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; 3.não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior; 4.terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. IPI – Arrecadação e distribuição de recursos O IPI já teve seus dias de glória na arrecadação federal, representando 20% da arrecadação feita pela Secretaria da Receita Federal no final dos anos 1980. No ano de 2011, o IPI foi o 8o tributo em arrecadação no Brasil, pouco à frente do ISS, tendo arrecadado R$ 41,2 bilhões. Veja a tabela com o percentual do IPI na composição da arrecadação da RFB: IPI – Arrecadação e distribuição de recursos O IPI tem parcela significativa de sua arrecadação destinada a estados e municípios. Veja os percentuais a seguir: 21,5% destinados ao Fundo de Participação dos Estados (FPE). 3% destinados exclusivamente às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 24,5% destinados ao Fundo de Participação dos Municípios. 10% destinados ao Fundo de Participação das Exportações, para os estados (incluindo Distrito Federal) exportadores. IPI – Arrecadação e distribuição de recursos • Portanto, o IPI deve ser, obrigatoriamente, distribuído para estados e municípios, enquanto as contribuições como PIS, COFINS e CSLL, que ultrapassaram o IPI em importância na arrecadação federal nos últimos anos, têm arrecadação integralmente destinada à União. IPI – Fato Gerador O Código Tributário Nacional (Lei no 5.172/66) define, em seu art. 46, que o Imposto sobre Produtos Industrializados tem como fato gerador: o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; a sua saída dos estabelecimentos industriais ou equiparados; a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. O Regulamento do IPI (Decreto no 7.212/10) diz que o fato gerador do IPI é: o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. IPI – Definicão legal de industrialização O conceito de produto industrializado foi estendido pelo legislador, passando a ser conhecido como o resultante de qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação, a finalidade, ou aperfeiçoe o produto original para consumo. Portanto, a definição de industrialização, dada pelo art. 4o do Regulamento do IPI (RIPI/2010, Decreto no7.212/10), caracteriza os seguintes tipos de enquadramento para os produtos industrializados: beneficiamento, montagem,transformação, acondicionamento e renovação. IPI – Exclusão O art. 5o do Decreto no 7.212/10 diz que não se considera industrialização: a.o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação: na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; IPI – Exclusão b.o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor; c.a confecção ou preparo de produto de artesanato; d.a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador; e.o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional; IPI – Exclusão f.a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; g.a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade acessória; h.a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais IPI – Base de Cálculo A base de cálculo do IPI veio a ser definida pela legislação infraconstitucional e, regra geral, é o valor da operação por qual a mercadoria deixa o estabelecimento do industrial ou do comerciante a ele equiparado, em geral acobertando um negócio juridicamente econômico, ou seja, uma operação de compra e venda. Já no caso de importação, a base de cálculo do IPI é acrescida do valor do imposto sobre importação e das despesas aduaneiras efetivamente pagas, necessárias ao desembaraço das mercadorias. Quanto às mercadorias apreendidas ou abandonadas, arrematadas em leilão das autoridades fiscais, a base do IPI será o preço alcançado no Leilão. IPI – Base de Cálculo A doutrina e a jurisprudência de igual forma compartilham com esse entendimento, sob a justificativa de que o montante do ICMS integra o valor da operação. E, portanto, se o IPI tem como base de cálculo o valor da operação, neste, obrigatoriamente, encontra-se incluído o valor do ICMS. !!!Os descontos incondicionais que reduzem a base do ICMS não são descontados na base de cálculo do IPI. Então, em uma venda realizada pela indústria por R$ 500 com desconto de R$ 50, caso a alíquota do IPI seja de 8%, este percentual será aplicado sobre R$ 500, montando R$ 40 de IPI, sem deduzir o desconto. IPI – Imunidades do IPI O art. 18 do Decreto no 7.212/10 consolida as imunidades previstas na Constituição Federal para o IPI: a.Os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. b.Os produtos industrializados destinados ao exterior. c.O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial. d.A energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do país. IPI – Imunidades do IPI São derivados do petróleo os produtos decorrentes da transformação do petróleo, por meio de conjunto de processos genericamente denominados refino ou refinação, classificados quimicamente como hidrocarbonetos. Cessará a imunidade do papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos quando este for consumido ou não utilizado em sua finalidade descrita na Constituição, ou encontrado em poder de pessoa que não seja fabricante, importador, ou seus estabelecimentos distribuidores, bem assim que não sejam empresas jornalísticas ou editoras. IPI – Isenção do IPI Isenção é a dispensa de pagamento do tributo ou cumprimento de uma regra legal, devendo constar expressamente na lei; não anula a obrigação, mas exonera o dever de cumpri-la. Salvo expressa disposição em lei, as isenções do imposto se referem ao produto e não ao contribuinte ou adquirente. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares e, salvo disposição de lei em contrário, não é extensiva às taxas e às contribuições de melhoria e aos tributos instituídos posteriormente a sua concessão (CTN, arts. 176, parágrafo único, e 177). IPI – Isenção do IPI A isenção pode ser revogada ou modificada por lei a qualquer tempo. Existem muitas situações onde há isenção de IPI. O Regulamento do IPI apresenta os itens isentos e os detalhes de aplicação das isenções a partir do art. 54. A partir do art. 81 há menção da isenção para produtos industrializados na Zona Franca de Manaus. As Leis no 8.032/90 (art. 2o, I) e no 8.402/92 (art. 1o, IV) definem a isenção em produtos importados pelos entes estatais, partidos políticos, instituições científicas e tecnológicas, dentre outras isenções. IPI – Crédito do imposto Devem ser satisfeitas algumas condições: 1. Para ter direito ao crédito do IPI, o contribuinte deve seguir todos os procedimentos legais exigidos, como, por exemplo, destacar o crédito em livros específicos. 2. O direito ao crédito será extinto após cinco anos contados da data de emissão do documento fiscal. Importante ressaltar que somente pode gerar crédito o produto das entradas de insumos utilizados na elaboração de produto destinado à venda, cujas saídas sejam tributadas. IPI – Crédito do imposto Em regra, se a saída for isenta ou não tributada, ou então com alíquota reduzida ou zero, o crédito pela entrada deverá ser anulado, através de lançamento de estorno. Os importadores de produtos estrangeiros, embora comerciantes, são, para fins de IPI, equiparados aos industriais. Eles têm direito ao crédito do IPI pago no desembaraço aduaneiro, desde que a mercadoria importada esteja acompanhada de documentação fiscal hábil e que a saída do produto seja tributada. IPI – Crédito do imposto Os comerciantes atacadistas de insumos são equiparados, de forma facultativa, aos industriais. Se optarem pela equiparação, destacarão o IPI relativo à saída na nota fiscal. A criação dessa equiparação teve o objetivo de possibilitar o crédito do IPI pelos estabelecimentos industriais que adquirem insumos de comerciantes atacadistas. IPI – Alíquotas As alíquotas do IPI, que devem ser fixadas com base no princípio da seletividade, ou seja, em razão inversa de imprescindibilidade dos produtos de consumo generalizado, são aquelas previstas na tabela de incidência do IPI, denominada TIPI IPI – Contribuinte O IPI é acrescido ao preço e cobrado do consumidor. Portanto, o imposto a este pertence. Já o fabricante ou comerciante a ele equiparado não suporta o ônus financeiro do tributo, tendo apenas a obrigação de calcular, cobrar do consumidor, que é o contribuinte de fato, e fazer o recolhimento da parcela devida para a Secretaria da Receita Federal. IPI – Contabilização O IPI não representa efetiva despesa para o estabelecimento industrial, sendo acrescentado ao preço e cobrado do cliente revendedor. O IPI integra a base do ICMS nas operações de venda direta da indústria para o consumidor final. Quando a venda for para revenda, ou seja, a indústria vendendo para o comércio, não se inclui na base do ICMS o valor do IPI. IPI – Contabilização
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