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Reificação e alienação na relação mercantil

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Questão 1/10 - Introdução Geral à Filosofia
Considere o extrato de texto:
“Diógenes e Crates eram obviamente homens inteligentes, mas rejeitaram a sutileza intelectual em favor da simplicidade e expressaram essa simplicidade de formas paradoxais e lúdicas que, embora muitas vezes parecessem estúpidas, de fato não o eram. Seu objetivo era desafiar as ideias preconcebidas da audiência [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOLES, J. L. Cosmopolitismo cínico. In: GOULET-CAZÉ, M. O; BRACHT BRANHAM, R. (Orgs.). Os cínicos: O movimento cínico na Antiguidade e o seu legado. Tradução de Carlos Alberto Bárbaro. São Paulo: Loyola, 2007. p. 121.
Considerando o extrato do texto e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre os cínicos, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Para os cínicos a felicidade se encontra nas coisas materiais e na satisfação advinda de relacionamentos e reconhecimentos externos, como na honra.
	
	B
	A filosofia dos cínicos se caracteriza pela divisão radical entre prática e teoria, e seus principais expoentes eram famosos e ricos.
	
	C
	Os cínicos eram caracterizados pela negação da vida em sociedade, e não tinham nenhum apreço pela vida coletiva.
Você acertou!
Comentário: A resposta correta é a c) pois: “O cinismo pressupõe uma negação ou hostilização da vida em sociedade. Seu fundamento se baseia no desapego das preocupações, pois somente assim se pode ser feliz e agir de forma coerente. Assim, os cínicos lançavam mão da ironia e do sarcasmo e não demonstravam qualquer sinal de apego ou afeição pela vida coletiva” (livro-base, p. 148).
	
	D
	A exterioridade, tudo aquilo que existe fora do ser de cada pessoa, é a representação máxima da felicidade do conhecimento para os cínicos.
	
	E
	A sutileza dos argumentos dos cínicos demonstra que é na busca incessante de bens materiais que a felicidade reside.
Questão 2/10 - Introdução Geral à Filosofia
Leia o excerto de texto:
“Em absoluto, o mal não existe nem para Vós, nem para as vossas criaturas, pois nenhuma coisa há fora de Vós que se revolte ou que desmanche a ordem que lhe estabelecestes. Mas porque, em algumas das suas partes, certos elementos não se harmonizam com outros, são considerados maus. Mas estes coadunam-se com outros, e por isso são bons (no conjunto) e bons em si mesmos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AGOSTINHO, S. Confissões e De Magistro: do Mestre. Tradução de J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p.154.
Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a filosofia de Santo Agostinho, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	O sentido da existência humana no mundo se estabelece em referência à ordem divina.
Comentário: A resposta correta é a alternativa a), pois “Para Santo Agostinho, o homem estabelece seu sentido num mundo terreno a partir da referência de uma organização de um mundo celeste, que, por sua vez, está dentro de uma formatação de um Deus trinitário” (livro-base, p. 77). Ou seja, a existência humana é determinada pela ordem estabelecida por Deus no mundo. Isto ocorre, pois, o homem é criado à imagem e semelhança de Deus; sendo seu reflexo no mundo, ele espelha sua existência segundo a ordem divina. A trindade e a ideia do mundo inteligível influenciam grandemente Santo Agostinho, que busca em Platão a fundamentação filosófica de sua fé. Por último: “para viver bem, o homem tem que viver sempre em relação com os outros, em comunidade” (livro-base, p. 77).
	
	B
	O homem é criado como a antítese da imagem de Deus, sendo necessário que ele se reconduza a ordem divina por sua própria obra.
	
	C
	A grande influência de Santo Agostinho é Aristóteles, por isso seu pensamento se constitui na contraposição ao pensamento de Platão.
	
	D
	A divisão dualista da existência humana em corpo e alma espelha a imagem dualitária de Deus em Santo Agostinho.
	
	E
	Para Santo Agostinho, o homem só encontra seu sentido no mundo na reclusão, longe do convívio com outros homens.
Questão 3/10 - Introdução Geral à Filosofia
Leia o fragmento de texto:
“Trata-se de destituir o homem da atividade com a qual ele produz sua humanidade; de reconectá-lo com esta atividade já como algo estranho e sem sentido para ele: o caráter desumanizado e desumanizante da relação mercantil é a reificação, a alienação do homem do mundo que constrói”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LIPKA PEDRON, L. Razão e Reificação em Lukács. 2019. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Setor de Ciências Humanas, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2019. p. 43.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre o conceito de alienação em Marx, analise as afirmativas a seguir:
I.   A alienação é o movimento pelo qual o trabalhador passa a ser dono de seu corpo e de seu trabalho, tomando assim consciência da exploração que sofria.
II.  O trabalho é a atividade pela qual o humano se realiza; mas, a depender da forma social na qual ele se realiza pode tornar-se uma atividade que escraviza o ser humano.
III. É um traço marcante da alienação que o trabalhador não reconheça o mundo objetivo produzido e engendrado pelo seu trabalho como o resultado de sua ação no mundo.
Está correto apenas o que se afirma em:
Nota: 10.0
	
	A
	II
	
	B
	III
	
	C
	II e III
Você acertou!
Comentário: A afirmativa I é incorreta pois a alienação é, para Marx, justamente a não-consciência ou o não-reconhecimento da exploração que sofre através do trabalho: “Marx observou que o trabalhador tanto não é dono de seu trabalho como não toma consciência da própria exploração (Aranha; Martins, 1993)” (livro-base, p. 202). A afirmativa II é correta pois o trabalho é o modo como o trabalhador se coloca no mundo e realiza sua humanidade, pela forma social que organiza a produção (o modo de produção do sistema capitalista): “Na visão de Marx, o trabalho, que deveria ser um instrumento para a realização do homem, é uma ferramenta de escravização, sendo o homem, sua vida e seu próprio valor medidos pelo poder de acumular e possuir (Marx, 1985)” (livro-base, p. 203). A afirmativa III é correta pois a alienação é caracterizada justamente pelo não-reconhecimento do trabalhador naquilo que produz: “A nova forma de produção imposta pelo capitalismo seria responsável, de certa forma, por afetar a visão do trabalhador em relação ao valor do produto do seu esforço. Desse modo, o trabalhador acaba tornando-se incapaz de reconhecer esse valor e, por isso, se mantém estagnado e sem perspectiva real de mudança. Essa nova forma de produção é vista por ele como uma substituição do ‘homem humano’ pelo ‘homem máquina’. Na função de máquina, o homem repete seu esforço diariamente, sem pensar sobre seu trabalho, sem refletir sobre sua condição; há apenas um esforço contínuo e repetitivo (Marx, 1985)” (livro-base, p. 203).
	
	D
	I e III
	
	E
	I e II
Questão 4/10 - Introdução Geral à Filosofia
Leia o fragmento de texto:
“Admite-se geralmente que toda arte e toda investigação, assim como toda ação e toda escolha, têm em mira um bem qualquer; e por isso foi dito [...] que o bem é aquilo a que todas as coisas tendem. [...] Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim [...], evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 5.
Considerando o fragmento do texto de Aristóteles e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a ética aristotélica, leia as seguintes afirmativas e assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para afirmativas falsas:
I.   (  ) O sumo bem ou bem supremo, para Aristóteles, sãoa honra, o dinheiro e família, valores que todos buscam e que são buscados por si mesmos.
II.  (  ) A ética é um padrão de conduta, que busca uma vida virtuosa para que um homem possa alcançar o fim último de toda ação humana: a felicidade.
III. (  ) Aristóteles postulava que a felicidade só era encontrada em uma vida dedicada ao Deus cristão.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	F – V – F
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra A. Para Aristóteles o bem supremo é a felicidade, o único bem que buscamos por si mesmo, e pelo qual buscamos todas as outras coisas: “a ética aristotélica pode ser compreendida como um padrão de conduta que se orienta para o bem máximo. Em sua obra Ética a Nicômaco (1991), Aristóteles faz essa consideração e defende que o bem maior para o qual todos vivemos e orientamos nossas ações é a felicidade. Assim, quando uma pessoa precisa tomar uma decisão, implícita nessa decisão está sua consciência e é ela que irá determinar a felicidade dessa pessoa de acordo com o resultado de suas escolhas” (livro-base, p. 95). Assim, a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. Quanto a terceira afirmação, primeiramente, Aristóteles “Viveu entre os anos de 384 a.C. a 322 a.C.” (livro-base, p.43), ou seja, viveu antes de Cristo, e só o podemos considerar cristão por anacronismo. Ademais, “Quando Aristóteles demonstra que a ética é uma ciência da alma voltada para a prática, ele se refere, entre outras coisas, à consciência humana. Ela é a orientadora das ações e dela depende a felicidade ou não de cada indivíduo (Corbisier, 1984)” (livro-base, p. 94).
	
	B
	V – F – V
	
	C
	F – F – V
	
	D
	V – V – F
	
	E
	F – V – V
Questão 5/10 - Introdução Geral à Filosofia
Considere o trecho de texto:
“[...] é justamente a falsa consciência, como uma consciência corretamente atribuída conforme a posição que se ocupa na organização social da vida, que possibilita que desconheçamos os fins específicos que realizamos: que a práxis, com força motriz da história, seja independente da consciência que temos dela, enquanto a realizamos”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LIPKA PEDRON, L. Razão e Reificação em Lukács. 2019. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Setor de Ciências Humanas, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2019. p. 60.
Considerando o trecho de texto acima e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre o pensamento e a filosofia de Marx, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Por materialismo dialético Marx compreende que a determinação material do ser social delimita sua consciência, isto é, que o ser das coisas é determinado pelas forças materiais que permeiam e delimitam sua existência.
Você acertou!
Comentário: A alternativa a) é correta, pois, para Marx, o materialismo dialético é constituído pela interação entre a base social e as superestruturas que ela engendra. Por base social Marx chama as forças materiais de uma sociedade: “as forças econômicas, sociais e políticas” (livro-base, p. 201), que são as únicas capazes de ocasionar qualquer mudança na história. Por superestrutura Marx chamou os fatores estruturais de uma sociedade: “toda a condição de vida da sociedade, sua forma de pensar, sua religião, sua arte, entre outros elementos” (livro-base, p. 201). Assim, existe uma tal relação entre as bases sociais (ou da sociedade) e a superestrutura, que elas “precisam se comunicar para alcançar seus objetivos. Há também uma tensão, pois é necessário que a base continue permitindo a sustentação da superestrutura em uma relação dialética. Nesse sentido, Marx percebe as mudanças na história como procedentes de um materialismo dialético” (livro-base, p. 201). Assim, pelo que já foi explicitado sobre as bases da sociedade, como as forças materiais que movimentam a história, e a superestrutura como os elementos que se constituem a partir dessas bases, as alternativas b), c), d) e e) são incorretas.
	
	B
	O materialismo histórico corresponde à teoria pela qual se compreende os momentos históricos de uma sociedade independentemente das bases reais que os engendram. 
	
	C
	Marx chama de superestruturas as forças materiais que embasam a sociedade, criando a forma de pensar, a arte, a religião e outros elementos desta sociedade.
	
	D
	As forças materiais que compõem o tecido social podem ser entendidas como abstrações das relações sociais que engendram essas forças materiais.
	
	E
	O movimento histórico é caracterizado como as mudanças que ocorrem em um determinado tempo em contraposição às mudanças sociais que são realizadas a partir das forças materiais de uma sociedade.
Questão 6/10 - Introdução Geral à Filosofia
Atente para a citação:
“Tudo o que recebi até o presente como mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos; ora, algumas vezes experimentei que tais sentidos eram enganadores, e é de prudência jamais confiar inteiramente naqueles que uma vez nos enganaram”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 31.
Considerando a citação de Descartes e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre as escolas céticas, hedônicas e ecléticas da Antiguidade, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	O estoicismo é caracterizado pelo aperfeiçoamento da metafísica, sendo considerado como corrente precursora do racionalismo.
	
	B
	A filosofia cética era caracterizada pela aceitação irrefletida dos conhecimentos da época, promovendo um resgate dos mitos e das tradições mais antigas.
	
	C
	O hedonismo era a escola filosófica responsável pela supressão dos desejos e dos prazeres, promovendo um maior controle sobre o corpo. É o movimento hedonista que dará origem ao ascetismo dos monges medievais.
	
	D
	O hedonismo de Epicuro pode ser caracterizado como uma busca incessante pelos prazeres, principalmente nos prazeres ocasionados pela dor constante.
	
	E
	Os céticos eram conhecidos por questionar até às últimas consequências os argumentos que eram apresentados a eles, e buscavam a formulação de um conhecimento que seja mais evidente.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra e) pois a característica predominante do ceticismo é a recusa dos conhecimentos imediatos, tais como os advindos dos sentidos, para a construção de um conhecimento duradouro e verdadeiro: “o ceticismo é a filosofia da não aceitação. Não se trata de negação, mas de recusa dos argumentos. De forma rigorosa e insistente, o cético questiona até as últimas consequências os argumentos que lhe forem apresentados. Embora questionados no sentido de que sua filosofia não contribui para o conhecimento, os céticos veem sua filosofia como um meio para encontrar outra forma de conhecimento que não esteja presente nem evidente (Souza; Pereira Melo, 2013)” (livro-base, p. 150).
Questão 7/10 - Introdução Geral à Filosofia
Leia a passagem do texto:
“Este pequeno livro é uma grande declaração de guerra; e, quanto ao escrutínio de ídolos, desta vez eles não são ídolos da época, mas ídolos eternos, aqui tocados com o martelo como se este fosse um diapasão — não há, absolutamente, ídolos mais velhos, mais convencidos, mais empolados... E tampouco mais ocos... Isso não impede que sejam os mais acreditados [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos Ídolos: ou Como se filosofa com o martelo. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 2.
Considerando a passagem de Nietzsche e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a filosofia nietzschiana, analise as afirmativas a seguir:
I.   O martelo de Nietzsche é uma analogia para a construção de ídolos, melhores que os atuais, para a realização de um ideal de humanidade.
II.  Os ídolos são conceitos e verdades absolutas, é o pragmatismoque cega e encerra o homem em sua razão.
III. A função da filosofia é, para Nietzsche, erigir ídolos para assegurar uma existência consistente e segura.
Está correto apenas o que se afirma em:
Nota: 0.0
	
	A
	I.
	
	B
	II.
Comentário: A primeira afirmativa é incorreta pois o martelo de Nietzsche é uma metáfora para a “crítica, pois é ‘o martelo como com um diapasão’, ou seja, que tenta afinar, ajustar a verdade por detrás de um ídolo” (livro-base, p. 51). E a martelada é justamente para destruir os ídolos como obstáculos que cegam a razão. A afirmativa II é correta, pois os ídolos são “todo tipo de conceito, verdade absoluta, pragmatismo, um modelo mental que cega o homem em sua razão” (livro-base, p.51). E se a filosofia é o martelo como diapasão (livro-base, p.51), sua função não é erigir novos ídolos (isto é, novos obstáculos para afastar a razão do mundo, a protegendo atrás de verdades absolutas), a terceira afirmativa é incorreta também.
	
	C
	III.
	
	D
	I e II.
	
	E
	I e III.
Questão 8/10 - Introdução Geral à Filosofia
Atente para a citação:
“Os antigos, sobretudo os romanos, desenvolveram uma arte chamada eloquência ou retórica, destinada a persuadir e a criar emoções nos ouvintes, através do uso belo e eficaz da linguagem”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. p. 159.
Considerando a afirmação de Chauí e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a filosofia aristotélica e a retórica, analise as afirmativas a seguir:
I.   A retórica é caracterizada como a disposição da fala sem uma organização precisa ou interesse.
II.  Sendo o discurso a comunicação de interesses individuais, a lógica é a área de estudo que se beneficia da sistematização da fala promovida pela retórica.
III. A retórica pode ser entendida como a técnica do discurso, como a sistematização de uma fala para que ela realize os fins para os quais é composta.
Está correto apenas o que se afirma em:
Nota: 0.0
	
	A
	II
	
	B
	III
Comentário: A alternativa correta é a letra b). A afirmação I é incorreta pois a retórica é justamente a organização e sistematização da fala para realizar um fim determinado (livro-base, p. 168). A afirmação II é incorreta pois “como o discurso envolve interesses que podem tanto ser individuais quanto coletivos, a retórica precisa estar pautada na ética e na lógica, bem como na atitude individual” (livro-base, p. 168). Ou seja, primeiramente, a fala envolve tanto interesses individuais como coletivos; mas mais do que isso, não é a organização da fala que beneficia a lógica, mas a lógica, como ciência, que beneficia a organização de um discurso. A afirmação III é correta pelos mesmos motivos que a I é incorreta: a retórica é técnica ou arte do discurso, um conhecimento prático que sistematiza e organiza a fala para realizar determinados fins.
	
	C
	I e III
	
	D
	I e II
	
	E
	II e III
Questão 9/10 - Introdução Geral à Filosofia
Considere o fragmento de texto:
“O homem possui, além da sensação, a qual, segundo Aristóteles, é condição de possibilidade para todo e qualquer tipo de conhecimento, a experiência, a qual pode pertencer aos animais irracionais num grau muito pequeno, mas só existiria própria e plenamente no homem. Essa última surge a partir da associação de muitas memórias de objetos particulares [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SANTOS, M. As Aporias do Livro ß da Metafísica de Aristóteles. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006. p.20
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a memória e a experiência em Aristóteles, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	A experiência nasce na memória, pois é a associação e a lembrança das diversas e múltiplas sensações que temos ao longo da vida.
Comentário: Para Aristóteles as sensações são a primeira forma de conhecimento, mas elas são incompletas. É o conjunto das sensações que nos dá a experiência do mundo. É pela rememoração de várias sensações que temos uma experiência do mundo; e a memória é a responsável pela associação e registro das várias para a formulação das experiências: “olhando para as coisas ao nosso redor, podemos dizer que provavelmente já conhecemos tudo o que vemos a nossa volta neste momento. Isso porque essas coisas já estão gravadas em nossa memória e, segundo Aristóteles (1973, p. 211), ‘É da memória que deriva aos homens a experiência: pois as recordações repetidas da mesma coisa produzem o efeito duma única experiência, e a experiência quase se parece com a ciência e a arte’. Assim, podemos inferir que a experiência nasce na memória. São os registros, ou melhor, as recordações gravadas na memória que formam nossas experiências” (livro-base, p. 46-47).
E não há limites para nossas experiências, pois as recordações que temos e podemos ter “são muitas, inúmeras, infinitas e especialmente variadas. Nesse sentido, quanto mais recordações, maior será a nossa experiência sobre o mundo” (livro-base, p. 47).
	
	B
	A experiência é a sensação imediata que temos do mundo, a impressão da realidade em nosso intelecto.
	
	C
	A experiência que temos do mundo é finita e limitada em ato, pois as recordações que formulam a experiência são finitas e limitadas em potência.
	
	D
	As sensações são registros temporários que nos fornecem um conhecimento passageiro do mundo e não podem ser rememoradas.
	
	E
	A repetição das experiências guarda na memória as recordações, que servirão de base empírica do conhecimento.
Questão 10/10 - Introdução Geral à Filosofia
Atente para a citação:
“[...] há tamanha distância entre como se vive e como se deveria viver que aquele que trocar o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes sua ruína do que sua preservação [...]. Daí ser necessário a um príncipe, se quiser manter-se, não ser bom e a se valer ou não disto segundo a necessidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MAQUIAVEL, N.  Príncipe. Tradução de Maria Júlia Goldwasser. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 73
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a filosofia ética e política de Maquiavel, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	A função de um governante é governar por exemplo, mantendo uma conduta ética que resguarde os valores cristãos em que seus súditos possam espelhar.
	
	B
	As ações do príncipe devem seguir um código moral estrito, pois não importa os fins que alcançam se os meios para os realizar não forem justos.
	
	C
	A moral cristã e a virtude de um bom cristão são os mandamentos que dão sustentação para um bom Estado.
	
	D
	Um bom governante é aquele cujas ações trazem benefícios para a  sociedade, não importando se são ou não boas segundo o código moral vigente.
Você acertou!
Comentário: A filosofia política de Maquiavel é caracterizada por uma separação entre a ética e a política; a principal função de um governante não é ser um cristão ou um cristão virtuoso. Sua virtude é saber aproveitar as oportunidades oferecidas pela fortuna para manter a cidade organizada, em paz e protegida de ameaças, internas ou externas: “Por meio da leitura de O príncipe, constata-se que, em meio a tantos manuais de príncipes em que o cristianismo é o principal fundamento, há um regimento de príncipes que visa sobrepor a ‘engenharia política’ à prudência (Bercovici, 2008). A ética, para o príncipe de Maquiavel, não é vista sob o prisma cristão. Para o filósofo italiano o dirigente deve possuir uma ética em que a defesa e os objetivos do Estado estejam acima de preceitos religiosos. Portanto, o maquiavelismo traz uma moral laica. A moral cristã que imperava até então era incapaz de contribuir para a sustentação da organização política de uma sociedade. Isso porque, em primeiro lugar, os valores ea ação espiritual não poderiam ser mais importantes e estar acima dos valores e das ações políticas. Em segundo lugar, a nova moral trazida por Maquiavel prevê a análise dos fatos considerando a política, ou seja, os resultados desses fatos, suas consequências para toda a sociedade. Não mais importa como a consequência de uma ação, seja ela boa ou ruim, afeta aquele que realizou a ação, como ditava a moral da Idade Média – com O príncipe, importa se essa consequência foi boa ou ruim para a sociedade” (livro-base, p. 110-111).
	
	E
	As ações políticas devem estar subordinadas e organizadas a partir dos valores espirituais da sociedade.
Questão 1/10 - Introdução Geral à Filosofia
Considere a citação:
“Como, no átomo, a matéria está enquanto pura relação consigo mesma, dispensada de toda a mutabilidade e relatividade, conclui-se imediatamente que o tempo deve ser excluído do conceito do átomo, do mundo da essência. Pois a matéria só é eterna e autónoma na medida em que nela se abstrai da temporalidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARX, K. Diferença entre as filosofias da natureza em Demócrito e Epicuro. Tradução de Conceição Jardim e Eduardo Lúcio Nogueira. Lisboa: Presença, 1972. p. 197.
Considerando o trecho do texto e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a teoria do átomo de Leucipo e Demócrito, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	O átomo é o ser, aquilo que existe; entre os seres, ou agrupamentos de seres, existe o não-ser, o vazio.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra A . A teoria do átomo de Leucipo e Demócrito como “Aristóteles (1973, p. 220) nos diz: ‘Leucipo […] e seu amigo Demócrito reconhecem como elementos o pleno e o vazio, a que eles chamam o ser e o não ser; e ainda destes princípios, o pleno e o sólido são o ser, o vazio e o raro o não ser (por isso afirmam que o ser não existe mais do que o não ser, porque nem o vazio [existe mais] que o corpo), e estas são as causas dos seres enquanto matéria’. De forma bastante rápida e concreta, ao conceber a existência do átomo como princípio de todas as coisas, o que Leucipo e Demócrito afirmam, segundo Abrão (1999, p. 36), é que ‘o nascimento, assim, não passa de um agregado de átomos, enquanto a morte é apenas a destruição desse agrupamento’. Por serem indivisíveis, infinitos e imutáveis, entre um átomo e outro existe algo – o vazio” (livro-base, p. 139).
	
	B
	O átomo é a forma que organiza e coordena a matéria, composta do ser indeterminado, o ápeiron.
	
	C
	A dualidade do átomo e do vazio são a configuração do movimento dialético da água de Tales de Mileto.
	
	D
	O átomo é o vazio que se configura em não-ser; o entre-os-átomos é o que constitui a essência dos seres.
	
	E
	A divisão dos átomos, para Leucipo e Demócrito, é a explosão que dá origem ao movimento das coisas do mundo.
Questão 2/10 - Introdução Geral à Filosofia
Atente para a citação:
“Tudo o que recebi até o presente como mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos; ora, algumas vezes experimentei que tais sentidos eram enganadores, e é de prudência jamais confiar inteiramente naqueles que uma vez nos enganaram”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 31.
Considerando a citação de Descartes e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre as escolas céticas, hedônicas e ecléticas da Antiguidade, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	O estoicismo é caracterizado pelo aperfeiçoamento da metafísica, sendo considerado como corrente precursora do racionalismo.
	
	B
	A filosofia cética era caracterizada pela aceitação irrefletida dos conhecimentos da época, promovendo um resgate dos mitos e das tradições mais antigas.
	
	C
	O hedonismo era a escola filosófica responsável pela supressão dos desejos e dos prazeres, promovendo um maior controle sobre o corpo. É o movimento hedonista que dará origem ao ascetismo dos monges medievais.
	
	D
	O hedonismo de Epicuro pode ser caracterizado como uma busca incessante pelos prazeres, principalmente nos prazeres ocasionados pela dor constante.
	
	E
	Os céticos eram conhecidos por questionar até às últimas consequências os argumentos que eram apresentados a eles, e buscavam a formulação de um conhecimento que seja mais evidente.
Comentário: A alternativa correta é a letra e) pois a característica predominante do ceticismo é a recusa dos conhecimentos imediatos, tais como os advindos dos sentidos, para a construção de um conhecimento duradouro e verdadeiro: “o ceticismo é a filosofia da não aceitação. Não se trata de negação, mas de recusa dos argumentos. De forma rigorosa e insistente, o cético questiona até as últimas consequências os argumentos que lhe forem apresentados. Embora questionados no sentido de que sua filosofia não contribui para o conhecimento, os céticos veem sua filosofia como um meio para encontrar outra forma de conhecimento que não esteja presente nem evidente (Souza; Pereira Melo, 2013)” (livro-base, p. 150).
Questão 3/10 - Introdução Geral à Filosofia
Leia o excerto de texto:
“[...] a ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e da falta de curiosidade. Por isso, ali onde vemos coisas, fatos e acontecimentos, a atitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas e, em certos casos, afastadas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. p. 315-316.
Considerando esse extrato de texto e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre o conhecimento científico, leia as seguintes afirmativas:
I.   (  ) É uma característica do conhecimento científico a subjetividade, pois toda pesquisa científica é realizada por sujeitos.
II.  (  ) O método é a principal característica do conhecimento científico a partir da sua formulação na época Moderna.
III. (  ) O conhecimento produzido pela ciência é sistematizado, racional, preciso e seguro, embora não seja infalível.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	F – V – F
	
	B
	V – F – V
	
	C
	F – F – V
	
	D
	V – V – F
	
	E
	F – V – V
Você acertou!
Comentário: O conhecimento científico não é subjetivo; ele é objetivo pois independe de quem o produz, todo mundo pode compreendê-lo sem maiores dificuldades. Embora possamos dizer que certos conhecimentos científicos de áreas específicas necessitem de um conhecimento técnico para sua compreensão e desenvolvimento, ele é acessível a todos que busquem sua apreensão, e não dependem de observações e valores pessoais (livro-base, p.30). O que torna a primeira afirmação falsa. Quanto às segunda e terceira afirmações, elas são verdadeiras pois “o método é a grande característica da ciência moderna” (livro-base, p. 30-31) e “a ciência produz um conhecimento sistematizado, racional, preciso e seguro. [...] mas isso não significa que seja infalível, que seja uma verdade incontestável e que seja o único tipo de conhecimento válido [...]” (livro-base, p.31).
Questão 4/10 - Introdução Geral à Filosofia
Considere o extrato de texto:
“Sócrates: – Pode a injustiça ser outra coisa que não uma sublevação dos três elementos da alma, uma confusão [...], a revolta de uma parte contra o todo para conquistar uma autoridade à qual não tem direito [...]? E daí, afirmamos nós, é dessa perturbação e dessa desordem que se origina a injustiça, a intemperança, a covardia, a ignorância, enfim, todos os vícios”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PLATÃO. A República. Tradução de Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 143.
Considerando o extrato de texto de Platão e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a teoria da tripartição da almade Platão, analise as afirmativas a seguir:
I.   Platão define como a parte irascível da alma aquela sob a qual as outras duas estão subordinadas e que deve controlar a alma como um todo e o corpo; quando isso não ocorre, originam-se a injustiça, a intemperança e outros vícios.
II.  Platão define como a parte concupiscível da alma aquela à qual pertencem os instintos animais dos homens, como o instinto pela alimentação e por sexo.
III. Platão define como a parte racional da alma aquela na qual se manifesta o pensamento puro.
Está correto apenas o que se afirma em:
Nota: 10.0
	
	A
	I e II
	
	B
	II e III
Você acertou!
Comentário: A afirmativa I está incorreta pois a parte da alma que regula e controla as outras duas é a razão. Quando a razão não comanda, o homem deixa de operar segundo sua própria natureza: “Pode a injustiça ser outra coisa que não uma sublevação dos três elementos da alma, uma confusão [...], a revolta de uma parte contra o todo para conquistar uma autoridade à qual não tem direito [...]? (PLATÃO, 1997, p. 143)”. A afirmativa II é correta pois a parte concupiscível da alma é justamente aquela que lida com as necessidades fisiológicas do corpo humano, tais como a necessidade de alimentação e repouso: “a alma concupiscível, responsável pelos instintos da alimentação e do sexo” (livro-base, p. 76). A afirmativa III está correta pois a parte racional da alma é a responsável pelo pensamento: “a alma racional, que seria a parte que se manifesta no pensamento puro, na razão e na contemplação suprassensível” (livro-base, p. 76).
	
	C
	I e III
	
	D
	III
	
	E
	I
Questão 5/10 - Introdução Geral à Filosofia
Atente para a citação:
“Para o racionalismo, a fonte do conhecimento verdadeiro é a razão operando por si mesma, sem o auxílio da experiência sensível e controlando a própria experiência sensível. Para o empirismo, a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência sensível, responsável pelas ideias da razão e controlando o trabalho da própria razão”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. p. 145.
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre o racionalismo e o empirismo como linhas de raciocínio da epistemologia, leia as seguintes afirmativas e marque com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas:
I.   (  ) O racionalismo utiliza somente a razão como base para o conhecimento e critério de validade e verdade para as explicações sobre o mundo.
II.  (  ) O empirismo formula suas teorias a partir das experiências humanas adquiridas através das sensações e percepções do mundo.
III. (  ) Descartes é considerado o principal expoente do empirismo por conta dos seus experimentos com lentes.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	F – V – F
	
	B
	V – F – V
	
	C
	F – F – V
	
	D
	V – V – F
Você acertou!
Comentário: As afirmativas I e II são verdadeiras porque o racionalismo é a corrente de pensamento que busca explicar o mundo a partir da razão humana: “o racionalismo utiliza somente a razão como fonte de conhecimento e explicação da verdade” (livro-base, p. 67). O empirismo se fundamenta nas sensações e no registro das experiências: “Na [epistemologia] empirista, todo aprendizado adquirido passa pelas experiências humanas” (livro-base, p.66). A afirmativa III é falsa porque, apesar de ser um cientista associado com várias descobertas no campo da óptica e da matemática, o método cartesiano era, por definição, racionalista. Ele passa os sentidos por um escrutínio grande, e estabelece um primado da razão sobre qualquer experiência do mundo (livro-base, p. 67).
	
	E
	F – V – V
Questão 6/10 - Introdução Geral à Filosofia
Leia a passagem do texto:
“Este pequeno livro é uma grande declaração de guerra; e, quanto ao escrutínio de ídolos, desta vez eles não são ídolos da época, mas ídolos eternos, aqui tocados com o martelo como se este fosse um diapasão — não há, absolutamente, ídolos mais velhos, mais convencidos, mais empolados... E tampouco mais ocos... Isso não impede que sejam os mais acreditados [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos Ídolos: ou Como se filosofa com o martelo. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 2.
Considerando a passagem de Nietzsche e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a filosofia nietzschiana, analise as afirmativas a seguir:
I.   O martelo de Nietzsche é uma analogia para a construção de ídolos, melhores que os atuais, para a realização de um ideal de humanidade.
II.  Os ídolos são conceitos e verdades absolutas, é o pragmatismo que cega e encerra o homem em sua razão.
III. A função da filosofia é, para Nietzsche, erigir ídolos para assegurar uma existência consistente e segura.
Está correto apenas o que se afirma em:
Nota: 10.0
	
	A
	I.
	
	B
	II.
Você acertou!
Comentário: A primeira afirmativa é incorreta pois o martelo de Nietzsche é uma metáfora para a “crítica, pois é ‘o martelo como com um diapasão’, ou seja, que tenta afinar, ajustar a verdade por detrás de um ídolo” (livro-base, p. 51). E a martelada é justamente para destruir os ídolos como obstáculos que cegam a razão. A afirmativa II é correta, pois os ídolos são “todo tipo de conceito, verdade absoluta, pragmatismo, um modelo mental que cega o homem em sua razão” (livro-base, p.51). E se a filosofia é o martelo como diapasão (livro-base, p.51), sua função não é erigir novos ídolos (isto é, novos obstáculos para afastar a razão do mundo, a protegendo atrás de verdades absolutas), a terceira afirmativa é incorreta também.
	
	C
	III.
	
	D
	I e II.
	
	E
	I e III.
Questão 7/10 - Introdução Geral à Filosofia
Considere o fragmento de texto:
“O fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna é o elemento primordial da Natureza e chama-se physis (em grego, physis vem de um verbo que significa fazer surgir, fazer brotar, fazer nascer, produzir). A physis é a Natureza eterna e em perene transformação”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. p. 40.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre Tales de Mileto e a filosofia da natureza, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	A água é o princípio de todas as coisas para Tales de Mileto pois é Poseidon quem governa o mundo, através das marés e das tempestades.
	
	B
	A concepção de elementos básicos como princípio de organização do mundo é a forma de Tales de sistematizar o conhecimento mitológico vigente na época.
	
	C
	O ar é o princípio indeterminado de constituição do mundo em Tales de Mileto, o que se reflete nas diversas formas em que ele se transmuta.
	
	D
	A água e o fogo seriam os elementos primeiros do qual toda a natureza é composta, segundo Tales de Mileto.
	
	E
	Tales de Mileto postula que a água é o elemento essencial de todo ser, e toda a natureza se organiza a partir desse elemento primeiro.
Você acertou!
Comentário: Tales de Mileto é o primeiro filósofo a postular uma origem para o mundo. A substância primeira, que dará origem a todas as outras para ele, é a água. E é na mudança da substância da água que todas as outras coisas se formam: “No que se refere ao seu pensamento filosófico, restaram interpretações que foram formuladas e teorizadas por outros filósofos, que defendiam a ideia de que tudo se origina da água (Abrão, 1999). Abrão (1999, p. 25-26) afirma que:
‘A physis, então, teria como único princípio esse elemento natural, presente em tudo. Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem a terra; ao aquecer transforma-se em vapor ou ar, que retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo (vapor, chuva, rio, mar, terra) nasceram as diversas formas de vida, vegetal e animal.Tales sem dúvida inaugurou uma nova fase de pensamento na Grécia Antiga, diferente da perspectiva mitológica e sempre fundamentada nos desejos divinos. O pensamento de Tales, de acordo com Hegel (1999), é uma filosofia, pois, ao afirmar que a água é o princípio de todas as coisas, ele refere-se não somente à substância água, mas à sua essência e, consequentemente, à essência de todas as coisas” (livro-base, p. 129-130).
Assim, a alternativa correta é a e), pois postula a água como elemento essencial e primordial para a constituição do mundo físico.
Questão 8/10 - Introdução Geral à Filosofia
Atente para a citação:
“[...] um primeiro passo da conscientização de si mesmo é não assumir a estupidez como integridade moral superior [...]. Mas se alguém é ou não é um intelectual, esta conclusão se manifesta sobretudo na relação com seu próprio trabalho e com o todo social de que esta relação forma uma parcela. Aliás é essa relação [...] que constitui a essência da filosofia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ADORNO, T. W. Educação e Emancipação. Tradução de Wolfgang Leo Maar. São Paulo: Paz e Terra, 2000. p. 53-54.
Considerando a citação de Adorno e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a diferença entre mito e filosofia, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	O mito é uma narrativa crítica e refletida dos conhecimentos adquiridos através das sensações e percepções.
	
	B
	A filosofia é a verdade “dada” da realidade sensível e objetiva do mundo.
	
	C
	O mito é o embasamento teórico de uma investigação científica, a partir do qual a ciência desenvolve suas teorias.
	
	D
	A filosofia, em geral, é a negação da realidade sensível do mundo, pois ela é fonte de erros e dúvidas.
	
	E
	A filosofia é calcada na reflexão rigorosa dos conhecimentos sensíveis do mundo.
Comentário: Esta é a resposta correta porque o mito, assim como o senso comum, é caracterizado pela apreensão da realidade de uma forma irrefletida: “uma verdade ‘dada’ sem questionamentos, sem reflexão” (livro-base, p. 30). A Filosofia, por outro lado, se constitui na construção da realidade a partir justamente dos questionamentos e das reflexões críticas sobre as verdades “dadas” do mundo. E embora possamos dizer que alguns filósofos tenham desprezado as experiências advindas da experiência e do mundo sensível, como Platão, e edificaram seus sistemas filosóficos na negação das sensações e percepções advindas do mundo sensível, a filosofia, em geral, é considerada como uma forma mais ampla de conhecimento, independente das formas específicas que possa adquirir. Ademais, “podemos afirmar que a filosofia não é um mito, pois ela é calcada em rigorosa reflexão” (livro-base, p. 30).
Questão 9/10 - Introdução Geral à Filosofia
Considere o excerto de texto:
“Para Pitágoras, o pensamento alcança a realidade em sua estrutura matemática, enquanto nossos sentidos ou nossa percepção alcançam o modo como a estrutura matemática da Natureza aparece para nós, isto é, sob a forma de qualidades opostas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. p. 19.
Considerando o excerto e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a filosofia de Pitágoras, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	Pitágoras e sua escola radicalizam o pensamento dos eleatas, assumindo uma postura ainda mais metafísica; por isso, a obra de Platão é bastante marcada pelas ideias pitagóricas .
	
	B
	Pitágoras estabelece uma substância corpórea como fundamento da realidade. Esta substância é a physis.
	
	C
	O materialismo pitagórico rejeita a matemática como um todo, pelo seu teor abstrato e a incapacidade dela de expressar a real essência do mundo.
	
	D
	Formas e números são existências passíveis de mudanças; por isso, para Pitágoras, a realidade do mundo se apresenta no mundo sensível.
	
	E
	O pensamento é, para os pitagóricos, o elemento primordial da natureza, espelhando na natureza os conhecimentos matemáticos.
Comentário: Embora Pitágoras tenha de fato influenciado os escritos de Platão, seu pensamento “observada como uma transição entre a escola de Mileto (representada pelos filósofos Tales, Anaximandro e Anaxímenes, que acabamos de elencar) e a escola de Eleia (da qual trataremos mais adiante). Isso porque, para os jônicos, que formam a escola de Mileto, a filosofia é baseada em uma concepção materialista da natureza, ao passo que, para os eleatas, que formam a escola de Eleia, sua filosofia é pautada na metafísica” (livro-base, p. 132). Ademais, para Pitágoras a substância absoluta é o pensamento: “As substâncias absolutas determinadas pela natureza, que dão origem a todas as coisas conforme Tales, Anaximandro e Anaxímenes, para os pitagóricos são determinadas pelo pensamento” (livro-base, p. 133). Assim, as alternativas a), b) e c) são incorretas; e a e) é a correta. Quanto a alternativa d) ela é incorreta porque: “De acordo com Aristóteles (1973, p. 221), ‘os chamados pitagóricos consagraram-se pela primeira vez às matemáticas, fazendo-as progredir, e, penetrados por estas disciplinas, julgaram que os princípios delas fossem os princípios de todos os seres’” (livro-base, p. 133).
 
Questão 10/10 - Introdução Geral à Filosofia
Atente para a citação:
“[...] há tamanha distância entre como se vive e como se deveria viver que aquele que trocar o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes sua ruína do que sua preservação [...]. Daí ser necessário a um príncipe, se quiser manter-se, não ser bom e a se valer ou não disto segundo a necessidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MAQUIAVEL, N.  Príncipe. Tradução de Maria Júlia Goldwasser. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 73
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a filosofia ética e política de Maquiavel, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	A função de um governante é governar por exemplo, mantendo uma conduta ética que resguarde os valores cristãos em que seus súditos possam espelhar.
	
	B
	As ações do príncipe devem seguir um código moral estrito, pois não importa os fins que alcançam se os meios para os realizar não forem justos.
	
	C
	A moral cristã e a virtude de um bom cristão são os mandamentos que dão sustentação para um bom Estado.
	
	D
	Um bom governante é aquele cujas ações trazem benefícios para a  sociedade, não importando se são ou não boas segundo o código moral vigente.
Comentário: A filosofia política de Maquiavel é caracterizada por uma separação entre a ética e a política; a principal função de um governante não é ser um cristão ou um cristão virtuoso. Sua virtude é saber aproveitar as oportunidades oferecidas pela fortuna para manter a cidade organizada, em paz e protegida de ameaças, internas ou externas: “Por meio da leitura de O príncipe, constata-se que, em meio a tantos manuais de príncipes em que o cristianismo é o principal fundamento, há um regimento de príncipes que visa sobrepor a ‘engenharia política’ à prudência (Bercovici, 2008). A ética, para o príncipe de Maquiavel, não é vista sob o prisma cristão. Para o filósofo italiano o dirigente deve possuir uma ética em que a defesa e os objetivos do Estado estejam acima de preceitos religiosos. Portanto, o maquiavelismo traz uma moral laica. A moral cristã que imperava até então era incapaz de contribuir para a sustentação da organização política de uma sociedade. Isso porque, em primeiro lugar, os valores e a ação espiritual não poderiam ser mais importantes e estar acima dos valores e das ações políticas. Em segundo lugar, a nova moral trazida por Maquiavel prevê a análise dos fatos considerando a política, ou seja, os resultados desses fatos, suas consequências para toda a sociedade. Não mais importa como a consequência de uma ação, seja ela boa ou ruim, afeta aquele que realizou a ação, como ditava a moral da Idade Média – com O príncipe,importa se essa consequência foi boa ou ruim para a sociedade” (livro-base, p. 110-111).
	
	E
	As ações políticas devem estar subordinadas e organizadas a partir dos valores espirituais da sociedade.
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