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RESTAURAÇÕES DE RESINA COMPOSTA EM DENTES ANTERIORES - resumo dentística

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Resina composta (RC): estética (cor), adesão ao dente, reforço do remanescente dentário. 
A primeira resina composta foi desenvolvida por Bowen em 1962 com 3 componentes: matriz 
orgânica, carga inorgânica e agente de união. 
Matriz orgânica (matriz resinosa): monômeros resinosos (ex: BIS-GMA, UDMA) que sofrerão 
polimerização por adição pelas ligações covalentes entre os monômeros, resultando em 
contração de volume da resina. Essa contração tende a romper união resina-dente causando 
fendas marginais que causam microinfiltração. A contração possibilita: caries secundárias, 
deflexão de cúspides, sensibilidade pós operatória e trincas em esmalte. Permite mais 
deformação elástica durante a flexão dental, acumula mais tensões. 
Carga inorgânica: pequenas partículas de vidro para dar resistência a resina. A presença de carga 
inorgânica diminui a quantidade de matriz orgânica, portanto diminui a contração de 
polimerização da resina. Possuem bário e estrôncio que dão radiopacidade a resina. Também 
diminuem contração térmica linear. Mais carga na resina diminui as chances da resina absorver 
agua. 
Agente de união: o agente de união faz a adesão entre matriz orgânica (monômeros resinosos) 
e carga inorgânica (partículas de carga). O agente de união faz a resina se comportar com um 
único material. Aumenta resistência, diminui absorção de agua e solubilidade da resina em agua. 
 Classificação da resinas: 
- Macroparticuladas: resina com partículas grandes do mesmo tamanho. Tinham boa resistência 
a compressão, alta rugosidade, alto desgaste e instabilidade de cor. 
- Microparticuladas: resina com partículas pequenas do mesmo tamanho. Tinham menos 
rugosidade (menos acumulo de biofilme), mais brilho, menos manchamento, menos carga 
(menos resistência), mais matriz orgânica (maior contração), permite mais deformação elástica 
durante a flexão dental (interessante para pacientes bruxistas com lesões cervicais). 
- Híbridas: partículas de tamanhos diferentes, algumas grandes e outras pequenas. Associam 
resistência das macroparticuladas com vantagens da microparticulada (lisura e estética), no 
entanto apresentam polimento inferior às microparticuladas, mas tem mais radiopacidade. 
- Micro-híbridas: houve redução das partículas grandes para melhorar o polimento. 
- Nanoparticuladas: são partículas de tamanho nanométrico, tem melhor estética (mais 
espalhamento de luz) e mais carga (mais resistência). 
[Nas clinicas são usados “Z350” (nanoparticulada) e “grandioso” (micro-híbrida)] 
- Resinas fluidas: resinas flow, são resinas de baixa viscosidade, possuem menos carga que as 
demais (menos resistência) e mais contração, de modo que devem ser aplicadas em fina 
camada, também sofrem mais deformação elástica. São indicadas para classe V (região com 
forças de tração e tensão), embaixo de restaurações posteriores de RC, pois se adaptam melhor 
nos ângulos, em cavidades ultraconservadoras e selamentos. 
 Características do dente quanto a TRANSLUCIDEZ: 
Objeto opaco: luz não consegue atravessar. A dentina é mais opaca que o esmalte, ou seja, a 
dentina barra mais a luz que o esmalte. Objeto translúcido: parte da luz atravessa o objeto e 
parte é refletida ou absorvida. O esmalte é muito translúcido e a dentina é pouco translucida 
(mais opaca). 
 
- Terço cervical do dente: dentina mais espessa e esmalte mais fino e translucido, de modo que 
nessa região é possível perceber a cor da dentina. 
- Terço médio do dente: espessuras semelhantes de dentina e esmalte. Região mais luminosa. 
- Terço incisal do dente: esmalte com maior espessura e dentina pouca ou nenhuma. Prevalece 
as características ópticas do esmalte. São usados resina de alta translucidez (RC-T). 
 
A saturação da dentina aumenta da incisal para cervical (maior saturação na cervical) e do limite 
amelodentinário para a polpa (polpa mais saturada). 
RC de esmalte: média translucidez. Melhor selecionada no terço médio do dente. 
RC de dentina: baixa translucidez (resina opaca). Melhor selecionada na cervical do dente. 
 
A transparência do esmalte aumenta com os anos, por isso, pacientes mais idosos possuem 
esmaltes mais translúcidos (mais transparentes) revelando a cor da dentina mais opaca. Já a 
espessura diminui com o tempo e a mineralização aumenta. São usados RC de esmalte com 
baixo valor, as RC de alto valor são usados mais em pacientes jovens, para esmaltes mais 
espessos, menos translúcidos, mais opacos e menos mineralizados. 
 Noções sobre cor dos dentes: 
A luz é uma onda eletromagnética (390 a 770 nm). A luz pode ser transmitida (atravessando 
objeto), absorvida (mantida no objeto) e refletida (reflete para nossos olhos, nos dando a 
percepção de cor). Um objeto branco reflete muita luz, um objeto preto absorve muita luz. 
Fatores de influenciam a percepção de cor: fonte de luz, objeto e observador. 
Formação da cor: matiz, croma (saturação) e luminosidade (valor). A combinação entre esses 3 
elementos dão a tonalidade da cor. 
- Matiz: são as diferentes famílias de cor, são o azul, amarelo, vermelho, verde, roxo etc. 
 
- Croma (saturação): é a intensidade e vividez de uma cor, é o azul claro, azul médio, azul escuro 
etc. 
 
- Luminosidade (valor): variações em preto e branco de uma cor. 
 
 
O dente é policromático e a cor do dente é dada pela reflexão da luz sobre o esmalte e dentina. 
A falta de penetração de luz dá aspecto artificial ao dente com perda da vitalidade estética. 
 
 
Opalescência do esmalte é a capacidade do esmalte refletir luz azul (de baixo comprimento de 
onda) e transmitir luz vermelha e amarela (de alto comprimento de onda). Por isso, a dentina 
recebe luz com maiores comprimentos de onda, da qual parte é refletida para nossos olhos. A 
opalescência promove mais luminosidade do dente. A luz vista no dente é resultado da luz azul 
refletida pelo esmalte e pela luz amarela e vermelha refletida pela dentina. A cor do dente é 
determinada primeiramente pela dentina e modificada pela camada de esmalte. 
Já a contraopalescência apresenta mais reflexão amarelada e avermelhada pela dentina opaca 
intensa presente em lóbulos de desenvolvimento. 
 
Para restaurações em resina composta o esmalte artificial deve possuir 1/3 da espessura de um 
esmalte natural. Isso resultara em uma dentina artificial em resina mais espessa. Desse modo o 
esmalte artificial reproduzirá a luminosidade do esmalte natural sem comprometer a 
translucidez. 
Fluorescência: luz ultravioleta (visível na “luz negra”, presente 
também na luz natural do sol) é absorvida pelo dente, deixando ele 
mais brilhante. A dentina possui 3x mais fluorescência que o 
esmalte. Na RC a camada superficial é responsável pela emissão final ou não da fluorescência. É 
importante que as RC tenham fluorescência em intensidades próximas ao do dente. 
 
 Tomada de cor 
É o passo inicial de um processo de restauração com RC. Deve-se selecionar uma cor semelhante 
ao dentes adjacentes e ao dente remanescente. Uso da escala vita clássica. 
 
 
Cores (matiz) 
- A: marrom 
- B: amarelo (ou alaranjado) 
- C: cinza 
- D: rosa (vermelho-cinza) 
Saturação (croma): cada categoria tem uma intensidade de saturação (1, 2, 3, 3.5, 4) 
Luminosidade: esta inclusa na saturação e no matiz. 
 
o Escolha na escala vita: 
- Clareamentos devem ser realizados antes de qualquer restauração de RC. 
- Deve ser feita a escolha antes do isolamento com os dentes úmidos (a desidratação torna os 
dentes mais claros) e limpos. 
- Para seleção separa-se um dente modelo da escala vita de cada matiz (cor) com as mesmas 
intensidades de croma colocando-se próximo ao dente para comparação. 
- Deve-se remover a influência das cores do ambiente, roupas do paciente ou batom de modo 
que tenham cores neutras. 
- A escolha da cor deve ser feita sob luz natural ou sob luz de lâmpada fluorescente que simule 
a luz do dia. 
- A escolha deve ser feita rapidamente e o CD deve descansara visão olhando para objetos de 
cor azul, roxa ou verde (cores complementares) por alguns minutos. 
- Deve registrar a cor usada e a marca da resina na ficha do paciente. 
- Imagem preto e branco comparativa entre dente e modelo auxiliam na escolha da cor. 
- Aplicar pequena porção da RC escolhida sobre o dente (checagem direta). Após a remoção da 
RC com sonda, pode-se fazer a fotopolimerização da RC, pois a canforoquinona pode mudar a 
cor das RCs. 
- Deve ser avaliado a translucidez da RC para esmalte. 
 
o Seleção da resina composta (RC): 
Fatores para escolha: estresse na região (aplicação de carga), necessidade de alto polimento e 
translucidez. 
- Regiões em que a restauração não sofrerá aplicação de cargas – exemplo: classe V e classe III 
(sem face lingual): pode usar RC menos resistentes como as RC microparticuladas. 
- Regiões em que a restauração sofrerá aplicação de cargas, como em guias de desoclusão, 
ângulo incisal – exemplo: classe III (com face lingual), classe IV: deve-se usar RC com mais 
resistência como as hibridas, micro-híbridas, nano-hibridas ou nanoparticuladas. 
- Regiões que necessitam de alto polimento: em que superfície rugosa pode favorecer acumulo 
de biofilme – exemplo: classe V: deve-se usar RC microparticuladas, nano-hibridas ou 
nanoparticuladas. Devem ser evitadas macroparticuladas e híbridas. 
- Regiões que necessitam de cor, rugosidade e translucidez semelhantes ao dente: dentes 
anteriores com facetas, classe II, classe III. Usa-se micro-híbridas, nano-hibridas ou 
nanoparticuladas. 
 
o RC em dentes anteriores: 
Indicação: lesão de cárie, fraturas, lesões não cariosas (abfração, erosão e abrasão), defeitos de 
formação do esmalte, modificação de forma dental (conoides, diastemas), dentes inclinados e 
dentes com alteração de cor não alterados por clareamento. 
Desvantagens: A baixa higiene oral provoca o amolecimento, desgaste e manchamento da RC 
pelos ácidos bacterianos, o tabagismo mancha a RC, bruxistas podem deslocar ou fraturar a 
restauração e substancias acidas, álcool e corantes degradam a matriz resinosa. 
 
Adesivos para RC devem ser usados em meio seco, de preferência em contato com esmalte 
(alguns ângulos cavossuperficiais não possuem esmalte e favorecem a microinfiltração e 
consequente carie secundária). 
o Analise estética do dente: 
Pacientes jovens: borda incisal irregular (mamelões) e translucida com contorno interno de 
dentina (lóbulos de desenvolvimento). Mais presença de sulcos e periquimácias. Há menos 
desgaste em dentes jovens. 
- Textura: 3 lóbulos verticais e 2 depressões entre elas em incisivos centrais. Além de sulcos e 
periquimácias. 
- Brilho: dentes brilhantes indicam superfície mais lisa, dentes rugosos possuem superfície 
menos brilhante pela reflexão difusa. 
- Forma dos incisivos: a maioria das pessoas possui uma mistura entre os tipos quadrado, ovóide 
e triangular. 
- Dimensão e proporções: incisivos centrais (10 comprimento, 8 de largura) é importante a 
proporção para fechamento de diastemas. O incisivo central e o canino tem praticamente a 
mesma altura inciso-cervical e altura gengival. 
 
- Propriedades ópticas: 
- Luz incandescente: vemos objeto mais amarelado 
- Luz natural: vemos objetos com cores mais uniformes 
- Luz fluorescente: vemos objetos mais azulados 
 
o Princípios funcionais: 
Oclusão mutuamente protegida: 
- Os dentes posteriores protegem os dentes anteriores no fechamento da boca (contatos 
bilaterais simultâneos e relação cúspide-fossa) de modo que os dentes anteriores não ocluem 
entre si. 
- Os dentes anteriores protegem os dentes posteriores na protrusão e lateralidade (guia anterior 
e guia canina). Na guia anterior, com o movimento de protrusão a borda incisal dos incisivos 
inferiores deve deslizar sobre a face lingual dos incisivos superiores de modo que haja 
desoclusão simultânea dos dentes posteriores. Na guia canina, com o movimento de 
lateralidade deve haver desoclusão dos dentes posteriores as custas do toque entre caninos. 
 
 
 
 
 
o TÉCNICA RESTAURADORA: 
 
 Manobras prévias: 
 
o Radiografia. 
o Antissepsia da cavidade oral com digluconato de clorexidina ou outro com paciente 
bochechando por 1 minuto. 
o Anestesia (conforto e diminuição de saliva). 
Em caso de lesões rasas prosseguimos com as manobras, já em caso de lesões profundas e 
extensas com duvida de polpa necrosada realizamos o teste térmico. Teste térmico positivo: 
deve prosseguir com anestesia / teste térmico negativo: deve iniciar o preparo sem anestesia a 
fim de verificar se existe algum estimulo doloroso. Caso haja estimulo doloroso nesse teste de 
cavidade é realizada anestesia, caso não haja dor indica-se tratamento endodôntico ou 
restauração provisória em caso estético. 
o Profilaxia para dentes com biofilme ou pigmentação extrínseca. Usa-se pasta de pedra 
pomes com agua. 
o Seleção da cor da RC na escala vita. 
o Seleção do tipo de RC. 
o Checagem de contato oclusal com papel carbono: com lado vermelho do papel voltado 
para o dente a ser restaurado. Pede-se para o paciente ocluir em OC (oclusão central), 
fazer protrusão, retornar a OC, fazer lateralidade direita e esquerda e abrir a boca para 
o CD poder analisar as guias de desoclusão. Agora, com o papel virado do lado preto 
para o dente a ser restaurado pede-se para o paciente fechar a boca em OC e abrir a 
boca para que o CD possa analisar os contatos em MIC (máxima intercuspidação). O 
preparo cavitário sequente não deve envolver as marcações pretas no dente, que são 
os contatos em OC (O CD NÃO DEVE DESGASTAR CARBONO EM PRETO NOS DENTES). 
 
 
 
 Preparo dental: em lesão proximal 
 
Em lesões proximais deve-se optar por acesso proximal se possível (diastemas, ausência de 
dente adjacente, lesões simultâneas, malposicionamento, remoção de restauração do dente 
adjacente) ou realizar o afastamento dental (separadores ou elásticos ortodônticos). As 
cunhas também ajudam no afastamento dental (cunhas devem ser colocados pela maior 
ameia) e comprimem a tira de matriz. Caso não seja possível o acesso proximal opta-se pelo 
acesso lingual. 
Opta-se pela acesso vestibular em casos de carie vestibular, destruição ou restaurações 
inadequadas – no acesso vestibular é necessário bisel a fim de mascarar interface RC e dente 
remanescente. Para o bisel usa-se PD cônica em 45 graus em áreas estéticas. O bisel deve ser 
feito no ângulo cavossuperficial com a remoção de esmalte aprismático que dificulta 
condicionamento ácido para maximizar a adesão da RC ao dente. A desvantagem da 
realização do bisel é a remoção de estrutura dentaria sadia. Pode ser realizado uma 
 
 
 
“restauração de diagnóstico” a fim de avaliar a necessidade estética de um bisel ou não, 
sendo mais recomendada para classe IV e fraturas dentais e menos para classe III. O bisel é 
recomendado em lesões de classe V no ângulo cavossuperficial em esmalte da parede incisal 
da lesão (obs.: lesões de classe V são consideradas de alta profundidade pela proximidade 
com a polpa; lesões de classe V antigas podem estar com dentina esclerótica exposta e por 
isso necessitar de maior tempo de condicionamento ácido). Bisel nunca deve ser feito em 
cemento. 
 
o Obtenção do local de acesso. 
o Abertura coronária (usa-se ponta diamantada). 
o Remoção conservadora do tecido cariado (usa-se broca). 
o Isolamento: em caso de lesão com extensões largas e profundas com suspeita de 
proximidade a polpa com chance de exposição pulpar é recomendado o isolamento 
absoluto antes da abertura coronária. Já em casos de lesões rasas pode ser realizado 
isolamento absoluto (de canino a canino) ou relativo logo após a abertura coronária. 
o Proteção dos dentes adjacentes contra condicionamento ácido com uso de tira de 
teflon ou poliéster. 
o Condicionamento ácido: aplicação de gel de ácido fosfórico em esmalte 1 mm além 
do ângulo cavossuperficial por 15 segundos eaplicação sequente do gel em dentina 
por 15 segundo (sem haver removido o gel do esmalte). Resultando em 30 segundos 
de aplicação em esmalte e 15 segundos em dentina. Esse processo de 
desmineralização facilita o embricamento mecânico do adesivo no esmalte com 
formação de dos “tags resinosos”, já na dentina o condicionamento promove 
desmineralização e remoção da “smear layer”. 
o Lavagem da cavidade para remover o gel com jato de ar e agua por 30 segundos. 
o Secagem da cavidade com bolinha de algodão ou papel absorvente. Não deve secar 
com jato de ar. Deve ser mantido um aspecto brilhante na cavidade sem 
empoçamento. Não pode haver desidratação da dentina, pois isso indica colapso das 
fibras colágenas que dificulta impregnação do adesivo. Caso haja contaminação por 
saliva ou sangue todo o processo de condicionamento deve ser repetido com 
lavagem e secagem. 
o É possível, mas não obrigatório aplicar solução de clorexidina no dente após o 
condicionamento com sequente secagem com bolinha de algodão. 
o Aplicação dos sistemas adesivos: deve ser feito com microbrush. Pode ser aplicação 
em 3 passos ou em 2 passos. 
- Aplicação de 3 passos: condicionamento (já realizado) + primer + adesivo. 
O primer é hidrofílico a fim de manter fibras colágenas da dentina úmidas, após 
aplicação do primer por cerca de 30s é realizado secagem com apenas 1 jato de ar, a 
cavidade deve aparentar umidade. Após o primer aplicamos o adesivo com sequente 
1 jato de ar e fotopolimerização do adesivo por 10 segundos. 
- Aplicação em 2 passos: condicionamento + primer com adesivo. 
o Colocar RC em pote dapen com tampa (para evitar polimerização). Usa-se espátula 
antiaderente para RC que são levadas e adaptadas a cavidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Lesões proximais anteriores sem envolvimento do ângulo incisal (classe III): 
É realizado isolamento absoluto sem grampos (usa-se 
amarrias ou stop de borracha) ou isolamento relativo em 
pacientes com pouca salivação (usa-se de fio retrator). Não 
será necessário uso de matriz em caso de acesso proximal 
sem impedimentos, já em casos com dente adjacente deve-
se usar matriz de poliéster estabilizada com cunha de 
madeira. Pode ser colocado a matriz após o uso do primer. 
Em dentes adjacentes deve-se colocar matriz entre os dentes na aplicação do ácido e do 
adesivo com polimerização. Pode usar tira de teflon ou isotape também. 
Inserção da RC: em casos que envolvam a face lingual deve-se fazer primeiro o esmalte fino 
lingual, deve-se então inserir a RC de dentina da cervical para incisal e esmalte vestibular. A 
tira matriz deve ser rebatida sobre o dente para finalizar com a fotopolimerização da RC. Em 
casos de realização de restaurações simultâneas deve-se ser realizada a de menor acesso 
primeiro. 
 
 Lesão de classe IV: 
A classe IV pode ser resultado de lesão cariosa ou fraturas por 
trauma na região. Deve ser usada RC com boa resistência para 
suportar tensões mastigatórias. Deve ser usado tira matriz 
colocada dentro do sulco gengival (na proximal do lado da 
lesão) entre a papila gengival e o dente remanescente, deve ser 
pressionada na cervical da área remanescente, a tira deve ser 
presa com a cunha. O dedo indicador deve ser posicionado sobre a face lingual a fim de dar 
contorno a restauração. Realiza-se a restauração iniciando por lingual, depois proximal com 
RC para esmalte. São realizados os incrementos com RC para dentina e por último a RC para 
esmalte em vestibular. Nessa fase, a tira matriz deve ser deitada sobre o dente para receber 
a polimerização da RC de esmalte vestibular sobre a tira. 
 
 Acabamento e polimento: 
Acabamento: é a remoção grosseira de material, uso de laminas de bisturi, brocas 
multilaminadas, PD, brocas de 30 laminas e discos de lixa abrasivos 
Polimento: é uma remoção fina de material restaurador criando superfície lisa e polida. Deve 
ser realizado de 24h a 7 dias após a execução da restauração. Usa-se discos de graduação 
decrescentes adaptados em mandril, borrachas abrasivas, disco de feltro impregnado com 
abrasivos,

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