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BIOTERÁPICOS E ISOTERÁPICOS

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BIOTERÁPICOS E ISOTERÁPICOS
CLASSIFICAÇÃO
BIOTERÁPICOS
São preparações medicamentosas obtidas a partir de produtos biológicos, quimicamente indefinidos: secreções, excreções, tecidos, órgãos, produtos de origem microbiana e alérgenos. Essas preparações podem ser de origem patológica (nosódios) ou não patológicos (sarcódios), elaboradas conforme a farmacotécnica homeopática.
Os bioterápicos de estoque são produtos cujo insumo ativo é constituído por amostras preparadas e fornecidas por laboratório especializado.
ISOTERÁPICOS
São preparações medicamentosas obtidas a partir de insumos relacionados com a patologia/enfermidade do paciente, elaboradas conforme a farmacotécnica homeopática, sendo classificadas como autoisoterápicos e heteroisoterápicos. 
AUTOISOTERÁPICOS
São isoterápicos cujos insumos ativos são obtidos do próprio paciente (fragmentos de órgãos e tecidos, sangue, secreções, excreções, cálculos, fezes, urina, culturas microbianas e outros) e destinados somente a este paciente.
HETEROISOTERÁPICOS
São isoterápicos cujos insumos ativos são externos ao paciente (alergenos, alimentos, cosméticos, medicamentos, toxinas, poeira, pólen, solventes e outros), que de alguma forma o sensibiliza.
REQUISITOS MÍNIMOS PARA A PREPARAÇÃO DE BIOTERÁPICOS E ISOTERÁPICOS
Por se tratar, na sua maioria, de materiais contaminados com micro-organismos, podendo alguns apresentar patogenicidade, o preparo dos bioterápicos e isoterápicos deve obedecer, as técnicas homeopáticas e ser realizado em laboratório que garanta segurança biológica, de acordo com a legislação vigente.
Quando comprovada a inatividade microbiana, a preparação poderá ser realizada em área comum de manipulação homeopática.
No caso de material de origem microbiana, animal ou humana, medidas apropriadas devem ser tomadas a fim de reduzir riscos relacionados à presença de agentes infecciosos nas preparações homeopáticas. Para tal, o método de preparação deve possuir uma ou várias etapas, que demonstrem a eliminação ou a inativação dos agentes infecciosos na matriz.
COLETA
A coleta deve ser feita sob a orientação de profissional habilitado, em local apropriado, segundo legislação em vigor.
Quando se tratar de material microbiano, a coleta deve ser realizada de modo a garantir a presença do agente etiológico, evitando que seja contaminado com outros micro-organismos não desejados.
Os aspectos mais importantes nos procedimentos de coleta são:
- Toda amostra de origem biológica deve ser tratada como se fosse patogênica.
- Observar e seguir as normas técnicas de segurança individual e de proteção (EPI: equipamento de proteção individual).
- Descontaminar a parte externa do recipiente da coleta, quando se tratar de material patogênico.
- Colher o material, sempre que possível, antes do início de qualquer tratamento.
- O material utilizado na coleta deve ser, tanto quanto possível, descartável, sendo necessário para o seu descarte aplicar o PGRSS – Programa de Gerenciamento de Resíduo de Serviços de Saúde, de acordo com o material coletado e outras normas vigentes para segurança do manipulador. O material reutilizável deve ser descontaminado, de forma que a biossegurança seja garantida.
PONTOS DE PARTIDA
Bioterápicos: seguir a monografia específica. Quando inexistente, usar a Tabela 1.
Isoterápicos: utilizar a técnica mais adequada às características do material.
A preparação de heteroisoterápicos utilizando substâncias ou especialidades farmacêuticas que contenham substâncias sujeitas a controle especial deve ser realizada a partir do estabelecimento ou proveniente do próprio paciente, obedecidas as exigências da legislação específica vigente. Porém, a preparação e dispensação de dinamizações igual ou acima de 6 CH ou 12 DH, com matrizes obtidas de laboratórios industriais homeopáticos, não necessitam de Autorização Especial emitida pelo órgão sanitário competente.
ESCALAS
Centesimal, Decimal ou Cinquenta Milesimal.
MÉTODO
Método Hahnemanniano, Método Korsakoviano e Método de fluxo contínuo
Os principais pontos de partida para a preparação de bioterápicos e isoterápicos são: alergenos, cálculos (biliar, dental, renal, salivar e vesical), culturas microbianas, escarro, fezes, fragmentos de órgãos ou de tecidos, pelos, poeira ambiental, pus, raspado de pele ou de unha, saliva, sangue, secreções, excreções, fluidos, soro sanguíneo e urina.
Os insumos inertes a serem utilizados para coleta e preparação dos bioterápicos e isoterápicos são: lactose, soluções alcoólicas em diversas graduações, água purificada e excepcionalmente, solução glicerinada e solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v).
O insumo inerte selecionado deve ser compatível com a natureza do ponto de partida.
Os autoisoterápicos só poderão ser estocados em etanol 77% (v/v) (equivalente a 70% (p/p) ou superior e dispensados a partir da 12 CH ou da 24 DH).
	Tabela 1 - Orientação para coleta de material a ser utilizado como insumo ativo na preparação de bioterápicos e isoterápicos. Natureza do material 
	Recipiente esterilizado 
para coleta 
	Veículo estéril 
para coleta 
	Alergenos 
	frasco, placa de petri ou coletor universal. 
	solução glicerinada, 
água purificada, 
etanol a 70% (v/v) 
	Cálculos (biliar, dental, renal, salivar e vesical) 
	frasco ou coletor universal 
	_________ 
	Culturas microbianas 
	conforme procedimento laboratorial 
	conforme procedimento laboratorial 
	Escarro 
	coletor universal 
	_________ 
	Fezes 
	coletor universal 
	solução glicerinada 
	Fragmentos de órgãos ou de tecidos 
	coletor universal 
	solução glicerinada 
	Pelos 
	coletor universal 
	_________ 
	Poeira ambiental 
	coletor universal 
	_________ 
	Pus 
	tubo de cultura com tampa de rosca 
	solução glicerinada 
etanol a 70% (v/v) 
	Raspado de pele ou de unhas 
	placa de petri 
	_________ 
	Saliva 
	coletor universal 
	solução glicerinada 
	Sangue venoso total 
	frasco, sem anti-coagulante, com quantidade mínima de água purificada capaz de provocar hemólise 
	água purificada 
etanol a 70% (v/v) 
	Secreções, excreções e fluidos 
	coletor universal, tubo de cultura com tampa de rosca 
	solução glicerinada 
lactose 
etanol a 70% (v/v) 
	Soro sanguíneo 
	frasco 
	água purificada 
etanol a 70% (v/v) 
	Urina 
	coletor universal 
	__________ 
Fonte:http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/3a_edicao.pdf

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