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A imagem da cidade formada

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A Imagem da Cidade e a Boa Forma da Cidade
Kevin Lynch
Andressa Franco Hettiene Raissa Janaína Bandeira Jessica Rodrigues
Tainayra Santana Denis Gomes 
Alunos:
Kevin Lynch fez uma pesquisa em três cidades norte americanas:
Boston, Massachusetts.
Nova Jersey, Trenton.
Los Angeles, 
Califórnia.
As Pessoas eram questionadas em seu trabalho de pesquisa sobre:
• Sua percepção da cidade
• Como estruturavam a imagem que tinha
• Como se localizavam naquele espaço
Caminhos;
Limites;
Bairros;
Pontos Nodais;
Marcos.
Conceitos:
Legibilidade
Facilidade com que cada uma das partes [da cidade] pode ser 
reconhecida e organizada em um padrão coerente” (LYNCH, 1960, 
p.2).
 Legibilidade visual
Percepção Ambiental dividida em três componentes:
Estrutura, Identidade e Significado.
Outro conceito importante de Lynch é a imageabilidade, entendida como a
Qualidade de um objeto físico que lhe dá uma alta probabilidade de evocar uma 
imagem forte em qualquer observador. Refere-se à forma, cor ou arranjo que 
facilitam a formação de imagens mentais do ambiente fortemente identificadas, 
poderosamente estruturadas e altamente úteis. (LYNCH, 1960, p. 9)
O conceito de imageabilidade, portanto, está ligado ao conceito de legibilidade, 
uma vez que imagens “fortes” aumentam a probabilidade de construir uma visão 
clara e estruturada da cidade.
Uma cidade com imageabilidade (aparente, legível, ou visível), nesse sentido, 
seria bem formada, distinta, memorável; convidaria os olhos e ouvidos a uma 
maior atenção e participação. (LYNCH, 1960, p. 10)
Imageabilidade
Percepção Ambiental 
A identificação de um objeto implica na sua distinção em relação a outras 
coisas, seu reconhecimento como uma entidade separada, ou seja, 
sua identidade. Além disso, a imagem da cidade deve incluir o padrão 
espacial ou a relação do objeto com o observador e com os outros objetos, o 
que Lynch chamou de estrutura.
Com relação ao significado, Lynch é mais cauteloso, não se 
aprofundando muito no conceito nem no seu estudo. A ênfase é, 
portanto, na identidade e na estrutura. Apesar disso, o autor argumenta 
que o objeto deve ter algum significado para o observador, seja prático 
ou emocional, e que isso está intimamente ligado à sua identidade e 
seu papel dentro de uma estrutura mais ampla.
Os 5 elementos identificados por Lynch:
1. Caminhos
Os caminhos foram considerados como os principais 
elementos estruturadores da percepção ambiental para a 
maioria das pessoas entrevistadas. Pelo fato de as pessoas 
perceberem a cidade enquanto se deslocam pelos 
caminhos, estes não apenas estruturam a sua experiência 
mas também estruturam os outros elementos da imagem da 
cidade.
“São canais ao longo dos quais o observador costumeiramente, 
ocasionalmente, ou potencialmente se move. Podem ser ruas, 
calçadas, linhas de trânsito, canais, estradas-de-ferro” (LYNCH, 
1960, p. 47).
Alguns caminhos específicos podem adquirir especial relevância na medida em 
que:
Concentram um tipo especial de uso (ruas intensamente comerciais, por exemplo)
Rua: 25 de março, São Paulo - SP
Vila Madalena, São Paulo - SP
Benedito Calixto, São Paulo - SP
Alguns caminhos específicos podem adquirir especial relevância na medida em que:
Apresentam qualidades espaciais diferenciadas (muito largo ou muito estreito, por 
exemplo)
Ouro Preto, Minas Gerais
Bairro Morumbi, São Paulo
Alguns caminhos específicos podem adquirir especial relevância na medida em que:
Apresentam um tratamento intenso de vegetação;
Apresentam continuidade;
rua arborizada
Porto Alegre, RS
Continuidade
Av. Paulista, SP
Alguns caminhos específicos podem adquirir especial relevância na medida em que:
São visíveis de outras partes da cidade, ou possibilitam amplos visuais para outras 
partes da cidade.
Rua 23 de Maio, São Paulo
Visualiza a região do Ibirapuera, da Paulista e a Serra da Cantareira ao 
fundo
Vista da Serra da Cantareira sobre a cidade de São Paulo
Alguns caminhos específicos podem adquirir especial relevância na medida em 
que:
Apresentam origem e destino bem claros.
Santos, SP
Destino de clara percepção a praia
Quando os principais caminhos não apresentam identidade, a imagem global da 
cidade é prejudicada.
As esquinas são pontos importantes na estrutura da cidade, já que representam uma 
decisão, uma escolha. Nesses pontos a atenção do observador tende a ser redobrada, e 
por isso elementos posicionados junto a essas intersecções tendem a ser mais 
facilmente notados e utilizados como referenciais.
São elementos lineares constituídos pelas bordas de duas regiões distintas, 
configurando quebras lineares na continuidade. Os limites mais fortemente 
percebidos são aqueles não apenas proeminentes visualmente, mas também 
contínuos na sua forma e sem permeabilidade à circulação.
Podem ser considerados barreiras (rios, estradas, viadutos, etc.) ou como 
elementos de ligação (praças lineares, ruas de pedestres, etc.). Podem ter 
qualidades direcionais, assim como os caminhos. Ao longo de um rio, por 
exemplo, sempre tem-se a noção de que direção se está percorrendo, uma vez que 
o lado do rio fornece essa orientação.
Outra característica dos limites é que eles podem ter um efeito de segregação nas 
cidades. Limites numerosos e que atuam mais como barreiras do que como 
elementos de ligação acabam separando excessivamente as partes da cidade, e 
prejudicando uma visão do todo.
2. Limites
Charles River, Boston
Manhattan, Nova York
3. Bairros
Na concepção de Lynch, bairros são
partes razoavelmente grandes da cidade na qual o observador 
“entra”, e que são percebidas como possuindo alguma característica 
comum, identificadora. (LYNCH, 1960, p. 66).
Nesse ponto, é importante esclarecer que a tradução para bairros, ou 
mesmo para distritos, pode gerar confusão. O conceito de Lynch 
refere-se a uma área percebida como relativamente homogênea em 
relação ao resto da cidade ou, ao menos, como possuindo uma certa 
característica em comum que permite diferenciá-la do resto do 
tecido urbano. É, portanto, um critério visual, perceptivo, ao 
contrário do critério administrativo que define o conceito tradicional 
de bairro no Brasil. As considerações a seguir referem-se ao 
conceito adotado por Lynch.
Os “Bairros” de Lynch não são limites administrativos.
As características que determinam os bairros podem ser das mais variadas naturezas: 
texturas, espaços, formas, detalhes, símbolos, tipos de edificação, usos, atividades, 
habitantes, grau de conservação, topografia, etc. Beacon Hill, em Boston, por exemplo 
(Fotos), foi reconhecida pelas ruas estreitas e inclinadas; casas antigas, de tijolos, em fita e de 
escala intimista; portas brancas; ruas e calçadas de paralelepípedo e tijolo; bom estado de 
conservação; e pedestres de classes sociais altas.
Os bairros desempenham papel importante na legibilidade da cidade, não apenas em 
termos de orientação, mas também como partes importantes do viver na cidade, e podem 
apresentar diferentes tipos de limites. Alguns são precisos, bem definidos. Outros são mais 
suaves, indefinidos. Da mesma forma, alguns podem ser “introvertidos”; outros, 
“extrovertidos”.
Lapa, Zona Oeste São Paulo Mooca, Zona Leste São Paulo Vila Olímpia, Zona Sul São Paulo
4. Pontos Nodais
São pontos estratégicos na cidade, onde o observador pode 
entrar, e que são importantes focos para onde se vai e de 
onde se vem. Variam em função da escala em que se está 
analisando a imagem da cidade: podem ser esquinas, 
praças, bairros, ou mesmo uma cidade inteira, caso a 
análise seja feita em nível regional.
Pontos de confluência do sistema de transporte são nós em 
potencial, tais como estações de metrô e terminais de 
ônibus.
Interseção de viadutos na China.
Outro tipo de nós que apareceram freqüentemente nas entrevistassão as “concentrações 
temáticas”, tais como os centros puramente comerciais. Tais locais atuam como nós 
porque atraem muitas pessoas e são utilizadas como referenciais. A Pershing Square, em 
Los Angeles, também é um exemplo de nó, percebido como um local com 
características distintas, tais como a vegetação e as atividades que lá se realizam.
Pershing Square
Lynch também concluiu que a forma espacial não é essencial para um nó, mas 
pode dotá-lo de maior relevância.
5. Marcos
São elementos pontuais nos quais o observador não entra. 
Podem ser de diversas escalas, tais como torres, domos, 
edifícios, esculturas, etc.
Sua principal característica é a singularidade, algum 
aspecto que é único ou memorável no contexto. Isso pode 
ser alcançado de duas maneiras: sendo visto a partir de 
muitos lugares, ou estabelecendo um contraste local com os 
elementos mais próximos.
Parecem ser mais usados pelas pessoas mais acostumadas à cidade, especialmente 
aqueles marcos menos proeminentes, menores, mais comuns. À medida que as 
pessoas se tornam mais conhecedoras da cidade, estas passam a se basear em 
elementos diferenciados, ao invés de se guiar pelas semelhanças, utilizando-se de 
pequenos elementos referenciais.
A localização em esquinas maximiza sua importância.
Santa Maria Del Fiore, Florença - Itália
Obelisco, Ibirapuera – São Paulo
Ponte Estaiada – São Paulo
Kevin Lynch associa a vitalidade de um ambiente à sua capacidade de 
suportar a saúde (inclusive mental) e o bom funcionamento biológico dos 
indivíduos, assim como a sobrevivência da espécie. A noção de que a 
qualidade do espaço (no sentido da forma) pode influenciar diretamente a 
saúde física e mental das pessoas exige uma definição do que consiste a 
qualidade desta saúde, limitando-se às interpretações de saúde e bem estar 
apontados pelo conjunto de autores estudados. Lynch sugere cinco 
“dimensões de performance” para a avaliação de espaços urbanos, no sentido 
do melhor atendimento às necessidades humanas.
Vitalidade, o grau no qual a forma do assentamento suporta suas funções vitais, 
necessidades biológicas e, sobretudo, garante a sobrevivência da espécie. Este é um 
critério antropocêntrico, ainda que se possa admitir que o ambiente oferece suporte 
para outras espécies e que o bem estar humano muitas vezes depende desta relação 
e da presença de uma diversidade de espécies animais e vegetais.
As 5 dimensões de performance por Lynch:
1. Vitalidade
2. Sentido
Sentido, a medida na qual um assentamento pode ser claramente percebido e 
mentalmente diferenciado e estruturado no tempo e espaço por seus 
residentes. A medida na qual esta estrutura mental se conecta com seus 
valores e conceitos – adequação entre o ambiente, as capacidades sensoriais e 
mentais da população e sua construção cultural.
3. Adequação à escala
Adequação à escala, a compatibilidade das formas e capacidades 
dos espaços, canais e equipamentos, com o padrão e quantidade de 
ações que as pessoas usualmente realizam.
Bairros de Brasília DF
Moema São Paulo Higienópolis São Paulo
4. Acesso
Acesso, a capacidade de acessar outras pessoas, atividades, 
recursos, serviços, informação ou lugares, incluindo a quantidade e 
diversidade de elementos que podem ser acessados.
Exemplo: imagem de stand de 
vendas de imobiliária que mostram 
os benefícios do bairro com todos 
os seus serviços da aproximidade.
Controle, o grau no qual o uso e o acesso aos espaços e atividades, e a 
sua criação, reparo, modificação e administração é controlado por 
aqueles que usam, trabalham ou residem no local.
5. Controle
Ex:
Praça descuidada pelos usuários/ freqüentadores Praça cuidada por uma empresa privada no 
intuito de melhorar a qualidade do espaço para 
seus usuários, o mesmo poderia ter sido por 
moradores.
Praça cuidada exclusivamente pela 
administração pública.
As definições apontadas por Lynch estabelecem parâmetros gerais para 
interpretação e julgamento da qualidade dos espaços urbanos do ponto 
de vista de sua apropriação e uso. Por outro lado, a complexidade 
crescente dos assentamentos contemporâneos, muitas vezes faz emergir 
necessidades e interesses contraditórios, assim como interpretações 
destoantes em relação ao mesmo espaço. 
Referências bibliográficas:
•BENÉVOLO, Leonardo. História da Cidade . São Paulo: Perspectiva, 1999.
•LYNCH, Kevin. The image of the city. Cambridge: The M.I.T. Press, 1960.
• LYNCH, Kevin. A boa forma da cidade. Lisboa, Edições 70, 1981
• http://urbanidades.arq.br/2008/03/kevin-lynch-e-a-imagem-da-cidade/
• http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/15.179/5520
http://urbanidades.arq.br/2008/03/kevin-lynch-e-a-imagem-da-cidade/
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/15.179/5520

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