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Prescrição intercorrente em execução fiscal Lei 6.830/80, art. 40 c/c verbete sumula 314 do STJ. Inicialmente, cumpre-se destacar o artigo 40 da lei supracitada, qual seja, Lei da Responsabilidade Fiscal, no qual, traz à luz da aplicação ao caso concreto que, o andamento da situação processual ficará estagnado no caso de ausência do inadimplente e de seus bens, porém, sem correr o prazo prescricional. A partir da situação em que comprovada a falta deste ou de seus vinténs, no prazo de 1 (um) ano, o magistrado mandará realizar o arquivamento dos autos. Em consonância com a súmula 314 STJ e a LEF, tal prazo de um ano previsto no §2, será prontamente aplicado à ação com a tomada de ciência por parte da fazenda pública, no que diz respeito à exiguidade do devedor e de seus bens que sejam penhoráveis, podendo assim, diante da situação de AUSÊNCIA, o magistrado suspender o curso da execução fiscal arquivando-o. Como leciona Cassio Scarpinella (2014, pg 86) a prescrição seria “a falta de impulso pelo exequente que pode acarretar a perda da pretensão à tutela jurisdicional executiva.” Por sua vez, em sede da execução, esta surgiu das doutrinas justamente para dar um impulso aos processos que já estavam parados há tempos na fazenda pública aguardando apenas uma descoberta dos bens ou dos devedores para realização da citação. Todavia, tal prescrição intercorrente em execução fiscal poderá ser interrompida, voltando à estaca zero caso o juiz venha a proferir um despacho de citação, conforme consta no artigo 174, parágrafo único e inciso I do Código Tributário Nacional. Isto posto, é imprescindível deixar esclarecido que a súmula do STJ de número 314, cominado com o artigo da lei mencionada outrora, tem o sentido de não fazer com que aquela demanda judicial tributária se eternize no judiciário a fim de que se evite mais sobrecargas desnecessárias, corroborando assim com o que vos cito, trago o comentário de Humberto Theodoro Jr (2016, p.542) “ Repugna ao Estado de Direito moderno conviver com obrigações imprescritíveis(...) Sem que a garantia de segurança nas relações jurídicas patrimoniais restasse abalada ou suprimida.”
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