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QUESTIONARIO CIVIL- OBRIGACOES

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DIREITO CIVIL- OBRIGAÇÕES 
1.Cristiane deve a Suzana o equivalente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Avençaram que o 
pagamento deva ser realizado em 24 de julho deste ano. Próximo à data de vencimento da 
dívida, João, pai de Cristiane, descobre a dívida da filha e sabendo que esta não terá condições 
de pagar, dirige-se à credora, sua amiga há anos e oferece os vinte mil reais. Suzana, embora 
amiga de João informa não poder receber o pagamento uma vez que ele não faz parte da 
relação jurídica e, por isso, não poderia lhe dar a quitação. Suzana tem razão? Justifique sua 
resposta. 
R= Suzana não tem razão, pois mesmo não sendo integrante da relação jurídica João nutre um 
interesse meramente moral, sendo considerado um terceiro interessado e a luz do art. 304 do 
CC que permite qualquer interessado na extinção da dívida podendo assim pagá-la. 
 2. Mauro deve R$ 500.000,00 para Alfredo, valor a ser pago um ano após a contratação do 
empréstimo. Como garantia desta dívida, foi constituída uma hipoteca sobre apartamento de 
propriedade de Mauro. Seis meses após, Mauro vende para Cristina o imóvel. Diante do 
exposto, responda, explicando a partir dos conceitos de solvens, terceiro interessado e 
terceiro não interessado: 
a) Cristina poderia pagar a dívida garantida pela hipoteca? 
R= Sim, como um terceiro interessado. Tornando se credora do devedor Mauro. 
 b) Diante da recusa de Alfredo, Cristina poderia força-lo a receber, por meio da ação de 
consignação em pagamento? 
R= Sim, pois o pagamento em consignação está previsto nos artigos 334 e 335 do CC e Alfredo 
recusaria sem justa causa. 
 C) Pagando, Cristina tem o direito de cobrar o valor pago de Mauro? 
R=Sim Cristina sub-roga-se no direito de credor, perante Mauro. Conforme redação do inciso II 
do artigo 346 do CC.: Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: II - do 
adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que 
efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; 
3. Roberto, primo de José, recebe deste cinco celulares roubados por sua quadrilha. Roberto 
sabe que os bens são produto de roubo. Para quatro amigos, vende estes celulares e entrega o 
quinto aparelho para Fátima, em pagamento a um mês de aluguel vencido. No mesmo dia, 
Roberto é preso e confessa a quem entregou os bens, que são apreendidos pela Polícia, nos 
endereços indicados por Roberto. Diante do exposto, pergunta-se: quanto ao aluguel 
supostamente satisfeito com um dos aparelhos, trata-se de obrigação extinta pelo 
pagamento? Em caso negativo, a mora de Roberto se configura a partir de quando? Explique. 
R=Embora ele tenha pagado com um equipamento roubado a obrigação originaria é licita vide 
art 359 do CC. Logo a obrigação não foi extinta, estando em mora desde o dia em que deveria 
pagar e não o fez. 
4. Pretendendo pagar seu aluguel, Fernanda acessa o site da administradora de imóveis e 
baixa o boleto. Pago-o no dia seguinte. Dez dias após, é surpreendida por notificação em que 
tal dívida é cobrada. Fernanda envia por e-mail cópia do boleto pago com a autenticação 
mecânica bancária. A administradora informa que aquele não era o código de barras correto e 
que o site havia enfrentado problemas com hackers recentemente e que, portanto, a 
obrigação seria considerada não paga. Diante do que prevê o Código Civil acerca dos requisitos 
subjetivos do pagamento, o que poderia Fernanda alegar? Explique. 
R=Fernanda pode alegar que ela pagou o boleto de boa-fé ao credor putativo, aplicando a 
teoria da aparência. 
5. Todo mês, Fernanda recebe em casa representante da administradora do imóvel que aluga, 
uniformizado e com crachá, e portando bloco de recibos timbrado, para que possa realizar o 
pagamento em dinheiro ou cheque nominal. No 11º mês, vem à sua porta rapaz muito 
simpático e bem vestido (mas sem uniforme ou crachá), cobrar-lhe o aluguel, portando novo 
modelo de recibo e apresentando-se como novo empregado da administradora. Sem 
questionar, Fernanda entrega-lhe o numerário. No dia seguinte, o mesmo representante que 
lhe visitava-nos outros meses comparece à sua residência para receber o aluguel. Fernanda se 
recusa a pagar, pois já havia feito o pagamento no dia anterior, acreditando honestamente 
estar pagando corretamente. Na qualidade de advogado da administradora, e considerando os 
requisitos subjetivos do pagamento, o que alegaria para realizar esta cobrança? Explique. 
R= Houve um erro grosseiro da parte de Fernanda e conforme se extrai do art. 308, CC: “Art. 
308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só 
valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.” Logo o 
pagamento feito a terceiro é arriscado e deve ser confirmado para que haja a quitação. Deve 
se ter total ciência de que é o terceiro adequado a receber, o que não ocorrera com Fernanda. 
Como houve um descuido da parte de Fernanda, a mesma sofrerá o ônus de sua negligência, 
valendo à máxima “quem paga mal, paga duas vezes”. Pagará novamente ao credor correto. 
6. Ao contrair dívida com Joaquim, ficou combinado que, em todo dia 10, Joaquim iria à loja de 
Jorge receber o pagamento e lhe entregaria recibo assinado. No 6º mês, Júnior, filho de 
Joaquim, comparece à loja de Jorge, com o bloco de recibos, e recebe o pagamento, 
entregando-lhe o recibo assinado, correspondente àquele mês. À noite, Joaquim comunica à 
Jorge, por telefone, que o bloco de recibos assinados havia sido furtado por seu filho, que é 
viciado em tóxicos. Diante do exposto, o que Jorge poderá alegar para Joaquim, visando não 
pagar novamente, considerando os requisitos subjetivos do pagamento? Explique. 
R= Jorge poderá alegar que o filho de Joaquim estava portando o bloco de notas utilizado para 
a cobrança e não tinha como saber que era furtado, podendo-se aplicar o artigo 311 do Código 
Civil “311, CC: Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo 
se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante”. Jorge não deverá pagar de novo 
pois ele pagou ao portador da quitação. 
7. Caio deve a Tício a importância de 1.000,00. Mévio, credor de dívida não paga por Tício, em 
processo que visa cobrar esta dívida, obteve a constrição judicial (penhora) de tal crédito e, 
mesmo assim, Caio, ciente dela, paga a importância diretamente a Tício. Neste caso, caberá a 
Mévio penhorar outro bem de Ticio, visto que a penhora do crédito tornou-se inútil? Explique 
sua resposta. 
R= Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o 
crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, 
que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra 
o credor. Para entender o art. 312, você deve pensar em três personagens: devedor, o credor e 
o credor do credor. Para facilitar, vamos a exemplo: [...] se Caio deve a Tício a importância de 
1.000,00, tem que tal crédito poderá ser penhorado pelos credores de Tício. Nesse caso, se 
Mévio obtém a constrição judicial (penhora) de tal crédito (o que, por óbvio, somente pode 
acontecer antes de ser efetivado o pagamento) e, mesmo assim, Caio, ciente dela, paga a 
importância diretamente a Tício, temos a aplicação da regra; “quem paga mal, paga duas 
vezes”, pois Mévio poderá exigir de Caio o valor correspondente, como se o valor não tivesse 
sido pago. quem paga mal paga duas vezes. 
8. (CESPE – TRT RJ – 2010) A proibição de comportamento contraditório não tem o poder de 
alterar o local do pagamento expressamente estabelecido no contrato. Certo ou errado? 
Justifique sua resposta. R= Errado. Segundo o art. “Art. 330. O pagamento reiteradamente 
feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.” 
Nesse caso aplica-se o principio da boa-fé objetiva. A análise docomportamento das partes 
contratantes ou obrigacionais não avalia a intenção ou consciência, mas sim o comportamento 
exteriorizado. Se o credor, por diversas vezes, aceita o pagamento em lugar diferente do 
combinado de início, não pode simplesmente depois dizer que não mais aceitará o pagamento 
no lugar costumeiro, e sim somente no lugar combinado. Seria trair a confiança do devedor, 
não colaborar com o cumprimento da obrigação, seria, portanto, ofender o princípio da boa-fé 
objetiva. 
9. Márcia vendeu para Roberta 5 filhotes de cachorro da raça Bulldog. Os animais deveriam ser 
entregue no dia 10. Na data combinada, Márcia envia email a Roberta, informando que não 
conseguiu os 5 cachorros da mesma raça para entrega neste dia, então propõe: ou Roberta 
aceita 2 filhotes de Bulldog e 3 de Bull Terrier ou receberá apenas 2 filhotes de Bulldog no dia 
10 e os outros 3 filhotes da mesma raça um mês depois. Roberta o procura para que, na 
qualidade de advogado, a responda: Ela está obrigada a aceitar qualquer das propostas? 
Responda à luz do Código Civil e da principiologia própria do direito das obrigações. 
R= Roberta pode aceitar uma das propostas de Márcia, porém ela não é obrigada a aceitar 
nenhuma das propostas diferente da que foi estabelecida de acordo com o artigo 313 do CC. 
“O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais 
valiosa”. 
10. Fátima e Jorge estabeleceram contrato de locação em que o valor do aluguel deveria ser 
pago em dólares. Na data do vencimento do primeiro aluguel, Fátima se dispôs a pagar o valor 
em reais, de acordo com a cotação do câmbio da moeda estrangeira na data. Jorge se recusou 
a receber, sob o argumento de que Fátima concordara com o avençado, dentro do que 
permite o princípio da autonomia da vontade. Diante do exposto, responda: a quem cabe 
razão? Justifique. 
R= A Razão cabe a Fátima, pois de acordo com o artigo 315 do CC As dívidas em dinheiro 
deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto 
nos artigos subseqüentes. Combinando com o art. 318 do CC “São nulas as convenções de 
pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o 
valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial.” O 
pagamento de dívida deve ser em reais, moeda corrente do país. Contudo há exceções legais 
como por exemplo as previstas no Decreto-lei 857/1969.

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