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Empuxos de Terra Empuxos de Terra • Empuxo de Terra é a ação produzida pelo maciço de solo sobre as obras com ele em contato. • A sua determinação é fundamental na análise de projetos como muros de arrimo, cortinas de estacas-prancha, construções de subsolos, encontro de pontes, etc. • Para dimensionar uma estrutura é necessário conhecer a magnitude e direção dos empuxos. K0 – Coeficiente de empuxo em repouso Supondo o muro imóvel, tem se o solo submetido a uma tensão vertical (σv) e uma tensão horizontal (σh). A razão entre σh/ σv é o coeficiente de empuxo em repouso. v hK 0 σvσh φ σv σh K0 – Coeficiente de empuxo em repouso 'sin10 K OCRfK ,'0 Em solos normalmente adensados Em solos argilosos pré-adensado OCRK 'sin10 α=0,5 α=sin φ’ Não utilizado para valores altos de OCR Ka – Coeficiente de empuxo ativo Se o muro deslocar-se na direção oposta ao maciço, tem se um alívio de tensões horizontais no solo. Neste caso desenvolve-se o Empuxo ativo (Ea). O máximo coeficiente de empuxo ativo é mobilizado para pequenas deformações. σvσh φ σv σh Kp – Coeficiente de empuxo passivo Se o muro deslocar-se na direção ao maciço, tem se elevação da tensão horizontal. Neste caso desenvolve-se o Empuxo passivo (Ep) Para a mobilização do empuxo passivo são necessárias grandes deformações. σv σh φ σv σh q p Teoria de Rankine • A teoria de Rankine permite o cálculo das tensões horizontais em um maciço de solo, para as condições ativa e passiva, devendo ser aplicados somente à tensões efetivas. • Plastificação total do solo; • Não leva em consideração atrito entre solo e muro; • É aplicada à condições drenada e não-drenada. • τ=c’+σ’∙tan φ’ • Estratificação de camadas • Superfície de ruptura retilínea • α=90º ou α≠90º β=0 ou β≠0 δ=0 Zona ativa de Rankine 2 ' º45' p Plano de deslizamento Zona passiva de Rankine 2 ' º45' p Caso ativo Caso passivo Zona estávelZona estável qhchhah ,,,, '' 2 ' º45tan 'sin1 'sin1 2 aK Empuxo ativo aqh ach ah Kq Kc KH , , , '2' ' σ’haγ σ’hac’ σ’haq + +- q Coef. Empuxo ativo Empuxo ativo 2 ' º45tan 'sin1 'sin1 2 pK Empuxo passivo σ’hpγ σ’hpc’ σ’hpq + ++ q Coef. Empuxo passivo Empuxo passivo a p K K 1 pqh pch ph Kq Kc KH , , , '2' ' qhchhph ,,,, '' Considerando-se a parcela de coesão • Para solos coesivos, no caso ativo, haverá uma profundidade z em que as tensões irão se anular. Pode-se escrever: a aa ach ah chhh K c z KcKH Kc KH '2 '2 '2' ' ''' , , ,,, O solo coesivo fica sujeito a tensões de tração na sua porção superior no estado ativo. Ocorre, porém, que o solo normalmente não resiste a tensões de tração. Assim, abrem-se fendas na superfície até esta profundidade. Sendo assim, não se pode contar com estas tensões que diminuiriam o valor do empuxo ativo resultante. Além disso, estas fendas podem estar preenchidas com água proveniente de chuvas, o que pode aumentar ainda mais o valor do empuxo. A altura tomada no cálculo dos empuxos e das resultante de empuxo (E) é =H-z qhchhah ,,,, Caso não drenado: γ = γsat C=Su φ=0 Ka=1 Analisa-se o problema para a pior condição, drenada ou não drenada, quando pertinente. Diagramas de empuxo e resultantes Para as pressões por peso de solo e pressão hidrostática, tem-se um diagrama de tensões triangular, logo a resultante é aplicada a 1/3 de altura a partir da base do triângulo. σhγ H H/3 Ea Para as pressões por sobrecarga e coesão o diagrama é retangular. A resultante é aplicada na metade da altura do retângulo. σhq H H/2 Ea Resultantes qaca a E a E a E aa KHqKHcKHE ,', , '2' 2 1 2 Empuxo ativo qpcp p E p E p E pp KHqKHcKHE ,', , '2' 2 1 2 Empuxo passivo Empuxo hidrostático • Deve-se separar o empuxo devido à água do devido ao solo. • Quando são construídos drenos não se leva em consideração o empuxo da água. 2 2 1 www HE N.A. 'coscoscos 'coscoscos cos 22 22 aRK Empuxo ativo, caso β>0 qaca a E aR E aR E aRa KHqKHcKHE ,', , '2' 2 1 2 σ’haγ σ’hac’,q β>0 Neste caso a resultante a força Ea é paralela a inclinação do terreno. As componentes de Ea na direção horizontal e vertical são: sin cos , , aya axa EE EE 'coscoscos 'coscoscos cos 22 22 pRK Empuxo passivo, caso β>0 qpcp p E pR E pR E pRp KHqKHcKHE ,', , '2' 2 1 2 Neste caso a resultante a força Ep é paralela a inclinação do terreno. As componentes de Ep na direção horizontal e vertical são: sin cos , , pyp pxp EE EEσ’haγ σ’hac’,q β>0 H β>0 H0 H β Фa H/3 η +ξ -ξ Paξ Ppξ 0 coscos cos HH Empuxo ativo, caso β>0, η>0 Pa 222 2 222 2 sin'sincoscos cos'sin2'sin1cos sin'sincoscos cos'sin2'sin1cos p pR a aR K K 2 'sin sin sin 2 'sin sin sin 1 1 p a 'sin sin sin 2 1 22 ' º90 'sin sin sin 2 1 22 ' º45 1 1 p a 2 0 2 0 ' 2 1 ' 2 1 HKP HKP pRp aRa Coeficientes de empuxo p p p a a a cos'sin1 sin'sin tan cos'sin1 sin'sin tan 1 1 Forças de empuxo inclinadas ξ com a normal à face do muro Ângulo entre a força de empuxo e a normal à face do muro sincos coscos aay aax PP PP Teoria de Coulomb • Admite-se que no instante da mobilização total da resistência do solo formam-se superfícies de deslizamento ou de ruptura no interior do maciço. • Estas superfícies delimitariam então uma parcela do maciço que se movimentaria em relação ao restante do solo, no sentido do deslocamento da estrutura. Se esta parcela do solo for considerada como um corpo rígido, o empuxo pode então ser determinado do equilíbrio das forças atuantes sobre este corpo rígido. • O método de Coulomb admite que tais superfícies de ruptura são planas e o empuxo é aquele que age sobre a mais crítica das superfícies de ruptura planas. • Baseada no equilíbrio de forças adjacentes ao tardoz. • Leva em conta o atrito solo-muro. Empuxo ativo - Solos não-coesivos ' 3 2 2 ' ' 4 3 β – inclinação da superfície δ – ângulo de atrito solo-muro α – inclinação da face do muro φ – ângulo de atrito Ea – empuxo ativo Divergem as opiniões quanto ao valor a ser atribuído a δ, como visto acima, sabendo-se no entanto que ele não pode exceder ϕ; admite-se: Müller Breslau Terzaghi sinsin 'sin'sin 1sinsin sin 2 2 aK aa KHE 2 2 1 O ponto de aplicação do empuxo está localizado a uma altura igual a “H/3“ da base da estrutura. Empuxo passivo - Solos não-coesivos Ep – empuxo passivo A curvatura da superfície de ruptura tem aqui maior importância que no caso ativo e é tanto mais acentuada quanto maior for δ em relação à ϕ, o que torna admissível a aplicação da teoria de Coulomb para o cálculo do empuxo passivo, somente aos solos não coesivos quando δ ≤ ϕ/3. sinsin 'sin'sin 1sinsin sin 2 2 pK pp KHE 2 2 1 O ponto de aplicação do empuxo está localizado a uma altura iguala “H/3“ da base da estrutura. As equações, para α = 90º e β = δ = 0º, transformam-se nas conhecidas expressões de Rankine: 2 ' º45tan' 2 1 2 ' º45tan' 2 1 22 22 HE HE p a
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