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MODELO DE RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXXXXX.
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA N° XXXXXXXXXXXXX
VANUZA, já qualificada nos autos em epígrafe, por sua advogada que ao final subscreve, não se conformando com a decisão denegatória do Mandado de Segurança interposto, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 105, inciso II, alínea “b” da Constituição Federal, e art. 1.027, inciso II, alínea “a”, interpor:
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA
Em face de SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, vinculado à SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO ESTADO DE XXXXX, já qualificados nos autos, pelos motivos de fatos e de direito que seguem: 
Requer, ainda, a intimação da parte contrária para que, querendo, oferecer, dentro do prazo legal, suas contrarrazões, remetendo-se, ao final, os 
presentes autos ao Egrégio Tribunal Superior de Justiça. 
Requer que seja recebido o recurso no seu efeito devolutivo com a posterior remessa ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça. 
A recorrente é beneficiaria da justiça gratuita, por esse motivo não recolheu as custas de preparo. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
(Município – UF), xx de xxxx de xxxx.
ADVOGADO
OAB/ UF n° xxxx
EGREGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Recorrente: VANUZA 
Recorrido: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO ESTADO DE XXXXX 
MANDADO DE SEGURANÇA Nº XXXXXXXXXXXXX
COLENDA TURMA
ILUSTRISSIMOS MINISTROS 
I - PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
O presente recurso, encontra-se dentro da tempestividade, conforme art. 1003, § 5º do CPC:
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
[...]
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
Tendo em vista que a intimação da decisão foi publicada dia XX/XX/XXXX, as partes são legítimas e estão devidamente representadas, portando, preenchido os pressupostos de admissibilidade. 
II – DO CABIMENTO E DO FORO COMPETENTE
A Constituição Federal prevê, no seu artigo 105, o recurso ordinário em caso de decisão denegatória de segurança:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
[...]
II - Julgar, em recurso ordinário:
[...]
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
O presente recurso ordinário também tem fundamento no artigo 1.027 do Código de Processo Civil, in verbis:
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:
[...]
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
III – SINTESE DO PROCESSO 
VANUZA, pessoa carente de recursos financeiros, não se conformando com a decisão de fls. Xx, vem, respeitosamente, apresentar as razões para seu recurso ordinário.
A recorrente é de portadora de diabetes mellitus tipo I (CID E10.0), visando à concessão de medicamento de alto valor financeiro para o tratamento de sua doença e tendo seu pedido negado pela Secretaria, impetrou-se mandado de segurança, perante o Tribunal de Justiça.
Com efeito, a xx câmara daquele tribunal decidiu pela denegação do mandado. 
IV – RAZÕES PARA A REFORMA 
Pelas razões de direito que a seguir se exporão, interpõe a recorrente o presente recurso, para que seja reformulada decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Xxxxxx. Assim, concedendo o fornecimento dos medicamentos necessários para o tratamento médico da recorrente.
É obrigação do estado de garantir às pessoas o direito fundamental à saúde, sendo responsabilidade solidária de todos os entes federativos de fornecer gratuitamente medicamentos ou congêneres principalmente à população carente. Assim dispõe o art. 196, da Constituição Federal:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Conforme o art. 2º, da lei 8.080/90, a saúde é um direito fundamental do ser humano, sendo dever do Estado prover as condições indispensáveis para o seu funcionamento:
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
A lei 8.080/90, em seus artigos 5º e 7º, dispõe também sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e sobre a organização e funcionamento dos serviços correspondentes: 
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I - A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
II - A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
[...]
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
Diante o exposto, é inegável que deve ser assegurado pelo Estado o fornecimento de medicamentos quando necessários à prevenção, recuperação ou promoção da saúde da recorrente. 
A recorrente está pleiteando um direito, cujo é obrigação do Estado promovê-lo. Salienta-se que a recorrente é aposentada, conforme demonstra o extrato de benefício do INSS anexado, e recebe apenas esta aponsentadoria para sobreviver. Sendo assim, o valor dos remédios, que lhe são fundamentais para garantir a preservação da vida, está fora de suas possibilidades de aquisição.
Sobre o assunto em tela, os Tribunais de Justiça do Estado de Goiás, Minas Gerais entendem que : 
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA. REMESSA NECESSÁRIA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO E EXAMES PELO PODER PÚBLICO MUNICIPAL. DIREITO LÍQUIDO E CERTO COMPROVADO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES DA FEDERAÇÃO. PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. DIREITO LÍQUIDO E CERTO A SER TUTELADO (VIDA E SAÚDE). PREMENTE NECESSIDADE DE CONCESSÃO DA ORDEM. 1. A ordem constitucional vigente, em seu artigo 196, consagra o direito à saúde como dever dos Estados, dos Municípios e da União, que deverão, por meio de políticas sociais e econômicas, propiciar aos necessitados o tratamento mais adequado e eficaz, capaz de ofertar ao enfermo maior dignidade e menor sofrimento. Cumpre, pois, ao Poder Público, por meio dos seus órgãos competentes, promover o fornecimento de medicamentos e exames aos que deles necessitem, consoante prescrição médica. Orientação reiterada na jurisprudência desta Corte e do STJ. 2. Tendo o impetrante logrado êxito em comprovar, de plano, o direito líquido e certo da substituídaao fornecimento de medicamentos necessários ao tratamento de sua enfermidade, a concessão da segurança é medida que se impõe. 3. REMESSA CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJ-GO - Reexame Necessário: 02593820520168090049, Relator: GERSON SANTANA CINTRA, Data de Julgamento: 09/05/2019, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 09/05/2019).
EMENTA: REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA - DIREITO À SAÚDE - DIABETES MELLITUS TIPO I - BOMBA DE INSULINA - INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA E SISTEMÁTICA DOS ARTIGOS 6º e 196 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - LEI N. 8.080/90 - MEDICAMENTO E INSUMOS POSTULADOS - NECESSIDADE E INDISPENSABILIDADE COMPROVADAS - RECEITUÁRIO MÉDICO ATUALIZADO - NECESSIDADE - MULTA - CABIMENTO. - Em conformidade com o julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário n. 855.178, com repercussão geral reconhecida, "o tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado, porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode ser composto por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente"- A saúde constitui um direito de todos os indivíduos e um dever do Estado, a quem compete implementar políticas sociais e econômicas visando ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, em conformidade com o disposto pelos artigos 6º e 196, da Constituição Federal - A disponibilização de medicamentos pela rede pública de saúde não se restringe àqueles elencados nas listas dos Programas de Assistência Farmacêutica, visto que a promoção e a proteção da saúde dos cidadãos devem ser realizadas de maneira ampla pelo Estado - Diante da confluência dos requisitos exigidos, mantém-se a sentença que obrigou o ente público ao fornecimento da bomba de insulina e demais insumos necessários ao eficaz tratamento da doença de Diabetes Mellitus tipo I - Mostra-se adequado condicionar o fornecimento do medicamento à apresentação de receituário médico atualizado, com periodicidade trimestral - É cabível a cominação de multa contra a Fazenda Pública por descumprimento de obrigação de fazer.
(TJ-MG - AC: 10024130238322001 MG, Relator: Paulo Balbino, Data de Julgamento: 17/06/0019, Data de Publicação: 08/07/2019)
Sendo assim, é direito da Recorrente o fornecimento do medicamento, por se tratar de pessoa desprovida de verbas financeiras para arcar com o seu tratamento. O Estado está menosprezado o direito à vida da recorrente, sendo seu dever protegê-la. 
 V – DOS PEDIDOS CONCLUSÃO
Em razão do exposto, requer a recorrente:
a) O provimento do presente recurso, com a reforma do acordão recorrido para conceder a segurança pleiteada a fim de fornecer os medicamentos necessários para o tratamento da diabetes mellitus tipo I; 
b) Seja recebido o recurso ordinário no seu regular efeito devolutivo;
c) A intimação da recorrida para apresentar, contrarrazões em 15(quinze) dias;
d) A intimação do Ministério Público para que se manifeste no prazo de 5 (cinco) dias nos termos do artigo 355 da Lei 
e) Por fim, requer-se que todas as publicações sejam realizadas em nome do seu advogado subscrito, Dr. XXXXXXX XXXX XXX OAB/UF Nº XXXX, sob pena de nulidade nos termos da lei.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(Município – UF), xx de xxxx de xxxx.
ADVOGADO
OAB/ UF n° xxxx

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