que nos permite construir uma melhor reflexão em torno da pergunta que fez nascer essa pesquisa e assim “[...], indica as opções e a leitura operacional que o pesquisador fez do quadro teórico” (MINAYO, 1994, p. 43). Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, utilizando o banco de dados da CAPES, do Scielo e também livros e dissertações relacionadas ao tema, São fontes bibliográficas: livros, publicações periódicas (jornais, revistas, panfletos, etc.), fitas gravadas de áudio e vídeo, páginas de websites, relatórios de simpósios/ seminários, anais de congressos, etc. Segundo, Gil (2010: p. 30) “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”. A fim de oferecer fundamentos teóricos ao tema pesquisado, utilizou-se a pesquisa bibliográfica. Pode-se entendê-la então, como um conjunto de conhecimentos humanos reunidos nas obras com objetivo de levar o leitor a determinado assunto e proporcionar a produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para andamento da pesquisa (FACHIN, 2003). Para os bons resultados serem atingidos na escola na aprendizagem dos educandos, são necessários planejamento, avaliação e aperfeiçoamento das suas próprias ações pedagógicas, a fim de que o processo educacional seja qualitativo. T ais ações são vistas como de responsabilidade do supervisor escolar e devem garantir à escola resultados excelentes, bem como envolver toda a comunidade nas tomadas de decisão que se refiram ao bom andamento da escola, ou seja, a comunidade deve participar do seu Projeto Político-Pedagógico, de forma ativa, demandando seus anseios e perspectivas à gestão da escola. E essa deve ter a perspicácia de articular os múltiplos saberes que entrecortam a vida dos estudantes, através de seus professores, da família e do seu entorno, que são tão educativos quanto o próprio espaço escolar. 4 Supervisão Escolar A sua trajetória histórica aborda diversos fatos da educação. Segundo Saviani (2006) as atividades educativas em nosso país dá-se com a vinda dos jesuítas em 1549. No Plano de Ensino elaborado pelo padre Manuel da Nóbrega está presente à função supervisora, mas não se manifesta ainda a ideia de supervisão. Entretanto, no Plano Geral dos jesuítas, o Ratio Studiorum, que é adotado no Brasil após a morte de Nóbrega, em 1570, já se faz presente à ideia de supervisão. Conforme Saviani (2006) em sua obra relata que nas sociedades primitivas a educação comparava-se com a própria vida, sendo uma ação espontânea, não diferenciada das outras formas de ação desenvolvidas pelo homem. Neste contexto, sabe-se que a educação era exercida pelas relações, e ações desenvolvidas pela comunidade, pelo meio ambiente com a participação das novas gerações as quais por essa forma acabavam por se educar. Há quase dois séculos depois do Ratio Studiorum, durante o Iluminismo, a educação passou a ser responsabilidade do Estado. A Igreja perdeu sua função prioritária na educação e com isso foram extintas as escolas jesuítas (e também a descrição mais específica do supervisor de ensino). Ao Estado coube a responsabilidade de cuidar da educação escolar (SANTOS, 2007). A ideia de supervisão foi ganhando contornos mais nítidos. A organização dos serviços educacionais na forma de um sistema nacional supunha dois requisitos que impulsionavam a ideia de supervisão na direção indicada: 1) a organização administrativa e pedagógica do sistema como um todo, o que implicava a criação de órgãos centrais e intermediários de formulação das diretrizes e normas pedagógicas bem como de inspeção, controle e coordenação das atividades educativa; 2) a organização das escolas na forma de grupos escolares, superando, por esse meio, a fase das cadeiras e classes isoladas, o que implicava a dosagem e graduação dos conteúdos distribuídos por séries anuais e trabalhados por um corpo relativamente amplo de professores que se encarregavam do ensino de grande número de alunos, emergindo, assim, a questão da coordenação pedagógica no âmbito das unidades escolares (SAVIANI, 2006, p. 24). A determinação era ter uma maneira diferenciada para tratar os assuntos educacionais, “acabando com o equívoco de tratá-los indistintamente dos assuntos administrativos. Essa separação é condição para o surgimento da figura do supervisor como distinta do reitor e também do inspetor” (SANTOS, 2007, p. 113). Para o diretor sua função era o setor administrativo ao supervisor cabia à parte técnica. De modo provável com o objetivo de aumentar a “competência pedagógica, esse supervisor (técnico) tenha abarcado com algumas responsabilidades que chegaram até ele através dos séculos”. A preocupação em destituir o supervisor da responsabilidade de fiscalizar foi o mais importante desse período, substituindo-a pela orientação pedagógica (SANTOS, 2007, p. 113). Conforme Lei Federal 5692, de 11 de agosto de 1971 acaba por evidenciar a importância do supervisor no cuidado com a prática pedagógica, distanciando-o das exigências administrativas e burocráticas, entretanto ainda sem perder completamente o contato com estas dimensões. Com a aprovação da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional vamos ter uma ênfase e especificidade na formação de maneira mais evidente: Art. 64 – A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional (BRASIL, 1996). Em 2006 a Resolução CNE/CP nº. 01 institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, ficando estabelecido que a formação oferecida pelos cursos de Pedagogia integra as dimensões da docência, pesquisa, gestão e avaliação de sistemas de ensino em geral, assim como o planejamento, execução e avaliação de atividades educativas. 5 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA O coordenador pedagógico como um profissional da educação que faz parte da escola possui uma grande relevância no cenário da educação pública brasileira, uma vez que a finalidade da sua atuação é a qualidade do ensino e aprendizagem. Não obstante, o trabalho da coordenação pedagógica tem como referência o Projeto Político Pedagógico da Instituição, que demonstra os princípios da Inclusão, Diversidade, Cidadania e compromisso com o conhecimento socialmente referendado, dialogando com os anseios da comunidade escolar perante a Sociedade. O coordenador é aquele agente de transformação no cotidiano escolar, responsável pela construção e reconstrução da ação pedagógica, com vistas a construção e articulação coletiva do Projeto Político Pedagógico. A práxis é composta das dimensões: reflexiva ao auxiliar na compreensão dos processos de aprendizagem; organizativa ao articular o trabalho dos diversos atores escolares; conectiva por possibilitar inter-relação entre os professores, gestores, funcionários, pais e alunos; interventiva quando modifica algumas práticas arraigadas que não traduzem mais o ideal de escola e por fim, avaliativa, ao estabelecer a necessidade de repensar o processo educativo em busca de melhorias (VASCONCELLOS, 2006). Segundo Libaneo (2004), o coordenador pedagógico é aquele que responde pela viabilização, integração e articulação do trabalho pedagógico, estando diretamente relacionado com os professores, alunos e pais. Junto ao corpo docente o coordenador tem como principal atribuição a assistência didática pedagógica, refletindo sobre as práticas de ensino, auxiliando e construindo novas situações de aprendizagem, capazes de auxiliar os alunos ao longo da sua formação. Ele é agente das práticas de ensino, auxiliando e construindo novas situações de aprendizagem, capazes de auxiliar os alunos ao longo da sua formação.