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Avaliação Vestibular Fga. Rita Mor fmor@uol.com.br ritamorfono@gmail.com Anatomia e fisiologia do aparelho vestibular LABIRINTO Por fora- estrutura óssea. Por dentro- estrutura membranosa. • Entre as duas- perilinfa. • Dentro da estrutura membranosa- endolinfa Labirinto 3 canais semicirculares e máculas sacular e utricular em ambas orelhas. Ampola (cúpula): dilatação na extremidade de cada canal semicircular (células ciliadas); CSC- Captam as movimentações rotatórias da cabeça; Despolarização e estímulo bioelétrico. A circulação da endolinfa no CSC movimenta as células ciliadas na ampola (cúpula) gerando correntes ampulípetas e ampulífugas (responsáveis pela informação vestibular). CÉLULAS CILIADAS Cinocílio- cílio localizado na extremidade e mais calibroso; Estereocílios- demais cílios de menor calibre. O desvio dos estereocílios em direção ao cinocílio aumenta a descarga basal;ao contrário, diminui. Transdução mecano/ elétrica Potencial de repouso das células ciliadas na ampola do canal semicircular Rotação da cabeça para a esquerda Rotação da cabeça para a direita CANAIS SEMICIRCULARES Disposição anatômica estímulo máximo em um par de canais PARES SINÉRGICOS Rita Mor CEFAC- SP PARES SINÉRGICOS Os sistemas de ambos os lados atuam sinergicamente plano a plano. Sinergia (Aurélio)- ato ou esforço coordenado de vários órgãos na realização de uma função. Máculas do sáculo e do utrículo � Sensíveis às variações de aceleração linear sáculo utrículo Relação entre a movimentação da cabeça e as otocônias na Relação entre a movimentação da cabeça e o deslocamento das otocônias na mácula do utrículo. Informações da Orelha Interna para o N. Vestibular NERVO VESTIBULAR Dois ramos: Nervo vestibular superior inerva: Canais semicirculares lateral e anterior, utrículo e sáculo. Nervo vestibular inferior inerva: Sáculo e canal posterior. Núcleos vestibulares/ Tronco encefálico PRINCIPAIS CONEXÕES DAS VIAS VESTIBULARES Via vestíbulo-ocular: produção do reflexo vestíbulo-ocular e também do nistagmo; Via vestíbulo-espinal: posição da cabeça e postura do corpo; Reflexo vestíbulo- ocular (RVO) OUTRAS CONEXÕES DAS VIAS VESTIBULARES Vestíbulo-cerebelar: influência na intensidade e ritmo das respostas; Sistema límbico: sintomas psíquicos (ansiedade, depressão) associados aos distúrbios do equilíbrio; Via vestíbulo-vagal: responde pelas manifestações neurovegetativas. CEREBELO Atua como um processador adaptativo que monitora o desempenho vestibular e reajusta o processamento central sendo as informações sensoriais vestibulares processadas juntamente com as proprioceptivas e visuais Baloh, R.W. e Honrubia, V. 2001 Exame Otoneurológico Definição: Conjunto de procedimentos que permite a exploração semiológica dos sistemas auditivo e vestibular e de suas conexões com o SNC. Consenso de Otoneurologia- 2002 EXAME OTONEUROLÓGICO PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS COM O EXAME: 1- ORL 2- Fonoaudiólogo história clínica Avaliação auditiva (completa) Avaliação vestibular ex. ORL (otoscopia) exame físico Anterior Posterior Lateral INDICAÇÕES Tonturas (sensação errônea do movimento) com alteração do equilíbrio; Vertigens; Perdas auditivas (principalmente as neurossensoriais); Zumbidos; Principais Afecções Labirínticas alterações metabólicas; hipertensão arterial; cardiopatias; afecções de coluna cervical (receptores cutâneos, articulares, musculares enviam informações para o cerebelo passando pelos n. vestibulares); disfunções hormonais; ototoxicose; disritmias cerebrais- enxaquecas; alterações emocionais. Doença de Menière; Neurinoma (Schwanoma do VIII par); Labirintite; Surdez e/ou vertigem súbita; Síndrome de Ramsay Hunt; Trauma labiríntico... VERTIGENS POSICIONAIS PRINCIPAIS AFECÇÕES LABIRÍNTICAS O sistema vestibular é de tal forma sensível à influência de distúrbios em outras partes do corpo humano, que a tontura pode surgir antes dos sintomas da doença causal. Ganança e cols., 1999 Orientações prévias ao exame: Suspender por 48 horas medicamentos não vitais; Diminuir por 24 horas e suspender 6 hs antes, chá preto ou mate, café, fumo, bebidas alcoólicas; Diminuir ingestão de chocolate e coca-cola no dia do exame; Refeições leves até 3 horas antes; Não usar cremes ou maquiagem; Não usar lentes de contato. 1- Trabalho científico: Análise comparativa das respostas vestibulares à prova calórica em Pacientes submetidos ao exame vestibular sem e com o uso de medicação anti- vertiginosa Conclusão: • Houve mudança de diagnóstico- 50% mudou a conclusão do exame para normal com o uso de medicação. • Observou-se aumento da VACL do NY quando o exame foi realizado com medicação. (Mor et al 2006) 2- Trabalho científico: Avaliação do efeito da cafeína no teste vestibular. Conclusão: A ingestão moderada de café não interferiu no resultado do teste vestibular. (2005) estático dinâmico Romberg Romberg Barré (Romberg sensibilizado) Marcha Provas de equilíbrio Estes testes avaliam perda de equilíbrio e/ou alterações de marcha. • Esses testes são de importância complementar; • Devem ser realizados de preferência pelo médico; • Oferecem informações topodiagnósticas adicionais quando comparados com outros dados obtidos no resto da Avaliação Vestibular. Início da Avaliação Vestibular Provas de Posicionamento Qualquer avaliação vestibular estará incompleta sem esta pesquisa. Única prova para detecção da Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) VPPB- Presença de otocônias na cúpula do csc posterior- sintomas Episódios breves de vertigem relacionadas ao movimento da cabeça geralmente associada a mudança de decúbito. NISTAGMO DE POSICIONAMENTO Objetivo: pesquisar presença de nistagmo em determinadas posições A PRESENÇA DE NISTAGMO É INDICATIVO SEGURO DE DOENÇA VESTIBULAR VPPB (pesquisa pp/ de CSC verticais) Brandt-Daroff Dix-Hallpike (deitada de lado) Manobra de Dix-Hallpike Rotação da cabeça do paciente a 45º; O paciente passa da posição sentada para deitada com a cabeça ligeiramente fora da maca (há necessariamente alguma rotação e extensão do pescoço); Estes movimentos podem ser dolorosos e em alguns casos contra-indicados. Manobra de Dix-Hallpike (contraindicações) Sinais e sintomas importantes na região do pescoço e ombros: Traumatismos recentes; artrite reumatóide severa; cirurgias cervicais; dor; restrição a movimentos do pescoço; Parestesia e/ou adormecimento com restrição de movimentos. Rita Mor CEFAC- SP Diagnóstico da VPPB pp/ em CSC laterais •Decúbito Lateral Direito • Decúbito Lateral esquerdo. Nistagmo de Posição Nistagmo de Posicionamento/ Posição A pesquisa é feita sempre de olhos abertos; Sem colocação de eletrodos; Observar maneira adequada do procedimento. (melhor visualização com as lentes de Frenzel ou vídeo Frenzel) Diagnóstico diferencial Cupulolitíase- Otocônias aderidas à cúpula do canal semicircular Canalolitíase- Otocônias na endolinfa Ductolitíase Cupulolitíase 93,5% 6,5% ((DoriguetoDorigueto RS, RS, GazzolaGazzola JM, JM, KornKorn GP, GP, GananGananççaa FF, FF, CypresteCypreste KR, 2004)KR, 2004) VPPB CUPULOLTÍASE INÍCIO IMEDIATO DA VERTIGEM NA POSIÇÃO NISTAGMO PERSISTÊNCIA DE NISTAGMO E VERTIGEM ENQUANTO NA POSIÇÃO CANALOLITÍASE LATÊNCIA PARA O APARECIMENTO DA VERTIGEM NISTAGMO PAROXISMO DO NISTAGMO E DA VERTIGEM LOCALIZAÇÃO NISTAGMO ROTATÓRIO PARA CIMA: CSC posterior (muda o sentido quando o paciente senta- aproximadamente 95%) NISTAGMO ROTATÓRIO PARA BAIXO: CSC anterior NISTAGMO HORIZONTAL: CSC lateral Rita Mor CEFAC- SP Canal Lateral - topodiagnóstico Ductolitíase Cupulolitíase Gentileza Dr. Ricardo Dorigueto Como apresentar o relatório das provas realizadas O relatório deverá conter a descrição dos principais achados durante a pesquisa. Exemplo: presença de nistagmo à manobra de Dix- Hallpike com rotaçãocefálica direita com as seguintes características: rotatório com componente vertical superior, latência para seu aparecimento e paroxismo. Ao sentar observa-se nistagmo rotatório com componente vertical inferior. VESTIBULOMETRIA Estuda o sistema vestibular por meio de sua interação funcional com o sistema ocular. Avaliação clínica dos movimentos oculares é extremamente importante não existem métodos para avaliação direta do sistema vestibular. Eletrodos Colocação: Boa limpeza da pele- álcool/ éter/pasta eletrolítica; � Pasta eletrolítica suficiente; �Distância apropriada do canto do olho e na testa; �Eletrodo recoberto por fita adesiva. A QUALIDADE DO REGISTRO ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADA À QUALIDADE DO ELETRODO E ASUA BOA COLOCAÇÃO. Esquema de colocação de eletrodos para vetoeletronistagmografia REGISTRO DOS MOVIMENTOS OCULARES Pessoas com prótese ocular ou estrabismo em um olho: colocação de eletrodos apenas no olho bom (eletro ou vetoeletronistagmografia). VESTIBULOMETRIA Estudo do sistema vestibular por meio dos movimentos oculares O elemento fundamental da avaliação é o NISTAGMO VESTIBULAR Definição: movimento compensatório dos olhos constituído por uma sucessão de batimentos oculares dotados de componente lenta e rápida . OUTROS MOVIMENTOS OCULARES �NISTAGMO OCULAR CONGÊNITO DESAPARECE COM OLHOS FECHADOS (Valorizam-se as provas de estimulação vestibular com olhos fechados.) PENDULAR PSEUDO VESTIBULAR Principais provas realizadas com registro Provas de motricidade ocular � Sácadas: movimentos oculares rápidos; � Rastreio pendular: movimentos oculares lentos; �Optocinético: reflexo desencadeado por estímulos visuais móveis. Atenção aos problemas oculares e de visão. Provas sem estimulação vestibular: � Pesquisa de nistagmo espontâneo; � Pesquisa de nistagmo direcional (semi-espontâneo). Provas com estimulação vestibular: � Provas rotatórias; � Prova calórica. Movimentos oculares sacádicos com alvo fixo Calibração Objetivo: �Estabelecer padrões de medida (da VACL) e comparação das provas entre si e com as de outros pacientes; Avaliação: � Qualitativa; � Quantitativa. Barra de Led- equipamentos digitais Calibração dos movimentos oculares (movimentos sacádicos fixos) •Olhar para DIREITA - A inscrição sobe. • Olhar para ESQUERDA - A inscrição desce. Adequar 10º de desvio do olhar a 10mm. de inscrição. Nos equipamentos analógicos a adequação é feita manualmente. MOVIMENTOS SACÁDICOS (equipamentos digitais) Novos parâmetros na análise quantitativa: � Latência � Velocidade � Acurácia Eficiência do SNC: movimento rápido dos olhos Calibração dos movimentos oculares- Avaliação qualitativa REGULAR IRREGULAR (perde total- mente a característica do movimento ocular). Calibração em equipamento digital (regular ou irregular?) � Nistagmo NISTAGMO VESTIBULAR DEFINIÇÃO: Movimentos oculares alternados de COMPONENTE RÁPIDA (CR) e LENTA (CL). C.R.= MAIS CURTA C.L.= MAIS LONGA Nistagmo vestibular- Direção Quando a inscrição da componente rápida sobe, o nistagmo é para a direita; Quando a inscrição da componente rápida desce, o nistagmo é para e esquerda. Direita Esquerda CR CR Dê a direção dos nistagmos no 1° canal de registro Dê a direção dos nistagmos no 1° canal de registro Dê a direção dos nistagmos no 1° canal de registro Dê a direção dos nistagmos no 1° canal de registro Dê a direção dos nistagmos no 1° canal de registro 1 cm. 1 cm Nistagmo para direita Nistagmo para esquerda 5º/s 7°/s Medida do nistagmo (Velocidade angular da componente lenta- VACL) c.r. c.l. c.l . c.r. 1- CR e CL definem o nistagmo; 2- batimentos rítmicos (sequência); 3- VACL tem valor aproximado; 4- O registro por meio da veto sempre tem representação em no mínimo 2 canais de registro; 5- na dúvida, melhor não considerar. Movimentos palpebrais; Piscadas Dicas para identificar nistagmo: Provas sem estimulação vestibular � Nistagmo espontâneo � Nistagmo direcional NISTAGMO ESPONTÂNEO (NE) Nistagmo espontâneo OBJETIVO: Verificar presença ou ausência de nistagmo no olhar frontal com os olhos abertos e fechados. Nistagmo espontâneo OLHOS FECHADOS: Qualquer indivíduo pode apresentar NE. Normal quando presente menor que 6º/s (equipamentos que usam eletrodos para registro- Kamram Barin, 2014). Acima desse valor alteração vestibular. Nistagmo espontâneo OLHOS ABERTOS: O efeito inibidor da fixação ocular (EIFO) não permite a presença de nistagmo. Considerar possível alteração central Identifique a presença de NE Identifique a presença de NE NISTAGMO DIRECIONAL (NISTAGMO SEMI-ESPONTÂNEO) NISTAGMO DIRECIONAL Objetivo: Verificar a presença de nistagmo em quatro direções do olhar; Olhar fixo em um ponto à direita, esquerda, para cima e para baixo. Nistagmo direcional Pesquisado com olhos abertos; Desvio do olhar 30º; Evitar olhar extremo. Para confirmação é conveniente olhar para os olhos do paciente Nistagmo direcional Avaliação NORMAL= Ausente CENTRAL= PRESENTE EM MAIS DE UMA DIREÇÃO DO OLHAR ( BI OU MULTI DIRECIONAL) Quando aparece em uma direção pode ser periférico Exercício Caso Z. G. Santos Silva RASTREIO PENDULAR (MOTRICIDADE OCULAR) Rastreio pendular DEFINIÇÃO: Movimento sinusoidal dos olhos ao acompanhar um alvo que se move à sua frente. Rastreio Pendular Movimento lento dos olhos Rastreio pendular Avaliação qualitativa Tipo I: Normal Tipo II: Normal ou enfermidades labirínticas Avaliação qualitativa Tipo III: Periférico ou Central Tipo IV: Central Tipos III: Nistagmo congênito, idade avançada, hipertensão, alterações centrais do tronco encefálico e/ou cerebelo. Tipo IV: disfunções do SNC do tipo enfermidades degenerativas do cerebelo, tumores do ângulo pontocerebelar... Classifique os registros abaixo NISTAGMO OPTOCINÉTICO (NO) motricidade ocular Nistagmo optocinético DEFINIÇÃO: Resposta oculomotora (nistagmo) produzido por um estímulo visual repetitivo padronizado. Nistagmo optocinético É um fenômeno ocular; A componente lenta do nistagmo ocorre na direção do movimento do alvo; Parâmetro de avaliação: VACL. (Simetria entre as respostas) Nistagmo optocinético AVALIAÇÃO Fórmula de JONGKEES > VALOR- < VALOR x 100 > VALOR+ <VALOR NORMAL ATÉ 17% PROVAS DE ESTIMULAÇÃO VESTIBULAR PROVAS ROTATÓRIAS PROVAS ROTATÓRIAS PROVA ROTATÓRIA PENDULAR DECRESCENTE (PRPD): Rotação com movimento periódico e de amplitude decrescente; Simula movimentos cefálicos com frequência entre 0,1 a 5 Hz registro feito durante a prova PROVAS ROTATÓRIAS � Estimulam ambas orelhas ao mesmo tempo; As mais empregadas: � Prova rotatória pendular decrescente para canais semicirculares laterais; � Prova rotatória pendular decrescente para canais semicirculares verticais (posterior e anterior). PRPD para CSC laterais- a mais utilizada clinicamente Objetivos: • 1- Verificar presença de resposta nas lesões vestibulares periféricas deficitárias bilaterais (função); • 2- Verificar e acompanhar o processo de compensação central. PROVA ROTATÓRIA PENDULAR DECRESCENTE (PRPD) CUIDADOS IMPORTANTES: Posição adequada da cabeça; Pesquisa de NE antes da prova para cada posição de cabeça adotada; Desinibição cortical. PROVA ROTATÓRIA PENDULAR DECRESCENTE (PRPD) CSC Laterais: Cabeça fletida 30º; 1- Presença de função: Nistagmos alternados para a direita e para a esquerda conforme a rotação da cadeira. PRPD PARA CSC LATERAIS Principal parâmetro de avaliação: frequência nistágmica; Fórmula de JONGKEES. NORMAL- quando a diferença não ultrapassa 30% PRPD Uma PRPD assimétrica p/ CSC laterais indica: Presença de nistagmo espontâneo com olhos fechados; Descompensação do sistema vestibular. 2- Avaliar o processo de compensação Compensação DEFINIÇÃO Processo de adaptação em que há substituição das informações geradas no labirinto lesado por informações multisensoriais. Fases do processo de compensação DESCOMPENSAÇÃO: Diminuição parcialou total das respostas de um labirinto (aparecimento de nistagmo) Acomodação Integridade do cerebelo na diminuição da atividade elétrica dos núcleos vestibulares que continuam recebendo informações. Compensação O lado não comprometido passa a enviar informações também para os núcleos vestibulares contralaterais, via formação reticular. PROVA CALÓRICA- (nistagmo pós calórico) Rita Mor- Cefac SP PROVA CALÓRICA É a mais importantes porque avalia cada canal semicircular lateral separadamente; Variações térmicas provocam mudanças na densidade da endolinfa. CALOR: Corrente ampulípeta. FRIO: Corrente ampulífuga. As estimulações calóricas simulam movimentos cefálicos semelhantes a uma velocidade aproximada de 0,002 a 0,004 Hz. Rita Mor- Cefac SP Prova calórica (nistagmo pós- calórico) � Vários tipos de estímulo calórico; � Os mais utilizados na rotina clínica- água ou ar; � Água= como descrito por Fiztgerald e Hallpike (1942); � Ar= modificação da prova a água introduzida no Brasil por Mangabeira e Albernaz (1972); � Ambas orelhas são estimuladas com temperatura quente e fria; Rita Mor- Cefac SP Prova calórica Temperaturas preconizadas para a água: 44° e 30° Temperaturas preconizadas para o ar: 42° e 18° - ainda muito utilizada nos diversos serviços- há diversas publicações com valores estabelecidos de normalidade. 50° e 24° - editorial divulgado pela ABORL- ccf 2012 Cuidados Posicionar o paciente de modo que o canal lateral fique verticalizado com a ampola para cima (pos. I de Brunnings); Pesquisar NE após a mudança de decúbito; Tracionar o pavilhão para trás em caso de colabamento; Prova calórica Sequência e tempo de espera entre as provas. Prova calórica (nistagmo pós- calórico) Avaliação quantitativa � VACL obtida no ponto de culminância da resposta vestibular nas 4 provas (quente e fria); � Valores normais- dentro dos limites de uma faixa pré- definida; Ponto de culminância VACL Medida no ponto de culminância da resposta vestibular: (com água acontece 20 s. após o fim do estímulo). Avaliação quantitativa da Prova Calórica a água Valor de referência inferior -3°/s; Valor de referência superior - 51°/s; Comparação das respostas entre as orelhas para verificar preponderância labiríntica (PL=> 20%) ou preponderância direcional do nistagmo (PDN=> 30%). Kamram Barin 2014 HIPORREFLEXIA (valor absoluto para prova realizada com estimulação a água) 44ºC 30ºC OD OE 7º/s 1º/s 2º/s 9ºs PL (valor relativo- água) 44ºC 30ºC OD OE 12º/s F.J. (12+25)- (6+8) x100 = 45%(PL) 12+25+6+8 6º/s 8º/s 12º/s 25º/s PD (valor relativo- água) 44ºC 30ºC OD OE 10º/s 18º/s F.J. (28+32)- (10+18) x 100 = 36% (PD) 28+32+10+18 28º/s 32º/s Avaliação quantitativa da Prova Calórica para 42° e 20 ° Valor de referência inferior -3°/s; Valor de referência superior - 45 °/s – (registro em equipamento Contronic/ ar); Comparação das respostas entre as orelhas para verificar preponderância labiríntica (PL) ou preponderância direcional do nistagmo (PDN); Referência Cefac- 2008 Avaliação quantitativa da Prova Calórica para 42° e 20 ° Valores relativos - fórmula de Jongkees: � Preponderância labiríntica (PL)- resposta vestibular de uma orelha maior que a da outra (valor de referência Cefac - acima de 25%); � Preponderância direcional do nistagmo (PDN)- valor de medida de uma direção do nistagmo maior que a da outra (valor de referência Cefac - acima de 30%). Referência Cefac- 2008 Prova a ar 50° e 24 ° Tempo de estimulação: 1 minuto; Vazão do ar: 8L/minuto PADRÕES DE REFERÊNCIA PL normal até 19%; PD normal até 17% Hiporreflexia unilateral: soma dos valores das estimulações quente e fria de uma orelha menor que 5°/s Continuação- valores de referência em normais- 50 ° e 24 ° Hiporreflexia bilateral: soma dos valores nas 4 estimulações menor que 12°/s; Hiper- reflexia unilateral: soma dos valores das provas fria e quente da orelha direita ou esquerda maior que 62°/s; Hiper- reflexia bilateral: soma dos valores nas 4 provas maior que 122°/s. Albertino et al, 2012 Interpretação da PDN ou da hiperreflexia Como achado isolado não localiza a lesão; Stahle,1958; Coats, 1966; Baloh, Sills e Honrubia, 1977 encontraram em lesões periféricas (labirinto ou nervo vestibular) e em SNC; Halmagyi et al, 2000- encontraram lesões do SNC em 5% dos pacientes; Jacobsen e Shepard, 2008 Exame vestibular Diferentes provas cada uma com padrões pré estabelecidos de normalidade; Cada prova deve ser analisada ao ser concluída; Se o resultado de cada uma delas está fora dos limites da normalidade porém, sem sinais centrais, a alteração será considerada periférica. Mor et al, 2001 Exame Vestibular- Conclusão Cabe ao fonoaudiólogo realizar e concluir o exame quanto à localização (periférica x central, orelha direita x orelha esquerda) e quanto ao tipo (deficitária ou apenas alteração vestibular). Mor et al, 2001 Pode descrever os achados ao exame e seu valor localizador; não pode sugerir diagnóstico sindrômico ou etiológico. Caovilla et al, 1999 Como concluir o Exame Vestibular 1- Exame Vestibular dentro dos limites de referência (Citar referência) � Ausência de nistagmo de posicionamento; ausência de alterações às provas óculo- motoras; NE, se presente (com olhos fechados), dentro dos limites da normalidade; ausência de NSE e normorreflexia e simetria às provas vestibulares- rotatórias e calóricas. Ausente Provas de motricidade ocular; NE; NSE e N. de posicionamento Provas de estimulação vestibular e conclusão Conclusão: Exame vestibular dentro dos limites de referência Exemplo de Prova Calórica simétrica Conclusão: Exame vestibular dentro dos limites de referência 2. Ausência de Nistagmo de Posicionamento � Disfunção vestibular periférica deficitária unilateral ou bilateral; (citar referência) � Disfunção vestibular (hiperreflexia ou PDN). (citar referência) Exemplo de Preponderância Labiríntica- PL Localiza a lesão Conclusão: Disfunção vestibular periférica deficitária esquerda Exemplo de hipofunção vestibular bilateral Localiza a lesão Conclusão: Disfunção vestibular periférica deficitária bilateral Exemplo de Preponderância Direcional Nistágmica-PDN Não tem valor de localização Conclusão: Disfunção vestibular Conclusão: Disfunção Vestibular Hiperreflexia do nistagmo pós- calórico HIPERREFLEXIA (valor absoluto para prova realizada com estimulação a água) 44ºC 30ºC OD OE 35º/s 36º/s Conclusão: Disfunção Vestibular 6565ºº/s/s30º/s 3- Presença de nistagmo de posicionamento O relatório deverá conter a descrição dos principais achados durante a pesquisa. 3- Presença de Nistagmo de Posicionamento � Presença de nistagmo de posicionamento. � 1- Presença de nistagmo de posicionamento. 2- Disfunção vestibular periférica deficitária unilateral ou bilateral. � 1- Presença de nistagmo de posicionamento. � 2- Disfunção vestibular. Nistagmo espontâneo latente Nistagmo espontâneo latente Pode aparecer com a estimulação; Pode inverter a(s) resposta(s) nas provas calóricas; Posicionar o p. com a ampola do CSC lateral voltada para baixo - posição IV de Brunnings. NISTAGMO ESPONTÂNEO LATENTE POSIÇÃO IV DE BRUNNINGS: • Se não houve inversão N.E. latente. • Se houve inversão sinal central.
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