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anatomia - corpo animal 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS 
INSTITUTO DE BIOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA 
CURSO DE ZOOTECNIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DOS ANIMAIS DE 
PRODUÇÃO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professoras: 
Dra Ana Luisa Valente (Regente) 
Dra Ana Cristina Pacheco de Araújo 
 
Colaborador: 
Professor Dr. Althen Teixeira Filho 
 
 
 
 
 
 
 
 
PELOTAS, 2010 
 2
SUMÁRIO 
 
1. Considerações gerais .............................................................................. 03 
 
2. Osteologia geral ........................................................................................ 08 
 
3. Artrologia geral ........................................................................................ 12 
 
4. Miologia geral ........................................................................................... 14 
 
5 Esqueleto axial........................................................................................... 18 
 
6 Esqueleto apendicular............................................................................... 32 
 
7 Anatomia comparada do sistema tegumentar........................................ 45 
 
8. Estruturas músculo-esqueléticas das aves ............................................. 55 
 
Bibliografia ................................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
 A anatomia é um ramo do conhecimento que estuda a forma, a disposição e a estrutura 
dos componentes dos seres vivos. O termo, de origem grega, significa “cortar fora”, por isso, a 
dissecação do cadáver é o meio tradicional de estudá-la, além de primordial. 
Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas que podem ser dissecadas e estudadas a olho 
nu. 
Divisão da anatomia: anatomia especial e anatomia comparada. 
A anatomia especial: é aquela que compreende o estudo de uma única espécie. 
A anatomia comparada: compara uns indivíduos com outros de espécies diferentes e descobre 
as analogias e diferenças de organização existente entre eles. 
 
A anatomia apresenta as seguintes subdivisões: 
 
 
 Osteologia 
 Sindesmologia 
 Miologia 
 Sistemática Neurologia 
 Angiologia 
 Descritiva Esplacnologia 
 Normal Estesiologia 
 
ANATOMIA 
Topográfica 
ou Médico Cirúrgica 
 Regional 
Artística ou 
escultural 
 
 Microscópica 
 
ou 
Histológica 
 
 Patológica 
 Teratológica 
 Desenvolvimento 
 Filogenética 
 
 
 A Anatomia Normal estuda os indivíduos que gozavam de bom estado de saúde, antes 
do abate ou sacrifício e está dividida em Descritiva e Microscópica ou Histológica. 
 
Anatomia Descritiva: é a que estuda sucessivamente, os diferentes órgãos. Descrever um 
órgão é informar o seu nome, sua situação, sua forma, peso, volume, cor, consistência, relações e 
a disposição relativa de suas diferentes partes, quando subdividido. 
 Anatomia Microscópica ou Histológica (geral): estuda as estruturas e seus detalhes 
invisíveis a olho nu com o uso da microscopia óptica e eletrônica. 
 
Anatomia Descritiva: está dividida em sistemática e topográfica ou regional. 
 4
 Anatomia Sistemática: estuda grupos de órgãos que estejam tão estreitamente 
relacionados em suas atividades que constituem os sistemas corpóreos com função comum. Ex. 
sistema muscular, nervoso e circulatório. 
 
O estudo da anatomia sistemática está subdividido nas seguintes partes: 
1) Osteologia: estuda os ossos que compõe o esqueleto. 
2) Sindesmologia: estuda as articulações que são os meios de uniões entre osso. 
3) Miologia: estuda os músculos que são elementos ativos do movimento. 
4) Neurologia: é o estudo do sistema nervoso. Este sistema está subdividido em central e 
periférico. 
5) Angiologia: estuda o coração e vasos (artérias, veias e linfáticos) por onde circula o 
sangue e a linfa encarregados de nutrir e drenar todos os tecidos do corpo. 
6) Esplacnologia ou organologia: estuda as vísceras que compõe os sistemas localizados no 
interior do corpo do animal. Ex.: sistemas respiratório, digestório, urinário, etc. 
7) Estesiologia: estuda os órgãos que se destinam a captação das sensações, como o olho, 
orelha, papilas gustativas, etc. 
 
A pele e seus anexos são estudados no sistema tegumentar. 
 
As glândulas de secreção interna são estudadas no sistema endócrino ou juntamente com 
os sistemas que estão relacionados funcionalmente. Ex. a hipófise no sistema nervoso, o 
testículo no sistema genital masculino, etc. 
 
 Anatomia Topográfica ou Regional: é a que está diretamente envolvida com a forma e 
as relações de todos os órgãos presentes numa região especifica ou parte do corpo dos seres 
vivos. Os conhecimentos da anatomia topográfica são empregados na clínica e cirurgia (médico 
cirúrgica) e nas belas artes (artística ou escultural). 
 
 Anatomia Patológica: estuda as alterações do estado normal dos órgãos quando o animal 
adoece ou seus componentes funcionam mal. 
 
 Anatomia Teratológica: é o que estuda o desenvolvimento anormal, vícios de 
conformação compatíveis ou não com a vida. Ex: animal com duas cabeças. 
 
 Anatomia do Desenvolvimento: estuda as fases pelas quais os organismos passam desde 
a concepção, o nascimento, a juventude, a maturidade até a idade avançada. A embriologia 
estuda o desenvolvimento do indivíduo desde a fecundação do oócito até o nascimento. 
 
 Anatomia Filogenética: é o estudo das transformações da espécie no tempo. Por 
exemplo, o ancestral do cavalo possuía cinco dedos e o atual, apenas um. 
 
 
NOMENCLATURA ANATÔMICA 
 
 Como toda a ciência, a anatomia tem sua linguagem própria. O conjunto de termos 
empregados para designação e descrição de um organismo ou suas partes denomina-se 
nomenclatura anatômica. Foi realizado em Paris, em 1955, um Congresso de Anatomia visando 
uma uniformização internacional da nomenclatura anatômica. Foi escrito em latim com a 
permissão de cada nação traduzi-la para sua língua. 
 5
 Em 1968 foi publicado em Viena, pela Comissão Internacional de Nomenclatura 
Veterinária, sob responsabilidade da Associação Mundial de Anatomistas Veterinários, a 
Nomina Anatômica Veterinária (NAV); essa nomina é periodicamente revista, sendo a quarta em 
1994, e tentaremos usá-la de forma permanente neste trabalho. E escrita em latim e pode ser 
traduzida para a língua do profissional que a emprega, por exemplo, o latim hepar torna-se 
fígado em português, higado em espanhol, liver em inglês, foie em Frances e leber em alemão. 
 
POSIÇÃO ANATÔMICA 
 
 Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a 
posição pode variar, convencionou-se uma posição padrão (posição anatômica). Para os animais 
quadrúpedes, a posição anatômica é aquela em que o animal está com os quatro membros em 
estação (de pé) e alerta. Esta posição é diferente da posição anatômica humana. Quando 
descrevemos um órgão, não interessando se o cadáver está sobre uma mesa, por exemplo, 
sempre temos em mente a posição anatômica. 
 
 
EIXOS DOS CORPOS DOS QUADRÚPEDES: 
 
 São linhas imaginárias traçadas no animal considerando sua inclusão no paralelepípedo. 
Os principais são: 
a) Eixo longitudinal – crânio-caudal – unindo o centro do plano cranial ao centro do 
plano caudal. 
b) Eixo vertical – dorso ventral – unindo o centro do plano dorsal ao centro do plano 
ventral. 
c) Eixo transversal – latero-lateral – unindo o centro do plano lateral direito com o 
centro do plano lateral esquerdo. 
 
PLANOS PARA O CORPO DOS ANIMAIS QUADRUPEDES: 
 
 Plano é uma superfície, realou imaginária, ao longo da qual dois pontos quaisquer podem 
ser unidos por uma linha reta. Na posição anatômica, o corpo pode ser delimitado por planos 
tangentes à sua superfície, formando uma figura geométrica, um paralelepípedo. Assim, têm-se 
os seguintes planos: 
1) Plano Mediano: é o plano que divide o corpo em duas “metades”, direita e esquerda. 
2) Planos Sagitais ou Paramedianos: são todas as secções do corpo feitas por planos 
paralelos ao mediano (corte sagital). 
3) Plano Transversal: é o plano de secção perpendicular ao plano mediano no sentido 
dorso-ventral. 
4) Plano Frontal ou Horizontal: é o plano de secção que divide o animal em dorsal e 
ventral, sendo que nos membros fala-se proximal e distal. 
 
 Termos anatômicos gerais que indicam a posição (local) e direção das partes do 
corpo dos animais: 
 
 Cranial e Caudal – expressões usadas para indicar na direção ou maior 
aproximação da cabeça ou da cauda. 
 Dorsal e Ventral - na direção ou relativamente próximo ao dorso ou ao ventre 
(abdome) do animal respectivamente. O termo ventral nunca deve ser usado para 
membros. 
 6
 Lateral e Medial- estrutura distante ou afastada do plano mediano ena direção ou 
relativamente próximo ao plano médio respectivamente. 
 Rostral – na direção ou relativamente próximo ao focinho (rostro-nariz) do 
animal, usado somente para cabeça. 
 Proximal e Distal- proximal relativamente próximo a raiz ou origem principal e 
distal afastado da raiz, utilizado para membros e cauda. 
 Interno e Externo; superficial e profundo – tem o significado usual dos termos. 
 Nos membros usamos para a mão – Dorsal e Palmar – e para o pé – Dorsal e 
Plantar – para designar características localizadas em cima ou abaixo dos 
membros. 
 
CONSTITUIÇÃO GERAL 
 O corpo dos vertebrados tem como unidade anatomofuncional a célula. Um conjunto de 
células da mesma natureza forma um tecido. A união de tecidos diferentes forma um órgão. 
Diversos órgãos reunidos podem formar um sistema ou aparelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7
DIVISÃO DO CORPO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS 
 
 O corpo divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. O esquema seguinte apresenta 
as principais partes do corpo: 
 
 
 
 
 Cabeça 
 Pescoço 
 Tórax 
 Tronco Abdome 
 Pelvis 
 Cintura Escapular 
 Braço 
Divisão do Corpo Torácicos Antebraço 
 Mão (palma e dorso) 
 Membros 
 
 Pélvicos ou Cintura Pélvica 
 Pelvianos Coxa 
 Perna 
 Pé (planta e dorso) 
 
 
 
 
 
 
 8
2. OSTEOLOGIA GERAL 
 
 Em sentido restrito e etimologicamente, é o estudo dos ossos. Em sentido mais amplo, 
inclui o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com os ossos, com eles 
formando um todo, o esqueleto. 
 Podemos definir o esqueleto como o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam 
para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar várias funções. Por sua vez, os 
ossos são definidos como peças rijas, de número, coloração e forma variáveis e que, em 
conjunto, constituem o esqueleto. 
 
Funções do Esqueleto: O esqueleto desempenha várias funções vitais ao organismo do animal, 
como proteção para órgãos moles: coração, pulmões, sistema nervoso central...; sustentação e 
conformação do corpo; é um sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos, permitem 
o deslocamento do corpo, no todo ou em parte; local de armazenamento de íons cálcio e fósforo 
(durante a gravidez, a calcificação é feita, em grande parte pela reabsorção destes elementos 
armazenados no organismo materno) e, finalmente, local de produção de certas células do 
sangue. 
 
Composição Química dos Ossos: os ossos são constituídos de matéria orgânica e inorgânica na 
proporção de 1:2 aproximadamente. A matéria orgânica proporciona ao tecido ósseo solidez e 
elasticidade e a inorgânica, a dureza natural. 
GELATINA.....................................................33,30% 
FOSFATO DE CÁLCIO.................................57,35% 
CARBONATO DE CÁLCIO.............................3,85% 
FOSFATO DE MAGNÉSIO.............................2,05% 
CARBONATO E CLORETO DE SÓDIO.........3,45% 
 
 
Estrutura dos Ossos: os ossos constam principalmente de tecido ósseo, mas considerados como 
órgãos, apresentam ainda periósteo, medula óssea, vasos e nervos. 
 O tecido ósseo está formado por substância compacta densa, dentro da qual se acha 
disposta a substância esponjosa, menos densa, formando um emaranhado, que lembra até centro 
ponto, uma esponja marinha e está localizada nas extremidades dos ossos. 
 O periósteo - é uma membrana fibrosa que reveste a superfície externa dos ossos, com 
exceção dos pontos onde há atrito (articulações) bem como nos locais de inserção de ligamentos 
e músculos. Mantém a capacidade osteogênica em adultos, sendo reativada no processo de 
reparação de fraturas. 
 O endósteo - é uma fina membrana fibrosa que envolve internamente o canal medular 
dos ossos longos. 
 A medula óssea – ocupa os interstícios dos ossos esponjosos e a cavidade medular dos 
ossos longos. Existem duas variedades de medula nos adultos: a vermelha e amarela. Nos 
animais jovens só existem a medula vermelha, mas após, ela é substituída na cavidade medular 
pela medula amarela. A medula vermelha contém vários tipos de células características e é uma 
substância formada de sangue, enquanto a amarela está constituída quase que totalmente de 
tecido adiposo. 
 Vasos e nervos - os ossos de uma maneira geral são ricamente vascularizados e 
inervados. Os ossos, devido à função hematopoiética, ou pelo fato de se apresentarem com 
desenvolvimento lento e continuo, são altamente vascularizados. A artéria nutrícia penetra no 
forame nutrício para o interior do osso, distribuindo-se em sentido proximal e distal. As artérias 
 9
do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. Por esta razão, 
desprovido de seu periósteo, o osso deixa de ser nutrido e morre. 
 
 
 
MORFOLOGIA DOS OSSOS 
 
 É uma classificação baseada na forma, tomando-se em consideração a predominância de 
uma das dimensões (comprimento, largura e espessura) sobre as outras duas. Assim, 
classificam-se em: 
 Ossos longos: neste caso o comprimento apresenta-se consideravelmente maior que a 
largura e a espessura e, apresentam sempre canal medular. Exemplos típicos são os ossos 
do fêmur, tíbia, úmero, rádio, ulna, etc. Os ossos longos apresentam duas extremidades 
(epífises), uma proximal e outra distal, bem como uma porção intermediária, o corpo 
(diáfise). 
 Ossos alongados: os ossos em que o comprimento é maior que a largura e espessura e 
não apresentarem canal medular. Exemplo: costelas. 
 Ossos planos: expandem-se em duas direções. São os que apresentam comprimento e 
largura equivalente. Ossos do crânio, como parietal, frontal, nasal e outros como 
escápula e o osso do quadril, são exemplos demonstrativos. 
 Ossos curtos: são aqueles que apresentam equivalência das três dimensões. Ex. ossos do 
carpo e tarso. 
 Ossos irregulares: apresentam uma morfologia complexa, não apresentam foram 
geométrica definida. Ex. as vértebras, esfenóide, temporais, etmóide, etc. 
 Ossos pneumáticos: apresentam uma ou duas cavidades, de volume variável, revestidos 
de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seios. Os ossos 
pneumáticos situam-se no crânio. Ex. frontal, maxilar e esfenóide. 
 10
 Ossos sesamóides: são encontrados dentro dos tendões, onde promovem uma mudança 
de direção sobre proeminências que exerceriam pressão e fricção excessivas sobre os 
tendões. 
 Ossos esplâncnicos: desenvolvem-se em órgãos moles, não se articulando com os 
demais ossos. Ex. ossos do pênis do cão e gato e osso cardíaco do coração dos 
ruminantes. 
 
Estrutura do osso planoPeriósteo Substânciacompacta
Substância
esponjosa
Substância
compacta
Periósteo
Estrutura do osso plano craniano - diploë
Periósteo
Substância
compacta Substância esponjosa
Substância compacta
muito densa
Dura-máter
meninge
Estrutura do osso plano
Periósteo Substânciacompacta
Substância
esponjosa
Substância
compacta
Periósteo
Estrutura do osso plano craniano - diploë
Periósteo
Substância
compacta Substância esponjosa
Substância compacta
muito densa
Dura-máter
meninge
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estrutura do osso longo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Periósteo-lâmina fibrosa 
Cartilagem 
hialina 
Endósteo 
Metáfise ou 
Disco epifisário 
Substância 
esponjosa Periósteo 
Substância 
compacta Endósteo 
Cavidade medular com medula óssea 
 11
DIVISÃO DO ESQUELETO 
 
 O esqueleto resulta da armação dos ossos entre si, dividindo-se em: 
 Esqueleto Axial: é o eixo principal do corpo, formado pela cabeça, coluna vertebral, 
costelas e esterno. 
 Esqueleto Apendicular: está formado pelos membros torácicos e pélvicos. 
 Esqueleto Visceral: constam de ossos, desenvolvidos no parênquima de alguma 
víscera ou órgão, não se articulando com nenhum outro osso. Ex. o osso do coração 
bovino, do pênis do canino. 
 O número de ossos em um esqueleto animal varia: 
 - segundo a idade deste animal devido à fusão que ocorre das partes ósseas desde a 
origem até o nascimento e daí até a idade adulta. Os elementos ósseos que se originam separados 
no feto vão se unindo à medida que o animal se desenvolve até a idade adulta. 
 - varia dentro de uma mesma espécie, principalmente no número de vértebras caudais. 
 - varia dentro do esqueleto de um mesmo animal entre os dois antímeros. 
Ex: tarso do eqüino pode apresentar 6-7 ossos, e o carpo de 7-8 ossos. 
 
ACIDENTES ÓSSEOS 
 As principais partes descritivas de um osso são as faces, bordas e ângulos. Definidas 
estas três expressões, podemos notar que a superfície externa dos ossos apresenta uma grande 
variedade de eminências, depressões e perfurações. 
 Tanto as saliências como as depressões podem ser articulares ou não articulares. 
 
Saliências articulares 
Cabeça: segmento de esfera. Ex. do fêmur, da costela, do úmero, etc. 
Côndilo: segmento de cilindro. Ex. da mandíbula, do occipital, do temporal... 
Tróclea: segmento de polia. Ex. do fêmur, do talus, etc. 
 
Saliências não articulares 
Processo ou apófise: é um termo para designar eminência. Ex. processo odontóide do axis, 
processo espinhoso das vértebras. 
Tuberosidade ou protuberância: saliências mais ou menos obtusas. Ex. tuberosidade coxal e 
isquiática. 
Cristas: saliências estreitas e alongadas. Ex. parietal, facial, etc. 
Tubérculo: menos acentuado que a protuberância. Ex. do úmero. 
Trocanter: menos acentuada que uma tuberosidade mas mais que um tubérculo. Ex. fêmur, 
trocanter maior, menor e terceiro trocanter.. 
Espinhas: saliências mais ou menos pontudas. Ex. tibial, nasal, etc. 
Linhas: espécie de cristas, pouco elevadas e pouco salientes. Ex. da tíbia. 
 
Depressões articulares 
Cavidade Cotilóide: forma esferóide, oca e profunda. Ex. das vértebras cervicais. 
Cavidade Glenóide: forma ovóide, oca, rasa. Ex. da escápula. 
 
Depressões não articulares 
Hiato: abertura de contorno irregular. Ex: hiato rasgado na base do crânio. 
Forame e Orifícios: abertura de contorno regular. Ex. forame magno do occipital. 
Fossa: escavações extensas, largamente abertas. Ex. na escápula. 
 12
 
 
 
3. ARTROLOGIA GERAL 
 
 As articulações ocorrem entre ossos, entre cartilagens ou entre ossos e cartilagens. 
Classificam-se em: articulação fibrosa (sinartrose), Articulação cartilaginosa (anfiartrose) e 
Articulação sinovial (diartrose). 
 
Articulação Fibrosa: o elemento de união é o tecido fibroso, são junturas fixas ou 
imóveis, não apresentam cavidade articular e são temporárias. Podem ser: 
- SUTURA: entre os ossos da face, sendo serrátil, plana ou escamosa. 
- SINDESMOSE: entre os metacarpos, metatarsos e rádio e ulna. 
- GONFOSE: entre os dentes e os alvéolos dentários. 
 
 
 
 
 
Exemplos no eqüino: a cabeça do fêmur articula-
se no acetábulo (depressão articular – cotilóide) 
 13
Articulação Cartilaginosa: meio de união tecido cartilaginoso, tendo muito pouca 
mobilidade. Pode ser: 
- SINCONDROSE: meio de união é cartilagem hialina. Ex: esterno. 
- SÍNFISE: meio de união é uma fibrocartilagem. Ex: sínfise pélvica ou entre os corpos 
das vértebras. 
 
 
 
Articulação Sinovial: são as junturas móveis ou verdadeiras. Apresentando elementos 
constantes: superfície, cartilagem, cavidade e cápsula articulares; e elementos inconstantes: 
ligamentos (podendo ser intra ou extra capsulares), discos e cartilagem marginal. As junturas 
sinoviais podem ser classificadas conforme o movimento que realizam: 
- GINGLIMO: articulação uniaxial, realizando movimentos de flexão e extensão. Ex: 
articulação do cotovelo. B 
- TROCÓIDE: também é uma articulação uniaxial, deslizamento de um pino sobre uma 
superfície. Ex: articulação entre o áxis e atlas. C 
- ESFERÓIDE: articulação multiaxial realiza todos os movimentos em todas as 
direções. Ex: articulação entre cabeça do fêmur e o acetábulo. G 
- PLANA: realizam pequenos movimentos de deslizamento. Ex: entre os ossos do 
carpo ou tarso. 
 
 
 
 
 
 14
4. MIOLOGIA GERAL 
 
 É a parte da anatomia que estuda os músculos, e estes por sua vez são órgãos capazes de 
contração devido a um estimulo do sistema nervoso central. Os músculos são elementos ativos 
dos movimentos, pois os tornam possíveis e, além disso, unem a parte óssea e determinam a 
postura do esqueleto. Nos organismos multicelulares, as células musculares possuem as 
propriedades de condutividade e contratilidade. 
 Os músculos são classificados em: músculo liso, músculo estriado cardíaco e músculo 
estriado esquelético, sendo que todos apresentam a mesma origem embrionária. 
 As células musculares são alongadas, apresentam uma grande quantidade de 
mitocôndrias (estruturas responsáveis pela respiração celular) e de elementos contráteis, que são 
os miofilamentos. Um conjunto de células musculares forma a fibra muscular. Histologicamente 
existem termos usados exclusivamente para células musculares como: sarcolema (membrana 
plasmática), sarcoplasma (citoplasma) e sarcossomos (mitocôndrias). 
 
 
 
 
1) MUSCULO LISO 
- Contratilidade lenta 
- Coloração vermelha pálida 
- Realizam movimentos involuntários 
- Estão presentes em vísceras, vasos sanguíneos, folículos pilosos. 
- Apresentam um núcleo central, que quando contraído fica com formato de saca rolha. 
 15
2) MUSCULO ESTRIADO CARDÍACO 
uem ritmo coordenado pelas fibras de Purkinje (células musculares cardíacas 
odificadas) 
TRIADO ESQUELÉTICO 
ápida 
 e transversais 
to 
Músculos motores 
.1) Componentes do músculo estriado esquelético: 
além de serem altamente resistentes e tem a função de prender o músculo ao 
tecido conjuntivo. 
o. 
culares 
ndomísio: tecido conjuntivo que envolve cada fibra muscular. 
branas de tecido conjuntivo que separam os músculos uns dos outros e os firmam na 
ropriamente Dita: podendo ser superficial (junto a pele) ou profunda (entre os 
- Realiza movimento involuntário 
- Células poss
m
 
3) MUSCULO ES
- Fibras estriadas 
- Contratilidade r
- Avermelhados 
- Estrias longas
- Voluntários 
- Revestem o esquele
- 
 
3
 
 
 
*Porção média VENTRE
Parte ativa - contrátil
*2 extremidades:
Cilíndricas ou fita TENDÃO
Lâminas APONEUROSES
Origem é fixa 
Inserção é móvel 
Nos membros a origem é proximal e a inserção distal 
VENTRE: fibras musculares vermelhasTENDÃO OU APONEUROSE: são compostos de tecido fibroso denso, são esbranquiçadas e 
brilhantes, 
esqueleto. 
3.2) Considerações sobre o músculo esquelético: 
- fibra muscular: é um composto de várias células musculares unidas por 
- esse tecido conjuntivo é dividido em: epimísio, perimísio e endomísi
Epimísio: tecido conjuntivo que envolve todo o músculo esquelético 
Perimísio: tecido conjuntivo que envolve um feixe de fibras mus
E
 
3.3) Fáscia muscular: 
- São mem
posição. 
- Tipos de fáscia: 
1. Fáscia P
músculos). 
 16
2. Fáscia Muscular: tendão (formado de tecido colágeno) ou aponeurose de inserção 
4. Inscrições Tendinosas: subdividem o mesmo músculo, aumentando a sua resistência. 
 
 
músculos estriados esqueléticos: 
- 500 músculos. 
O: água 75%, proteínas 18%, carboidratos, gorduras, sais minerais e outros 
 
 
 – flexores: 
3. Ligamentos Anulares ou Retináculos: prendem os tendões. 
 
 
3.4) Outras considerações sobre os 
- VOLUME: extremamente variável 
- PESO: em torno de 50% do peso corporal 
- NÚMERO: também variável, dependendo da espécie, eqüino com +
- SITUAÇÃO: quase todos pares, exceto: diafragma e esfíncter anal. 
- CONSTITUIÇÃ
compostos 7%. 
- ARQUITETURA DA FIBRA: fusifor
 
 
- AÇÃO MUSCULAR: 1 – adutor: aproxima do meio, 2 – abdutor: afasta do meio, 3
me, 
unipenado, bipenado e pluripenado. 
1 2 
3 4 
flexiona uma ou mais articulações, 4 – extensores: estende uma ou mais articulações. 
 17
** Músculos com fibras longas realizam muito movimento, mas tem pouca força e, 
riais. Estes são fusos neuromusculares 
N) e órgãos tendinosos de golgi (OTG). FN: informam ao córtex sobre o estiramento 
 vel a bre 
ida
 
utânea movem a pele. Exemplo: músculo cutâneo (“espanta mosca”). 
plo esfíncter e orbicular. 
QUANTO AO NÚMERO DE TENDÕES DE ORIGEM: CABEÇAS, podendo ser bíceps (duas 
abeças), tríceps (três cabeças) ou quadríceps (quatro cabeças). 
músculos com fibras penadas realizam muita força, mas com movimentos limitados. Para 
produzir movimento o músculo deverá cruzar pelo menos uma articulação. 
 
- VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO: para o músculo executar trabalho precisa de energia, e 
para isso deve apresentar um extenso leito vascular, sendo que músculos ativos são corados e os 
músculos atrofiados são pálidos. Os nervos que se dirigem aos músculos podem originar-se de 
várias partes da medula espinhal, sendo que uma vez destruído o suprimento nervoso o músculo 
entra em atrofia. Os músculos recebem o comando do movimento através do corno ventral da 
medula espinhal, e nos músculos existem receptores senso
(F
ocid de de alteração. OTG: informam ao córtex so
de de alteração. 
(comprimento) da fibra muscular e sua
a tensão nos tendões e sobre essa veloc
 
 
 
** Novas fibras musculares não são 
manho através do 
pode aumentar pela 
eposição de gordura. 
. Exemplo: músculo tríceps 
braquial, inervado pelo nervo radial e músculo 
formadas após o nascimento. 
** Aumento do ta
exercício. 
** O peso corporal 
d
** O reparo do músculo é por substituição 
de tecido conjuntivo. 
 
- QUANTO A FUNÇÃO MUSCULAR: 
AGONISTA: músculos que produzem 
determinado movimento e 
ANTAGONISTAS: oposição ativa a 
determinado movimento. Grupos de músculos 
antagonistas são normalmente supridos por 
nervos diferentes
bíceps braquial, inervado pelo nervo 
musculocutâneo. 
** Determinados músculos por associação com a fáscia superficial e com ancoragem
c
 
- QUANTO A DIREÇÃO DAS FIBRAS: retilíneo ou curvilíneo, exem
 
- QUANTO AO NÚMERO DE VENTRES: monogástrico (apenas um ventre), digástrico (com 
dois ventres) e poligástricos (com mais de dois ventres). 
 
- 
c
 
 
 
 
 
 18
 
 
 
 
 ESQUELETO AXIAL (base do estudo: eqüino) 
 
 
 
 
 
 
 
 
OSSO
TENDÃO
BOLSA SINOVIAL
- OUTRAS ESTRUTURAS: 
Bolsa e bainha sinoviais tem a função de 
facilitar a movimentação. 
Linha Alba é um cordão fibroso, segue a linha 
mediana, desde cartilagem xifóide até sínfise 
púbica e é ponto de inserção para os músculos 
abdominais. 
Canal inguinal é uma passagem oblíqua da 
parte caudal da parede abdominal que se inicia 
no ânulo inguinal profundo e termina no ânulo 
inguinal superficial. 
Na fêmea:
 
 
TENDÃO BAINHA 
SINOVIAL
BAINHA 
FIBROSA
 vasos pudendos externos, 
ramos dos nervos ilioinguinal e genitofomoral e 
ligamento redondo do útero (cadela). No macho: 
cordão espermático, túnica vaginal, músculo 
cremaster, artéria pudenda externa, vasos 
linfáticos e ramos dos nervos ilioinguinal e 
oral. 
 
 
 genitofom
 
 
5
 
5.1 CABEÇA 
 
OSTEOLOGIA 
 É a porção elevada e anterior das espécies domésticas, estando em posição normal. Está 
dividida em crânio e face. 
CRÂNIO: é a porção mais caudal, está dividido em porção basal e porção dorsal. 
Porção basal: lembra a continuação da coluna vertebral, estando formado pelos seguintes ossos: 
o 
s ossos: parietais, interparietais, frontais e interparietais. 
 oral e restante da cabeça, é constituída pelos ossos: nasais, lacrimais, 
axilares, vômer, pterigóides, hióide, zigomáticos, incisivos, cornetos, palatinos e mandíbula. 
occipital, esfenóides, etmóide e temporais. Delimita a cavidade craniana. 
Porção dorsal: forma o teto e parte das paredes laterais da cavidade craniana, compreendend
o
FACE: forma a porção
m
 
OSSOS DO CRÂNIO 
 
1) OCCIPITAL 
É o mais caudal dos ossos do crânio. 
Côndilos do occipital – se articulam com o atlas (1ª vértebra cervical) 
l. 
Protuberância occipital externa – situada na linha média. 
o em três partes: corpo, asas 
rbitais. Apresenta um espaço revestido de mucosa, seio do esfenóide. 
Forame magno – localizado entre os côndilos, serve de entrada para medula espinha
Crista nucal 
Processos paracondilares ou jugulares ou paramastóides– ao lado dos côndilos. 
 
2) ESFENÓIDE 
Tem o formato semelhante a uma borboleta. Encontra-se dividid
temporais e asas o
 19
Corpo amente liso. Internamente encontramos os seguintes acidentes ósseos: sela 
ipofisária – onde se acomoda a glândula hipófise. 
sas orbitais 
 e a face. Apresenta a crista gali e a lâmina crivosa. 
o em: 
e: 
cesso temporal do zigomático e forma o arco 
ca; - côndilos: articula-se com os côndilos da mandíbula. 
) Porção petrosa – tem a forma de uma pirâmide. Acidentes: 
terno e externo 
rtes laterais do teto da cavidade craniana. 
xternamente: crista parietal externa 
ietal interna e impressões dos giros cerebrais. 
. 
AL 
presenta a protuberância occipital externa. Seu tamanho e visualização são variáveis de 
écie. 
 – é extrem
túrcica e fossa h
Asas temporais 
A
 
3) ETMÓIDE 
Está localizado no limite entre o crânio
 
4) TEMPORAIS 
Localizados de cada lado da cavidade craniana. Está subdividid
a) Porção escamosa – externament
- processo zigomático do temporal: une-se ao pro
ou ponte zigomáti
b
meato acústico in
bolha ou bula timpânica – aloja a orelha interna 
processo hióideo 
 
5) PARIETAIS 
Os parietais formam as pa
E
Internamente: crista par
Nos ruminantes: não entra na formação do teto da cavidade craniana, constitui a parte dorsal da 
parede caudal do crânio
 
6) INTERPARIET
A
acordo com a esp
 
OSSOS DA FACE 
 
1) FRONTAIS 
Estão no limite entre o crânio e a face. 
rocesso zigomático do frontal. 
o teto da cavidade craniana e apresenta o processo cornual. 
lateral da face. Apresenta: 
 cavidades ou alvéolos para dentes pré-molares e 
olares superiores. 
rocesso palatino: projeta-se medialmente formando a maior parte do palato duro. Seios do 
axilar: são espaços entre duas lâminas ósseas, cobertas por mucosa, e preenchidos por ar. 
os ruminantes: não apresenta crista facial. 
Externamente: p
Internamente: seio do frontal. 
Nos ruminantes:ocupa todo 
 
2) MAXILAR 
Situam-se na porção 
Face Externa: crista facial. 
Face nasal: forma a maior parte da parede lateral da cavidade nasal. 
Alvéolos dentários: apresentam seis grandes
m
P
m
N
 
 
 
 
 20
3) VÔMER 
 cavidade nasal. É constituído por uma lâmina que forma rostralmente uma 
ralmente 
como se fossem orelhas de gato se articulando com os ossos palatino, esfenóide e pterigóide. 
) PTERIGÓIDE 
seas encurvadas que se articulam com os ossos palatino, 
São ossos mais rostrais da face. Articula-se com os ossos nasais, maxilares e vômer. Apresenta: 
ofundos para os dentes incisivos superiores. 
7) ZIGOMÁTICOS OU MALAR 
 ossos lacrimais dorsalmente, com os maxilares rostral e ventralmente, e com 
da órbita e se estendem rostralmente sobre a face até o 
maxilar. Articula-se com os ossos frontal e nasal, dorsalmente e com o zigomático e maxilar, 
. Apresenta o tubérculo lacrimal e a fossa lacrimal. 
Forma juntamente com o processo 
asal do osso incisivo a chanfradura naso-incisiva – semelhante ao eqüino. 
audal é pontiaguda. 
ero de 2 
has nasais dorsais estão 
Meato nasal dorsal: é o espaço entre a concha nasal dorsal e o teto da cavidade nasal. 
é o espaço entre as conchas nasais dorsal e ventral. 
Está localizado na
canaleta, onde se encaixa a cartilagem do septo nasal. Caudalmente se expande late
 
4) PALATINOS 
Estão situados em ambos os lados das coanas e formam a porção caudal do palato duro. 
 
5
É o menor osso da face. São lâminas ós
esfenóide e vômer. Formam parte das paredes laterais das coanas. Nas demais espécies os 
processos ganchosos são menores. 
 
6) INCISIVOS OU PRÉ -MAXILAR 
Alvéolos: apresentam três alvéolos pr
Processos palatinos: formam a porção rostral do palato duro. 
Nos ruminantes: não apresentam os alvéolos para os dentes incisivos superiores. 
 
Articula-se com os
o temporal caudalmente. Apresenta o processo temporal do zigomático e, na sua porção 
ventral, a crista facial. 
 
8) LACRIMAIS 
Estão localizados na porção rostral 
ventralmente
Nos ruminantes: não apresenta o tubérculo lacrimal. A fossa para o saco lacrimal é pequena e 
bem próxima do contorno da órbita. 
 
9) NASAIS 
Formam a maior parte do teto da cavidade nasal. Articula-se com os ossos incisivo, maxilar, 
lacrimal e frontal. Possui um contorno triangular alongado, com a extremidade caudal alargada e 
a extremidade rostral pontiaguda. 
Face externa: é lisa e convexa transversalmente. 
Face interna (nasal): é lisa e côncava. Aproximadamente no seu centro apresenta a crista 
etmoidal que serve de sustentação da concha nasal dorsal. 
n
Nos ruminantes: é bem menor, extremidade c
Suínos: nesta espécie na extremidade rostral da cartilagem do septo nasal entre os ossos nasal e 
incisivo apresenta o osso rostral (osso do focinho do porco). 
 
10) CONCHAS NASAIS OU CORNETOS 
São ossos em forma de cartuchos localizados no interior da cavidade nasal, são em núm
pares (ventral e dorsal) que estão separados pelo septo nasal. As conc
fixadas nas cristas etmoidais dos ossos nasais e as ventrais nas cristas conchais dos maxilares. 
Meatos - são os espaços existentes entre os cornetos e são: 
Meato nasal médio: 
 21
Meato nasal ventral: é o espaço entre a concha nasal ventral e o assoalho da cavidade nasal. 
Meato comum: é o espaço entre as conchas e o septo nasal. 
 
11) MANDIBULA 
É o maior osso da face e é ímpar, pois as duas metades se fusionam quando o animal apresenta 
ao redor de dois meses de idade. Consiste de um corpo e dois ramos verticais e dois ramos 
horizontais. 
Corpo: é a porção horizontal espessa e apresenta os dentes molares. 
Ramos verticais: a face lateral é côncava e apresenta linhas rugosas para inserção do músculo 
l por meio de um disco 
 na face medial o forame mandibular. 
amos horizontais: apresenta os alvéolos dentários para os dentes molares e pré-molares e mais 
ara os dentes incisivos inferiores e o forame mentoniano. 
si. Dividido em 
* Seios Paranasais: são cavidades dentro de alguns ossos da cabeça preenchidas por ar. Elas 
ão revestidas internamente por uma membrana mucosa e se comunicam com cavidade nasal. 
 
masseter. A extremidade articular é composta pelo processo coronóide rostralmente, e pelo 
côndilo, caudalmente, que se articula com a porção escamosa do tempora
ou menisco articular. A união da (ramo horizontal) com o ramo vertical é espessa e denominada 
de ângulo da mandíbula. Observa-se
R
rostralmente p
Nos ruminantes: as duas metades não se fundem completamente mesmo na idade avançada, 
portanto, existe sínfise mandibular. 
 
12) HIOIDE 
É conhecido vulgarmente por osso da língua. Está situado entre os ramos da mandíbula 
caudalmente. É constituído por diversas peças ósseas que se articulam entre 
hastes maiores, menores, tireóideas e processo lingual. Nos ruminantes, entre as hastes maior 
e menor, encontramos a haste intermediária. O processo lingual do eqüino é longo e pontiagudo, 
sendo que no bovino tem formato de botão. O hióide se articula com o crânio através da haste 
maior, a qual se conecta com o processo hióideo da porção petrosa do temporal. 
*
s
Ruminantes – divertículo cornual: continuação direta do seio frontal para dentro do processo 
cornual em ruminantes aspados. Estão presentes nos ossos frontal, esfenóide e maxilar. 
 
 
 22
 
 
 
 
 
 
 
 23
 
 
ARTROLOGIA 
 
 A mais comum é a articulação fibrosa do tipo sutura, havendo uma articulação 
cartilaginosa do tipo sincondrose entre os ossos esfenóide e occipital (articulação 
esfenooccipital) e entre os ossos temporal e hióide (articulação temporohioidéia). 
 Na cabeça apenas uma articulação é classificada como sinovial, sendo a única articulação 
móvel da cabeça, do tipo gínglimo, entre os ossos temporal e mandíbula (articulação 
temporomandibular – ATM). 
 
 
 
Desenho esquemático da 
ATM do eqüino: 
 
Superfícies articulares: 
Côndilo da mandíbula (13) 
Fossa mandibular 
Côndilo do temporal (9) 
Disco articular (13) 
Ligamentos: lateral (8) e 
caudal (10 e 11). 
 
 24
MIOLOGIA 
 
 Na cabeça há a musculatura mímica e a mastigatória, que são inervadas por nervos 
provenientes do sistema nervoso central, chamados de nervos cranianos. 
 Músculos principais: 
 
Musculatura Mímica e superficial: 
- elevador nasolabial: dorsal e caudal as narinas. 1 
- elevador do lábio superior. 2 
- canino: dilata as narinas. 3 
- orbicular do olho: ao redor dos olhos. 4 
- bucinador: músculo das bochechas. 5 
- orbicular da boca: ao redor dos lábios. 6 
- zigomático: atravessa a face indo até a comissura labial. 7 
 
Musculatura Mastigatória: 
- masseter: maior de todos, tem a função de fechar a boca. 8 
- temporal: função de fechar a boca. 9 
- pterigóideo medial: fechar a boca. 
- digástrico: abrir a boca. 
- milioideo: fecha os ramos horizontais da mandíbula. 
 
 
 
 
9
4
1
78 2
3
5
6
 
5.2 COLUNA VERTEBRAL 
 
OSTEOLOGIA 
 Formada de ossos irregulares que se estendem desde a cabeça até a extremidade da cauda. A 
coluna vertebral forma o eixo principal do corpo, dividido em região cervical, torácica, lombar, 
sacra e caudal. 
 25
Vértebras: os caracteres gerais são os encontrados em todas as vértebras e servem como meio 
de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto. Todas as vértebras apresentam 
caracteres básicos, que são: 
1. Corpo – colocado ventralmente a vértebra, é representado por um segmento cilíndrico, 
apresentando na face cranial uma cabeça articular e na face caudal, uma cavidade cotilóide. 
2. Forame – situado imediatamente por cima do corpo e limitado lateral e dorsalmente por um 
arco ósseo, onde se encontram os outros elementos da vértebra. 
3. Arco – constitui a porção dorsal da vértebra e formará o tetodo canal vertebral. 
4. Processo espinhoso – é a parte do arco ósseo que se situa medianamente sobre o arco, acima 
do forame vertebral. Dirige-se para cima sob a forma de uma longa espinha. 
5. Processo transverso – são dois prolongamentos laterais que se projetam transversalmente. 
6. Processos articulares – divididos em craniais e caudais. 
 
REGIÃO CERVICAL 
 Apresenta sete vértebras na maioria das espécies domésticas (exceto nas aves com 14 
vértebras cervicais). As vértebras desta região não apresentam todos os elementos característicos. 
As características desta região são o corpo, o arco e a cabeça articular desenvolvidas. A 1ª e a 2ª 
são modificadas devido à função especial de suportar e movimentar a cabeça. Com exceção da 
1ª são cubóides e maciças e mais longas que as vértebras das outras regiões. 
- Atlas: é a primeira vértebra. É formado por um arco dorsal, um arco ventral e um par de asas. 
As asas são expansões laterais que emergem de cada lado dos arcos. O atlas se articula 
cranialmente com os côndilos do occipital (articulação da nuca, movimento de afirmação) e 
caudalmente com o axis (movimento de negação). Apresenta 3 pares de orifícios: vertebral, alar 
e transverso. No bovino o último está ausente. 
- Axis: é a segunda vértebra. Cranialmente ao corpo encontra-se o processo odontóide e 
dorsalmente o processo espinhoso dorsal, em forma de crista. 
- a 3ª, 4ª e 5ª cervicais processo transverso com duas pontas (bicúspides) e uma crista ventral; 
- a 6ª vértebra cervical processo transverso com três pontas (tricúspide); 
- a 7ª vértebra cervical processo transverso com uma ponta (unicúspide), facetas articulares que 
juntamente com as facetas articulares da extremidade cranial da 1ª vértebra torácica, formam 
uma cavidade articular, destinada a cabeça do primeiro par de costelas. 
 
REGIÃO TORÁCICA 
 A principal característica desta região é o comprimento do processo espinhoso, 
apresentando ainda, na extremidade cranial e caudal do corpo, facetas articulares para a cabeça 
das costelas. Na face ventral dos processos transversos apresenta facetas articulares para o 
tubérculo das costelas. 
 
REGIÃO LOMBAR 
 A principal característica desta região é o comprimento dos processos transversos. No 
eqüino temos a articulação entre os processos transversos de L5 e L6, além de L6 com a região 
sacral, nas demais espécies isso não ocorre. 
 
REGIÃO SACRAL 
 Formada por vértebras falsas ou imóveis. Durante a vida fetal as vértebras da região 
sacral são móveis. Logo após o nascimento, essas vértebras fusionam-se entre si formando o 
osso sacro. O sacro cranialmente apresenta um par de asas, que serve para articular-se com o 
osso do quadril (ílio). Projetando-se caudalmente as asas, temos o corpo. Encontramos 
dorsalmente os forames sacrais dorsais e ventralmente, os ventrais, além de 5 processos 
espinhosos . A junção da extremidade cranial do sacro com a face ventral forma um “lábio”, 
 26
denominado de promontório, sendo ele utilizado como ponto de referência em obstetrícia. Nos 
bovinos o osso sacro é mais encurvado, os forames são maiores e os processos espinhosos são 
unidos dorsalmente, formando uma crista dorsal. 
 
REGIÃO CAUDAL 
 No inicio da série apresentam-se com todos os elementos perfeitamente evidenciados. A 
partir da 3ª ou 4ª vértebra, vão desaparecendo as características gerais de vértebra típica, sendo 
que do meio para o fim da série, apresentam somente corpo. 
 
Fórmula Vertebral: é a maneira mais simplificada de se expressar graficamente o número de 
vértebras das diversas regiões. O número é constante dentro de uma espécie, variando apenas a 
região caudal. Toma-se a letra inicial da região seguida pelo número de vértebras desta. 
 
 
Equino C 7 T 18 L 6 S 5 Ca 15-21
Bovino C 7 T 13 L 6 S 5 Ca 18-20
Ovino C 7 T 13 L 6 S 4 Ca 16-18
Suino C 7 T 14-15 L 6-7 S 4 Ca 20-23
 
 
 
 
cervical 
torácica lombar sacral 
caudal 
 
Atlas 
Axis 
Eqüino 
 27
 
 
 
 
Região lombar eqüino Região lombar bovino 
 
5.3 COSTELA E ESTERNO 
 
OSTEOLOGIA 
 
COSTELA 
 São ossos curvos, alongados, dispostos aos pares e que formam a parede lateral do tórax. 
Cada costela articula-se entre duas vértebras, dorsalmente, e se continua ventralmente, pelas 
cartilagens costais. O número de vértebras torácicas corresponde ao número de costelas. 
Apresentam-se divididas em três grupos: 
Costelas esternais ou verdadeiras: são aquelas que por sua extremidade ventral vão se articular 
com o osso esterno por meio de suas cartilagens costais. Geralmente são os primeiros pares. 
Costelas asternais ou falsas: são aquelas que por sua extremidade ventral são articuladas entre 
si, por meio das suas cartilagens costais. Constituem o arco costal. São todas aquelas que não 
são verdadeiras. 
Costelas flutuantes: são as que sua extremidade ventral termina livremente, não aderida a uma 
cartilagem adjacente. Encontrada no homem e suíno. 
 Espaço intercostal: é o intervalo entre as costelas. 
 Uma costela é constituída por um corpo e duas extremidades: figura A. 
Corpo: é a porção média da costela que se apresenta de forma arqueada. 1 
Extremidade dorsal ou vertebral: apresenta cabeça, colo e tubérculo: 
- Cabeça: apresenta duas superfícies articulares que vão se articular com o corpo de duas 
vértebras adjacentes. 2 
- Colo: é a porção estreita logo após a cabeça que une esta ao corpo. 3 
- Tubérculo: apresenta uma superfície articular que se articula com a apófise transversa da 
vértebra de igual número de série. 4 
Extremidade ventral: apresenta uma tira de cartilagem que dá continuação as costelas e 
denomina-se cartilagem costal. Pode se articular com o esterno (costelas esternais) ou com 
outra cartilagem adjacente por meio de tecido elástico para formar arco costal (costelas 
asternais). 5 
 
ESTERNO 
 É um osso segmentário situado na linha média que forma o assoalho da cavidade torácica 
e articula-se lateralmente com as cartilagens das costelas esternais. Consta de 6-8 segmentos 
ósseos (esternébras) unidas por cartilagens interpostas em animais jovens. É conhecido 
vulgarmente como o osso do peito. Ventralmente apresenta a crista esternal que é palpável no 
animal vivo. 
 28
- Manúbrio: extremidade mais cranial. A borda dorsal apresenta uma chanfradura que serve 
para articulação do primeiro par de costelas. Encontramos a cartilagem do manúbrio ou 
cariniforme (somente no cavalo). Serve de inserção para músculos do peito e pescoço. 
- Apêndice Xifóide: é uma cartilagem que se projeta caudalmente e serve para inserção de 
músculos. 
 
** TORAX 
 O esqueleto do tórax está formado na região dorsal pelas vértebras torácicas, lateralmente 
pelas costelas e cartilagens costais e, ventralmente pelo osso esterno. Apresenta uma forma de 
cone achatado lateralmente com abertura nas duas extremidades. O ápice é a abertura cranial e a 
base a abertura caudal. O tórax envolve e protege os órgãos torácicos. Entrada do tórax: é a 
mais estreita e é formada pela primeira vértebra torácica, primeiro par de costelas e pelo 
manúbrio. Saída do tórax: é a mais ampla e está formada pela última vértebra torácica, último 
par de costelas, arco costal, última esternébra e cartilagem xifóide. 
 
 
 
 
 
4 2 
3 
 
Eqüino 
1 
 
Esternos com cartilagens costais articuladas e parte do corpo da 
costela cortado, vista lateral. 
 
A 
Bovino 5 
 
 29
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: 1- última vértebra cervical C7; 2 – segunda vértebra torácica; 3 – terceira 
costela; 4 – cartilagem costal da quarta costela; 5 – corpo das vértebras torácicas; 6 – 
processo espinhoso das vértebras torácicas; 7 – processo transverso das vértebras 
torácicas; 8 – forame intervertebral (passagem do vasos e nervos); 9 – cabeça da 
costela; 10 – tubérculoda costela; 11 – décima primeira costela; 12 – manúbrio, 
cartilagem cariniforme; 13 – esternebra, osso esterno; 14 – cartilagem xifóide; 15 – 
arco costal (formado pelas costelas asternais ou falsas); 16 – oitava vértebra torácica; 
17 – espaços intercostais (quinto e décimo). Eqüino. 
 
 
ARTROLOGIA 
 
COLUNA VERTEBRAL 
 As vértebras formam dois conjuntos de articulações, sendo um cartilaginoso, envolvendo 
a conexão direta dos corpos vertebrais (sínfise) e outra sinovial, entre as faces articulares dos 
processos articulares craniais e caudais. Associados a estas articulações, há ligamentos que 
unem os arcos e os processos. Os movimentos são de flexão dorsal, ventral e lateral e de rotação. 
A gama de movimentos em uma única articulação é pequena, mas o somatório dos movimentos é 
considerável. São mais livres na região cervical e caudal e limitado nas regiões torácica e 
lombar. 
 
Articulação atlanto-occipital: entre os côndilos do occipital e as duas cavidades articulares do 
Atlas. Tipo sinovial gínglimo, realizando flexão e extensão, movimento de afirmação. Também 
há a presença de ligamentos que reforça essa articulação. 
 
Articulação atlanto-axial: entre a fossa odontóide do atlas (ou sela túrcica) e o processo 
odontóide do Axis. A cápsula articular é frouxa e suficientemente ampla para permitir 
movimentos extensos e existem ligamentos que reforçam essa articulação. Tipo sinovial 
trocóide, realizando o movimento de negação e rotação. 
 
 30
 
1 2 
 
 Figura 1: vista ventral da articulação atlanto-occipital do eqüino, 
mostrando a cápsula articular negativo com látex. 
Figura 2: desenho esquemático da vista dorsal da articulação atlanto-
axial do eqüino mostrando os ligamentos que vão do axis ao atlas. 
 
 
 
Articulação do corpo das vértebras: entre a cabeça de uma vértebra e a cavidade cotilóide de 
outra na região cervical. Nas demais regiões essa articulação ocorre entre os corpos vertebrais. 
Encontramos um disco articular intercalado entre as superfícies. É uma articulação do tipo 
cartilaginosa – sínfise. Disco intervertebral: são fibrocartilagens e ocupam o espaço entre os 
corpos de duas vértebras adjacentes. Cada disco consiste de um anel fibroso periférico e um 
núcleo pulposo. Ligamentos também reforçam essas articulações. 
** Ligamento da Nuca: inicia na protuberância occipital externa dirigindo-se caudalmente 
sobre região cervical. Consiste de um ligamento elástico cuja função principal é auxiliar os 
músculos extensores da cabeça e do pescoço. Nos grandes animais se divide em funículo da 
nuca e lâmina da nuca. 
** Ligamento supra-espinhal: é a continua do funículo da nuca sobre a região torácica até a 
região sacral, unindo os processos espinhosos das vértebras. 
 
 
 
COSTELA 
 Apresenta uma articulação entre a cabeça da costela e as superfícies articulares das 
vértebras torácicas, sendo do tipo sinovial trocóide. E também uma articulação entre o tubérculo 
da costela e o processo transverso da vértebra correspondente. Vários ligamentos reforçam essas 
articulações. 
 
 
 31
MIOLOGIA DO PESCOÇO, TÓRAX E ABDOME 
 
 
 
1 canino, 2 másseter, 4 esplênio, 5 trapézio cervical, 5’ trapézio torácico, 6 serrato ventral 
cervical, 6’ serrato ventral torácico, 7 grande dorsal, 8 esternocefálico, 9 e 10 
braquiocefálico, 21 intercostais externos, 22 intercostais internos, 22’ e 29 oblíquo 
abdominal externo. 
- braquiocefálico 1 
- esternocefálico 2 
- trapézio cervical 3 
- trapézio torácico 4 
- esplênio 5 
- serrato ventral cervical 6 
- esternohioideo 10 
- grande dorsal 11 
- peitorais 14 
 32
 
 
 
- Músculos Abdominais: formam as paredes laterais os músculos: oblíquo abdominal externo, 
oblíquo abdominal interno e transverso abdominal; a parede ventral: músculo reto 
abdominal; a parede dorsal: vértebras lombares e os músculos lombares como o longo lombar 
(que é a continuação do longo torácico), que fica entre o processo espinhoso e transverso de cada 
vértebra; além deste, que se localiza externamente, internamente encontramos os músculos 
psoas, que correspondem ao corte comercial mais nobre que é o filé mignom (tem bastante 
gordura entre as fibras e quase não se movimenta, sendo por isso a maciez). 
 
 
6 ESQUELETO APENDICULAR 
 
6.1 MEMBRO TORÁCICO 
 
OSTEOLOGIA 
 Os animais domésticos não possuem uma cintura escapular completa, ou seja, não 
apresentam os ossos clavícula e coracóide, apenas a escápula. Nas aves essa cintura escapular é 
completa e nos felinos encontramos um vestígio de clavícula. Os membros torácicos se 
- Diafragma: é um músculo ímpar que 
separa a cavidade torácica da abdominal, 
apresenta uma porção carnosa (6) e um 
centro tendinoso (4). As aves não 
apresentam esse músculo desenvolvido. 
O diafragma é perfurado por três 
aberturas: hiato aórtico (8), por onde 
passa a artéria aorta, veia ázigus e ducto 
torácico; hiato esofágico (9), por onde 
passa o esôfago e os nervos vagais dorsal 
e ventral; forame da veia cava caudal 
(15), por onde passa a mesma. 
- Músculo Cutâneo: 
recobre a região do 
abdome, tórax, braço, 
pescoço e face. A e B 
 33
articulam com o tronco por meio de músculos, tipo de articulação, esta chamada de sisarcose. O 
membro torácico é composto pelos seguintes ossos: escápula, úmero, rádio, ulna, carpo, 
metacarpo, falanges e sesamóides. 
 
ESCÁPULA 
É um osso situado lateralmente na porção cranial da parede do tórax. A face lateral acha-se 
dividida em duas fossas pela espinha da escápula. Na face medial apresenta uma fossa 
chamada de subescapular. A extremidade distal apresenta a cavidade glenóide, e esta se articula 
com a cabeça do úmero, formando a articulação do ombro. Na extremidade proximal 
encontramos uma cartilagem. 
Bovino: apresenta no final da espinha da escápula o acrômio. 
 
 
 
ÚMERO (braço) 
É um osso longo que se articula com a escápula proximalmente, formando a articulação do 
ombro e com o rádio e ulna distalmente, formando a articulação do cotovelo. Compõe-se de um 
corpo (diáfise) e duas extremidades (epífises). O corpo é irregular e tem a aparência de ter 
sofrido uma torção e apresenta uma saliência lateral chamada de tuberosidade deltóide. Na 
extremidade proximal temos caudalmente, uma cabeça articular e, craniolateralmente um 
tubérculo maior, que no eqüino apresenta um sulco bicipital (para o músculo bíceps braquial) 
dividido. A extremidade distal apresenta cranialmente, os côndilos (medial e lateral) e, 
caudalmente a fossa do olecrano. 
Bovino: apresenta na extremidade proximal um tubérculo maior mais desenvolvido e o sulco 
bicipital é único. 
 
 
 34
RADIO E ULNA (antebraço) 
RÁDIO: é o mais longo dos dois ossos do antebraço do eqüino. Articula-se proximalmente com 
o úmero, distalmente com o carpo e caudalmente com a ulna. O corpo (diáfise) é encurvado em 
toda a sua extensão. Entre os dois ossos existe o espaço interósseo. Extremidade proximal: 
apresenta uma superfície articular para os côndilos do úmero. Extremidade distal: apresenta 
facetas articulares para a fileira proximal do carpo. 
ULNA: é um osso longo reduzido, situado caudalmente ao rádio, com o qual está parcialmente 
fusionado no adulto, articulando-se também o úmero. Projeta-se proximalmente constituindo o 
olecrano que é a maior parte do osso e fica na lateral do rádio. Na borda cranial do olecrano 
encontramos uma projeção pontiaguda, denominada do processo ancôneo. 
Bovino: são menores e a ulna vai até a parte distal do rádio, apresentando o processo estilóide da 
ulna. 
Suíno: olecrano muito desenvolvido e a ulna é mais maciça e pesada que o rádio. 
 
 
 
CARPO (mão) 
É formado por um conjunto de ossos ordenados em duasfileiras, uma proximal e outra distal. A 
fileira proximal articula-se com o rádio no eqüino e, nas demais espécies com o rádio e ulna. A 
fileira distal se articula com os ossos metacarpianos. 
Fileira proximal: carpo radial, intermédio, ulnar e acessório (mais lateral e caudal). 
Fileira distal: composta de 3 ou 4 ossos, sendo o primeiro carpiano inconstante no eqüino e o 
terceiro o mais desenvolvido. 
Bovino: são 6 ossos apresentando na fileira distal apenas 2 ossos, pois há uma fusão entre o 
segundo e o terceiro carpiano. 
Suíno: são 8 ossos, sendo que na fileira distal teremos desenvolvido do segundo ao quarto 
carpiano. 
 
METACARPO 
No eqüino existem três ossos metacarpianos, sendo que somente um, o terceiro ou grande 
metacarpiano, é completamente desenvolvido e suporta o dedo, os outros (segundo e quarto) são 
muito reduzidos e são comumente chamados de pequenos metacarpianos. Apresenta dois 
côndilos distais e a superfície articular proximal é de formato oval. 
No bovino existem dois dedos desenvolvidos, terceiro e quarto, sendo o segundo e quinto 
vestigiais (possuem somente a porção córnea) e estão situados na face palmar da falange 
proximal, não se articulando com o restante do esqueleto. 
 35
No suíno existem quatro dedos desenvolvidos, mas apenas dois tocam o solo (terceiro e quarto 
metacarpianos). 
 
 
 
DEDO 
Constituído por: 
Falange proximal ou primeira falange: é o menor osso longo, na extremidade distal apresenta 
côndilos que se articulam com falange média e na extremidade proximal articula-se, na face 
palmar, com os ossos sesamóides proximais. 
Falange média ou segunda falange: está situada entre as falanges proximal e distal. É achatada 
no sentido dorso-palmar e sua largura é proporcional a altura. 
Falange distal ou terceira falange: acha-se envolvida pelo casco, com o qual se assemelha. 
Apresenta três faces: articular, parietal e solar. 
Sesamóides proximais: são em número de dois para cada metacarpiano (no bovino são 4), 
localizados na face palmar da articulação do grande metacarpiano com falange proximal. 
Sesamóide distal ou osso navicular (particular do eqüino): é um osso único, localizado na 
junção da falange média com a falange distal, articulando-se com ambas. É sempre um para cada 
dedo desenvolvido, exemplo bovino apresenta 2 distais e o suíno também, pois apenas 2 dedos 
encostam no solo. 
 
ARTROLOGIA 
 
SISSARCOSE: fixação da escápula na parede lateral do tórax por meio de músculo. 
1) Articulação umeral ou do ombro: entre a cavidade glenóide da escápula com a cabeça 
do úmero. A cápsula é reforçada por ligamentos, que são de difícil visualização. É do 
tipo sinovial esferóide, realizando todos os movimentos possíveis. Reforçada pelo tendão 
do músculo bíceps braquial. 
2) Articulação úmero-rádio-ulnar ou do cotovelo: entre os côndilos do úmero + 
cavidades glenóides do rádio+chanfradura semi-lunar da ulna. É do tipo sinovial 
gínglimo, apresenta ligamentos fortes e faz flexão e extensão. 
 36
3) Articulação do carpo: extremidade distal do rádio, ossos do carpo e extremidade 
proximal do metacarpo. Tipo sinovial gínglimo entre o radio e o carpo e entre o carpo e o 
metacarpo. Entre os ossos do carpo é do tipo sinovial plana. 
4) Articulações metacarpo falangeana ou BOLETO: extremidade distal do metacarpo e 
extremidade proximal da falange proximal e sesamóides proximais. Os sesamóides 
proximais articulam-se com a face palmar da extremidade distal do metacarpo. Tem 
função de manter o dedo ereto, fazendo com que o animal sustente na extremidade distal 
do dedo. Tipo sinovial gínglimo. 
5) Articulação interfalangeana proximal ou QUARTELA: entre a extremidade distal da 
falange proximal e a extremidade proximal da falange média. Sinovial do tipo gínglimo 
movimentos angulares. 
6) Articulação interfalangeana distal ou CASCO: extremidade distal da falange média e 
superfície articular da falange distal e osso sesamóide distal (navicular no eqüino). 
Sinovial gínglimo. 4, 5 e 6 articulação do DEDO. 
** Aparelho de Sustentação ou apoio da mão: formado por vários ligamentos que 
reforçam as articulações entre os metacarpianos, boleto, quartela e casco. Um dos mais 
importantes é o ligamento suspensório ou tendão interósseo, que passa no espaço 
interósseo dos metacarpianos (face palmar do dedo), nas laterias dos ossos sesamóides 
proximais, chegando na face dorsal do dedo no processo do extensor da falange distal. Três 
tendões também são importantes: tendão do músculo extensor digital, que passa na face 
dorsal; tendão do músculo flexor digital superficial e tendão do músculo flexor digital 
profundo, que passam na face palmar do dedo, sobre o ligamento suspensório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
** *
*
 
1 
2 
 
 1 ombro 
2 cotovelo 
3 mão 
4 4 dedo 
3 
 
Boleto Quartela Casco 
 37
MIOLOGIA 
 
1) Músculos que fixam o membro torácico ao tórax e pescoço: 
 
 
 
5 trapézio cervical, 5’ trapézio torácico, 6 serrato ventral cervical, 6’ serrato ventral 
torácico, 7 grande dorsal, 9 e 10 braquiocefálico, 23 peitorais. 
 
2) Músculos do braço: são músculos localizados na face lateral e medial da região da escápula e 
úmero. São músculos que fixam o ombro e o braço. 
3) Músculos do antebraço: os que se localizam crânio-lateralmente são chamados de extensores 
e os que se localizam médio-caudalmente são chamados de flexores. 
 
 
 Vista lateral do membro torácico esquerdo do 
eqüino: 
 1 cartilagem da escápula 
2 espinha da escápula 
4 músculo supraespinhal 5 músculo infraespinhal 6 músculo redondo menor 
 7 músculo deltóide 
 9 músculo tríceps braquial – cabeça longa 
 10 músculo tríceps braquial – cabeça lateral 
11 músculo bíceps braquial 
12 músculo braquial 13, 14 e 19 músculos extensores do antebraço 
 
 
 38
MTD
eqüino
MTD
eqüino
 
 
 
 
 
 
Vista medial do membro torácico direito do 
scápula 
maior 
 cabeça medial 
fáscia antebraquial 
-20 músculos flexores do antebraço 
eqüino: 
 1 cartilagem da escápula 
 2 superfícies serratas da e
 
3 músculo subescapular 
 
5 músculo supraespinhal 
 
6 músculo redondo 
 
7 músculo peitoral 
8 músculo tríceps braquial – cabeça longa 
 9 músculo tríceps braquial –
 10 músculo bíceps braquial 
 
11 músculo coracobraquial 
 
12 músculo tensor da 
 
13 músculo braquial 
 
17
 
 
.2 MEMBRO PÉLVICO
 
6 
STEOLOGIA 
ides. Está ligado ao esqueleto axial através do osso coxal que se articula com o osso 
acro. 
a
rticula com a cabeça do fêmur. 
te. No ângulo medial situa-se a tuberosidade 
 oposto. Apresenta em cada lado uma 
apresenta diferenças notáveis entre 
s dois sexos e entre as espécies quanto ao tamanho e forma. 
 
 
O
 
 É constituído dos ossos: coxal, fêmur, tíbia, fíbula, patela, tarso, metatarso, falanges e 
sesamó
s
 
COXAL 
Está unido ao longo da linha medi na ventral pela sínfise pélvica que por sua vez, é formada 
pelas sínfises púbica e isquiática. Compõe-se de três partes: ílio, ísquio e púbis que se unem 
para formar uma grande cavidade cotilóide, acetábulo, que se a
Esses ossos se fusionam ao redor de um ano de idade no eqüino. 
Ílio – é a maior das três partes, situada dorsalmen
sacral e no ângulo lateral, a tuberosidade coxal. 
Ísquio – forma a parte caudal da parede ventral ou assoalho da pelve óssea. A borda caudal é 
espessa e forma o arco isquiático, juntamente com o lado
tuberosidade isquiática, que nos bovinos é tri facetada. 
Púbis – é a menor das três partes do osso coxal. Forma a parte cranial do assoalho pélvico. 
*** Pelve ou Cavidade Pélvica – a parede dorsal ou “teto” está formado pelo sacro e pelas 
primeiras três vértebras caudais e a parede ventral ou “assoalho” pelo púbise ísquio. As paredes 
laterais são formadas pelos ílios e pelo ligamento sacrotuberal (sacrotuberal largo). A abertura 
cranial ou entrada é constituída, ventralmente, pela borda cranial do púbis e, dorsalmente, pela 
extremidade cranial do sacro (promontório). A pelve óssea 
o
 39
 
 
FÊMUR 
É o maior e mais pesado dos ossos longos. Articula-se proximalmente com o acetábulo e 
distalmente com a tíbia e patela. Epífise proximal: é larga e consiste de cabeça e trocanter 
maior. A cabeça está colocada do lado medial e articula-se com o acetábulo, enquanto que o 
trocanter maior situa-se lateralmente. Epífise distal: é larga e está constituída da troclea 
cranialmente e dois côndilos caudalmente. A troclea consiste de duas cristas separadas por um 
sulco a qual se articula com a patela. Os côndilos estão separados por uma fossa profunda e se 
articulam com os côndilos da tíbia e meniscos da articulação do joelho. Na diáfise do fêmur 
observamos, lateralmente o terceiro trocanter (não está presente nos bovinos)e medialmente o 
trocanter menor. 
 
** Patela – é um grande sesamóide largo que se articula com a troclea do fêmur. 
 
 
 40
TIBIA E FIBULA 
 
TÍBIA – é um osso longo que se articula proximalmente com o fêmur, distalmente com o tarso e 
lateralmente com a fíbula. O corpo é triangular proximalmente (apresentando a crista da tíbia, 
que é voltada lateralmente) e estreita-se na extremidade distal. A borda lateral é côncava e forma 
junto com a fíbula o espaço interósseo. Extremidade proximal apresenta dois côndilos que se 
articulam com os côndilos do fêmur através dos meniscos. Extremidade distal apresenta uma 
face articular que se adapta a tróclea do osso tarso-tibial e consiste de dois sulcos oblíquos 
separados por uma crista. No bovino esses dois sulcos são retos e também separados por uma 
crista. 
 
FÍBULA – é um osso longo, reduzido, situado ao longo do bordo lateral da tíbia. O corpo é uma 
haste delgada que forma o limite lateral do espaço interósseo. A extremidade proximal articula-
se com o côndilo lateral da tíbia. No bovino a fíbula é um osso bem reduzido na lateral da tíbia. 
 
 
 
 
 
TARSO 
Compõe-se de 6 ossos no eqüino. Assim como no carpo se divide em fileiras. Na fileira 
proximal temos o tarso-tibial (talus, astrágalo), que se articula com a tíbia através de sua tróclea; 
e tarso fibular (calcâneo), que é o maior dos ossos do tarso e sua extremidade livre forma a 
tuberosidade calcanear (tuberosidade calcânea), onde se insere o tendão calcanear comum (de 
Aquiles). Na fileira média encontramos o osso central o tarso e na fileira distal temos a fusão do 
I + II tarsiano, medialmente; III tarsiano, maior e IV tarsiano, mais lateral. No bovino o tarso 
tem 5 ossos com algumas diferenças: o tarso tibial apresenta dupla tróclea; na fileira média o 
osso central fusionou-se com o IV tarsiano, formando o osso centro-quarto; e na fileira distal, 
plantarmente temos o I tarsiano e dorsalmente a fusão do II + III tarsiano (medialmente). 
 
 
 
 
 41
 
 
METATARSO 
É semelhante ao metacarpo, porém num mesmo animal são maiores e, o corpo do grande 
matatarsiano apresenta o contorno circular. Nos ruminates, na face médio-plantar da 
extremidade proximal, localiza-se um pequeno metatarsiano (vestígio do segundo dedo), e os 
desenvolvidos também são o III e IV metatarsianos. 
 
 
 
 
FALANGES E SESAMÓIDES 
São semelhantes ao membro torácico, porém deve-se substituir o termo palmar por plantar na 
descrição das características. 
 
ARTROLOGIA 
 
1) Articulação Sacroilíaca: união óssea entre a coluna e o membro pélvico. As asas do sacro 
articulam com o osso ílio. Sinovial plana, com movimentos de deslizamento. Ligamento 
sacrotuberal largo: é uma extensa lâmina quadrilátera que completa a parede pélvica lateral. 
 
 
Bovino 
Eqüino 
 
A – metacarpo 
B - metatarso 
 
 42
2) Sínfise Pélvica: é a união ventral dos ossos coxais. Essa sínfise é formada pela união da 
sínfise isquiática e sínfise púbica. Nos machos ossifica-se precocemente. Normalmente a 
superfície ventral é saliente. Na fêmea ossifica-se tardiamente devido a reprodução. 
 
3) Articulação do Quadril: articulação entre a cabeça do fêmur e acetábulo (cavidade cotilóide 
do quadril). Sinovial esferoidal, realizando todos os movimentos. 
 
4) Articulação Fêmuro Tíbio Patelar ou JOELHO. É uma sinovial composta: 
 Articulação fêmuro-tibial: sinovial gínglimo. Côndilos do fêmur com côndilos da tíbia, 
entre eles, os meniscos articulares, sendo um medial e outro lateral. Apresenta dois 
ligamentos 
 Articulação fêmuro-patelar: tróclea do fêmur com a patela. Sinovial gínglimo. 
 Articulação tíbio-fibular proximal: sinovial plana. 
 Articulação tíbio fibular distal: cartilaginosa tipo sindesmose. 
 
5) Articulação do Pé ou JARRETE: articulação tarso-crural: entre a tíbia distal e osso talus 
(entre a tróclea do talus e a superfície correspondente da tíbia) e extremidade proximal do 
metatarso. Sinovial do tipo gínglimo. Nesta articulação temos ainda a juntura entre as fileiras do 
tarso, formando a articulação intertársica (tipo sinovial plana) e a articulação tarso-
metatársica. 
 
6) Articulação do dedo: igual ao membro torácico (boleto, quartela e casco), apresentando 
também o mesmo aparelho de sustentação. 
 
 
 Joelho, vista cranial Joelho, vista caudal Jarrete 
 EQUINO 
 
MIOLOGIA 
 
Músculos da região glútea (região da garupa), coxa e perna. Os cortes comerciais mais 
apreciados estão no membro pélvico. 
 43
 
MPEMPE
 Vista lateral do membro pélvico esquerdo do 
eqüino: 
 2 glúteo médio 
3 tensor da fáscia lata 
4 glúteo superficial 
5 bíceps femoral TENDÃO 6 semitendíneo CALCÂNEO 7 semimembranáceo 
 27 reto femoral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 vasto lateral 
9 flexor superficial dos dedos 
quadríceps femoral 
TENDÃO 10 gastrocnêmio CALCÂNEO 15 sóleo 
 
11-14 e 20 loja cranio-lateral EXTENSORES 
Vista medial do membro pélvico direito do 
eqüino: 
8, 9 e 10: músculos pssoas 
12 tensor da fáscia lata 
13 reto femoral 
14 vasto medial 
15 sartório (cortado) 
16 pectíneo 
17 grácil (cortado) 
18 adutor 
19 semimembranáceo 
20 semitendíneo 
21 – 32 loja médio-caudal FLEXORES 
MPD 
 44
 
 
 
 
7 ANATOMIA COMPARADA DO SISTEMA TEGUMENTAR 
 
 É a capa protetora do corpo que se continua nos orifícios naturais com as 
mucosas dos tubos digestório, respiratório e urogenital. Sob o ponto de vista anatômico 
é formado por dois planos, o mais superficial, denominado pele e o mais profundo o 
tecido subcutâneo. É constituído da pele e seus anexos ou modificações da mesma, tais 
como pêlos, aspas, penas, lã e unhas. Contém ramificações periféricas dos nervos 
sensoriais e constitui, portanto um importante órgão sensorial. É o principal fator da 
regulação da temperatura corporal, e por meio de suas glândulas desempenha um 
importante papel secretório. Alguns de seus anexos córneos são utilizados como órgãos 
de apreensão ou de defesa. A pele serve como barreira anatômica entre o corpo do 
animal e seu meio, protege contra traumas microbiológicos, físicos e químicos e seus 
componentes sensoriais capacitam o animal a sentir calor, frio, dor, toque e pressão. 
 
Pele 
 
Estrutura da pele: 
A pele consta de duas camadas distintas, sendo uma mais superficial, epiderme e outra 
mais profunda de tecido conjuntivo, córion ou derme. 
EPIDERME: 
É um epitélio escamoso estratificado, não vascular e de grossura variável. Apresenta 
orifícios das glândulas cutâneas e dos folículospilosos, e se divide em duas camadas, 
estrato córneo (camada superficial, dura e seca) e estrato germinativo (camada 
profunda, macia e úmida, que apresenta o pigmento chamado melanina). A epiderme é 
constantemente renovada, ou seja, as células do estrato córneo saem em formato de 
caspa, sendo essa perda compensada pelo estrato germinativo que se multiplica e vai 
para a superfície. A melanina protege os animais da radiação ultravioleta, além de dar 
cor aos mesmos. A falta de melanina é o albinismo, podendo ocorrer em animais e 
homens. Além do albinismo temos a doença chamada vitiligo ou leucodermia, ou seja, 
há o surgimento de manchas brancas na pele ou nos pêlos, não tem cura e está 
relacionada com as defesas imunológicas do indivíduo. No estrato córneo temos a 
queratina que dá origem às especializações epidérmicas como: unhas, cornos, cascos e 
pêlos. 
DERME OU CÓRION: 
Tem como principal função suportar e nutrir a epiderme e seus apêndices. Consiste de 
um arranjo de fibras colágenas e elásticas, sendo essas que puxam as bordas de uma 
ferida, deixando-a aberta. Tornam a pele flexível, capaz de voltar à forma primitiva após 
ser enrugada ou deformada. A derme é constituída de artérias, veias, capilares, 
linfáticos, glândulas cutâneas (sebáceas e sudoríparas), folículos pilosos, nervos e fibras 
musculares lisas. Nos animais domésticos é bastante espessa e constitui o couro. 
 
Tecido subcutâneo (hipoderme): 
Sua principal função é estocar gordura, atuar como isolamento térmico e suportar a 
derme e epiderme dando o contorno corporal. É formado de tecido conjuntivo frouxo 
que contém fibras elásticas, sendo que em cães e gatos a pele pode ser pinçada em 
grandes dobras. Em boa parte do corpo, o tecido subcutâneo está aderido ao músculo 
cutâneo ou platisma, que mexe a pele espantando parasitas como moscas. 
 
Regulação Térmica: as artérias formam uma série de redes dentro da derme. A variação 
no fluxo sanguíneo através da superfície dos vasos tem um importante papel na 
 46
regulação da temperatura. Quando a temperatura está elevada ocorre vasodilatação com 
perda de calor por irradiação superficial e indiretamente, favorecendo a atividade 
glandular com produção de suor. O suor produzido se espalha pela superfície cutânea e, 
ao ser evaporado, absorve calor baixando a temperatura da superfície corpórea. Ao 
contrario, quando a temperatura decresce, ocorre a vasoconstrição e diminuição nas 
perdas de calor. 
 
Órgão Imunitário: a pele é um órgão importante do sistema imunológico, pois ela 
alberga diversos tipos de leucócitos. Há linfócitos que regulam a resposta imunitária e 
desenvolvem respostas específicas como no caso de alergias ou parasitas. 
 
Funções Metabólicas: as funções metabólicas da pele são importantes, pois é aí que é 
produzida a vitamina D (reação dependente da luz solar) que é essencial para o 
metabolismo do cálcio e portanto na formação/manutenção saudável dos ossos. 
 
 
1) estrato córneo 
 
Glândulas 
Glândulas sebáceas: 
As glândulas sebáceas situam-se na derme e os seus ductos geralmente desembocam na 
porção terminal dos folículos pilosos. Existem locais em que as glândulas sebáceas se 
abrem diretamente na pele como ânus, conduto auditivo, pálpebras (glândulas tarsais), 
pênis, prepúcio e lábios vulvares. Secretam uma substância chamada sebo, que protege 
contra a umidade e pode desempenhar importante papel na vida sexual dos animais. Na 
ovelha o sebo presente no pelego se chama lanolina. Funções da secreção sebácea: 
a) lubrifica e impermeabiliza a pele. 
b) dissemina o suor e diminui a perda de água. 
c) diminui a possível entrada de microorganismos 
d) serve como marcador territorial 
e) ferormônios, atrativos sexuais. 
 
Glândulas sudoríparas: 
São glândulas exócrinas tubulosas e enoveladas. Estão espalhadas por todo o corpo, 
apesar de esparsamente nos carnívoros e suínos, sendo muito desenvolvidas no cavalo e 
2) estrato germinativo 
epiderme 
3) derme 
4) tecido subcutâneo 
 47
ausentes nas aves. São diferenciadas em glândulas sudoríparas apócrinas (perdem parte 
do seu citoplasma como parte da sua secreção, presente em quase todo o corpo dos 
animais e desembocam no folículo piloso) e glândulas sudoríparas merócrinas (apenas 
os produtos da secreção são eliminados, desembocam diretamente na superfície da 
epiderme, presente no homem e nos animais domésticos, encontra-se somente um 
pequeno número e, sobretudo, em locais que apresentam pouco ou nenhum pêlo). 
Existem as glândulas especiais, sendo, na maioria dos casos, uma mistura de sebáceas 
com sudoríparas, ex: glândulas da bolsa inguinal dos ovinos, glândula do corno dos 
caprinos, glândulas prepuciais no suíno e glândula da cauda de cães e gatos (chamada 
cauda de garanhão). 
 
 
Glândula 
sudorípara 
 
 
Anexos da pele: 
 
1) Pêlos: 
 
Os pêlos são uma modificação da epiderme e uma característica dos mamíferos, são 
filamentos córneos elásticos, longos e finos oriundos da derme, apresentam-se como 
delgadas estruturas queratinizadas. Sua cor, tamanho e disposição variam de acordo 
com a raça e a região do corpo. Estão presentes em praticamente toda a superfície do 
corpo, com exceção de algumas regiões bem delimitadas. Os pêlos são estruturas que 
crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de crescimento. 
Observa-se na derme feixes de músculo liso, dispostos obliquamente, que se inserem de 
um lado na bainha conjuntiva do folículo e de outro na camada papilar da derme. A 
contração desses músculos promove o eriçamento do pêlo, advinda deste fato o seu 
nome de músculo eretor do pêlo. A pigmentação do pêlo processa-se graças à presença 
de melanócitos, que se dispõem entre a papila e o epitélio da raiz do pêlo e fornecem 
melanina às células da raiz e córtex do pêlo, de maneira análoga à que ocorre na 
epiderme. A parte visível do pêlo sobre a superfície da pele é a haste, a extremidade do 
pêlo é denominada ápice do pêlo e a parte embutida dentro do folículo é a raiz. Tem 
como função isolamento térmico, podem cair em grande quantidade caracterizando a 
muda, ocorrendo mais na primavera e outono. 
 48
Tipos de pêlos: 
*Comuns: dá a coloração e a 
pelagem do animal, estando 
presente em maior parte do corpo. 
*Tácteis: são longos e grossos, 
ficando mais na cabeça, ao redor 
dos lábios, focinho e olhos. 
*Cílios: nas pálpebras. 
*Tragos: dentro das orelhas. 
*Vibrissas: dentro das narinas. 
*Cirros: são longos e grossos, nos 
eqüinos, localizados na região 
dorsal da cabeça, pescoço e cauda 
(crinas). 
*Cerdas: pelos espessos dos suínos. 
*Lã: finos e ondulados dos ovinos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Felino: pelos tácteis. 
 Ovino: lã 
 Canino: pelagem de proteção 
 
 
 
 
 
 
2) Penas: 
 
É o anexo epidérmico característico das aves, são constituídas principalmente por 
queratina, cobrem o corpo das mesmas formando uma superfície contínua de 
 49
revestimento e que oferece alta resistência ao ar e impermeabilidade à água. As penas 
que cobrem o corpo, exceto as asas e a cauda, denominam-se tectrizes. As penas 
grandes das asas, com função propulsora, denominam-se remígea, e as penas grandes 
da cauda, que orientam o vôo, denominam-se rectrizes. As plumas, penugem leve e 
macia, cobrem quase todo o corpo da ave – inclusive debaixo das penas – servem para 
protegê-la das mudanças de temperatura e do impacto com o ar e com objetos durante a 
movimentação. 
Função das penas: proteção da pele e do corpo da ave contra choques mecânicos, 
físicos, agressões, chuva, raios solares e mudanças bruscas de temperatura. As penas 
finas, achatadas e sobrepostas das asas e da cauda formam superfícies para sustentar a 
ave durante o vôo. As aves aumentam o número de penas com a diminuição da 
temperatura. As penas

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