60 pág.

Pré-visualização | Página 2 de 13
ou imaginária, ao longo da qual dois pontos quaisquer podem ser unidos por uma linha reta. Na posição anatômica, o corpo pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície, formando uma figura geométrica, um paralelepípedo. Assim, têm-se os seguintes planos: 1) Plano Mediano: é o plano que divide o corpo em duas “metades”, direita e esquerda. 2) Planos Sagitais ou Paramedianos: são todas as secções do corpo feitas por planos paralelos ao mediano (corte sagital). 3) Plano Transversal: é o plano de secção perpendicular ao plano mediano no sentido dorso-ventral. 4) Plano Frontal ou Horizontal: é o plano de secção que divide o animal em dorsal e ventral, sendo que nos membros fala-se proximal e distal. Termos anatômicos gerais que indicam a posição (local) e direção das partes do corpo dos animais: Cranial e Caudal – expressões usadas para indicar na direção ou maior aproximação da cabeça ou da cauda. Dorsal e Ventral - na direção ou relativamente próximo ao dorso ou ao ventre (abdome) do animal respectivamente. O termo ventral nunca deve ser usado para membros. 6 Lateral e Medial- estrutura distante ou afastada do plano mediano ena direção ou relativamente próximo ao plano médio respectivamente. Rostral – na direção ou relativamente próximo ao focinho (rostro-nariz) do animal, usado somente para cabeça. Proximal e Distal- proximal relativamente próximo a raiz ou origem principal e distal afastado da raiz, utilizado para membros e cauda. Interno e Externo; superficial e profundo – tem o significado usual dos termos. Nos membros usamos para a mão – Dorsal e Palmar – e para o pé – Dorsal e Plantar – para designar características localizadas em cima ou abaixo dos membros. CONSTITUIÇÃO GERAL O corpo dos vertebrados tem como unidade anatomofuncional a célula. Um conjunto de células da mesma natureza forma um tecido. A união de tecidos diferentes forma um órgão. Diversos órgãos reunidos podem formar um sistema ou aparelho. 7 DIVISÃO DO CORPO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS O corpo divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. O esquema seguinte apresenta as principais partes do corpo: Cabeça Pescoço Tórax Tronco Abdome Pelvis Cintura Escapular Braço Divisão do Corpo Torácicos Antebraço Mão (palma e dorso) Membros Pélvicos ou Cintura Pélvica Pelvianos Coxa Perna Pé (planta e dorso) 8 2. OSTEOLOGIA GERAL Em sentido restrito e etimologicamente, é o estudo dos ossos. Em sentido mais amplo, inclui o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com os ossos, com eles formando um todo, o esqueleto. Podemos definir o esqueleto como o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar várias funções. Por sua vez, os ossos são definidos como peças rijas, de número, coloração e forma variáveis e que, em conjunto, constituem o esqueleto. Funções do Esqueleto: O esqueleto desempenha várias funções vitais ao organismo do animal, como proteção para órgãos moles: coração, pulmões, sistema nervoso central...; sustentação e conformação do corpo; é um sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos, permitem o deslocamento do corpo, no todo ou em parte; local de armazenamento de íons cálcio e fósforo (durante a gravidez, a calcificação é feita, em grande parte pela reabsorção destes elementos armazenados no organismo materno) e, finalmente, local de produção de certas células do sangue. Composição Química dos Ossos: os ossos são constituídos de matéria orgânica e inorgânica na proporção de 1:2 aproximadamente. A matéria orgânica proporciona ao tecido ósseo solidez e elasticidade e a inorgânica, a dureza natural. GELATINA.....................................................33,30% FOSFATO DE CÁLCIO.................................57,35% CARBONATO DE CÁLCIO.............................3,85% FOSFATO DE MAGNÉSIO.............................2,05% CARBONATO E CLORETO DE SÓDIO.........3,45% Estrutura dos Ossos: os ossos constam principalmente de tecido ósseo, mas considerados como órgãos, apresentam ainda periósteo, medula óssea, vasos e nervos. O tecido ósseo está formado por substância compacta densa, dentro da qual se acha disposta a substância esponjosa, menos densa, formando um emaranhado, que lembra até centro ponto, uma esponja marinha e está localizada nas extremidades dos ossos. O periósteo - é uma membrana fibrosa que reveste a superfície externa dos ossos, com exceção dos pontos onde há atrito (articulações) bem como nos locais de inserção de ligamentos e músculos. Mantém a capacidade osteogênica em adultos, sendo reativada no processo de reparação de fraturas. O endósteo - é uma fina membrana fibrosa que envolve internamente o canal medular dos ossos longos. A medula óssea – ocupa os interstícios dos ossos esponjosos e a cavidade medular dos ossos longos. Existem duas variedades de medula nos adultos: a vermelha e amarela. Nos animais jovens só existem a medula vermelha, mas após, ela é substituída na cavidade medular pela medula amarela. A medula vermelha contém vários tipos de células características e é uma substância formada de sangue, enquanto a amarela está constituída quase que totalmente de tecido adiposo. Vasos e nervos - os ossos de uma maneira geral são ricamente vascularizados e inervados. Os ossos, devido à função hematopoiética, ou pelo fato de se apresentarem com desenvolvimento lento e continuo, são altamente vascularizados. A artéria nutrícia penetra no forame nutrício para o interior do osso, distribuindo-se em sentido proximal e distal. As artérias 9 do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. Por esta razão, desprovido de seu periósteo, o osso deixa de ser nutrido e morre. MORFOLOGIA DOS OSSOS É uma classificação baseada na forma, tomando-se em consideração a predominância de uma das dimensões (comprimento, largura e espessura) sobre as outras duas. Assim, classificam-se em: Ossos longos: neste caso o comprimento apresenta-se consideravelmente maior que a largura e a espessura e, apresentam sempre canal medular. Exemplos típicos são os ossos do fêmur, tíbia, úmero, rádio, ulna, etc. Os ossos longos apresentam duas extremidades (epífises), uma proximal e outra distal, bem como uma porção intermediária, o corpo (diáfise). Ossos alongados: os ossos em que o comprimento é maior que a largura e espessura e não apresentarem canal medular. Exemplo: costelas. Ossos planos: expandem-se em duas direções. São os que apresentam comprimento e largura equivalente. Ossos do crânio, como parietal, frontal, nasal e outros como escápula e o osso do quadril, são exemplos demonstrativos. Ossos curtos: são aqueles que apresentam equivalência das três dimensões. Ex. ossos do carpo e tarso. Ossos irregulares: apresentam uma morfologia complexa, não apresentam foram geométrica definida. Ex. as vértebras, esfenóide, temporais, etmóide, etc. Ossos pneumáticos: apresentam uma ou duas cavidades, de volume variável, revestidos de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seios. Os ossos pneumáticos situam-se no crânio. Ex. frontal, maxilar e esfenóide. 10 Ossos sesamóides: são encontrados dentro dos tendões, onde promovem uma mudança de direção sobre proeminências que exerceriam pressão e fricção excessivas sobre os tendões. Ossos esplâncnicos: desenvolvem-se em órgãos moles, não se articulando com os demais ossos. Ex. ossos do pênis do cão e gato e osso cardíaco do coração dos ruminantes. Estrutura do osso plano