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INTRODUÇÃO:
DESENVOLVIMENTO
Segundo Fonseca (1999) a educação nos hospitais iniciou-se desde a década de 50, com a primeira Classe Hospitalar no Hospital Bom Jesus no Rio de Janeiro. 
Deste modo objetivo era que as crianças e adolescentes não apresentassem comprometimentos com suas formações escolares em função de suas internações constantes nos hospitais. Todavia, embora essas escolas existam há muitos anos, somente foram reconhecidas oficialmente pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em 1994 através das Políticas de Educação de Educação Especial. 
Precisamos destacar aqui que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) utiliza o termo classe hospitalar nos seus documentos. Entretanto, nos Encontros de Classes Hospitalares no Brasil, os estudiosos da área têm defendido a mudança de nomenclatura para escola hospitalar que é um termo mais abrangente.
Apenas na década de 90 que os movimentos em defesa das classes hospitalares ganham forma e de fato atenção social. E os atendimentos educacionais às crianças hospitalizadas começam a tomar forma. Embora a educação hospitalar seja um direito, apresentado, defendido e aprovado em lei, conforme Resolução N° 41/1995 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, oriunda da Sociedade Brasileira de Pediatria, relativo aos Direitos da Criança e do Adolescente hospitalizados e o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, na prática esse atendimento demorou muito tempo para se concretizar e ganhar um caráter institucional.
Oliveira (1991) enfatiza que o professor dentro do contexto hospitalar representa uma pessoa de confiabilidade da criança/adolescente, pois faz parte do seu Boas Práticas na perspectiva da Educação Especial Inclusiva Volume I - 2015 mundo real, sendo assim, este profissional contribui de forma efetiva para a construção de um canal de comunicação entre a criança/adolescentes, pais/acompanhante e os demais membros da equipe multidisciplinar.
Em 2008 o MEC, por meio da então Secretaria de Educação Especial (SEESP), instituiu a atual política de educação especial, denominada de “Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva” (BRASIL, 2008), ratificada pelo Decreto nº 6.571/2008 (em 2011 o decreto de 2008 foi revogado pelo Decreto nº 7.611/2011). 
Esta nova política de inclusão assume, explicitamente, a incompetência no contexto de cobertura do atendimento à demanda provocada e 426 RBPAE - v. 33, n. 2, p. 421 - 447, mai./ago. 2017 reduz seu público de atenção aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Embora os preceitos legais garantam o atendimento pedagógico hospitalar/domiciliar em todo território nacional, o fato de a estrutura para esses atendimentos estar ligada à área de educação especial nas secretarias de educação dos estados e municípios brasileiros, os repasses de verbas e recursos passam a ter destinações direcionadas às ações voltadas ao público determinado pela nova política de educação especial.
A capacitação de profissionais de outras áreas em âmbitos diferenciados, com propostas fundamentadas e favoráveis no que diz respeito ao social no setor da saúde se explica pela política de humanização e no reconhecimento de leis que garantem atenção à saúde da população, principalmente as mais desfavorecidas. Para Miaralet (1991, p.9) a Pedagogia “é uma reflexão sobre as finalidades da educação e uma análise objetiva de suas condições de existência e de funcionamento. Ela está em relação direta com a prática educativa que constitui seu campo de reflexão e análise, sem, todavia, confundir-se com ela”. Dessa forma, o papel do Pedagogo seja no hospital ou em outro ambiente, é o de problematizador da prática educativa, investigando-a sistematicamente e buscando encaminhamento em um processo coletivo. 
A prática pedagógica não esta restrita às escolas, esta apresenta-se em todas as práticas de uma sociedade, ao que reitera Libâneo (2006, p.850): “Pode-se reconhecer na prática social uma imensa variedade de práticas educativas, portanto uma diversidade de práticas pedagógicas. Em decorrência, é pedagoga toda pessoa que lida com algum tipo de prática educativa relacionada com o mundo dos saberes e modos de ação, não restritos à escola. A formação de educadores extrapola, pois, o âmbito escolar formal, abrangendo também esferas mais amplas da educação não-formal e formal.” 
Não seria exagero, pois afirmar que a escola não é o único lugar onde acontece a educação e talvez não seja o melhor, dado que estamos cercados de espaços educativos, onde as práticas pedagógicas se alastram para formação tecno-científica em estratégias de aprendizagem disponíveis às demais ciências. A pedagogia vem, portanto como ciência para refletir e analisar a perspectiva da prática educativa, buscando diferentes alternativas para as ações do professor como agente (trans)formador. Sua inserção em vários campos, como o da Pedagogia Hospitalar, amplia e vislumbra outras formas de saber-fazer, fortalecendo-a como ciência teórica interfaciada entre a educação e a saúde.
Para Matos e Mugiatti (2008, p.26) “o educador, o assistente social, o psicólogo e os demais profissionais afins, devem buscar em si próprios o verdadeiro sentido de ‘educar’, devem ser o exemplo vivo dos seus ensinamentos e converter suas profissões numa atividade cooperadora do engrandecimento da vida”. Essa diversidade profissional, entretanto, vem provocando repercussões, nas estratégias e modos de ensinar e aprender, incentivando mudanças na concepção curricular e nas formas de capacitação na formação de profissionais de área diferenciadas, no aperfeiçoamento às suas especificidades, para enfrentamento do mercado de trabalho em sua amplitude de modo desafiador. 
O contexto da saúde tem como objetivo de realização da prática pedagógica em questão, e permite trazer para a pauta de discussões aquilo que é um dos argumentos centrais deste trabalho: a formação profissional para professores e pedagogos de classes hospitalares requer o reconhecimento e afirmação de um campo do saber essencialmente multiepistêmico, tendo em vista a dimensão e importância dessa modalidade na educação e saúde, por meio de acompanhamento de um currículo complexo, a saber: das demandas do adoecer e da hospitalização. Fonseca (2003) indica que o professor da classe hospitalar é, antes de tudo, um mediador das interações da criança com este ambiente, assim, não lhe deve faltar noções sobre as técnicas que fazem parte da rotina do aluno-paciente.
A relação entre aluno/professor vem a auxiliar no tratamento do mesmo, ajudando a identificar situações e problemas oriundos da falta de interação social e isolamento. Além de o aluno não ficar sem ter sua educação estagnada e fadado a um retrocesso educativo num futuro retorno próximo ao ambiente escolar.

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