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A Corporação

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE INDAIATUBA
DR. ARCHIMEDES LAMMOGLIA
Sociologia das Organizações: A Corporação
Gestão Empresarial Noturno 2020
Indaiatuba
Junho/2020
Sumário
1.	Introdução	4
2.	Desenvolvimento	5
3.	Considerações	7
4.	Bibliografia	9
1. Introdução
Se a Terra tivesse um preço e pudesse ser comprada por alguém, ela com certeza não se chamaria mais Terra, mais exibiria o nome de uma grande corporação como em um outdoor da Times Square. Vivemos nesse mundo, em que as maiores empresas e conglomerados têm mais poder que o próprio governo, controlando o que vestimos, comemos, assistimos, compramos, falamos e até estudamos na faculdade. E isso fica claro quando assistimos ao documentário A Corporação lançado em 2003 e dirigido por Mark Achbar e Jennifer Abbott com base no livro A Corporação – A Busca Patológica por Lucro e Poder, de Joel Bakan.
No início corporações eram formadas por um grupo de pessoas com um objetivo servil para com a população, executando projetos específicos. No fim do século XIX, foi criada a 14ª Emenda da constituição americana, feita para proteger os negros recém-libertos da escravidão. Porém as corporações, se aproveitando da brecha criada pela emenda, ganharam um status civil, podendo atuar como se fossem pessoas, e seus donos, passaram a ter maior liberdade para tomar decisões, não sendo diretamente responsabilizados por estas, e tendo a corporação como um escudo. E isso se seguiria até a crise de desconfiança estourar, abalando grandes corporações no mundo.
Durante a trajetória do documentário, uma série de empresas é mostrada, onde demonstram sempre estar melhorando a vida das pessoas, com produtos inovadores ou processos revolucionários. Mas tudo é apenas um disfarce de suas ações destrutivas para gerar lucro. Temos como exemplo o envenenamento em massa produzido pelos agrotóxicos da Monsanto, ou a exploração quase escravista de empresas como a Nike e o McDonald’s.
O documentário A Corporação, serve como um dossiê, mostrando o comportamento muitas vezes psicopata apresentado pelo mundo corporativo e demonstrando casos em que a ação das corporações geraram reações negativas extremas que duram até os dias atuais, e provavelmente seguirão por muito tempo. Ao todo são 40 convidados que incluem críticos ao sistema e pessoas que fizeram ou ainda fazem parte de corporações. O filme demostra como o capitalismo extremo e a busca incansável pelo lucro pode acabar com a sociedade e com o planeta.
2. Desenvolvimento
A empresa McDonald’s revolucionou o mundo dos negócios no século XX. Com início em San Bernardino, Califórnia, uma cidade tranquila à beira do deserto, era um restaurante pequeno que inicialmente tinha como principal atividade a venda de milk-shakes, muito diferente do que conhecemos hoje em dia. Foi com a perspicácia de um vendedor de máquinas de milk-shakes, chamado Ray Kroc e a união com os irmãos Richard e Maurice McDonald’s que viria tornar esta empresa em uma das maiores corporações de todo o mundo.
A corporação McDonald’s trabalha com a produção dinâmica de alimentos e deram origem ao conceito “Fast-food”, retratada bastante no documentário. Ela age como uma pessoa, pois tem seu direito na lei regulamentado, atua com vários funcionários buscando o menor tempo de produção possível por um preço acessível em que infelizmente os “fazedores” do alimento ganham uma porcentagem mínima em cima do produto. Ponto retratado no documentário, houve uma reflexão da abordagem com os colaboradores dessas corporações, os quais são os principais responsáveis pelo lucro da empresa, porém são os menos reconhecidos e mais explorados. Se pensarmos no McDonald’s, os próprios clientes podem ver através dos balcões o estresse que os funcionários passam para entregar o lanche da forma mais rápida possível, além das condições precárias que os colaboradores permanecem em pé diante das grandes máquinas de lanche.
A empresa McDonald’s, em todos os seus anos de sucesso e expansão, sempre adotou uma posição de marketing muito forte e presente, o que poderia esconder do público os problemas que ela poderia causar na sociedade, como é levado à reflexão no documentário The Corporation (2003). O McDonald’s vende a ideia do seu lanche. Rápido, gostoso, disponível perto de você e barato. Mesmo que você não precise ou queira aquele alimento, os recursos de marketing fazem com que pense que é algo necessário. A externalidade dessa organização são fatores como a propagando altamente induzida para que as crianças convençam os pais a comprarem os lanches, seja chamando atenção pelos brinquedos que ganham, seja pelo local diferente ou mesmo apenas pelas cores vibrantes que não deixam de ser importantes e dão o sinônimo de fome. 
Este documentário traz à tona uma série de reflexões sobre as grandes corporações e como podem ser grandes os impactos na sociedade, como influencia a vida dos consumidores e como estão presentes no cotidiano. A mensagem principal do documentário mostra que é preciso refletir, sobre como essas corporações influenciam nossas vidas, e como tantas delas estão presentes no nosso cotidiano. Ele mostra que não foram somente algumas que boicotaram sistemas, mas sim a maioria agindo como pessoas, pensando no seu financeiro e no seu crescimento. Afinal esse é o objetivo de uma corporação, contratar, demitir, vender, comprar, inovar e se tornar um símbolo na vida das pessoas. 
Uma das reflexões principais está em como as corporações adotam estratégias para aumentar o lucro, muitas vezes não se preocupando com o bem-estar dos funcionários, a saúde dos consumidores, os direitos humanos, a ética organizacional e a preservação do meio ambiente. O que leva a questionar a empresa McDonald’s e suas abordagens no ramo alimentício, a qual, numa busca desenfreada de aumento do lucro e sua propaganda do desejo que impulsiona o consumo mesmo não necessário, provocam um impacto negativo gigantesco na vida de consumidores, causando sérios problemas de saúde, como obesidade, diabetes, câncer, etc. Além das pessoas que moram próximo às fábricas, fazendas e plantações, causando vários problemas no ecossistema local.
Pelo fato de a empresa ter ganhado fama através dos seus diferenciais da época, não havia como mudar parte de suas atitudes, porém o McDonald’s precisa colaborar para ser uma empresa socialmente responsável e contribuir através de projetos sociais e ambientais. Por ser uma empresa multinacional isso deve se tornar visível aos consumidores pelo fato deles serem cada vez mais exigentes. Não basta ter produtos com preço mais baixo, deve ter uma boa qualidade e seguindo as regras para um bom comprometimento com a sociedade. Atualmente, com tantas opções de produtos e todos os meios disponíveis para saber sobre uma empresa e buscar qual a forma de fabricação do seu bem, acaba ficando mais difícil esconder algo do consumidor. Deixando assim, aqueles mercados que atuam de forma irregular ou mesmo com uma conduta duvidosa, para trás.
Contudo é necessário perceber que o documentário The Corporation não é contra o capitalismo, e sim é uma crítica sobre o capitalismo extremo e como é possível reduzir o poder das grandes corporações de forma legal, exercendo atividades com ética, respeitando os colaboradores, funcionários e a valorização da vida em primeiro lugar.
3. Considerações
As grandes corporações têm grande visibilidade no mercado, suas marcas são atreladas a qualidade de seus produtos e, pelo fato de atuarem há muito tempo, criou-se um “afeto” com os seus consumidores. O que torna extremamente difícil ter uma abordagem que mude a cultura organizacional, a qual tem suas raízes desde os primórdios da corporação, mesmo sendo prejudiciais tanto para consumidores, quanto para funcionários, como transparecido no documentário.
Para a empresa se desenvolver ela vai buscar cada vez mais convencer o consumidor a comprar o produto dela. O capitalismo é o fator que a move e de certo modo a faz crescer, entãopara ligar esse fator a ações éticas, é necessário rever seus princípios. Agir corretamente e ter consciência dos seus atos e saber julgá-los. A corporação tem sim seus valores, mas age de forma a mover o seu negócio e seu financeiro. Quem mais pode ajudar a mudar essas ações são os próprios consumidores daquele produto, se não há demanda também não haverá a venda do produto. A partir disso a empresa irá buscar métodos mais éticos.
Pensando como gestores, faríamos com que fosse realizada uma revisão sobre a cultura organizacional atual da empresa e após isso, elencar os pontos essenciais para concretizar uma nova a cultura empresarial com ações éticas, através das crenças, costumes, valores e visão da empresa. Acreditamos que se deve pensar em um curto prazo, assim como refletir sobre uma melhor forma de atender os requisitos éticos e sociais, relevando como isso afetaria financeiramente a empresa, porém o quanto isso a impulsionaria socialmente. E como futuros gestores, possíveis CEOs, também investir em uma educação ética em todas as possibilidades que teríamos, para poder mudar este mundo corporativo de dentro para fora.
A cultura empresarial seria abordada como o espelho da organização, como de fato deve ser. Assuntos como a convivência das pessoas, o peso que cada atividade tem na empresa, os valores e crenças seriam tópicos de extrema prioridade. A cultura empresarial seria focada na cultura de pessoas, onde o foco da empresa seria dividido com a valorização dos colaboradores, onde cada um teria oportunidades de crescimento tanto dentro e fora da empresa, teriam suas opiniões ouvidas e respeitadas.
Desse modo, acreditamos que seria uma forma ética de converter a cultura organizacional da empresa McDonald’s gradualmente, retribuindo com respeito e qualidade de vida aos funcionários, que foram por anos explorados e não reconhecidos dentro dessa empresa.
Bibliografia
CHURCHILL, P. A verdadeira história por trás da ideia roubada que todo mundo comeu. Aventuras na História, 2020. Disponivel em: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-o-golpe-que-deu-origem-ao-mcdonalds-a-verdade-por-tras-da-ideia-roubada-que-todo-mundo-comeu.phtml>. Acesso em: Junho 2020.
CULTURA Organizacional. Gupy, 2020. Disponivel em: <https://www.gupy.io/blog/cultura-organizacional>. Acesso em: Junho 2020.
DESENVOLVIMENTO Sustentável. Mc Donald BR. Disponivel em: <https://www.mcdonalds.com.br/desenvolvimento-sustentavel>. Acesso em: Junho 2020.
HARFORD, T. Uol Economia. Uol, 2020. Disponivel em: <https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2020/02/16/como-o-mcdonalds-revolucionou-o-mundo-dos-negocios.htm>. Acesso em: Junho 2020.
PUBLICIDADE responsável. Mc Donalds BR. Disponivel em: <https://www.mcdonalds.com.br/familia/publicidade-responsavel>. Acesso em: Junho 2020.
THE Corporation (A Corporação). Direção: Mark Achbar Jennifer Abbott. Intérpretes: Mike Moor. [S.l.]: [s.n.]. 2003.

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