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Conectivos - Preposição e Conjunção

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Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 1 - 
AULA 9 - CONECTIVOS – PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO 
Olá, pessoal 
Na aula passada, lancei um desafio – encontrar uma letra de 
música que contivesse o pronome relativo CUJO usado de forma 
apropriada. 
Recebi algumas (poucas, dessa vez) sugestões, que serão 
apresentadas no próximo encontro, mas continuo à espera de 
outras, para cantarmos juntos...rs... Vou estender o desafio por 
mais uma semana – aguardo sua participação. Vamos lá! Anime-
se!!! 
Hoje nosso assunto será a função e o emprego dos conectivos – 
conjunções e preposições. 
Ao lado dos pronomes, esses elementos são responsáveis por 
estabelecer o nexo entre os vocábulos de uma oração e entre as 
orações, períodos e parágrafos em um texto. 
Serão apresentados os conceitos de um e de outro para, ao fim, 
exercitarmos com questões de prova que exploram esse 
conhecimento. 
PREPOSIÇÃO 
CONCEITO
Palavra invariável que, colocada entre duas outras, faz com que 
uma se torne membro da outra, criando-se um elo de 
subordinação. 
Casa da mãe Joana 
Cadeira de ferro 
Vida de cão 
Útil a todos 
Preciso de ajuda 
Na aula sobre sintaxe de regência (Aula 6), já vimos essa relação 
entre subordinante (ou antecedente: casa, cadeira, vida, útil, 
preciso) e subordinado (ou consequente: da mãe Joana, de 
ferro, de cão, a todos, de ajuda) 
As preposições não possuem, isoladamente, um significado. Elas 
atribuem circunstâncias aos elementos a ela ligados. Veja os 
diversos sentidos que a mesma preposição (com) pode exprimir: 
Dirija com calma. (modo) 
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Ele cortou-se com a faca. (instrumento) 
Fomos ao cinema com nossos amigos. (companhia) 
Aquela escultura foi feita com argila. (matéria) 
Agora compare a seguinte oração com os exemplos apresentados: 
Concordo com você. 
Ao contrário das demais frases, em que a preposição introduz uma 
circunstância, nessa, a preposição com foi exigida pelo verbo. 
Assim, ora as preposições são usadas com valor semântico, de 
modo a exprimir certas circunstâncias aos elementos oracionais 
(como na função de adjunto adverbial), ora por exigência 
gramatical, como na função de objeto indireto. 
CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES
As preposições podem ser: 
ESSENCIAIS – são palavras que, desde sua origem, são usadas 
como preposição: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, 
em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. 
Todos estão contra a mudança do horário. 
ACIDENTAIS – palavras de outras classes gramaticais que “por 
acidente” são usadas como preposição: durante, mediante, 
conforme, segundo, consoante, que. 
Tenho que sair. 
Nós os temos como irmãos. 
Fugiu durante a noite. 
Veja uma interessante questão de prova que explorou esse 
conceito de preposição acidental. 
(ESAF/AFRF/2002.1) 
O homem é moderno na medida das senhas de que ele é 
escravo para ter acesso à vida. Não é mais o senhor de seu 
direito constitucional de ir-e-vir. A senha é a senhora 
absoluta. Sem senha, você fica sem seu próprio dinheiro ou 
até sem a vida. No cofre do hotel, são quatro algarismos; no 
seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador da 
empresa, você tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. 
A porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, também. 
Cada um de nossos cartões tem senha. Se for sensato, você 
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percebe que sua memória não pode ser ocupada com tanta 
baboseira inútil. Seus neurônios precisam ter finalidade 
nobre. Têm que guardar, sim, os bons momentos da vida. 
Então, desesperado, você descarrega tudo na sua agenda 
eletrônica, num lugar secreto que só senha abre. Agora só 
falta descobrir em que lugar secreto você vai guardar a senha 
do lugar secreto que guarda as senhas. 
(Alexandre Garcia, Abre-te sésamo, com adaptações) 
c) Respeitam-se as regras de regência da norma culta ao 
empregar a preposição de em vez de que na expressão 
verbal “Têm que” (l.10). 
Este item está CORRETO. 
Uma locução verbal pode apresentar, entre o verbo principal e o 
auxiliar, uma preposição (acabei de chegar, chego a tremer, acabo 
de fazer, tenho de aceitar). No meio da locução, no lugar da 
preposição, foi usada a palavra que: “ter que guardar”. Segundo a 
norma culta, deveria ser “ter de guardar”. Esse “que” 
(originalmente uma conjunção), por estar no lugar de uma 
preposição, recebe o nome de “preposição acidental”. O mesmo 
acontece em “Eu a tenho como uma irmã”, em que a palavra 
“como” (pronome, conjunção ou advérbio) está usada no lugar de 
uma preposição (“Eu a tenho por uma irmã”). 
Ainda sobre as formas “ter de” e “ter que”, cabe lembrar que 
Napoleão Mendes de Almeida (autor de “Gramática Metódica da 
Língua Portuguesa” e “Dicionário de Questões Vernáculas”) faz a 
seguinte distinção: “ter de” denota necessidade, 
obrigatoriedade (“Tenho de passar no concurso.”), enquanto “ter 
que” apenas relata a existência de algo para fazer (“Tenho dois 
livros que traduzir.” transformou-se em “Tenho que traduzir dois 
livros.”). 
Domingos Paschoal Cegalla, no Dicionário de Dificuldades da 
Língua Portuguesa, por sua vez, assim distingue as duas 
construções: 
“Não é de rigor, mas recomendável, usar ter de, em vez de ter 
que, quando se quer exprimir obrigação, necessidade (...). Não 
constitui erro usar ter que, pois tal sintaxe já se incorporou ao 
português de hoje. (...) Ter que é de rigor em frases como as 
seguintes, nas quais o que é pronome relativo: ‘Hoje não temos 
nada que comer.’ / ‘Nada mais tínhamos que fazer ali.’.”. 
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Em locuções prepositivas, a última palavra é sempre uma 
preposição essencial. (abaixo de, acima de, a fim de, junto a, de 
acordo com, devido a ...). 
As preposições também podem surgir isoladamente, conhecidas 
como sintagmas avulsos preposicionados (Com sua licença, por 
favor). Pode-se entender, todavia, que o antecedente, nesses 
casos, foi omitido. 
PREPOSIÇÃO EM ADJUNTO ADVERBIAL 
Vimos na aula passada que pode ocorrer a elipse (omissão) da 
preposição, especialmente em adjuntos adverbiais de tempo 
“Neste/Este fim de semana, irei ao litoral”, “Chegarei (no) 
domingo.”, “A lista dos aprovados sairá (n)esta semana ainda.”. 
Contudo, se o adjunto adverbial vier sob a forma de oração, há 
divergência doutrinária. 
Alguns julgam ser uma questão de conveniência, mas a posição 
majoritária é pela OBRIGATORIEDADE do emprego da preposição 
antes do pronome relativo correspondente. 
Encontramos, inclusive, uma questão de prova que corrobora esse 
posicionamento: 
(ESAF/AFC STN/2002) 
Marque o item sublinhado que representa impropriedade 
vocabular, erro gramatical ou ortográfico. 
Em vista da crescente conscientização sobre a necessidade de 
preservar o patrimônio cultural, tem havido muitas discussões 
sobre a proteção da área do entorno(A) ou do envoltório(B)do 
bem imóvel tombado. Há, principalmente, divergências quanto à 
sua(C) dimensão adequada ou ideal e ao momento que(D) passa 
a ser protegida.(E) 
(Baseado em Antônio Silveira R. dos Santos) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
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Na opção D, gabarito da questão, o pronome relativo que (cujo 
referente é o substantivo momento) cria, na oração adjetiva que 
inicia, uma estrutura equivalente a “a área passa a ser protegida 
no momento”. Percebe-se, assim, o valor adverbial da expressão 
sublinhada, exigindoo emprego da preposição em (em + o = no). 
Por isso, essa preposição “em” deve anteceder o pronome relativo 
“que”, que representa a palavra momento – “... momento em 
que passa a ser protegida.”. 
Com relação ao item c (correto), a locução “quanto a” uniu-se ao 
artigo que antecede “sua dimensão”, formando “quanto à sua 
dimensão”. Como vimos na aula de crase, seria facultativo o 
emprego do artigo definido antes do possessivo - “(a) sua 
dimensão” - e, por conseguinte, a acentuação – “quanto a (à) sua 
dimensão”. 
PREPOSIÇÃO EM COMPLEMENTOS NOMINAIS E VERBAIS
A preposição pode anteceder um complemento nominal ou um 
complemento verbal. Quando esse complemento vem sob a forma 
oracional, podemos adotar os seguintes posicionamentos. 
Em relação à omissão da preposição em complementos verbais 
(objeto indireto oracional), a posição majoritária da doutrina é 
de aceitar a omissão de preposição antes da conjunção. 
Veja uma questão de prova em que isso ocorreu: 
(ESAF/AFRF/2003) Julgue a assertiva abaixo em relação aos 
aspectos gramaticais. 
e) Não nos esqueçamos que a construção do autoritarismo, que 
marcou profundamente nossas estruturas sociais, configurou o 
sistema político imprescindível para a manutenção e 
reprodução dessa dependência. 
Este item da questão foi considerado CORRETO. 
O verbo esquecer-se (OLHA A AULA DE REGÊNCIA AÍ, 
GENTE!!!) – pronominal – é transitivo indireto, regendo a 
preposição de (Não se esqueça de mim.). 
Contudo, como o seu complemento indireto está sob a forma 
oracional (“que a construção do autoritarismo...”), é possível a 
elipse (omissão) da preposição. 
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Assim, em determinadas construções verbais (convencer-se, 
lembrar-se, esquecer-se, assegurar-se, duvidar, concordar, 
discordar, torcer), a preposição poderia ser omitida no 
complemento verbal oracional: 
“Concordamos (com) que todos devem ser aprovados.” 
“Duvidamos (de) que alguém venda mais barato.” (essa era a 
propaganda das Casas Sendas, no RJ; alguém aí se lembra disso?). 
Então, com objeto indireto oracional, a preposição pode ser 
omitida. Beleza! 
Agora, a norma culta prevê que, quando a preposição é exigência 
de um nome (adjetivo, substantivo abstrato ou advérbio) e o 
complemento está sob a forma oracional, a preposição deve 
anteceder a conjunção integrante que dá início ao complemento 
nominal: 
“Tenho a convicção de que estamos no caminho certo.” (“Tenho a 
convicção disso.” - alguém tem convicção de alguma coisa) 
“Somos favoráveis a que todos sejam nomeados rapidamente” 
(“Somos favoráveis a isso.” - alguém é favorável a alguma coisa). 
Em relação à omissão da preposição em complementos nominais, 
o assunto é bastante controverso. 
Há quem defenda a omissão da preposição em complementos 
nominais sob a forma oracional. 
Celso Luft, em seu Dicionário Prático de Regência Nominal, observa 
que “é viável a elipse da preposição antes do que” – Exemplo: 
“Estou certa que me hás de compreender.” (Alguém está certo de
alguma coisa = Estou certa de que...) . 
Algumas bancas já deixaram clara a sua posição. A ESAF, por 
exemplo, até hoje, sempre considerou um erro a omissão de 
preposição antes de uma oração que complementa um nome
(adjetivo, substantivo, advérbio). 
Veja uma dessas questões: 
(ESAF/AFT/2003) Julgue a correção gramatical da asserção 
abaixo. 
c) Na América Latina, por exemplo, “a integração global 
aumentou ainda mais as desigualdades salariais”, e há uma 
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preocupação generalizada que o processo esteja levando uma 
maior desigualdade no próprio interior dos países. Essa 
desigualdade já alcançou os Estados em suas relações 
assimétricas. 
Este item foi considerado INCORRETO. 
O substantivo preocupação, a depender do significado, pode 
reger diversas preposições ou locuções prepositivas (com, para 
com, em, etc.). Uma delas é a preposição de: Notei a sua 
preocupação de todos serem bem atendidos. 
No segmento “há uma preocupação generalizada que o processo 
esteja levando...”, faltou o emprego da preposição de antes da 
conjunção que. 
Quem tem uma preocupação, tem preocupação de alguma coisa. 
A forma correta seria: “há uma preocupação generalizada de que
o processo esteja levando...”. 
Houve também outro erro de regência - a omissão da preposição a
em “...esteja levando a uma maior desigualdade no próprio interior 
dos países.”. 
Contudo, isso não significa que a banca não possa mudar de ideia 
e, com base na lição de Celso Luft, passe a aceitar um 
complemento nominal oracional sem a preposição. 
Por isso, caso apareça uma questão como essa, em que o 
complemento nominal oracional estiver sem a preposição, 
tome cuidado: desenhe uma caveira ao lado da opção e continue 
lendo a questão até o fim. Se não surgir nada “mais errado”, essa 
deve ser a resposta. 
MAIS ALGUMAS PECULIARIDADES NO USO DAS 
PREPOSIÇÕES.
Eu sei que já falamos sobre isso na aula passada, mas não custa 
nada reforçar o ensinamento. 
De acordo com a norma culta, o sujeito das orações reduzidas de 
infinitivo deve estar separado da preposição – “Apesar de elas não 
saberem a matéria, tiveram um bom resultado.”. 
Modernamente, aceita-se a contração da preposição com o 
pronome ou artigo do sujeito – “Está na hora da onça beber água.” 
(exemplo do mestre Evanildo Bechara). 
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CUIDADO! 
Para analisar adequadamente a construção, devemos dispor os 
termos da oração na ordem direta. 
Lembra-se da pegadinha em que o Bill Gates caiu? 
“Para ____ estar aqui é um prazer imenso.” 
Como é mesmo que se preenche essa lacuna? Com “eu” ou “mim”? 
Devemos perguntar ao verbo quem é o seu sujeito: o que é um 
prazer imenso? Resposta: estar aqui. 
Então, colocando os termos na ordem direta (SUJEITO – VERBO – 
COMPLEMENTO): 
“ESTAR AQUI (sujeito) é um prazer para ____ .” 
Agora ficou mais fácil, não é? Após preposição, coloca-se um 
pronome oblíquo, desde que esse pronome não seja o sujeito de 
uma forma verbal. Então, devemos completar com mim. Na ordem 
original seria “Para mim estar aqui é um prazer imenso.”. Uma 
vírgula após mim cairia bem, já que iria mostrar que esse 
pronome não é o sujeito do verbo estar, que, aliás, é impessoal 
(“Para mim, estar aqui é um prazer.”). Todavia, essa vírgula não é 
obrigatória (mas isso é outro assunto...). 
Preencha, agora, as lacunas das seguintes orações: 
“O amor entre ____ e ____ morreu.” (eu / mim – tu / ti). 
Como você completaria? 
Vamos começar identificando o sujeito: quem/o que morreu? 
Resposta: o amor. 
Bem, se após preposição, devemos empregar o pronome oblíquo, 
ficaria “O amor entre mim e ti morreu.”. 
“Entre ____ pedir e ____ fazeres, há grande distância.” (eu / mim 
– tu / ti). 
Como fica agora? 
Como o pronome que irá ocupar a primeira lacuna será o sujeito do 
verbo pedir. Quem vai pedir? Resposta: eu. Então, só podemos 
colocar um pronome reto (é quem exerce as funções de sujeito e 
de predicativo do sujeito - aula sobre pronomes). O mesmo 
acontece com o sujeito do verbo fazer. Assim, a forma é “Entre eu
pedir e tu fazeres, há grande distância.”. 
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CONJUNÇÃO 
DEFINIÇÃO
São vocábulos de função estritamente gramatical, utilizados para o 
estabelecimento da relação entre dois termos na mesma oração ou 
entre duas orações, que formam um período composto. Assim 
como a preposição, não tem significado nem função sintática. 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1. FRASE – É a unidade mínima desentido completo na 
comunicação. Pode ser simples (Fogo!) ou complexa, 
formada por diversas orações. Pode conter verbo ou não. 
2. ORAÇÃO – é a frase (ou elemento frasal) com estrutura que 
comporta sujeito e predicado. Há verbo, explicito ou oculto. 
Note a diferença entre frase e oração a partir dos seguintes 
exemplos: 
Que mulher insuportável! 
Aquela mulher é insuportável! 
Na primeira, a opinião é apresentada de forma direta, sem 
verbo. Já na segunda, a mesma opinião é apresentada sob 
uma estrutura oracional (com sujeito e predicado). 
3. PERÍODO – é a estrutura composta por uma ou mais 
orações, dividindo-se, assim, em período simples e 
composto. 
3.1 - Período Simples – apresenta a oração absoluta. 
Estou muito feliz. 
3.2 - Período Composto – apresenta mais de uma oração, que 
podem estar em coordenação (independentes) ou em subordinação 
(uma exerce função sintática na outra – relação de dependência). 
Por que esta nomenclatura: subordinada e coordenada? 
Pense bem – são coordenadas estruturas que não dependem uma 
da outra, ou seja, caminham paralelamente. Já as subordinadas
exercem influência uma na outra, ou seja, uma estrutura exerce 
alguma função sintática (sujeito, objeto direto, objeto indireto etc.) 
na outra estrutura, estabelecendo, assim, uma relação de 
subordinação. 
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CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES
Oração Absoluta – é a oração que forma um período simples. Há 
somente uma oração no período. Por isso, é absoluta... é única! 
Orações Coordenadas – são orações independentes entre si. 
Não exercem função sintática umas nas outras. 
Por serem equivalentes, uma não é mais importante do que a 
outra. O que difere é a presença de uma conjunção em uma delas. 
Por síndeto, temos o conceito de “ligação, junção”. Por isso, 
chamam-se assindéticas as orações que não são introduzidas 
por conjunção (assindéticas “a” = prefixo de negação, 
ausência = sem síndeto não possuem o elemento de ligação). 
Consequentemente, as que recebem conjunção coordenativa se 
chamam sindéticas. 
As conjunções coordenativas podem ser aditivas, adversativas, 
alternativas, conclusivas ou explicativas. 
Orações Subordinadas – são orações que, como o nome já diz, 
se subordinam, ou seja, exercem função sintática em outra oração. 
Por isso, falamos em oração principal e oração subordinada. 
A oração subordinada exerce alguma função sintática na oração 
principal e pode se ligar a ela por meio das conjunções. Essa 
função sintática pode ser própria de um adjetivo (oração 
subordinada adjetiva), de um substantivo (oração subordinada 
substantiva) ou de um advérbio (oração subordinada adverbial): 
- Adjetivas – do mesmo modo que os adjetivos fazem 
referência a substantivos (calça clara, roupa velha), os 
pronomes relativos se referem aos substantivos presentes em 
orações antecedentes - são os referentes. Por isso, os 
pronomes relativos dão início a orações subordinadas 
adjetivas, que podem ser restritivas (restringir o conceito do 
substantivo) ou explicativas (explicar seu conteúdo, alcance ou 
conceito). 
PRONOMES RELATIVOS SEMPRE INICIAM ORAÇÕES 
SUBORDINADAS ADJETIVAS. 
- Substantivas - As orações subordinadas substantivas 
(também já vimos) são iniciadas pelas conjunções integrantes. 
Uma boa dica para identificar uma oração subordinada 
substantiva (e, consequentemente, a conjunção integrante) é 
substituir a oração iniciada pela conjunção pelo pronome 
substantivo ISSO. Veja estes exemplos: 
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1 - “Eu quero | que você me deixe em paz.” – “Eu quero 
ISSO.” – Então, “que você venha” equivale a um substantivo 
(Eu quero sossego./Eu quero paz.). É, portanto, uma oração 
subordinada substantiva. A função sintática exercida pelo 
substantivo é objeto direto (Alguém quer alguma coisa = Eu 
quero isso = que você me deixe em paz), e por isso a 
oração se chama: oração subordinada substantiva objetiva 
direta. 
2 - “É preciso | que você preste bastante atenção.” – “É 
preciso ISSO.” – “que você preste bastante atenção” é uma 
oração subordinada substantiva. Como o pronome exerce a 
função de sujeito (Isso é preciso), a oração se chama: oração 
subordinada substantiva subjetiva. 
CONJUNÇÕES INTEGRANTES SEMPRE INICIAM ORAÇÕES 
SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS. 
- Adverbiais - Finalmente, as orações subordinadas 
adverbiais são iniciadas por uma conjunção adverbial, que 
pode expressar uma das seguintes circunstâncias: causa, 
comparação, concessão, condição, consecução, 
conformidade, finalidade, proporcionalidade, 
temporalidade. 
CONJUNÇÕES ADVERBIAIS SEMPRE INICIAM ORAÇÕES 
SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
Esses conceitos fundamentais foram apresentados para que se 
compreenda o papel das conjunções, que é o de ligar elementos 
dentro de uma oração ou ligar orações entre si, formando períodos 
compostos. 
Não se preocupe com esses “nomes e sobrenomes” das orações. 
Aguarde a próxima aula, sobre Períodos. 
EMPREGO DAS CONJUNÇÕES 
As conjunções podem ser usadas em orações coordenadas 
(conjunções coordenativas) ou subordinadas (conjunções 
subordinativas). 
DICA IMPORTANTE: NÃO SE CLASSIFICA UMA ORAÇÃO 
SOMENTE PELA CONJUNÇÃO INTRODUZIDA POR ELA. 
Deve-se observar o valor que essa conjunção emprega ao período 
para, somente então, classificá-la. 
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CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: 
A conjunção que relaciona termos ou orações de idêntica função 
gramatical tem o nome de COORDENATIVA. 
O tempo e a maré não esperam por ninguém. 
Ouvi primeiro e falai por derradeiro. 
• ADITIVAS – possuem a função de adicionar termos ou 
orações de mesma função gramatical – e, nem, não só...
mas também (séries aditivas enfáticas) 
• ADVERSATIVAS – estabelecem uma relação de contraste 
entre os termos ou orações – mas, contudo, todavia, 
entretanto, no entanto, porém, enquanto
• ALTERNATIVAS – unem orações independentes 
(coordenadas), indicando sucessão de fatos que se negam 
entre si ou que são mutuamente excludentes (a ocorrência 
de um exclui a do outro) – ou, ora, nem, quer, seja 
(repetidos ou não) 
• CONCLUSIVAS – exprimem conclusão em relação à(s) 
oração(ões) anterior(es) – pois (no meio da oração 
sindética), portanto, logo, por isso, assim, por 
conseguinte
• EXPLICATIVAS – a oração sindética explica o conteúdo da 
outra oração – pois (no início da oração sindética), 
porque, que, porquanto
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS: 
Denominam-se SUBORDINATIVAS as conjunções que ligam duas 
orações, uma das quais determina ou completa o sentido da outra. 
Eram três da tarde quando cheguei. (a oração exerce a função de 
advérbio de momento) 
Pediram-me que definisse o contexto da tese. (a oração exerce a 
função de objeto direto do verbo PEDIR – Pediram-me isso.) 
Nas locuções conjuntivas, geralmente a última palavra é que. 
As conjunções subordinativas dividem-se em: INTEGRANTES e 
ADVERBIAIS. 
INTEGRANTES – são apenas duas (graças a Deus!) – que e se . 
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Elas sempre iniciam ORAÇÕES SUBORDINADAS 
SUBSTANTIVAS, ou seja, orações que estão no lugar de um 
substantivo. 
Por isso, exercem funções sintáticas próprias dos substantivos – 
sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, 
predicativo do sujeito, agente da passiva etc. 
Aproveitando o exemplo já apresentado: 
Pediram-me que definisse o contexto da tese. 
O verbo pedir é bitransitivo na oração (Alguém pede alguma coisa
a alguém.). Isso significa que o verbo possui um complemento 
indireto (representadopelo pronome “me”) e um complemento 
direto (representado pela oração “que definisse o contexto da 
tese”). 
Como a oração está no lugar de um substantivo (Pediram-me 
paciência.), é uma oração subordinada substantiva. 
ADVERBIAIS – iniciam orações subordinadas adverbiais. As 
circunstâncias expressas pelas orações podem ser: 
• CAUSAIS – a oração exprime causa em relação a outra 
oração – porque, pois, que, uma vez que, já que, 
porquanto, desde que, como, visto que, por isso que 
• COMPARATIVAS – subordinam uma oração a outra por 
meio de comparação ou confronto de ideias – que, do que 
(antecedidas por expressões mais, menor, melhor, pior 
etc.), (tal) qual, assim como , bem como 
• CONCESSIVAS – apresentam ideias opostas às da oração 
principal – embora, apesar de, mesmo que, ainda que, 
posto que, conquanto, mesmo quando, por mais que 
• CONDICIONAIS – indicam condição para que o fato 
expresso na oração principal se realize ou ocorra - se, caso, 
exceto se, salvo se, desde que, contanto que, sem que, 
a menos que, a não ser que 
• CONSECUTIVAS – apresentam a consequência para um fato 
exposto na oração principal – (tanto/tamanho(a)/ tão) 
que, de sorte que, de modo que, de forma que, de 
maneira que 
• CONFORMATIVAS – expressam conformidade em relação 
ao fato da oração principal – conforme, segundo, 
consoante, como (no sentido de conforme) 
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• FINAIS – apresentam a finalidade dos atos contidos na 
oração principal – a fim de (que), para que, porque, que 
• PROPORCIONAIS – expressam simultaneidade e 
proporcionalidade dos fatos contidos na oração subordinada 
em relação aos fatos da oração principal – à proporção 
que, à medida que, quanto mais (tanto), quanto menos 
(mais/menos) 
• TEMPORAIS – indicam o tempo/momento da ocorrência do 
fato expresso na oração principal – quando, enquanto, 
logo que, agora que, tão logo, apenas, toda vez que, 
mal, sempre que 
Para a prova, duas providências são necessárias: 
- MEMORIZAR o significado de algumas dessas conjunções 
(especialmente as sublinhadas, que não estão no nosso linguajar 
cotidiano); 
- ANALISAR o contexto para identificar a circunstância expressa 
pela oração subordinada. Não basta memorizar essa lista (aliás, 
essa providência é infrutífera – memorize apenas as conjunções 
inusitadas). Útil é compreender as circunstâncias em que devam 
ser empregadas. 
TABELA DE CONJUNÇÕES 
COORDENADAS ADITIVAS 
ADVERSATIVAS 
ALTERNATIVAS 
CONCLUSIVAS 
EXPLICATIVAS 
SUBORDINADAS INTEGRANTES 
ADVERBIAIS CAUSAIS 
COMPARATIVAS 
CONCESSIVAS
CONDICIONAIS
CONFORMATIVAS
CONSECUTIVAS 
FINAIS 
PROPORCIONAIS
TEMPORAIS 
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QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1 - (NCE UFRJ / ADMINISTRADOR PIAUÍ / 2006) 
“...[a droga é] usada pelo adolescente da periferia para viajar ao 
paraíso por alguns instantes”; a alternativa abaixo em que a 
utilização de um desses vocábulos apresenta o mesmo valor 
semântico presente nesse segmento destacado do texto é: 
(A) “se espalha para a multidão de gente pobre”; 
(B) “o bacilo da tuberculose, que, por via aérea...”; 
(C) “irá parar nos pulmões dos que passarem por perto”; 
(D) “é provável que se organize para acabar com as causas”; 
(E) “dirigidos por fundações privadas”. 
2 - (NCE UFRJ / ADMINISTRADOR PIAUÍ / 2006) 
TEXTO – A SAÚDE E O FUTURO 
Dráuzio Varella – Reflexões para o futuro 
Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorância e 
irresponsabilidade do passado. Acharemos inacreditável não 
havermos percebido em tempo, por exemplo, que o vírus da Aids, 
presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar 
ao paraíso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os 
travestis da cadeia, as garotas da boate, o meninão esperto, a 
menininha ingênua, o senhor enrustido, a mãe de família e se 
espalha para a multidão de gente pobre, sem instrução e higiene. 
Haverá milhões de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos 
caros e assistência permanente. Seus sistemas imunológicos 
deprimidos se tornarão presas fáceis aos bacilos da tuberculose, 
que, por via aérea, irão parar nos pulmões dos que passarem por 
perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidêmica do tempo dos 
nossos avós. Sífilis, hepatite B, herpes, papilomavírus e outras 
doenças sexualmente transmissíveis atacarão os incautos e darão 
origem ao avesso da revolução sexual entre os sensatos. 
No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância crescerão essas 
pragas modernas e outras imergirão inesperadas. Estará claro, 
então, que o perigo será muito mais imprevisível do que aquele 
representado pelas antigas endemias rurais: doença de Chagas, 
malária, esquistossomose, passíveis de controle com inseticidas, 
casas de tijolos, água limpa e farta. 
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Assustada, a sociedade brasileira tomará, enfim, consciência do 
horror que será pôr filhos em um mundo tão inóspito. Nessas 
condições é provável que se organize para acabar com as causas 
dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem fins lucrativos, 
dirigidos por fundações privadas e mantidos com o esforço e a 
vigilância das comunidades locais, poderão democratizar o 
atendimento público. Eficientes programas de prevenção, aplicados 
em parceria com instituições internacionais, diminuirão o número 
de pessoas doentes. 
Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para 
enfrentar o desafio de estender a revolução dos genes para 
melhorar a qualidade de vida dos que morarem na periferia das 
grandes cidades ou na imensidão dos campos brasileiros. 
A alternativa em que a preposição destacada tem valor semântico 
de meio é: 
(A) “para acabar com as causas dessas epidemias”; 
(B) “aplicados em parceria com instituições internacionais”; 
(C) “passíveis de controle com inseticidas”; 
(D) “mantidos com o esforço e a vigilância das comunidades 
locais”; 
(E) “Haverá milhões de pessoas com Aids”. 
3 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) 
“... sob novo signo.”; nesse segmento o autor empregou 
corretamente a preposição sob; o item abaixo em que houve troca 
entre sob/sobre é: 
(A) Sob esse aspecto, a economia vai mudar; 
(B) A economia foi analisada sob vários pontos de vista; 
(C) A industrialização virá sob um novo governo; 
(D) O congresso vai discutir sob política econômica; 
(E) A industrialização foi feita sob pressão de grupos. 
4 – (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm./ 2006) 
“Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos”; a forma 
abaixo que ALTERA o sentido original desse segmento do texto é: 
(A) quanto à veracidade dos fatos, havia controvérsias; 
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(B) em relação à veracidade dos fatos, existiam controvérsias; 
(C) no que diz respeito à veracidade dos fatos, havia 
controvérsias; 
(D) afora a veracidade dos fatos, havia controvérsias; 
(E) quanto à veracidade dos fatos, controvérsias havia. 
5 - (NCE UFRJ / AGER) 
TEXTO – NÃO 
Salomão Rabinovich (Psicólogo) 
A adolescência tem características particulares. São próprias dela a 
prepotência, a luta pela auto-afirmação, a sensação de que se 
pode tudo. Mas é sabido que, nessa fase da vida, somos 
inexperientes, inseguros, mais desatentos e um tanto 
desengonçados. Os jovens ainda estão em fase de crescimento, e o 
desenvolvimento biológico ainda não está completo. Por todos 
esses motivos, não é recomendável dar a carteira de motorista a 
um menor de 18 anos. O Brasil é campeão mundial de acidentes 
de carro. O trânsito em nossas grandescidades é caótico e 
violento. Os motoristas com idade entre 18 e 25 anos são os que 
mais correm e por isso a incidência de acidentes é maior nessa 
faixa etária. Desde o início do ano, temos o novo Código de 
Trânsito Brasileiro que vem sendo criticado por ser rigoroso 
demais, e é nesse contexto que se deseja dar a carteira de 
motorista aos maiores de 16 anos. Para quê? Não é possível 
esperar dois anos para começar a dirigir? 
Ser contra esse projeto de lei não é ser contra os jovens. Quando 
um adolescente vota, ele pode até estar fazendo uma escolha 
errada, mas ainda assim terá aprendido a exercer sua cidadania. 
Com um voto, porém, ele não vai morrer nem matar – o que pode 
acontecer se estiver dirigindo um carro. As vítimas, suas famílias e 
as pessoas que causaram acidentes sabem como é doloroso 
conviver com isso, principalmente quando um jovem morre ou fica 
inválido. Para ser contra a carteira de motorista para maiores de 
16 anos, basta visitar os hospitais das grandes cidades e ver o 
estrago que a morte de um adolescente causa. Já temos muitos 
problemas para resolver em relação ao trânsito e aos jovens 
brasileiros. Não precisamos de mais esse. 
O item em que o emprego da preposição em destaque está preso a 
uma necessidade gramatical e não de sentido é: 
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(A) “...a sensação DE que se pode tudo”; 
(B) “POR todos esses motivos...”; 
(C) “DESDE o início do ano...”; 
(D) “PARA quê?”; 
(E) “Ser CONTRA esse projeto de lei...”. 
6 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) 
Podemos ser operados com anestesia, suavizar dores com 
analgésicos. 
As duas ocorrências da preposição com no trecho acima 
expressam, respectivamente, o sentido de: 
(A) meio e modo. 
(B) meio e meio. 
(C) modo e meio. 
(D) modo e modo. 
(E) companhia e instrumento. 
7 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polícia / 2001) 
“Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que
a gente pensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que
não me saiu mais da cabeça.”; o comentário correto sobre esse 
segmento do texto é: 
a) os três quês do texto pertencem à idêntica classe gramatical; 
b) a expressão a gente, por dar idéia de quantidade, deve levar o 
verbo para o plural; 
c) a forma verbal vão deveria ser substituída pela forma vai; 
d) a forma verbal vão dar transmite idéia de possibilidade; 
e) a última oração do texto restringe o sentido do substantivo 
raciocínio. 
8 - (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) 
De olho no que julgam ser a maior oportunidade de negócios nos 
próximos anos em todo o mundo, as empreiteiras brasileiras 
articulam a formação de grandes consórcios a fim de disputar com 
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mais chances de vitória as licitações para a ampliação do canal do 
Panamá. O lobby que o presidente Fernando Henrique Cardoso fez 
pessoalmente em março, durante visita ao Panamá, é uma clara 
manifestação de que as empresas brasileiras contam com boas 
chances de serem escolhidas. 
Daniel Rittner. “Ampliação do canal do Panamá atrai empreiteiras”. 
In: Valor Econômico, 3/5/2002, p. A12. 
Na linha 6, preservam-se o sentido textual e a correção 
gramatical ao se substituir o pronome relativo “que” por qual, 
desde que também seja alterada a preposição “de” para da. 
9 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) 
Curiosamente, no momento em que os marxistas (e, com eles, a 
esquerda em geral) sublinhavam a significação crucial dos valores, 
da ética, a direita assumia a centralidade da economia e passava a 
acreditar que possuía a chave da compreensão correta (e da 
solução) dos problemas que nos afligem no presente. 
Assinale a alternativa correta quanto à classe gramatical e função 
sintática, respectivamente, das ocorrências da palavra QUE 
grifadas no trecho acima. 
CLASSE GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA 
(A) pronome relativo 
conjunção integrante 
pronome relativo 
adjunto adnominal 
objeto direto 
sujeito 
(B) conjunção integrante 
conjunção subordinativa 
conjunção integrante 
complemento nominal 
sem função sintática 
objeto direto 
(C) preposição 
pronome relativo 
conjunção integrante 
sem função sintática 
objeto indireto 
sem função sintática 
(D) conjunção integrante 
conjunção subordinativa 
conjunção subordinativa 
sem função sintática 
objeto indireto 
objeto direto 
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(E) pronome relativo 
conjunção integrante 
pronome relativo 
adjunto adverbial 
sem função sintática 
sujeito 
10 - (FCC / ICMS SP / 2006) 
Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são antes produtos 
de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao 
adestramento de cães de raça. A princípio, esse adestramento 
limitava-se a uma reduzida classe social, a nobreza. 
Considere as afirmações que seguem sobre o fragmento transcrito, 
respeitado sempre o contexto. 
I. A conjunção mas pode ser substituída, sem prejuízo do sentido 
original, por “entretanto”. 
II. O advérbio Já introduz a idéia de que mesmo Platão percebera 
a similaridade que o autor comenta, baseado na comparação feita 
pelo filósofo entre “cães de raça” e “nobreza”. 
III. A expressão A princípio leva ao reconhecimento de duas 
informações distintas na frase, uma das quais está subentendida. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I. 
(B) II. 
(C)) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
11 – (FCC / ICMS SP/2006) 
Escrito há cerca de setenta anos, / conserva a capacidade de 
atualização das páginas escritas com arte e verdade. 
Estaria explicitada a relação de sentido entre os dois segmentos 
destacados no período acima caso iniciasse 
(A) o primeiro segmento por Uma vez. 
(B) o primeiro segmento por Porquanto. 
(C) o primeiro segmento por Ainda que. 
(D) o segundo segmento por por isso. 
(E) o segundo segmento por de tal modo. 
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12 - (BESC / ADVOGADO/ 2004) 
Assinale a alternativa em que se tenha usado corretamente o 
porquê. 
(A) Os perigos porque passamos fizeram-nos amadurecer. 
(B) Porque todos vão ficar calados você também vai ficar? 
(C) Não havia um por quê para a ausência da equipe. 
(D) Sem saber porque, todos ficaram atônitos. 
(E) Eles não se manifestaram, porquê? 
13 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001) 
Assinale a alternativa correta quanto ao uso de "porque", "porquê", 
"por que", "por quê". 
A. Não saiu por que chovia. 
B. Não sei por que brigamos. 
C. Respondi por quê tinha certeza. 
D. Porque você não correu? 
14 - (FGV / ICMS MS – ATI / 2006) 
Perguntei por que ele não tocava mais piano. 
Assinale a alternativa correta acerca do uso do porquê na frase 
acima. 
(A) A forma está correta, pois corresponde à preposição POR + o 
pronome relativo QUE. 
(B) A forma está correta, pois é uma conjunção, sendo, nesse 
caso, sempre grafada como duas palavras. 
(C) A forma está correta, pois equivale a "por qual razão", 
caracterizando uma pergunta indireta. 
(D) A forma está incorreta, pois a forma com duas palavras só se 
usa em perguntas. O correto seria PORQUE. 
(E) A forma está incorreta, pois, embora seja grafada com duas 
palavras, a forma QUE deveria levar acento circunflexo. 
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15 - (ESAF/TRF/2002.1) 
Assinale a opção que, ao preencher as lacunas, torna o texto 
sintaticamente incorreto. 
___________ na execução de programas sociais no Nordeste, 
______ no desenho das relações entrecentros de pesquisa e 
empresas, um dos maiores problemas sempre foi o de garantir 
que os recursos cheguem ao seu destino e que sejam usados com 
inteligência. 
a) Seja / seja 
b) Tanto / quanto 
c) Conquanto/ ou 
d) Tanto / como 
e) Quer/ quer 
16 - (FGV / ICMS MS – TTI / 2006) 
O brasileiro é como eu ou você. Já não digo como o presidente, 
pois este nem pecado tem, mas como eu, você ou o vizinho. O 
povo é bom e honesto. Como demonstrou um programa para 
auxiliar famílias pobres do interior. Os pobres não receberam a 
ajuda, que ficou com as famílias remediadas ou ricas mesmo. E, 
quando alguém que não precisa recusa essa ajuda, a gente dá uma 
festa e bota no jornal, apesar de ser acontecimento tão trivial. 
(João Ubaldo Ribeiro. O Globo, 22/05/2005) 
Em “Como demonstrou um programa para auxiliar famílias pobres 
do interior.”, a palavra destacada apresenta noção de: 
(A) causa. 
(B) comparação. 
(C) condição. 
(D) conformidade. 
(E) modo. 
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17 - (FGV / Ministério da Cultura /2006) 
Mudou de idéia. Com 26 anos, percebeu que o hobby que tinha 
adquirido em Nova York se convertera em paixão. No final de 
2004, veio com sua família para duas semanas de férias em São 
Paulo. "Como sempre tive muito interesse em estudar a América 
Latina, fui ficando." Soube então de uma experiência desenvolvida 
pelo colégio Miguel de Cervantes, criado por espanhóis, na vizinha 
Paraisópolis. 
(Gilberto Dimenstein. Folha de São Paulo, 12/04/2006) 
O vocábulo Como (L.3) introduz idéia de: 
(A) causa. 
(B) comparação. 
(C) concessão. 
(D) conseqüência. 
(E) explicação. 
18 - (FUNDEC / TRT 2ª Região / 2003) 
Fazendo-se a junção de pensamentos expressos nos dois períodos 
do terceiro parágrafo “nas últimas décadas vem se formando ali 
um cinturão de miséria (...) _____ a região ostenta índices de 
desenvolvimento humano tão desesperadores quanto o de alguns 
dos países mais atrasados da África” (linhas 17-23), com o cuidado 
de se manter o sentido original, poderiam ser usados os conectivos 
abaixo relacionados, EXCETO: 
A) de modo que; 
B) tal que; 
C) tanto que; 
D) posto que; 
E) de sorte que. 
19 - (FCC / BANCO DO BRASIL / 2006) 
Somos todos da mesma espécie, mas o que encanta uns horroriza 
outros. 
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Caso o período acima iniciasse com a frase O que encanta uns 
horroriza outros, uma consecução coerente e correta seria: 
(A) dado que somos todos da mesma espécie. 
(B) embora se tratem todos da mesma espécie. 
(C) haja vista de que somos todos da mesma espécie. 
(D) conquanto sejamos todos da mesma espécie. 
(E) posto que formos todos da mesma espécie. 
20 - (ESAF/TRF/2003) 
O panorama da sociedade contemporânea sugere-nos incontáveis 
abordagens da ética. À medida que a modernidade — ou a pós-
modernidade — avança, novas facetas surgem com a metamorfose 
do espírito humano e sua variedade quase infinita de ações. Mas, 
falar sobre ética é como tratar da epopéia humana. Na verdade, 
está mais para odisséia, gênero que descreve navegações 
acidentadas, lutas e contratempos incessantes, embates de vida e 
morte, ilusões de falsos valores como cantos de sereias, assédios a 
pessoas e a propriedades, interesses contraditórios de classes 
dominantes figuradas pelos deuses, ora hostis ora favoráveis. As 
aventuras de Ulisses sintetizam e representam o confronto de 
ideais nobres e de paixões mesquinhas. Não obstante narram-se 
também feitos de abnegação, laços de fidelidade entre as pessoas 
e suas terras, lances de racionalidade e emoção, a perseverança 
na reconquista de valores essenciais. Os mitos clássicos são 
representações de vicissitudes humanas e situações éticas reais. 
Em relação ao texto, assinale a opção correta. 
a) Em “sugere-nos”(l.1) o pronome enclítico exerce a mesma 
função sintática do “se” em “narram-se”(l.10). 
b) Ao se substituir “À medida que”(l.2) por À medida em que, 
preservam-se as relações semânticas originais do período. 
c) A preposição “com”(l.3) está sendo empregada para conferir a 
idéia de comparação entre “novas facetas”(ls.2-3) e “metamorfose 
do espírito humano”(l.3). 
d) A expressão “Na verdade, está mais para odisséia”(l.4-5) e as 
informações que se sucedem permitem a inferência de que 
“epopéia”(l.4) não traria a noção de dificuldades, fracassos. 
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e) O período permaneceria correto se a preposição na expressão 
“confronto de ideais”(ls.9-10) fosse, sem outras alterações no 
período, substituída por entre. 
21 - (ESAF/TRF/2003) 
A ciência moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu 
paradigma mecanicista, que encara o mundo natural como 
máquina desmontável, levou a razão humana aos limites da 
perplexidade, porquanto a fragmentação do conhecimento em 
pequenos redutos fechados se afasta progressivamente da visão do 
conjunto. A excessiva especialização das partes subtrai o 
conhecimento do todo. Daí resulta a dificuldade teórica e prática 
para que o espírito humano se situe no tempo e no espaço da sua 
existência concreta. 
(José de Ávila Aguiar Coimbra, Fronteiras da Ética, SãoPaulo: 
Senac, 2002) 
Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo. 
- Ao se substituir a conjunção “porquanto”(l.3) pela conjunção 
porque, as relações sintáticas e semânticas do período são 
mantidas. 
22 - (ESAF/Oficial de Chancelaria/2002) 
Assinale a opção em que uma das duas sugestões não preenche 
corretamente a lacuna correspondente. 
A diplomacia defende e projeta no exterior os interesses nacionais, 
_____1______que ela procura melhorar a inserção internacional 
do país que representa. ____2____ ela não cria interesses 
____3_____pode projetar o que não existe. O país que se encontra 
por trás da diplomacia é o único elemento _____4________ela 
pode operar.______5________, a diplomacia só poderá responder 
adequadamente às transformações do cenário internacional se 
essas transformações forem, de alguma forma, internalizadas pelo 
país. 
(Adaptado de www.mre.gov.br, Comissão de Relações Exteriores 
da Câmara dos Deputados) 
a) 1 - da mesma forma / do mesmo modo 
b) 2 - Entretanto / Todavia 
c) 3 - nem / tão pouco 
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d) 4 - a partir do qual / com base em que 
e) 5 - Por isso / Por conseguinte 
23 - (ESAF/Gestor Fazendário MG/2005) 
A economia brasileira apresentou um bom desempenho ano 
passado, incentivada, principalmente, por anterior queda nos juros 
e pelo crescimento das vendas do país no exterior. ____(a)___este 
ano, um desses motores está ausente. ___(b)___ o Banco Central, 
para combater a inflação, vem elevando seguidamente a taxa 
básica, hoje situada em 19,25% ao ano. ____(c)____, os juros 
altos estão contribuindo para frear o crescimento econômico, mas 
não a inflação._____(d) _____o ganho com a queda da inflação é 
pequeno, se comparado à perda no crescimento econômico. Não 
se defende por meio dessa comparação, o aumento da produção a 
qualquer custo. _____(e)_____o objetivo é expor a atual ineficácia 
do aumento dos juros sobre a inflação. O outro motor importante 
para o crescimento de 2004 (as exportações brasileiras), no 
entanto, continua presente este ano, com ótimo desempenho. 
(Inflação e crescimento. Opinião.Correio Braziliense, com 
adaptações) 
Desconsiderando o emprego de letras maiúsculas e minúsculas, 
assinale a opção que, ao preencher a lacuna, mantém o texto 
coeso, coerente e gramaticalmente correto. 
a) Haja vista que 
b) Apesar de 
c) Entretanto 
d)Embora 
e) Tão pouco 
24 - (ESAF/Assistente de Chancelaria/2002) 
Assinale a opção em que ao menos um dos conectivos propostos 
para preencher a lacuna provoca incoerência textual ou erro 
gramatical. 
O Brasil é um país grande, diversificado _____(a)_____ visto como 
uma promessa que parece nunca se realizar. O potencial existe, 
_____(b) _____ há algo bloqueando o Brasil. Acho que é uma 
combinação de fatores como o sistema político e o modo de 
trabalhar do cidadão, pouco engajado nos problemas da sociedade, 
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______(c) _____ é muito freqüente o brasileiro eleger políticos 
por seu nível de popularidade, sem avaliar seus programas e 
ações. É um país muito importante para a economia mundial, 
_____(d) _____ sermos sempre decepcionados. É, ____(e) _____, 
um desafio delicado entender por que as coisas não acontecem 
rapidamente no Brasil. 
(Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptações) 
a) e / mas 
b) entretanto / mas 
c) já que / pois 
d) embora / apesar de 
e) contudo / portanto 
25 – (FUNRIO/ AUDITOR MUNICIPAL NITERÓI/2008) 
O vocábulo grifado só NÃO é pronome relativo em: 
A) “... e desencadeia o tratamento ríspido contra aqueles que, 
depois, serão deportados aos magotes.” 
B) “... diante do crescimento avassalador do número de brasileiros 
que buscam na Europa trabalho e sobrevivência.” 
C) “... Até parece que a mãe gentil já não abriga mais os filhos 
deste solo...” 
D) “... são as mesmas que lhes fecham as portas na Espanha.” 
E) “Logo, a vista grossa que faziam antes, no surto de 
crescimento...” 
26 – (FUNRIO/JUCERJA/2008) 
Texto 2 
Operário em construção (fragmento) 
Era ele que erguia casas 
Onde antes só havia chão. 
Como um pássaro sem asas 
Ele subia com as casas 
Que lhe brotavam da mão. 
Mas tudo desconhecia 
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De sua grande missão: 
Não sabia, por exemplo 
Que a casa de um homem é um templo 
Um templo sem religião 
Como tampouco sabia 
Que a casa que ele fazia 
Sendo a sua liberdade 
Era a sua escravidão. 
De fato, como podia 
Um operário em construção 
Compreender por que um tijolo 
Valia mais do que um pão? 
Tijolos ele empilhava 
Com pá, cimento e esquadria 
Quanto ao pão, ele o comia... 
Mas fosse comer tijolo! 
E assim o operário ia 
Com suor e com cimento 
Erguendo uma casa aqui 
Adiante um apartamento 
Além uma igreja, à frente 
Um quartel e uma prisão: 
Prisão de que sofreria 
Não fosse, eventualmente 
Um operário em construção. 
(MORAES, Vinícius de. Poesia completa e prosa. Org. Eucanaã 
Ferraz. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,2004, p.461.) 
Analise a proposição acerca do texto. 
- No verso “Que a casa de um homem é um templo”, o vocábulo 
destacado é pronome relativo. 
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27 - (FGV/MEC/2008) 
“À evidência imposta, que presume que a única forma aceitável de 
organização de uma sociedade é a regulação pelo mercado, 
podemos opor a proposta de organizar as sociedades e o mundo a 
partir do acesso para todos aos direitos fundamentais.” (L.35-39) 
As ocorrências da palavra QUE no trecho acima são classificadas 
como: 
(A) conjunção integrante e conjunção integrante. 
(B) pronome relativo e conjunção integrante. 
(C) pronome relativo e pronome relativo. 
(D) conjunção subordinativa e conjunção subordinativa. 
(E) conjunção integrante e pronome relativo. 
28 - (FGV/SSP RJ – PERITO/2008)
A América do Sul é nosso destino 
1. O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, 
notícias a respeito de possível rebelião de países vizinhos 
contra aquilo que seus governantes chamam de dívidas 
ilegítimas. O Brasil seria alvo quase que exclusivo, pois parte 
5. considerável de tal tipo de dívida foi contraída do governo 
brasileiro, sobretudo por meio do BNDES, tendo em vista 
viabilizar o financiamento de obras de infraestrutura, obras 
cuja realização estaria a cargo de grandes empresas de capital 
nacional. 
10. Não foi sem alguma perplexidade que soubemos que pesa 
sobre nosso principal banco de fomento a suspeita de ter 
realizado operações pouco transparentes, motivando a reação 
dos atuais governantes de países como Equador, Paraguai e 
Venezuela. No Congresso, a Comissão de Relações Exteriores 
15. e Defesa Nacional ensaia convocar o chanceler Celso Amorim 
e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para prestar os 
devidos esclarecimentos. Nada mais justo. Só não vale dizer 
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que as operações foram feitas sem o devido conhecimento e 
aval do Legislativo. A lei impede isso. 
20. Ademais, e este talvez seja o ponto principal, se o que está 
em tela é o modelo que possibilitou a realização da hidrelétrica 
de San Francisco no Equador, por meio da geração de 
empregos no Brasil e da exportação de bens e serviços 
brasileiros de alto valor agregado, longe estamos de uma 
25. situação em que o interesse nacional brasileiro não esteja 
sendo atendido. 
É importante que o público saiba que o modelo 
institucional de garantias mútuas que viabiliza 
empreendimentos de alta complexidade, com alto valor 
30. agregado envolvido, como são os casos de diversas 
operações de empréstimos do BNDES a governos vizinhos, é 
de fundamental valor estratégico para a economia brasileira e 
da América Latina. Trata-se do CCR, convênio entre os países 
da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração) que 
35. possui como objetivos básicos estimular as relações 
financeiras entre os países da região, facilitar a expansão do 
comércio recíproco e sistematizar as consultas mútuas em 
matérias monetárias, cambiais e de pagamentos. 
O CCR foi muito utilizado ao longo da chamada década 
40. perdida, permitindo que a economia latino-americana não 
desaparecesse com a crise da dívida externa e impulsionasse 
obras vitais para a industrialização das suas economias, teve o 
ritmo amortecido durante o período neoliberal, mas volta com 
muita força agora que o desenvolvimentismo volta a ser o foco 
45. de atuação dos governos da região. Ele será mais importante 
ainda neste momento de crise internacional e de escassez de 
moeda forte estrangeira. 
É importante que autoridades parlamentares e o público 
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brasileiro saibam também que o comportamento do governo 
50. equatoriano não atinge o Brasil apenas. Atinge toda a região e 
a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a 
efetiva realização da ameaça de não honrar compromisso 
assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é devido. 
Uma estratégia correta nessa conjuntura é a de coordenar 
55. esforços multilaterais no âmbito do continente, tendo em vista 
demonstrar para o governo do Equador que sua atual rota de 
ação pode agravar a situação de penúria na qual se veem 
envolvidos vários dos povos da América do Sul, pois ela 
ameaça a realização de projetos centrais para a alavancagem 
60. econômica da região. Não vale a pena, nessa conjuntura, 
fragilizar o governo e sua política externa, como se fosse 
possível tornar esta matéria elemento decisivo para o jogo 
eleitoral para daqui a dois anos. 
Como se fosse possível nos “desacoplarmos” da América 
65. do Sul, informando aos nossos vizinhos que nada temos a ver 
com o que acontece em suas fronteiras. Como se não 
comprássemos seus produtos, como se não vendêssemos 
bens e serviçosde alto valor agregado, como se não 
convivêssemos em um mesmo contexto geopolítico. 
70. A América do Sul é nosso destino – disso já sabiam 
governantes brasileiros antes da atual administração. A ênfase 
que lhe é dada hoje tem trazido benefícios importantes. O 
BNDES e o CCR são instituições e mecanismos fundamentais 
para a realização do interesse nacional no desenvolvimento 
75. econômico sustentado. A elite brasileira não deve cair na 
armadilha de, em nome de uma disputa eleitoral longínqua, 
comprometer a credibilidade daquilo que tem feito a diferença 
de nosso país vis-à-vis países que ainda patinam para 
reequipar suas economias. 
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(Fabiano Guilherme Mendes dos Santos. Folha de São Paulo, 
30/12/2008) 
“Como se fosse possível nos ‘desacoplarmos’ da América do Sul, 
informando aos nossos vizinhos que nada temos a ver com o que
acontece em suas fronteiras.” (L.64-66) 
As palavras grifadas no trecho acima classificam-se, 
respectivamente, como: 
(A) conjunção integrante – conjunção integrante – pronome 
relativo. 
(B) conjunção integrante – conjunção subordinativa – conjunção 
subordinativa. 
(C) conjunção subordinativa – conjunção subordinativa – 
conjunção integrante. 
(D) conjunção subordinativa – conjunção integrante – pronome 
relativo. 
(E) indeterminador do sujeito – pronome relativo – conjunção 
integrante. 
29 – (FGV/MINC/2006) 
(Angeli. www2.uol.com.br/angeli) 
A palavra que presente na fala do funcionário classifica-se como: 
(A) conjunção coordenativa explicativa. 
(B) conjunção integrante. 
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(C) conjunção subordinativa consecutiva. 
(D) preposição. 
(E) pronome relativo. 
30 - (ESAF/ATA MF/2009) 
Em relação ao uso das estruturas linguísticas no texto, julgue a 
assertiva. 
1. É próprio das grandes crises despertar o potencial 
criativo dos governos para reduzir-lhes os efeitos e, se 
possível, contorná-las. No Brasil, a utilização de meios 
inovadores para conter consequências mais dramáticas 
dos graves desacertos nas finanças internacionais 
5. prodigalizou, também, lições úteis a mudanças 
futuras na política econômico-financeira. Resta agora 
evidente que o alívio da carga tributária e das taxas de 
juros, medida adotada a fim de enfrentar a conjuntura 
adversa, é necessário, como instrumento eficaz, 
10. para assegurar dinamismo à atividade econômica. 
A decisão de maior impacto favorável ao desempenho 
do setor industrial se configurou na redução de 10,25% 
ao ano para 4,5% nos juros cobrados pelo BNDES na 
aquisição e produção de máquinas e equipamentos. 
15. Trata-se de taxa real zero, se comparada ao mesmo 
percentual previsto na meta de inflação para este ano. 
Em patamares variáveis, 70 produtos industrializados 
passarão a pagar menos IPI. Aí está outro benefício 
carregado de impulso ao avanço da economia. 
(Correio Braziliense, Editorial, 01/07/2009) 
- Em “se comparada” (l. 16), o pronome “se” confere ao período a 
noção de condição. 
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GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1 – D 
A preposição para pode assumir, dentre outros, os seguintes 
valores: 
- em relação ao espaço, direção: Ele vai para Curitiba. 
Note que há uma significativa distinção do verbo acompanhado da 
preposição para em relação ao mesmo verbo acompanhado da 
preposição a. No primeiro caso, apresenta-se um valor de 
permanência (Vou para Curitiba = Vou ficar um longo tempo em 
Curitiba) muito maior do que no segundo (Vou a Curitiba – Vou 
passar um tempo em Curitiba.). 
- tempo: Ele deixou o trabalho para segunda-feira. 
- de finalidade: Ele não responde para não se aborrecer. 
A preposição empregada no segmento do enunciado tem valor 
adverbial, apontando a finalidade do uso da droga: para “viajar” 
ao paraíso (note o valor transitório da preposição “a” nessa oração 
– viajar ao paraíso = “vai, mas volta logo”). O sentido da 
preposição “para” é a finalidade. 
Esse mesmo sentido é apresentado na estrutura da opção d: “é 
provável que se organize para acabar com as causas” (para = a 
fim de) 
Já a preposição por pode apresentar os seguintes aspectos (dentre 
outros): 
- caminho, percurso: Ele anda pelos campos. 
- de tempo: Por um minuto, pensei em você. 
- circunstancial: Ele contou tudo, tim-tim por tim-tim (de modo). 
Pelas mãos do escultor, surge a obra (de meio). 
- agente da passiva - A instituição foi administrada por ela no ano 
passado. 
Na expressão “por alguns instantes”, há a indicação de tempo. 
Isso não se repete nas demais opções: 
- b – pelas vias aéreas (meio); 
- c – por perto (proximidade). 
- e - a preposição introduz o agente da passiva: (são) dirigidos por 
fundações privadas. 
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2 – C 
Para identificar a construção que indica “meio”, será válida a troca 
da preposição por pela expressão “por meio de”. 
Uma opção que poderia suscitar dúvidas seria a de letra d: 
mantidos com o esforço e a vigilância das comunidades locais. 
Contudo, a expressão introduzida pela preposição não apresenta os 
“meios”, como seria em “mantidas com recursos do governo 
federal = por meio dos recursos”. Ela denota o “apoio” com que os 
hospitais poderiam contar. 
Só há uma opção em que aquela troca é possível: c - “passíveis de 
controle [por meio de] inseticidas”. 
3 – D 
Há significativa distinção entre as preposições sob e sobre. A 
primeira (sob) significa “debaixo de” e pode ser usada em 
expressões como “sob esse aspecto, sob uma condição, sob o 
domínio de, sob o governo de” – sempre com a ideia de 
subordinação. 
Já a preposição sobre pode exprimir valor de “acima de” 
(posição), “a respeito de” (assunto), dentre outras acepções. 
Por isso, o gabarito é a letra d: alguém discute “a respeito de” 
alguma coisa. Então, a preposição adequada seria sobre: “O 
congresso vai discutir sobre política econômica”. 
4 – D 
Construída a partir da contração da preposição “a” com o advérbio 
“fora”, a expressão “afora” (escrita assim mesmo, tudo junto) pode 
ser classificada como: 
- um advérbio: “Viajando pelo mundo afora, na cidade que não 
tem mais fim” (letra de “À Francesa”, de Cláudio Zoli e Antônio 
Cícero, sucesso de Marina Lima – quem tem cerca de 30 anos 
certamente se lembra dessa, não é?) 
- uma preposição, com valor de: 
 “além de”: Afora os percalços do caminho, encontramos 
também pessoas ingratas. 
 “exceto, salvo”: Encontramos dificuldade no caminho, 
afora neste trecho que foi reformado. 
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Por isso, está empregada de forma inapropriada na opção d. 
5 – A 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais hífen em “autoafirmação”. 
As preposições podem ser usadas para apresentar circunstâncias 
(em adjuntos adverbiais) ou em função de exigências gramaticais 
(objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva). 
Em “a sensação de que se pode tudo”, a regência do substantivo 
sensação exige a preposição de. Essa é a resposta. 
Nas demais ocorrências, a preposição introduz elementos 
circunstanciais à oração. 
6 – C 
Para não errar, tenha em mente que a preposição com atribui 
circunstância de meio quando puder ser substituída pela expressão 
“por meio de”. 
Vamos testar: 
- “Podemos ser operados por meio de anestesia...” 
Isso não faz sentido algum! 
“Com anestesia” é o modo pelo qual o sujeito será operado. Paraidentificar essa circunstância mais facilmente, imagine um dentista 
perguntando ao seu cliente: “como o senhor deseja ser tratado, 
com ou sem anestesia?” – ou seja, “de que modo quer ser 
tratado?”. 
- “... suavizar dores por meio de analgésicos” 
Agora, sim! Os analgésicos serão os meios pelos quais as dores 
serão suavizadas. 
Assim, as circunstâncias apresentadas são, respectivamente, de 
modo e de meio. 
7 – E 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais acento agudo em “ideia”. 
Agora, iremos tratar da diferença entre PRONOME RELATIVO e 
CONJUNÇÃO INTEGRANTE. 
A primeira, já vimos, inicia uma oração subordinada adjetiva. 
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A segunda, uma oração subordinada substantiva. 
Mas, como fazer essa distinção na oração? Afinal de contas, a 
palavra QUE pode, dentre outras coisas, ser um pronome relativo 
(chamado de pronome relativo universal) ou uma conjunção 
integrante. 
Será pronome relativo quando tiver um referente, ou seja, um 
substantivo ou pronome substantivo pertencente à oração anterior 
ao qual irá se referir (por isso, o termo “referente”). 
Já como conjunção integrante, não. Por ter valor de substantivo, 
essa oração pode, regra geral, ser substituída pelo pronome ISSO. 
Vamos aos exemplos: 
O rapaz que conheci viajou. 
Esse período é composto por duas orações. 
Oração 1: O rapaz viajou (principal) – que rapaz é esse? 
Oração 2: que conheci (oração subordinada) 
A palavra que está no lugar do substantivo rapaz (Eu conheci o 
rapaz). 
Então, essa palavra é mesmo um pronome relativo. 
A “oração 2” é uma oração subordinada adjetiva e exerce a função 
sintática de adjunto adnominal, pois atribui ao substantivo rapaz
uma característica (não é qualquer rapaz, mas o “rapaz que 
conheci”). 
Eu reconheço que errei. 
Esse período também é composto por duas orações. 
Oração 1: Eu reconheço (principal) 
Oração 2: que errei. (oração subordinada) 
A segunda oração poderia ser substituída pelo pronome ISSO: Eu 
reconheço isso. 
Essa palavra que é, portanto, uma conjunção integrante e a 
oração é uma oração subordinada substantiva. 
Alguém reconhece alguma coisa. No lugar de “alguma coisa”, está 
a oração. 
Ela exerce a função sintática de objeto direto da oração principal 
(Eu reconheço isso = “que errei”). Por isso, é chamada de “oração 
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subordinada substantiva objetiva direta”. Já estamos começando a 
nos acostumar com essa nomenclatura, que será objeto de estudo 
do próximo encontro. 
Vamos, agora, analisar os “quês” que surgiram no enunciado. 
“Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que
a gente pensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que
não me saiu mais da cabeça.” 
Como disse o esquartejador, “vamos por partes” (horrível essa, 
mas não pude resistir): 
“... um desses debates universitários que a gente pensa que não 
vão dar em nada” 
Vamos substituir o pronome pelo substantivo correspondente e 
colocar na ordem direta: 
A gente pensa que esses debates universitários não vão dar em 
nada. 
O primeiro “que” está no lugar de “esses debates universitários”. 
Já o segundo (a gente pensa que...) inicia uma oração que poderia 
ser substituída pelo pronome isso: 
A gente pensa ISSO. (Sim, o verbo pensar também pode ser 
transitivo direto – consulte um bom dicionário de regência verbal, 
no caso de dúvida). 
É, então, uma conjunção integrante. 
2) “... ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça” 
O que não saiu mais da cabeça? Resposta: um raciocínio. 
Em seu lugar, foi empregada a palavra que (que não me saiu mais 
da cabeça). 
Ela é, portanto, um pronome relativo. 
Assim, segundo a ordem de aparecimento, os três “quês” são: 
Pronome relativo / conjunção integrante / pronome 
relativo. 
Vamos, agora, analisar as opções: 
a) ERRADA – eles não pertencem à mesma classe gramatical: o 
segundo é uma conjunção integrante, enquanto os outros são 
pronomes relativos. 
b) ERRADA – a expressão a gente exige o verbo no singular, 
mesmo que indique várias pessoas. 
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c) ERRADA – a análise que fizemos já nos permite afirmar que o 
sujeito da locução verbal “vão dar” é “debates universitários” (A 
gente pensa que esses debates universitários não vão dar em 
nada.). 
d) ERRADA – essa locução verbal equivale a “darão”, com o verbo 
no futuro do presente indicando fato futuro e certo, e não uma 
possibilidade (verbo no futuro do pretérito ou no modo subjuntivo). 
e) CERTA – a oração “que não me saiu mais da cabeça” restringe o 
alcance da palavra raciocínio. É uma oração subordinada adjetiva 
restritiva. 
As orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou 
explicativas. 
Veja o seguinte exemplo: 
Meu primo que é paulista esteve aqui. 
Pergunto: quantos primos eu tenho? 
De acordo com essa oração, certamente mais de um. Não houve 
pausa entre a primeira oração (meu primo esteve aqui – oração 
principal) e a oração subordinada adjetiva que se refere a “primo”. 
Assim, essa oração adjetiva tem valor RESTRITIVO. De todos os 
primos que tenho, o que é paulista esteve aqui. O mineiro, não 
esteve; o baiano também não. 
Agora, mudo a oração adjetiva, colocando-a entre vírgulas: 
Meu primo, que é paulista, esteve aqui. 
Quantos primos eu tenho, segundo essa construção? Só um – o 
paulista. 
Isso porque a oração, com pausa, é EXPLICATIVA. Ela poderia ser 
omitida, afinal a informação é dispensável: meu primo esteve aqui 
(eu só tenho um e ele é paulista!). 
Esses conceitos serão abordados novamente em aulas futuras. 
8 – ITEM INCORRETO 
A banca examinadora tentou enganar você, hem? Sugeriu 
simplesmente a troca de um “de que” por um “da qual”. Se você 
não fosse tão esperto(a), teria caído diretinho, não é mesmo? 
Ainda bem que você voltou ao texto e percebeu que esse “que” 
não era um pronome relativo, mas uma conjunção. 
(Foi exatamente isso que aconteceu, não é?!?!?!?!...rs...) 
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Vamos analisar a construção. 
O lobby que o presidente Fernando Henrique Cardoso fez 
pessoalmente em março, durante visita ao Panamá, é uma clara 
manifestação de que as empresas brasileiras contam com boas 
chances de serem escolhidas. 
Vamos simplificar: “O lobby (...) é uma clara manifestação DISSO 
”. 
Mas “DISSO” o quê? Resposta: “de que as empresas brasileiras 
contam com boas chances de serem escolhidas”. 
Toda a oração complementa o substantivo “manifestação”. Sua 
função sintática é, portanto, complemento nominal. 
Como pudemos substituir toda a oração pelo pronome ISSO
(conjugado com a preposição “de” formando DISSO), a oração é 
subordinada substantiva completiva nominal, e a palavra “que” é 
uma conjunção integrante. 
A essa altura do campeonato, você já deve ter decifrado o enigma 
dessa nomenclatura: oração subordinada substantiva 
completiva nominal. 
- oração subordinada (exerce função sintática na oração anterior); 
- substantiva (está no lugar de um substantivo); 
- completiva nominal (exerce a função sintática de complemento 
nominal). 
9 – E 
Já aprendemos a distinguir um pronome relativo de uma conjunção 
integrante. Essa questão é uma ótima oportunidade de vermos, 
também, a função sintática que podem ser exercidas. 
Primeira providência - verificar se o "que" se refere a algum 
termo antecedente (PRONOME RELATIVO) ou inicia uma oração 
substantiva (que pode ser substituída por "ISSO" - CONJUNÇÃO 
INTEGRANTE). 
1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - 
PRONOMERELATIVO (nesse momento) 
2º. "passava a acreditar que possuía a chave" - passava a 
acreditar NISSO – CONJUNÇÃO INTEGRANTE 
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3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - "que" se 
refere a "problemas"- PRONOME RELATIVO (os problemas nos 
afligem). 
A ordem é, portanto, pronome relativo / conjunção integrante 
/ pronome relativo. 
Vamos, agora, às opções - as letras a e e são as únicas que 
apresentam essa disposição (Já temos 50% de chances de ganhar 
o ponto!!!). 
Vamos, agora, analisar a função sintática dos termos. 
A conjunção integrante não exerce função sintática nenhuma – é 
só um conectivo (como nos indica o título da aula de hoje). 
Assim, podemos eliminar também a opção a, que indica a função 
de objeto direto. 
Não caia nessa pegadinha!!! 
Para começar, o verbo acreditar é transitivo indireto – Alguém 
acredita em alguma coisa. Como o objeto indireto está sob a forma 
oracional, a preposição pode ser omitida (espero que você ainda se 
lembre dessa lição, hem????). 
Só que quem exerce a função de objeto indireto não é a
conjunção, mas toda a oração que foi iniciada por ela: “(em) 
que possuía a chave da compreensão ...”. 
Os pronomes relativos, sim, exercem funções sintáticas nas 
orações adjetivas que iniciam: 
1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - 
refere-se a uma informação circunstancial (momento) - sua 
função é ADJUNTO ADVERBIAL. 
3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - "que" se 
refere a "problemas" - os problemas nos afligem - a função é a de 
SUJEITO. 
A ordem seria, portanto: adjunto adverbial / sem função 
sintática / sujeito, confirmando, assim, a resposta: letra e. 
10 – C 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais acento agudo em “ideia”. 
I – A partir deste item, veremos que não se pode afirmar a 
classificação de uma conjunção sem verificar o valor que ela atribui 
ao período. 
Oração 1 = Nem uma nem outra nasceram do acaso 
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Oração 2 = São antes produtos de uma disciplina consciente 
Note que não há divergência entre as duas orações. Pelo contrário, 
elas se completam: “não nascem do acaso são produtos de uma 
disciplina consciente”. 
Assim, o valor da conjunção mas para o período é de ADIÇÃO. 
Portanto, essa assertiva está INCORRETA. 
II – Note que o vocábulo “Já” equivale a “por sua vez”: “Já Platão a 
comparou ao adestramento de cães de raça” = “Platão, por sua 
vez, a comparou ao adestramento de cães de raça”. 
É estabelecida, portanto, uma relação contrária entre as orações 
– um afirma isso; outro, por sua vez, afirma aquilo. São 
argumentos que se encontram em direções opostas. 
Por isso, está INCORRETA a afirmação de que o pensamento do 
autor se assemelha ao de Platão. 
III – Existe uma diferença entre a expressão “A princípio” e “Em 
princípio”. 
A primeira equivale a “primeiramente”, “em primeiro lugar”. 
Já a segunda significa “em tese”, dependente de confirmação 
posterior. 
Ao afirmar que “a princípio, esse adestramento limitava-se a uma 
reduzida classe social, a nobreza”, podemos supor que, 
posteriormente, o “adestramento” se estendeu a outras classes 
sociais. É essa a informação que está subentendida. 
Por isso, está CORRETA a afirmação do item III. 
A partir da próxima questão, vamos analisar o valor de algumas 
conjunções “cabeludas”. 
11 - C 
As conjunções “uma vez que”, “por isso”, “porquanto”, “de tal 
modo” atribuem à oração subordinada um valor causal (“por esse 
motivo”) 
Contudo, as orações “Escrito há cerca de setenta anos” e “conserva 
a capacidade de atualização das páginas escritas com arte e 
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verdade” estão em campos semânticos opostos: o primeiro indica 
antiguidade (“escrito há setenta anos”), enquanto o segundo, sua 
atualidade (“conserva a capacidade de atualização”). 
Em virtude disso, a conjunção que se presta a unir as duas orações 
é “ainda que”, de valor concessivo, ou seja, liga orações que 
apresentam ideias contrárias. 
12 – B 
Em vários livros voltados para concursos públicos há listas e mais 
listas sobre o “porque” e suas formas (separado com acento, 
separado sem acento, junto com acento, junto sem acento). 
Primeiro devemos entender o motivo da acentuação do vocábulo. 
Quando o pronome ou a conjunção está no início ou no meio do 
período, normalmente a palavra é átona, chegando, por 
regionalismo, a ser pronunciada como “porqui”. 
Todavia, no fim do período, recebe ênfase e passa a ser forte, 
tônica. É por isso que, nessa posição, recebe o acento circunflexo 
(por quê). Também é acentuado o substantivo porquê, que, na 
mudança de classe gramatical, passou a ter uma tonicidade que, 
na forma de pronome ou conjunção, não tinha. 
Em resumo: recebe acento circunflexo o vocábulo tônico, quer 
pronome interrogativo no fim da frase (“Eu preciso saber por 
quê.”), quer substantivo (“Ele não sabe o porquê da demissão.”). 
Assim ,em resumo, se for: 
- substantivo - (o/um/este)- é junto e com acento:
porquê
- conjunção (explicativa ou causal), é junto, sem acento 
– porque. 
- pronome relativo (que) acompanhado de 
preposição (por) - é separado e pode ser substituído 
por “pelo qual” e flexões: “Há muitas razões por que 
[pelas quais] tanta gente presta concurso público.” – 
por que. 
- preposição + pronome interrogativo (em pergunta 
direta ou indireta), ele é separado e apresenta a ideia de 
“por qual motivo / por qual razão”: “Não sei por que
você não veio.” / “Por que você não veio?” / “Você não 
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veio por quê?” (recebeu acento por ser tônico) – por 
que. 
Usa-se essa forma também como complemento de 
expressões como eis, daí e em outras em que esteja 
implícita a palavra “motivo” – “Eis por que (motivo) eu não 
irei à festa.” / “Estive doente, daí por que (motivo) não fui 
à festa.” / “Não há por que (motivo) você se aborrecer 
comigo.”. 
Vamos, agora, analisar as opções. 
A) O pronome relativo que substitui o substantivo “perigos”, ao 
passo que a construção exige a preposição por: “Nós passamos 
por perigos”. Como é uma preposição + pronome relativo, 
escrevem-se separadamente: Os perigos por que passamos. 
B) Cuidado com a pegadinha! O “porque” não é um pronome 
interrogativo que forme uma oração interrogativa. Essa ordem da 
oração nos leva a imaginar isso! 
Na verdade, colocando na ordem direta, a oração interrogativa 
seria: “Você também vai ficar (calado) porque todos vão ficar 
calados?”. 
Ou seja, em virtude de/ pela razão de / pelo motivo de todos 
ficarem calados, você também ficará? Esse “porque” é uma 
conjunção causal, devendo ser grafada assim: porque. Por isso, 
está certa a grafia desse vocábulo. 
Realmente, essa questão foi muito maldosa! 
C) Agora, esse “porquê” é um substantivo. Prova disso é que está 
acompanhado de um artigo indefinido: um porquê. Assim, deve ser 
grafado com acento e tudo junto: porquê. 
D) Nessa oração, está subentendida a palavra “motivo”: “Sem 
saber por que (motivo), todos ficaram atônitos”. Nesse caso, trata-
se de uma preposição acompanhada de um pronome interrogativo, 
devendo ter a grafia separada – por que. Como o pronome está 
no fim da oração, recebe também um acento circunflexo por ser 
tônico: Sem saber por quê, todos ficaram atônitos. 
E) Temos, aí, uma pergunta. Por isso, o vocábulo deve ser 
separado, mantendo o acento por ser tônico: Eles não se 
manifestaram, por quê? 
Resolva, agora, a próxima, para fixar esses conceitos. 
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