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PROVA - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE DIREITO - JOAQUIM NABUCO

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QUESTÃO 1
A lei 9.307, de 23 de setembro de 1996, que dispõe sobre arbitragem, em seu artigo 44 
estabeleceu: " ficam revogados os artigos 1.037 a 1.048 da Lei 3.071, de 1º de janeiro de 1916, 
Código Civil Brasileiro; os artigos 101 e 1.072 da Lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código 
de Processo Civil". Neste caso, é possível dizer então que ocorreu:
A ( ) revogação tácita;
B ( ) ab-rogação expressa;
B ( x ) derrogação expressa;
D ( ) repristinação.
R: A resposta correta é a letra C, porque é possível dizer que ocorreu 
"derrogação expressa", que é a perda parcial de vigência de uma lei.
QUESTÃO 2
Mávio esta recém-casado com Maria, ex-namorada de seu vizinho Tício que, por essa razão, o 
detesta. Um belo dia, ao sair de casa para ir ao trabalho, Tício se depara com o veículo de seu 
desafeto estacionado na sua vaga de garagem, e movido por um ataque de fúria, dá um chute 
no automóvel, quebrando a lanterna. Ao saber do incidente, Mávio resolve ingressar junto ao 
Poder Judiciário em face de Tício, a fim de obter o ressarcimento dos gastos decorrente da 
compra de uma nova lanterna para seu automóvel. Ao ajuizar a ação em face de seu vizinho, 
Mévio está fazendo uso de seu :
A ( ) Direito Penal;
B ( ) Direito Natural;
C ( ) Direito Objetivo;
D ( x ) Direito Privado;
E ( ) Direito Processual.
R; A resposta correta é a letra D, porque Direito Privado é o conjunto dos 
preceitos e normas que regulam a condição civil dos indivíduos e das 
coletividades organizadas ( pessoas jurídicas), inclusive o Estado e as 
autarquias, e bem assim os modos pelos quais se adquirem, conservam, 
desfrutam e transmitem os bens e também as relações de família e as 
sucessões.
QUESTÃO 3
Em 1957, Pedro comprou um imóvel de João, cumprindo todas as formalidades legais que 
previa a lei vigente à época para a aquisição do imóvel. Ocorre que, em janeiro de 2000, esta 
lei foi derrogada pela Lei nº 4.200/00, prevendo alguns requisitos a mais para a aquisição do 
imóvel. Na hipótese acima mencionada, podemos afirmar que, com relação ao tema " conflitos 
de leis no tempo", estamos diante de : ( Assinale a opção correta)
A ( ) expectativa de direito;
B ( ) coisa julgada;
C ( x ) direito adquirido;
D ( ) ato jurídico perfeito;
E ( ) direito natural.
R: A opção correta é a letra C, posto que em relação ao tema " conflitos de leis 
no tempo".
QUESTÃO 4
São requisitos formais de validade da norma, à EXCEÇÃO:
A ( ) elaboração por um órgão competente, legítimo para tal fim.
B ( ) competência em razão da matéria do órgão.
C ( ) observância do processo legislativo.
D ( x ) ter sido a lei elaborada pelo legislador e sancionada pelo chefe do 
executivo, como dispõem os artigos 61 e seguintes da Constituição Federal.
E ( ) observância aos anseios sociais que a motivaram.
R:
QUESTÃO 5
Diversos autores formularam teorias que buscam enfrentar um dos problemas mais complexos 
da Ciência do Direito: as diferenças entre a Moral e o Direito, que caracterizam os sistemas da 
moral e o jurídico. Tendo em conta que Thiago Souza, menor de idade, recorre à Justiça 
requerendo alimentos em face de seus avós. Na oportunidade, a justificativa para tal pedido foi 
a de que teriam esses (avós) melhores condições financeiras do que os pais. Qual das teorias 
dos círculos se aplica ao caso em questão, fundamentalmente no que refere à obrigação de 
prestação de alimentos pelos pais e pelos avós?
A ( ) Teoria dos Círculos Independentes.
B ( ) Teoria dos Círculos concêntricos.
C ( x ) Teoria dos Círculos Secantes.
D ( ) Teoria da Relatividade.
R: A resposta correta é a letra C, pois a Teoria dos Círculos Secantes, de 
Claude du Pasquier, segundo a qual, Direito e Moral coexistem, não se separam, 
pois há um campo de competência comum onde há regras com qualidade 
jurídica e que têm caráter moral. Toda norma jurídica tem conteúdo moral, mas 
nem todo conteúdo moral tem conteúdo jurídico. Portanto, esta resposta é a que 
se aplica ao caso em questão.
QUESTÃO 6
A lei, a partir do momento em que entra em vigor, é obrigatória para todos os seus 
destinatários, não podendo o juiz negar-se a aplicá-la ao caso que está julgando. Entrando em 
vigor, a ninguém é lícito ignorar a lei. À doutrina, seguida pela maioria dos juristas do século 
passado, encontrou-o na presunção absoluta do conhecimento da lei. A justificação desse 
princípio decorre, segundo a opinião moderna, da necessidade social de que, publicada a lei, 
transcorrida a vacatio legis, deve ser a lei aplicada mesmo aos casos em que for arguida sua 
ignorância. Na verdade, a multiplicidade de leis, fenômeno característico de nossa época, 
dificulta o conhecimento de todas as leis pelos próprios juristas, quanto mais pelos leigos. 
Assim, esse princípio só pode ser justificado tendo em vista:
A ( ) As razões de ordem social, já que a necessidade da segurança jurídica exige tal 
postura.
B ( x ) As razões de ordem moral, pois são estas em últ ima instância que 
fundamentam o ordenamento jurídico.
C ( ) As razões de ordem racional, pois se alguém afirma desconhecer a lei, isto deve ser 
levado em consideração sempre.
D ( ) As razões de ordem ética, pois não fica bem desconhecer as leis.
R: A resposta certa é a letra B, porque Moral deriva do latim mores, " relativo 
aos costumes". Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra 
"moral", que esta se originou a partir do intento dos romanos traduzirem a 
palavra grega êthica. e assim, a palavra moral não traduz por completo, a 
palavra grega originária. É que êthica possuía, para os gregos, dois sentidos 
complementares: o primeiro derivava de êthos e signif icava, numa palavra, a 
interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente 
humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-
nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica signif icava 
também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e 
regras, o que se material iza na assimilação social dos valores.
QUESTÃO 7
Está em vigor uma lei trabalhista, de acordo com a qual um empregado tem direito a férias 
após 12 meses trabalhos. Apesar de alcançado o prazo, o trabalhador Adamator Pereira não 
requer suas férias e continua sua atividade laborativa. Eis então que, dois meses depois, é 
editada uma nova lei trabalhista, segundo a qual há necessidade de 18 meses trabalhados 
para que se venha a auferir o gozo das férias. após a leitura do texto, aponte a opção 
CORRETA:
A ( x ) a lei nova não pode ferir o direito adquirido ( Art. 5, XXXVI, CF), por 
isso Adamastor pode entrar de férias já.
B ( ) Adamastor não pode entrar de férias já, pois ao não entrar com o pedido de férias tem 
somente expectativa do direito.
C ( ) Adamastor terá que esperar por mais seis meses para gozar suas férias.
D ( ) Adamastor poderá entrar de férias se seu chefe determinar.
E ( ) As razões de ordem ética, pois não fica bem desconhecer as leis.
R: A resposta correta é a letra A.
QUESTÃO 8
A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, no julgamento da apelação cível nº 
2006.001.49042, decidiu não aplicar em casos semelhantes o benefício da gratuidade de 
justiça estabelecido pela Lei 1.060/50: Assistência judiciária. Benefício deferido a autor de ação 
de despejo e cobrança. Impossibilidade de sua extensão aos embargos ajuizados por terceiro, 
sem que houvesse novo requerimento do exequente". Na nomeada decisão os julgadores 
utilizaram: (Assinale a opção correta):
A ( x ) interpretação restrit iva;
B ( ) integração;
C ( ) Revogação;
D ( ) Equidade;
E ( ) Repristinação.
R: A resposta correta é a letra A, porque util izaram a interpretação restrit iva.
QUESTÃO 9
A Carvalho de Menezes Empreendimentos Imobiliários S. A., localizada na cidade deMuriaé/MG, celebrou, em 1989, contrato de promessa de compra e venda de um imóvel, 
localizado na Praça Santo Antonio, n. 90, com Luiz Cabral de Menezes, pagável em 240 
prestações mensais e reajustáveis. Faltando 95 parcelas, Luiz, sem condições financeiras, 
interrompe os pagamentos, o que acaba por figurar descumprimento contratual por infração da 
cláusula do compromisso de compra e venda. Tendo regularmente notificado Luiz, a 
companhia ajuíza ação visando o término do contrato, destacando a cláusula que prevê a 
rescisão total no caso de atraso de mais de três prestações ( o que de fato ocorreu), assim 
como a perda de todas as parcelas pagas. Em sua defesa, Luiz alega ser injusta e abusiva a 
cláusula que impõe a perda das parcelas pagas, inclusive porque representam muito mais da 
metade do total contratado. Afirma que o Código de Proteção e Defesa do consumidor, vigente 
a partir de 1990, impõe pena de nulidade das cláusulas abusivas. Assim, requer que o juiz 
declare a nulidade daquele dispositivo do contrato, determinado a devolução das importâncias 
pagas. Sobre o caso acima é CORRETO afirmar:
A ( ) O juiz deve reconhecer a incidência das regras do Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor no caso acima, apesar deste só ter entrado em vigor um ano após a realização do 
contrato.
B ( x ) O juiz não deve reconhecer a incidência das regras do Código de 
Proteção e Defesa do Consumidor no caso acima, pois este só entrou em vigor 
um ano após a realização do contrato e estamos diante do ato jurídico perfeito.
C ( ) A regra no Direito Brasileiro é a da retroatividade da lei nova, ficando a possibilidade da 
irretroatividade limitada a situações excepcionais.
D ( ) Nos termos do art. 6º §LICC, ato jurídico perfeito é aquele que já se iniciou segundo a lei 
vigente ao tempo em que se pensou fazê-lo.
E ( ) As prestações pagas poderão ser devolvidas, pois se trata de questão de retroatividade 
da lei que beneficia o réu.
R: A resposta correta é a letra B, pois o caso acima constitui um ato jurídico 
perfeito.
QUESTÃO 10
Doutor MARIO CLÁUDIO, advogado, recebeu em seu escritório o senhor ALBERTO LOUZADA 
que, em lágrimas, contou-lhe todo o problema pelo qual vinha passando; casado há mais de 25 
( vinte e cinco) anos com FLORIBELA LOUZADA, alguns dias atrás, recebeu carta anônima 
informando-o da traição de sua amada esposa com um estivador de nome SERVIO LUIZ, vulgo 
SERJÃO, que trabalhava no cais do porto de Vitória, cidade em que residia. Tomado de cólera, 
após discussão com sua esposa e de ter a certeza de toda a verdade, quase cometeu uma 
loucura, matando-a. A tempo percebeu a besteira que iria fazer com seu ato insano. Resolveu, 
então procurar o advogado, a fim de que fossem tomadas todas as providências assecuratórias 
e necessárias para a devida separação judicial litigiosa. Ficou acordado que os serviços 
advocatícios prestados pelo doutor MARIO CLÁUDIO custariam R$ 3.000,00 ( três mil reais). O 
processo judicial foi iniciado então. Ocorre que, no decorrer do processo, o senhor ALBERTO 
LOUZADA ficou insastifeito com os serviços prestados e resolveu revogar o mandato, pelo qual 
havia conferido poderes ao advogado. Sobre o caso narrado aponte a opção INCORRETA:
A ( ) A revogação do mandato, praticada pelo senhor ALBERTO LOUZADA, é hipótese de 
direito subjetivo.
B ( x ) A Revogação de um mandato é hipótese de direito potestativo. Direito 
potestativo signif ica a invasão na esfera jurídica de uma pessoa, sem que essa 
possa tomar qualquer providência, a não ser sujeitar-se.
C ( ) No caso em tela, cabe ao doutor MARIO CLÁUDIO apenas sujeição a revogação do 
mandato, outorgado pelo senhor ALBERTO LOUZADA.
D ( ) A revogação de um mandato é hipótese de direito adquirido. Por isso, o advogado não 
pode ser afastado do caso.
R: A resposta INCORRETA é a opção B. Posto que são Posições Jurídicas 
Ativas.
QUESTÃO 11
Recentemente o mundo foi surpreendido pela notícia de uma mãe francesa que, após anos 
cuidando de seu filho, que havia ficado tetraplégico, mudo e cego, após um acidente 
automobilístico, praticou a eutanásia, provocando-lhe, por consequência, a morte. Marie 
Humbert, mãe de Vincent Humbert, será julgada pelo Poder Judiciário da França, cuja 
legislação proíbe a prática da eutanásia, podendo vir a ser condenada por tal conduta. O caso 
Vincent Humbert, além de reacender o debate em torno da eutanásia, coloca em choque os 
direitos fundamentais à vida e à dignidade, desafiando o jurista na busca da solução mais justa. 
pergunta-se:
a) O direito positivo, da forma concebida pela escola kelseniana, será capaz de oferecer uma 
solução adequada à questão?
R: Sim, segundo a teoria kelseniana, através dos princípios da imputação e da 
causalidade.
QUESTÃO 12
Manoel, brasileiro, foi preso em flagrante delito, vendendo substância entorpecente. Em sua 
defesa alega que não deve ser submetido ao procedimento previsto na Lei de entorpecentes - 
11.343/06, haja vista que não concorda com a criminalização de sua atitude e que é uma 
pessoa de "mente aberta diferente do restante da coletividade". É acertada a "defesa" feita por 
Joaquim? JUSTIFIQUE baseando-se na característica da heteronomia das normas jurídicas.
R: Não, a fundamentação util izada por Joaquim em sua "defesa" não encontra 
amparo sendo facilmente contrariada pela característ ica da heteronomia da 
norma jurídica, visto que a heteronomia se constitui numa característ ica 
essencial do Direito e determina a sujeição do comportamento dos indivíduos 
independente da adesão subjetiva ou interna de cada um.
QUESTÃO 13
Ricardo Alfonsini, jovem milionário, residente na cidade de Jaquaretama/CE, foi multado por 
estar dirigindo seu veículo sem fazer uso do cinto de segurança. Para evitar "ganhar pontos na 
carteira", entra com recurso administrativo, alegando que é costume da população local a não 
utilização do cinto de segurança. Acredita assim que tal costume teria revogado a lei, uma vez 
que esta lei não consta com a aceitação do povo da região. ao ouvir a história, seu amigo Dr. 
Rodney Albuquerque, que é advogado, explica que ele sem saber utilizou como argumento o 
costume contra legem. Considerando o texto acima e o tema fontes do direito, responda:
1) Está correta a alegação de ricardo de que o desuso da lei revoga a norma jurídica legal? por 
quê?
R: Não. Levando em consideração o fato do nosso direito apresentar uma 
origem romano-germânica, caracterizando o sistema legalista do Civil law, 
portanto o primado é da lei. Neste sentido, a LICC, no seu Art. 2º, estabelece 
que uma lei só pode ser revogada por outra
2) O costume contra legem citado por Dr. Rodney, pode gerar a ineficácia da lei e por 
consequência a sua revogação?
R: Não. Os costumes contra legem não podem revogar lei. Uma lei somente 
pode ser revogada por outra lei, conforme preceitua o artigo 2º, da LICC. Pela 
decisão do STJ também não, pois decisão judicial não revoga lei, somente as 
declaratórias de inconstitucionalidade.
QUESTÃO 14 ( AULA 9-REVOGAÇÃO DAS LEIS)
Carmen Verônica leu na coluna Novidades do Direito, da Revista Jurídica de Natal/RN que a 
Lei de Crimes Hediondos ( Lei 8.072/90) foi elaborada, promulgada e publicada com o objetivo 
de sanar problemas de repercussão social como foi o caso do sequestro do publicitário roberto 
Medina no rio de Janeiro e o assassinato da atriz Daniela Perez. a seguir ocorreram as 
chacinas da Candelária e de vigário Geral, quando foi acrescentado o homicídio a esses crimes 
chamados hediondos, através da Lei 8.930/94. Com esse nascimento tumultuado, em 1998 
quando aconteceu o problema das "pílulas de farinha" ( caso Microvlar) que agitou a opinião 
pública, a mesma lei foi novamente alterada com a inclusão no rol dos crimes hediondos o de 
"falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou 
medicinais".
Sobreo assunto Comérico Exterior, Carmen leu a seguinte publicação: o Decreto nº 6.454, de 
12 de maio de 2008, dá nova redação ao inciso III do art. 445 do Decreto nº 4.543, de 26 de 
dezembro de 2002, que regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a 
fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior.
Após a leitura do texto acima responda:
a) Estes acréscimos colocados na Lei de crimes hediondos são uma forma de revogação? 
Quais as formas de revogação existentes?
R: Não. As formas de revogação existentes são: a) Revogação expressa; b) 
Revogação tácita; c) Revogação de fato; d) Revogação total ( Ab-rogação) ; e) 
Revogação parcial ( Derrogação). 
b) Como ocorre a revogação de uma lei? Costume revoga a lei? Justifique sua resposta.
R: O processo de Revogação se dá inicialmente ao entregar a apresentação do 
projeto na Câmara e no Senado (Congresso). Se por eles aprovada, vai ao 
Presidente, que pode vetar o projeto ou sancionar ( aprovar). Quando aprovada, 
entra juridicamente em processo de promulgação, até sua publicação.
A revogação é o fenômeno pelo qual uma lei perde a sua vigência, pode ser 
através das adaptações da ordem jurídica e apresenta-se na forma expressa ou 
tácita.
Não. Costume não revoga lei no ordenamento jurídico brasi leiro.
Obs.: Uma lei perde sua vigência em algumas situações específicas, quais 
sejam: revogação por outra lei, desuso e decurso de tempo.
a.1) Quando for revogada por outra lei: nesse caso a nova lei terá algumas 
opções, podendo revogar a totalidade do conteúdo da lei anterior, (resultando a 
ab-rogação) ou revogar tão somente alguma parte determinada ( verif icando a 
derrogação).
Poderá a nova lei, também, ser expressa quanto à revogação, dizendo 
claramente qual lei ou parte dela que perderá seus efeitos, ou tácita, quando a 
lei nova não diz expressamente o que veio revogar, mas se mostra incompatível 
com a norma existente ( lei anterior revoga a anterior ), ou a lei nova 
regulamenta a totalidade do assunto abordado em uma anterior ( lei especial 
prevalece sobre lei geral) .
b.1) Quando ocorre o desuso: é verif icado quando a lei não é aplicada da forma 
prevista , ou seja, a autoridade a quem incumbia garantir a observância da lei 
não a aplica. Pode o desuso se dar também de forma espontânea, quando as 
pessoas deixam, aos poucos, de observar a norma em suas relações sociais.
As característ icas do desuso são: a falta de observância da lei por um 
considerável período de tempo, e que essa inobservância ocorra em todos os 
âmbitos de atuação da lei, expressando assim seu caráter genérico.
Vale dizer que o Direito Brasileiro veda a reprist inação, ou seja, proíbe que uma 
lei que perdeu a sua vigência em virtude de outra, retorne a produzir seus 
efeitos se a lei que a havia revogado, por qualquer motivo, perder a sua 
vigência. Em outras palavras, uma vez revogada, uma lei não mais poderá 
recuperar a sua vigência.
c) O Decreto nº 6.454/2008 revogou o Decreto 4.543/2002?
R: Não. Deu nova redação ao inciso III, do Art. 445 do Decreto n] 4.543, de 26 
de dezembro de 2002.
CASO CONCRETO
A questão da retroatividade e da irretroat ividade das leis
A Constituição Federal de 1988 dispõe que a irretroatividade da lei é regra no 
nosso sistema jurídico, mas ao mesmo tempo admite uma exceção, pois de 
acordo com o artigo 5º, XL, da Constituição Federal ( a lei penal não retroagirá, 
salvo para benefício do réu).
Responda às perguntas, a seguir:
a) Dedé Bagana, elemento de alta periculosidade na cidade de Macapá-AP, foi preso em 
flagrante por estar cometendo ato tido como delituoso pela legislação em vigor, obteve sua 
liberdade provisória sob o amparo de lei que depois vem a ser derrogada por outra que impeça 
a concessão desse benefício.
R: Não se aplica, pois essa lei não beneficia o réu. a regra no nosso 
ordenamento jurídico é a de irretroatividade da lei, conforme CF/88, cabendo 
exceção no Art. 5º, XL
b) Poderá a nova lei prejudicar a situação que tinha sido concedida a Dedé sob a lei anterior? 
 Por quê?
R: Não. Porque retroage, posto que é em benefício do réu.
c) E como ficaria a situação de Dedé Bagana se ele estivesse preso sob determinadas 
condições impostas pela lei, e que uma lei nova considere que tais condições não impedem a 
libertação provisória? Justifique.
R: Nesse caso concreto, haverá de ser feito análise em seu prontuário e de 
modo a emit ir uma petição detalhando a revogação de sua detenção provisória, 
ou mesmo o réu tendo sido condenado poderá formar defesa de HC, alegando 
que lei posterior revoga a lei anterior específica.
QUESTÃO OBJETIVA 1
(OAB-MG) Quanto ao direito intertemporal, em matéria civil, é CORRETO afirmar:
A ( ) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 30 9trinta) dias depois 
de oficialmente publicada.
B ( x ) se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, 
destinada a correção, o prazo de sua entrada em vigor começará a correr da 
data dessa sua nova publicação.
C ( ) mesmo perdendo a vigência a lei revogadora, em nenhuma hipótese será restaurada a 
lei revogada por ela anteriormente.
D ( ) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
revoga a lei anterior.
R: A alternativa CORRETA é a letra B.

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