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CASO CONCRETO - AULA 14 - E GABARITO

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PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0146
Semana Aula: 14
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Contestação.
Tema
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Contestação. Direito das obrigações .
Palavras-chave
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Contestação.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
articular os conhecimentos teóricos adquiridos nas disciplinas de Processo Civil, com os elementos 
necessários para a elaboração da contestação;
identificar as regras de competência do NCPC;
analisar os fatos sob o prisma dos valores e das normas; 
desenvolver o raciocínio jurídico, apontando as preliminares, bem como desenvolvendo a defesa de 
mérito;
concatenar os pedidos pertinentes diante das arguições feitas na peça de defesa;
indicar as provas necessárias ao caso concreto.
Estrutura de Conteúdo
Contestação 
 defesas processuais (arts. 336 e 337 do NCPC);
 defesas materiais (art. 341 do NCPC).
Procedimentos de Ensino
O professora deverá:
iniciar o debate oral sobre os fatos, valores e normas de direito material e processual 
necessários para a análise do caso concreto, objeto da aula;
estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e 
clarificando conceitos;
manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base conceitual que 
servirá de referência para a elaboração da peça;
construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos principais da 
narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, elaborando uma síntese final;
manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, orientando 
individualmente, de acordo com as solicitações;
instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da 
participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em 
todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
 BRASIL; Lei 13.105, de 16 de março de 2015. (NCPC).
 MELLO, Rogério Licastro Torres De; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Silva; 
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Primeiros Comentários ao Novo Código de 
Processo Civil. 2015. Ed. Revistas dos Tribunais.
 CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro; PINHO, Humberto Dalla Bernardina de. 
Novo Código de Processo Civil. Ed. Gen/Forense.
 NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil. 2015. Ed. 
Gen/Forense.
 
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz, MITIDIERO, Daniel. Novo 
Curso de Processo Civil. v. 2. São Paulo: Revista dos Tribunais
Recursos
Quadro e Pincel;
Código de Processo Civil;
Código Civil;
Jurisprudência.
Aplicação: articulação teoria e prática
XVI EXAME DA OAB – MODIFICADO
 
No dia 1º de outubro de 2016, Armando Martins andava pela calçada da rua onde 
morava, no bairro de Botafogo, cidade do Rio de Janeiro, quando foi atingido na cabeça 
por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 201 do edifício do Condomínio 
Bosque das Capivaras, cujo síndico era o Sr. Bruno Rodrigues, conforme registro de 
ocorrência feito na 10ª delegacia policial. Armando desmaiou com o impacto, sendo 
socorrido por transeuntes que contataram o Corpo de Bombeiros, que o transferiu, de 
imediato, via ambulância, para o Hospital Municipal X. Lá chegando, Armando foi 
internado e submetido a exames e, em seguida, a uma cirurgia para estagnar a hemorragia 
interna sofrida. Armando, caminhoneiro autônomo que tem como principal fonte de 
renda a contratação de fretes, permaneceu internado por 30 dias, deixando de executar 
contratos já negociados. A internação de Armando, nesse período, causou uma perda de 
R$ 20 mil. Após sua alta, ele retomou sua função como caminhoneiro, realizando novos 
fretes. Contudo, 20 dias após seu retorno às atividades laborais, Armando, sentindo-se 
mal, voltou ao Hospital X. Foi constatada a necessidade de realização de nova cirurgia, 
em decorrência de uma infecção no crânio causada por uma gaze cirúrgica deixada no seu 
corpo por ocasião da primeira cirurgia. Armando ficou mais 30 dias internado, deixando 
de realizar outros contratos. A internação de Armando, por este novo período, causou 
uma perda de R$ 10 mil. Armando ingressa com ação indenizatória perante a 2ª Vara 
Cível da Comarca da Capital contra o Condomínio Bosque das Capivaras, requerendo a 
compensação dos danos sofridos por Armando, alegando que a integralidade dos danos é 
consequência da queda do pote de vidro do condomínio, no valor total de R$ 30 mil, a 
título de lucros cessantes, e 50 mil reais a título de danos morais, pela violação de sua 
integridade física. Citado, o Condomínio Bosque das Capivaras, por meio de seu síndico, 
agora o Sr. Celio Silva, procura você para que, na qualidade de advogado(a), busque a 
tutela adequada na defesa de seu direito, informando . Elabore a peça processual cabível 
no caso, indicando os seus requisitos e fundamentos, nos termos da legislação vigente. 
Avaliação
Gabarito Comentado A peça a ser formulada CONTESTAÇÃO
 
ENDEREÇAMENTO - 2ª. VARA CIVEL COMARCA DA CAPITAL
Legitimidade ativa – ARMANDO
Legitimidade passiva – CONDOMINIO BOSQUE DAS CAPIVARAS
Rito comum 
 
Ilegitimidade passiva 
Art. 17, 337, inciso XI , 338, 339 , 485, VI NCPC, - Condomínio deverá arguir em 
preliminar que não é legitimado passivo da ação, tendo em vista o conhecimento de que o 
pote de vidro foi lançado de apartamento individualizado – 601 –, isto é, de unidade 
autônoma reconhecida. De acordo com o Art. 938 do Código Civil, “aquele que habitar 
prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou 
forem lançadas em lugar indevido”. Assim, o habitante (proprietário, locatário, 
comodatário, usufrutuário ou mero possuidor) da unidade autônoma é que deveria ser 
acionado, não o Condomínio. O Condomínio somente seria parte legítima na 
impossibilidade de se reconhecer de qual unidade quedou o objeto
Mérito, 
Ausência de responsabilidade do condomínio (art. 186 e 927 CC)em ambas as situações: 
Primeiro; deverá o Condomínio arguir que não há obrigação de indenizar de sua parte 
porque aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das 
coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. (art. 938 do Código Civil, ). 
Assim, o habitante (proprietário, locatário, comodatário, usufrutuário ou mero possuidor) 
da unidade autônoma é que deveria ser acionado, não o Condomínio. 
Segundo; deverá o Condomínio argüir também que não há obrigação de indenizar de sua 
parte em relação aos danos decorrentes da segunda cirurgia sofrida por João, na medida 
em que o dano que decorreu da segunda cirurgia é resultado de erro médico cometido 
pela equipe cirúrgica do Hospital Municipal X, não da queda do pote de vidro. (art. 186 e 
927 CC, art. 37, §6CF/88
PEDIDO 
1 – seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva , intimando o autor para se 
manifestar em 15 (quinze) dias,sobre a alteração da petição inicial para substituição do 
réu, caso contrário seja extinto o processo sem resolução do mérito 
2- julgueimprocedente o pedido de lucro cessantes de R$ 30.000,00
3- julgue improcedente o pedido de reparação por danos morais de R4 50.000,00
4 – condenação do autor aos ônus sucumbências
Provas 
O réu requer a produção de provas documental , testemunhal, pericial e depoimento 
pessoal do autor. Na amplitude do art. 369 NCPC
Considerações Adicionais

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