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Apostila 7º ano filosofia ensino fundamental

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7º ANO 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
―Acredito que os filósofos voam como as águias e 
não como pássaros pretos. É bem verdade que as 
águias, por serem raras, oferecem pouca chance de 
serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os 
pássaros pretos, que voam em bando, param em 
todos os cantos enchendo o céu de gritos e 
rumores, tirando o sossego do mundo‖. 
 (Galileu Galilei) 
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/ver_frase.php?c=3620
http://frases.netsaber.com.br/busca_up.php?l=&buscapor=Galileu%20Galilei
 
 
3 
 
 
Fonte: odineifilosofando.blogspot.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Apresentação 
 
Caro aluno: 
 
 
Em algum momento você já deve ter se perguntado por que tem que estudar 
filosofia, se isso não irá acrescentar nada de bom em sua vida, mas o objetivo de estudar 
filosofia é de ter uma consciência mais crítica. Estar buscando o sentido da vida, 
analisando os diferentes olhares sobre uma questão. Para quem estuda, filosofia é estar 
buscando uma reflexão, fazendo uma análise crítica sobre toda a realidade que está a sua 
volta. 
Aprender Filosofia é aprender a olhar o mundo e os fatos com mais atenção e mais 
responsabilidade, procurando analisar os seus porquês. 
É também, analisar o comportamento da sociedade com mais abrangência, 
procurando compreender as diferentes atitudes das pessoas e dos grupos, para poder 
intervir no momento certo e de forma acertada, para alcançar os seus objetivos. 
Devemos sempre ter curiosidade, questionando, fazendo uma análise imparcial dos 
fatos e incentivando a criatividade a cada instante, desenvolvendo-nos intelectual e 
emocionalmente. 
Espero que, com essa apostila, você possa compreender como a filosofia é 
importante em nossas vidas... 
 
 
 
 
 
Professor Afrânio 
 
 
 
 
 
5 
 
Sumário 
Unidade 1- Mito e filosofia..............................................................................................07 
Atividade..................................................................................................................................56 
Unidade 2 - O nascimento da filosofia.......................................................................09 
Atividade..................................................................................................................................57 
Unidade 3 - Mitos.................................................................................................................12 
Atividade..................................................................................................................................57 
Unidade 4 - A origem do mundo...................................................................................19 
Atividade..................................................................................................................................58 
Unidade 5 - Consciência....................................................................................................23 
Atividade..................................................................................................................................58 
Unidade 6 - As forças que nos comandam................................................................26 
Atividade..................................................................................................................................59 
Unidade 7 - Superioridade...............................................................................................29 
Atividade..................................................................................................................................59 
Unidade 8 - Agressividade e convívio.........................................................................32 
Atividade..................................................................................................................................60 
Unidade 9 - Equilíbrio.......................................................................................................34 
Atividade..................................................................................................................................60 
Unidade 10 - Dinheiro X felicidade.............................................................................37 
Atividade..................................................................................................................................61 
Unidade 11- Sentir vergonha Parte I..........................................................................40 
Atividade..................................................................................................................................62 
Unidade 12 - Sentir vergonha Parte II.......................................................................42 
Atividade..................................................................................................................................62 
Unidade 13 - Altruísmo X Egoísmo.............................................................................44 
Atividade..................................................................................................................................63 
Unidade 14 - Cultura...........................................................................................................47 
Atividade..................................................................................................................................64 
Unidade 15 - Serenidade....................................................................................................49 
Atividade..................................................................................................................................65 
 
 
6 
 
Unidade 16 - Harmonia......................................................................................................51 
Atividade..................................................................................................................................65 
Unidade 17- O fim do mundo..........................................................................................48 
Atividade..................................................................................................................................66 
Referências bibliográficas.............................................................................................67 
Anexos....................................................................................................................................69 
A cobra e o vaga lume............................................................................................................70 
O preguiçoso...........................................................................................................................71 
A lição da caveira....................................................................................................................71 
Era glacial / porcos-espinhos..............................................................................................72 
Primavera.................................................................................................................................73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Unidade 1 - Mito e filosofia 
 
Fonte: anthero1socialista.blogspot.comUm mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, 
profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. O mito procura explicar 
os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do 
Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis (todas elas são criaturas sobrenaturais). 
Pode-se dizer que o mito é uma primeira tentativa de explicar a realidade. Apesar de 
tentar isso, ela não é feita com a preocupação de ser realidade fática. 
 Ela não precisa de comprovação. Filosofia trata de entender os fatos, buscando a 
verdade. É um constante questionamento dos conhecimentos adquiridos para ver até onde 
é o que sabemos é o certo. 
 A explicação mítica é contrária à explicação filosófica. A Filosofia procura, através 
de discussões, reflexões e argumentos, saber e explicar a realidade com razão e lógica 
enquanto que o mito não explica racionalmente a realidade, procura interpretá-la a partir 
de lendas e de histórias sagradas, não tendo quaisquer argumentos para suportar a sua 
interpretação. 
Condições históricas para o surgimento da Filosofia! 
 Podemos apontar como principais condições históricas do surgimento da 
filosofia na Grécia: 
 • As viagens marítimas – que permitiram aos gregos descobrir que os locais que 
os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por 
outros seres humanos; e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitadas por 
monstros e seres fabulosos não possuíam nem monstros nem seres fabulosos. As viagens 
produziram o desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir 
uma explicação sobre sua origem, explicação que o mito já não podia oferecer; 
 
 • A invenção do calendário – que é uma forma de calcular o tempo segundo as 
estações do ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, 
uma capacidade de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não 
como um poder divino incompreensível; 
 
 
 
8 
 
 • A invenção da moeda – que permitiu uma forma de troca que não se realiza 
através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma 
troca abstrata, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, 
revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização; 
 • O surgimento da vida urbana – com predomínio do comércio e do artesanato, 
dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das 
famílias da aristocracia proprietárias de terras, por quem e para quem os mitos foram 
criados; 
 
 • A invenção da escrita alfabética – que, como a do calendário e a da moeda, 
revela o crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita 
alfabética ou fonética, diferentemente de outras escritas – como, por exemplo, os 
hieróglifos dos egípcios ou os ideogramas dos chineses –, supõe que não se represente 
uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a idéia dela, o que dela se pensa e se 
transcreve; 
 
 • A invenção da política – que introduz três aspectos novos e decisivos para o 
nascimento da filosofia: 
1. A idéia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si 
mesma, o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas. 
2. O surgimento de um espaço público que faz aparecer um novo tipo de palavra ou de 
discurso, diferente daquele que era proferido pelo mito. 
3. A política estimula um pensamento e um discurso que não procuram ser formulados por 
seitas secretas dos iniciados em mistérios sagrados, mas que procuram, ao contrário, 
serem públicos, ensinados, transmitidos, comunicados e discutidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Unidade 2 - O nascimento da filosofia 
 
 
Fonte: guiadacarreira.com.br 
 
 A filosofia, ao nascer, teve definida a sua busca: uma explicação racional sobre a 
origem e ordem do mundo, o kósmos (cosmos). Por tal motivo os primórdios da filosofia 
grega são considerados de caráter cosmológico. Os primeiros filósofos se ocuparam 
principalmente de indagações a respeito do mundo ao seu redor, que também envolviam a 
percepção do lugar do homem nele. Essa busca trouxe à luz uma divergência entre a 
ciência e o senso comum. 
 
 Conforme Reale (1993), antes do nascimento da filosofia os educadores dos gregos 
foram os poetas, principalmente Homero. Nos poemas homéricos, estes buscaram 
alimento espiritual e extraíram ―modelos de vida, matéria de reflexão, estímulo à fantasia 
e, portanto todos os elementos essenciais à própria educação e formação espiritual‖. Neste 
sentido: Pode-se dizer que, para o homem homérico e para o homem grego filho da 
tradição homérica, tudo é divino, no sentido de que tudo o que acontece é obra dos deuses. 
Todos os fenômenos naturais são promovidos por numes: os trovões e os raios são 
lançados por Zeus do alto do Olimpo, as ondas do mar são levantadas pelo tridente de 
Posseidon, o sol é carregado pelo áureo carro de Apolo, e assim por diante (REALE, 1993, 
p. 21) 
 
 Até então, o homem tinha como herança cultural a crença de que tudo – desde as 
quatro estações até a morte - era relacionado a um deus ou um mito. Surge então uma 
nova mentalidade, que passa a substituir as antigas construções mitológicas pela forma 
intelectual, expressa por meio de especulação livre sobre a natureza do mundo e as 
finalidades da vida. Neste espírito houve o desenvolvimento da matemática, da ciência e da 
filosofia. O primeiro a levantar essas questões foi Tales de Mileto. 
 
 A grandeza desses primeiros filósofos está no fato, não de com eles ter começado a 
filosofia, mas por terem ―formulado questões, problemas e condições da ciência e da 
filosofia, que permanecem significativas até hoje‖ (OLIVA; GUERREIRO, 2000, p.10). 
 
 
10 
 
Entendendo a Mitologia Grega. 
 Os gregos antigos enxergavam vida em quase 
tudo que os cercavam, e buscavam explicações para 
tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens 
e figuras mitológicas das mais diversas. 
 Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros 
habitavam o mundo material, influenciando em suas 
vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir 
atingir seus objetivos. 
 A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma 
importante personagem neste contexto. Os gregos a 
consultavam em seus oráculos para saber sobre as 
coisas que estavam acontecendo e também sobre o 
futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações 
mitológicas para tais acontecimentos. 
 Agradar uma divindade era condição 
fundamental para atingir bons resultados na vida 
material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, 
deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para 
conseguir bons resultados em seu trabalho. 
Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga 
eram: 
 
Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou 
Hércules e Aquiles. 
Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade. 
Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode. 
Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo. 
Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus 
cantos atraentes. 
Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo : Medusa 
Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas. 
 
 
Deuses gregos 
 
 De acordo com os gregos, os deuses habitavam o topo do monte Olimpo, principal 
montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e 
políticas dos seres humanos. 
Ninfas 
 
Fonte: caminhospagao.blogspot.com 
Centauro 
 
Fonte: grupos.emagister.com 
 
MedusaFonte:shockbooks.blogspot. 
 
 
 
11 
 
 Os deuses gregos eram imortais, porém 
possuíam características de seres humanos. Ciúmes, 
inveja, traição e violência também eram 
características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, 
apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos 
com estes. Desta união entre deuses e mortais 
surgiam os heróis. 
Conheça os principais deuses gregos: 
 
Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu 
Afrodite - deusa do amor e da beleza 
Poseidon - deus dos mares 
Hades - deus dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo 
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade 
Apolo - deus da luz e das obras de artes 
Artemis - deusa da caça 
Ares - divindade da guerra 
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas 
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações 
Hefestos - divindade do fogo e do trabalho 
 
 Atena Ades 
 
Fonte: mundorpgmaker.com Fonte: flogao.com.br 
 
 
 
 
 
 Zeus 
 
Fonte: gijda.zip.net 
 
 
http://www.suapesquisa.com/musicacultura/deuses_gregos.htm
http://www.suapesquisa.com/artesplasticas
http://www.suapesquisa.com/historia/atenas
 
 
12 
 
Unidade 3 - Mitos 
 Prometeu e Epimeteu 
 
 Conta Protágoras que, ao criar os 
seres viventes, os deuses do Olimpo 
encarregaram Epimeteu e Prometeu de 
repartir os dons naturais. Epimeteu 
propôs a seu irmão encarregar-se dessa 
tarefa deixando-lhe a função de 
comprovar depois que tudo funcionava 
bem. Prometeu concordou. 
 
 Então, Epimeteu empenhou-se 
em distribuir as faculdades de modo a 
que existisse um equilíbrio entre os seres 
vivos, dando a um a força, a outro a 
velocidade, a outro uma couraça 
protetora, etc. 
 Porém, pouco avisado, ao chegar ao homem verificou que já nada havia para 
repartir de modo que o deixou nu e indefeso. Prometeu, ao verificar o desastre que o seu 
irmão tinha cometido, idealizou uma solução: foi ao céu e roubou o fogo e outras técnicas 
para dar aos homens, o que enfureceu os deuses e lhe valeu um terrível castigo: ser atado a 
um penhasco no Cáucaso, sendo o seu fígado devorado todos os dias por uma águia 
(regenerando-se todas as noites) até que, ao fim de trinta mil anos, foi libertado por 
Hércules. 
 
 A caixa de Pandora 
 
Fonte: acxdepandora.blogspot.com 
Fonte: mitosgregos2b.blogspot.com 
 
 
13 
 
 Hefesto fez uma mulher belíssima chamada Pandora e a apresentou a Zeus . Zeus, 
admirado com a obra de Hefesto, despachou Pandora para a Terra, mas antes lhe deu uma 
grande e belíssima caixa de marfim ornamentada fechada e também lhe deu a chave, 
dizendo-lhe: ―Quando você se casar, ofereça esta caixa como dote ao seu marido, mas a 
caixa só pode ser aberta após seu casamento‖. 
 Em pouco tempo, Pandora conheceu Epimeteu, irmão mais novo de Prometeu e 
logo se casaram. Epimeteu viajava constantemente e, certa vez, ficou muito tempo longe 
de casa. Pandora sentia-se só e triste. Lembrou-se da caixa e foi até o canto onde estava 
guardada e passou a examiná-la curiosamente. Enquanto observava os lindos detalhes e 
adornos externos, Pandora pareceu ouvir pequenas vozes gritando lá de dentro e dizendo: 
 ―Deixe-nos sair! Deixe-nos sair... ‖Pandora não podia esperar mais. Foi correndo 
buscar a chave e imediatamente abriu a tampa da caixa. 
 Para sua grande surpresa centenas de pequeninas e monstruosas criaturas, 
parecendo terríveis insetos, saíram voando lá de dentro, com um zumbido assustador. 
Logo a nuvem desses insetos cobriu o sol, e o dia ficou escuro e cinzento. Apavorada, 
Pandora fechou a caixa e sentou-se sobre a tampa. 
 Ela estava tendo toda a espécie de sentimentos e pensamentos sombrios e odiosos 
que nunca tivera antes. Sentiu raiva de si mesma por ter aberto a caixa. 
 Sentiu uma grande onda de ciúme de Epimeteu. Sentiu-se raivosa e irritada. 
Percebeu que estava doente de corpo e de alma. Súbito pareceu-lhe ouvir outra voz 
gritando de dentro da caixa: ―Liberte-me! Deixe-me sair daqui!‖. 
 Pandora respondeu rispidamente: ―Nunca! Você não sairá! Já fiz tolice demais em 
abrir essa caixa!‖ Mas a voz prosseguiu de dentro da caixa: ―Deixe-me sair, Pandora! Só eu 
posso ajudá-la!‖ Pandora hesitou, mas a voz era tão doce, e ela se sentia tão só e 
desesperada, que resolveu abrir a caixa. De lá de dentro saiu uma pequena fada, com 
asinhas verdes e luminosas que clarearam um pouco aquele quarto escuro, aliviando a 
atmosfera que se tornara pesada e opressiva. ―Eu sou a esperança‖, disse a fada. 
 E prosseguiu: ―Você fez uma coisa terrível, Pandora! Libertou todos os males do 
mundo: egoísmo, crueldade, inveja, ciúme, ódio, intriga, ambição, desespero, tristeza, 
violência e todas as outras coisas que causam miséria e infelicidade. Zeus prendeu todos 
esses males nessa caixa e deu a você e a seu marido. 
 Ele sabia que você iria, um dia, abrir essa caixa. Essa é a vingança de Zeus contra 
Prometeu e todos os homens, por terem roubado o fogo dos deuses! Chorando 
copiosamente, Pandora disse: ―Que coisa terrível eu fiz! Como poderemos pegar todos 
esses males e prendê-los novamente na caixa?‖― Você nunca poderá fazer isso 
Pandora!‖Respondeu tristemente a fada da Esperança. ―Eles já estão todos espalhados pelo 
mundo e não podem mais ser presos!‖ ―Mas há algo que pode ser feito: Zeus enviou-me 
também, junto com esses males, para dar esperança aos sofredores, e eu estarei sempre 
com eles, para lembrar-lhes que seu sofrimento é passageiro e que sempre haverá um novo 
amanhã !‖ 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 O Minotauro 
 
 É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças 
de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, 
habitava um labirinto na ilha de Creta. 
 Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, 
que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei 
Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos 
tentaram matar o minotauro, porém acabavam se 
perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro. Certo 
dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta 
seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. 
Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um 
novelo de lã e uma espada. O herói entrou no 
labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada 
e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o 
caminho percorrido. 
 
 Mito de Narciso 
 
Fonte: folklusitania.heavenforum.org 
 Narciso era filho do deus-rio Cephisus e da ninfa Liriope, e era um jovem de 
extrema beleza. Porém, a despeito da cobiça que despertava nas ninfas e donzelas, 
Narciso preferia viver só. 
 Narciso debruçou sobre a fonte para banhar-se e viu, surpreso, uma bela figura 
que o olhava de dentro da fonte.Com certeza é algum espírito das águas que habita esta 
fonte. E como é belo! Disse. Apaixonou-se pelo aspecto saudável e pela beleza daquele ser 
que retribuía o seu olhar. 
 Não podia mais se conter. Baixou o rosto para beijar o ser, e enfiou os braços na 
fonte para abraçá-lo. Porém, ao contato de seus braços com aágua da fonte Narciso ficou 
por dias a admirar sua própria imagem na fonte, esquecido de alimento e de água... Assim 
o jovem morreu. 
Prepararam uma pira funerária e teriam cremado seu corpo se o tivessem 
encontrado. 
 
 
Fonte: ahistoriadamitologia.blogspot.com 
 
 
 
15 
 
 No lugar onde faleceu encontraram apenas uma flor roxa, rodeada de folhas 
brancas. E, em memória do jovem Narciso, aquela flor passou a ser conhecida pelo seu 
nome. 
 Podemos refletir sobre as pessoas narcisistas, já que essas pessoas vivem como se 
olhassem num espelho: não conseguem ver o mundo e assim, o interpretam em função de 
seus próprios valores desconhecendo assim, as diferenças. 
 
 O mito de Aracne 
 
 Fonte: deusadafofoca.blogspot.com 
 Aracne era a melhor tecelã da região da Lídia e sua arte era tal que as pessoas 
diziam que sua mestra havia sido Palas Atena, a deusa da sabedoria. Mas Aracne não 
gostava desta história e, certa vez, disse a todos: 
 — Não aprendi minha arte com a deusa e como prova disso convido-a a competir 
comigo, caso ela vença, aceitarei qualquer punição. 
 A deusa não gostou e disfarçou-se de uma velhinha para aproximar-se de Aracne, 
puxou conversa e disse que a mortal deveria demonstrar humildade com os deuses e pedir 
perdão a Atena. Aracne chamou a velhinha de louca e disse-lhe que se Atena quisesse 
dizer-lhe algo, o convite já havia sido feito. Furiosa, a deusa da sabedoria teve sua 
paciência esgotada, retirou o disfarce e disse a Aracne que a competição para ver quem 
tecia o tapete mais belo deveria começar imediatamente. Ambas colocaram-se a tecer. 
 Atena teceu no seu tapete a imagem do penhasco da acrópole de Atenas, lugar que 
ela conquistou após uma luta com Posídon, deus dos mares, teceu também a luta entre ela, 
armada de escudo e lança, que quando tocou a terra, deu origem à oliveira na terra infértil, 
com Posídon, retratado empunhando seu tridente. 
 Além de desenhar sua vitória, Atena colocou em cada um dos quatro cantos do 
tapete, imagens que simbolizavam a arrogância humana: Hemo e Ródope que chamavam-
se de Zeus e Hera e foram transformados em montanhas; a mãe dos pigmeus transformada 
em garça; Antígona com serpentes na cabeça que não paravam de mordê-la, já que ela 
comparara-se a Hera, e depois transformada em cegonha; Cíniras chorando por suas 
orgulhosas filhas. 
 
 
16 
 
 Já Aracne, desonrara Zeus no seu tapete: desenhou-o transformado em touro, 
águia, cisne, sátiro, fogo e chuva de ouro. Quando Atena viu o tapete de Aracne, golpeou-a 
com um ódio terrível e a perfurou três vezes na testa com a agulha de tecer; além disso, 
Atena fez os cabelos, o nariz e os ouvidos de Aracne desaparecerem, fez seu corpo 
diminuir bastante de tamanho e condenou-a a praticar sua antiga arte eternamente, 
tecendo fios como uma aranha. Segundo do mito, eis Aracne: origem dos aracnídeos. 
 O mito de Perseu 
 O rei Acrísio consultou um oráculo quando seu neto nasceu, ouvindo a previsão de 
que seria morto e destronado pelo próprio neto, resolveu colocá-lo junto com a mãe em 
uma caixa, dentro de uma embarcação, para que esta levasse os dois para bem longe. 
Protegida por Zeus, pai da criança, de nome Perseu, a embarcação chegou à ilha de Serifo, 
onde foi encontrada pelo príncipe da cidade, que casou-se com a mãe de Perseu, Dânae. 
 
Fonte: linguadope.blogspot.com 
 Crescido, Perseu teve autorização de seu padrasto para aventurar-se pelo mundo, 
em gratidão, Perseu prometeu-lhe trazer a cabeça de uma das três górgonas como 
presente. Conduzido pelos deuses, Perseu passou pela morada das grisalhas, seres de um 
só olho e uma só dente e que conseguiam usá-los, apenas, alternadamente. Perseu roubou-
lhes os olhos e dentes, dizendo que só devolveria se elas dissessem onde moravam as 
ninfas. A chantagem deu certo e foi para lá que Perseu se dirigiu. 
 Com as ninfas, criaturas conhecidas por ajudar pretendes a heróis, Perseu 
conseguiu sapatos alados, uma bolsa e um capacete que o tornava invisível; ademais, 
Hermes o presenteou com uma foice de bronze e, armado, viajou pelo Oceano até a 
morada das górgonas. Lá, ajudado pela deusa Atena, escolheu a górgona imortal, 
conhecida como Medusa, para golpear. Arrancou-lhe a cabeça e colocou-a na bolsa sem 
olhá-la nos olhos para que ele não fosse transformado em pedra. 
 Fugindo das irmãs da Medusa, Perseu voou sobre o deserto da Líbia, as gostas de 
sangue que caiam da cabeça da Medusa transformaram-se em serpentes ao tocarem o chão 
e, até hoje, esta região tem muitas cobras. Cansado, pediu abrigo ao rei Atlas para 
descansar, mas foi mal recebido e desrespeitado, além disso, o rei expulsou Perseu. Este, 
 
 
17 
 
enfurecido, transformou seu reino em pedra ao apontar a cabeça da Medusa em todas as 
direções. 
 Continuando a viagem, Perseu avistou uma mortal acorrentada em uma pedra à 
beira da praia. Conversando com ela, Perseu ouviu que ela estava ali porque os deuses 
puniram sua família e que o reino de Cefeu só não seria inundado se a princesa fosse 
colocada em sacrifício a um monstro marinho. Perseu aguardou, então, que a maré subisse 
e derrotou o monstro, salvando a princesa Andrômeda e a pedindo em casamento. 
 A família de Andrômeda ficou maravilhada com o feito de Perseu, que se casou 
com Andrômeda após derrotar um antigo pretendente dela. Morando agora nas terras de 
um rei estrangeiro, Perseu participou de uma competição esportiva e, na prova de 
arremesso de discos, fazendo um lançamento desastroso, acertou seu avô sem saber que 
ele estava ali. Assim, cumpriu-se a previsão oracular. 
 Mito de Édipo 
 
Fonte: paideuma.net 
 Laio, Rei de Tebas e marido de Jocasta, vivia amargurado por não ter filhos, pelo 
que, decidiu consultar o Oráculo, tendo-lhe, este, advertido que filho que gerasse havia de 
o assassinar. Apesar das advertências, Jocasta engravida e Laio, quando o bebê nasceu, 
ordenou a um servo que o pendurasse pelos pés numa árvore, para que este morresse. Daí 
o nome Édipo (que significa pés inchados). 
 
 O servo de Laio, desrespeitando as ordens, acabou por colocar a criança num cesto 
e jogou-a ao rio, acabando este, por ser resgatado por um rei duma terra distante, que o 
elegeu como seu filho. Este, já homem, também consultou o Oráculo, o qual o aconselhou 
a evitar a sua pátria, pois iria ser o assassino de seu pai e marido de sua mãe. 
Desconhecendo as suas origens e pensando-se filho de Pôlibo e Mérope, reis de Corinto, 
Édipo decidiu partir rumo a Tebas. 
 
 
 
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 Durante o seu percurso, e no meio de uma encruzilhada, deparou-se com um velho 
com o qual manteve uma acérrima discussão acabando por matá-lo. Chegado a Tebas 
decifrou o enigma da Esfinge (monstro com cabeça de mulher e corpo de leão), que 
impossibilitava a entrada na cidade, e como nunca ninguém o havia decifrado, a Esfinge 
jogou-se ao mar, tendo Édipo libertado a cidade da sua maldição. 
 Creonte, irmão de Jocasta, havia prometido a mão desta a quem libertasse a cidade 
da Esfinge, ganhando assim, Édipo, o direito a casar com Jocasta, agora viúva. 
 Casaram, Édipo foi proclamado Rei e tiveram dois filhos e duas filhas, reinando 
sem grandes dificuldades, até ao dia em que se instala a peste na cidade e Édipo decide 
consultar o Oráculo, que lhe refere que a peste cessaria quando fosse expulso o assassino 
de Laio. 
 
 Édipo dispôs-se a encontrá-lo, mas quando se apercebeu que ele próprio fora o 
assassino de Laio, seu pai, e o esposo de sua mãe, e vendo que apesar de fugir contra a 
profecia esta acabou por se realizar, arrancou os olhos e deixoua sua pátria. 
 
 O enigma da Esfinge 
 
Fonte: brasilescola.com 
 A Esfinge foi um importante tema mitológico nas antigas civilizações do Egito e 
da Mesopotâmia. Possuía cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Conta uma 
lenda grega que essa figura monstruosa, enviada por Hades ou Hera, invadiu Tebas 
destruindo os campos e afugentando os moradores. A criatura propôs a se retirar do local 
se alguém conseguisse decifrar o seu enigma, porém aquele que não o decifrasse seria 
devorado – decifra-me ou devoro-te! 
 Seu Enigma era: "Que animal caminha com quatro pés pela manhã, dois ao meio-
dia e três à tarde e é mais fraco quando tem mais pernas?" Édipo, filho do rei de Tebas e 
assassino inconsciente de seu próprio pai, solucionou o mistério, respondendo: "o homem, 
pois ele engatinha quando pequeno, anda com as duas pernas quando é adulto e usa 
bengala na velhice." Ao ver seu enigma solucionado a Esfinge suicidou-se, lançando-se 
num abismo, e Édipo, como prêmio, recebeu o Reino de Tebas e a mão da rainha 
enviuvada, sua própria mãe. 
 
 
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Unidade 4 - A origem do mundo 
 
Fonte: espiritualismo.hostmach.com.br 
 No começo, era o nada. Então alguém resolveu contar a origem de tudo. E assim 
nasceu a tentativa do homem de explicar a origem do Universo. 
 As civilizações mais antigas já tinham essa questão existencial. E as religiões, 
preocupadas em dar respostas a seus fiéis, não poderiam deixar de formular suas 
respostas. ―Como surgiu tudo? Como é a origem do planeta, das coisas, do homem? Essas 
são as primeiras perguntas que o homem faz a si mesmo. 
 Sejam indígenas, africanas, orientais, grandes ou pequenas, novas ou antigas, todas 
as religiões terão respostas para isso‖, diz o teólogo da PUC-SP, Rafael Rodrigues, 
especialista no Antigo Testamento, que começa com a narrativa do livro do Gênese. 
 Mesopotâmia. 
 Os povos mesopotâmicos, em especial sumérios e babilônios, desenvolveram uma 
cosmogonia completa que se preservou em textos como o Poema de Gilgamesh e o 
Enuma elish, com mitos consolidados durante o terceiro e o segundo milênios antes da era 
cristã. Entre esses povos representava-se o início da criação como um processo de 
procriação: os deuses teriam sido os elementos naturais que formaram o universo, muitas 
vezes por meio de lutas contra forças desagregadoras. 
 Os babilônios, numa epopéia sobre a criação, glorificavam a vitória de Marduk, o 
único deus bastante forte para derrotar o dragão Tiamat, personificação do caos e das 
águas do mar. 
 Em linhas gerais, a mitologia mesopotâmica apresentava como princípio do mundo 
Abzu e Tiamat, elementos masculino e feminino das águas, origens do universo celeste e 
terrestre. Tiamat produziu o céu, de que nasceu Ea (o conhecimento mágico), que 
engendrou Marduk. Este derrotou os outros deuses e dividiu o corpo de Tiamat, 
separando assim o céu da Terra e, com o sangue de um monstro derrotado, produziu o 
primeiro homem. 
http://supermundo.abril.com.br/busca/?qu=livro
 
 
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 A Bíblia. 
 Base religiosa de judeus e cristãos, 
em diferentes cânones, os textos bíblicos, 
segundo um consenso da atualidade, devem 
ser interpretados predominantemente como 
alegorias, que variam conforme os autores 
que os escreveram. 
 O Gênesis, primeiro livro do Antigo 
Testamento, descreve a origem do mundo e 
do homem com linguagem e imagens 
semelhantes às dos relatos mesopotâmicos. 
 O primeiro capítulo diz: "No 
princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o 
abismo, um vento de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: 'Haja luz' e houve luz. Deus 
viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. Deus chamou a luz 'dia' e as trevas 
'noite'. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. (...) Deus disse: 'Fervilhem as águas, 
um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, diante do firmamento do 
céu' e assim se fez. (...) Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, 
homem e mulher ele os criou." 
 
 O segundo capítulo do Gênesis traz um relato mais antigo sobre a criação: "Então 
Iavé Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de 
vida e o homem se tornou um ser vivente." 
1º Dia – ―Deus criou o Céu e a Terra‖ 
2º Dia – ―Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras e chamou 
firmamento de Céu‖ 
3º Dia – Houve a Terra e os Mares 
4º Dia – Deus separou os dias e as noites 
5º Dia – Surgem peixes e aves 
6º Dia – Surgem outros animais. Deus cria o Homem 
7º Dia – ―Deus descansou‖ 
 
Fonte: excursaodoconhecimento.wordpress.com 
 
 
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 Mito iorubá. 
 
Fonte: artemutante.blogspot.com 
 Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio 
das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que 
Oxalá criasse o homem. 
 Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram 
rígidos demais. Criou o homem de pedra - era muito frio. Tentou a água, mas o ser não 
tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez 
um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e 
o vinho sem êxito. 
 Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde 
Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso. 
Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e 
lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de 
mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-l 
 O hinduísmo. 
 
Fonte: almacarioca.net 
 A cosmologia do hinduísmo também explica, além da origem do mundo, sua 
organização social. Segundo os Vedas, 3 divindades são responsáveis pelos ciclos de 
criação e destruição do Universo: Brahma cria, Vishnu preserva e Shiva o destrói para que 
o ciclo recomece. Para criar o mundo e os humanos, Brahma fez dois deuses de si: Gayatri 
e Purusha, o homem cósmico de onde foram feitas todas as coisas. Mas, enquanto alguns 
homens nasceram da boca de Purusha, e se tornaram sacerdotes, outros nasceram dos pés, 
e se tornaram os escravos da sociedade indiana. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1
http://supermundo.abril.com.br/busca/?qu=cosmologia
 
 
22 
 
 O exemplo da sociedade hindu é apenas mais um exemplo de como os mitos sobre 
a criação do Universo fazem bem mais que resolver questões existenciais ao estabelecer 
relações de poder e detalhar códigos de conduta. O que faz deles ferramentas importantes 
para a coesão social, como parte indispensável da cultura e da identidade de um povo. 
 
 Na Grécia. 
 
Fonte: loucurasdarapha.blogspot.com 
 Segundo os gregos antigos, o princípio de todas as coisas está associado a um Caos 
Primordial, num tempo em que a Ordem não tinha sido ainda imposta aos elementos do 
mundo. Do Caos nasceu Gea (a Terra) e depois Eros (o Amor). Posteriormente, Caos 
engendrou o Érebo (as trevas infernais), o dia, à noite e o éter. Gea engendrou o céu, as 
montanhas e o mar. De Gea nasceram tambémos Deuses, os Titãs, os Gigantes e as 
Ninfas dos Bosques. Prometeu, filho do titã Jápeto, criou artesanalmente a raça humana – 
homens e mulheres – moldando-os com argila e água. E então Atena, deusa da sabedoria, 
ao ver essas criaturas, insuflou em seu interior alma e vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://supermundo.abril.com.br/busca/?qu=cultura
 
 
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Unidade 5 - Consciência 
 
 
Fonte: olimpiadadaeemariamontessori.blogspot.com 
 
 A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou 
fora dele. 
É talvez uma das maiores fontes de problemas de toda a filosofia, por ser ao mesmo tempo 
o fato mais básico e também o que traz mais dúvidas quanto ao que na realidade é. 
 
 A consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus 
próprios pensamentos, sentimentos e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência, 
a consciência imediata e a refletida. A consciência imediata ou espontânea caracteriza-se 
por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, no momento em que 
pensa ou age. A consciência refletida ou secundária é a capacidade do Homem recuar 
perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los. 
 
 A consciência possibilita ao Homem pensar o mundo que o rodeia e é nela que 
estão enraizados o sentimento de existência e o pensamento de morte, por exemplo. A 
consciência é a essência do ser humano e fonte de conhecimento e de verdade. 
 De acordo com Descartes, e o seu princípio "penso, logo existo", a consciência 
surge como fundamento e modelo de todo o conhecimento. Através dela sabe-se que se 
existe e que se é, ou seja, uma coisa pensante, uma alma separada do corpo. 
É verdade que muitas pessoas parecem não ter consciência. São criaturas que 
agridem, prejudicam outras pessoas, são desonestas, fazem toda sorte de maldades e 
acham isto natural. São pessoas que endureceram seus sentimentos e embruteceram a 
consciência, mas elas não são felizes; não conhecem o gostinho bom de ser uma pessoa 
boa. Não conhecem o contentamento que sentimos sempre que praticamos alguma boa 
ação, ou quando percebemos que alguém nos valoriza pelo nosso bom caráter e pela forma 
honesta e pacífica com que vivemos. 
 
 
 
 
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Tipos de consciência 
 Consciência moral 
 
Fonte: blognuto.blogspot.com 
 A consciência moral é um juízo da razão pelo qual a pessoa humana reconhece a 
qualidade moral de um ato concreto. Cada homem leva em seu coração uma lei. Por isto, 
com sua inteligência e vontade pode distinguir o bem e o mal, o justo e o injusto, o 
permitido e o proibido. O homem sabe que um ato concreto é bom ou mau mediante sua 
consciência moral. 
 Consciência ambiental 
 
 Fonte: bloglog.globo.com 
 Consciência ambiental é a predisposição que um indivíduo tem em saber 
previamente que alguns problemas podem afetar o meio ambiente, e que estão cientes de 
ações que possam interferir nesses causando problemas.. 
 
 
 
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 Consciência crítica 
 Ter consciência crítica é ser capaz 
de conhecer a si mesmo criticar seus 
próprios atos e saber quais os elementos 
que influenciam no modo de ser. É estar 
aberto ao novo, tudo evolui de tempo em 
tempo. 
 Muita gente tem senso crítico, 
isto é, sabe julgar com precisão as pessoas 
e as coisas que estão exteriores a si, mas 
não é capaz de olhar para dentro de si. 
Ter consciência é saber das ―minhas 
potencialidades‖ e dos ―meus limites‖. 
 Consciência Social 
 A consciência social vai sendo adquirida depois que a pessoa descobre que é sujeito 
de sua história e passa ter maior interesse pelas coisas da sociedade. Ela deixa de pensar 
somente nela ou em seu grupo e passa a ver e viver o social. A consciência neste momento 
é reflexiva, amadurecida e crítica. 
 A pessoa percebe que o mundo é uma construção do homem e está sempre 
passando por transformações. Descobre que tudo se transforma a realidade pessoal, 
comunitária e social. A construção de um mundo novo, justo e fraterno é missão de todos 
e não apenas de alguns. 
A consciência pode equivocar-se? 
 Sim, a consciência pode equivocar-se se não está bem formada, porque frente a um 
ato concreto poderia fazer um juízo errôneo contra a razão e a lei divina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: parabolicadoblum.blogspot.com 
 
 
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Unidade 6 - As forças que nos comandam 
 
 Fonte: escritatrocada.blogspot.com 
Todo gesto nosso, tudo que fazemos, tem por trás um comando... Esse comando 
pode estar na nossa mente. Se eu apanho caneta e papel para escrever alguma coisa, isso 
acontece porque a minha mente está gerando esse comando, está mandando que o faça. 
Mas nós temos também outros comandos paralelos. 
Esses outros comandos são o instinto e a vontade. 
O instinto é necessário à nossa sobrevivência. 
Alguém sabe dar um exemplo do modo como o instinto atua em nossa vida? 
 
Digamos que alguém apanha um livro e jogue em um de vocês? A reação de quem 
está no alvo do livro é sair da frente para não se machucar, não é isso? 
Pois bem, nós temos três opções para explicar essa reação. 
Opção 01 - A reação foi gerada pela mente. 
Opção 02 - A reação foi gerada pelo instinto. 
Opção 03 - A reação foi gerada pela vontade. 
 
A mente pensa nos comanda através do raciocínio, da razão. O instinto nos 
comanda de forma direta, não passa pelo raciocínio. Imaginem como seria no caso do livro 
atirado numa pessoa. Se ela começar a refletir sobre o perigo de se machucar, não dá 
tempo de ela se defender. Quando tiver terminado de pensar, o livro já atingiu o alvo. 
O comando da mente nem sempre é resultado do raciocínio. Nem sempre é preciso 
que a mente fique pensando para comandar alguma ação. Vejamos um exemplo. 
Quando vocês se levantam pela manhã e se aprontam para vir à escola, não 
precisam ficar pensando assim: eu vou levantar e me arrumar para ir à escola. Isto se dá 
porque a mente já sabe disso e não precisa ficar pensando. Entenderam? Já em relação ao 
instinto, não há pensamento. O instinto é um comando inteligente, mas sem a participação 
do pensamento, sem raciocínio. 
E qual é a terceira força que nos move? Essa terceira força, a vontade, é como um 
cavalo xucro, que a mente procura controlar. Quanto ao animal, é o instinto que o 
controla. Por exemplo, uma gazela pode estar com vontade de comer determinado vegetal 
que lhe faria mal. Então, é o instinto que a impede de comê-lo. Já com o ser humano é 
 
 
27 
 
diferente porque sabemos pensar, sabemos raciocinar, escolher o que é bom para nós e 
desprezar o que não nos serve. O ser humano ainda não está muito evoluído, porque 
muitas vezes obedece mais à sua vontade do que ao que a mente lhe diz... e olha que a 
vontade erra muito! Quantas pessoas sabem que deveriam se alimentar de coisas mais 
saudáveis, mas a vontade é que domina e elas comem de tudo que querem e depois... 
engordam, ficam com problemas de saúde, até muito graves, mas a mente não consegue 
controlar a vontade?! Observem como a natureza é sábia. 
No ser humano, que sabe pensar, refletir, que conhece muitas coisas, a inteligência é 
mais forte que o instinto. Mas, no reino animal, o instinto é mais forte, tanto que comandatudo nesse reino. E esse comando é tão incrível que nos deixa perplexos. 
Vejamos como exemplo a questão das migrações. Como elas funcionam? 
Imaginem uma tartaruga botando seus ovos numa praia e deixando-os lá para 
serem chocados pelo próprio calor do ambiente. Uns dois meses mais tarde, nascem as 
tartaruguinhas, que correm logo para o mar. Ali, na imensidão do oceano, elas viajam 
centenas de milhares de quilômetros, crescem e, mais ou menos 30 anos mais tarde, elas 
voltam ao mesmo lugar onde nasceram, para botar seus próprios ovos. 
Como é que uma tartaruga, que saiu da sua praia assim que nasceu, consegue voltar 
ao mesmo lugar depois de tantos anos? E olha que no oceano não existem ruas, estradas 
nem outras coisas para elas se guiarem. É o instinto que as conduz. Mas, voltando ao ser 
humano, existe em nós outra força, muito grande, trabalhando junto com a mente para 
nos conduzir. É o coração, ou melhor, são os sentimentos. 
Existem muitas situações nas quais a mente diz uma coisa e o coração diz outra. 
Esse fato de a cabeça dizer uma coisa e o coração dizer outra cria muitos conflitos em nós. 
 
Foi o caso da Geovana, uma jovem que estava namorando o Tito há mais de meio 
ano quando descobriu que ele era ladrão de automóveis. A cabeça dizia a ela que saísse 
daquele namoro, que aquilo era ―uma roubada‖, mas o coração não deixava. 
Vamos refletir um pouco sobre esse caso da Geovana?A sua mente lhe dizia que 
acabasse com o namoro, porque um ladrão não tinha os valores morais necessários para 
constituir uma família e educar os filhos. Além disso, um dia ele seria preso, e ela se 
tornaria mulher de um presidiário. A cabeça de Geovana lhe deu uma orientação segura e 
certa. Mas ela escolheu obedecer ao sentimento, e aí tudo se complicou. 
A coitada ficou com o Tito, casou-se com ele, teve dois filhos. Um dia, Tito foi 
apanhando pela polícia e acabou na prisão. 
Vamos refletir assim: a cabeça fica acima do coração. É ela que deve mandar em nós 
porque pode refletir, pode analisar e escolher com mais acerto. Mas é importante também 
ouvir o coração. 
 
Digamos que alguém nos pede ajuda. Cabe à cabeça analisar a situação para 
 
 
28 
 
perceber se a pessoa que está pedindo ajuda não é apenas uma aproveitadora. Se a cabeça 
entender que essa pessoa está realmente necessitada e que podemos ajudá-la sem que isto 
nos cause dificuldades, então devemos obedecer ao coração. Para tudo é necessário haver 
equilíbrio. É preciso ter bom senso e também amor. 
O bom senso ajuda a não ―entrarmos numa fria‖, e o amor nos leva a ser pessoas 
fraternas e solidárias. Isto é fundamental em nossa evolução, porque o amor é a mais 
importante das leis cósmicas. Mas existem situações em que não conseguimos ter certeza 
do que seria o melhor. Muitas vezes estamos nervosos, irritados, com raiva ou ansiosos, e 
assim fica difícil pensar com equilíbrio. 
Nesses casos é importante relaxar e desenvolver um estado de espírito tranquilo. 
Vimos, então, que o comando da mente acontece quando a ação é pensada ou mesmo feita 
de forma automática, como quando estamos com sede e vamos beber água. 
Quando agimos ou reagimos de forma instintiva, é o instinto que nos comanda. 
Quanto a essa terceira força, a vontade, é muito importante que ela seja controlada 
pela mente. Mas o ser humano ainda não está muito evoluído, porque muitas vezes 
obedece mais à sua vontade do que ao que a mente ou a razão lhe diz. 
Vimos igualmente como é importante usar sempre a cabeça, num raciocínio 
equilibrado, mas também ouvir o coração. Mas para isso é importante estar relaxado e em 
harmonia interior, a fim de poder encontrar as melhores respostas, ou soluções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade 7- Superioridade 
 
 
 Fonte: exadventistas.blogspot.com 
 
Existem dois tipos de superioridade: um é efêmero, porque vem e passa; o outro é 
duradouro, é verdadeiro, porque faz parte da própria natureza da pessoa. 
A superioridade efêmera é aquela que alguém adquire ou conquista, quando, por 
exemplo, passa a ter uma posição de chefia no trabalho, um cargo político, ou mesmo 
quando passa a ser ―o cara‖ como vocês gostam de dizer. 
Mas esse tipo de superioridade não é real porque um dia se acaba. Já a superioridade 
verdadeira reflete o próprio interior da pessoa, os valores que ela já conquistou. 
Vamos dar um exemplo. Amadeu e Fernando eram dois amigos que se conheciam 
desde crianças. Estudaram nas mesmas escolas, formaram-se na mesma universidade. 
Alguns anos mais tarde, tornaram-se gerentes na mesma empresa. 
No setor que Amadeu gerenciava, todos os seus subordinados o admiravam e 
gostavam muito dele, pela maneira como sabia lidar com eles; era um chefe que exigia 
dedicação e eficiência por parte dos seus subordinados, mas tratava-os com respeito e com 
fraternidade. 
Certa vez um deles, o Tadeu, sofreu um acidente de moto e ficou muito tempo 
hospitalizado. Amadeu ia sempre visitá-lo e, um dia, quando o encontrou muito aflito 
porque o filho mais novo estava doente, prontificou-se a ajudar. 
Levou o bebê ao médico e comprou os remédios que foram receitados, pois sabia que 
Tadeu estava sem dinheiro. 
Amadeu era assim, muito rigoroso no trabalho, mas honesto e de bom coração. 
Já Fernando era bem diferente. Para se dar bem, ele era capaz de mentir, enganar e 
passar por cima de qualquer um. No trabalho, com seus subordinados, era frio e até cruel. 
Gostava de ser bajulado, e, se alguém o contrariasse, era demitido na hora. 
 
 
30 
 
Ele próprio vivia bajulando o diretor-geral da empresa, pois achava que, assim, 
poderia acabar sendo promovido. 
Vejamos outro caso. 
Dr. Cipriano havia bebido muito e resolveu levar o casal de filhos ainda pequenos 
para passear, mas, enquanto dirigia, seu carro caiu num canal. 
A correnteza estava forte, e, quando o carro já ia ser arrastado pela água, seu 
Tinoco, um gari que percebera a situação, conseguiu uma corda, amarrou-a num poste; 
arriscando a própria vida, desceu pela corda e conseguiu salvar Dr. Cipriano e as duas 
crianças. 
O valor verdadeiro está no coração, nos bons sentimentos; está na ética, no esforço 
que alguém faz para aprender e para alcançar seus ideais. Ele está em se viver esses 
valores que são ensinados nestes nossos encontros. Mas será que podemos rotular as 
pessoas, sem uma análise mais profunda? 
Para responder a essa questão, vamos acompanhar durante algum tempo nossos 
dois personagens, o Dr. Cipriano, aquele homem cujo carro caiu no canal porque ele 
estava dirigindo embriagado, e seu Tinoco, o gari que salvou a ele e a seus dois filhos. 
Dr. Cipriano era um excelente cirurgião e trabalhava num pronto-socorro. Certa 
noite ele voltava do plantão e percebeu que, na rua à sua frente, estava havendo forte 
tiroteio. Quis retornar, mas não conseguiu, porque a rua atrás dele estava congestionada. 
Não tinha outro jeito além de ficar ali, pedindo a Deus para não ser atingido por uma bala 
perdida. 
De repente, um homem cambaleou e caiu no meio da rua, atingido por um tiro. 
Dr. Cipriano, sem mesmo pensar no perigo, apanhou sua maleta de médico, rasgou 
o bolso do jaleco e, segurando-o bem alto à guisa de bandeira branca junto à maleta de 
médico, foi se aproximando do ferido com cuidado, andando sempre pelo meio da rua. 
Esse gesto foi tão inusitado, demonstrando tanta coragem e profissionalismo, que 
os atiradores pararam de atirar por algum tempo, até que o ferido recebesse os primeiros 
socorros e fosse retirado do local. Quanto ao seu Tinoco, ele era um bom pai e bom 
marido durante a semana, mas, nos fins de semana, sempre bebia e transformava a vida da 
família num inferno. Ficava agressivo, batia na mulher, dona Aparecida,e ameaçava matá-
la na frente dos filhos. 
Dona Aparecida teve de abandonar o emprego, porque não podia sair de casa aos 
sábados para trabalhar, com medo do que o marido pudesse fazer com as crianças. 
Por causa disso, a situação ficou muito difícil. Do dinheiro que seu Tinoco recebia 
como gari, boa parte ele gastava nos bares, nos finais de semana, e o que sobrava mal dava 
para pagar o aluguel do barraco e pôr alguma comida dentro de casa. 
 
 
31 
 
Dona Aparecida aguentou o quanto pôde, mas acabou indo embora com os filhos, 
para morar com a mãe. Deu para perceber o quanto é difícil classificar as pessoas? 
 Por isso nunca devemos rotular alguém. Para dizermos que uma pessoa é boa ou 
má, que é superior ou inferior, precisamos conhecê-la melhor. 
É verdade que muita gente demonstra desde logo que o seu lado mau é muito mais 
forte que o lado bom. Também há muitas pessoas que deixam transparecer os valores 
positivos que já conseguiram desenvolver, mostrando ser boas pessoas. 
 
Texto II - Lençol sujo 
 
Um casal, recém casados, mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira 
manhã que passavam na casa, enquanto tomava café, a mulher reparou através da janela 
em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e 
comentou com o marido: 
— Que lençóis sujos ela está pendurando no 
varal! 
— Está precisando de um sabão novo. Se eu 
tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu 
a ensine a lavar as roupas!O marido observou 
calado. Alguns dias depois, novamente, durante o 
café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no 
varal e a mulher comentou com o marido: 
 — Nossa vizinha continua pendurando os 
lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria 
se ela quer que eu ensine a lavar as roupas! E 
assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia 
seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. Passando um tempo a 
mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi 
dizer ao marido: 
—Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que outra vizinha ensinou? O marido 
calmamente respondeu: — Não, hoje levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela! 
E assim é. Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos. Antes de criticar, 
verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e 
limitações. 
Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. Só assim 
poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Lave sua vidraça. Abra sua janela!!! 
 
 
Fonte: 8amores.blogspot.com 
 
 
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Unidade 8 - Agressividade e convívio 
 
 Nos últimos anos, criou-se uma cultura 
de agressividade entre as pessoas, tanto entre 
os adultos, quanto entre as crianças. Isto é 
muito ruim. A agressividade nunca é boa. 
O ser humano é um ser grupal, ou seja, 
vive em grupo. Pensem como seria se todas as 
pessoas vivessem isoladas, sem se comunicar 
umas com as outras. 
Vamos fazer um exercício de imaginação. 
Vamos fechar os olhos e imaginar que a 
Terra está toda dividida em espaços do tamanho de um campo de futebol, cercados por 
muros altos, e cada um de nós vive isolado num desses espaços, sem poder sair nem se 
comunicar com os outros. 
Nesses nossos espaços, temos um lugar para morar, alguns animais domésticos e 
alimento. Não há computadores, nem telefones; não há aparelhos de rádio ou de tevê. Nós 
só podemos nos comunicar com outras pessoas através de cartas. 
Viver isolado realmente seria uma coisa horrível, mas, felizmente, nós podemos 
viver em sociedade. Por isso, para que a nossa vida em sociedade não seja uma coisa ruim, 
precisamos aprender a conviver bem uns com os outros. Para haver um bom convívio, é 
preciso, antes de tudo, respeitar as diferenças e aceitá-las. 
Carlito começou a apresentar tendências agressivas aos 6 anos. Um dia envolveu-se 
numa briga de rua e acabou no hospital, todo machucado e com o braço quebrado. 
No dia seguinte, seu avô Gilmar foi visitá-lo e, assim que se acomodou, foi logo 
dizendo: — Eu vim até aqui porque preciso conversar com você. 
Diante do ar de interrogação do garoto, seu Gilmar continuou: 
— Sabe Carlito, quando tinha a sua idade, eu também era muito agressivo, vivia 
procurando confusão. Na escola ninguém gostava de mim, a não ser alguns poucos 
colegas, que também eram arruaceiros. Depois que cresci e fiquei adulto engajei-me na 
Marinha... 
Seu Gilmar ficou pensativo por instantes e continuou, com ar sonhador. 
—Eu amava o mar... Amava minha profissão, mas vivia criando encrenca em cada 
porto onde o navio ancorava. Numa dessas quebrei o braço de um colega e acabei levando 
uma surra tão grande que quase morri. 
— E aí, o que aconteceu? — perguntou Carlito. 
 
Fonte: minhasvivenciasnopathwork.blogspot.com 
 
 
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— O comandante me mandou tomar conta de um farol, no Atol das Rocas. Longe 
como só... Fica no oceano Atlântico a 260 km da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. 
Pense num lugar isolado... Para qualquer lado, só água... 
— E não moravam outras pessoas lá? – perguntou Carlito. 
— Ninguém... só eu, sozinho – respondeu seu Gilmar, com o olhar distante, e 
continuou – Quando acontecia uma tempestade era horrível... Dava medo. Nenhum navio 
podia se aproximar, porque poderia naufragar. 
Olhando fixo nos olhos de Carlito, seu Gilmar falou com ênfase: 
— Passei um ano inteirinho lá, sozinho... E foi lá, naquela horrível solidão, que eu 
aprendi a dar valor às outras pessoas. Eu queria gente perto de mim, fosse lá quem fosse, e 
foi naquele desespero que fiz um juramento. 
— Que juramento, vô? 
— Foi numa noite de tempestade. Parecia que o mundo estava vindo abaixo, então 
eu senti, com toda intensidade, o que significa a gente poder ter outras pessoas por perto. 
Eu não tinha ninguém, só os relâmpagos cortando o céu, o ribombar dos trovões, o uivo 
do vento e o ronco das ondas... 
— Então vô, que juramento foi esse? – perguntou Carlito, aflito. 
— Eu jurei que se saísse dali com vida, e quando pudesse voltar, nunca mais iria 
brigar, nem criar confusão. Eu iria ficar tão feliz por ter pessoas por perto, fosse lá quem 
fosse, que iria tratar todo mundo muito bem. 
Para haver um bom convívio, é preciso haver alteridade, que significa aceitar as 
diferenças, respeitá-las e aprender com os que são diferentes de nós, porque sempre temos 
algo de bom a aprender com os outros. O nosso planeta só será um mundo de paz, um 
mundo bom para todos, quando todos aprenderem a respeitar os direitos dos outros. 
O ser humano é um ser grupal, ou seja, vive em grupo. Seria realmente horrível se 
todas as pessoas vivessem isoladas, sem poderem se comunicar umas com as outras. Mas, 
felizmente, nós podemos viver em sociedade. Por isso, para que a nossa vida em sociedade 
seja uma coisa boa, devemos nos esforçar para conviver bem uns com os outros. 
O primeiro passo para um bom convívio está em respeitarmos os outros, os seus 
direitos, o seu espaço. 
 
Fonte: professorare.blogspot.com Fonte: viaseg.com.br 
 
 
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Unidade 9 - Equilíbrio 
 
Fonte: brasilescola.com 
Alguém aqui gosta de aparecer? 
Então procure fazê-lo pelos seus valores, não pelo seu lado feio. 
É importante que fiquem sabendo que querersempre levar vantagens pode ser 
ruim... muito ruim. 
Dedé era um garoto que sempre queria levar vantagem em tudo. Seu pai, o seu 
Jeremias, ficava preocupado com as atitudes do filho e sempre procurava aconselhá-lo, 
mas sem obter resultado. 
Certa manhã de domingo, chamou Dedé e lhe perguntou: 
— O que você acha mais importante, se dar bem ou ser feliz? 
— Ora, pai – respondeu Dedé – eu acho que ser feliz é o mesmo que a gente se dar 
bem. 
Seu Jeremias olhou com tristeza para o filho e disse: 
— Você está enganado. Há milhões de pessoas na Terra que se deram bem, mas não 
são felizes. Quantas pessoas passam a vida de olho em tudo com que possam ter lucro, ter 
vantagens, mas vivem tão assoberbadas que não têm paz interior? Tais pessoas não são 
capazes de parar junto de uma flor para observar a textura macia das pétalas, as suas 
cores, o seu perfume. Elas não sentem nem enxergam a vida... 
— É verdade, pai. Quando eu comecei a observar o quanto a natureza é 
maravilhosa, eu senti uma sensação muito boa, assim, de paz, de alegria... Será que isso é 
felicidade? 
— É sim, meu filho. A felicidade é uma coisa que nasce no nosso interior, mas para 
isso é preciso abrir o coração e dar espaço a ela. Aí ela vai tomando conta e se instala 
dentro de nós. 
Dedé estava aprendendo muitas coisas importantes. É como se a força da natureza 
 
 
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tivesse varrido de dentro dele aquelas ideias de que o importante na vida era ―se dar bem‖. 
Seu Jeremias havia notado essas mudanças no filho e estava muito satisfeito com 
isso. Certa tarde, sentado ao lado de Dedé à beira de um riacho, comentou: 
— Sabe, meu filho, para haver felicidade, é preciso haver equilíbrio. Quando alguém 
quer sempre levar vantagem, está gerando desequilíbrio. 
— Como assim, meu pai? – perguntou Dedé, curioso. 
Seu Jeremias pensou um pouco e respondeu: 
— Nós podemos comparar essa questão de querer levar vantagens em tudo a uma 
balança, daquelas que ainda são usadas em algumas mercearias e que têm dois pratos. 
Digamos que o cliente quer comprar um quilo de feijão. 
Então, o merceeiro coloca num dos pratos um peso de ferro de um quilo e no outro 
vai colocando feijão até que os dois pratos fiquem em equilíbrio, ou seja, na mesma altura. 
 Devido a esse equilíbrio, o cliente fica satisfeito porque foi atendido honestamente, 
e o merceeiro também fica porque vendeu mais um pouco do seu produto. 
Seu Jeremias calou-se por instantes e continuou: 
— Sabe, meu filho, a lei cósmica é a lei do equilíbrio. Ninguém leva vantagens sem 
merecer, e mesmo essas pessoas que querem levar vantagens em tudo estão enganando a 
si mesmas, porque, mais cedo ou mais tarde, a vida irá cobrar-lhes as devidas 
compensações. Desde que somos concebidos, ainda no ventre das nossas mães, já 
começamos a receber benefícios da vida. Quanto aos benefícios que recebemos durante 
nossa infância e ao longo da vida, esses são imensos. 
O simples fato de participarmos da comunidade planetária já é um benefício, assim 
como podermos nos locomover, falar, sentir alegria, brincar, ter uma escola para estudar e 
professores para nos ensinar; podermos ouvir, sentir o afago que nos fazem, assim como o 
vento soprando em nosso corpo. 
Dá para perceber o quanto recebemos de benefícios durante a nossa existência? 
Assim, é fácil entender o quanto nós devemos à vida. Então, para haver equilíbrio, se 
recebemos muito da vida, também devemos retribuir, dando a ela o que tivermos de 
melhor. 
Observem que a terra dá e recebe, assim como também as plantas recebem e dão. 
As árvores oferecem suas folhagens para os pássaros se abrigarem e construírem 
seus ninhos; dão-lhes as frutas e as sementes que os alimentam. Em compensação, os 
pássaros conduzem as sementes para outros lugares, onde elas nascem e dão continuidade 
às árvores. Essa lei da compensação também está presente em nossas vidas. 
Vejamos alguns exemplos do modo como isto acontece: 
 
 
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1 - As pessoas trabalham e recebem os salários com os quais se mantêm. 
2 - Quando queremos comprar alguma coisa, damos dinheiro como compensação. 
3 - O aluno estuda e, como compensação, recebe o aprendizado, tão importante em 
seu futuro. 
4 - Quando somos atenciosos e gentis, os outros nos compensam com sua simpatia. 
Na natureza, a lei da compensação funciona em tudo de forma harmoniosa, mas no 
reino humano muitas vezes ela é desvirtuada. 
Vamos ver alguns exemplos. Os pais cuidam dos filhos, dando-lhes alimento, roupa, 
carinho, levando-os à escola para que possam aprender e ter um futuro melhor. Os filhos, 
por sua vez, recompensam os pais com seu carinho e com as alegrias. 
Porém essa lei se desvirtua quando os filhos só dão desgosto aos pais, e em alguns 
casos os agridem e até matam. Essa lei também se desvirtua quando damos nossa amizade 
a alguém e esse alguém nos prejudica ou nos magoa. 
Mas o mais comum ocorre quando recebemos muitas coisas boas da vida e nada lhe 
damos como compensação. Vocês se lembram do que falamos sobre o equilíbrio cósmico, 
que funciona assim como uma balança? Então, se recebemos muito da vida, também 
devemos retribuir, dando a ela os nossos bons sentimentos, as nossas boas ações, e 
desenvolvendo esses valores de que temos falado nestes encontros. 
A humanidade só será feliz quando aprender a obedecer a todas as leis naturais, ou 
leis cósmicas. 
 
 
Fonte: maguyshantty.com.br 
 
 
 
 
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Unidade 10 - Dinheiro x felicidade 
 
 
 Fonte: fernandocaldini.blogspot.com 
Honório era um garoto muito inteligente e também ganancioso. Quando algum 
colega lhe pedia ajuda em alguma matéria, ele ajudava, mas cobrava. 
No início o preço da ajuda era um bombom ou um pastel, mas, com o passar do 
tempo, começou a cobrar em dinheiro mesmo. Certa vez, quando seu amigo Lúcio 
demonstrara estranhar o fato de Honório cobrar por uma ajudinha qualquer, respondeu: 
— O mundo, meu caro, é dos espertos. Os otários, como você, passam a vida 
puxando carroça. Eu não! Eu vou chegar ao topo do mundo, você vai ver... 
Algum tempo depois, Honório foi morar em outra cidade, e os dois só voltaram a se 
ver alguns anos mais tarde, quando Honório foi passar umas férias em sua cidade natal. 
Chegou num carro importado, esbanjando luxo. Foi à procura de Lúcio e, quando o 
encontrou, foi logo dizendo: 
— Eu voltei aqui, para essa cidadezinha fuleira, só pra te convidar a vir trabalhar 
comigo... é pra ganhar muito dinheiro. O trabalho seria simples, explicou, já que Lúcio era 
muito inteligente e bem preparado, estava fazendo faculdade e poderia fazer provas de 
vestibular em lugar de outros alunos, cujos pais pagavam muito bem. 
— Deixa ver se entendi direito – disse Lúcio. – Você quer que eu vá fazer prova de 
vestibular, me fazendo passar por algum aluno preguiçoso que não quis estudar... e então 
quem passa é o aluno, cujo nome usei para fazer a prova... é isso? — Isso mesmo – 
respondeu Honório. – Os pais desses alunos pagam uma nota preta porque sabem que 
somos bons e temos toda chance de fazer as melhores provas. 
Eu mesmo nunca perdi um vestibular desses. Lúcio estava tão decepcionado com o 
amigo, que só conseguiu dizer: — Não conte comigo. Alguns meses mais tarde, todos os 
noticiários do país falavam numa gangue de fraudadores de vestibular que a polícia tinha 
prendido, e lá aparecia o Honório na tevê, sendo apresentado como o chefe da quadrilha. 
 
 
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Era possível ver como estava envergonhado, tentando cobrir o rosto com as mãos... 
Lúcio sentiu pena. Como alguém pode estragar assim a própria vida, só para ganhar 
dinheiro? Honório certamente pegaria alguns anos de cadeia e, quando saísse, iria viver de 
quê? Ninguémdaria emprego a uma pessoa desonesta. A felicidade é diferente para todas 
as pessoas, é como se tivesse várias caras. 
Para alguns, ela está em um bom relacionamento amoroso, em um bom convívio 
com a família, em ter saúde, ou, ainda, em estar em paz com a própria consciência. 
Para outros, ela está em uma roupa nova, em um passeio muito desejado, em um 
carro novo, em viver numa casa bela e confortável, em ir a festas, em ter muito dinheiro e 
por aí afora. Certamente o dinheiro é importante e necessário para nossa sobrevivência, 
mas há pessoas que vivem em função do dinheiro. 
Quanto mais têm, mais querem, e com isso acabam se tornando suas escravas. É 
muito importante que tenhamos equilíbrio em tudo. 
Podemos usar das coisas que a vida nos oferece, mas com prudência, porque o nosso 
excesso pode estar fazendo falta a outras pessoas. 
 Muitas pessoas são capazes das maiores loucuras por dinheiro, antigamente era 
usada a troca como moeda de compra, depois que foi inventado o dinheiro as pessoas 
começaram a se transformar a mudar o seu caráter. 
 Mas será que o dinheiro traz felicidade? A ganância do homem é tamanha que a 
consciência deixou de existir e passou a ser dominada pelo desespero de ter mais e mais 
dinheiro custe o que custar. 
 A sociedade é a grande culpada por esta situação exigindo das pessoas uma 
condição social elevada para poder freqüentar as grandes festas e sair nas páginas das 
revistas famosas. Mas não podemos pensar que o dinheiro é o causador dos males da 
sociedade, pois, isto é uma grande inverdade. 
 O dinheiro traz muita felicidade para quem sabe usar de maneira correta e investir 
para o crescimento saudável. O dinheiro serve para financiar grandes descobertas na área 
da saúde, como vacinas para a cura de doenças, a construção de escolas e hospitais, 
construção de casas populares para famílias carentes, enfim é possível sim usar o dinheiro 
de maneira saudável a sociedade, uma vez que até grandes empresas pedem dinheiro ao 
governo, para terem como vencer a crise. 
 Uma pessoa que tem condições financeiras de custear os estudos dos filhos é uma 
pessoa feliz com o seu compromisso realizado, mas é uma realidade muito distante para a 
maioria das pessoas que vivem de salário mínimo e dependem do governo para que seus 
filhos tenham boas escolas públicas com bons professores. 
http://www.culturamix.com/category/dinheiro
http://www.culturamix.com/category/festas
http://www.culturamix.com/category/saude
http://www.culturamix.com/dinheiro/empresas-pedem-dinheiro-ao-governo
http://www.culturamix.com/dinheiro/empresas-pedem-dinheiro-ao-governo
http://www.culturamix.com/dinheiro/empresas-pedem-dinheiro-ao-governo
http://www.culturamix.com/dinheiro/como-vencer-a-crise
 
 
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 O dinheiro pode comprar um carro importado, uma casa com piscina em um bairro 
nobre, uma viagem ao exterior, um casaco de pele, mas o dinheiro não consegue comprar 
a felicidade que conquistamos através das nossas realizações pessoais ajudando os outros e 
trabalhando honestamente. 
 A valorização pessoal só é conquistada através do trabalho honesto e suado para 
conseguir adquirir algo, é como se tivéssemos ganhado um premio na loteria tamanha a 
felicidade que sentimos quando realizamos um sonho. 
 O dinheiro deixa de ser um mau quando usamos para o bem sem distinção e nem 
olhar para quem. È muito bom saber que podemos deitar no travesseiro e dormir 
sossegado com a consciência tranqüila de que estamos vivendo de maneira honesta 
perante a sociedade adquirindo e realizando nossos sonhos. 
Por isso, devemos respeitar todos que trabalham honestamente. Ruim é quando 
alguém não quer estudar nem trabalhar. Então fica encostado na família ou, pior ainda, 
envolve-se em alguma atividade desonesta ou criminosa. 
Vemos, então, como o dinheiro e o trabalho são importantes. O dinheiro é 
necessário para nossa sobrevivência, e é no trabalho que passamos grande parte das 
nossas vidas. 
Mas existem outros valores fundamentais para a nossa felicidade. São valores que 
estão dentro de nós; eles não dependem do fato de sermos ricos, pobres, cultos ou 
ignorantes. Os maiores valores que alguém pode ter são honestidade, boa educação, bons 
sentimentos, respeito, responsabilidade, não violência, ética, solidariedade. 
A pessoa que desenvolve tais valores pode andar de cabeça erguida e dormir 
tranquila, porque está vivendo de acordo com as leis cósmicas. 
 
 
Fonte: planobeta.com 
 
 
http://www.culturamix.com/transporte/carros/carros-importados
http://www1.caixa.gov.br/loterias/index.asp
 
 
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Unidade 11 - Sentir vergonha: parte - I 
 
 Antero era filho de pais muito pobres. A mãe, 
dona Joana, trabalhava como faxineira numa casa de 
pessoas muito ricas, e o pai, seu Arnaldo, era mecânico. 
 O dinheiro era tão pouco que precisavam 
economizar em tudo para poderem sobreviver. 
O fogão, de tão velho, precisava ficar escorado 
por tijolos. A geladeira estava toda enferrujada, e os 
móveis da casa estavam em péssimas condições. 
A comida era bem simples: arroz, feijão, alguns pedaços de carne ou de frango 
cozidos com soja e salada de legumes. Frutas e legumes nunca faltavam, porque dona 
Joana ia sempre ao mercado buscar os que não estavam muito bonitos e seriam jogados 
fora, mas dava para aproveitar muito bem. 
Só as roupas e os calçados de Antero eram bonitos, de marca, embora usados, 
porque eram dados pelos patrões de dona Joana, que tinham um filho um pouco maior que 
ele. Como era excelente aluno, Antero conseguiu bolsa de estudos numa escola particular. 
Ele fazia o que podia para ninguém descobrir que era pobre. 
Uma vez que não havia dinheiro para comprar lanche na escola, ele levava de casa 
e, quando alguém tirava onda com ele, dizia: 
– Minha mãe não quer que eu fique comendo esses lanches daqui, pois não são 
saudáveis. 
 A pobreza, a riqueza ou qualquer outra situação na qual a vida nos coloca devem 
ser vistas como uma oportunidade de aprendizado para nós. 
O rico tem ocasião de aprender a ser fraterno, solidário, e a utilizar os bens que 
possui em benefício da comunidade. Quanto mais dinheiro alguém tem, maior é a sua 
responsabilidade perante a vida. 
O pobre tem a oportunidade de trabalhar, estudar e lutar para melhorar sua 
condição e, com isso, com essa luta, vai adquirindo valores como a força de vontade, a 
tenacidade e experiência. Nós só devemos sentir vergonha pelas nossas atitudes erradas, 
pelas coisas erradas que fazemos, porque elas só dependem de nós, da nossa vontade. 
Vamos analisar essa questão, começando pelo primeiro item: “ser feio”. 
A beleza que está em nosso corpo e no rosto é passageira, porque todos 
envelhecemos com o passar do tempo. Vêm as rugas, a pele e os músculos ficam flácidos, e 
ficamos bem ―caidinhos‖, no entanto a beleza interior não passa, ela fica ainda melhor com 
o passar do tempo, porque vamos adquirindo mais experiência e fortalecendo nossos 
 
Fonte: bangdiario.blogspot.com 
 
 
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valores. Por isso a beleza interior é muito mais importante. É a nossa verdade, que não 
envelhece, não fica enrugada nem caída. 
É claro que é muito importante também cuidar do corpo, fazer exercícios físicos, 
ingerir alimentos saudáveis, evitando tudo que possa prejudicar a saúde. Assim, 
precisamos ter sempre dois cuidados: com o corpo e com o nosso interior. 
Ser mal-educado 
Uma pessoa mal-educada age de forma que suas atitudes e ações incomodam 
outras pessoas, ferem a sensibilidade alheia e podem ser inoportunas ou inconvenientes. 
As pessoas mal-educadas não são bem aceitas em todos os ambientes e encontram 
dificuldade para fazer amizades. 
Devemos, sim,

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