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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO Campus Petrolina Curso de Licenciatura em Pedagogia KRISLAYNNE MONNESKA DE OLIVEIRA SOUZA MARIA ELIZÂNGELA NUNES FEITOSA EDJARA VALQUÍRIA LACERDA DE FARIAS EDMMARA GESSYANNY DE OLIVEIRA SILVA STELA AMORIM Resumo Crítico A Função Social da Escola: Um Estudo de Conjuntura Atividade elaborada para obtenção da nota da 1ª WEBQUEST do componente curricular: PRÁTICA PEDAGÓGICA I Professor: Myllena Karina Miranda dos Santos SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE 2020 APRESENTAÇÃO Esse trabalho tem como função tecer um resumo crítico do texto “A função social da Escola: um estudo de conjuntura” escrito pelos professores Adnilson José da Silva e Darlan Faccin Weide. Iremos discorrer brevemente sobre as relações de poder que deram origem aos modelos da Escola Tradicional e da Escola Nova, propensões pedagógicas que se alternaram no Brasil, os seus contextos históricos, econômicos e as suas funções sociais. RESUMO Inicialmente os autores levantam o fato que A Escola não é simplesmente uma instituição isolada da sociedade, e sim o contrário, a escola está diretamente ligada a formação do indivíduo. Porém, para que se possa compreender isso é necessário definir qual a função social da Escola e para isso é preciso recorrer a ciências que fundamentam a pedagogia: História, Sociologia, Filosofia e Economia. Na sequência é proposto que se crie um roteiro de estudo e para esse se utilize uma ferramenta para a compreensão crítica da realidade social chamada: análise de conjuntura. Com ela, poderemos estabelecer e estudar as diversas funções sociais dadas à escola. O método de Análise de Conjuntura utilizado foi sintetizado pelo sociólogo brasileiro Herbert José de Souza, o Betinho no livreto intitulado Como se faz análise de conjuntura (Vozes, 1994). Nele, Betinho elucida que a realidade social é muito dinâmica e, portanto, necessita ser analisada continuamente. Essa variação acontece graças a cinco elementos: Acontecimentos: fatos que tem influência na vida de muitas pessoas; Cenários: Os espaços sociais onde ocorrem os fatos; Atores: Os sujeitos que representam algo para a sociedade, esses podem ser individuais, ou coletivos; Relação de forças: As alianças entre os atores, essas podem ser de parceria ou de competição e podem mudar; Articulação entre estrutura e conjuntura: A influência da estrutura econômica nos acontecimentos, no advento e variação dos cenários, dos atores e das relações de força que os envolvem. Vivemos segundo um modelo econômico capitalista fundamentado na produção e no consumo. Logo, temos o capitalismo como elemento limitador ou estimulador de ações, onde uns poucos são favorecidos e os outros prejudicados. Para compreender como fica a escola nos conchavos entre governos e grandes capitalistas, os autores precisaram recorrer à História e à Economia e para isso utilizaram o livro Escola e Democracia, escrito pelo Professor Dermeval Saviani. Nesse livro o Professor Saviani descreveu sobre o caminho da educação no Brasil no século XX, e os modelos pedagógicos atribuem diferentes funções sociais à escola. A Escola Tradicional atuou entre o final do século XIX e início século XX, a estrutura econômica era mais agrária do que industrial. No Brasil haviam acontecido recentemente a abolição e a mudança do imperialismo para à república. A marginalidade da Escola Tradicional era agregada a ignorância. Portanto, todo aquele que não conhecia o conteúdo dos livros era considerado “marginalizado”. A Escola era tida como antídoto contra a ignorância. E davam mais importância a quantidade de conhecimento do que a qualidade. Nos EUA o filósofo John Dewey (1859-1952) propôs um novo estilo de pedagogia, mais moderna e articulada, nos moldes da democracia norte-americana, a Escola Nova. Nesse cenário a escola deveria propiciar às crianças uma capacidade de ações para aprender a realidade e participar nela, isso baseava-se no pragmatismo e no liberalismo, que, na visão de Dewey permitia que o indivíduo fosse livre para aprender através de experiências. A Escola Nova combatia na educação a padronização, algo que para eles, formava indivíduos sem iniciativa própria. A marginalidade foi definida pelo desajustamento e inadaptalidade (não aceitação do pensamento diferente) de todas formas (biopsicossociais). A escola deveria adaptar os indivíduos à sociedade promovendo aceitação das diferenças entre todos. No Brasil a implantação da escola nova ocorreu de meados do século XIX até 1930 e foi marcada por um documento chamado Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Nele criticava-se a separação entre a política educacional e outros setores sociais principalmente o econômico. Aqui a instauração da Escola Nova, foi um conchavo entre o governo e os donos de meios de produção. A marginalidade foi atribuída à diferença. O conceito não foi implementado na maioria das escolas pobres de maneira condescendente sob a desculpa de “inclusão escolar” algo que enfatizou a exclusão social. Analisando o texto é possível observar que a Escola Nova Americana foi criada sob pilares defendidos até hoje. Porém, quando essa foi implementada no Brasil, visando apenas os alunos das classes sociais mais favorecidas, acabou por fortalecer a desigualdade social. Pois, enquanto os alunos de uma “elite social” eram educados nos moldes da Escola Nova e aprendiam a pensar, criar e desenvolver-se, os alunos de escolas pobres seguiram educados nos moldes da Escola Tradicional através da padronização, decoração, repetição. Formando assim uma pequena elite capacitada a gerenciar, e muitos indivíduos capacitados para seguir as ordens e executar serviços. Sendo assim, uma das principais funções sociais da escola atualmente é a de tentar equilibrar essa desigualdade social, analisando nos modelos escolares passados, mantendo os acertos e corrigindo os erros. Para que assim, seja possível capacitar as novas gerações a pensar e aprender de maneira contínua, de forma justa, com equidade, inclusão social e aceitação de si mesmo e do outro. Promovendo dessa forma atitudes transformadoras na sociedade. REFERÊNCIA: SILVA, Adilson José da; WEIDE, Darlan Faccin. A Função Social da Escola. UNICENTRO/Paraná. Disponível em:<http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/bitstream /123456789/945/5/Fun%C3%A7%C3%A3o%20Social%20da%20Escola.pdf>. Acesso em: 17 maio, 2020. http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/bitstream%20/123456789/945/5/Fun%C3%A7%C3%A3o%20Social%20da%20Escola.pdf http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/bitstream%20/123456789/945/5/Fun%C3%A7%C3%A3o%20Social%20da%20Escola.pdf
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