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ERGONOMIA DO TRABALHO CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL 1 ERGONOMIA Fonte: www.siltonmoveis.com.br O que é ergonomia: Ergonomia consiste no conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual existem interações entre seres humanos e máquinas. Este termo se originou a partir do grego ergon, que significa “trabalho”, e nomos, que quer dizer “leis ou normas”. O principal objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação de elementos do ambiente de trabalho ao ser humano, com o objetivo de gerar o bem-estar do trabalhador e consequentemente aumentar a sua produtividade. No âmbito das ciências econômicas, a ergonomia consiste na área que aborda tópicos relacionados com o contexto moderno de trabalho, especialmente na economia industrial. Dois temas cruciais no âmbito da ergonomia são a segurança no trabalho e a prevenção dos acidentes laborais. Neste contexto, a ergonomia sugere a criação de locais adequados e de apoios ao trabalho, criação de métodos laborais e sistemas de retribuição de acordo com o rendimento (valorização e estudo do trabalho, por exemplo). 2 Fonte: blog.sst.com.br A ergonomia também determina os horários de trabalho, assim como a sua nacionalização, e contempla tudo através de uma perspectiva humanitária da empresa e das relações que se estabelecem nela. O conceito de Ergonomia se aplica à qualidade de adaptação de uma máquina ao seu operador, proporcionando um eficaz manuseio e evitando um esforço extremo do trabalhador na execução do trabalho. As lesões por esforço repetitivo (LER) são um dos problemas físicos mais comuns que pode causar limitações ou mesmo a incapacidade de trabalhar, por exemplo. Utilizar soluções ergonômicas no local de trabalho é uma iniciativa que pode aumentar significativamente os níveis de satisfação, eficácia e eficiência do trabalhador. Fatores humanos (do inglês Human Factors) é um termo utilizado com o mesmo significado da ergonomia. Quando se fala em fatores humanos ou ergonomia, sua aplicação abrange áreas como: aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação, desenho de produtos adaptados ao ser humano, cuidados com a saúde física e mental, dentre outras áreas. A ergonomia é também conhecida como o estudo da relação entre o homem e o seu ambiente laboral. Podemos dizer que a ergonomia no trabalho oferece ao indivíduo, o conforto adequado e os métodos de prevenção de acidentes e de patologias especificas para cada tipo de atividade executada. A má postura e as 3 lesões por esforços repetitivos, ao logo do tempo, causam diversos males que prejudicam e comprometem a saúde do trabalhador, impossibilitando, muitas vezes, que esse indivíduo permaneça executando a mesma função, em decorrência, por exemplo, de uma deficiência motora. As condições gerais de trabalho, considerando, a iluminação, o nível de ruídos e a temperatura, são os principais causadores dos problemas que afetam, diretamente, a saúde dos funcionários de uma empresa. Nesse caso, a ergonomia pode também contribuir muito para evitar que essas enfermidades ocorram, com objetivo de tornar cada vez mais eficiente os procedimentos de controle e de regulação das condições adequadas de trabalho. Considerando que a eficiência dos processos utilizados na ergonomia laboral seja apropriada para eliminar os riscos que afetam a saúde do trabalhador, pode-se afirmar que o custo-benefício dos métodos ergonômicos utilizados, minimiza para as empresas, as despesas com possíveis indenizações, quando não há condições adequadas de trabalho, causando aos funcionários algum tipo de incapacidade física que o impossibilite de exercer suas atividades diárias. A ocupacional oferece aos seus clientes todo o suporte necessário para a realização da análise ergonômica no ambiente laboral. Com um programa completo que proporciona a adaptação postural dos trabalhadores às condições adequadas de trabalho, os resultados satisfatórios surgem e geram, consequentemente, uma maior eficiência produtiva. O programa ergonômico oferecido pela Ocupacional é elaborado em conformidade com as características peculiares de cada empresa, com treinamentos para capacitar os funcionários a uma maneira mais segura e eficiente de exercer suas funções laborais. O programa disponibiliza para as empresas: análise ergonômica do trabalho, laudo ergonômico, palestras e treinamentos, ginástica laboral, comitê ergonômico, dentre outros. ERGONOMIA COGNITIVA Refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de 4 trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem computador, estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres humanos e sistemas. Fonte: web.reliza.com.br A ergonomia cognitiva é também conhecida como engenharia psicológica. A palavra "cognitiva" sugere uma relação com um conjunto de processos mentais, entre eles a percepção, a atenção, a cognição, o controle motor e o armazenamento e recuperação de memória. A ergonomia cognitiva pretende analisar o impacto que esses processos têm na interação do ser humano e outros elementos dentro de um sistema. Algumas áreas específicas são: carga mental de trabalho, vigilância, tomada de decisão, desempenho de habilidades, erro humano, interação humano-computador e treinamento. ERGONOMIA ORGANIZACIONAL Também conhecida como macro ergonomia, a ergonomia organizacional parte do pressuposto que todo o trabalho ocorre no âmbito de organizações. A ergonomia organizacional pretende potencializar os sistemas existentes na organização, incluindo a estrutura, as políticas e processos da organização. Algumas 5 das áreas específicas são: trabalho em turnos, programação de trabalho, satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão, trabalho em equipe, trabalho à distância e ética. Concerne à otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele trabalho e gestão da qualidade. ERGONOMIA FÍSICA Está relacionada com às características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. NR 17 - NORMA REGULAMENTADORA 17 17.2. Levantamento, Transporte e Descarga Individual de Materiais 17.3. Mobiliário dos Postos de Trabalho 17.4. Equipamentos dos Postos de Trabalho 17.5. Condições Ambientais de Trabalho 17.6. Organização do Trabalho ANEXO I - Trabalho Dos Operadores De Checkout ANEXO II - Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm#17.2._Levantamento,_transporte_e_descarga_individual_de_materiais http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm#17.3._Mobiliário_dos_postos_de_trabalho http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm#17.4._Equipamentos_dos_postos_de_trabalho http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm#17.5._Condições_ambientais_de_trabalhohttp://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm#17.6._Organização_do_trabalho http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17_anexoI.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17_anexoII.htm 6 17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. 17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora. 17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais. 17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora: 17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga. 17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas. 17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze anos. 17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. 17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. 17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados meios técnicos apropriados. 17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. 17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja 7 compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 17.3. Mobiliário dos postos de trabalho. 17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. 17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. 17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. 17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; c) borda frontal arredondada; d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. 8 17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. 17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. 17.4. Equipamentos dos postos de trabalho. 17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve: a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual; b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. 17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte: a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho- teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. 17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho. 9 17.5. Condições ambientais de trabalho. 17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto: a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO; b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados); c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. 17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB. 17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador. 17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminaçãoadequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. 17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. 17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. 10 17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso. 17.6. Organização do trabalho. 17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: a) as normas de produção; b) o modo operatório; c) a exigência de tempo; d) a determinação do conteúdo de tempo; e) o ritmo de trabalho; f) o conteúdo das tarefas. 17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; b) devem ser incluídas pausas para descanso; c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento. 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie; b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; 11 c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente. 12 BENEFÍCIOS DA ERGONOMIA PARA MELHORAR A PRODUTIVIDADE NO TRABALHO PARA O FUNCIONÁRIO E A EMPRESA Fonte: physioterapia.com.br A Ergonomia contribui na qualidade de vida, saúde e bem-estar dos funcionários e isso é importante ser visto com atenção tanto pela empresa (gestores), quanto pelos colaboradores. A má postura, equipamentos não adequados ou ajustados ao colaborador podem causar males para a saúde e reduzir a produtividade no trabalho. Quando a ergonomia é aplicada na empresa, proporciona um ambiente favorável na jornada de trabalho de seus funcionários, diminuindo cansaço, estresse, evitando lesões e contribuindo na redução de gastos com afastamento. E também é importante salientar que os funcionários devem fazer o uso correto dos equipamentos, conforme orientações. Algumas ações que podem ser aplicadas nas empresas, são: ginástica laboral, intervalos e equipamentos que estejam de acordo com as normas do NR 17 (Ministério do Trabalho), como: cadeira, suporte monitor, suporte para notebook, suporte antebraços, apoio para os pés, tapete ergonômico antifadiga. Confira todos os produtos ergonômicos aqui. http://loja.reliza.com.br/produto/listar/cadeiras-e-bancos-ergonomicos http://loja.reliza.com.br/produto/listar/suporte-para-monitor http://loja.reliza.com.br/produto/listar/suporte-para-notebook http://loja.reliza.com.br/produto/listar/apoio-para-antebraco-ergonomico http://loja.reliza.com.br/produto/listar/apoio-para-antebraco-ergonomico http://loja.reliza.com.br/produto/listar/apoio-para-os-pes-ergonomico http://loja.reliza.com.br/produto/listar/tapete-industrial-antifadiga-ergonomico http://loja.reliza.com.br/ 13 Mas afinal, quais os benefícios que a empresa e os funcionários têm com a ergonomia? Lista de algumas dicas, Para Funcionários Melhora a postura e previne doenças ocupacionais: sentar corretamente na cadeira, ajustar o monitor na altura correta, pernas alinhadas e braços posicionados corretamente, evitam as lesões, fadiga e dores a curto e a longo prazo. Inclusive doenças como a LER e DORT que são causadas pela má postura ou devido a movimentos repetitivos durante horas. Reduz o sedentarismo e melhora o condicionamento físico: a ginástica laboral estimula o movimento, evitando que a pessoa fique horas na mesma posição. Os alongamentos atuam sobre a musculatura, tendões e articulações, previne lesões e aumenta a força muscular e flexibilidade do corpo, tornando o funcionário mais resistente. Reduz a fadiga e o estresse: produtos ergonômicos, pausas e a ginástica laboral ajudam a relaxar e amenizar o cansaço. Para empresas Reduz as ausências e afastamentos: o trabalho proporcionado pelas técnicas ergonômicas diminuem o número de ausência e afastamento, pois contribui na saúde e bem-estar do colaborador durante a jornada de trabalho. Valoriza o profissional: o funcionário sente-se valorizado e reconhecido, pois está recebendo suporte para exercer sua atividade na empresa. Aumenta a produtividade: um funcionário com equipamentos ergonômicos, estação de trabalho adequada e ainda com a oportunidade de praticar a ginástica laboral, se sente motivado, aumenta a disposição, eficiência e em consequência passa a produzir mais. 14 Como implantar a ergonomia nas empresas Fonte: www.ocupacional.com.br A Ergonomia é a ciência que estuda o homem e suas capacidades, tanto físicas quanto intelectuais, e formas de como adaptá-lo ao trabalho. Na prática, a ergonomia é a base de conhecimento que utilizamos para que o posto e, consequentemente, o local de trabalho do funcionário seja saudável e que permita que ele exerça sua função da melhor maneira possível. Os funcionários das empresas que investem em ergonomia têm um menor acometimento de doenças ocupacionais, além de possuírem um local de trabalho que facilita o desempenho de suas tarefas. Normalmente a pessoa aprende a diminuir a carga de estresse mental e físico com a qual está acostumada, pois quando se sente sobrecarregada sabe quais os exercícios que pode fazer para aliviar a tensão. O Ministério do Trabalho e Emprego possui a Norma Regulamentadora 17 que orienta toda empresa a ter a Análise Ergonômica do Trabalho – AET, documento no qual o profissional indica as melhorias para que o posto de trabalho atenda às necessidades mínimas de ergonomia.AET conta com um caderno de ações baseado no uso do FMEA, uma metodologia de Análise de Tipo e Efeito de Falha que analisa os tipos de problemas que podem ocorrer no trabalho de ergonomia. Em seguida são avaliados os riscos da causa de cada falha e, com base nesta avaliação, são tomadas as ações necessárias para diminuir estes riscos e aumentar a confiabilidade do trabalho de ergonomia. A aplicação da ergonomia é feita por meio do diagnóstico ergonômico, que consiste em avaliar o risco de cada posto de trabalho e cria uma estratégia para definir a sequência de ações ergonômicas para a melhoria cada local. Além disso, um plano 15 de ação é desenvolvido para avaliação e documentação dos resultados. Também é realizada a formação e gerenciamento do COERGO – Comitê de Ergonomia, grupo de trabalhadores que definem a estratégia de melhoria ergonômica da empresa, implantam e monitoram as ações. Por fim, realiza-se o acompanhamento dos processos trabalhistas relacionados à ergonomia. É possível, na maioria dos casos, adaptar conceitos da ergonomia ao próprio local de trabalho, com isso, atendendo todas as demandas. De modo geral, a ergonomia nas empresas pode ser aplicada através da ginástica laboral, intervalos regulares e rotatividade de tarefas, além da adaptação do ambiente de trabalho de acordo com a função e carga horária do funcionário. A disposição adequada de mesas e cadeiras, equipamentos e demais itens utilizados na produção torna o empregado mais motivado para o trabalho diário. As empresas que quiserem se manter atuantes devem investir em uma estrutura ergonômica que garanta a qualidade e harmonia do ambiente de trabalho. Com funcionários saudáveis e motivados, a instituição preserva a sua imagem e garante produtividade e atuação no mercado. Qual o papel da Ergonomia para a saúde? A ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como, a iluminação, os ruídos e a temperatura, que geralmente são conhecidas como agentes causadores de males na área de saúde física e mental, mas que o estudo procura traçar os caminhos para a correção. O seu objetivo é aumentar a eficiência humana, através de dados que permitam que se tomem decisões lógicas. O custo individual é minimizado através da ergonomia, que remove aspectos do trabalho, que a longo prazo, possam provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades físicas. Nas condições em que a atividade do indivíduo envolve a operação de uma peça de equipamento, na maioria das vezes, ele passa a constituir, com este equipamento, um sistema fechado. Este visa apresentar muitas das características de auto-regulamentação (feedback). Como dentro de tal sistema é o indivíduo quem usualmente decide, torna-se necessário que ele seja incluído no estudo da eficiência 16 do sistema. Para que a eficiência seja máxima é preciso que o sistema seja projetado como um todo, com o homem completando a máquina e está completando o homem. A falta e suas consequências: Fonte: vipmedicinadotrabalho.com.br Uma das causas da baixa produtividade pode ser o desconforto, que entre as suas várias causas está diretamente ligada à adequação do corpo frente a um determinado equipamento. A questão da iluminação, que além de poder causar danos à visão, contribui significativamente na baixa pessoal da capacidade de produção de uma pessoa, quer seja em um escritório, indústria, como até mesmo em ambientes de trabalho mais sofisticados. Além disso, os ruídos e mudanças de temperatura também influem negativamente neste processo. Com relação aos problemas de coluna, o ideal ainda é a prevenção, portanto buscar no ambiente de trabalho, a adequação de cadeiras e mesas seria o ideal para protegê-la. Mas, quando não for possível contar com um escritório mais adequado, procure sempre sentar em cadeiras com encosto reto e em casa, fuja dos sofás muito macios. Aparentemente confortáveis, eles são um convite para que você se jogue no assento de qualquer jeito. Mas o que fazer? Atualmente várias empresas já buscam a melhoria da qualidade do trabalho dos empregados e já estabelecem uma série de programas como forma de incentivar 17 a saúde do trabalhador. Nas grandes capitais e áreas mais industrializadas, o empresariado, já consciente dos futuros problemas, está investindo neste programas, como também, em estudos sobre as vantagens da ergonomia para a melhoria da produção nas empresas. Se por um lado, o uso da ergonomia pode sugerir maior gasto, por outro representa uma economia para a empresa e como consequência, a melhoria da saúde do trabalhador e da sociedade. Etimologia ERG (Do grego érgon): trabalho, parte material. NOMO (Do grego nomós); lei, regra, norma, que regula. LOGO (Do grego log): conhecimento, estudo, ciência. METRO (Do grego métron): que mede, o ato de medir; Metro – a escala métrica – tem origem latina. Ergologia: Parte da etnologia que se ocupa da cultura, no seu aspecto material; ciência do trabalho. Ergoterapia - Cura pelo trabalho; terapia ocupacional. Ergofobia - Aversão ao trabalho; horror ao trabalho. Ergometria - A medição do esforço físico. Ergométrico - Que mede o esforço físico (ex.: a bicicleta ergométrica). Ergonomia - Tratado do trabalho; aplicação do trabalho (ao homem). Conjunto de estudos relacionados com a organização do trabalho. Trabalhar - (Do Latim tripaliare) castigar, martirizar com tripálio, exercer uma atividade; ocupar-se em algum mister. Trabalho - Aplicação de faculdades e esforços humanos para alcançar um determinado fim; qualquer obra realizada. Cada pessoa tem vários dons ou aptidões, e com eles exerce a sua atividade laborativa. Ninguém tem “vocação” para médico, engenheiro, eletricista ou vendedor. E é com o uso efetivo dos seus dons que o homem exercita a sua única vocação; para isso, ele precisa de conforto e segurança. E esse é o propósito da Ergonomia. 18 Conceito Nesta segunda fase da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais – adaptação do trabalho ao homem – temos os seguintes procedimentos: Adaptação dos fatores ambientais ao trabalhador. Adaptação dos fatores operacionais ao trabalhador. O uso de rodízios. O ajuste dos EPIs ao trabalhador. EPCs: algumas vezes se constituem em medidas ergonômicas. A programação adequada de trabalho ao homem. Disposição adequada dos elementos no ambiente de trabalho. Exemplos: O trabalho do motorista: antes de iniciar o trabalho, há necessidade de ajustar os elementos do trabalho (carro, no caso) a ele. O uso dos EPIs: cada epi deve ser ajustado ao trabalhador, para que ele possa trabalhar com segurança e conforto. O ledor de consumo de água: a comodidade na leitura, a prancheta para escrever, o instrumento “telescópico” para a leitura, etc. O trabalho do telefonista: ajuste do nível de som, em função da sua eventual limitação auditiva. O trabalho do empacotador: o ajuste da altura da mesa. Os colegas deverão citar mais exemplos de “aplicação dos princípios da ergonomia”. 19 O OBJETO DA ERGONOMIA Fonte: icarusocupacional.com.br O objeto da Ergonomia é o homem; ele é o “centro “das atenções. O trabalhador precisa de todos os benefícios e facilidades para exercer a sua função de produzir. É oportuno lembrar que a Ergonomia não se preocupa com a ociosidade (“erg” significa trabalho). Portanto, o conforto, a segurança e o bem-estar não são um “fim”, mas um “meio”: um meio oferecido para que o trabalhador produza com boa qualidade. A Ergonomia deve constituir-se na principal ferramenta para o “controle de qualidade”. É inimaginável um “controle de qualidade” sem a preocupação inicial com a segurança, o conforto e o bem-estar...de quem produz. Entendemos que, quando um bem é produzido com acidentes e doenças ocupacionais, a boa qualidadeestá comprometida. “A boa qualidade do produto é apenas o resultado da boa qualidade da produção; e segurança é um dos elementos da produção” O ambiente de trabalho: Os ambientes de trabalho, quanto aos riscos oferecidos, se distribuem em 4 classes: 20 a- Ambiente praticamente sem risco - É um ambiente onde o número de riscos é relativamente pequeno e, sendo aparentemente de “pequeno grau”, tornam- se quase imperceptíveis. Entretanto, não podemos negligenciar o fato, pois, qualquer risco, por menor que seja, deve ser tratado como “potencialmente grave”. Ex.: sala de aula (poeira de giz, ácaros, desconforto, monotonia, iluminamento, etc.); Sala do chefe (poeiras, iluminamento, monotonia, posição de trabalho, etc.); outros ambientes. b- Ambiente com condições perigosas - É um ambiente onde os acidentes e doenças podem ocorrer em situações de gravidade, inclusive com risco de morte. Na maioria, é vetado o trabalho de menores de idade e, em alguns casos, é permitido desde que eles estejam devidamente protegidos. Exemplos: Trabalho dentro do bosque (queda de galhos, ataque de animais, etc); Trabalho em plataformas, desnível acima de 2,0m (queda de nível, pânico, etc.); Motorista de caminhão (tensão, acidentes de trânsito, monotonia, etc.). Outros similares. c- Ambiente com risco de insalubridade - Apesar de essencialmente técnica esta classificação, ela assume um caráter legal, com a preocupação da compensação pecuniária, com o pagamento do adicional salarial. Exemplos: Trabalho com agroquímicos (intoxicações, calor ou frio excessivo, etc.); Ambiente muito ruidoso (insalubridade em grau médio); Trabalho com solda elétrica (câncer de pele, cegueira, etc.); 21 Fonte: destinonegocio.com Outras situações, igualmente insalubres. d- Ambiente com risco de periculosidade - São situações onde o risco é elevado e, em ocorrendo o acidente, quase sempre resulta em morte do trabalhador. Exemplos: Trabalho com explosivos sólidos; Ambiente contendo líquidos que geram gases explosivos; GLP; Eletricidade, etc. O trabalho com R-X é, tecnicamente, caracterizado como insalubre; mas, legalmente é considerado como “periculoso”. Para qualquer ambiente de trabalho, e para qualquer atividade que vá exercer, o homem tem que ser “adaptado”, isto é, o trabalhador tem que: receber treinamento, alimentar-se adequadamente, usar EPI em função do risco existente, ser motivado, e outros procedimentos de “ajuste do homem ao trabalho”. A prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, nesta fase de “adaptação do homem ao trabalho”, é realizada com os seguintes procedimentos: 22 A- PRÉ-CONTRATAÇÃO: B- PÓS-CONTRATAÇÃO: Alimentação Alimentação Escolaridade Escolaridade Exames médicos Exames médicos Vacinação Vacinação Qualificação Qualificação Recrutamento Treinamento Seleção Motivação ao trabalho etc. Reciclagem Rodízio Salário Epi, Mas, a adaptação do homem ao trabalho não é suficiente para prevenir acidentes e doenças ocupacionais. ANTES de iniciada a atividade laboral, temos que” adaptar o trabalho ao homem”. É a segunda fase da prevenção de acidentes e doenças. OS SUBSÍDIOS À ERGONOMIA Alguns dos recursos e conhecimentos humanos de que se vale a ergonomia para adequar as condições de trabalho ao homem, afim de que ele possa exercer a sua atividade dignamente: E Statística Ant R Opometria Fisiolo G ia Humana Anat O mia Humana Ciê N cias Biológicas Psic O logia M edicina Industrial Fís I ca Economi A , e outros 23 Exemplos: 1- Para a empresa formar, economicamente, o seu estoque de foices, no trabalho rural, é necessário saber, primeiramente, qual a população de trabalhadores com habilidade “de esquerda” e “de direita”; depois, a periodicidade com que a ferramenta se desgasta. Fonte: www.aede.cl 2- Também, a antropometria, a estatística e a economia se aplicam para a formação do estoque de calçados de segurança, conceito estendido a todo e qualquer equipamento ou ferramenta. Por que, primeiramente, o conhecimento da população e, depois, o do consumo? Desta forma, temos condições de avaliar a periodicidade com que determinado bem é consumido: há certa relação entre a quantidade de consumidores numa classe (por exemplo, os que calçam sapato no 38) e o consumo deste equipamento. Entretanto, convém estar atentos para alguns fatores que contribuem para maior ou menor desgaste do bem: Nível de treinamento; Condições ambientais de trabalho; Qualidade da matéria prima usada na fabricação do equipamento; Acabamento dado ao equipamento; Uso indevido e/ou incorreto do equipamento; Outros. 24 OS OBJETIVOS DA ERGONOMIA Podemos distribuir os objetivos em duas classes: 1- Objetivos (interesses) imediatos: Propiciar conforto, segurança e bem-estar; Reduzir a fadiga do trabalhador; Prevenir acidentes e doenças ocupacionais; 2- Objetivos (interesses) mediatos: Reduzir o absentismo; Aumentar a eficiência do trabalho; Minimizar os custos de produção; Aumentar a produção; Aumentar a produtividade; Melhorar a qualidade de produção (controle de qualidade); Ensejar maiores lucros à empresa; Ainda que não se constitua em um objetivo, a aplicação do trabalho (ao homem) resulta em ampliação do mundo de trabalho ao chamado “deficiente”, ou “portador de necessidades especiais”. O RECONHECIMENTO E A AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS Agentes ergonômicos são todos os elementos envolvidos na execução do trabalho, estudados nesta 2a fase de prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais: Condições do posto de trabalho Layout Ruídos Temperaturas Vibração mecânica Posição de trabalho Ritmo de trabalho Empatia 25 Tempo de execução de um serviço Jornada de trabalho, etc. Fonte: www.ocupacional.com.br Quando há a inadequação, o desajuste ou a impropriedade destes agentes, eles irão gerar condições inseguras de natureza ergonômica, as quais causarão acidentes e doenças ocupacionais. Assim como ocorre na primeira fase – adaptação do homem ao trabalho – também na segunda fase, que é a domínio da ERGONOMIA, há escala de procedimentos para a prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais: O reconhecimento dos agentes ergonômicos Procedimento que consiste em identificar todos os agentes ambientais e/ou operacionais que possam interferir no desempenho, na saúde e na integridade física do trabalhador. A interferência de ordem psíquica não é objeto de preocupação da Ergonomia; mas, por exemplos, o tamanho do pincel de um pintor, a cadeira usada por um digitador, ou a posição de trabalho do professor, a temperatura ambiente em que o artista trabalha, sim. Esse reconhecimento pode ser efetivado empírica ou objetivamente (com o uso de equipamentos ou instrumentos de medição). 26 A avaliação Consiste em identificar a intensidade com que esses elementos ambientais e/ou operacionais ocorrem, relacionando-os com o limite de tolerância do trabalhador a eles. Para os riscos de insalubridade, o limite de tolerância é verificado em função, basicamente, de dois fatores: 1- Aspectos quantitativo e qualitativo da medição; 2- Tempo de exposição ao (s) agente (s). Para os riscos de periculosidade, o limite de tolerância é verificado em função, basicamente, de dois fatores: 1- Aspectos quantitativo e qualitativo da medição; 2- Distância à fonte geradora. O controle Após o reconhecimento e a respectiva avaliação, estando caracterizado o risco, ele deverá ser controlado. Entretanto, pela multiplicidade dos agentes, torna-se difícil a avaliação quantitativa; destarte, e para facilitar a avaliação e o necessário controle, os agentes– chamados de “fatores ergonômicos” - são distribuídos em três classes: 1- Fatores Individuais: Tipo físico Inteligência Capacidade de concentração Idade Sexo Habilidades, etc. 2- Fatores Ambientais: Temperatura Ruído Umidade Layout Topografia, etc. 27 3- Fatores Operacionais: Posição de trabalho Ritmo de trabalho Turno de trabalho Velocidade da máquina Atos repetitivos, etc. Os fatores individuais e os ambientais são reconhecidos e avaliados antes da execução do trabalho. Os operacionais só podem ser reconhecidos e avaliados após e/ou durante a execução do trabalho; eles surgem com a atividade laborativa. Modernamente, uma das principais doenças manifestadas pela inadaptação, principalmente dos fatores operacionais, é conhecida pela sigla DORT, equivocadamente chamada LER. Distúrbios Músculo-ligamentares Relativos ao Trabalho (DMRT) ou Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) são lesões musculares e/ou tendões e/ou fáscias e/ou nervos nos membros superiores, ocasionadas pela utilização biomecanicamente incorreta deles, que resultam em dor, fadiga, queda de performance no trabalho, incapacidade temporária e, conforme o caso, podem evoluir para uma síndrome dolorosa crônica. Manifestam-se, normalmente, entre 7 e 24 meses de trabalho (na função). A faixa etária mais comum é a de 20 a 29 anos, por uma questão lógica do elevado número de pessoas dessa faixa, no mundo de trabalho e, também, pelo tempo da manifestação (7 a 24 meses). No exame admissional, se detectado o distúrbio, negar a vaga. Alguns fatores contributivos: vibração, frio, as mulheres são mais predispostas, postura estática do corpo durante o trabalho, tensão no trabalho, desprazer, traumatismos anteriores, atividades anteriores, perfil psicológico (segundo Dr. Losovey). Como fatores biomecânicos, podemos citar: força excessiva com os membros superiores, postura incorreta (braços elevados, braços estendidos, compressão de estruturas nervosas), outros. A programação adequada de trabalho ao homem é o ponto de partida para a prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais, e para o atingimento dos objetivos imediatos que são o conforto, a segurança e o bem-estar do trabalhador. 28 QUANDO SURGIU A ERGONOMIA A ergonomia surgiu junto com o homem primitivo. Com a necessidade de se proteger e sobreviver, o homem primitivo, sem querer começou aplicar os princípios de ergonomia, ao fazer seus utensílios de barro para tirar água de cacimbas e cozinhar alimentos. ERGO = trabalho NOMOS = regras Estudo entre o Homem e o seu trabalho, equipamento e meio ambiente. A ERGONOMIA ESTUDA A SITUAÇÃO DE TRABALHO: Atividade Ambiente (iluminação, ruído e calor) Posto de trabalho Dimensões, formas e concepção e etc... Busca dar o máximo de conforto, segurança, eficiência e melhoria das condições de trabalho existentes. ONDE PODEMOS APLICAR UM ESTUDO ERGONÔMICO No lar No transporte No lazer Na escola Principalmente, no trabalho Ergonomia Menos esforço físico e mental 29 TIPOS DE ERGONOMIA De correção Atua de maneira restrita modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como: Dimensões Iluminação Ruído Temperatura, etc. Tem eficácia limitada. De concepção Ao contrário, interfere amplamente no projeto do posto de trabalho, do instrumento e máquina do sistema de produção, organização do trabalho e formação de pessoal. Boa postura Uso adequado de equipamento Implantação De conscientização: Capacitação das Pessoas. 30 DESLOCAR, LEVANTAR E TRANSPORTAR CARGAS MANUAIS Fonte: 1.bp.blogspot.com Forma, peso e volume das cargas manuais, determinam cuidados diferenciados Definição Deslocar, levantar e transportar cargas define-se como sendo os movimentos e esforços desprendidos por uma ou mais pessoas, objetivando movimentar cargas dos mais diversos tipos, formas ou tamanhos, pelo processo manual. Objetivo Informar procedimentos básicos a serem seguidos quando no deslocamento, levantamento e transporte de cargas manuais, objetivando evitar acidentes e consequentes lesões. Legislação •Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho •NR-09 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 31 •NR-11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. •NR-17 - Ergonomia CAPACIDADE INDIVIDUAL DE CARGA Riscos contemplados •Esforço físico intenso; •Levantamento e Transporte de peso; •Postura Inadequada; •Ritmos excessivos; •Trabalhos em turnos e noturnos; •Monotonia; •Repetitividade; •Jornada de Trabalho prolongada, etc. Anatomia HumanaCABEÇA TRONCO MEMBROS A única estrutura óssea do tronco – coluna vertebral Fonte: www.herniadedisco.com.br FAIXA ETÁRIA HOMEM MULHER Menores de 16 anos PROIBIDO PROIBIDO 16 a 18 anos 16 kg 8 kg Acima de 18 anos 40 kg 20 kg 32 Procedimentos básicos quando levantar caixas: lizar a carga... Procedimentos básicos quando levantar sacos: LESÕES •Cortes/ Perfurações; •Dores lombares (lombalgias); •Entorse; •Distensões musculares; •Hérnias, ETC. Exemplos: Usar o esforço das pernas deixando-as com abertura adequada... Centralizar a carga... Estender os braços... Mantê-la próxima ao corpo. 1 3 2 4 Manter a cabeça e costas em linha reta; Segu rar o saco com a palma da mão; Levantar com esforço das pernas, deixando- as com abertura adequada; Apoiar o saco sobre o ombro, e; 3 1 2 4 Segurar com firmeza e iniciar o transporte com as costas reta. INCAPACIDADE •Parcial •Total • Temporária •Permanente •Morte 33 Trabalho em pé A posição em pé é recomendada para os casos em que há frequentes deslocamentos do local de trabalho ou quando há necessidade de aplicar grandes forças. Não se recomenda passar o dia todo na posição em pé, pois isso provoca fadiga nas costas e pernas. Um estresse adicional pode aparecer quando a cabeça e o tronco ficam inclinados, provocando dores no pescoço e nas costas. Além disso, trabalhar com os braços para cima, sem apoio, provoca dores nos ombros. As tarefas que exigem longo tempo na posição de pé, devem ser intercaladas com tarefas que possam ser realizadas na posição sentada ou andando. Deve-se permitir que os trabalhadores possam sentar durante as pausas naturais do trabalho. É o caso, por exemplo, de operadores de máquinas e vendedores em lojas. Também se podem projetar postos de trabalho que permitam alternar a postura sentada com a em pé. 34 A altura da superfície de trabalho em pé depende da tarefa A altura da superfície para trabalho em pé depende, como no caso do trabalho sentado, do tipo de tarefa, das dimensões corporais e da preferência individual. A altura da bancada deve ser ajustável. Quando a mesma bancada é usada por várias pessoas, sua altura deve ser regulável. Para acomodar as diferenças individuais, a faixa de ajustes deve ser de pelo menos 25 cm. Isso acontece também quando a mesma pessoa deve trabalhar com peças de diferentes alturas. Nesse caso, a faixa de ajustes depende da diferença de altura das peças a serem manuseadas. Os usuários devem ser instruídos sobre a melhor altura da bancada para cada pessoa, a fim de prevenir a fadiga. O uso de plataformas não é recomendado para trabalhadores em pé. Elas exigem um espaço adicional, são difíceis de limpar e incômodas para transportar. Além disso, as pessoas costumam tropeçar nelas. Reservar espaço suficiente para pernas e pés Um espaço suficiente deve ser mantido livre sob a bancada ou máquina, para acomodaraspernas e pés. Isso permite que a pessoa se aproxime do trabalho, sem necessidade de curvar o tronco. O espaço livre deve permitir também mudanças frequentes de postura, movimentando as pernas e os pés. Evitar alcance excessivo Os alcances com os braços, para frente e para os lados, devem ser limitados para evitar a inclinação ou rotação do corpo. Para isso, as ferramentas, peças e controles de uso mais frequente devem situar-se em frente e perto do corpo. Para leituras e outras tarefas que exigem um acompanhamento visual contínuo, a superfície deve ser inclinada, sempre que possível, de forma semelhante ao caso do trabalho sentado. 35 Mudança de postura Descrevemos a seguir alguns meios para aliviar os problemas causados por posturas prolongadas, incluindo maneiras de variar as tarefas e atividades, construção de postos de trabalho que permitam alternar a postura sentada e em pé, o uso da cadeira Balans e o uso de um selim para apoiar as nádegas na postura em pé. O projeto e a organização do trabalho devem preocupar-se em introduzir variações nas tarefas e atividades, de modo a eliminar as posturas prolongadas. Se uma tarefa deve ter longa duração, o posto de trabalho pode ser projetado para que as atividades possam ser exercidas tanto na posição sentada como em pé. Para isso, a superfície de trabalho é dimensionada para o trabalho em pé. Em seguida, providencia-se uma cadeira alta, que permita realizar o trabalho sentado. Nesta postura, deve haver um apoio para os pés e um espaço para acomodar as pernas, abaixo da superfície de trabalho. Uso da cadeira Balans de vez em quando Fonte:i.ebayimg.com A cadeira Balans tem assento inclinado para frente em aproximadamente 20 graus. Essa inclinação força postura vertical do dorso. 36 Para que o corpo não deslize para frente, há um apoio na altura dos joelhos. Essa cadeira não pode ser usada por longos períodos, devido à pressão nos joelhos, falta de movimento das pernas e ausência do encosto. Como a cadeira não tem rodinhas e o assento não pode girar, ela só pode ser utilizada para tarefas que se encontram à frente do corpo. Em todos os casos, pode-se usar essa cadeira, por curtos períodos, em substituição à cadeira convencional, apenas com o objetivo de alternar a postura de vez em quando. Ela não deve ser usada por longos períodos ou de forma contínua. Uso do selim para apoiar o corpo na posição em pé Pode-se usar um tipo de selim com tripé para apoiar as nádegas na posição em pé. Esse selim consiste de um pequeno assento com altura regulável entre 65 a 85 cm e é inclinado para frente em 15 a 30 graus. Ele possibilita uma postura semi- apoiada, servindo para aliviar a tensão nas pernas. Esse selim não pode ser usado por longos períodos e só é prático no caso de trabalhos em pé, sem necessidade de grandes forças ou movimentos extensos. O piso onde se apoia deve ter atrito suficiente para evitar que o mesmo deslize. Posturas das mãos e braços O trabalho por longos períodos, usando as mãos e os braços em posturas inadequadas, pode produzir dores nos punhos, cotovelos e ombros. Quando o punho fica muito tempo inclinado, pode haver inflamação dos nervos, resultando em dores e sensações de formigamento nos dedos. Dores no pescoço e nos ombros podem ocorrer quando se trabalha muito tempo com os braços levantados, sem apoio. Esses problemas ocorrem principalmente com o uso de ferramentas manuais. As dores se agravam quando há aplicação de forças ou se realizam movimentos repetitivos com as mãos. Pode-se conseguir posturas melhores com o posicionamento correto para a altura das mãos e uso de ferramentas apropriadas. 37 Existem muitos modelos de ferramentas. Deve ser selecionado o modelo que melhor se adapte à tarefa e à postura, de modo que as articulações possam ser mantidas na posição neutra. POSTURA EM MICROCOMPUTADORES Cadeira Com altura ajustável, para que as coxas fiquem horizontais. O encosto ajustável deve suportar a parte inferior das costas. Fonte: www.melhoramiga.com.br Mesa A altura da mesa de trabalho deve ser de 65 cm a 75 cm. Os pés devem estar totalmente apoiados no piso. Se necessário, use suporte (descanso) para os pés. Monitor Certifique-se, que a tela do monitor esteja limpa. A posição do monitor deve minimizar ofuscamentos e reflexos. Ajuste o brilho e o contraste da tela do monitor. 38 Ângulos e medidas importantes A distância olho tela deve ser de 50 cm a 65cm. O topo da tela do monitor deve estar na direção ou abaixo do nível horizontal dos olhos do usuário. Os ombros devem estar relaxados e a parte superior do corpo não deve estar inclinada para frente. A tela do monitor deve estar inclinada para trás de 10° a 20°. O ângulo de visão da tela deve ser de 40°. Os cotovelos do usuário devem estar paralelos ao teclado. O pescoço não deve estar excessivamente dobrado para a frente ou para trás. Mantenha os pulsos em posição reta. Se possível, conserve a posição do monitor em ângulos retos (de 90º) em relação às janelas. Reorganize o microcomputador e mantenha os itens mais frequentemente utilizados dentro de fácil alcance, não se torcendo nem se esticando para apanhá- los. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS: ASPECTOS ERGONÔMICOS E POSTURAIS NAS ATIVIDADES DOS TRABALHADORES DA ÁREA DE SAÚDE Texto extraído do Manual sobre Ergonomia da Unicamp As lesões do sistema musculoesquelético, particularmente as algias vertebrais, são reconhecidas como um risco ocupacional entre os trabalhadores da área de saúde. Atualmente, sabe-se que grande parte das agressões à coluna vertebral em trabalhadores da saúde estão relacionadas a condições ergonômicas inadequadas de mobiliários, posto de trabalho e equipamentos utilizados nas atividades cotidianas, sendo as dores nas costas causadas por traumas crônicos repetitivos, que envolvem muitos outros fatores, além da manipulação de pacientes. Dessa forma, as recomendações sobre um aspecto relevante do problema das algias vertebrais, que é a prevenção, têm caminhado em direção a uma abordagem ergonômica. Dentro desse contexto, são abordados os seguintes tópicos: 39 Orientações ergonômicas e posturais gerais. Fonte: http2.mlstatic.com Orientações em relação às técnicas adequadas de levantamento, manuseio e transporte de cargas. Avaliar a carga; Manter um espaço livre para acesso à carga; Obter condições seguras do solo e do trajeto a ser percorrido; Posicionar os pés corretamente; Segurar a carga usando totalmente as mãos; Levantar cargas do chão com o dorso retificado e os joelhos dobrados; Carregar a carga o mais próximo possível do corpo; Evitar movimentos de torção em torno de eixo vertical do corpo; Utilizar, sempre que possível, elementos e equipamentos auxiliares; Participar periodicamente de programas de treinamento. Orientações em relação à postura e movimentos Proporcionar variação de posições e atividades; 40 Observar a altura da bancada de trabalho, de acordo com o tamanho do trabalhador e o tipo de serviço executado (bancadas para preparar medicações, medir crianças, coletar sangue); Manter altura de bancada ajustável, quando utilizada por diferentes pessoas (camas, macas); Manter espaço suficiente para membros inferiores; Colocar os pés alternadamente em um banquinho quando trabalhar em pé por tempo prolongado; Evitar a inclinação do tronco, mantendo os membros inferiores esticados (p. ex., ao retirar material esterilizado de armário); Evitar alcances excessivos; Evitar o alongamento excessivo da coluna vertebral; Armazenar objetos pesados dentro de uma amplitude de alturas próximas à cintura e os objetos leves em qualquer altura situada entre o joelho e o ombro (caixa de instrumental, monitores, roupas, soros, etc.); Colocar materiais em um nível quenunca ultrapasse a altura da cabeça; Utilizar uma escadinha ao retirar objetos de partes altas de estantes já construídas (p. ex., pegar soros em armários). Orientações em relação aos equipamentos Evitar a utilização de mobiliários e equipamentos improvisados; Atentar para uma manutenção adequada e periódica dos equipamentos hospitalares; Modernizar o trabalho do pessoal de enfermagem pelo uso de equipamentos modernos, dando-se mais atenção ao provisionamento de auxílios mecânicos; Avaliar equipamentos e mobiliários hospitalares, levando em conta fatores ergonômicos. Orientações em relação à movimentação e transporte de clientes Os procedimentos que envolvem a movimentação e transporte de pacientes são considerados os mais penosos para os trabalhadores da saúde. Estudiosos da 41 questão defendem que o ensino desses procedimentos deve ser complementado com uma avaliação do local de trabalho e de alternativas para torná-los menos prejudiciais. Considerando tais aspectos, dividiu-se esta última fase em quatro partes: Avaliação das condições e preparo do paciente Planejar minuciosamente; Avaliar as condições físicas da pessoa que será movimentada e sua capacidade em colaborar; Observar presença de soros, sondas e outros equipamentos; Explicar ao paciente: modo como se pretende movê-lo, como pode cooperar, para onde será encaminhado e qual o motivo da locomoção; Manter o lençol esticado e limpo; Orientar o paciente a ajudar, sempre que for possível. Preparo do ambiente e equipamentos Considerando, que determinados aspectos do posto de trabalho podem prejudicar os procedimentos de movimentação e transporte, aborda-se nessa parte os principais cuidados que necessitam ser considerados: Observar o espaço físico; Verificar o local e remover os obstáculos; Observar a disposição do mobiliário; Obter condições seguras com relação ao piso; Colocar o suporte de soro ao lado da cama, quando necessário; Elevar ou abaixar a altura da cama para ficar no mesmo nível da maca; Travar as rodas da cama, maca e cadeira ou solicitar auxílio adicional; Adaptar a altura da cama ao profissional e ao tipo de procedimento que será realizado. 42 4.2.3 Preparo dos trabalhadores da área de saúde Nesta fase são descritas algumas orientações específicas para o pessoal de saúde, principalmente relacionadas com os princípios básicos de mecânica corporal, que devem ser utilizados durante a manipulação de pacientes: Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão; Manter as costas eretas; Usar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente; Flexionar os joelhos, ao invés de curvar a coluna; Abaixar a cabeceira da cama ao mover um paciente para cima; Utilizar movimentos sincrônicos; Trabalhar o mais próximo possível do corpo do paciente, que deverá ser erguido ou movido; Usar uniforme e sapatos apropriados; Utilizar elementos auxiliares, tais como: barra tipo trapézio no leito, cinto de transferência, plástico antiderrapante para os pés, rolo plástico facilitador de movimentos, prancha de transferência, auxílios mecânicos, entre outros. Orientações diversas Considerando que os estudos sobre as lesões musculoesqueléticas têm gerado inúmeras controvérsias e que, geralmente, abrangem múltiplas variáveis com complexo inter-relacionamento, cada vez mais, se buscam novas abordagens para enfrentar o problema, que englobam as seguintes orientações: Praticar atividades físicas regularmente; Evitar a obesidade e o tabagismo; Utilizar posições, colchões e travesseiros adequados para dormir; Realizar relaxamento; Utilizar massagem e aplicar calor no local da dor. 43 GINÁSTICA LABORAL Fonte: www.ginlab.com.br A Ginástica Laboral constitui uma sequência de exercícios específicos aplicados a cada atividade, sendo realizadas no próprio local de trabalho, objetivando a prevenção, a terapêutica e o bem-estar do ser humano, devendo estar acompanhada de orientações sobre as posturas mais adequadas nos postos de trabalho e avaliações ergonômicas para promover as condições adequadas aos seus funcionários. Iniciou-se, efetivamente, em 1928 no Japão e, após a 2º Guerra Mundial, expandiu-se fortemente pelo país até hoje. A experiência com Ginástica Laboral, cuja origem é japonesa, foi introduzida no Brasil por executivos nipônicos em 1969, nos estaleiros Ishikavajima, visando a prevenção de acidentes de trabalho (Pulcinelli,1994, p37). 44 Tipos de Ginástica Laboral Fonte: www.segurancatemfuturo.com.br Ginástica Laboral Pré-aplicada ou Preparatória É a reunião de funcionários em um local específico, no início de cada turno ou jornada de trabalho, a fim de realizar uma atividade física, buscando o “despertar do corpo e da mente”. Objetivos: Melhorar as condições físicas e mentais; Aperfeiçoar as coordenações e sinergias, de acordo com as necessidades; Reagir aos estímulos externos com maior rapidez; Estimular reações mais adaptadas para as diferentes situações de trabalho. Ginástica Laboral Compensatória Se constitui de pausas no período de trabalho com a realização de atividades físicas compensatórias aos movimentos das tarefas, específicas para cada setor, de acordo com as características do ambiente e a natureza do trabalho. Objetivos: 45 Alcançar o equilíbrio físico e mental para a execução de tarefas bem como compensar posturas estáticas, unilaterais e reduzir o acúmulo de fadiga; Prevenir acidentes, distensões musculares e doenças ocupacionais. “A Ginástica Laboral, como todas as outras atividades físicas, não deve ser executada sem um acompanhamento de um profissional da área de saúde, pois, para trazer reais benefícios, é necessário que seja executada corretamente e se identifique com os limites de cada um a fim de se trabalhar esses limites. Desta maneira, melhorando as condições físicas e mentais. Se houver algum problema físico ou de saúde, consultar um médico antes de iniciar alguma nova atividade física.” Sobre os exercícios Sempre antes de iniciar as atividades físicas, fazer uma avaliação com um profissional da área de saúde; Faça os exercícios no seu ritmo; Respire naturalmente; Relaxar; Prestar atenção ao corpo; Concentrar-se nos músculos e articulações sendo alongados; Sem dor; Sempre faça alongamento dentro do seu limite de conforto, jamais a ponto de sentir dor; Caso tenha problema de saúde relacionado a músculos, ossos, tendões etc. Se tiver, consulte um médico antes de executar os exercícios; Não se compare com as outras pessoas. Todos somos diferentes. As comparações podem fazê-lo alongar-se excessivamente; Não prenda o fôlego enquanto faz os exercícios Não faça balanceios; Não é necessário nenhuma roupa especial para executar os exercícios, apenas retirar sapatos de saltos se os tiver. Exemplo de sequência da Ginástica Laboral indicada para pessoas que exercem atividades laborais em diversas posições e que utilizam por um longo período de tempo os membros superiores (braços, antebraços, punhos, mãos e dedos). 46 Meio giro com a cabeça, iniciando de um ombro e indo para o outro, segurando 3”. Alternar movimento 2 vezes cada lado. Fazer um giro completo no final. As mãos apoiadas nos ombros com braços na altura dos ombros, girar os cotovelos para frente tentando encostá-los. Idem ao anterior, girar os cotovelos para trás. Os dedos entrelaçados fazendo uma pressão com os cotovelos abertos e flexão de pescoço na nuca. O braço a frente do peito com o cotovelo e dedos flexionados, deverá fazer uma pressão com a outra mão no cotovelo em direção ao peito. Segurar 15 segundos. O braço estendido acima da cabeça, deve fletir e estender o cotovelo abrindo e fechando a mão, sendo tracionado pelo outrono cotovelo em direção a cabeça. Segurar os dedos para cima com o cotovelo estendido por 15 segundos. As pernas afastadas com os joelhos flexionados e os dedos entrelaçados atrás da nuca com os cotovelos abertos. Inclinar o tronco para direita e voltar, ir para esquerda e voltar, alternando 15 vezes. Um pé à frente do outro com pernas afastadas, flexionar o joelho da frente, não o deixando ultrapassar a linha do pé. Segurar 15 segundos. Os braços entrelaçados acima da cabeça, com as palmas das mãos e dedos unidos, estender os cotovelos por 15 segundos. Exemplo de sequência da Ginástica Laboral indicada para pessoas que exercem atividades laborais por longos períodos de tempo sentados e que utilizam membros superiores. Girar a cabeça para frente, para os lados e inverter o movimento no final do círculo. Os ombros para cima e para trás; Os ombros para cima e para frente. O braço a frente do peito com o cotovelo flexionado onde o punho deve rodar para fora, sendo que a mão oposta faz uma pressão em direção ao peito segurando por baixo do cotovelo. 47 Elevar um braço acima da cabeça com o cotovelo flexionado e o outro com cotovelo flexionado atrás das costas, tentar entrelaçar as mãos. (Respeitando o limite de cada um). Os braços acima da cabeça, puxar o cotovelo tentando encostar a mão nas costas. Pernas afastadas e joelhos flexionados, dedos das mãos entrelaçados atrás das costas com palmas unidas e afastar do corpo com os cotovelos estendidos. Segurar 15 segundos. Esticar o braço com a palma da mão para frente e dedos esticados. Dobrar o punho até onde puder. Segurar por 15 segundos. Esticar o braço com o dorso da mão para frente e dedos esticados. Dobrar o punho até onde puder. Segurar 15 segundos. Com pernas unidas e flexionadas abaixar o corpo até o seu limite e estender os joelhos. Segurar por 15 segundos, e levantar com os joelhos flexionados e coluna desenrolando. Em pé, fletir um joelho e segurar o pé, mantendo as coxas unidas. Manter por 15 segundos. Os braços elevados acima da cabeça, com mãos entrelaçadas e joelhos flexionados. Segurar por 15 segundos. Exemplo de sequência da Ginástica Laboral indicada para pessoas que permanecem por longos períodos em pé, com a cabeça para baixo e executando várias atividades com os braços, mãos e dedos. Observação: É muito importante que você sente com a coluna reta e se houver dificuldades mantenha os joelhos flexionados. Iniciar o movimento com o queixo no ombro, contando até 3 e virar para o outro lado. Fazer 2 vezes para cada lado. Sentado com as pernas esticadas, pés unidos e dedos para cima, levar os ombros para trás 10 vezes. Idem e levar os ombros para frente 10 vezes. Idem, segurar na nuca com os cotovelos unidos e tentar encostar os cotovelos na perna. Segurar por 15 segundos. 48 Sentado com os joelhos flexionados e pés unidos, laçar o braço atrás ou na frente do corpo com cotovelo esticado. Movimentar o braço abrindo e fechando os dedos.15 vezes cada lado. Sentado com os joelhos flexionados e pés unidos, flexionar a cabeça e inclinar o corpo a frente. Segurar por 15 segundos. Sentado com as pernas afastadas, pés para cima, inclinando o corpo tentando segurar a perna ou pés. Segurar por 15 segundos. Sentado com as pernas afastadas, girar o corpo levando os braços alternadamente em direção as pernas ou pés. Repetir 10 vezes. Idem, inclinar o corpo para lateral com apoio da mão oposta, levando o braço para cima com a palma para fora e o cotovelo esticado. Abdominais - Joelhos flexionados, mãos na frente do corpo e elevado, subir só até a metade das costas e descer lentamente. Repetir 10 vezes. Deitados com pernas flexionadas, estender os braços e puxar para cima, segurando por 15 segundos. Levantar de lado e lentamente. Porque fazer a ginástica laboral Hoje em dia milhões de pessoas estão descobrindo os benefícios do movimento. Para onde quer que se olhe, lá estão pessoas andando, correndo, jogando bola, tênis, andando de bicicleta. O que é que esperam alcançar? Por que este interesse relativamente súbito pelo preparo físico? Estamos descobrindo que pessoas ativas têm vidas mais intensas. Têm mais vigor, resistem as doenças e permanecem em forma. São mais autoconfiantes, menos deprimidas e é frequente que mesmo em fases avançadas da vida, ainda estejam trabalhando com grande energia em novos projetos. Nos últimos anos a pesquisa médica demonstrou que uma boa parte do sedentarismo é causado diretamente pela falta da atividade física. A tomada de consciência deste fato, acompanhada de um conhecimento mais completo a respeito de cuidados para com a saúde, estão modificando o estilo de vida. O entusiasmo atual pelo movimento não é modismo. Sabemos agora que um dos meios de prevenir os males da inatividade é permanecer ativo, não durante um mês, nem um ano, mas a vida toda. 49 Na medida em que relaxam a mente e “regulam” o corpo, deveriam constituir- se parte da vida diária. Você irá perceber que realizar esta prática de um modo regular poderá trazer os seguintes benefícios: Redução de tensões musculares e sensações de um corpo mais relaxado. Benefícios para a coordenação pois os movimentos tornam-se mais soltos e fáceis. Minimizar e prevenir de lesões tais como distensões, tendinites, dores nas costas, etc. Desenvolve a consciência corporal. Conforme você alonga as várias partes do seu corpo, e as focaliza, desenvolve maior controle dos movimentos. Ajuda a liberar os movimentos bloqueados por tensão emocional, de modo que isto aconteça de forma espontânea. Humanização do ambiente de trabalho. Melhora do relacionamento da equipe. Ativa a circulação. É gostoso. É bom. Quem deve fazer ginástica laboral Todos podem aprender a fazer a ginástica laboral, porém esta deve ser indicada por um profissional que saiba identificar qual será a melhor escolha, de acordo com as características das atividades laborais e do posto de trabalho. Muitas vezes as mesmas técnicas de alongamentos podem ser aplicadas, trabalhe você sentado ou não o dia todo, cave ou não buracos, fique ou não em uma linha de montagem, faça ou não exercícios com regularidades. Os métodos são delicados e fáceis, levando em conta as diferenças individuais quanto a tensão muscular e a flexibilidade. Portanto se estiver saudável, sem qualquer problema específico, pode aprender a fazer alongamentos que é uma das técnicas utilizadas na ginástica laboral. 50 BIBLIOGRAFIA ABRAHÃO, Júlia Issy; PINHO, Diana Lúcia Moura. As transformações do trabalho e desafios teórico-metodológicos da Ergonomia. Red Estudos de Psicologia, 2000. ABRAHÃO, Júlia Issy. 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