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de um dos investigados, a fim de que fossem apreendidos computadores e outros objetos pertinentes ao esclarecimento do fato criminoso em apuração. Deferido o pedido e expedido o mandado, a diligência iniciou-se às 14 horas estendendo-se até as 23 horas, mesmo sem o consentimento do morador, que havia solicitado a retirada dos policiais de sua residência assim que anoiteceu. Nessa situação, não há ilegalidade no cumprimento do mandado. 403. (CESPE/Juiz Federal Substituto-TRF 5ª Região/2009) A gravação de conversa telefônica por um dos interlocutores não é considerada interceptação telefônica, ainda que tenha sido feita com a ajuda de um repórter, pois, nesse caso, a gravação é clandestina, mas não ilícita, nem ilícito é seu uso, em particular como meio de prova. 404. (CESPE/Juiz Federal Substituto-TRF 5ª Região/2009) A recente reforma processual penal consagrou o entendimento, já consolidado na doutrina, de que se deve distinguir provas ilícitas e ilegítimas, consideradas estas as que violem normas processuais, e ilícitas, as que violem normas de direito material. 405. (CESPE/Juiz Federal Substituto-TRF 5ª Região/2009) A acareação, uma vez requerida pela defesa, é direito do acusado, sendo passível de revisão criminal a sentença penal condenatória transitada em julgado na qual o juiz tenha indeferido o pedido de acareação formulado no momento oportuno, ainda que a sentença não se tenha fundado apenas no depoimento do corréu. 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 103 406. (CESPE/Juiz Federal Substituto-TRF 5ª Região/2009) Por ser tema atinente às garantias constitucionais do processo, a análise da utilização, pelo magistrado “a quo”, de provas ilícitas para fundamentar a pronúncia do acusado dispensa o prequestionamento, podendo ser analisada de ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição, não se aplicando o entendimento, sumulado pelo STF, de que é inadmissível o recurso extraordinário quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada. 407. (CESPE/Juiz Federal Substituto-TRF 5ª Região/2009) Suponha que a polícia, em diligência realizada sem autorização judicial, tenha apreendido instrumentos de crime que não investigava. Nessa situação hipotética, a prova colhida invalida o inquérito policial ou processo em curso, mas não impede que o agente seja investigado em face dos instrumentos encontrados, dada a aplicação do princípio da proporcionalidade às teorias do encontro fortuito de provas e dos frutos da árvore envenenada. 408. (CESPE/Perito Criminal-TO/2008) A confissão do réu no processo penal tem valor apenas relativo, pois deverá ser confrontada com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. 409. (CESPE/Perito Criminal-TO/2008) Maria foi vítima de estupro praticado por um professor de sua escola. Após o crime, Maria foi severamente ameaçada pelo agressor caso denunciasse os fatos. Temerosa, Maria resolveu se confessar em uma igreja, oportunidade em que, no confessionário, relatou os fatos ao padre que a atendera. Posteriormente, Maria procurou a autoridade policial e requereu providências em relação ao crime e seu respectivo autor. Nessa situação, o padre que ouviu o ato de confissão de Maria será obrigado a depor na condição de testemunha, não podendo se eximir deste dever. 410. (CESPE/Perito Criminal-TO/2008) O reconhecimento pessoal poderá ser realizado tanto na fase policial quanto na fase judicial, sendo o primeiro válido somente se ratificado em juízo ou se coerente com a prova produzida. 411. (CESPE/Perito Criminal-TO/2008) O exame de corpo de delito pode ser suprido, quando desaparecidos os vestígios materiais da infração penal, por outros elementos de caráter probatório, notadamente os de natureza testemunhal ou documental. 412. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) As perícias deverão ser feitas por apenas uma pessoa idônea, se não houver peritos oficiais. 413. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) O exame de corpo de delito direto é feito a partir da análise dos depoimentos prestados pelas testemunhas em juízo. 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 104 414. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) Em relação às perícias, o ofendido não pode formular quesitos para serem apresentados aos peritos oficiais. 415. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) No tocante à análise dos laudos periciais, o juiz pode rejeitar o laudo pericial apenas se este for carente de motivação. 416. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) A confissão não é retratável. 417. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) Em relação à confissão, o juiz não pode dividi-la, aceitando-a em partes. 418. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) A confissão tem valor absoluto, não podendo ser afastada por outros elementos de prova. 419. (CESPE/Analista Técnico II-SEBRAEBA/2008) Em sede de persecução penal, o interrogatório judicial qualifica-se como ato de defesa do réu, que não é obrigado a responder a qualquer indagação feita pelo magistrado processante, porém, poderá sofrer alguma restrição em sua esfera jurídica em virtude do exercício dessa especial prerrogativa. 420. (CESPE/Procurador do Estado-CE/2008) O prazo máximo para a interceptação das comunicações telefônicas é de quinze dias, prorrogável uma única vez, pelo mesmo período. 421. (CESPE/Procurador do Estado-CE/2008) Joaquim, indiciado em inquérito policial, em seu interrogatório na esfera policial, foi constrangido ilegalmente a indicar uma testemunha presencial do crime de que era acusado. A testemunha foi regularmente ouvida e em seu depoimento apontou Joaquim como autor do delito. Nessa situação, o depoimento da testemunha, apesar de lícito em si mesmo, é considerado ilícito por derivação, uma vez que foi produzido a partir de uma prova ilícita. 422. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) As partes poderão indicar mais de um assistente técnico. 423. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) O juiz não pode rejeitar o laudo pericial. 424. (CESPE/Papiloscopista e Técnico em Perícia-PB/2008) A confissão não é retratável. 425. (CESPE/Perito Oficial Criminal-PB/2008) As cartas particulares interceptadas ou obtidas por meios criminosos não podem ser admitidas em juízo, nem mesmo para defesa de direito pelo respectivo destinatário. 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 105 426. (CESPE/Perito Oficial Criminal-PB/2008) Permite-se a reconstituição de um crime sexual violento usando a vítima e o réu, por exemplo. 427. (CESPE/Agente Técnico-MPEAM/2008) O laudo cadavérico assinado por dois peritos oficiais é espécie de prova real. 428. (CESPE/Agente Técnico-MPEAM/2008) No processo penal, os fatos incontroversos não necessitam ser provados. Assim, se o réu confessar todos os fatos narrados na denúncia, não é preciso que sua confissão seja confrontada com os demais elementos de prova dos autos. 429. (CESPE/Agente Técnico-MPEAM/2008) O princípio da liberdade de prova é absoluto. 430. (CESPE/Analista Judiciário-STF/2008) A prova ilícita por derivação deve ser desentranhada do processo, ainda que obtida por uma fonte independente da prova principal contaminada. 431. (CESPE/Juiz Substituto-TJAL/2008) O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial. Os elementos informativos colhidos na investigação não poderão servir de fundamentos para a sua decisão, sob pena de nulidade absoluta.