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CESARE BRANDI 
 PRINCÍPIOS PARA A RESTAURAÇÃO DOS MONUMENTOS 
(trechos mais significativos) 
 
“a arquitetura, se tal, é obra de arte, como obra de arte goza da dúplice e 
indivisível natureza de monumento histórico e de obra de arte, e o restauro 
arquitetônico cai também sob a instância histórica e a instância estética.” (p. 
131). 
 
 “No entanto, ...deve-se ter presente em primeiríssimo lugar, a estrutura formal 
da arquitetura, que difere daquela das obras de arte”. (pp. 131-2). 
 
“A diferença ...depende ...do fato que na arquitetura a espacialidade própria do 
monumento é coexistente ao espaço ambiente em que o monumento foi 
construído.” (p. 132). 
 
“Coloca-se, por isso, em primeiro lugar, a inalienabilidade do monumento como 
exterior do sítio histórico em que foi realizado. Em segundo lugar, deve-se 
examinar a problemática que nasce da alteração de um sítio histórico no que 
CESARE BRANDI 
 concerne às modificações ou ao desaparecimento, parcial ou total, de um 
monumento que dele fazia parte.” (p. 133). 
 
 “Do primeiro reconhecimento da inalienabilidade do monumento como 
exterior derivam, entretanto, alguns corolários: 
1. A absoluta ilegitimidade da decomposição e recomposição de um 
monumento em lugar diverso daquele onde foi realizado, dado que tal 
ilegitimidade deriva ainda mais da instância estética do que da existência 
histórica porque, com a alteração dos dados espaciais de um monumento, 
chega-se a invalidá-lo como obra de arte. 
2. A degradação do monumento, decomposto e reconstruído em outro lugar, 
a falso de si mesmo obtido com seus próprios materiais, pelo qual se torna 
ainda menos do que uma múmia em relação à pessoa que foi quando viva. 
3. A legitimidade da decomposição e recomposição ligada apenas à 
salvaguarda do monumento, quando não for possível assegurar a sua 
salvação de outro modo, mas sempre e somente em relação ao sítio 
histórico onde foi realizado.” (pp. 133-4). 
 
CESARE BRANDI 
 “do ponto de vista do monumento, também o ambiente natural em que ele 
possa se encontrar faz as vezes de ambiente monumental. Ao se colocar a 
problemática da conservação do sítio histórico relativo ao monumento e do 
monumento como elemento desse sítio-ambiente, delineam-se duas questões 
fundamentais: 
1. ...quando esse ambiente estiver alterado tão profundamente de modo a 
não mais corresponder aos dados espaciais conaturais ao próprio 
monumento, a condição de inalienabilidade colocada acima para o próprio 
monumento permanece? 
2. Posto que o ambiente natural ou monumental não tenha sido alterado de 
modo profundo nos seus dados espaciais, a não ser pelo desaparecimento 
de um ou mais elementos, a reconstituição destes por meio de cópias, que 
apesar de, em si, constituírem um falso, poderá ser admitida com base na 
reconstrução espacial do ambiente, senão na impossível revivescência do 
monumento? 
...a resolução desses quesitos só pode ocorrer dentro do quadro dos princípios 
gerais da restauração... 
...deve-se responder à primeira questão, que será sempre procurar reconduzir os 
dados espaciais do sítio ao estado o mais próximo possível daqueles originais; 
CESARE BRANDI 
 mas o monumento não deverá ser removido, mesmo se a alteração dos dados 
espaciais for insanável. 
Para a resolução da segunda questão é necessário distinguir de pronto se os 
elementos desparecidos ...sejam em si monumentos ou não. Se não constituem 
monumentos em si, poderá até ser admitida uma reconstituição, pois, memso 
que sejam falsos, não sendo obras de arte, recosntitue, no entanto, os dados 
espaciais. ... SE, ao contrário, os elementos desapárecidos tiverem sido em si 
obras de arte, está absolutamente fora de questão que se possam recosntituir 
como cópias. O ambiente deverá ser reconstituído com base nos dados espaciais 
e não naqueles formais do monumento que desapareceu.” (p. 134-7).

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