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HIPOMINERALIZAÇÃO-DE-MOLARES-E-INCISIVOS

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HMI
HIPOMINERALIZAÇÃO de MOLARES e INCISIVOS
Lourdes Santos-Pinto
Camila Fragelli
José Carlos Imparato
sumário
HIPOMINERALIZAÇÃO DE MOLARES E INCISIVOS
Diagnóstico
Etiologia
HISTÓRICO, TERMINOLOGIA E CONCEITO 2001
2602 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, CRITÉRIOS E MÉTODOS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO 
3403 CARACTERÍSTICAS ULTRAESTRUTURAIS DAS ALTERAÇÕES NO ESMALTE E SUAS IMPLICAÇÕES 
4404 FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DOS DEFEITOS DE DESENVOLVIMENTO DO ESMALTE E O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
6405 PREVALÊNCIA DA HMI E ASSOCIAÇÃO COM A CÁRIE DENTÁRIA E OUTROS DEFEITOS DE ESMALTE: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA
7406 QUALIDADE DE VIDA 
8207 MÉTODOS E ÍNDICES PARA O DIAGNÓSTICO
10
11
12
13
14
15
16
COMO INDIVIDUALIZAR O PLANO DE TRATAMENTO 
PARA O PACIENTE E O DENTE AFETADO PELA HMI?
ORIENTAÇÃO DO COMPORTAMENTO
CONTROLE DA DOR 
TRATAMENTO DE MOLARES AFETADOS 
TRATAMENTO ALTERNATIVO PARA MOLARES 
SEVERAMENTE AFETADOS 
OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA INCISIVOS AFETADOS
REABILITAÇÃO ESTÉTICA
132
144
152
164
174
182
194
102
112
08
09
FATORES SISTÊMICOS E AMBIENTAIS 
FATORES GENÉTICOS E ABORDAGEM FAMILIAR 
Tratamento
212
HIPOMINERALIZAÇÃO DE MOLARES DECÍDUOS
17
226
CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA BRASILEIRA NO ESTUDO DA HMI
18
TRATAMENTO
128
HMI
Opacidades
(branco/creme
amarelo/marrom)
Oclusal Medidas Preventivas Selante CIV
Alterações
Apulpares
Alterações
Apulpares
Perda Estrutural
Cárie
Perda Estrutural
Cárie
Endodontia
Endodontia
Restauração CIV
Restaurações CIV mod.
 por resina / RC
Bandas
Coroas
Restaurações Indiretas
Exodontia/Ortodontia
Medidas Preventivas
Medidas Preventivas
Selante
resinoso/ionomérico
Oclusal
Lisa
Parcial
Total
Desfecho Primário
Dentes Posteriores
Irrupção Superfície Tratamento Tratamento
Desfecho
Secundário
Avaliação do Risco à Cárie e Preservação
Avaliação e Controle de Hipersensibilidade
DECISÃO CLÍNICA
 A HMI é um problema complexo e diferentes possi-
bilidades de tratamento têm sido propostas. A tomada 
de decisão ou a escolha do tratamento tem seu alicerce 
na constante análise de dados disponíveis na literatura, 
nos relatos dos pacientes e familiares e na experiência 
clínica reportada. Assim, para uma melhor orientação, 
elaboramos um diagrama que apresenta a estrutura bá-
sica da análise de decisões para determinada situação 
clínica da HMI e a escolha dos protocolos de tratamento.
A primeira etapa para a análise de decisões consis-
te na identificação do problema, ou seja, na realização 
do diagnóstico utilizando as informações e ferramentas 
apresentadas nos Capítulos 01 a 09. Na segunda etapa 
cabe a tarefa de classificar o defeito com relação às suas 
129
HIPOMINERALIZAÇÃO de MOLARES e INCISIVOS
Opacidades
Perda
Estrutural
Cárie
Alterações
Pulpares Endodontia
Restauração
Medidas Preventivas
Medidas Preventivas
Dessensibilização
Infiltrante
Dessensibilização
Infiltrante
Dessensibilização
Restauração
Dessensibilização
Restauração
Microabrasão
Clareamento
Infiltrante
Microabrasão
Clareamento
Infiltrante
Restauração
Restauração
Infiltrante
Dessensibilização
Pequena
Pequena
Pequena
Pequena
Grande
Grande
Grande
Grande
Não
Não
Sim
Sim
Não
Não
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Amarelo/
Marron
Branco/
Creme
Dentes Anteriores
Desfecho
Primário Coloração
Queixa
Estética
Hipersensibi-
lidade
Extensão Tratamento Tratamento
Desfecho
Secundário
Avaliação do Risco à Cárie e Preservação
Avaliação e Controle de Hipersensibilidade
características clínicas que são determinantes na deci-
são do tratamento (Capítulo 07). E finalmente, elencar 
os desfechos observados para a escolha do tratamen-
to mais adequado. Nos capítulos que seguem (10-16) 
vocês encontrarão os detalhes das técnicas e materiais 
dos protocolos sugeridos nos diagramas 01 e 02.
COMO 
INDIVIDUALIZAR 
O PLANO DE 
TRATAMENTO 
PARA O PACIENTE 
E O DENTE 
AFETADO 
PELA HMI?
10
Manuel Restrepo Restrepo  Aline Leite de Farias  Yasmy Quintero Moncada  Lourdes Santos-Pinto
HISTÓRIA CLÍNICA
Atualmente não existe um consenso na literatura 
científica sobre as causas da HMI, entretanto, uma 
história clínica bem detalhada poderá sinalizar a re-
lação entre o defeito, o tempo e os possíveis eventos 
de saúde associados (Quadros 01 e 02). Ainda pode 
revelar as expectativas da família e do paciente frente 
a uma determinada situação clínica e fornecer infor-
mação sobre tratamentos recebidos previamente e o 
perfil colaborador da criança.
Um diagnóstico precoce da Hipomineralização de 
Molares e Incisivos (HMI), acompanhado de uma 
adequada história clínica e documentação por meio 
de fotografias, radiografias e modelos de estudos, é 
fundamental para a elaboração de um plano de tra-
tamento adequado, individualizado e ajustado às ne-
cessidades do paciente e da família. Adicionalmente, 
deve-se considerar as implicações clínicas e terapêu-
ticas das alterações estruturais, de composição e pro-
priedades dos dentes hipomineralizados, conforme 
descrito no Capítulo 03. Registros incompletos, aná-
lises inadequadas e desorganizadas, assim como a 
falta de planejamento, podem gerar resultados desfa-
voráveis e frustração não só para o paciente e os seus 
pais, mas também para o profissional.
132
HMI
Informação Relevância
História familiar
A HMI pode ter componente genético associado. Variações nos genes relacionados com a amelogê-
nese estão associadas com a suscetibilidade de desenvolver HMI1,2.
Fatores pré-natais e perinatais
Entre as causas pré-natais, as doenças maternas durante a gestação (amigdalites, febre alta e es-
tresse psicológico) têm sido relacionadas com a HMI3-5. Parto prematuro4 e baixo peso ao nascer3 
também têm sido associados com a HMI.
Doenças sistêmicas durante a infância 
(até os 3 anos de idade)
Febre alta3,4,6, pneumonia, doenças respiratórias3,6-8 e otite média6-9 têm sido associadas ao desenvol-
vimento da HMI.
Medicamentos
O uso de antibióticos tem sido associado à HMI. Estudos experimentais em ratos mostram que a 
amoxicilina pode provocar alterações durante a amelogênese, especificamente no estágio secretor 
da matriz de esmalte, sugerindo um atraso na aposição da matriz10.
Outras condições médicas
Alergias11, diabetes gestacional12, deficiências nutricionais (vitamina D)13 e infecções têm sido asso-
ciadas com a HMI.
QUESTIONÁRIO DE FATORES ETIOLÓGICOS 
PARA RESPONSÁVEIS DE PACIENTES COM HMI
Nome do Paciente:
Data de nascimento:_______________________________Lugar de nascimento:
Nome do responsável pelo preenchimento do questionário:
Grau de parentesco com a criança:
( ) mãe biológica_____( ) pai biológico_____( ) outro:
Você teve alguma doença ou alteração sistêmica durante o último trimestre de da gestação?
( ) Sim_____Não ( )
Seu filho nasceu de quantas semanas de gestação?
Qual o peso do seu filho ao nascer?
Quanto tempo o seu filho foi amamentado exclusivamente por leite materno?
Seu filho teve alguma doença respiratória durante os três primeiros anos de vida?
( ) Sim_____Não ( )_____Qual? 
Seu filho teve pelo menos um episódio de febre alta (> 39°C) durante os primeiros três anos de vida?
( ) Sim_____Não ( )_____
Seu filho teve alguma doença da infância (sarampo, catapora, caxumba) durante os primeiros três anos de vida?
( ) Sim_____Não ( )_____
Seu filho tomou antibióticos (amoxicilina, penicilina ou cefalosporina) durante os primeiros três anos de vida?
( ) Sim_____Não ( )_____Quais? 
Quadro 01  Informações relevantes da história clínica.
Quadro 02  Modelo de questionário de fatores etiológicos para pacientes com HMI, tomado e modificado de Mejía JD et al.14.
133
HIPOMINERALIZAÇÃO de MOLARES e INCISIVOS
MÉTODOS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO
O exame radiográfico em crianças e adolescentes é 
importante para o diagnóstico, plano de tratamento, 
reavaliação e acompanhamento. O uso de radiogra-
fias permite uma detecção precoce de transtornos 
de desenvolvimento, irrupção dos dentes, anomalias 
e patologias do complexo dento-maxilomandibular.Entretanto, é importante esclarecer que este tipo de 
exame não deve ser baseado na idade e sim na cir-
cunstância individual de cada paciente. Assim, qual-
quer exame radiográfico está indicado quando a in-
formação obtida a partir dele beneficie o paciente ou 
influencie na decisão de tratamento, complementan-
do os achados clínicos15. 
O diagnóstico das opacidades não é realizado em 
radiografias, no entanto; dentre as técnicas radiográ-
ficas intraorais, a radiografia periapical está indicada 
quando se deseja examinar todo o dente e tecidos de 
suporte (Figura 02). Pode ser obtida com a técnica da 
bissetriz ou do paralelismo. Esta última é preferível 
porque é mais fácil de ser realizada e resulta em uma 
imagem mais confiável do dente e osso alveolar, com 
mínima distorção. Outra técnica intraoral é a interpro-
ximal ou bitewing, a qual está indicada para determi-
nar a presença e extensão de lesões de cárie dentária 
na superfície proximal e oclusal. Ainda, oferece infor-
mação sobre o estado das restaurações (sobrecontor-
no, distância do complexo dentino-pulpar e lesões de 
cárie secundária) e nível do osso alveolar (Figura 03). 
Entre as técnicas extraorais, a radiografia panorâ-
mica é uma imagem que mostra em uma única toma-
da, todas as estruturas ósseas e dentais da maxila e 
mandíbula (Figura 03). Nesta imagem é possível de-
terminar as etapas de desenvolvimento da dentição, 
anomalias de forma, tamanho, posição, número de 
dentes e estágio de desenvolvimento radicular de to-
dos os dentes. Estas informações são particularmen-
te importantes caso se considerem exodontias den-
tro do plano de tratamento. Em casos complexos que 
requerem consulta a outro profissional como, por 
exemplo, o ortodontista, a panorâmica e a telerradio-
grafia lateral (Figura 04) são necessárias entretanto, a 
tomografia de feixe cônico tem permitido uma melho-
ra na definição da imagem e precisão diagnóstica em 
comparação com as imagens bidimensionais16. 
01  Radiografia periapical realizada para avaliar o dente 46 e 
os tecidos de suporte.
02  Radiografia interproximal realizada para avaliar a extensão do defeito 
associado à carie dentária na superfície oclusal do dente 46.
134
HMI
03  Radiografia panorâmica particularmente importante caso sejam consideradas exodontias 
dentro do plano de tratamento.
04  Telerradiografia lateral para avaliação caso extrações 
dos dentes afetados sejam consideradas.
FOTOGRAFIAS E MODELOS DE ESTUDO
As fotografias extra e intraoral são ferramentas úteis 
na odontologia e são parte essencial da prática con-
temporânea, auxiliando no diagnóstico e plano de 
tratamento. As imagens extraorais podem ser de dois 
tipos: frontal e perfil (Figuras 05A-C). Elas permitem 
realizar uma análise vertical, determinar o espaço in-
terlabial, a linha do sorriso, e fazer a aferição de dife-
rentes ângulos, como o contorno facial, nasolabial e 
nasofrontal. Ainda, permite medir planos como o con-
torno facial inferior e determinar a posição do mento, 
dos lábios e estabelecer a proporção facial vertical do 
terço inferior. As fotografias intraorais se dividem em: 
frontal da oclusão, lateral direita e esquerda, e oclusal 
superior e inferior (Figuras 06A-E). Estas últimas são 
importantes para classificar a forma do arco, iden-
tificar anomalias de tamanho, posição e número de 
dentes, magnitude do apinhamento, detectar e acom-
panhar defeitos na formação do esmalte como a HMI. 
Os modelos de estudo (em gesso ou digitais) também 
são auxiliares importantes no diagnóstico (Figuras 07A-C 
e 08A-D). São utilizados, principalmente, para prever o ta-
manho mésio-distal dos dentes permanentes não irrom-
pidos. Na dentição permanente são úteis para analisar o 
espaço (apinhamento), medir a profundidade da curva 
de Spee, avaliar a linha média dental, relação do molar na 
oclusão, relação canina, tamanho dentário e simetria dos 
arcos (anteroposterior e vestíbulo-lingual). Assim como 
nas fotografias, nos modelos de gesso ou digitais é pos-
sível comparar as perdas estruturais pós irruptivas dos 
defeitos na HMI. Para estabelecer um adequado diagnós-
tico e tratamento, é fundamental relacionar os achados 
dos modelos com o exame clínico e radiográfico.
05A-C  Fotografias extraorais. Frente (A). Sorriso (B). Perfil (C). 
A B C
135
HIPOMINERALIZAÇÃO de MOLARES e INCISIVOS
06A-E  Fotografias intraorais para acompanhamento do paciente com HMI. Frente (A). Lateral direita (B). Lateral esquerda (C). Oclusal superior (D). Oclusal 
inferior (E). Caso clínico cortesia de Mejía JD e Restrepo MR, Universidade CES (Colômbia).
A
C
E
B
D
136
HMI
07A-C  Modelos 
de gesso para diag-
nóstico da oclusão 
e acompanhamento 
das perdas estrutu-
rais dos defeitos de 
esmalte.
08A-D  Modelos digi-
tais para diagnóstico 
da oclusão e acompa-
nhamento das perdas 
estruturais dos 
defeitos de esmalte 
(A-C). Evidência de de-
talhes do defeito com 
a possibilidade de 
anotações importan-
tes para controle (D). 
Caso clínico do Muñoz 
Instituto Odontológi-
co, cortesia do Prof. 
Dr. Oscar Muñoz, 
Unesp. 
A
A
C
C
D
B
B
137
HIPOMINERALIZAÇÃO de MOLARES e INCISIVOS
CÁRIE DENTÁRIA: 
AVALIAÇÃO DA SEVERIDADE/ATIVIDADE DA LESÃO E DO RISCO INDIVIDUAL
A melhor evidência científica tem demonstrado asso-
ciação positiva entre a HMI e cárie dentária17,18. Diante 
dessa situação é fundamental que o clínico avalie a se-
veridade e atividade das lesões cariosas assim como, 
o risco individual à cárie dentária uma vez que essas 
informações irão orientar os objetivos, estratégias de 
tratamento e a frequência de retorno do paciente ao 
consultório odontológico. 
Para avaliação da severidade e atividade das le-
sões de cárie dentária o clínico pode utilizar os crité-
rios Nyvad19. Este é um método tátil-visual que con-
tém 10 códigos para registrar os diferentes estágios 
das lesões (severidade), desde superfícies hígidas, 
passando por lesões não cavitadas e microcavitadas 
até lesões cavitadas em dentina. A atividade das le-
sões é dada segundo as características clínicas (bri-
lho, cor e textura), classificando-as como ativas ou 
inativas (Quadro 03). Os códigos também diferen-
ciam superfícies hígidas, restauradas e lesões de 
cárie secundária. Este critério permanece o mesmo 
desde 1999 e pode ser utilizado em dentes decíduos 
e permanentes, é simples, permite monitorar clinica-
mente a efetividade das estratégias preventivas ou 
terapêuticas, apresenta bom desempenho em ter-
mos de acurácia, reprodutibilidade e validade, pode 
ser empregado por clínicos no consultório e no servi-
ço público, ou por pesquisadores em estudos trans-
versais, longitudinais ou ensaios clínicos20. 
Escore Categoria Descrição
0 Sadio O esmalte apresenta textura e translucidez normal (leve mancha permitida em fissura hígida).
1 Cárie ativa (superfície intacta)
Superfície de esmalte esbranquiçada/amarelada opaca com perda de brilho; sente-se duro quando a 
ponta da sonda move-se gentilmente pela superfície; geralmente coberta com placa. Sem perda detec-
tável de estrutura. 
Superfície lisa: lesão de cárie tipicamente perto da margem gengival. 
Fossa e fissura: morfologia intacta da fissura; lesão estende-se pelas paredes da fissura. 
2 Cárie ativa (superfície descontínua)
Mesmo critério que o escore 1. Defeito localizado (microcavidade) só em esmalte. Sem esmalte cavitado 
ou assoalho amolecido detectado com a sonda. 
3 Cárie ativa (cavidade)
Cavidade em esmalte/dentina facilmente visível a olho nu. A superfície da cavidade apresenta-se frágil 
ao toque. Pode haver ou não envolvimento pulpar.
4 Cárie inativa (superfície intacta)
Superfície de esmalte esbranquiçada, acastanhada ou escura. O esmalte pode estar brilhante e apre-
senta-se rígido e liso quando a ponta da sonda é movida pela superfície. Sem perda clínica de estrutura.
Superfície lisa: lesões de cárie tipicamente localizada com alguma distância da margem gengival. 
Fossas e fissuras: morfologia intacta da fissura; lesões estendem-sepelas paredes da fissura. 
5 Cárie inativa (superfície descontínua)
Mesmo critério do escore 4. Defeito de superfície localizado (microcavidade) apenas em esmalte. Sem 
esmalte cavitado ou assoalho amolecido detectável com explorador.
6 Cárie inativa (cavidade)
Cavidade em esmalte/dentina detectável a olho nu. Superfície da cavidade pode estar brilhante e rígida 
à sondagem com leve pressão. Sem envolvimento pulpar.
7 Restaurado (superfície hígida) Restauração com margens íntegras e ausência de lesões cariosas secundárias.
8 Restaurado + cárie ativa Lesões de cárie podem estar cavitadas ou não.
9 Restaurado + cárie inativa Lesões de cárie podem estar cavitadas ou não.
Quadro 03  Descrição do critério Nyvad19.
138
HMI
A avaliação do risco à cárie dentária (em inglês, 
caries risk assessment- CRA) é um componente es-
sencial da atenção integral do paciente. É definida 
como a probabilidade de um indivíduo desenvol-
ver novas lesões em um determinado período de 
tempo e/ou a probabilidade de mudança na seve-
ridade/atividade das lesões de cárie já existentes21. 
Considerando que a cárie dentária é uma doença 
multifatorial e biofilme açúcar-dependente, dife-
rentes fatores protetores (saliva, fluoretos, etc.) 
e de risco (bactérias, consumo elevado de carboi-
dratos fermentáveis, etc.) estão envolvidos22. Os 
processos de desmineralização e remineralização 
são modulados por esses fatores e determinarão 
o progresso ou controle/paralisação das lesões23. 
Com frequência, os clínicos registram informações 
com relação à fatores de risco para cárie dentá-
ria, porém geralmente não é feito de uma forma 
padronizada e sistematizada. Para isso, tem sido 
proposto modelos os quais consideram diferentes 
fatores e indicadores de risco. O Quadro 04 apre-
senta os modelos mais utilizados no mundo para 
avaliar o risco à cárie dentária. É importante que o 
clínico reconheça que os pacientes sempre estão 
expostos a diferentes fatores de risco ao longo da 
vida, isto quer dizer que o risco é dinâmico e pode 
variar durante o tempo, dependendo da idade, 
comportamentos individuais e estilo de vida. 
Modelo de avaliação 
do risco
Fatores avaliados Observações
CARIOGRAM24,25
Experiência de cárie anterior ou atual, doenças sistêmicas 
associadas, dieta (composição e frequência), quantidade de 
placa, S. mutans, fluoretos, fluxo salivar, capacidade tampão e 
critério clínico do dentista.
Ilustra a interação de fatores associados à cárie e as chances 
de não desenvolver a doença. Apresenta graficamente o risco 
à cárie e sugere terapias preventivas.
CAT 
(Caries Risk 
Assessment Tool)26
É dividido em três seções que considera fatores biológicos, 
protetores e clínicos. 
Nível socioeconômico familiar, dieta, fluoretos, atendimento 
odontológico, higiene bucal, experiência de cárie anterior ou atu-
al, lesões de mancha branca, defeitos de formação do esmalte, 
aparelho ortodôntico, saúde sistêmica, fluxo salivar, S. mutans.
Recomendado pela Academia Americana de Odontopediatria 
(AAPD). 
Tem dois formatos de acordo com a idade: de 0 a 5 anos e 
para maiores de 6 anos.
Depois de conferir cada item, o paciente é classificado com 
risco baixo, moderado ou alto. 
CAMBRA 
(Caries Management 
by Risk Assessment)27
Nível socioeconômico familiar, antecedentes de alimentação 
infantil, dieta, fluoretos, atendimento odontológico, higiene 
bucal, experiência de cárie anterior ou atual, lesões de man-
cha branca, aparelho ortodôntico, saúde sistêmica, medica-
mentos, fluxo salival, S. mutans e Lactobacillus.
O clínico deve avaliar os fatores etiológicos e protetores para 
estabelecer o risco e desenvolver plano de tratamento indi-
vidualizado e baseado na evidência científica. 
Tem dois formatos de acordo com a idade: de 0 a 5 anos e 
para maiores de 6 anos.
Depois de conferir cada item, o paciente é classificado com 
risco baixo, moderado ou alto.
Oferece guias clínicos de manejo de acordo com o risco e ida-
de do paciente. 
NUS-CRA 
(National University of 
Singapore Caries Risk 
Assessment)28
Idade, etnia, nível socioeconômico familiar, antecedentes 
de alimentação infantil, dieta, fluoretos, higiene bucal, ex-
periência de cárie anterior ou atual, saúde sistêmica, S. mu-
tans e Lactobacillus.
O software calcula as chances de apresentar novas lesões de cárie. 
Aplica-se somente para crianças em fase pré-escolar. 
Quadro 04  Características dos modelos de avaliação do risco à cárie dentária.
139
HIPOMINERALIZAÇÃO de MOLARES e INCISIVOS
COMUNICAÇÃO COM ESPECIALISTAS
Diante dos casos severos de HMI, com sintomatologia 
dolorosa, lesões cariosas extensas, grande destruição 
coronária com comprometimento pulpar e/ou perio-
dontal é fundamental que o clínico consulte um espe-
cialista em odontopediatria, ortodontia, endodontia, 
reabilitação oral e/ou periodontia, compartilhando 
os achados da história clínica, exame clínico e dos 
métodos auxiliares de diagnóstico com o objetivo de 
avaliar o caso, estabelecer os diagnósticos, elaborar a 
lista de problemas, objetivos de tratamento, estimar 
o prognóstico e definir as opções terapêuticas para o 
paciente e a família.
DIAGNÓSTICO, LISTA DE 
PROBLEMAS, OBJETIVOS E 
PROGNÓSTICO
Uma vez que o clínico possui todas as informações 
coletadas durante a anamnese, exames extra e intra-
bucal e aquelas obtidas a partir das radiografias, foto-
grafias e modelos, deve-se estabelecer o diagnóstico 
de forma completa e precisa:
 � Sistêmico: especificar doenças, alterações médicas 
e síndromes.
 � Estomatológico: lesões de desenvolvimento, 
traumáticas ou reacionais, infecções ou inflama-
ções, doenças autoimunes, cistos, tumores e altera-
ções das glândulas salivares. 
 � Articular: especificar desordens temporomandibu-
lares (DTM) que afetam músculos mastigatórios, arti-
culação temporomandibular e/ou estruturas associa-
das assim como dores neuropáticas.
 � Facial: especificar o tipo facial, perfil, forma do crâ-
nio, sorriso e assimetrias faciais.
 � Esquelético: especificar a relação intermaxilar, des-
crevendo para a maxila e a mandíbula a posição, o 
tamanho e a rotação. Determinar o estágio de cresci-
mento e, caso houver assimetria, especificar a causa 
e a localização. 
 � Dental: especificar para cada dente a severidade e 
extensão da HMI (ver os Capítulos 02 e 07) e severida-
de e atividade de lesões de cárie dentária (utilizando 
os critérios Nyvad). Classificar os defeitos de desen-
volvimento do esmalte e/ou da dentina e especificar 
as alterações na forma, no tamanho, no número, na 
erupção e formação dos dentes. 
 � Pulpar: especificar para cada dente o diagnóstico 
pulpar e periapical. 
 � Periodontal: classificar as doenças e condições pe-
riodontais e peri-implantares (quando aplicável).
 � Oclusal: especificar o tipo de maloclusão, overjet, 
overbite, linhas médias, apinhamento, curva de Spee, 
angulação dos incisivos, posição vertical dos dentes e 
presença de mordidas cruzadas, abertas ou profundas. 
 � Funcional: presença de hábitos, tipo de respiração 
e contatos prematuros.
Posteriormente, é ideal que o clínico elabore 
uma lista dos problemas para identificar clara-
mente as características que não são normais ou 
desfavoráveis. A lista deve ser em ordem de impor-
tância, considerando as prioridades do paciente e 
da família (Quadro 05). 
Quadro 05  Fatores do paciente com HMI que devem ser considerados na 
lista de problemas.
Saúde dental e periodontal
Oclusão estática e dinâmica
Estética
Padrão esquelético de crescimento*
Maturação esquelética*
Função articular
*Aplica para pacientes em fase de crescimento e desenvolvimento.
140
HMI
A elaboração dos objetivos representa o processo e 
justificativa do plano de tratamento e deve responder 
à pergunta: O que desejo alcançar ou corrigir no pa-
ciente? Estes objetivos devem estar articulados com a 
queixa do paciente, suas expectativas e lista de pro-
blemas. Devem ser expressas em frases curtas, preci-
sas e podemenvolver várias atividades para resolver 
um ou mais problemas específicos (Quadro 06). 
A avaliação do prognóstico faz referência a uma pre-
visão, baseada em circunstâncias reais e do presente, 
sobre o futuro da condição do paciente. Requer uma 
interpretação e análise das características do paciente 
em ordem de importância, avaliando a possibilidade 
de solucioná-las de maneira total ou parcial. Geralmen-
te se expressa em termos como excelente, bom, favo-
rável, desfavorável, mau, duvidoso ou indefinido. Pode 
ser estabelecido para cada dente individualmente, di-
versas condições bucais, diferentes tratamentos ou de 
maneira global para o paciente (Quadro 07).
PLANO DE TRATAMENTO
O conceito de decisão baseada em evidência (eviden-
ce-based decision making) é a integração da melhor 
evidência científica disponível com a experiência clíni-
ca acumulada do profissional e as expectativas do pa-
ciente. Idealmente, qualquer tratamento na área da 
saúde deve estar suportado por revisões sistemáticas 
com metanálises ou estudos clínicos randomizados, 
cegos e controlados, porém, para muitos deles (in-
cluindo o tratamento para HMI) este tipo de evidência 
ainda não está disponível. 
É importante esclarecer que a falta de evidência 
não necessariamente significa que uma técnica ou 
material não possa ser utilizado, e sim que não exis-
te evidência de boa qualidade metodológica para 
demonstrar categoricamente a sua efetividade, o 
que demonstra a necessidade de novos estudos. Eis 
que surge então uma pergunta: Como é possível de-
cidir por um tratamento para a HMI se a evidência 
disponível não é suficientemente forte? Para isso, 
o clínico pode adaptar protocolos de manejo de le-
sões de cárie dentária, avaliar tratamentos prévios e 
considerar os antecedentes do paciente com relação 
ao tratamento. Caso o paciente não responda satis-
fatoriamente em um determinado tempo, deve-se 
reconsiderar e buscar outra opção terapêutica. Ain-
da que a qualidade e o nível de evidência devam ser 
parte integral da decisão de tratamento, outros fato-
res também devem ser considerados, os quais estão 
listados no Quadro 08. 
No momento de elaborar o plano de tratamento, 
sugere-se dividi-lo em fases de acordo com a idade 
do paciente (Quadros 09 e 10). Isso facilita a organi-
zação, auxilia no prognóstico de cada caso e melho-
ra a compreensão por parte do paciente. Para o caso 
específico da HMI, o clínico pode optar pelo manejo 
dos dentes afetados de acordo com a severidade ou 
pelo tipo de tratamento (temporário ou a curto prazo 
e definitivo ou a longo prazo). Nos Capítulos de 13 a 
16 serão abordadas as diferentes modalidades tera-
pêuticas para os dentes afetados pela HMI.
Realizar um diagnóstico precoce dos defeitos de 
desenvolvimento do esmalte dentário.
Avaliar o risco à cárie dentária.
Avaliar a severidade e atividade das lesões de cárie dentária.
Informar, conscientizar, educar e motivar o paciente e a família.
Identificar as necessidades reais do paciente e da família.
Controlar a sintomatologia associada (hipersensibilidade).
Adotar estratégias de uso individual e profissional para 
o controle da cárie dentária.
Preservar a estrutura dentária.
Melhorar as propriedades físicas, mecânicas e 
químicas do dente afetado.
Delinear um plano de tratamento racional a curto, médio e longo prazo.
Biológicos (por exemplo, cárie dentária).
Fatores ambientais.
Econômicos e comportamentais.
Qualidade do tratamento odontológico.
Manutenção da saúde bucal.
Quadro 06  Objetivos de tratamento no paciente com HMI.
Quadro 07  Fatores que influenciam o prognóstico do tratamento em 
pacientes com HMI29.
141
HIPOMINERALIZAÇÃO de MOLARES e INCISIVOS
Sintomatologia associada
Extensão e severidade
Idade e comportamento do paciente
Compromisso e motivação
Expectativas do paciente e da família
Nível socioeconômico
Estética
Longevidade
Relação custo-benefício
Tempo de tratamento
Tipo de maloclusão
Presença de terceiros molares
Experiência profissional
Sistêmica
Implica em uma avaliação exaustiva da saúde geral e procedimentos para o seu controle durante o tratamento. Inclui 
consulta com outros profissionais de saúde, profilaxia antibiótica e manejo do estresse e da ansiedade. 
Urgência
Procedimentos orientados ao controle de sintomatologia dolorosa, infecções, edema, dentes fraturados e restaura-
ções fraturadas ou ausentes. Inclui exodontias obrigatórias, tratamento endodôntico, restaurações temporárias ou 
definitivas, além do uso de medicamentos e laserterapia para o controle da dor e infecção.
Adequação do meio
Identificação dos fatores de risco e controle da cárie dentária. Inclui instrução de higiene oral e dietética, profilaxia profis-
sional, uso de meios profissionais de flúor, agentes cariostáticos, selantes e restauração de cavidades já existentes. 
Restauradora
Procedimentos restauradores de caráter definitivo em dentes decíduos e permanentes. Inclui restaurações diretas, 
semi-diretas ou indiretas para dentes posteriores, cimentação de bandas ortodônticas ou coroas de aço para reforço e 
recobrimento da estrutura coroas de zirconia, coroas de cerômero remanescente e restaurações estéticas em dentes 
anteriores (infiltrante e resina composta). 
Ortodontia 
preventiva e 
interceptiva
Orientada a prevenir, interceptar e corrigir problemas dentais, esqueléticos ou combinados (anteroposteriores, 
verticais, transversais ou combinados). Inclui a avaliação do crescimento e desenvolvimento craniofacial pelo 
ortodontista, manutenção do perímetro dos arcos, terapias com fonoaudiólogo, guia de erupção e extração 
seriada, exodontia de dentes permanentes, expansão da maxila, distalização de molares superiores e inferiores, 
intervenção no crescimento vertical do osso alveolar e no osso basal por meio da ortopedia funcional e ortodon-
tia corretiva precoce com aparelhos ortodônticos fixos. 
Manutenção
Reavaliação periódica do paciente para controle das doenças, alterações e tratamento. Deve ser personalizada de 
acordo com o risco do paciente e deve incluir uma avaliação detalhada dos tecidos duros e moles, condição dentá-
ria e periodontal, reforço das instruções de higiene bucal e dietética, uso de meios profissionais de flúor e, quando 
necessário, solicitar radiografias.
Quadro 08  Fatores associados à decisão de tratamento em pacientes com HMI.
Quadro 09  Plano de tratamento por fases para crianças e adolescentes afetados pela HMI.
142
HMI
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um plano de tratamento completo e individualizado é a base para oferecer ao paciente uma experiên-
cia odontológica satisfatória. Ele deve ser elaborado entre o dentista, o paciente e/ou a família, conside-
rando as características individuais, as expectativas, o diagnóstico, a lista de problemas e os objetivos 
de tratamento. Além disso, deve ser funcional e dinâmico, evoluindo em resposta às mudanças na 
saúde geral e bucal do paciente.
Sistêmica
Implica em uma avaliação exaustiva da saúde geral e procedimentos para o seu controle durante o tratamento. Inclui 
consulta com outros profissionais de saúde, profilaxia antibiótica e manejo do estresse e da ansiedade. 
Urgência
Procedimentos orientados ao controle de sintomatologia dolorosa, infecções, edema, dentes fraturados e restaura-
ções fraturadas ou ausentes. Inclui exodontias obrigatórias, tratamento endodôntico, restaurações temporárias ou 
definitivas, além do uso de medicamentos e laserterapia para o controle da dor e infecção. 
Adequação do meio
 � Identificação dos fatores de risco e controle da cárie dentária: inclui instrução de higiene oral e dietética, profilaxia 
profissional, uso de meios profissionais de flúor, agentes cariostáticos, selantes e restauração de cavidades já existentes. 
 � Restaurações temporárias: restaurações realizadas com o objetivo de proteger a superfície afetada. Incluem as res-
taurações realizadas com cimento de ionômero de vidro e cimentação de bandas ortodônticas para reforço daestru-
tura dental remanescente.
 � Periodontia: tratamento periodontal cirúrgico para favorecer a higienização e remoção de tecido gengival hiperplási-
co e invaginado do interior da cavidade. 
 � Endodontia: procedimentos desde os mais conservadores até o tratamento radical. Inclui a proteção pulpar indireta 
ou direta, pulpotomia, pulpectomia ou retratamentos. 
 � Cirurgia: exodontia de dentes com extensa destruição coronária e perda estrutural severa do esmalte que dificulte a 
realização do procedimento reabilitador convencional. 
 � Ortodontia corretiva: distalização de dentes mesializados no arco devido às perdas dentárias precoces, tracionamen-
to dos segundos molares permanentes em casos de perda do primeiro molar. 
 � Reavaliação: avaliar a necessidade ou não de alterações no planejamento definitivo.
Restauradora
 � Realização de procedimentos restauradores definitivos e/ou reabilitadores por meio de restaurações diretas, semi-di-
retas ou indiretas, cimentação de bandas ortodônticas para reforço da estrutura dental remanescente.
 � Procedimentos estéticos: micro e macroabrasão do esmalte, clareamento dental, infiltração com resina de baixa 
viscosidade, restaurações estéticas em dentes anteriores que podem incluir desde facetas em resina composta até o 
recobrimento com lentes de contato cerâmicas. 
Manutenção
Reavaliação periódica do paciente para controle das doenças, alterações e tratamento. Deve ser personalizada de 
acordo com o risco do paciente e deve incluir uma avaliação detalhada dos tecidos duros e moles, condição dentá-
ria e periodontal, reforço das instruções de higiene bucal e dietética, uso de meios profissionais de flúor e, quando 
necessário, solicitar radiografias.
Quadro 10  Plano de tratamento por fases para adultos afetados pela HMI.
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