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Trabalho de conclusão - Direito Tributário

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causas de extinção do crédito tributário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Caetano do Sul - SP 
2020 
 
2 
 
Sumário 
 
 
Sumário ................................................................................................................................. 2 
1 Apresentação ................................................................................................................. 3 
2 Causas de extinção do crédito tributário ......................................................................... 4 
2.1.1 Pagamento .............................................................................................................. 5 
2.1.2 Compensação ......................................................................................................... 8 
2.1.3 Transação ............................................................................................................... 9 
2.1.4 Remissão ................................................................................................................ 9 
2.1.5 Prescrição ............................................................................................................. 10 
2.1.6 Decadência............................................................................................................ 11 
2.1.7 Conversão de depósito em renda .......................................................................... 11 
2.1.8 Pagamento antecipado e a homologação do lançamento ...................................... 12 
2.1.9 Consignação em pagamento ................................................................................. 12 
2.1.10 Decisão administrativa irreformável ....................................................................... 13 
2.1.11 Decisão judicial passada em julgado ..................................................................... 13 
2.1.12 Dação em pagamento ........................................................................................... 14 
3 Conclusões ................................................................................................................... 15 
Referências ......................................................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 Apresentação 
 
O presente trabalho destina-se a apresentar as causas de extinção do crédito 
tributário, previstas no Código Tributário Nacional. Todas as modalidades de extinção 
serão abordadas de forma mais objetiva e aprofundaremos o estudo sobre a primeira 
causa de extinção do crédito: o pagamento. 
O objetivo principal deste trabalho é fazer uma análise sobre as causas de 
extinção e suas modalidades, trazendo suas características e esclarecendo possíveis 
dúvidas. Essa análise é relevante pois contribui à compreensão do tema, alcançando 
principalmente aqueles que não convivem no ramo jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 Causas de extinção do crédito tributário 
 
O termo extinção segundo o dicionário significa: ato ou efeito de extinguir(-se), 
ou seja, deixar de existir, exterminar, aniquilar. O autor Luciano Amaro (2014, p. 411) 
define que o termo crédito tributário “se trata da própria obrigação tributária no estágio 
do lançamento”. Logo, a extinção do crédito tributário tem a função de extinguir, ou 
fazer desaparecer o crédito e consequentemente a obrigação tributária. 
Ademais, a extinção não pode se confundir com as outras possibilidades de 
afastar a cobrança do crédito tributário, como por exemplo, a suspensão ou a 
exclusão. 
Feito este introito, apresentaremos os esclarecimentos sobre cada uma das 
doze modalidades de extinção do crédito tributário, previstas no Código Tributário 
Nacional: 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos 
do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 
164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na 
órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. 
 
5 
 
2.1.1 Pagamento 
 
O pagamento é uma modalidade direta de extinção do crédito, pois não 
depende de uma lei que o autorize para que seja concretizado. É a forma mais comum 
utilizada pelos contribuintes. 
De acordo com o art. 157 do CTN, para que de fato haja a extinção do crédito, 
o pagamento deve ocorrer em sua totalidade, ou seja, deve ser pago o principal, a 
multa e o juros, se houver. Caso o contrário, não ocorrerá a extinção do respectivo 
crédito: 
 Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do 
crédito tributário. 
Já o art. 158 do CTN, dispõe que o pagamento de uma parcela não presume o 
pagamento da totalidade, assim como o pagamento total de um respectivo tributo não 
presume o pagamento dos demais. 
Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em presunção de 
pagamento: 
I - quando parcial, das prestações em que se decomponha; 
II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. 
Em relação a prazos e vencimentos, o art. 160 do CTN diz que se a legislação 
não estipular o prazo para pagamento, deve ser considerado como vencimento 30 
dias a partir do recebimento da notificação. 
Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o 
vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera 
o sujeito passivo notificado do lançamento. 
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela 
antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça. 
De acordo com o art. 161 do CTN, o atraso no pagamento do tributo implica em 
juros e multa, independente do motivo pelo qual não foi pago. Em regra, os juros de 
mora a ser aplicado é de 1% ao mês, entretanto, a partir de 1996 foi instituído a SELIC, 
que é a taxa legal aplicável no pagamento, na restituição, na compensação ou no 
reembolso de tributos federais. 
Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de 
juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da 
6 
 
imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de 
garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. 
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados 
à taxa de um por cento ao mês. 
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada 
pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. 
Caso existam diversos créditos vencidos do mesmo contribuinte, o credor tem 
direito a uma forma de quitação denominada imputação de pagamento, o art. 163 do 
CTN define estas regras e as ordens relativas a imputação de pagamento: 
Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo 
sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos 
ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária 
ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o 
pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes 
regras, na ordem em que enumeradas: 
I – em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar 
aos decorrentes de responsabilidade tributária; 
II – primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim 
aos impostos; Pois, nos primeiros, há gasto público. Trata-se de 
ressarcimento. 
III – na ordem crescente dos prazos de prescrição; Pois, evita-se a prescrição 
dos créditos mais antigos. 
IV – na ordem decrescente dosmontantes. Isto é: deve-se pagar primeiro os 
créditos maiores. 
As modalidades de pagamento estão definidas no artigo nº 162 do CTN: em 
moeda corrente, cheque ou vale postal. Nos casos em que exista previsão legal, o 
pagamento pode ser efetuado em estampilha, papel selado ou através de processo 
mecânico. 
Art. 162. O pagamento é efetuado: 
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; 
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por 
processo mecânico. 
§ 1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o 
pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou 
mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. 
 § 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate 
deste pelo sacado. 
7 
 
 § 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a inutilização 
regular daquela, ressalvado o disposto no artigo 150. 
 § 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta 
modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos expressamente 
previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja imputável à 
autoridade administrativa. 
 § 5º O pagamento em papel selado ou por processo mecânico equipara-se 
ao pagamento em estampilha. 
O contribuinte tem direito a restituição dos valores pagos erroneamente, 
independente da modalidade do pagamento. A restituição também alcança o 
pagamento errôneo dos juros e da multa, conforme traz os artigos 165 à 167 do CTN 
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, 
à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu 
pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: 
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o 
devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou 
circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; 
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota 
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência 
de qualquer documento relativo ao pagamento; 
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. 
 Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, 
transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem 
prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a 
terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. 
A restituição também alcança o pagamento errôneo dos juros e da multa, 
conforme traz o artigo nº 167 do CTN: 
Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na 
mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo 
as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da 
restituição. 
Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do 
trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. 
Além disso, o fisco prevê no art. 168 do CTN, que o direito de solicitar a 
restituição do crédito, se extingue em 5 (cinco) anos contados da data da extinção do 
crédito tributário. 
 Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do 
prazo de 5 (cinco) anos, contados: 
8 
 
I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito 
tributário; (Vide art 3 da LCp nº 118, de 2005) 
II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva 
a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha 
reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. 
Nos casos em que o crédito foi levado a discussão, o prazo é de cinco anos 
contados a partir da data da decisão definitiva referente a esfera administrativa. No 
caso de processo judicial, o prazo inicia-se a partir da data da decisão transitada em 
julgado. 
 
2.1.2 Compensação 
 
É a modalidade de extinção do crédito tributário no qual o contribuinte tem 
valores a receber do Fisco e tem débitos a pagar ao mesmo. Ou seja, ao invés de 
receber o crédito no qual tem direito, o contribuinte abate-o dos débitos devidos. Esta 
prática é popularmente conhecida como o encontro de contas, o encontro de débitos 
e créditos. 
A compensação é uma forma de extinção do crédito tributário vantajosa tanto 
para o contribuinte como para o Fisco. Através dela, o contribuinte evita um novo 
desembolso financeiro e o Fisco economiza os custos com um processo. 
De acordo com o art. 170 do CTN, a possibilidade de compensação do tributo 
deve estar prevista na legislação. Além disso, não se pode compensar créditos 
duvidosos. Ou seja, se o crédito é oriundo de processo judicial, não pode ser utilizado 
para fins de compensação. A ação correta é aguardar o trânsito em julgado: 
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou 
cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar 
a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, 
vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. 
(Vide Decreto nº 7.212, de 2010) 
 Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei 
determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não 
podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% 
(um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação 
e a do vencimento. 
 Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de 
tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito 
em julgado da respectiva decisão judicial. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp118.htm#art3
9 
 
 
2.1.3 Transação 
 
A transação é uma modalidade de extinção do crédito tributário que se 
caracteriza pela celebração de um acordo entre o Fisco e o contribuinte, tendo como 
finalidade a prevenção ou o encerramento de litígios, ou seja, as pendencias 
referentes a uma ação. 
O art. 171 do CTN permite que o Fisco e o contribuinte celebrem a modalidade 
de transação, mediante cessões recíprocas que resultem na extinção do crédito 
tributário. 
A “transação é acordo” (Machado, 2015, p. 221) que “importe em terminação 
de litígio e consequente extinção da obrigação tributária” (Amaro, 2014, p. 415). 
A legislação que irá indicar a autoridade competente para validar a transação, 
portanto, somente a lei está apta para tal indicação. 
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos 
ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante 
concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente 
extinção de crédito tributário. 
 Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar 
a transação em cada caso. 
 
2.1.4 Remissão 
 
A remissão é a modalidade de extinção do crédito tributário que ocorre por meio 
do perdão, ou seja, a dispensa de débito, a liberação da dívida pelo Fisco. 
Seu estabelecimento depende da existência de lei que o permita, ou seja, a 
remissão não pode ser instituída por decretos, portarias, entre outros senão pela 
própria lei. A remissão pode ocorrer pelo valor total ou parcial, e não deve ser 
confundida com remição, que se trata de um pagamento, do resgate de uma dívida. 
Previstas no art. 172 do CTN, são fundamentos para concessão da remissão: 
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por 
despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, 
atendendo: 
I - à situação econômica do sujeito passivo; 
10 
 
II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de 
fato; 
III - à diminuta importância do crédito tributário; 
IV - a considerações de equidade, em relação com as características 
pessoais ou materiais do caso; 
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade 
tributante.Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, 
aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. 
O parágrafo único expressa que a remissão não gera direito adquirido ao 
contribuinte. 
 
2.1.5 Prescrição 
 
A partir do fato gerador nasce a obrigação tributária, consequentemente, se faz 
o lançamento, que resulta no crédito tributário. Caso o contribuinte não liquide aquele 
débito, o Fisco tem direito de cobrá-lo em juízo, ocorrendo assim a cobrança através 
da execução fiscal. 
A prescrição é uma modalidade de extinção do crédito tributário que extingue a 
obrigação tributária já formalizada, ou seja, a ação de cobrança devidamente 
constituída através do lançamento. 
Previsto no art. 174 do CTN, só estará extinto o crédito tributário caso o Fisco 
deixe de efetuar a execução fiscal no prazo legal, ou seja, ele tem o prazo de cinco 
anos para cobrar judicialmente aquele crédito tributário. 
O prazo inicia-se a partir da data em que o crédito foi constituído de forma 
definitiva, ou seja, atingido esse prazo, o Fisco sofre a perda do direito em discuti-lo 
ou cobrá-lo através de processo administrativo e judicial: 
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco 
anos, contados da data da sua constituição definitiva. 
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: 
I - pela citação pessoal feita ao devedor; 
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
II - pelo protesto judicial; 
11 
 
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em 
reconhecimento do débito pelo devedor. 
O parágrafo único apresenta as hipóteses de interrupção do referido prazo, 
significando que nestes casos passarão a contar do zero novamente. 
 
2.1.6 Decadência 
 
Diferentemente da prescrição, a extinção da relação tributária na decadência 
ocorre antes do lançamento. 
A decadência é a modalidade que consiste na perda do direito de constituir o 
crédito tributário através do lançamento, ou seja, caso o Fisco não efetue o 
lançamento do crédito tributário dentro do prazo decadencial, este será extinto. 
Desta forma, o artigo 173 do CTN dispõe sobre a constituição do crédito 
tributário (decadência), enquanto o artigo 174, dispõe sobre a cobrança do crédito 
tributário (prescrição). 
Vejamos o referido art. 173 do CTN, que define as regras para contagem do 
prazo decadencial: 
 Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário 
extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia 
ter sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por 
vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se 
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em 
que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao 
sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao 
lançamento. 
 
2.1.7 Conversão de depósito em renda 
 
A conversão de depósito em renda é uma das modalidades de extinção do 
crédito tributário. Ela ocorre quando o contribuinte discute em juízo a exigência de 
certo tributo. 
12 
 
Enquanto o tributo está sendo discutido, o contribuinte efetua o depósito do 
valor correspondente. Quando ocorrer o trânsito em julgado da respectiva ação, caso 
esta seja favorável ao Fisco, o juiz determina que o valor depositado seja convertido 
em renda, ou seja, dinheiro ao cofres públicos, tornando assim extinto o crédito 
tributário. 
Entretanto, caso a ação seja favorável ao contribuinte, este tem direito de 
reaver os valores, efetuando o levantamento dos depósitos. 
 
2.1.8 Pagamento antecipado e a homologação do lançamento 
 
Trata-se de uma modalidade de extinção do crédito tributário no qual o 
lançamento é feito por homologação. 
O crédito tributário é constituído através da apuração do tributo, a transmissão 
da obrigação acessória e prosseguindo com o pagamento, ficando pendente apenas 
a homologação por parte do Fisco. 
Por este motivo, considera-se que o pagamento foi antecipado, pois, o mesmo 
ocorre antes do lançamento. Vale ressaltar, que a referida extinção do crédito 
tributário ocorre com a homologação do lançamento, e não apenas com o pagamento 
do tributo. 
 
2.1.9 Consignação em pagamento 
 
A consignação em pagamento é uma modalidade de extinção do crédito 
tributário, utilizada nos casos em que o contribuinte está disposto a pagar, mas não 
concorda com o valor proposto pelo Fisco. 
Nesta situação, o contribuinte entra com processo na esfera judicial e consigna 
o valor do tributo que entende como devido. Ele utiliza tal medida pois não existe outra 
forma de liquidar o débito, pois o Fisco não aceita tal pagamento. 
À medida em que é feita a consignação em pagamento, o crédito tributário é 
extinto. O art. 164 do CTN, apresenta os casos em que é devida a consignação: 
 Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada 
judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: 
13 
 
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro 
tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; 
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências 
administrativas sem fundamento legal; 
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo 
idêntico sobre um mesmo fato gerador. 
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se 
propõe pagar. 
 § 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e 
a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a 
consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de 
mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. 
De acordo com o parágrafo 2º, se a ação for julgada como aceita pelo Fisco, o 
valor consignado é convertido em renda os cofres públicos. Caso contrário, o 
contribuinte deverá pagar a diferença, acrescida de juros, correções monetárias e 
multa, se houver. 
 
2.1.10 Decisão administrativa irreformável 
 
Trata-se da decisão final do processo administrativo, que concorda com a 
inexistência do fato gerador, resultando assim na anulação do lançamento e 
consequentemente na extinção do crédito tributário. 
A posição da Administração é confirmada em última instancia e, portanto, 
irreformável, ou seja, a decisão é definitiva e está impossibilitada de ser analisada 
novamente, assim como não pode ser mais objeto de ação anulatória posteriormente. 
 
2.1.11 Decisão judicial passada em julgado 
 
A decisão judicial passada em julgado consiste na extinção do crédito tributário 
pois não cabe mais nenhum recurso aquela decisão. Caso a esfera judicial julgue o 
lançamento como inválido, ele é anulado e o crédito tributário é extinguido. 
A extinção ocorre quando o judiciário reconhece em última instância, que o 
crédito tributário não é devido pelo contribuinte. 
 
14 
 
2.1.12 Dação em pagamento 
 
A dação em pagamento é a modalidade de extinção do crédito tributário, no 
qual a lei permite que seja dado um bem imóvel como forma de quitação de um tributo. 
Foi introduzida ao Código Tributário Nacional através da Lei Complementar nº 
104, de janeiro de 2001. Resumidamente, é a liquidação do tributo efetuada através 
de um bem imóvel, que não seja dinheiro em espécie. 
De acordo com Leandro Paulsen (2013, p. 1109), “A dação em pagamento 
implica a entrega de bens pelo contribuinte para a quitação dos débitos tributários. 
Tendo em conta que a obrigação tributária é sempre em dinheiro, faz-se a avaliação 
do bem para fins de imputação na dívida do contribuinte.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3 Conclusões 
 
Diante de todo exposto,foi verificado que existe no Código Tributário Nacional 
doze causas de extinção do crédito tributário. No decorrer do trabalho, foram 
apresentadas todas estas possibilidades em que podem ocorrer a extinção do crédito. 
Conforme apresentado, são hipóteses de extinção do crédito tributário: o 
pagamento, a compensação, a transação, remissão, a prescrição e a decadência, a 
conversão de depósito em renda, o pagamento antecipado e a homologação do 
lançamento, a consignação em pagamento, a decisão administrativa irreformável, a 
decisão judicial passada em julgado, e, por fim, a dação em pagamento em bens 
imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. 
Conclui-se, portanto, que o crédito tributário é essencial para o Fisco e existem 
diversas formas para que ocorra a sua extinção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Referências 
 
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. 
BRASIL. Presidência da República. LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966. 
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito 
tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>. Acessado em: 5 jun. 2020. 
 
CASSONE, Vittório. Direito Tributário. 28. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 36. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2015. 
PAULSEN, Leandro. Direito tributário Constituição e Código Tributário à luz da 
doutrina e da jurisprudência. 15. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 
2013. 
PAULSEN, Leandro. Curso de Direito Tributário Completo. 8. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2017. 
SABBAG, Eduardo. Direito Tributário Essencial. 6. ed. rev., atual. e ampl. São 
Paulo: Método, 2018.

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