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AS 7.3 PUERICULTURA 2020-1ºsemestre POR QUE FAZER PUERICULTURA? Diminuir mortalidade infantil Estratificação de risco Rastreamento populacional Orientação antecipatória Promoção de saúde Protocolos de Atendimento Os municípios e a União, através de suas Secretarias ou do Ministério da Saúde, criam ou compilam protocolos de atendimento de forma a garantir uma assistência adequada e homogênea de suas crianças Utilizaremos, aqui, o do Ministério, o Caderno de Atenção Básica nº 33 e outras fontes de dados. Número Ideal de Consultas MUITOS GUIDELINES POUCAS EVIDÊNCIAS Número de Consultas O número ideal de consultas nunca foi estabelecido e talvez nunca seja em virtude das dificuldades técnicas e éticas em realizar estudos controlados. (Blank, 2003) MINISTÉRIO DA SAÚDE (2012): primeira semana de vida 1 mês 2 meses 4 meses 6 meses 9 meses 12 meses 18 meses 24 meses - Anual desde então... Número de Consultas A Consulta de Puericultura PRIMEIRA CONSULTA CONSULTAS SUBSEQUENTES Consulta Inicial - Anamnese Condição Experiência com a condição Saúde Amamentação Higiene Bucal Pré Natal; Parto Triagens Neonatal Antecedente Familiar Imunizações (Evid. A) Sono Segurança (Evid. A) Eliminações Rastreamento para blues/depressão puerperal (Evid. B) Chegada do bebê na família Dúvidas e medos Dados Antropométricos - Peso, Altura, IMC, PC Estado geral; Hidratação; corado; cianose, icterícia (zonas de Kramer), Temperaura. Exame Físico - 1a consulta 9 Cabeça: face, fontanelas, olhos (reflexo vermelho), orelhas (otoscopia), nariz, boca (língua, frênulo lingual, palato, gengivas) Exame Físico - 1a consulta Tratamento: frenotomia Pode ser realizado na UBS 10 Pescoço - linfonodomegalias, torcicolo congênito, fratura de clavículas. Exame Físico - 1a consulta 11 Tórax - inspeção, ausculta cardíaca (sopros) e respiratória Exame Físico - 1a consulta 12 abdome - hérnia, loja renal, distensão, massas, coto umbilical genitália - características: Testículos (H), Sinéquias (M), Fimose, Hérnia inguinal, higiene, Dermatite de fraldas, Ânus e reto Membros - Número de dedos, perfusão, tônus Coluna - Suspeita de espinha bífida oculta Reflexos - Escala de Denver (ex. Moro, Esgrimista, Galant) Exame Físico - 1a consulta 13 Espaço de Conversa para Dúvidas e Angústias Demandas da Família Desenvolvimento NeuroPsicoMotor Alimentação Imunizações Suplementação Segurança Exame Físico Focado Consulta Seguintes A repetição do exame completo em todas as consultas não está justificada (USPSTF 2012) [C] Peso, Estatura PC até 2 anos Ortolani: até 2 meses [D] Ausculta cardíaca: 3x no 1º semestre, final do 1º ano, idade pré escolar e na entrada escolar [D] Exame Físico Focado Ganho Ponderal: 1º trim – 25 a 30g/dia 2º trim – 20g/dia 3º trim – 15g/ dia 4º trim – 10g/dia Peso: x2 no 4º - 5º mês x3 com 01 ano x4 com 02 anos Estatura: 1º sem – 15cm 2º sem – 10cm 01 a 03 anos – 10cm/ano Antropometria Ganho Ponderal: 1º trim – 25 a 30g/dia 2º trim – 20g/dia 3º trim – 15g/ dia 4º trim – 10g/dia Peso: x2 no 4º - 5º mês x3 com 01 ano x4 com 02 anos Estatura: 1º sem – 15cm 2º sem – 10cm 01 a 03 anos – 10cm/ano E sem curva??? VISÃO: As evidências atuais não determinam a efetividade de testes para a prevenção de deficiências visuais; Recomendações para: reflexo vermelho, estrabismo, acuidade visual. AUDIÇÃO: triagem auditiva neonatal (teste da orelhinha) preferencialmente até o final do 1º mês Testes Específicos PA: aos 3 anos e na idade escolar (sem estudos bem delineados) CRIPTORQUIDIA: Se testículos não palpáveis na 1ª consulta ou retráteis, o avaliar nas seguintes; se ausentes aos 6 meses, Cirurgia Pediátrica. DISPLASIA CONGENITA DE QUADRIL- manobra de Ortolani /Barlow Testes Específicos Exames Complementares EM CRIANÇAS ASSINTOMÁTICAS, NÃO HÁ EVIDÊNCIAS!!!! Diminuição de morbidade relacionada a infecções Redução de hospitalizações Redução de alergias, asma e sibilos recorrentes; Redução da obesidade Desenvolvimento intelectual Involução uterina mais rápida Praticidade e economia Aleitamento Materno - Benefícios Deve ser mantido de forma exclusiva até os 6 meses e de forma complementar até os 2 anos de idade ou mais (OMS). A livre demanda deve ser incentivada. As dificuldades na amamentação (que são FREQUENTES!!!) devem ser identificadas e cuidadas de forma rápida para evitar o desmame precoce. Aleitamento Materno Licença Maternidade 120 dias (~4 meses) pela Constituição Federal/CLT 180 dias (~6 meses) a depender de qual emprego (órgãos públicos e Programa Empresa Cidadã) Licença Paternidade 5 dias pela CF 20 dias a depender de qual emprego (órgãos públicos e Programa Empresa Cidadã) Aleitamento Materno Para crianças em aleitamento materno exclusivo: a partir dos 6 meses Devem ser introduzidas gradativamente em variedade e consistência, dos seguintes grupos: frutas cereais/raízes/tubérculos leguminosas (grupo dos feijões) legumes/verduras carnes/ovos Introdução alimentar Para o caso do aleitamento materno não ser possível em crianças abaixo dos 4 meses (desmame precoce ou contra-indicado): 1a opção: Fórmula infantil (preparada conforme rótulo) OU 2a opção: Leite de vaca (líquido ou em pó) diluído 2/3 de leite + 1/3 de água + óleo (1 colher de chá pra cada 100 mL) Oferecer água durante os intervalos. Crianças menores de 4 meses não-amamentadas Para o caso do aleitamento materno não ser possível em crianças abaixo dos 4 meses (desmame precoce ou contra-indicado): 1a opção: Fórmula infantil (preparada conforme rótulo) OU 2a opção: Leite de vaca (líquido ou em pó) - não precisa mais diluir. Oferecer água durante os intervalos. Crianças entre 4 e seis meses não-amamentadas Para crianças em uso de fórmula infantil: a partir dos 6 meses Para crianças em uso de leite de vaca: a partir dos 4 meses Devem ser introduzidas gradativamente em variedade e consistência, dos seguintes grupos: frutas cereais/raízes/tubérculos leguminosas (grupo dos feijões) legumes/verduras carnes/ovos Introdução alimentar em crianças não-amamentadas Rastreamentos EM CRIANÇAS ASSINTOMÁTICAS, NÃO HÁ EVIDÊNCIAS!!!! Suplementações FERRO VITAMINA A VITAMINA D FERRO: 1-2 mg de Fe elementar/kg de 6 a 24 meses (se em AME ou fórmula até 6 meses, se nascido a termo e AIG) VITAMINA A: suplementar em regiões carentes VITAMINA D: 200 a 400UI/dia com os seguintes fatores de risco: prematuridade, pele escura, exposição inadequada à luz solar (por hábitos culturais ou porque se use filtro solar em todos os passeios ao ar livre) e filhos de mães vegetarianas estritas que estejam sendo amamentados Suplementações Vacinação BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, 33) Manual técnico: saúde da criança e adolescente nas Unidades Básicas de Saúde / Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família. – 4. ed. - São Paulo: SMS, 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Programa Nacional de Suplementação de Ferro: manual de condutas gerais. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. 2019. Referências Bibliográficas
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