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Aminoácidos e proteínas

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AA E P
Aa: compostos orgânicos que apresentam em sua estrutura molecular um grupo f amina (NH2) e um grupo carboxila (COOH), além dum R que irá diferenciar as propriedades das p e uma ligação de H. 
· Existem 20 tipos de aa constituintes de p em mamíferos 
· O C alfa encontra-se entre os grupos carboxila e amina. Com exceção da glicina (R é um H), os C alfa são assimétricos, possuindo 4 ligantes diferentes -> esses apresentam isômeros opticamente ativos, D e L, que são imagens especulares um do outro. 
· Aa essenciais: não são sintetizados no organismo, devendo estar presentes na dieta (ovos, leite, carne) -> 8 a 9 AA.
· Aa não essenciais: o organismo sintetiza -> leu, fenilalanina, metionina -> 10 a 12 AA.
· Os aa são solúveis em T. ambiente, solúveis em água e pouco solúveis em compostos inorgânicos e são anfóteros (quando em solução com pH neutro, funcionam como Á ou b adquirindo carga elétrica -> amino protonado NH3+ e carboxila desprotonada COO-) 
· Aa apolares: possuem o grupo R com caráter hidrocarboneto, ou seja, que não interage com a água -> glicina, leu, alanina 
· Aa polar: possui na cadeia R grupos com carga elétrica líquida ou carga residual e, assim, são capazes de interagir com a água: 
- Aa básicos: carga + -> lisina, arginina, histina 
- Aa Á: carga - -> aspartato, glutamato 
- Aa polares sem carga: não apresentam carga líquida -> glutamina, serina, tirosina 
· As cargas elétricas dos AA variam com pH:
- Á: os 2 grupos estão protonados 
- Alcalino: ambos estão desprotonados 
- Neutro: o aa apresenta-se como um íon dipolar 
· Ligação peptídica: grupo amino dum aa liga-se com um grupo carboxila de outro aa, liberando água
P: são macromoléculas formadas por uma ou + cadeias polipeptídicas, normalmente, possuem + de 50 aa e desempenham f específicas 
· Níveis de organização: 
- Primária: polipeptídio de estrutura plana; por convenção é escrita N-terminal (amino) -> C-terminal (carboxila); são encontradas ligações polipeptídicas e podem ocorrer ligações dissulfeto. OBS: ligação dissulfeto -> muitas p extracelulares são estabilizadas por essa ligação, como a albumina (p do plasma sanguíneo que funciona como transportadora duma grande variedade de M) 
- Secundária: forma que a cadeia polipeptídica assume no espaço 
* Alfa-hélice: é conferida através do ângulo de torção que os resíduos de aa apresentam na ligação peptídica, estabilizada por ponte de H entre o “O” do grupo carboxila dum aa com o grupo amino de outro. 
* Beta-pregueada: ocorre entre 2 cadeias peptídicas dentro da M protéica, resultante entre pontes de H entre elas, resultando num dobramento entre os aa sobre si formando um ângulo característico que lembra as folhas pregueadas de formulários contínuos. 
* Também é possível que uma p apresente os 2 tipos de organização secundária dentro da M. 
- Terciária: descreve o dobramento final da cadeia polipeptídica por interação de regiões com estrutura regular ou indefinida -> segmentos distantes da estrutura primária podem-se aproximar-se ou interagir por intermédio de ligações não covalentes entre as cadeias laterais de resíduos de aa -> ligações fracas quando comparadas a ligações covalentes que permitem a manutenção dos dobramentos. 
* Pontes de H: estabelecidas entre os grupos R de aa polares com ou sem carga -> não apresentam um padrão regular de disposição 
* Ligações hidrofóbicas: formadas entre cadeias laterais hidrofóbicas das cadeias apolares de aa -> não interagem com a água e aproximam-se reduzindo-as a A apolar exposta ao solvente -> consequência da presença da M proteica no ambiente aquoso C -> localizadas no interior apolar da M proteica -> essa interação é importante para a manutenção da conformação espacial das p 
* Ligações iônicas ou salinas: interação de grupos com cargas opostas que colabora da cadeia polipeptídica quando ocorrem no interior apolar da p. 
- Quaternária: associação de 2 ou + cadeias polipeptídicas para compor uma p F -> mantida por ligações não covalentes entre as cadeias 
· Classificação quanto à forma: 
- P globulares: possuem forma esférica, solúveis em solventes aquosos, possuem f dinâmicas diversas -> essa forma esférica é resultante do enovelamento da cadeia polipeptídica 
- P fibrosas: possuem formato cilíndrico, apresentam baixa solubilidade em água e possui f estruturais 
· P conjugadas: Hb, GP, lipoproteína 
- Muitas p contêm resíduos de determinados aa modificados que se formam a partir duma alteração enzimática de aa comuns, durante a incorporação na cadeia polipeptídica, durante a síntese proteica. Apresentam em sua composição, moléculas não proteicas ligadas de forma covalente ou não aos aa das p (grupos prostéticos) 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO
· Metabolismo do N: o catabolismo dos aa é parte do processo maior do metabolismo dos compostos nitrogenados. O N entra no organismo numa variedade de compostos presentes nos alimentos, os + importantes sendo os aa contidos nas p da dieta. O N deixa o organismo na forma de ureia, amônia e outros produtos derivados do metabolismo dos aa. O papel das p C nessas transformações envolve 2 conceitos importantes: o conjunto (pool) dos aa e a renovação das p.
· Conjunto de aa: os aa livres estão presentes em todo o organismo, como p. ex., nas células, no sangue e nos fluidos extracelulares. Esse conjunto provém de 3 fontes: 
1) aa liberados pela hidrólise das p t; 
2) aa derivados de p da dieta; e 
3) aa não essenciais sintetizados a partir de intermediários simples do metabolismo. 
Por sua vez, esse conjunto pode ser desgastado de 3 formas: 
1) síntese de p para o organismo; 
2) utilização para síntese de pequenas M nitrogenadas essenciais; e 
3) conversão dos aa em glicose, glicogênio, Á graxos, corpos cetônicos ou CO2.
· Em indivíduos saudáveis e bem-alimentados, a entrada de aa no conjunto está equilibrada com a saída, ou seja, a quantidade de aa do conjunto é constante. Por isso, costuma-se dizer que o conjunto de aa está em estado de equilíbrio, e diz-se que o indivíduo está com o balanço nitrogenado equilibrado.
· Digestão: as p são geralmente grandes demais para serem absorvidas pelo intestino. (Nota: um ex. de exceção a essa regra é o caso de RN, que podem absorver ac maternos presentes no leite, quando amamentados.) As p, portanto, devem ser hidrolisadas, produzindo di e tripeptídeos, além de aa livres, compostos estes que podem ser absorvidos. As enzimas proteolíticas responsáveis pela degradação das p são produzidas por 3 diferentes órgãos: estômago, pâncreas e intestino delgado
· Digestão das p pela secreção gástrica: a digestão das p começa no estômago, que secreta o suco gástrico – uma solução ímpar, HCl e a pró-enzima pepsinogênio.
· HCl: o Á contido na secreção gástrica está muito diluído (pH 2 a 3) para hidrolisar p. O Á secretado pelas células parietais tem, contudo, outras f: matar algumas bactérias e desnaturar p, tornando-as assim + suscetíveis à hidrólise subsequente por proteases.
· Pepsina: a pepsina é uma endopeptidase estável em meio Á, secretada pelas células principais do estômago na forma de zimogênio inativo (ou pró-enzima), o pepsinogênio. Em geral, os zimogênios contêm aa adicionais em suas sequências, o que os impede de serem cataliticamente ativos. (Nota: a remoção desses aa permite o dobramento correto necessário para ativação da enzima). O pepsinogênio é ativado produzindo pepsina, seja pelo HCl ou de modo autocatalítico por outra molécula de pepsina já ativada. A pepsina libera peptídeos e poucos aa livres a partir das p da dieta.
· Digestão de p por enzimas pancreáticas: ao entrar no intestino delgado, os grandes polipeptídeos produzidos no estômago pela ação da pepsina são clivados por um grupo de proteases pancreáticas, resultando em oligopeptídeos e aa. 
· E: cada uma dessas enzimas apresenta diferente E para cada grupo R dos resíduos de aa adjacentes à ligação peptídica suscetível. Por ex., a tripsina cliva apenas quando o grupo carbonila da ligação peptídicaé fornecido pela arginina ou pela lisina. Essas enzimas, assim como a pepsina, são sintetizadas e secretadas na forma de zimogênios inativos.
· Liberação de zimogênios: a liberação e a ativação dos zimogênios pancreáticos é mediada pela secreção de CCK e de secretina, 2 H polipeptídicos do T digestório.
· Ativação dos zimogênios: a enteropeptidase (anteriormente chamada de enterocinase) – uma enzima sintetizada por células da mucosa intestinal e ali presente na S luminal da M em forma de escova – converte o zimogênio pancreático tripsinogênio em tripsina pela remoção dum hexapeptídeo da extremidade –NH2 do tripsinogênio. Posteriormente, a tripsina converte outras M de tripsinogênio em tripsina pela clivagem dum nº limitado de ligações peptídicas específicas no tripsinogênio. A enteropeptidase, desse modo, desencadeia uma cascata de atividades proteolíticas, pois a tripsina é o A comum de todos os zimogênios pancreáticos 
· Anormalidades na digestão de p: em indivíduos com deficiência na secreção pancreática (p. ex., devido à pancreatite C, à FC ou à remoção cirúrgica do pâncreas), a digestão e a absorção de gorduras e p são incompletas. Isso resulta no aparecimento anormal de lipídeos (denominado esteatorreia) e de p não digeridas nas fezes.
· Digestão de oligopeptídeos por enzimas do intestino delgado: a S luminal do intestino contém a enzima aminopeptidase – uma exopeptidase que cliva repetidamente o resíduo N-terminal dos oligopeptídeos, produzindo peptídeos ainda menores e aa livres.
· Absorção de aa e pequenos peptídeos: os aa livres são captados pelos enterócitos por meio dum S de transporte secundário ligado ao Na+ da M apical. Os dipeptídeos e os tripeptídeos, por outro lado, são captados por um S de transporte ligado a H+. Os peptídeos são hidrolisados no citosol, produzindo aa, antes de serem liberados para o S porta por difusão facilitada. Desse modo, apenas os aa livres são encontrados na v. porta após uma refeição contendo p. Esses aa são metabolizados pelo fígado ou liberados na circulação G. (Nota: os aa de cadeia ramificada são ex. importantes de aa não metabolizados pelo fígado; em vez disso, são enviados do fígado principalmente para o m., V circulação sanguínea.)
· TRANSPORTE DE AA PARA O INTERIOR DAS CÉLULAS: as [ ] de aa livres nos fluidos extracelulares são significativamente + baixas que aquelas dentro das células do organismo. Esse gradiente de [ ] é mantido por S de transporte ativo, impulsionados pela hidrólise do ATP, necessários para o movimento dos aa do espaço extracelular para dentro das células. Pelo menos 7 diferentes S de transporte são conhecidos, com E que se sobrepõem em relação aos diferentes aa. O intestino delgado e os túbulos proximais dos rins apresentam S de transporte em comum para a captação de aa; portanto, um defeito em qualquer desses S resulta na incapacidade de absorver determinados aa pelo intestino e pelos túbulos R. Por ex., um S de transporte é responsável pela captação de cistina e dos aa dibásicos ornitina, arginina e lisina (representados como “COAL”). Na D herdada cistinúria, esse S de carreador apresenta-se deficiente, resultando no aparecimento de todos os 4 aa na urina. A cistinúria ocorre com uma f de 1 em 7.000 indivíduos, o que a torna uma das D herdadas + comuns e o erro genético + comum no transporte de aa. A D expressa-se clinicamente pela precipitação de cistina, formando pedras R (cálculos) que bloqueiam o trato urinário. A hidratação O é parte importante do tratamento para essa D.
F DOS AA E P
AA: 
· Tampão 
· Forma as p
P:
· Enzimático: amilases, lipases 
· Transporte: Hb, albumina
· Contração muscular: miosina e actina
· Estrutura: colágeno, queratina, elastina 
· Proteção: Ig
· Coagulação sanguínea: fibrina 
· Hormonal: GH, insulina e glucagon 
SÍNTESE PROTEICA
· A informação genética, armazenada nos cromossomos e transmitida para as células filhas por meio da replicação de DNA, é expressa pela transcrição ao RNA e, no caso, RNAm, pela tradução subsequente em p. 
· A V de síntese protéica é chamada de “tradução” porque a “linguagem” da sequência nucleotídica no RNAm é traduzida pela linguagem da sequência de aa. 
· O processo necessita dum código genético, por meio do qual a informação contida na sequência de Á nucleicos é expressa para produzir uma sequência específica de aa. 
· Depois de sintetizadas, muitas p passam por modificações covalentes que ativam as enzimas, alterando a atividade protéica ou direcionando as p para seus destinos finais, intra ou extracelulares 
· Código genético: dicionário que identifica a correspondência entre uma sequência de b nucleotídeas e uma sequência de aa. Cada palavra individual do código possui 3 b nucleotídeas, chamadas códons. Características:
· E (um códon sempre codifica o mesmo aa) 
· Universalidade (conservação do código) 
· Degeneração 
· Sem sobreposição e contínuo (é lido a partir dum ponto inicial fixo)
· Códons: linguagem do RNA: A, G, C e U -> escritas da extremidade 5’ para 3’ -> existem 64 combinações diferentes de b -> códon de início e de parada (UAG, UGA e UAA – fim da síntese) 
· Consequências da alteração da sequência nucleotídica: a alteração duma única b pode causar: 
· Mutação silenciosa: o códon contendo a b alterada pode codificar o mesmo aa. 
· Mutação com perda de sentido: o códon contendo a b alterada pode codificar um aa diferente
· Mutação sem sentido: o códon contendo a b alterada pode tornar-se um códon de parada 
· Expansão de repetições trinucleotídicas: umas sequências de 3 b repetidas tendem a tornar-se amplificada em nº, de maneira que ocorrem muitas cópias duma trinca. Se isso ocorrer no âmbito da região codificante dum gene, a p irá conter muitas cópias extras dum aa. 
· Mutações em sítios de corte-junção: podem alterar a maneira pela qual os íntrons são removidos das M de pré RNAm, produzindo p aberrantes
· Mutações com alteração do módulo de leitura: se um ou 2 nucleotídeos são perdidos ou adicionados à região codificadora duma sequência m, ocorre mutação com alteração do módulo de leitura, o padrão de leitura é alterado. Isso pode resultar num produto com sequência de aa radicalmente diferente, ou num produto trincado devido a criação dum códon de terminação. Se 3 nucleotídeos forem adicionados, um novo aa é adicionado ao peptídeo; por outro lado, se 3 nucleotídeos forem deletados, um aa é perdido. Nesses casos, o padrão de leitura não é alterado (no caso da perda, pode resultar em sérias patologias) 
· Componentes necessários para a tradução: 
· AA: todos os aa que aparecem na p completa devem estar presentes no momento da síntese proteica – se estiver faltando algum aa, a tradução é interrompida no códon que especifica aquele aa. 
· RNAt: pelo menos um tipo específico por aa. São capazes de carregar um aa específico e reconhecer o códon para aquele aa – funcionam como M adaptadoras. 
· Cada M de RNAt possui um sítio de ligação para um aa específico (cognato) na sua extremidade 3’. 
· Anticódon: cada M de RNAt contém uma sequência de nucleotídeos de 3 b que reconhece um códon específico no RNAm. Esse códon especifica a inserção na cadeia peptídica em crescimento do aa carregado por aquele RNAt
· Aminoacil-RNAt sintetase: enzimas necessárias para a ligação do aa com seu RNAt correspondente. Cada membro dessa família irá reconhecer um aa específico e o RNAt que corresponde aquele aa (RNAt iso aceptor). Assim, essas enzimas implementam o código genético, pois atuam como dicionários moleculares que podem ler tanto o código de 3 letras dos Á nucleicos como o código de 20 letras dos aa. Cada enzima catalisa uma reação de 2 etapas que resulta na ligação covalente do grupamento carboxila dum aa à extremidade 3’ do seu RNAt correspondente. A reação G necessita de: ATP, que é clivado em AMP e pirofosfato i (PPi). Essa E da enzima no reconhecimento de aa e de RNAt correspondente contribui para a alta fidelidade de tradução da mensagemgenética -> elas também possuem atividade de revisão ou edição que pode remover aa mal carregados da enzima ou da M de RNAt 
· RNAm: o RNAm específico como M para a síntese da cadeia polipeptídica desejada deve estar presente 
· Ribossomos funcionalmente competentes: os ribossomos são grandes complexos de p e RNA ribossomal que consistem em 2u (grande e pequena – o tamanho é dado pelo coeficiente de sedimentação ou valores Svedberg) 
· RNAr: possuem regiões extensas de estrutura secundária resultantes do pareamento de b de sequências complementares de nucleotídeos em diferentes porções de M -> ribossomos eucarióticos possuem 4 RNAr e os procariotos 3 RNAr 
· P ribossomais: desempenham vários papéis na estrutura e f dos ribossomos e em suas interações com outros componentes do S de tradução 
· Sítio A: durante a tradução liga-se ao aminoacil-RNAt que está chegando, conforme instruído pelo códon que ocupa o sítio no momento -> esse códon especifica o próximo aa a ser adicionado na cadeia peptídica em crescimento. 
· Sítio P: o códon é ocupado pela peptidil-RNAt -> esse irá carregar a cadeia de aa já sintetizada 
· Sítio E: é ocupado pelo RNAt vazio, pois está prestes a deixar o ribossomo.
· Os ribossomos estão, na célula eucariota, livres no citosol ou em associação com o RER (que são responsáveis pela síntese de p que devem ser exportadas da célula, assim como daquelas destinadas a serem integradas às MP ou às M do RE ou do CG ou serem incorporadas aos lisossomos. 
· ATP e GTP: a clivagem de 4 ligações de alta E é necessária para a adição dum aa à cadeia polipeptídica em crescimento: 
· 2 de ATP na reação da aminoacil-RNAt-sintetase -> uma na remoção do PPi e uma na hidrólise subsequente do PPi a Pi pela pirofosfatase
· 2 de GTP -> uma para a ligação do aminoacil-RNAt ao sítio A e uma para a etapa de translocação 
· Reconhecimento dos códons: pareamento correto do códon do RNAm com o anticódon do RNAt 
· Ligação antiparalela entre o códon e o anticódon: RNAm é lido do 5’-> 3’, o RNAt é lido do 3’-> 5
· Hipótese do pareamento oscilante: mecanismo em que um RNAt pode reconhecer + dum códon para um determinado aa -> a b na extremidade 5’ do anticódon não é tão definida espacialmente como as 2 outras b. O movimento da 1ª b permite um pareamento de b não tradicional com a b 3’ do códon. Esse movimento é chamado de oscilação e permite que um único RNAt possa reconhecer + dum códon. 
· ETAPAS: 
· Iniciação: reunião dos componentes do S de tradução antes que ocorra a formação da ligação peptídica (RNAm e o aminoacil-RNAt, GTP, e F de iniciação que facilitam a montagem desse complexo) 
· Sequência do Shine-Dalgarno: sequência de b nucleotídeas ricas em purina, localizadas de 6 a 10 b acima do códon AUG na molécula de RNAm (próximo ao 5’) 
· Códon de iniciação: O códon AUG iniciador é reconhecido por um RNAt iniciador especial. O reconhecimento é facilitado por IF-2 (ligado a GTP) nos procariotos e por eIF2-GTP (+ eIFs adicionais) nos eucariotos. O RNAt iniciador carregado com o aa entra no sítio P na subunidade menor. Em bactérias e mitocôndrias, o RNAt iniciador carrega uma metionina N-formilada. O grupamento formila é adicionado à metionina após o aa ser ligado ao RNAt iniciador pela enzima transformilase, que utiliza N10-formil-tetra- hidrofolato como doador de C. Nos eucariotos, o RNAt iniciador carrega uma metionina não formilada. A subunidade ribossomal maior então junta-se ao complexo e um ribossomo F é formado com o RNAt iniciador carregado presente no sítio P e com o sítio A vazio. O GTP no (e) IF-2 é hidrolizado a GDP. Um F de permuta de nucleotídeos da G facilita a reativação do (e) IF-2-GDP.
· Alongamento: o alongamento da cadeia polipeptídica envolve a adição de aa à extremidade carboxila da cadeia em crescimento. Durante o alongamento, o ribossomo move-se da extremidade 5’ para a extremidade 3’ do RNAm que está sendo traduzido. O encaminhamento do aminoacil-RNAt cujo códon aparece a seguir no molde de RNAm no sítio A ribossomal é facilitado, em E. coli, pelos F de alongamento EF-Tu-GTP e EF-Ts e necessita da hidrólise de GTP. A formação das ligações peptídicas é catalisada pela peptidiltransferase, uma atividade intrínseca ao RNAr 23S encontrado na subunidade ribossomal maior (50S). Após a ligação peptídica ter sido formada, o composto que estava ligado ao RNAt no sítio P está agora ligado ao aa do RNAt do sítio A. O ribossomo então avança 3 nucleotídeos em direção à extremidade 3’ do RNAm. Esse processo é conhecido como translocação e, em procariotos, necessita da participação de EF-G-GTP e da hidrólise de GTP. A translocação induz o movimento do RNAt não carregado do sítio P para o sítio E e o movimento do peptidil-RNAt do sítio A para o sítio P. O processo é repetido até que um códon de terminação seja encontrado.
· Terminação: a terminação ocorre quando um dos 3 códons de terminação move-se para o sítio A. Esses códons são reconhecidos em E. coli pelos F de liberação: RF-1, que reconhece os códons de terminação UAA e UAG, e RF-2, que reconhece UGA e UAA. A ligação desses F resulta na hidrólise da ligação que une o peptídeo ao RNAt no sítio P, induzindo a p nascente a ser liberada do ribossomo. Um 3º F de liberação, RF- 3-GTP, induz então a liberação de RF-1 e RF-2, à medida que o GTP é hidrolisado. O polipeptídeo recém- sintetizado pode sofrer modificações adicionais, e as subunidades ribossomais, RNAm, RNAt e F proteicos podem ser reciclados e usados para sintetizar outro polipeptídeo. Além disso, a ricina (da mamona) é uma toxina muito potente, que exerce os seus efeitos pela remoção duma A do RNA ribossomal 28S, inibindo assim o funcionamento dos ribossomos eucarióticos.
· Polissomos: a tradução inicia na extremidade 5’ do RNAm, com o ribossomo seguindo ao longo da M de RNA. Devido ao C da maioria dos RNAm, geralmente + dum ribossomo de cada vez pode traduzir a mensagem. Tal complexo dum RNAm e vários ribossomos é chamado de polissomo ou polirribossomo. 
· Direcionamento proteico: embora a maior parte da síntese proteica ocorra no citoplasma das células eucarióticas, muitas p destinam-se a desempenhar as suas f fora da célula ou dentro de organelas C específicas. Tais p normalmente contêm sequências de aa que as direcionam para a sua localização final -> p direcionadas após a sua síntese (pós-traducionalmente) incluem p N, as quais contêm um pequeno sinal básico de “localização N”, e p mitocondriais, as quais contêm uma sequência anfipática em alfa-hélice de “entrada mitocondrial”.
· Regulação da tradução: a expressão gênica é + comumente regulada no nível transcricional; entretanto, a taxa de síntese proteica também é algumas vezes regulada. Um importante mecanismo pelo qual isso ocorre nos eucariotos é a modificação covalente de eIF-2 (o eIF-2 fosforilado é inativo). Tanto em eucariotos como em procariotos, a regulação pode ser conseguida também por meio de p que se ligam aos RNAm e inibem o seu uso pelo B da tradução ou permitem maior uso, protegendo-os da degradação.
· Modificação pós traducional das cadeias polipeptídicas: muitas cadeias polipeptídicas são modificadas covalentemente, tanto enquanto elas ainda estão ligadas ao ribossomo (modificações cotraducionais) como após a sua síntese ter sido completada (modificações pós-traducionais). Essas modificações podem incluir a remoção de parte da sequência traduzida ou a adição covalente dum ou + grupos químicos necessários para a atividade proteica. 
· Clivagem das extremidades: muitas p destinadas para secreção da célula são inicialmente produzidas como grandes M precursoras não funcionalmente ativas. Porções da cadeia proteica precisam ser removidas por endoproteases específicas, resultando na liberação da M ativa. O sítio C da reação de clivagem depende da p a ser modificada. Algumas p precursoras são clivadas no RE ou no aparelho de G, outras são clivadasnas vesículas secretoras em desenvolvimento e ainda outras, como o colágeno são clivadas após a secreção. Zimogênios são precursores inativos de enzimas secretadas (incluindo as proteases necessárias para a digestão). Eles se tornam ativos por meio de clivagem quando atingem os seus sítios de ação apropriados. Por ex., o zimogênio pancreático tripsinogênio é ativado produzindo a tripsina no intestino delgado. A síntese de proteases como zimogênios protege a célula de ser digerida pelos seus próprios produtos.
· Alterações covalentes: p podem ser ativadas ou inativadas pela ligação covalente duma variedade de grupos químicos.
· Fosforilação: a fosforilação ocorre nos grupos OH de resíduos de serina, treonina ou, menos frequentemente, nos resíduos de tirosina duma p. Essa fosforilação é catalisada por uma família de PK e pode ser revertida pela ação das proteína-fosfatases C. A fosforilação pode aumentar ou diminuir a atividade F da p.
· Glicosilação: muitas das p destinadas a constituírem parte da MP ou a serem secretadas da célula possuem cadeias de CHO ligados ao N amídico da asparagina (N-ligados) ou a grupos OH da serina, da treonina ou da hidroxilisina (O-ligados). A glicosilação com ligação ao N ocorre no RE e a glicosilação com ligação ao O ocorre no aparelho de G. A glicosilação é também usada para direcionar p para a M dos lisossomos. As hidrolases Á lisossomais são modificadas pela fosforilação de resíduos de manose no C6
· Hidroxilação: resíduos de prolina e lisina das cadeias (alfa?) do colágeno são intensamente hidroxilados no RE por hidroxilases dependentes de vitamina C.
· Outras modificações covalentes: essas podem ser necessárias para a atividade F duma p. Por ex., grupos carboxila adicionais podem ser inseridos em resíduos de glutamato por carboxilação dependente de vitamina K. Os resíduos de 􏰊(?)-carboxiglutamato (Gla) resultantes são essenciais para a atividade de várias das p da coagulação sanguínea. A biotina é ligada covalentemente a grupos 􏰐(?)-amino de resíduos de lisina de enzimas dependentes de biotina que catalisam reações de carboxilação, como a piruvato- carboxilase. A ligação de lipídeos, como os grupamentos farnesila, pode auxiliar na ancoragem de p às M. P histonas podem ser acetiladas de forma reversível. 
· Chaperonas: 
EXCESSO DE P 
· Os excessos de p são transformados em gorduras e, posteriormente, armazenados no tecido adiposo. Além disso, o S R é exigido além de suas necessidades rotineiras para metabolizar toda essa carga de p, podendo resultar em patologias C, 1x que as substâncias extras não aproveitadas, produtos finais do metabolismo proteico, serão eliminadas pela urina. 
· Não há nenhum benefício na ingestão excessiva de p, já que a E adicional vinda da p se transforma em gordura e é armazenada em depósitos SC. Além disso, o excesso de p pode ser prejudicial, pois sobrecarrega o fígado e os rins, já que grandes quantidades de subprodutos do metabolismo protéico (uréia, amônia e outros produtos nitrogenados) são eliminadas via urinária.
· Os excessos de ingestão de p, além da recomendação D, não respondem por estes resultados, já que o corpo não consegue armazenar este excesso. Como consequência, o que sobra é transformado em E ou gordura e o N é eliminado com a urina
· Aa glicogênicos: aa que no catabolismo irão produzir piruvato ou algum intermediário do ciclo cítrico -> esses substratos serão usados na gliconeogênese.
· Aa cetogênicos: produzem acetoacetato ou um dos precursores (acetil-CoA ou acetoacetil-Coa)
DEGRADAÇÃO E EXCREÇÃO DE P
Degradação e renaturação:
· P que sejam defeituosas, como, por ex., que apresentem dobramento errôneo, ou destinadas a uma reciclagem rápida são frequentemente marcadas para destruição por ubiquitinação – a ligação de cadeias duma pequena p altamente conservada, chamada de ubiquitina. P marcadas dessa forma são rapidamente degradadas por um componente C conhecido como “proteassomo” – um complexo S proteolítico macromolecular dependente de ATP localizado no citosol. 
· Variação de T.: favorece as vibrações no interior da M que interferem nas ligações não covalentes fracas e pontes dissulfeto.
· Variação de pH: altera as cargas elétricas das p e afetam as interações eletrostáticas
· Detergente: desfaz as interações hidrofóbicas e as ligações eletrostáticas no interior da p. 
· Solventes orgânicos: aumentam a ruptura das pontes de H e ligações hidrofóbicas
· A desnaturação pode levar a perda ou alteração da f ou pode ocorrer perda total da p
· Renovação das p: no organismo, a maioria das p é constantemente sintetizada e então degradada, permitindo a remoção de p anormais ou desnecessárias. Para muitas p, a regulação da síntese determina sua [ ] na célula, com a degradação proteica apresentando menor importância nessa avaliação. Para outras p, a V de síntese é constitutiva, ou seja, relativamente constante, e os níveis C da p são controlados por degradação seletiva.
· V de renovação: em adultos saudáveis, a quantidade total de p C permanece constante, pois a taxa de síntese proteica é suficiente apenas para substituir a p degradada. Esse processo, denominado renovação das p, leva à hidrólise e à ressíntese de 300 a 400 g de p C/d. A taxa de renovação das p varia amplamente de acordo com o tipo de p. As de curta duração (p. ex., muitas p reguladoras e p organizadas de forma errônea) são degradadas rapidamente, apresentando meias-vidas de min ou h. As de longa duração, com meias-vidas de d a semanas, constituem a maioria das p C. P estruturais, como o colágeno, são metabolicamente estáveis e apresentam meias-vidas de meses a anos.
· Degradação proteica: há 2 S enzimáticos principais, responsáveis pela degradação de p danificadas ou desnecessárias: o S ubiquitina-proteassomo, dependente de E (ATP), no citosol, e as enzimas degradativas dos lisossomos, não dependentes de ATP. Os proteassomos degradam principalmente p endógenas, ou seja, p sintetizadas dentro da própria célula. As enzimas lisossomais (hidrolases Á) degradam principalmente p extracelulares, como p plasmáticas, captadas pela célula por endocitose, e p de S da MC, utilizadas na endocitose mediada por R.
· Via proteolítica ubiquitina-proteassomo: as p destinadas à degradação pelo S ubiquitina-proteassomo são inicialmente ligadas covalentemente à ubiquitina, uma pequena p globular não enzimática. A ubiquitinação do substrato-alvo ocorre por meio da ligação da 􏰀(?)-carboxila da glicina C-terminal da ubiquitina a um grupo 􏰐(?)-amino duma lisina da p que serve de substrato, num processo de 3 etapas catalisado enzimaticamente e dependente de ATP. A adição consecutiva de porções ubiquitina gera uma cadeia de poliubiquitina. As p marcadas com ubiquitina são então reconhecidas por um grande complexo proteolítico macromolecular, com formato de barril, denominado proteassomo, que funciona como “lata de lixo”. O proteassomo desenrola, desubiquitina e corta a proteína-alvo em fragmentos, posteriormente degradados em aa, que entram no conjunto dos aa. (Nota: as ubiquitinas são recicladas). Deve-se observar que a degradação seletiva de p pelo complexo ubiquitina-proteassomo, ao contrário da simples hidrólise por enzimas proteolíticas, requer E na forma de ATP.
· Sinais químicos para a degradação proteica: 1x que as p apresentam meias-vidas distintas, é evidente que a degradação proteica não pode ser aleatória, mas deve ser influenciada por algum aspecto estrutural da p. Por ex., algumas p alteradas quimicamente por oxidação ou marcadas com ubiquitina são degradadas preferencialmente. A meia-vida duma p é influenciada pela natureza de seu resíduo N-terminal. Por ex., p que apresentam serina como o aa N-terminal têm maior duração, com meia-vida de + de 20 h. Em contraste, p com aspartato como o aa N-terminal apresentam meia-vida de apenas 3 min. Além disso, p ricas em sequênciascontendo prolina, glutamato, serina e treonina (denominadas sequências PEST, devido às designações duma letra para esses aa) são degradadas rapidamente e, portanto, apresentam meias-vidas intracelulares curtas.
· Renaturação: quando retiradas as condições desfavoráveis, algumas p conseguem reassumir a sua configuração nativa -> demonstra que a estrutura 3D da p é consequência de sua estrutura primária, ou seja, é determinada, unicamente, por sua sequência de aa. 
EXCREÇÃO 
· Remoção do N dos aa: a presença do grupo alfa-amino mantém os aa a salvo da degradação oxidativa. Sua remoção, essencial para a produção de E a partir de qualquer aa, é um passo obrigatório no catabolismo de todos os aa. 1x removido, esse N pode ser incorporado em outros compostos ou excretado, enquanto o esqueleto carbonado é metabolizado. A transaminação e a desaminação oxidativa – reações que fornecem, em última análise, a amônia e o aspartato, as 2 fontes de N para a ureia.
· Transaminação: o afunilamento dos grupos amino em direção à síntese de glutamato: o 1º passo no catabolismo da maioria dos aa é a transferência de seus grupos alfa-amino para o alfa-cetoglutarato. Os produtos são um alfa-cetoácido (derivado do aa original) e o glutamato. O alfa-cetoglutarato desempenha papel C no metabolismo dos aa, aceitando grupos amino da maioria dos aa e transformando-se no glutamato. O glutamato produzido por transaminação pode ser desaminado oxidativamente ou utilizado como doador de grupo amino na síntese de aa não essenciais. Essa transferência de grupos amino dum esqueleto carbonado para outro é catalisada por uma família de enzimas denominadas aminotransferases (anteriormente chamadas transaminases). Essas enzimas são encontradas no citosol e na mitocôndria das células em todo o organismo – especialmente aquelas do fígado, rins, intestino e m. Todos os aa, com exceção da lisina e da treonina, participam em transaminações em algum ponto de seus catabolismos.
Ciclo da al: existe um grupo de aminotransferases musculares que usa piruvato (que também é um alfa- cetoácido) como aceitador de amina. O aa produzido por estas (a al), é lançado para a corrente sanguínea e absorvido pelo fígado, onde é transaminado a piruvato, que será usado na gliconeogênese. A glicose assim
produzida é depois oxidada a piruvato pelo m., completando o ciclo da alanina. O grupo amina é depois utilizado para a síntese da uréia. O resultado do ciclo da al é o transporte de N do m. para o fígado.
· E das aminotransferases quanto a seus substratos. Cada aminotransferase é específica para um ou, no máximo, uns poucos doadores de grupos amino. As aminotransferases são designadas a partir do doador específico do grupo amino, pois o aceptor do grupo amino é quase sempre o alfa-cetoglutarato. As 2 reações + importantes de aminotransferases são catalisadas pela ALT e pela AST
· ALT: a ALT está presente em muitos tecidos. A enzima catalisa a transferência do grupo amino da al para o alfa-cetoglutarato, resultando na formação de piruvato e glutamato. A reação é facilmente reversível. Durante o catabolismo dos aa, no entanto, essa enzima (como a maioria das aminotransferases) funciona na direção da síntese de glutamato. Desse modo, o glutamato atua, efetivamente, como um “coletor” de N a partir da al.
· AST: a AST é uma exceção à regra de que as aminotransferases afunilam os grupos amino para formar glutamato. Durante o catabolismo dos aa, a AST transfere grupos amino do glutamato para o oxalacetato, formando aspartato, que é utilizado como fonte de N no ciclo da ureia
· Mecanismo de ação das aminotransferases: todas as aminotransferases requerem a co piridoxal-fosfato (um derivado da vitamina B6, que está covalentemente ligada ao grupo amino dum resíduo específico de lisina no sítio ativo da enzima. As aminotransferases atuam transferindo o grupo amino dum aa para a porção piridoxal da co, gerando piridoxamina-fosfato. A forma piridoxamina da co reage então com um alfa-cetoácido para formar um aa, ao mesmo t regenerando a forma aldeído original da co.
· Equilíbrio das reações de transaminação: para a maioria das reações de transaminação, a k de equilíbrio aproxima-se de 1, permitindo que a reação funcione em ambos os sentidos: degradação do aa pela remoção do grupo 􏰀(?)-amino (p. ex., após o consumo duma refeição rica em p) e biossíntese pela adição de grupos amino a esqueletos carbonados de alfa-cetoácidos
· Valor diagnóstico das aminotransferases p: as aminotransferases são, normalmente, enzimas intracelulares, de modo que os baixos níveis observados no plasma representam a liberação de conteúdos C durante a renovação C N. A presença de níveis p elevados de aminotransferases indica L em células ricas nessas enzimas.
· Glutamato-desidrogenase: em contraste com as reações de transaminação, que transferem grupos amino, a desaminação oxidativa pela glutamato-desidrogenase resulta na liberação do grupo amino como amônia livre (NH3). Essas reações ocorrem principalmente no fígado e no rim. Elas fornecem alfa- cetoácidos, que podem entrar nas V C do metabolismo energético, e amônia, fonte de N na síntese de ureia.
· Glutamato-desidrogenase: os grupos amino da maioria dos aa são, no final, afunilados na síntese de glutamato, por meio de transaminação com o alfa-cetoglutarato. O glutamato é singular: é o único aa que sofre rápida desaminação oxidativa – uma reação catalisada pela glutamato-desidrogenase. Portanto, a ação sequencial da transaminação (resultando na coleta de grupos amino de outros aa, que são inseridos no alfa-cetoglutarato, produzindo glutamato), com a subsequente desaminação oxidativa desse glutamato (regenerando alfa-cetoglutarato), fornece uma V por meio da qual os grupos amino da maioria dos aa podem ser liberados como amônia.
· Coenzimas: a glutamato-desidrogenase é incomum, pois pode utilizar tanto o NAD+ quanto o NADP+ como co. O NAD+ é utilizado principalmente na desaminação oxidativa (a perda de amônia acoplada à oxidação do esqueleto carbonado). Por sua vez, o NADPH é utilizado na aminação redutora (o ganho de amônia acoplado à redução do esqueleto carbonado).
· Sentido das reações: o sentido da reação depende das [ ] R de glutamato, alfa-cetoglutarato e amônia e da razão entre coenzimas oxidadas e r. Por ex., após a ingestão duma refeição contendo p, os níveis de glutamato no fígado estão elevados, e a reação ocorre no sentido da degradação de aa e da formação de amônia.
· Reguladores alostéricos: o GTP é inibidor alostérico da glutamato-desidrogenase, ao passo que o ADP é ativador dessa enzima. Desse modo, quando os níveis energéticos estão baixos na célula, a degradação dos aa pela glutamato-desidrogenase está aumentada, facilitando a produção de E a partir dos esqueletos carbonados derivados dos aa.
· D-aminoácido-oxidase: os D-aminoácidos são encontrados em plantas e nas paredes C de microrganismos, mas não são utilizados na síntese de p de mamíferos. No entanto, os D-aminoácidos presentes na dieta são eficientemente metabolizados pelo rim e pelo fígado. A D-aminoácido-oxidase (DAO) é uma enzima peroxissomal dependente de FAD que catalisa a desaminação oxidativa desses isômeros de aa, produzindo alfa-cetoácidos, amônia e peróxido de H. Os alfa-cetoácidos resultantes podem entrar nas V G do metabolismo dos aa, sendo novamente aminados em L-isômeros ou sendo catabolizados para produzir E.
· Transporte de amônia para o fígado: 2 mecanismos são utilizados em H para o transporte da amônia dos t P até o fígado para sua conversão final em ureia. O 1º, presente na maioria dos tecidos, utiliza glutamina- sintetase para combinar amônia (NH3) com glutamato e formar glutamina – forma não tóxica de transporte da amônia. A glutamina é transportada no sangue para o fígado, onde é clivada pela glutaminase para produzirglutamato e amônia livre. O 2º mecanismo de transporte, utilizado principalmente pelo m., envolve a transaminação do piruvato (produto final da glicólise aeróbia) para formar al. A al é transportada pelo sangue para o fígado, onde é novamente convertida em piruvato por transaminação. No fígado, a V da gliconeogênese pode utilizar o piruvato para sintetizar glicose, que pode ir para o sangue e ser utilizada pelo m. – V denominada ciclo da glicose-alanina.
· Ciclo da ureia: a ureia é a principal forma de eliminação dos grupos amino oriundos dos aa e perfaz cerca de 90% dos componentes nitrogenados da urina. Um átomo de N da molécula de ureia é fornecido por NH3 livre, e o outro N é fornecido pelo aspartato. (Nota: o glutamato é o precursor imediato tanto do N da amônia [por desaminação oxidativa pela glutamato-desidrogenase] quanto do N do aspartato [por transaminação do oxalacetato pela AST]). O C e o O da ureia são derivados do CO2. A ureia é produzida pelo fígado e então transportada pelo sangue até os rins, para ser excretada na urina.
· As reações do ciclo: 
1) 	Formação do carbamoil-fosfato: a formação de carbamoil-fosfato pela carbamoil-fosfato-sintetase I é impulsionada pela clivagem de 2 M de ATP. A amônia incorporada no carbamoil-fosfato é fornecida principalmente pela desaminação oxidativa do glutamato, catalisada pela glutamato-desidrogenase mitocondrial. No final, o átomo de N originário dessa amônia torna-se um dos N da ureia. A carbamoil- fosfato-sintetase I requer N-acetil-glutamato como A alostérico positivo. (Nota: a carbamoil-fosfato-sintetase II participa na biossíntese das pirimidinas. Ela não necessita de N-acetil-glutamato, utiliza glutamina como fonte de N e a reação ocorre no citosol.)
2) 	Formação de citrulina: a porção carbamoila do carbamoil-fosfato é transferida para a O pela O transcarbamoilase (OTC) ao mesmo t em que é hidrolisada uma ligação P de alta E, sendo o P liberado como Pi. O produto da reação, a citrulina, é transportado para o citosol. (Nota: a O e a citrulina são aa básicos que participam do ciclo da ureia, movendo-se através da M mitocondrial interna V um cotransportador. Esses aa não são incorporados nas p C, pois não há códons para eles). A O é regenerada a cada volta do ciclo da ureia, de modo bastante semelhante à regeneração do oxalacetato pelas reações do ciclo do ácido cítrico.
3) 	Síntese do argininossuccinato: a citrulina condensa-se com o aspartato, numa reação catalisada pela argininossuccinato sintetase, para formar argininossuccinato. O grupo alfa-amino do aspartato fornece o 2º N que, no final, será incorporado na ureia. A formação do argininossuccinato é possibilitada pela clivagem do ATP em AMP e PPi. Essa é a 3ª e última M de ATP consumida na formação da ureia.
4) 	Clivagem do argininossuccinato: o argininossuccinato é clivado pela argininossuccinato liase, produzindo arginina e fumarato. A arginina formada nessa reação serve como precursor imediato da ureia. O fumarato produzido no ciclo da ureia é hidratado, gerando malato, fornecendo um elo de ligação com diversas V metabólicas. Por ex., o malato pode ser transportado para a mitocôndria V lançadeira do malato e entrar novamente no ciclo do ácido cítrico, sendo oxidado a oxalacetato (OAA), o qual pode ser usado para a gliconeogênese. Alternativamente, o OAA pode ser convertido em aspartato V transaminação e entrar no ciclo da ureia. 
5) 	Clivagem da arginina: resultando em O e ureia. A arginase cliva a arginina em O e ureia. Essa enzima ocorre quase exclusivamente no fígado. Dessa forma, enquanto outros tecidos (como o rim) podem sintetizar arginina por meio dessas reações, apenas o fígado pode clivar a arginina e, na sequência, sintetizar a ureia.
6) 	Destino da ureia: depois de sair do fígado por difusão, a ureia é transportada no sangue até os rins, onde é filtrada e excretada na urina. Parte da ureia difunde do sangue para o intestino, onde é clivada em CO2 e NH3 pela urease bacteriana. Essa amônia é parcialmente perdida nas fezes e parcialmente reabsorvida para o sangue. Em pacientes com IR, os níveis de ureia no plasma aumentam, promovendo maior transferência de ureia do sangue para o intestino. A ação da urease intestinal sobre essa ureia torna-se uma fonte clinicamente importante de amônia, contribuindo para a hiperamonemia frequentemente observada nesses pacientes. A administração O de neomicina reduz o nº de bactérias intestinais responsáveis pela produção de NH3.
· Estequiometria G do ciclo da ureia
· Aspartato + NH3 + CO2 + 3 ATP + H2O → ureia + fumarato + 2 ADP + AMP + 2 Pi + PPi
· 4 P de alta E são consumidos na síntese de cada M de ureia. Portanto, a síntese de ureia é irreversível, com um 􏰆(?)G bastante negativo. (Nota: o ATP é novamente sintetizado pela fosforilação oxidativa). Um N da M de ureia é fornecido pela NH3 livre e o outro N pelo aspartato. O glutamato é o precursor imediato de ambos os N, o da amônia (por desaminação oxidativa, catalisada pela glutamato-desidrogenase) e o do aspartato (por transaminação a partir do oxalacetato, catalisada pela AST). Assim, ambos os átomos de N da ureia originam-se efetivamente do glutamato, que, por sua vez, recolhe o N de outros aa.
· Regulação do ciclo da ureia: o N-acetil-glutamato é um ativador essencial da carbamoil-fosfato-sintetase I – o passo limitante da V para o ciclo da ureia. O N-acetil-glutamato é sintetizado a partir da acetil-co A e do glutamato pela N-acetil-glutamato-sintase numa reação ativada pela arginina. Assim, a [ ] intra- hepática de N-acetil-glutamato aumenta após a ingestão duma refeição rica em p, que fornece tanto o substrato (glutamato) quanto o regulador da síntese de N-acetil-glutamato. Isso leva ao aumento na V de síntese de ureia.
· Metabolismo da NH3: a amônia é produzida por todos os tecidos durante o metabolismo duma variedade de compostos e é eliminada principalmente pela formação de ureia no fígado. O nível de amônia no sangue, no entanto, deve ser mantido muito baixo, pois mesmo [ ] ligeiramente aumentadas (hiperamonemia) são tóxicas para o SNC. Deve haver, portanto, um mecanismo metabólico para remover o N dos tecidos P e levá-lo até o fígado para a transformação em ureia, ao mesmo t em que são mantidos baixos os níveis de amônia circulantes.
· Fontes de amônia: os aa são, quantitativamente, a + importante fonte de amônia, pois a maior parte das dietas ocidentais apresenta conteúdo alto de p, fornecendo excesso de aa, que viajam ao fígado e sofrem transdesaminação – o processo que engloba as reações das aminotransferases e da glutamato- desidrogenase – produzindo amônia. Quantidades significativas de amônia podem, no entanto, ser obtidas a partir de outras fontes.
· Os rins produzem amônia a partir da glutamina, pela ação da glutaminase R e da glutamato- desidrogenase. A maior parte dessa amônia é excretada na urina como NH4+, o que fornece um mecanismo importante para a manutenção do balanço acidobásico do organismo, pela excreção de prótons. A amônia é também obtida pela hidrólise da glutamina pela glutaminase intestinal. As células da mucosa intestinal obtêm glutamina a partir do sangue ou da digestão de p da dieta. (Nota: o metabolismo da glutamina no intestino produz citrulina, que segue para os rins e é utilizada na síntese da arginina).
· Pela ação bacteriana no intestino: a amônia é produzida a partir da ureia por ação da urease bacteriana no lúmen intestinal. Essa amônia é absorvida pelo intestino, atinge a v. porta e é quase quantitativamente removida pelo fígado, pela conversão em ureia.
· A partir de aminas: as aminas obtidas da dieta e as monoamidas utilizadas como H ou neurotransmissores podem produzir amônia por ação da aminoxidase
· A partir de purinas e pirimidinas: no catabolismo das purinas e das pirimidinas, os grupos amino ligados aos anéissão liberados como amônia.
· Transporte de NH3 na circulação: apesar de ser produzida constantemente nos tecidos, a amônia está presente em níveis muito baixos no sangue. Isso acontece devido à rápida remoção da amônia do sangue pelo fígado e ao fato de que muitos tecidos (em especial o m.) liberam o N dos aa na forma de glutamina ou al, em vez de liberá-lo como amônia livre.
· Ureia: A formação de ureia no fígado é, quantitativamente, a V + importante de eliminação da amônia. A ureia circula no sangue, do fígado para os rins, onde passa pela FG.
· Glutamina. Essa amida do Á glutâmico fornece uma forma de armazenamento e de transporte não tóxicos para a amônia. A formação de glutamina a partir de glutamato e de amônia, pela glutamina-sintetase, requer ATP. Essa formação ocorre principalmente no m. e no fígado, mas também é importante no SNC, sendo o principal mecanismo de remoção da amônia no encéfalo. A glutamina é encontrada no plasma em [ ] + altas que outros aa – achado consistente com sua f de transporte. A glutamina circulante é removida pelo fígado e pelos rins e desaminada pela glutaminase. No fígado, a NH3 produzida é destoxificada por sua conversão em ureia, e no rim ela pode ser usada para a excreção de prótons.
CONSEQUÊNCIAS DOS ANABOLIZANTES
(As consequências do uso indevido dos esteroides anabolizantes androgênicos nas esferas civil, penal e administrativa: conhecer, prevenir, fiscalizar e punir – UFB – 2013)
· Afeta o corpo, alterando o processo natural de formação m.
· Efeitos menos nocivos: acne, dor de cabeça, queda de cabelo, oleosidade cutânea, impotência e insônia
· Efeitos prejudiciais: HP, hepatotoxicidade (danos no fígado causados por uso de substâncias químicas), HAS, L (já que os tendões e os ligamentos não acompanham o crescimento dos m.), D infecciosas, como HIV e H (adquiridas pelo compartilhamento eventual de seringas)
· Nos adolescentes pode acarretar puberdade acelerada, pelo fechamento precoce das epífises ósseas, causando baixa estatura e levando a um crescimento raquítico, acne, calvície precoce e policitemia exacerbada da apneia do sono. Tais efeitos colaterais variam de individuo para individuo, do tipo de esteroide consumido, do t de uso, de F genéticos. Por fim, pode ocasionar o desenvolvimento extremo das características sexuais secundárias, denominado de hipervirilização
· Já em homens, o uso dessas substâncias pode levar a redução da produção de espermatozoides e infertilidade (por atrofia dos testículos), e ainda pode elevar o risco de ca de próstata, em homens predispostos a esse tipo de tumor e o surgimento de ginecomastia. Isto ocorre devido ao excesso do anabolizante, que é convertido no corpo em H feminino (estradiol), agindo no tecido mamário masculino, fazendo-o aumentar de V e tornar-se, por vezes bem volumoso e doloroso
· Em mulheres, os anabolizantes podem causar aumento do tamanho do clitóris, interrupção do ciclo menstrual, além de poder causar diminuição dos seios, acne, queda de cabelo, geralmente engrossamento da voz, e surgimento de pelos em quantidade excessiva e em A onde apenas homens têm pelos, como na face e tórax. Como as mulheres produzem normalmente pouca testosterona, o uso de anabolizante pode ter efeito masculinizante quando utilizado por longo prazo, podendo ser devastador para a saúde
· O abuso destas substâncias ainda pode causar um ciúme patológico, extrema irritabilidade e raiva incontroláveis que podem levar a episódios violentos. Além de distorções de julgamento relacionadas com sentimentos de invencibilidade, distração, confusão mental e esquecimentos. Podem, ainda, desenvolver uma grave patologia denominada de vigorexia ou T dismórfico C. Esses efeitos são associados ao nº de doses semanais utilizadas pelos usuários. É comum usuários tornarem-se clinicamente deprimidos quando param de tomar a droga, um sintoma de S de abstinência que pode contribuir para a dependência
MOTIVAÇÃO DO USO DE ANABOLIZANTES E SUPLEMENTOS
· O corpo é valorizado por seu V e forma 
· O homem se torna + “másculo” quando possui mm.
· Impaciência com o processo natural de ganho de m e, então, recorrem ao uso de anabolizantes para acelerar o processo, pois o organismo trabalha + rapidamente

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