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Jejum

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1. Caracterizar os mecanismos de adaptação, sobrevivência e regulação metabólica em situações de 
restrição calórica rigorosa ou jejum prolongado. 
 
JEJUM PROLONGADO ​LETICIA 
O jejum é um estado no qual o indivíduo não ingere alimentos durante um tempo mínimo de 6 horas, sendo o 
jejum prolongado caracterizado pela falta de ingestão de alimentos durante um período superior a 72 horas. Um 
organismo humano saudável possui uma reserva de energia composta por gorduras, proteínas e açúcares. As 
gorduras são estocadas no tecido adiposo e constituem cerca de 85% das fontes de energia do corpo, as proteínas 
compõem em torno de 14% e os carboidratos (açúcares) somente 1%. 
 
No entanto, o jejum é prejudicial à saúde porque o organismo é dependente de quantidades constantes de glicose 
(açúcar) para sobreviver, não sendo a quantia de carboidrato armazenada o suficiente para manter constante o nível 
de glicose no corpo. 
 
A fim de gerar energia o organismo precisa degradar os carboidratos e transformá-los em glicose, bem como 
quebrar as proteínas em subunidades chamadas aminoácidos e reduzir as gorduras a ácidos graxos. Glicose, 
aminoácidos e ácidos graxos são substratos usados pelas células do corpo como combustível para realizar tarefas 
necessárias a sobrevivência do organismo. 
MACLA 
Grandes quantidades de glicose são armazenadas sob a forma de glicogênio, principalmente no fígado, assim 
como aminoácidos formam as proteínas e são estocados em maiores proporções nos músculos e os ácidos graxos 
compõem os triacilgliceróis e constituem as reservas do tecido adiposo. 
 
Durante as primeiras horas de jejum, a quantidade de glicose, aminoácidos e ácidos graxos que circulam no 
sangue diminui progressivamente, sendo essa baixa concentração responsável pela redução da quantidade de 
insulina secretada, ao passo que provoca um aumento da liberação de glucagon. 
 
No conceito metabólico, jejum é o desencadeamento uma sucessão de reações em diversos órgãos para 
contornar a ausência de nutrientes e manter o metabolismo basal. O estado de jejum pode ser dividido em duas 
etapas: estado inicial e estado prolongado. Cada um deles corresponde a uma série de mecanismos para tentar 
suprir as necessidades do organismo. 
 
MATHEUS 
ESTADO INICIAL 
Nas primeiras horas do jejum, é realizada a glicogenólise, processo que ocorre mediante a quebra do glicogênio. 
Esse processo pode ocorrer no fígado, nos rins e nos músculos, mas neste seu produto é exclusivo. É regulado por 
ação do hormônio glucagon de maneira positiva e da insulina de maneira negativa. 
 
Após cerca de 4 horas, começa a ser realizada a gliconeogênese, principalmente no fígado. Corresponde a 
formação de glicose a partir de substâncias não glicídicas, tais como aminoácidos e glicerol; é regulada pela ação da 
Acetil-CoA e, novamente, do glucagon. 
 
Após cerca de 12 horas, a gliconeogênese se torna predominante, já que o estoque de glicogênio está diminuindo 
e, dependendo da situação, tende a acabar em menos de um dia. Por isso, após um dia de jejum, a glicogenólise 
deixa de ocorrer. 
 
NATHÁLIA 
Ainda no estado inicial, começa a degradação de triacilgliceróis, em ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos 
passam a ser usados como combustível para os músculos, assim como os corpos cetônicos, devido a preferência 
que os neurônios e as hemácias tem pela glicose. Em caso de ingestão de alimentos ainda nesse estado inicial, a 
glicose será, inicialmente, utilizada para repor o estoque de glicogênio, tanto hepático quanto muscular. 
 
ESTADO PROLONGADO 
Após alguns dias de inanição, o organismo priorizará o fornecimento de glicose para os neurônios e para as 
hemácias; os outros tecidos passam a depender de corpos cetônicos, com exceção do fígado, e da gliconeogênese 
realizada a partir de glicerol e aminoácidos. No entanto, o glicerol corresponde a uma parcela muito pequena da 
glicose formada, passando o organismo a depender quase que exclusivamente dos aminoácidos. Devido a 
necessidade da manutenção das proteínas, o organismo sofre severas adaptações. Uma delas é a mudança da fonte 
alimentar dos neurônios, que passam a aceitar corpos cetônicos, já que estes são produzidos em excesso devido à 
grande quantidade de Acetil-CoA presente, considerando a interrupção da glicólise, e sua produção durante a 
oxidação de ácidos graxos. Uma das grandes desvantagens dos corpos cetônicos são a sua característica ácida, 
alterando o pH sanguíneo, impossibilitando o funcionamento do tampão do plasma, caracterizando uma cetoacidose. 
 
Esse uso dos corpos cetônicos mantém o organismo até quase todo o estoque de triacilgliceróis ser consumido, 
já que a alta concentração de corpos cetônicos reduz a proteólise, que é a degradação de proteínas. Quando o 
acúmulo de gorduras terminar, a proteólise reiniciará. No momento em que deixar de existir proteínas para este 
processo, o indivíduo morre. 
 
VINÍCIUS 
OBTENÇÃO DE ENERGIA NO JEJUM 
Quando o jejum se inicia, a tendência à queda dos níveis glicêmicos estimula a glicogenólise hepática, que 
representa o mecanismo inicial para a correção da glicemia. A manutenção dos níveis glicêmicos nos mamíferos é de 
fundamental importância para o SNC, que não utiliza ácidos graxos de cadeia longa. Como as reservas de glicogênio 
hepático (cerca de 75 g, em humanos) tendem a se esgotar rapidamente, ocorre aumento da atividade 
neoglicogenética. Os principais substratos para a neoglicogênese são os aminoácidos provenientes da proteólise 
muscular, principalmente de músculos brancos ricos em fibras glicolíticas. Aumenta, desta forma, a excreção urinária 
de ureia. Essas alterações são acompanhadas por uma queda nos níveis circulantes de insulina (I) e aumento nos de 
glucagon (G). A queda da relação I/G durante o jejum, além de promover as alterações metabólicas aqui descritas, 
ativa o processo de lipólise no tecido adiposo. Enquanto o glicerol resultante irá servir como substrato para a 
neoglicogênese hepática, a elevação dos ácidos graxos livres (AGL) do plasma provocará aumento de sua utilização 
por tecidos periféricos, principalmente pela massa muscular. Nos músculos, que representam cerca de 40% do peso 
corporal total, a utilização aumentada dos AGL inibe a utilização de glicose, substituindo, dessa forma, o consumo de 
glicose pelo dos AGL. Dessa maneira, o processo de neoglicogênese fica menos sobrecarregado, com poupança de 
proteína muscular. 
 
JACQUE 
No caso de o jejum se prolongar por mais de alguns dias, ocorrem outras alterações hormonais além da queda da 
relação I/G. O SNC está também envolvido nestas respostas, promovendo alteração na secreção dos hormônios 
tireoidianos (via hipotálamo-hipófisetireóide) e ativação da medula adrenal e do SNS. A principal mudança é a 
redução da atividade tireoidiana, com queda no metabolismo basal e maior conservação das reservas metabólicas. 
Por outro lado, o SNC passa a utilizar como substrato energético os corpos cetônicos, produzidos em grande 
quantidade pelo aumento do afluxo dos AGL para o fígado. Os corpos cetônicos, substituindo a glicose comoprincipal fonte de energia, levam a uma redução da proteólise muscular e a uma acentuada diminuição da 
neoglicogênese hepática, com grande economia de proteínas musculares. A diminuição da proteólise se acompanha 
de acentuada queda da excreção de ureia na urina. No jejum mais prolongado, além da queda dos níveis de 
hormônios tireoidianos, as catecolaminas também parecem ter importância promovendo redução da proteólise e 
aumentando a síntese de proteínas no músculo esquelético, auxiliando, assim, a manutenção da massa muscular. 
 
Para garantir a utilização de glicose pelos tecidos totalmente dependentes da oxidação desta hexose (como 
hemácias, medula renal e cérebro), o rim passa a produzir glicose, pela neoglicogênese renal, utilizando 
principalmente glutamina, e pela ativação da PEPCK. 
 
A sobrevivência ao jejum prolongado parece ser determinada pela reserva de tecido adiposo; quando esses 
estoques são depletados pela continuação da lipólise e redução da lipogênese, há uma repentina perda da massa 
protéica, com fraqueza dos músculos respiratórios, podendo advir pneumonia e a morte. 
 
JÚLIA 
ÓRGÃOS NO JEJUM 
 
FÍGADO NO JEJUM 
A primeira fonte de energia a ser usada são os carboidratos e, para tanto, reservas de glicogênio no fígado são 
degradadas fornecendo glicose, um processo chamado glicogenólise. A glicose resultante é liberada no sangue e 
abastece principalmente o cérebro, além dos demais tecidos que requerem esse substrato. Após 10 a 18 horas de 
jejum o glicogênio do fígado encontra-se quase esgotado. No entanto, 4 a 6 horas depois da última refeição começa 
um processo de formação de glicogênio a partir de substratos que não são glicose, como aminoácidos e glicerol 
(utilizado na síntese de triacilgliceróis do tecido adiposo). Tal processo é denominado gliconeogênese e ajuda a 
manter os níveis de glicose no jejum prolongado. 
NADY 
O fígado não só é responsável pela glicólise e gliconeogênese, mas também é capaz de converter gorduras em 
corpos cetônicos, os quais servem de combustível para a maioria dos tecidos, sendo usados inclusive pelo cérebro 
quando estão em grandes concentrações no sangue circulante. 
 
TECIDO ADIPOSO NO JEJUM 
O armazenamento de ácidos graxos no tecido adiposo durante o jejum encontra-se paralisado, porém a 
degradação dos triacilgliceróis, que constituem o tecido adiposo, está aumentada. Os produtos da quebra de 
triacilglicerol são ácidos graxos e glicerol. Enquanto os primeiros são liberados no sangue e transportados para 
diversos tecidos servindo como fonte de energia, o último é usado pelo fígado para produzir glicogênio através da 
gliconeogênese anteriormente mencionada. 
 
ODEH 
MÚSCULO NO JEJUM 
Até as duas primeiras semanas de jejum, o músculo utiliza como fonte de energia os ácidos graxos e os corpos 
cetônicos, uma vez que as quantidades de glicose e insulina para transportá-la não são suficientes. No entanto, após 
esse período, os músculos passam a usar mais ácidos graxos, de forma que sobram muitos corpos cetônicos no 
sangue, pois esses deixam de ser empregados pelos músculos. 
Devido à necessidade do fígado de formar glicogênio a partir de aminoácidos na gliconeogênese, acontece 
durante os primeiros dias de jejum uma rápida quebra das proteínas dos músculos. Assim, a massa muscular do 
indivíduo em jejum sofre uma forte redução. Depois de muitas semanas de jejum, a degradação de proteínas dos 
músculos diminui, já que o cérebro passa a usar mais corpos cetônicos, não necessitando de glicose. 
 
RAQUEL 
CÉREBRO NO JEJUM 
Nos primeiros dias o cérebro continua empregando glicose como combustível, sendo que a mesma é fornecida 
pela quebra de glicogênio, o qual, por sua vez, é produzido principalmente através de aminoácidos dos músculos. 
Após 2 a 3 semanas de jejum os corpos cetônicos, que estão em quantidades elevadas na circulação já que os 
músculos passam a usar somente ácidos graxos, substituem a glicose e se tornam a fonte de energia do cérebro. 
Assim, nesse momento do jejum, ocorre uma queda da velocidade de degradação de proteínas musculares. 
 
ORNELLA 
JEJUM DE LONGA DURAÇÃO NOS RINS 
Com a continuidade de jejum, os rins começam a expressar as enzimas da gliconeogênese (glicose-6-fosfato), 
também compensa a acidose devida ao aumento dos corpos cetônicos. A glutamina, derivado do metabolismo dos 
AA é capitada pelos rins e com ação enzimática produzem α-cetoglutarato e amônia, assim esta última ira captar H+ 
oriundos da dissociação dos corpos cetônicos, diminuindo a acidez corporal. 
 
GABRIEL 
 
 
2. Descrever as ações metabólicas dos hormônios glucagon e glicocorticoides. 
 
LETÍCIA 
INSULINA E GLUCAGON 
A insulina e o glucagon são hormônios produzidos e liberados pelo pâncreas e são responsáveis pela regulação 
do metabolismo (processos físicos e químicos que acontecem no corpo) da glicose, dos ácidos graxos e das 
proteínas. Os dois hormônios têm funções opostas: enquanto a insulina desempenha papel importante no 
armazenamento de energia, promovendo a retirada dos substratos usados como combustível do sangue e 
estocando-os, o glucagon determina uma elevação da quantidade de fontes de energia no sangue para serem 
usadas pelas células do corpo. Assim, a insulina diminui a quantidade de glicose, aminoácidos e ácidos graxos do 
sangue, enquanto o glucagon promove um aumento dos mesmos; ao mesmo tempo em que a insulina aumenta a 
quantidade de glicose, aminoácidos e ácidos graxos no fígado, músculos e tecido adiposo respectivamente, enquanto 
o glucagon determina uma redução desses. Havendo durante o jejum uma pequena quantidade de substratos e de 
insulina circulando no sangue, porém uma grande concentração de glucagon, ocorre um período de catabolismo, 
durante o qual as reservas de energia do corpo são quebradas e disponibilizadas às células para serem utilizadas. 
 
Assim, na tentativa de fornecer glicose ao cérebro e aos outros tecidos que dessa dependem e abastecer outros 
tecidos de corpos cetônicos advindos dos ácidos graxos, acontece uma troca de substratos entre o fígado, os 
músculos, o tecido adiposo e o cérebro​. 
 
MACLA 
INSULINA 
A insulina tem importantes ações na econômica energética, tais como: 
 
1. Aumento da síntese do glicogênio – a insulina força o armazenamento da glicose nas células do fígado (e dos 
músculos) na forma do glicogênio; os níveis baixos de insulina faz com que as células do fígado convertam o 
glicogênio em glicose e excrete para o sangue. Esta é a ação clínica da insulina que é diretamente útil em reduzir 
níveis elevados da glicose do sangue como no diabetes. 
 
2. Aumento da síntese do ácido graxo – a insulina força as células gordurosas a recolher os lipídeos do sangue 
que são convertidos nos triglicérides; a falta da insulina causa efeito ao contrário. 
 
3. Aumento da esterificação dos ácidos graxos – a insulina força o tecido adiposo a sintetizar gorduras (isto é, 
triglicérides) a partir dos ésteres do ácido graxo; a falta da insulina causa o efeito inverso. 
 
4. Diminuição da proteólise – a insulina promove a redução da degradação das proteínas; a falta da insulina 
aumenta a degradação da proteína. 
 
5. Diminuiçãoda lipólise – a insulina reduz a conversão dos estoques lipídicos das células gordurosas em ácidos 
graxos sangüíneos; a falta da insulina tem efeito inverso. 
 
6. Diminui a gliconeogênese – diminui a produção da glicose oriundas de vários substratos, no fígado; a falta da 
insulina causa a produção da glicose de vários substratos no fígado e em outras partes do corpo. 
 
7. Aumento da “captura” de aminoácido – forças células a absorver aminosácido circulantes; a falta da insulina 
inibe essa absorção. 
 
8. Aumento da “captura” do potássio – a insulina força as células a absorver potássio sérico; a falta da insulina 
inibe esta absorção. 
 
9. Ação no tônus do músculo das artérias – a insulina promove o relaxamento dos músculos das artérias, 
aumentando o fluxo sanguíneo, especialmente nas artérias da microcirculação; a falta da insulina reduz o fluxo 
sanguíneo permitindo que estes músculos se contraiam. 
 
MATHEUS 
GLUCAGON 
Sua ação mais conhecida é aumentar a glicemia, contrapondo-se aos efeitos da insulina. O glucagon age na 
conversão do ATP (trifosfato de adenosina) a AMP-cíclico, composto importante na iniciação da glicogenólise, com 
imediata produção e liberação de glicose pelo fígado. 
Quando estimulado, o glucagon pode causar gliconeogênese, glicogenólise, proteólise e lipólise. 
Em condições normais, a ingestão de glicose suprime a secreção de glucagon. Há aumento dos níveis séricos de 
glucagon durante o jejum. 
A secreção de glucagon é estimulada por aminoácidos e alguns peptídeos gastrintestinais; sua secreção é inibida 
pela somatostatina e por ácidos graxos livres. 
 
NATHÁLIA 
CORTISOL 
O cortisol é um hormônio produzido pelas duas glândulas adrenais e é essencial à vida. Ela ajuda a manter a 
pressão sanguínea, a função imunológica e processos anti-inflamatórios do corpo. A quantidade de cortisol liberado 
pelas glândulas suprarrenais é regulada pela glândula pituitária no cérebro. O cortisol é um hormônio importante no 
corpo, está envolvido em diversas funções, entre elas, na regulação do stress. 
 
O cortisol no organismo pode: 
• Ajudar o organismo a controlar o stress; 
• Converter a proteína em glicose para aumentar os níveis de açúcar no sangue; 
• Manter os níveis de açúcar no sangue constantes; 
• Reduzir inflamações; 
• Contribuir para a manutenção da pressão arterial; 
• Contribuir para o funcionamento do sistema imunológico. 
 
Pequenos aumentos de cortisol têm alguns efeitos positivos: 
• A rápida explosão de energia, por razões de sobrevivência; 
• Funções de memória elevada; 
• Aumento da imunidade; 
• Menor sensibilidade à dor; 
• Ajuda a manter a homeostase do corpo; 
 
Os níveis mais elevados e prolongados de cortisol no sangue demonstraram ter efeitos negativos, 
tais como: 
• Diminuição do desempenho cognitivo; 
• Diminuição da função da tiroide; 
• Desequilíbrios de açúcar no sangue, tais como hiperglicemia; 
• Diminuição da densidade óssea; 
• Diminuição do tecido muscular; 
• Maior pressão arterial; 
• Diminuição da imunidade e respostas inflamatórias no corpo; 
• Aumento da gordura abdominal; 
 
VINÍCIUS 
ADRENALINA 
A adrenalina é sintetizada na medula suprarrenal. Um sinal, que pode ser induzido através de um baixo nível de 
glicose, aciona o mecanismo de liberação de adrenalina no sangue. Duas enzimas são responsáveis pela rápida e 
eficaz degradação da adrenalina: a Catecolamina-Ometiltransferase (COMT) e a Monoaminoxidase (MAO). 
 
A adrenalina tem o efeito oposto da insulina: é liberada quando o nível de glicose está baixo. Sua presença na 
corrente sanguínea aciona mecanismos de mobilização de triacilglicerídeos (gorduras) para produção de açúcar. O 
aumento da taxa de glicose no sangue permite a fermentação da glicose nos músculos. A adrenalina também inibe a 
liberação de insulina. 
Além disso, a Adrenalina tem efeito neurotransmissor. Este neurotransmissor é liberado em resposta ao stress 
físico ou mental, e liga-se a um grupo especial de proteínas – os receptores adrenérgicos. Seus principais efeitos 
são: aumento dos batimentos cardíacos, dilatação dos brônquios e pupilas, vasoconstricção, suor, entre outros. 
 
3. Relacionar as adaptações metabólicas ocorridas no jejum prolongado com as manifestações clínicas. 
 
JACQUE 
Entre as diversas alterações sofridas pelo organismo durante o jejum estão: redução acentuada da gordura 
corpórea, aumento dos ácidos graxos e da glicose circulantes no sangue, perda de massa muscular, diminuição do 
número de células de defesa imunológica, bem como redução da quantidade de vitaminas. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Como consequência das mudanças fisiológicas que ocorrem durante o jejum acontecem algumas manifestações 
clínicas tais como: perda progressiva de peso, sensação de fraqueza, anemia, inchaço, maior suscetibilidade a 
infecções, comprometimento da fase alimentar, intolerância a alimentos, alteração do humor com acentuada 
irritabilidade e mau hálito, entre outros. 
 
JÚLIA 
Calcula-se que seja possível permanecer, em média, 60 dias sem comer. Caso mais de um terço das reservas de 
proteínas corporais sejam utilizadas para geração de energia, o indivíduo em jejum corre sérios riscos de entrar em 
óbito, pois suas funções vitais podem ser fatalmente prejudicadas por uma possível falência de diversos órgãos. 
 
Para que as atividades do corpo voltem ao estado normal de funcionamento vários dias são necessários, sendo 
que nos primeiros dias deve ser ingerida uma quantidade de calorias baixas e gradativamente deve ser aumentada 
até atingir o valor necessário de calorias que um indivíduo normal deve ingerir diariamente. 
 
4. Descrever a síntese e a regulação da secreção dos hormônios tireoidianos. 
 
NADY 
SÍNTESE E REGULAÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS 
 
A glândula tireoide produz dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que regulam o metabolismo, que é a 
maneira como o seu corpo usa e armazena energia. 
 
A função da tireoide é controlada pela glândula hipófise, localizada em seu cérebro. A hipófise produz o hormônio 
estimulador da tireoide (TSH), que induz a tireóide a produzir T3 e T4. Cerca de 93% da produção diária da tireóide é 
de Tiroxina (T4), enquanto que Triiodotironina (T3) é produzido principalmente por conversão nos tecidos periféricos. 
 
ODEH 
Para um perfeito equilíbrio do nosso organismo, nós precisamos, igualmente, de T4 e T3. A principal função da 
Tiroxina (T4) não é agir diretamente nos tecidos, e sim, ligar-se no sangue a uma proteína transportadora de 
hormônios tireoidianos denominados TBG, permitindo que a Triiodotironina (T3), o verdadeiro hormônio, fique 
inteiramente livre para viajar pela corrente sanguínea e ligar-se rapidamente aos tecidos-alvos que dele necessitam, 
exercendo, desta maneira, a sua vital função de regulador metabólico. 
 
RAQUEL 
A Triiodotironina (T3) e a Tiroxina (T4) tem ação tanto catabólica quanto anabólica, atuando assim, em processos 
normais do metabolismo, crescimento e desenvolvimento, especialmente no sistema nervoso central das crianças. 
 
As concentrações dos hormônios tireóideos circulantes são reguladas por um sistema de retroalimentação no 
qual está implicado o hipotálamo, a hipófise anterior e a tireóide. 
5. Descrever as ações metabólicas dos hormônios tireoidianos. 
 
ORNELLA 
AÇÕES FISIOLÓGICAS DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS 
 
T3 e T4 entram na célula pelo processo de difusãofacilitada e após isso T4 se transforma em T3. Os hormônios 
tireóideos ativam receptores nucleares, que estão localizados no próprio DNA ou nas proximidades e, quando ocorre 
a ligação hormônio-receptor, é estimulada a transcrição do DNA em RNA e logo em seguida a tradução do RNA em 
proteínas, em tecidos específicos. 
 
Os hormônios T3 e T4 aumentam o metabolismo celular e com isso estimulam o consumo de oxigênio total da 
célula. O metabolismo celular ou atividade metabólica basal pode ser aumentada até 100% quando estes hormônios 
são secretados em grande quantidade. 
 
GABRIEL 
Os hormônios tireóideos aumentam o tamanho das mitocôndrias e também o seu número, o que aumenta o 
número de ATP produzidos e para isto, estimulam o consumo de glicose e também de gordura. 
 
• Inibem o sistema nervoso simpático. 
• Estimulam o crescimento linear, o desenvolvimento e a maturação dos ossos. 
• Níveis baixos de T3 e T4 reduzem em até 60% o metabolismo basal. 
• Níveis altos de T3 e T4 aumentam cerca de 60 a 100% o metabolismo basal, havendo maior produção de calor.

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