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O Guia Definitivo da Hipnose pdf

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O GUIA DEFINITIVO 
DA HIPNOSE 
POR CÉSAR BUENO 
2 
Índice 
 
Introdução 
Capítulo 01 – O Autor 
Capítulo 02 – A Hipnose 
Capítulo 03 – Tipos de Hipnose 
Capítulo 04 – Áreas de Atuação 
Capítulo 05 – Definições Históricas 
Capítulo 06 – Indução Hipnótica 
Capítulo 07 - Aplicação 
Capítulo 08 – Estudos e Pesquisa 
Capítulo 09 – A Hipnose e o Cérebro 
Capítulo 10 – Recursos Internos 
Capítulo 11 – Acompanhamento ao Futuro 
Capítulo 12 – Elementos para Hipnose 
Capítulo 13 – História da Hipnose 
Capítulo 14 – Principais Referências na Hipnose 
Capítulo 15 – Conclusão e Fechamento 
Capítulo 16 – Gratidão e Materiais extras 
 
 
 
 
 
 
03 
04 
06 
11 
14 
17 
21 
28 
33 
49 
57 
67 
71 
83 
90 
102 
105 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
3 
Introdução 
 
Já imaginou poder conversar com aquela parte da mente que arquiva 
todos os padrões e programas internos? 
Como seria construir uma ponte eficiente entre o pensamento, sentimento 
e as ações? 
A Hipnose é uma ferramenta milenar que foi desenvolvida no ambiente 
médico. 
 
Sua base é a comunicação e ela proporciona um acesso a estrutura da 
experiência subjetiva. Uma forma de compreender o que está por trás dos 
padrões e como sequênciamos as experiências em nosso mundo interno. 
 
Através da hipnose é possível a reprogramação de padrões e estruturas 
através da comunicação. Essas mudanças promovem uma alteração 
neurofisiológica no cérebro, permitindo toda uma nova experiência no 
organismo. 
 
Uma nova forma de interagir com os neurotransmissores e alterar 
desafios físicos e psicológicos de maneira breve, profunda e extremamente 
eficiente. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
O AUTOR 
Capítulo 1 
5 
O Autor 
 
CÉSAR BUENO cursou Matemática e Física pela PUC-SP, Marketing pela 
Universidade Paulista, Filosofia e Sociologia pela FGV. 
Tem especialização em Gestalt Terapia, Filosofia Clínica e Neurociência. 
 
Atualmente é pesquisador em Harvard nas áreas de Fisiologia e Genética, 
utilizando as ferramentas da Hipnose e da Programação Neurolinguística 
realização de modificações fisiológicas e genéticas através da terapia. 
Eu sou o César Bueno, casado e pai de três filhas lindas! 
 
A mais de 14 anos sou apaixonado por ajudar pessoas a despertarem seu 
potencial infinito e ajudar terapeutas a prosperarem em seus consultórios 
vivendo de terapia com resultados breves, profundos e extremamente 
eficazes. 
Para fazer isso com o máximo de eficiência eu estudei com os criadores da 
Programação Neurolinguística e os principais nomes da Hipnose mundial 
e em renomadas universidades. 
 
Hoje tenho o prazer de ser autorizado a ministrar e certificar 
internacionalmente no Brasil e de ter implantado a PNL e a Hipnose 
Clínica em diversos Hospitais e consultórios de terapias por todo país. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
A HIPNOSE 
Capítulo 2 
7 
A HIPNOSE 
 
 
Hipnose é uma palavra que normalmente obtém reações fortes das 
pessoas. Algumas se encantam com a "mágica" realizada através do 
processo hipnótico. Outras acreditam que só presta para fazer os outros 
comerem cebola ou imitarem galinha. A verdade é que a Hipnose foi 
durante anos subjugada pela falta de compreensão do que é ou do que 
ocorre durante o processo. 
 
 
Afinal, o que é Hipnose? 
A hipnose é um estado mental altamente concentrado - também 
conhecido como um estado alterado de consciência - pelo qual a mente 
inconsciente está livre para agir sem a interferência da consciência 
regular. A hipnose é um estado natural de atenção seletiva e focada e, 
embora seja 100% natural e normal, permanece como um dos fenômenos 
mais fascinantes da mente humana. Nossa capacidade de entrar neste 
estado único de consciência abre as portas para inúmeras possibilidades 
de cura, auto-exploração e mudança. A hipnose, chamada por diferentes 
nomes em diferentes culturas e épocas, é reconhecida há milhares de anos 
e usada para muitos propósitos. 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
8 
A HIPNOSE 
 
 
A hipnose é uma técnica que ajuda você a se comunicar com o 
inconsciente, ignorando a mente consciente. Se eu começar a te contar de 
uma experiência de viagem no Caribe, trazendo detalhes preciosos e 
envolventes como o som rítmico das ondas mansas batendo na praia, a 
temperatura agradável, o ar que suavemente tocava o corpo e balançava os 
lindos coqueiros enquanto sentia o pé de forma suave afundar na areia 
sob os pés. Provavelmente, conseguiria levar você a experimentar um 
estado alterado de consciência. Um estado que a mente inconsciente não 
estaria julgando se a experiência realmente ocorreu ou se você teria 
realmente condições de vivenciar esta experiência. 
 
 
O que a Hipnose não é? 
Como disse anteriormente, a falta de conhecimento do que é Hipnose 
somada aos inúmeros mitos acerca da Hipnose, fez com que por anos a 
Hipnose fosse subjugada. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
9 
A HIPNOSE 
 
 
Hipnose não é inconsciência. 
Apesar de algumas áreas da Hipnose utilizar termos como "durma" e 
"sono" não significa de forma alguma que a pessoa entre em estado de 
sono, de inconsciência. Pelo contrário, estudos feitos com uso de 
eletroencefalográficos revelaram níveis de atividade cerebral muito 
superior ao estado de sono. 
 
É mais frequentemente comparado a devaneios, ou a sensação de "se 
perder" em um livro ou filme. Você está plenamente consciente, mas afasta 
a maior parte dos estímulos à sua volta. Você se concentra intensamente 
no assunto em questão, na quase exclusão de qualquer outro pensamento. 
 
A pessoa em transe percebe o que ocorre ao seu redor. Mas, escolhe 
manter a sua atenção focada na tarefa que se determinou a fazer. O estado 
pode ser comparado àqueles momentos que você está assistindo algo 
interessante na TV, até percebe o que ocorre no ambiente, mas sua 
atenção está completamente focada no que está fazendo. 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
10 
A HIPNOSE 
 
 
Hipnose não é panaceia 
 Há também quem acredite que a Hipnose é uma panaceia. Vou fazer um 
atendimento e magicamente mudo comportamentos, hábitos nocivos, 
traumas. Como dito antes, a hipnose não é mágica, ela contribui para que a 
pessoa tenha acesso à novas possibilidades de ver um desafio, de 
experimentar uma experiência, pode construir caminhos mais saudáveis 
para determinados comportamentos ou hábitos. Ao construir estes novos 
caminhos, a mente inconsciente entende que é possível mudar algo que 
antes parecia utopia. Porém, se a pessoa não estiver disposta a consolidar 
as novas possibilidades em sua vida, ela voltará a agir da antiga forma. É 
uma questão de escolha. 
 
Imagina que você por anos fez o mesmo caminho de casa para o trabalho, 
certo dia você descobre um novo caminho, um caminho com vistas mais 
bonitas, cheiros agradáveis e sem trânsito. Todos os dias ao sair de casa 
você terá a escolha de qual caminho seguir naquele dia para ir ao seu 
trabalho. Algumas vezes, por hábito, você pode se ver novamente naquele 
caminho cheio de transito e poluição. Mas, quanto mais você escolher o 
novo caminho mais ele se tornará habitual para você. 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
TIPOS DE HIPNOSE 
Capítulo 3 
12 
TIPOS DE HIPNOSE 
 
 
A falta de entendimento dos tipos de Hipnose e suas áreas de atuação 
contribuem para que o método seja generalizado e sofrer grandes 
preconceitos. Conhecer os tipos de Hipnose contribuirá para que você 
entenda o que é Hipnose e qual modelo se adéqua melhor as suas 
expectativas. 
 
Hipnose Clássica 
Na hipnose direta, ou clássica são dadas instruções claras para o sujeito 
entrar em outro estado de consciência. É usado um processo chamado 
indução hipnótica, o qual sugere diretamente, qual experiência ele terá, e 
geralmente a pessoa mantém os olhos fechados. Podemos afirmar que a 
hipnose clássica é a hipnosepopularmente conhecida. 
 
Hipnose Ericksoniana 
Psicoterapia ericksoniana é uma abordagem sutil elegante e profunda, 
feita, sob medida, para cada tipo de pessoa, focada na solução do problema 
e principalmente baseada na utilização de tudo aquilo que o 
cliente/paciente traz, a comunicação utiliza linguagem inespecífica para 
expandir a percepção sobre a estrutura da realidade de cada cliente. 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
13 
TIPOS DE HIPNOSE 
 
 
Auto-Hipnose 
A auto-hipnose é uma forma de tomar o controle das suas ações. Ela 
estimula a autoconfiança ao postular que a pessoa é capaz de alterar a si 
mesma. Para aprender essa técnica, existem cursos e livros dedicados ao 
assunto. 
A auto-hipnose pode combinar várias técnicas, como as sugestões 
subliminares e os jogos de palavras, por exemplo. As técnicas têm como 
objetivo reforçar a sua autoestima. Por isso, é necessário relaxar a mente, 
ter uma atitude positiva e boa iniciativa, já que objetivo é se melhorar 
como pessoa. 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
ÁREAS DE ATUAÇÃO 
Capítulo 4 
15 
ÁREAS DE ATUAÇÃO 
 
 
Hipnoterapia 
Utilização da ferramenta da Hipnose para aplicação em psicoterapias. Sua 
aplicação tem embasamento científico e aceitação pela organização 
mundial de saúde. 
Ferramentas com abordagens para trabalhar traumas, fobias, 
comportamentos, hábitos, lutos, perdas, psicopatologias, ansiedade, 
depressão, etc... 
A utilização na área terapêutica com Hipnose registra resultados 
extraordinários, eficientes e consolidados na alteração e reprogramação 
cerebral. 
 
 
Hipnose Clínica 
Aplicação e utilização da hipnose nas áreas da saúde física. Abordagens 
crescentes registram um aumento na incorporação desta ferramenta 
incrível em tratamentos como câncer, doenças autoimunes, analgesias, 
tratamentos para dor, entre diversas outras abordagens na área médica. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
16 
ÁREAS DE ATUAÇÃO 
 
 
 
Hipnose De Palco 
Utilização da Hipnose para entretenimento e diversão, muito aplicados em 
shows de Las Vegas e atuante em uma crescente no Brasil nos últimos 
anos. 
Baseada nas sugestões e comandos diretos da hipnose clássica e técnicas 
de prestidigitação e mentalismo. 
 
 
Hipnose De Rua 
Uma modalidade que se intensificou no Brasil e no mundo, com a 
aplicação de ferramentas da Hipnose Clássica para utilização de 
entretenimento na rua. 
Essa modalidade não tem fundamento terapêutico e utiliza de recursos 
simples e uma comunicação com comandos diretos. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
DEFINIÇÕES HISTÓRICAS 
Capítulo 5 
18 
DEFINIÇÕES HISTÓRICAS 
 
A primeira definição de hipnose foi dada por Braid [contraditório] , que 
cunhou o termo "hipnotismo" como uma abreviação de "neuro-hipnotismo", 
ou sono do sistema nervoso. 
 
Ele contrastou com o sono normal e definiu como: "uma condição peculiar de 
o sistema nervoso, induzido por uma atenção fixa e abstrata do olho mental 
e visual, em um objeto, não de natureza excitante ". 
 
A verdadeira origem e essência da condição hipnótica é a indução de um 
hábito de abstração ou concentração mental, no qual, como no devaneio ou 
na abstração espontânea, os poderes da mente estão tão absortos em uma 
única ideia ou linha de pensamento, como, por exemplo, tornar o indivíduo 
inconsciente, ou indiferentemente consciente, de todas as outras ideias, 
impressões ou correntes de pensamento. O sono hipnótico , portanto, é a 
própria antítese ou condição mental e física oposta àquela que precede e 
acompanha o sono comum. 
 
Portanto, Braid definiu o hipnotismo como um estado de concentração 
mental que muitas vezes leva a uma forma de relaxamento progressivo, 
denominado "sono nervoso". Mais tarde, em sua The Physiology of 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
19 
DEFINIÇÕES HISTÓRICAS 
 
Fascination (1855), Braid admitiu que sua terminologia original era enganosa 
e argumentou que o termo "hipnotismo" ou "sono nervoso" deveria ser 
reservado para a minoria (10%) de indivíduos que exibem amnésia , 
substituindo o termo "monoideísmo", significando concentração sobre uma 
única ideia, como uma descrição para o estado mais alerta experimentado 
pelos outros. 
 
Michael Nash fornece uma lista de oito definições de hipnose por 
diferentes autores, além de sua opinião de que a hipnose é "um caso 
especial de regressão psicológica ": 
 
1. Janet , perto da virada do século e, mais recentemente, Ernest Hilgard , 
definiu a hipnose em termos de dissociação . 
2. Psicólogos sociais Sarbin e Coe ... descreveram a hipnose em termos de 
teoria do papel . A hipnose é um papel que as pessoas desempenham; 
eles agem "como se" fossem hipnotizados. 
3. TX Barber ... definiu a hipnose em termos de parâmetros 
comportamentais não-hipnóticos, como a motivação da tarefa e o ato de 
rotular a situação como hipnose. 
4. Em seus primeiros escritos, Weitzenhoffer ... conceituou a hipnose como 
um estado de sugestionabilidade aprimorada. Mais recentemente, ele 
definiu o hipnotismo como "uma forma de influência de uma pessoa 
exercida sobre outra através do meio ou agência de sugestão". 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
20 
DEFINIÇÕES HISTÓRICAS 
 
5. Os psicanalistas Gill e Brenman ... descreveram a hipnose usando o 
conceito psicanalítico de "regressão a serviço do ego". 
6. Edmonston ... avaliou a hipnose como sendo meramente um estado de 
relaxamento. 
7. Spiegel e Spiegel ... implicaram que a hipnose é uma capacidade 
biológica. 
8. Erickson ... é considerado o principal expoente da posição de que a 
hipnose é um estado de funcionamento especial, voltado para dentro e 
alterado. 
 
Joe Griffin e Ivan Tyrrell (os criadores da abordagem de dados humanos ) 
definem a hipnose como "qualquer forma artificial de acessar o estado REM, 
o mesmo estado cerebral no qual o sonho ocorre" e sugere que essa 
definição, quando adequadamente entendida, resolve "muitos os mistérios e 
controvérsias que cercam a hipnose ". 
Eles vêem o estado REM como sendo de vital importância para a própria 
vida, para programação em nosso conhecimento instintivo inicialmente 
(depois de Dement e Jouvet e, em seguida, para adicionar a isso ao longo da 
vida. Eles explicam isso apontando que, em certo sentido, todo aprendizado 
é pós-hipnótico, o que explica por que o número de maneiras pelas quais as 
pessoas podem ser colocadas em um estado hipnótico é tão variado: 
qualquer coisa que focalize a atenção de uma pessoa para dentro ou para 
fora eles em transe. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
INDUÇÃO HIPNÓTICA 
Capítulo 6 
22 
INDUÇÃO HIPNÓTICA 
 
A hipnose é normalmente precedida por uma técnica de "indução hipnótica". 
Tradicionalmente, isso era interpretado como um método de colocar o 
sujeito em um "transe hipnótico"; entretanto, os teóricos "não-estatais" 
subsequentes o viram de forma diferente, vendo-o como um meio de 
aumentar a expectativa do cliente, definindo seu papel, focalizando a 
atenção, etc. 
 
Existem várias técnicas de indução diferentes. Um dos métodos mais 
influentes foi a técnica de "fixação ocular" de Braid, também conhecida 
como "Braidism". 
A técnica consiste em utilizar qualquer objeto ou o próprio dedo e posicionar 
a cerca de oito a quinze centímetros dos olhos, em tal posição acima da 
testa, o que for necessário para produzir o maior esforço possível sobre os 
olhos e as pálpebras, e permita que o paciente mantenha um olhar firme fixo 
no objeto. 
 
Outra técnica muito utilizada é a de Dave Elman. Provavelmente, um dos 
aspectos mais importantes de seu legado foi o seu método de indução, que 
originalmente foi construído para realizar a hipnose de um modo rápido e 
depois adaptado para o uso de profissionais da medicina; os seus discípulos 
rotineiramente obtinham estados hipnóticos adequados para procedimentos 
médicos ou cirúrgicos em menos de três minutos. 
OGUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
23 
INDUÇÃO HIPNÓTICA 
 
A indução de Dave Elman consiste de comandos diretos e cansaço mental, é 
pedido para que o cliente faça uma contagem regressiva iniciando em 300,. 
 
Existem várias “escolas” ou linhas. Algumas enfatizam que temos de falar de 
forma monótona e “entediante” para que o sujeito se “desligue” e entre em 
transe. 
Seguindo a linha de Milton Erickson, é muito desejável que a indução se inicie 
com sugestões de relaxamento. Evidentemente “relaxar” requer uma 
comunicação verbal e não verbal “relaxantes”, o que significa falar com tom 
de voz tranquilo, lento, aconchegante. 
 
Richard Bandler e a Programação Neurolinguística (após modelar Milton 
Erickson) enfatizam a eliciação de estados, o que significa que o tom 
“monótono” ganha um certo “colorido” e várias interpretações quando 
estamos eliciando um estado específico. 
 
Dependendo do que estamos eliciando, vão haver algumas alterações no 
volume, ritmo, intencidade, emissão e outros fatores para que a 
interpretação seja envolvente. 
Bandler enfatiza que o hipnotizador deve “ir primeiro”, ou seja, eliciar em si 
um estado de recursos consistente com o que vai trabalhar com o sujeito, 
para que isso esteja presente em sua neurologia na hora em que estiver 
atuando. 
 O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
24 
INDUÇÃO HIPNÓTICA 
 
Milton Erickson inova em seu método de Indução. Deixando de seguir linhas 
de indução de choque ou rápida. Uma base poderosa introduzida por Milton 
Erickson é a utilização da memória psicossomática no processo de indução,. 
Como a memória de um banho quente e relaxante após um dia cansativo. O 
simples fato do cliente acessar a memória lhe trás ainda mais relaxamento. 
 
Memórias arquivam em sua fisiologia as imagens, sons, diálogos internos e 
sensações sobre o fato específico. Junto com a experimentação física da 
mesma, arquiva-se a estratégia bioquímica experimentada no momento 
original, ou seja, os hormônios que corriam pela corrente sanguínea durante 
a experiência. 
 
Desta maneira, é possível estabelecer uma sensação física mediante a 
mesma, resgatando a mesma estratégia arquivada com as imagens, sons e 
diálogos da experiência original, disparando neurotransmissores pelo 
organismo e alterando o estado interno imediatamente. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
25 
SUGESTÃO 
 
Quando James Braid descreveu pela primeira vez o hipnotismo, ele não usou 
o termo "sugestão", mas se referiu ao ato de focalizar a mente consciente do 
sujeito em uma única idéia dominante. 
 
A principal estratégia terapêutica da Braid envolvia estimular ou reduzir o 
funcionamento fisiológico em diferentes regiões do corpo. Em seus trabalhos 
posteriores, entretanto, Braid enfatizou cada vez mais o uso de uma 
variedade de diferentes formas verbais e não verbais de sugestão, incluindo o 
uso da "sugestão da vigília" e da auto-hipnose. Subsequentemente, 
Hippolyte Bernheim mudou a ênfase do estado físico da hipnose para o 
processo psicológico da sugestão verbal: 
 
Eu defino o hipnotismo como a indução de uma condição psíquica 
peculiar (isto é, mental) que aumenta a suscetibilidade à sugestão. Muitas 
vezes, é verdade, o sono [hipnótico] que pode ser induzido facilita a 
sugestão, mas não é o preliminar necessário. É a sugestão que governa o 
hipnotismo. 
 
 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
26 
SUGESTÃO 
 
Alguns hipnotizadores vêem a sugestão como uma forma de comunicação 
que é dirigida primariamente à mente consciente do sujeito, enquanto outros 
a veem como um meio de comunicação com a mente " inconsciente " ou " 
subconsciente ". 
 
Estes conceitos foram introduzidos no hipnotismo no final do século XIX por 
Sigmund Freud e Pierre Janet . A teoria psicanalítica de Sigmund Freud 
descreve os pensamentos conscientes como estando na superfície da mente 
e os processos inconscientes como sendo mais profundos na mente. 
 
Braid, Bernheim e outros pioneiros vitorianos do hipnotismo não se referiam 
à mente inconsciente, mas viam sugestões hipnóticas como sendo dirigidas à 
mente consciente do sujeito . 
 
De fato, Braid realmente define o hipnotismo como uma atenção 
concentrada (consciente) sobre uma ideia dominante (ou sugestão). 
 
Diferentes pontos de vista sobre a natureza da mente levaram a diferentes 
concepções de sugestão. Os hipnotizadores que acreditam que as respostas 
são mediadas primariamente por uma "mente inconsciente", como Milton 
Erickson , fazem uso de sugestões indiretas, como metáforas ou histórias, 
cujo significado pretendido pode ser escondido da mente consciente do 
sujeito. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
27 
SUGESTÃO 
 
O conceito de sugestão subliminar depende dessa visão da mente. Por outro 
lado, os hipnotizadores que acreditam que as respostas à sugestão são 
primariamente mediadas pela mente consciente, como Theodore Barber e 
Nicholas Spanos , tendem a fazer mais uso de sugestões e instruções verbais 
diretas. 
 
NA ATUALIDADE 
 
A contramão da hipnose clássica, os conceitos para trabalhar 
psicologicamente em um transe hipnótico estão muito mais ligados a 
identificação da estrutura da experiência subjetiva. 
Um caminha natural e saudável para enriquecer a experiência do cliente, 
ampliando seu mapa sobre o fato específico. 
 
Essa abordagem conduz de forma aberta, respeitando o modelo de mundo 
de cada pessoa. 
O sequenciamento interno dos canais sensoriais (ver, ouvir, sentir e falar 
consigo) organizam a experiência e imprimem a (sinapse) que orienta as 
ações internas e externas. 
As sugestões envolvem uma construção mais objetiva e congruente, onde o 
cliente completa e recheia com suas próprias informações as novas 
percepções. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
APLICAÇÃO 
Capítulo 7 
29 
APLICAÇÃO 
 
Existem inúmeras aplicações para a hipnose em vários campos de interesse, 
incluindo usos médicos / psicoterapêuticos, usos militares, auto-
aperfeiçoamento e entretenimento. A Associação Médica Americana 
atualmente não tem posição oficial sobre o uso médico da hipnose. No 
entanto, um estudo publicado em 1958 pelo Conselho de Saúde Mental da 
American Medical Association documentou a eficácia da hipnose em 
ambientes clínicos. 
 
A hipnose tem sido usada como uma abordagem suplementar para a terapia 
cognitivo-comportamental desde 1949. A hipnose foi definida em relação ao 
condicionamento clássico ; onde as palavras do terapeuta eram os estímulos 
e a hipnose seria a resposta condicionada. Alguns métodos tradicionais de 
terapia cognitivo-comportamental foram baseados no condicionamento 
clássico. Isso incluiria induzir um estado relaxado e introduzir um estímulo 
temido. Uma maneira de induzir o estado relaxado foi através da hipnose. 
 
A Hipnose também tem sido usado em forense , esportes , educação, 
fisioterapia e reabilitação . A Hipnose também tem sido empregado por 
artistas para fins criativos, mais notavelmente o círculo surrealista de André 
Breton, que empregou hipnose, escrita automática e esboços para fins 
criativos. Métodos hipnóticos têm sido usados ​​para reviver estados de drogas 
e experiências místicas. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
30 
APLICAÇÃO 
 
A auto-hipnose é popularmente usada para parar de fumar , aliviar o estresse 
e a ansiedade, promover a perda de peso e induzir a hipnose do sono. A 
hipnose de estágio pode persuadir as pessoas a realizar feitos públicos 
incomuns. 
 
Algumas pessoas têm tirado analogias entre certos aspectos do hipnotismo e 
áreas como a psicologia das multidões, histeria religiosa e transes rituais em 
culturas tribais pré-letradas. 
 
Quer aprofundar mais sobre o tema? Segue um link de um artigo 
falando sobre: 
Ferramentas de hipnose para terapia 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
31 
HIPNOTERAPIA 
 
Hipnoterapia é um uso da hipnose em psicoterapia.ElA é usado por médicos 
licenciados, psicólogos e outros profissionais formados nesta modalidade. 
 
Médicos, psicólogos e terapeutas podem usar a hipnose para tratar a 
depressão, ansiedade, distúrbios alimentares , distúrbios do sono , jogo 
compulsivo e estresse pós-traumático, fumar e controlar o peso. 
 
Hipnoterapia é um complemento útil com efeitos aditivos no tratamento de 
distúrbios psicológicos, como estes, juntamente com terapias cognitivas 
cientificamente comprovadas . A hipnoterapia não deve ser usada para 
reparar ou refrescar a memória, pois a hipnose resulta no endurecimento da 
memória, o que aumenta a confiança em falsas memórias. 
 
Pesquisas preliminares expressaram breves intervenções de hipnose como 
possivelmente uma ferramenta útil para o manejo do HIV-DSP doloroso 
devido à sua história de utilidade no manejo da dor , sua eficácia em longo 
prazo de intervenções breves, a capacidade de ensinar auto-hipnose aos 
pacientes, o custo -efetividade da intervenção e a vantagem de usar tal 
intervenção em oposição ao uso de drogas farmacêuticas. 
 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
32 
HIPNOTERAPIA 
 
Hipnoterapia moderna tem sido usada, com sucesso variável, em uma 
variedade de formas, tais como: 
 
• Vícios 
• Hipnoterapia de regressão de idade (ou "hipnoanálise") 
• Hipnoterapia cognitivo-comportamental ou hipnose clínica combinada 
com elementos da terapia cognitivo-comportamental e PNL 
• Hipnoterapia Ericksoniana 
• Medos e fobias 
• Controle de Hábito 
• Gerenciamento da dor 
• Psicoterapia 
• Relaxamento 
• Reduzir o comportamento do paciente (por exemplo, coçar) que dificulta o 
tratamento da doença de pele 
• Pacientes cirúrgicos com analgesia 
• Desempenho esportivo 
• Perda de peso 
• Ansiedade e Depressão 
• Transtornos Mentais e Cognitivos 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
ESTUDOS E PESQUISA 
Capítulo 8 
34 
ESTUDOS E PESQUISAS 
 
O desacordo teórico central em relação à hipnose é conhecido como o 
debate "estado versus não estatal". Quando Braid introduziu o conceito de 
hipnotismo, ele se equivocou sobre a natureza do "estado", às vezes 
descrevendo-o como um estado neurológico semelhante ao sono, 
comparável à hibernação animal ou à meditação iogue, enquanto em outras 
ocasiões enfatizava que o hipnotismo engloba uma série de diferentes 
estágios ou estados que são uma extensão dos processos psicológicos e 
fisiológicos comuns. No geral, Braid parece ter passado de uma 
compreensão mais "especial" do hipnotismo para uma orientação mais "não 
estatal". 
 
Os teóricos do Estado interpretam os efeitos do hipnotismo como devidos 
primariamente a um estado psicológico ou fisiológico específico, anormal e 
uniforme de alguma descrição, frequentemente chamado de "transe 
hipnótico" ou "estado alterado de consciência". Os teóricos não-estatais 
rejeitaram a ideia de transe hipnótico e interpretaram os efeitos do 
hipnotismo como decorrentes de uma combinação de múltiplos fatores 
específicos da tarefa derivados da psicologia cognitiva, comportamental e 
social normal, como a percepção social do papel e a motivação favorável ( 
Sarbin ). imaginação e conjunto cognitivo positivo (Barber), expectativa de 
resposta (Kirsch), e o uso ativo de estratégias subjetivas específicas da tarefa 
( Spanos). O psicólogo da personalidade Robert White é frequentemente 
citado como uma das primeiras definições não estatais de hipnose em um 
artigo de 1941: 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
35 
ESTUDOS E PESQUISAS 
 
O comportamento hipnótico é um esforço significativo e dirigido por 
objetivos, sendo seu objetivo mais geral comportar-se como uma pessoa 
hipnotizada, pois isso é continuamente definido pelo operador e 
compreendido pelo cliente. 
 
Em termos simples, afirma-se frequentemente que, enquanto a 
interpretação mais antiga do "estado especial" enfatiza a diferença entre a 
hipnose e os processos psicológicos comuns, a interpretação "não estatal" 
enfatiza sua semelhança. 
 
As comparações entre indivíduos hipnotizados e não hipnotizados sugerem 
que, se existe um "transe hipnótico", isso representa apenas uma pequena 
proporção dos efeitos atribuídos à sugestão hipnótica, a maioria dos quais 
pode ser replicada sem indução hipnótica. 
 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
36 
HIPER-
SUGESTIONABILIDADE 
 
Trança pode ser tomada para implicar, em escritos posteriores, que a hipnose 
é em grande parte um estado de sugestionabilidade elevada induzida pela 
expectativa e atenção focada. 
 
Em particular, Hippolyte Bernheim ficou conhecido como o principal 
defensor da "teoria da sugestão" da hipnose, chegando a ponto de declarar 
que não há estado hipnótico, apenas sugestionabilidade acentuada. Existe 
um consenso geral de que a sugestionabilidade aumentada é uma 
característica essencial da hipnose. Em 1933, Clark L. Hull escreveu: 
 
Se um sujeito, depois de se submeter ao procedimento hipnótico, não 
demonstrar um aumento genuíno na suscetibilidade a qualquer sugestão, 
parece não haver motivos para chamá-lo de hipnotizado, 
independentemente de quão completo e prontamente ele possa responder a 
sugestões de fechamento da pálpebra e outros comportamentos superficiais 
de sono. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
37 
INIBIÇÃO CONDICIONADA 
 
Ivan Pavlov afirmou que a sugestão hipnótica forneceu o melhor exemplo de 
uma resposta reflexa condicionada em seres humanos; isto é, que respostas 
a sugestões foram aprendidas associações desencadeadas pelas palavras 
usadas: 
 
A fala, por conta de toda a vida anterior do adulto, está conectada a todos os 
estímulos internos e externos que podem atingir o córtex, sinalizando todos 
eles e substituindo todos eles, e, portanto, pode suscitar todas as reações do 
indivíduo. organismo que são normalmente determinados pelos próprios 
estímulos. Podemos, portanto, considerar a "sugestão" como a forma mais 
simples de um reflexo típico no homem. 
 
Ele também acreditava que a hipnose era um "sono parcial", o que significa 
que uma inibição generalizada do funcionamento cortical poderia ser 
estimulada a se espalhar por todas as regiões do cérebro. Ele observou que 
os vários graus de hipnose não diferiam fisiologicamente do estado de vigília 
e que a hipnose dependia de mudanças insignificantes de estímulos 
ambientais. Pavlov também sugeriu que mecanismos do tronco cerebral 
inferior estavam envolvidos no condicionamento hipnótico. 
 
As ideias de Pavlov combinadas com as de seu rival, Vladimir Bekhterev, 
tornaram-se a base da psicoterapia hipnótica na União Soviética, conforme 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
38 
INIBIÇÃO CONDICIONADA 
 
documentado nos escritos de seu seguidor KI Platonov. As teorias soviéticas 
do hipnotismo influenciaram subsequentemente os escritos de 
hipnoterapeutas ocidentais orientados para o comportamento, como 
Andrew Salter . 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
39 
NEUROPSICOLÓGICA 
 
Mudanças na atividade cerebral foram encontradas em alguns estudos de 
indivíduos hipnotizados altamente responsivos. 
Essas alterações variam dependendo do tipo de condução que está sendo 
realizada. 
O estado da luz à hipnose média, onde o corpo sofre relaxamento físico e 
mental, está associado a um padrão principalmente de ondas alfa. 
Eles podem indicar que sugestões genuinamente produzem mudanças na 
percepção ou experiência que não são simplesmente um resultado da 
imaginação. 
No entanto, em circunstâncias normais, sem hipnose, as regiões cerebrais 
associadas à detecção de movimento são ativadas tanto quando o 
movimento é visto e quando o movimento é imaginado, sem quaisquer 
alterações na percepção ou experiência dos sujeitos. 
A hipnose são mediadas por sistemas cerebrais e mecanismos neurais 
promovendo a neuroplasticidaade. Esse fenômeno natural permite um 
rearranjo no circuito neural, bem como a ativaçãode novos neurônios, 
construindo uma nova estrutura cerebral que permite modificações 
estruturais no cérebro. 
 
Outro estudo demonstrou que uma condução criativa com a Hipnose de 
ativou regiões de processamento de imagem do córtex occipital. Uma 
revisão de 2004 da pesquisa que examina o trabalho do laboratório de EEG 
nesta área conclui: 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
40 
NEUROPSICOLÓGICA 
 
A hipnose não é um estado unitário e, portanto, deve mostrar diferentes 
padrões de atividade do EEG, dependendo da tarefa que está sendo 
experimentada. 
 
Em nossa avaliação da literatura, a teta aumentada é observada durante a 
hipnose quando há desempenho da tarefa ou hipnose concentrativa, mas 
não quando os indivíduos altamente hipnotizáveis ​​estão passivamente 
relaxados, um tanto sonolentos e / ou mais difusos em sua atenção. 
 
Portanto a Hipnose promove alterações na estrutura neurofisiológica do 
organismo, podendo assim contribuir para modificações, psicológicas, 
fisiológicas e genéticas. 
 
Atualmente estudo em uma pesquisa as alterações epigenéticas através da 
Hipnose, ou seja, a capacidade que temos de alterar até 70% do nosso código 
genético. 
Grandes casos como reversão em Câncer, Autismo, Esquizofrenia, Alzheimer 
já são observados com a implantação dessa abordagem na psicoterapia 
breve. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
41 
DISSOCIAÇÃO 
 
Pierre Janet originalmente desenvolveu a ideia de dissociação da consciência 
de seu trabalho com pacientes histéricos. 
 
Ele acreditava que a hipnose era um exemplo de dissociação, em que áreas 
do controle comportamental de um indivíduo se separam da percepção 
comum. 
 
A hipnose removeria algum controle da mente consciente e o indivíduo 
responderia com um comportamento autonômico e reflexivo. Weitzenhoffer 
descreve a hipnose por meio dessa teoria como "dissociação da consciência 
da maioria dos eventos sensoriais e até estritamente neurais que estão 
ocorrendo". 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
42 
NEODISSOCIAÇÃO 
 
Ernest Hilgard , que desenvolveu a teoria da "neodissociação" do hipnotismo, 
hipotetizou que a hipnose faz com que os sujeitos dividam sua consciência 
voluntariamente. 
 
Uma parte responde ao hipnotizador enquanto a outra retém a consciência 
da realidade. Hilgard fez os sujeitos tomarem um banho de água gelada. 
Nenhum deles mencionou a água sendo fria ou sentindo dor. 
 
Hilgard então pediu aos sujeitos que levantassem o dedo indicador se 
sentissem dor e 70% levantassem o dedo indicador. Isso mostrou que, 
embora os sujeitos estivessem ouvindo o sugestivo hipnotizador, eles ainda 
sentiam a temperatura da água. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
43 
TERORIA DO PAPEL 
SOCIAL 
 
O principal teórico que foi pioneiro na influente teoria do hipnotismo foi 
Theodore Sarbin . Sarbin argumentou que as respostas hipnóticas eram 
tentativas motivadas de cumprir os papéis socialmente construídos dos 
sujeitos hipnóticos. Isso levou ao equívoco de que os sujeitos hipnóticos 
estão simplesmente "fingindo". No entanto, Sarbin enfatizou a diferença 
entre fingir, na qual há pouca identificação subjetiva com o papel em 
questão, e assumir o papel, em que o sujeito não apenas age externamente 
de acordo com o papel, mas também subjetivamente se identifica com ele 
em algum grau, agindo, pensando e sentindo "como se" eles estão 
hipnotizados. 
 
Sarbin traçou analogias entre o papel na hipnose e o desempenho de papéis 
em outras áreas, como o método de atuação. A interpretação da hipnose é 
particularmente relevante para a compreensão da hipnose de palco, na qual 
há claramente uma forte pressão dos colegas para cumprir um papel 
socialmente construído, desempenhando-se de acordo com um estágio 
teatral. 
 
Por isso, o construcionismo social e a teoria da hipnose para o papel do papel 
sugere que os indivíduos estão encenando (em oposição a meramente jogar ) 
um papel e que realmente não existe tal coisa como um transe hipnótico. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
44 
TERORIA DO PAPEL 
SOCIAL 
 
Uma relação socialmente construída é construída dependendo da relação 
estabelecida entre o "hipnotizador" e o sujeito (veja efeito Hawthorne , efeito 
Pigmalião e efeito placebo ). 
 
Psicólogos como Robert Baker e Graham Wagstaff afirmam que o que 
chamamos de hipnose é na verdade uma forma de comportamento social 
aprendido, um híbrido complexo de complacência social, relaxamento e 
sugestionabilidade que pode explicar muitas manifestações 
comportamentais esotéricas. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
45 
TERAPIA 
COMPORTAMENTAL 
COGNITIVA 
 
Barber, Spanos e Chaves (1974) propuseram uma teoria não-estatal 
"cognitivo-comportamental" da hipnose, similar em alguns aspectos à teoria 
do papel social de Sarbin e baseando-se na pesquisa anterior de Barber. 
 
Nesse modelo, a hipnose é explicada como uma extensão dos processos 
psicológicos comuns, como imaginação, relaxamento, expectativa, 
conformidade social etc. Em particular, Barber argumentou que as respostas 
às sugestões hipnóticas eram mediadas por um "conjunto cognitivo positivo" 
que consistia em expectativas positivas. atitudes e motivação. Daniel Araoz 
posteriormente cunhou a sigla "TEAM" para simbolizar a orientação do 
sujeito à hipnose em termos de "confiança", "expectativa", "atitude" e 
"motivação". 
 
Barber et al. observaram que fatores similares pareciam mediar a resposta 
tanto ao hipnotismo quanto à terapia cognitivo-comportamental, em 
particular a dessensibilização sistemática. Assim, a pesquisa e a prática 
clínica inspiradas por sua interpretação levaram a um crescente interesse na 
relação entre hipnoterapia e terapia cognitivo-comportamental. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
46 
TEORIA DA INFORMAÇÃO 
 
Uma abordagem vagamente baseada na teoria da informação usa um 
modelo cérebro-como-computador. 
 
Em sistemas adaptativos, o feedback aumenta a relação sinal-ruído , que 
pode convergir para um estado estável. 
 
Aumentar a relação sinal-ruído permite que as mensagens sejam recebidas 
de forma mais clara. O objetivo do hipnotizador é usar técnicas para reduzir a 
interferência e aumentar a capacidade de recepção de mensagens 
específicas (sugestões). 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
47 
TEORIA DOS SISTEMAS 
 
A teoria dos sistemas , nesse contexto, pode ser considerada como uma 
extensão da conceituação original de Braid de hipnose como envolvendo "o 
cérebro e o sistema nervoso em geral". 
 
A teoria de sistemas considera a organização do sistema nervoso em 
subsistemas em interação. Fenômenos hipnóticos, portanto, envolvem não 
apenas o aumento ou diminuição da atividade de determinados subsistemas, 
mas também sua interação. 
 
Um fenômeno central a esse respeito é o dos ciclos de realimentação, que 
sugerem um mecanismo para a criação de fenômenos hipnóticos. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
48 
SOCIEDADES 
 
A Hipnose é uma ferramenta complementar utilizada na Psicologia 
Integrativa, na Medicina, Terapias Naturais, entre tantas outras modalidades. 
 
No mundo existem diversos conselhos que orientam uma rígida análise sobre 
os formadores na modalidade Hipnose Clínica e Hipnoterapia. 
O conteúdo necessário para uma pessoa se formar profissionalmente incluí 
os fundamentos da Hipnose, Comunicação e Linguagem, Semântica 
Transformacional, Psicopatologia, Neurociências, Conceitos Psicanalíticos, 
Semiologia Médica, Comportamental Cognitiva, PNL e Psicologia Positiva. 
 
Esses conselhos oferecem uma regulamentação mundial para garantir a boa 
execução de profissionais no mercado da Hipnose Clínica e Hipnoterapia. 
 
Sou afiliado a conselhos nos USA ligados a Universidades renomadas que 
habilitam e fiscalizam o conteúdo programático, bem como a qualidade das 
aulas e cursos. 
 
É importante encontraruma formação que te profissionalize para a atuação 
com a Hipnose em um cenário clínico. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
HIPNOSE E O CÉREBRO 
Capítulo 9 
50 
PADRÕES DE FREQUÊNCIA 
MENTAL E NÍVEIS DE 
CONCENTRAÇÃO 
 
As ondas elétricas cerebrais, como todas as ondas, são medidas de duas 
maneiras. 
 
A primeira é a frequência ou a velocidade dos impulsos elétricos. Frequência 
é medida em ciclos por segundo (Hz), variando de 0,5 Hz a 38 Hz. A segunda 
medida é a amplitude, ou o quão forte é a onda cerebral. 
 
Ondas cerebrais são classificadas por frequência em cinco tipos: BETA, 
ALFA, TETA, DELTA e GAMA. O Eletroencefalograma (EEG) registra 
graficamente as correntes elétricas dos hemisférios esquerdo e direito do 
cérebro, através de eletrodos aplicados no couro cabeludo. 
 
Essa ondas determinam a velocidade do processamento de informações no 
cérebro. É possível através de exames de imagem identificar os padrões de 
mudanças de ondas e respostas neuro-emocionais durante um trabalho com 
a Hipnose. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
51 
PADRÕES DE FREQUÊNCIA 
MENTAL E NÍVEIS DE 
CONCENTRAÇÃO 
 
FREQUÊNCIA GAMA 
 
Ondas cerebrais GAMA ficam acima de 39 Hz e estão envolvidas na maior 
atividade mental e consolidação das informações. Os meditadores 
avançados tibetanos produzem níveis mais elevados de Gama que as outras 
pessoas, tanto antes como durante a meditação. 
 
FREQUÊNCIA BETA 
 
É o estado de vigília. Neste nível estão associados os 5 sentidos físicos (tato, 
paladar, olfato, visão e audição). Ondas cerebrais BETA são rápidas, variando 
de 13 a 38 ciclos por segundo. Beta é o estado de pensamento normal, sua 
consciência externa ativa e o processo de pensamento. Sem Beta não 
seríamos capazes de exercer nossas funções no mundo exterior. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
52 
PADRÕES DE FREQUÊNCIA 
MENTAL E NÍVEIS DE 
CONCENTRAÇÃO 
 
FREQUÊNCIA DELTA 
 
É o nível da inconsciência. Nele somente o subconsciente esta agindo (É 
semelhante a um coma). Ondas cerebrais Delta retratam nossa mente 
inconsciente, o estado de sono profundo, variando de cerca de 0,5 ciclo por 
segundo a 4 ciclos por segundo. Mas, em combinação com outras ondas no 
estado de vigília, Delta atua como uma espécie de radar procurando 
informações, chegando a entender no mais profundo nível inconsciente 
coisas que não podemos compreender através do processo do pensamento. 
Delta nos oferece intuição, sintonia empática e discernimento instintivo. 
 
O padrão de ondas cerebrais da Mente Desperta ou Mente de Alta 
Performance combina o radar empático e intuitivo das ondas Delta; a 
inspiração criativa, a percepção pessoal, e consciência espiritual das ondas 
Teta; a capacidade de transição e relaxamento com consciência das ondas 
Alfa; e da atenção externa e capacidade de processo de pensamento 
consciente das ondas Beta, tudo ao mesmo tempo. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
53 
CÉREBRO TRINO 
 
Do Latim (cérebrum). É um órgão ao qual compete controlar todos os 
movimentos do corpo e processar a informação sensorial. Nosso cérebro é 
dividido em duas metades, que cientificamente chamamos de hemisférios. 
Nós temos o hemisfério direito que trabalha com palavras e números e o 
hemisfério esquerdo que trabalha com memórias e emoções. 
 
A Teoria do cérebro trino foi elaborada em 1970 pelo neurocientista Paul 
MacLean, apresentada em 1990 no seu livro “The Triune Brain in evolution: 
Role in paleocerebral functions”, discute o fato de que nós, 
humanos/primatas, temos o cérebro dividido em três unidades funcionais 
diferentes. Cada uma dessas unidades representa um extrato evolutivo 
do sistema nervoso dos vertebrados. 
Segundo a teoria de MacLean, o cérebro humano/primata seria composto 
pelo: 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
54 
CÉREBRO TRINO 
 
CÉREBRO REPTILIANO 
 
O Cérebro Reptiliano ou cérebro basal, ou ainda, como o chamou MacLean, 
“R-complex”, é formado apenas pela medula espinhal e pelas porções basais 
do prosencéfalo. Esse primeiro nível de organização cerebral é capaz apenas 
de promover reflexos simples, o que ocorre em répteis, por isso o nome; 
Conhecido como "cérebro instintivo", tem como característica a 
sobrevivência, responsável pelas emoções primárias como, fome, sede entre 
outras. Faz o coração bater, caminha, respira... 
 
LÍMBICO - CÉREBRO DOS MAMÍFEROS INFERIORES 
 
O Cérebro dos Mamíferos Inferiores: ou cérebro emocional, ou 
“Paleommamalian Brain”, é o segundo nível funcional do sistema nervoso e, 
além dos componentes do cérebro reptiliano, conta com os núcleos da base 
do telencéfalo, responsáveis pela motricidade grosseira; pelo Diencéfalo, 
constituído por Tálamo, Hipotálamo e Epitálamo; pelo Giro do Cíngulo; e 
pelo hipocampo e parahipocampo. Esses últimos componentes são 
integrantes do Sistema Límbico, que é responsável por controlar o 
comportamento emocional dos indivíduos, daí o nome 
de Cérebro Emocional. Esse nível de organização corresponde ao cérebro da 
maioria dos mamíferos. Transforma emoções em memórias, hospeda nossas 
crenças e nossos padrões. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
55 
CÉREBRO TRINO 
 
 
NEOCÓRTEX - CÉREBRO RACIONAL 
 
Conhecido também como neocórtex, é compostos pelo córtex telencefálico. 
Esse por sua vez é dividido em lobos, sendo esses: 
Frontal: o mais derivado dos lobos cerebrais, responsável pelas funções 
executivas; 
Parietal: responsável pelas sensações gerais; 
Temporal: responsável pela audição e pelo olfato; 
Occipital: responsável pela visão; 
Insular: responsável pelo paladar e gustação. 
O cérebro racional é o que diferencia o homem/primata dos demais animais. 
Segundo Paul MacLean é apenas pela presença do neocórtex que o homem 
consegue desenvolver o pensamento abstrato e tem capacidade de gerar 
invenções. Mente imaginária e inteligente. 
 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
56 
CÉREBRO TRINO 
 
 
Durante o trabalho com a hipnose, o hipnoterapeuta ajuda o cliente a 
conhecer suas reações extintivas, emocionais e racionais. 
 
Normalmente esses padrões podem trazer a tona atitudes reativas, 
vitimistas ou inteligentes emocionalmente. 
O processo com a Hipnose direciona o olhar da pessoa para o funcionamento 
dos padrões comportamentais, pensamentos e emoções. 
Nesse ponto, fica claro a maneira como o indivíduo responde sobre os 
estímulos internos e constrói sua realidade subjetiva. 
 
A reprogramação desse padrão, condiz prioritariamente na identificação dos 
gatilhos de disparos ineficientes de padrões internos. 
Na sequência a inclusão de recursos, valores e revisão de crenças para uma 
saída mais saudável e congruente. 
 
 
 
 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
RECURSOS INTERNOS 
Capítulo 10 
58 
RECURSOS INTERNOS 
 
 
Ampliar a percepção de uma situação desafiadora é um dos pilares básicos 
em um processo Generativo. Quando existe uma “situação problema” 
definimos que a mesma está carente de algum recurso interno específico, 
uma habilidade, uma competência ou uma capacidade que não foi aplicada 
ou utilizada no momento. 
 
Recursos são capacidades internas que movem as pessoas em direção ao 
sucesso. 
Eliciar recursos internos fazem a diferença na percepção de novas 
oportunidades, possibilitando uma performance muito mais produtiva e uma 
representação significativa de uma solução. 
 
Você já passou por um dia em que nada dá certo? Aquele dia em que você 
“acordou com o pé esquerdo”? 
Você é a mesma pessoa nas duas situações. A diferença está no estado 
neurofisiológico em questão – o estado interno. 
 
A maioria de nossos estados internos acontece de forma automática – sem 
controle consciente – porque estamos “acostumados” (programados) a 
reagir daquela maneira. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
59 
RECURSOS INTERNOS 
 
 
Desta forma, uma pessoa pode representara si mesma como alguém 
insignificante e incapaz, e esta representação vai colocá-lo num estado de 
poucos recursos – um estado limitante. Na verdade, esta pessoa pode não 
ser nada disso – pode até ser alguém com muitas capacidades – mas ela se 
tornou naquele momento exatamente aquilo que julgou ser. 
 
A diferença entre as pessoas que falham em realizar suas metas e aquelas 
que são bem sucedidas é que estas conseguem se colocar num estado de 
apoio e segurança (um estado de recursos). Isto é muito diferente de entrar e 
sair de estados automaticamente, sem controle consciente, sendo 
controlado por outras pessoas, pela mídia, etc. Imagine que seu cérebro é um 
veículo que, se você não dirigir, se você não estiver ao volante, será guiado 
por outros ou pelas situações – como um barco ao sabor do vento. 
 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
60 
PATROCINANDO 
RECURSOS INTERNOS 
 
 
Várias pessoas estudam na PNL que possuímos todos os recursos 
necessários, em nossa mente consciente ou inconsciente, para obtermos 
tudo que desejamos. 
Tal afirmativa, além de parecer autoconfiante demais, conflita com a visão 
pessoal e a frequentemente baixa autoestima de muita gente. Elas pensam: 
“como assim eu já tenho dentro de mim tudo o que preciso? Eu já sei a 
resposta de todos os meus problemas? Vasculho dentro de mim e não acho 
nada… “. 
 
Este tipo de dificuldade é usual. A afirmativa pura e simples “Confie na mente 
inconsciente”, um truísmo muito usado pela Neurolinguística, faz com que 
várias pessoas ou se arrisquem sem muita base em um novo projeto ou, ao 
contrário, quedam-se inermes, esperando infrutiferamente que algo 
aconteça, ou um “gênio interior” assuma seu corpo e sua mente para resolver 
todas as questões necessárias, urgentes e pendentes de suas vidas… 
 
Vamos analisar um pouco mais esta afirmação. Quando a PNL diz “você já 
tem dentro de você tudo o que você precisa” visa fazer com que o indivíduo 
se focalize em suas próprias habilidades e capacidades, e não em suas 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
61 
PATROCINANDO 
RECURSOS INTERNOS 
 
 
limitações. Isto é um truísmo – porquê é óbvio que todos nós devemos e 
iremos resolver nossas questões de vida a partir dos recursos, habilidades, 
competências, conhecimentos e oportunidades de que dispomos, seja agora, 
seja daqui a pouco, com o esforço de ampliação destes mesmos recursos, 
habilidades, competências, conhecimentos e oportunidades que 
conseguirmos obter. 
 
A intenção é redirecionar a mente para aquilo que é realmente eficaz – agir a 
partir do que se tem – ao invés de apenas suspirar pelos cantos, ansiando 
pelo que não se tem. Não obstante, mesmo assim, algumas pessoas 
continuam obcecadas pelo que lhes falta. Ficam historiando suas falhas e 
fazendo um rol de acontecimentos tristes passados que justifiquem as suas 
limitações e bloqueios. Isso acontece muito em situações de coaching, isto é, 
situações onde estamos orientando pessoas para definir metas e estabelecer 
projetos de melhoria em suas vidas pessoais e profissionais. 
 
Definir um projeto de vida é dependente daquilo que está motivando e 
interessando o indivíduo no momento – e isto pode ser um fio da meada para 
que se façam progressivas mudanças pessoais, profissionais e 
comportamentais que acabem se tornando bem radicais, que modifiquem 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
62 
PATROCINANDO 
RECURSOS INTERNOS 
 
 
completamente a vida em um período de dez ou quinze anos… É claro que 
este tempo permite que uma pessoa se engaje em uma busca objetiva pelas 
habilidades e recursos que ainda lhe falta e, assim, consiga chegar a um 
ponto de melhoria bem além do que sua imaginação possa abarcar no 
presente. 
 
Para “baixar a bola” um pouco da angústia que acomete nestas horas, 
sempre sugiro que se escolha apenas um projeto de vida, não o projeto de 
vida. E comprometendo-se com ele por um período pequeno, digamos 
apenas três meses, e não para o resto da vida, cada um pode experienciar em 
si a sensação de se focar em plenitude, sem objeções. Experimentar se 
motivar é um pouco como uma experiência de faz-de-conta: faça de conta 
que você tem certeza de que aquilo que você está fazendo é aquilo que 
sempre sonhou… 
Isto é, aceite as suas habilidades múltiplas e pense em como fazer uma 
sinergia entre estas habilidades, desenvolvendo uma especialidade só sua. 
Não se preocupe, por exemplo, em preencher um escaninho pré-fabricado de 
emprego – pense primeiro em você, em como você tem um misto de 
capacidades suas, e como vendê-las às instituições, dando a elas o que elas 
querem, através da forma como você quer. 
 
 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
63 
PATROCINANDO 
RECURSOS INTERNOS 
 
 
E o que isto tem a ver com a frase “você tem dentro de si mesmo todos os 
recursos que precisa”? Esta frase nos redireciona a confiar que aquilo que nós 
não temos, somos capazes de desenvolver. E o ponto principal em mente é o 
que chamamos de recursos. O que são recursos? São tudo aquilo o que 
podemos lançar mão para fabricar aquilo de que precisamos. Recursos não 
são necessariamente soluções prontas, e sim matéria-prima para 
engendrarmos soluções específicas. Quando estiver vasculhando a sua 
mente interior na busca de recursos, não espere encontrar soluções prontas, 
pré-fabricadas. 
 
Percebi que nossos recursos clássicos são aquilo que genericamente 
chamamos de dimensões ou parâmetros, aqueles eixos da escala de medida 
com os quais costumamos avaliar os resultados de alguma coisa. Quando 
medimos algo, normalmente usamos o tempo e o dinheiro como escala, 
correto? Vários parâmetros medem maneiras de avaliar um determinado 
processo de atingimento, sendo que alguns parâmetros só servem para 
máquinas, tais como o potencial elétrico ou a tonelagem por metro 
quadrado. E os parâmetros da escala humana normalmente são o Tempo, o 
Dinheiro, o Esforço, o Conhecimento e a Atenção. 
 
 
 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
64 
PATROCINANDO 
RECURSOS INTERNOS 
 
 
Tempo, dinheiro e esforço são facilmente mensuráveis, mas conhecimento e 
atenção não. Isto acontece porque são atributos mais mentais, sendo o 
conhecimento algo mais pertinente ao hemisfério esquerdo e a atenção (e o 
interesse, motivação e expectativa, imbuídos nela) mais pertinente ao 
hemisfério direito do cérebro. Quando focalizamos que o desenvolvimento 
de uma habilidade ou competência é fruto do balanceamento pessoal da 
aplicação destes cinco recursos básicos – ou recursos-fonte, se assim o 
preferir, despersonalizamos a ideia de limitação pessoal. Se para um projeto 
específico precisamos desenvolver uma habilidade que não temos, basta se 
perguntar: “posso dispor do tempo (físico), dinheiro (social), esforço 
(disposição emocional) e atenção (motivação) suficientes para alcançar este 
nível de conhecimento? “. 
 
Este questionamento nos faz perceber também que devemos aprender a 
fazer equilíbrio dos recursos. Isto é, se aplicarmos todo o nosso tempo e 
dinheiro disponível para obter uma meta, é claro que faltará destes recursos 
para outra, mesmo que nos sobre esforço, conhecimento e atenção… 
 
Algumas vezes os recursos podem ser intercambiáveis – se temos pouco 
dinheiro, devemos investir mais tempo, esforço e atenção para obter o 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
65 
PATROCINANDO 
RECURSOS INTERNOS 
 
 
conhecimento necessário para alcançar o que desejamos com um 
investimento mínimo em dinheiro. Porém, em muitas situações, é necessário 
alocar algo em cada uma destas cinco dimensões ou parâmetros, se 
realmente queremos ser realistas em nossa busca. Este processo nos auxilia a 
estruturar nosso planejamento de vida e nossa estratégia de realização, bem 
como nos proteger das supostas limitações que reconheçamos ainda em 
nossa personalidade e ambiente. 
 
“Valorize seus pontos fortes e proteja seus pontos fracos” dizia a sabedoriaantiga dos índios Sioux. Focalize a atenção naquilo que você tem de melhor, 
através dos cinco recursos de vida que todos nós usamos e, daquilo que você 
tem pouco, compense com aquilo que você tem muito. 
 
Os Sioux também diziam: “e saiba usar bem a sua imaginação, a seu favor, e 
não contra você”. Não digo apenas que pode transformar os pensamentos de 
derrota e fracasso em pensamentos de sucesso apenas com a prática. E que 
os recursos são uma mágica arca do tesouro dentro de sua mente 
inconsciente. Digo para reconhecer que os pensamentos de fracasso se 
tornam parte do problema e que modificá-los é, também, parte da solução. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
66 
PATROCINANDO 
RECURSOS INTERNOS 
 
 
Acompanhados de uma ação de sucesso, os novos pensamentos se tornam 
cada vez mais presentes, criando sensações de bem-estar. E assim torna-se 
mais fácil estruturar uma linha de ação para a solução dos problemas, 
abrangendo os aspectos físicos, sociais, emocionais e cognitivos, de uma 
maneira sistêmica. 
 
Quer aprofundar mais sobre o tema? Segue um link de um artigo 
falando sobre: 
Doze ferramentas para você começar na Hipnoterapia 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
https://institutoelix.com.br/doze-ferramentas-para-voce-comecar-na-hipnoterapia/
ACOMPANHAMENTO AO FUTURO 
Capítulo 11 
68 
ACOMPANHAMENTO AO 
FUTURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acompanhamento ao futuro consiste em uma técnica de Hipnose e PNL para 
verificar a sua ação ou reação perante um estímulo. Pode ser usada também 
com o planejamento de objetivos e prever o que esta 'programado' em sua 
mente. É você imaginar uma situação futura, dissociadamente ou 
 
 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
69 
ACOMPANHAMENTO AO 
FUTURO 
 
 
associadamente, isso não tem importância, pois a Acompanhamento ao 
futuro é para ver como será a sua ação e reação. 
 
O Acompanhamento ao futuro prevê o nosso comportamento, é uma ótima 
técnica para sabermos como estão as nossas representações. 
Acompanhamento ao futuro consiste em imaginar algum evento, por 
exemplo: 
 
• Imagine o que você realmente irá fazer amanhã. 
• Imagine como será quando você encontrar aquela pessoa. 
• Imagine como será daqui a um ano quando você se sentar aonde está 
nesse momento. 
 
Os resultados dessa imaginação é o que seu cérebro esta programado para 
fazer, com isso, a informação é construída através do Lobo Frontal, gerando 
novas sinapses sobre determinado contexto. É um meio de se testar se os 
procedimentos pós técnicas foram realizados com sucesso. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
70 
ACOMPANHAMENTO AO 
FUTURO 
 
 
O Acompanhamento ao futuro é um meio de se obter feedback antes que o 
fato aconteça. Um exemplo prático e muito usado é: Se você for dar uma 
palestra, imagine-se dando a palestra, e então? Sua reação foi boa? Imagine-
se dissociado e veja a você, e então? Seu comportamento pode melhorar? No 
que? 
 
Quer aprofundar mais sobre o tema? Segue um link de um artigo 
falando sobre: 
3 técnicas básicas de hipnoterapia que todo terapeuta 
deveria saber 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
https://institutoelix.com.br/tres-tecnicas-de-hipnoterapia-basica-que-todo-terapeuta-deve-saber/
https://institutoelix.com.br/tres-tecnicas-de-hipnoterapia-basica-que-todo-terapeuta-deve-saber/
ELEMENTOS PARA HIPNOSE 
Capítulo 12 
72 
ELEMENTOS PARA 
HIPNOSE 
 
 
ELEMENTOS PARA O SUCESSO HIPNÓTICO 
 
• Rapport 
 
Conexão empática com a pessoa. Compreender os padrões internos. É a 
capacidade de sair do seu modelo de mundo para entrar totalmente no 
modelo de mundo do outro, fazendo ele sentir que você se importa e o 
entende. 
 
• Comunicação não-verbal de estados internos 
 
Linguagem e expressão não verbal. Respiração, postura, posição, expressões 
faciais. 
 
• Percepção de Estados Internos 
 
Identificar os estados além da comunicação verbal da pessoa. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
73 
ELEMENTOS PARA 
HIPNOSE 
 
 
• Despertar, usar e ancorar estados internos 
 
Não trazer apenas a compreensão cognitiva de uma situação. Mais 
importante do que o cliente pensar a respeito é ele reviver os estados de 
recurso que já experimentou. 
 
• Analógicos: Fala, gestual, expressões em CONGRUÊNCIA 
 
Tom de voz, expressão, ritmo, timbre, movimentos, todos esses elementos 
devem ser combinados para aumentar a atmosfera da indução. 
Você não vai dizer para seu cliente relaxar com um tom de voz alto e rápido. 
 
• “Teatro Mágico”. 
 
A Hipnose é uma grande história que se dirige na mente da pessoa. Montar 
um teatro mágico com elementos, metáforas, personagens, sons, sensações, 
imagens, potencializam o resultado do envolvimento do seu cliente com o 
processo. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
74 
ELEMENTOS PARA O 
SUCESSO NA INDUÇÃO 
 
Relaxamento 
Acomodar a pessoa de maneira confortável e iniciar uma exploração para o 
aumento da concentração interna. Fechando os olhos e mantendo uma 
respiração profunda e relaxante. Trazendo lembranças de momentos 
tranquilos onde relaxou profundamente. Imagens, sons relaxantes... 
 
Aprofundamento 
Com a pessoa relaxada aplicar um aprofundamento no estado para obter um 
acesso amplificado ao inconsciente. Metáforas como contagens de 10 a 0, 
onde a cada número a pessoa aprofunda ainda mais o estado, ou, escadas 
que a pessoa desce e a cada degrau a pessoa acessa um estado mais 
profundo da mente. Voz profunda e tranquila com espaços entre as frases, 
diminuindo o ritmo da fala. 
 
Eliciação e estudo do desafio 
Estudar o que a pessoa deseja mudar, a crença, comportamento ou hábito 
limitante. Verificar os impactos sistêmicos (o que vem fazendo com ela em 
outras áreas da vida), verificar o que vem cumprindo de positivo através 
desse estado ainda limitante. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
75 
ELEMENTOS PARA O 
SUCESSO NA INDUÇÃO 
 
Ampliação da realidade 
Analisar diferentes perspectivas para “COMO” fazer diferente, o que mais 
pode ser considerado para ampliar novos caminhos. O que pessoas que não 
tem esse desafio fazem diferente para obter tais resultados. 
 
Identificação do recurso 
Encontrar qual a habilidade, competência, recurso interno seria o melhor 
talento para lidar com essa situação. Onde esses talentos já fizeram a 
diferença na vida desta pessoa e como especificamente ela o fez presente. 
 
Análise de novas possibilidades 
 
O que já pode ser considerado diferente através destes recursos ativos. 
Como pode haver uma escolha nova que fará uma diferença significativa na 
experiência da pessoa. Quais possibilidades podem ser consideradas? 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
76 
ELEMENTOS PARA O 
SUCESSO NA INDUÇÃO 
 
Utilização 
Quais os primeiros passos já possíveis ainda hoje para experimentar essa 
mudança feita? Veja-se no futuro de forma presente vivendo de maneira 
mais saudável com tudo isso e perceba o que já muda. 
Como as pessoas ganham com toda essa mudança já feita? 
 
Reintegração 
Uma contagem de 0 a 7 para a pessoa retomar fracionadamente a 
consciência externa, integrando a respiração, aumentando o tom de voz e a 
velocidade da fala. 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
77 
FISIOLOGIA E 
COMPORTAMENTO 
 
 
Durante um processo com hipnose, algumas alterações específicas 
aconteceram no comportamento e na fisiologia do seu cliente. 
A principal delas são: 
 
• Redução de movimentos; 
• Relaxamento muscular; 
• Voz mais profunda; 
• Relaxamento dos músculos faciais; 
• Literalismo; 
• Respostas mais lentas; 
• Reflexo de deglutição alterado; 
• Alteração do ritmo respiratório e cardíaco; 
• Neurotransmissor cerebral acetilcolina ao invés de neuropinefrina. 
• Movimento rápido das pálpebras; 
• Reflexo de piscar; 
• Pupilas dilatadas; 
• Lacrimejamento; 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO78 
FISIOLOGIA E 
COMPORTAMENTO 
 
 
• Olhar vago e sem foco; 
• Movimentos oculares; 
• Modificação na orientação; 
• Automatismo de movimentos; 
• Movimentos espasmódicos, inconscientes, abruptos; 
• Assimetria facial; 
• Alterações na circulação periférica; 
• O sujeito responde mais e mais fácil; 
• Movimentos Ideomotores e Ideosensórios. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
79 
CARACTERÍSTICAS 
PSICOLÓGICAS 
 
 
Existem também alterações no processamento psicológico durante o 
processo de transe. As principais modificações são: 
 
• Atenção seletiva; 
• Resposta à sugestão; 
• Transe lógico; 
• Dissociação; 
• Interpretação subjetiva; 
• Relaxamento. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
80 
CONVERSA INICIAL 
 
 
Esse é o momento chave antes da hipnose acontecer, pois é nessa hora que 
você irá passar confiança. É aqui onde nasce o fracasso ou o sucesso da sua 
experiência. 
Esse é o momento onde você irá tirar todas as dúvidas derrubando os todos 
os preconceitos e medos do sujeito. 
 
Um dos principais “fantasmas” do hipnotista iniciante é falar para os 
desconhecidos ou mesmo para os amigos que faz hipnose. Isso ocorre 
porque nessa hora deve-se usar as palavras certas. Mas se você souber o que 
falar, o quão mais seguro você pode se sentir? 
 
Pensando nisso trazemos então um roteiro prontinho do que falar antes de 
hipnotizar alguém. Essas são as palavras que você pode utilizar antes de 
iniciar a hipnose. Elas servem para criar confiança e engajar a criatividade, a 
inteligência, autoestima, a fim de estabelecer uma aceitação e curiosidade 
acerca do fenômeno. Nesse Pré-Talk que abaixo transcrevemos utilizamos 
apenas UM dos diversos gatilhos mentais existentes. Confira logo mais essa 
ideia de conversação… 
 
Ideia de conversação pré-indução: 
Hipnotizador: Alguns de vocês nunca foram hipnotizados formalmente. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
81 
CONVERSA INICIAL 
 
 
Certamente, você já sabe que experimentamos o estado de hipnose todos os 
dias. Enquanto estamos caminhando pela manhã e nos entregamos aos 
nossos pensamentos, com a atenção voltada para o mundo interior, ali, 
naquele exato momento, estamos em transe. E quem são as pessoas que 
melhor acessam este estado? Quem são as pessoas mais sensíveis a hipnose? 
Pessoas inteligentes, pessoas de caráter, pessoas que valorizam a própria 
imagem, pessoas de autoestima equilibrada… 
 
Note que se o sujeito NÃO se entregar a hipnose posteriormente, ele está 
negando todas as qualidades que citamos acima. Ninguém quer mostrar aos 
outros, publicamente, que NÃO é inteligente ou que NÃO tem caráter… 
Outro exemplo de Pré-Talk 
 
Hipnólogo: Então você me disse que está perdida, sempre tentando agradar 
outras pessoas e sente que nunca recebe o suficiente de volta. É como se 
estivesse vivendo com o “freio de mão puxado”. Como se sua vida não 
andasse. Sabe o que fazer, sabe como fazer, mas nunca faz, e isso parece 
uma prisão, não é? (Pacing Descritivo). 
Cliente: É exatamente isso. 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
82 
CONVERSA INICIAL 
 
 
Hipnólogo: Eu não sei exatamente como se sente ou o que está pensando, 
mas isso me lembrou o caso de “Pértes”. Claro que você já conhece essa 
história porque se parece muito muito com a sua história… Então nem vou 
contar… (Pré-Talk – Indução de Estado/Curiosidade). 
Cliente: Agora eu quero saber… Você nunca contou… 
 
Hipnólogo: Tem certeza? Você não precisa ficar curiosa sobre isso, eu já 
contei… (Intensificando o Estado de Curiosidade, gerando expectativa). 
 
Cliente: Ai, por favor… Conte logo, estou morrendo de curiosidade… 
É muito importante estabelecer uma conversa inicial e desmistificar a 
Hipnose para a pessoa envolvida, criando conexão e confiança entre o 
hipnotizado e o hipnotizador. 
 
Quer aprofundar mais sobre o tema? Segue um link de um artigo 
falando sobre: 
Sete ferramentas para o relaxamento na hipnose 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
https://institutoelix.com.br/sete-ferramentas-para-o-relaxamento-na-hipnose/
A HISTÓRIA DA HIPNOSE 
Capítulo 13 
84 
A HISTÓRIA DA HIPNOSE 
 
A hipnose e a utilização de estados hipnóticos esteve presente em toda 
história da humanidade. Ao longo de seu desenvolvimento pode-se 
perceber três momentos distintos de seu uso e aplicações: 
 
HIPNOSE UTILIZADA PELOS POVOS E CIVILIZAÇÕES ANTIGAS 
 
Nas culturas antigas a hipnose foi a forma mais antiga de cura utilizada 
pelos sacerdotes. Não era usada nos termos formais de hipnose, mas 
utilizava-se processos e procedimentos hipnóticos para a cura de dores e 
doenças. No Egito antigo no século 1500 a.C., os sacerdotes induziam um 
certo tipo de estado hipnótico com finalidade de cura, conforme escrito 
nos papiros de Ebers. Estes papiros continham uma coletânea de antigos 
escritos médicos descrevendo como aliviar a dor e as doenças. (Bauer, 
1998). 
 
Na Grécia antiga nos templos Asclépia, se fazia o diagnóstico e cura dos 
doentes por intermédio do sono divino ou terapia onírica. Neste estado 
anterior ao sono, chamado na época estado hipnagógico, as imagens 
irrompiam automaticamente à consciência do doente e o sacerdote 
trabalhava simbolicamente sobre estas imagens, fornecendo sugestões 
hipnóticas de cura. No século XI, Avicena – médico iraniano, filósofo e 
sábio, acreditava que a imaginação era capaz de enfermar e curar as 
pessoas. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
85 
A HISTÓRIA DA HIPNOSE 
 
 
No século XVI Paracelsus, pai da medicina hermética, acreditava na 
influência magnética das estrelas na cura de pessoas doentes, vindo a 
confeccionar talismãs com inscrições planetárias e zodiacais. A hipnose 
utilizada na antigüidade era impregnada de magia, misticismo e 
religiosidade com objetivos de cura através da imaginação, profecias, 
captação de idéias e mensagens dos deuses. Utilizava-se induções 
hipnóticas individuais ou em grupos, através de danças, cantos, orações, 
rituais e palavras. (Carvalho, 1999). 
 
HIPNOSE NO PERÍODO DE EXPERIMENTAÇÃO CIENTÍFICA – SÉC. XVIII 
E XIX 
 
A história da hipnose no grande período de experimentação científica do 
século XVIII e XIX foi retirado integralmente de Carvalho(1999) e Rossi & 
Cheek (1988). Tem início com Franz Anton Mesmer (1734-1815), médico 
austríaco do século XVIII, que iniciou seus estudos interessado no 
magnetismo animal que seria responsável pela cura de dores e doenças. 
 
Após sua mudança para Paris, seu trabalho foi foco de muita atenção pelo 
meio científico, onde Mesmer acreditava na influência dos corpos celestes 
na cura das doenças e na presença de um fluido universal ligando astros e 
corpos. 
 
 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
86 
A HISTÓRIA DA HIPNOSE 
 
 
Esse fluido magnético era captado e emitido por ferro imantado e a pessoa 
imantada transferia energia para os demais. Mais tarde, ele percebeu que 
o próprio homem captava energia e passou a falar em magnetismo 
humano, realizando várias cirurgias e anestesias sobre o sono mesmérico, 
desenvolvendo-se a partir daí a expressão Mesmerismo. 
 
O trabalho de Mesmer teve grande repercussão no meio científico e 
acadêmico, embora tenha tido sucessos e fracassos em suas curas. Os 
acadêmicos de Medicina, como maior ciência oficial da época, 
pressionaram o então rei Luíz XVI, a convocar a “Comissão da Sociedade 
Real de Medicina e da Academia de Ciências – 1784”, composta pelos mais 
renomados cientistas da época, para estudar o fenômeno hipnótico. 
 
A Comissão Julgadora trabalhou realizando experimentos com diferentes 
materiais, concluindo a inexistência do magnetismo humano e afirmando 
que os resultados obtidos eram somente consequência da imaginação. 
Mesmer caiu em descrédito no meio científico, mas suas teorias e métodos 
continuaram a ser empregados por seus seguidores, como o Marquês de 
Puységur e Abade Faria. 
 
Foi somente no século XIX que o médico inglêsJames Braid (1795-1859), 
assistindo a uma cirurgia efetuada por Mesmer com anestesia geral 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
87 
A HISTÓRIA DA HIPNOSE 
 
 
provocada pelo uso da hipnose, passou a estudar o processo vindo a 
reformular a teoria de Mesmer. Braid definiu o estado hipnótico como um 
estado particular de “sono do sistema nervoso”, vindo a cunhar o termo 
hipnose, do grego Hypnos que simbolizava o Deus do sono na Mitologia 
Grega. Dessa forma, o termo hipnose ficou erroneamente associada a idéia 
de sono. Logo depois de haver cunhado este termo, James Braid se 
arrependeu pois percebeu que cientificamente a hipnose não poderia ser 
comparada ao sono, sendo um estado justamente oposto ao sono, de 
intensa atividade psíquica e mental. Braid utilizava basicamente a hipnose 
como forma de se obter a anestesia cirúrgica e para ensinar auto-hipnose 
aos pacientes, lembrando que o éter foi introduzido somente 1846 e o 
clorofôrmio em 1847. 
 
Durante muitos anos a hipnose foi esquecida e mal interpretada por não 
se compreender na época a natureza e dinâmica dos seus fenômenos. Ela 
foi resgatada na França por duas importantes escolas de pensamento que 
possuíam visões muito distintas sob o fenômeno da hipnose: a escola de 
Salpêtrière, liderada por Jean-Martin Charcot (1835-1893) e a escola de 
Nancy, comandada por Auguste A. Liebeault (1823-1904) e Hipolyte 
Bernheim (1840-19191). 
 
A escola de Salpêtrière tinha como líder Charcot, o neurologista mais 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
88 
A HISTÓRIA DA HIPNOSE 
 
 
importante e conceituado da época, o qual estava estudando os estados 
hipnóticos para tratamento de pacientes histéricos. Em um trabalho 
apresentado em 1882, na Academia Francesa de Ciências, Charcot 
considerou a hipnose como um estado patológico de dissociação, 
comparando o transe ao processo histérico e a anormalidades no sistema 
nervoso. A relação entre hipnose e doença obteve grande aceitação no 
meio científico, vindo a influenciar segundo este ponto de vista teóricos 
como Freud. 
 
Diferentemente da escola de Salpêtriere, a Escola de Nancy de Liébeault e 
Bernheim do século XIX, também estudava a hipnose e seus fenômenos 
por mais de 100 anos conforme descritos por Braid, pensando a hipnose 
como um estado de consciência normal e natural do ser humano, tendo 
um ponto de vista muito distinto de Charcot. Liebeault e Bernheim 
retomaram a idéia original de Braid de que a indução hipnótica decorria 
da sugestão, realizando inúmeros estudos e experimentações científicas. 
 
Estas duas escolas com pontos de vista distintos discutiam no meio 
científico e acadêmico o uso da hipnose, fazendo com que novamente a 
hipnose fosse alvo de interesse no meio científico. Em 1889, Charcot 
organizou o I Congresso Internacional de Hipnotismo Experimental e 
Terapêutico em que contou com a presença do psicólogo americano 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
89 
A HISTÓRIA DA HIPNOSE 
 
 
William James, o criminalista italiano Lombroso e o jovem psiquiatra 
Sigmund Freud. Livros passaram a ser escritos e revistas científicas 
começaram a publicar artigos sobre hipnose. William James incluiu um 
capítulo sobre hipnose em seu livro Princípios de Psicologia, e Wilhelm 
Wundt, considerado o pai da Psicologia como Ciência, escreveu um livro 
sobre hipnose. 
O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS 
Capítulo 14 
91 
FRANZ ANTON 
MESMER 
 
Franz Anton Mesmer (1734–1815) acreditava que 
existia uma forma magnética ou "fluido" universal 
que influenciava a saúde do corpo humano. 
 
A saúde e a doença seriam frutos de desequilíbrios 
deste fluido universal. Ele fez experiências com ímãs 
para alterar este campo, e portanto, realizar curas. 
 
Por volta de 1774, ele concluiu que os mesmos 
efeitos poderiam ser criados com movimentos das 
mãos, a uma distância, na frente do corpo do 
paciente, conhecido como fazer "passes 
mesméricos". A palavra mesmerizar se origina do 
nome de Franz Anton Mesmer, e foi 
intencionalmente utilizada para separar seus 
utilizadores dos vários "fluidos" e teorias 
"magnéticas" que eram utilizadas dentro da 
denominação "magnetismo". 
 
Em 1780, a pedido do rei francês Luis XVI, uma 
Comissão de Inquérito iniciou investigações para 
Aqui é um espaço 
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O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
92 
FRANZ ANTON 
MESMER 
 
confirmar se existia mesmo um Magnetismo Animal. 
Entre os membros da comissão estavam o pai da 
química moderna Antoine Lavoisier, o cientista 
Benjamin Franklin e um especialista em controle da 
dor Joseph-Ignace Guillotin. Mesmer conseguia 
resultados espetaculares em muitos casos nos quais 
os médicos convencionais não conseguiam ajudar. 
Este fato já havia enfurecido a comunidade médica 
que o forçou, nesta época, a sair de Viena para Paris. 
 
Quando nenhuma evidência científica foi encontrada 
para explicar essas curas, elas foram proibidas. 
O mesmerismo permitia induzir a estados alterados 
de consciência e era possível até mesmo realizar 
cirurgias sob anestesia hipnótica por esse método. 
Em Londres foi fundado o "Mesmeric Hospital", por 
John Elliotson, discípulo de Mesmer. 
 
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O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
93 
JAMES BRAID 
 
James Braid (1795-1860), iniciou a hipnose científica. 
Cunhou, em 1842, o termo hipnotismo (do grego 
hipnos = sono), para significar o procedimento de 
indução ao estado hipnótico. Hipnose, hipnotismo, 
ficou logo claro, eram termos inadequados (não se 
dorme durante o processo). 
 
O uso, porém, já os havia consagrado e não mais se 
conseguiu modificá-los, remanescendo até a 
atualidade. 
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O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
94 
JAMES ESDAILE 
 
James Esdaile (1808-1868), utilizou, como cirurgião, 
o sonambulismo magnético (hipnoanalgesia) para 
realizar aproximadamente 3.000 (três mil) cirurgias 
sem a necessidade de anestésicos químicos. 
 
Nestas estão incluídas até mesmo extração de 
apêndice entre outros procedimentos de grande 
vulto. Todas as cirurgias estão devidamente 
catalogadas. 
 
Talvez o método de Esdaile não tenha tido maior 
projeção científica porque, à mesma época, foram 
descobertos os anestésicos químicos (éter, 
clorofórmio e óxido nitroso) que passaram a fazer 
parte dos procedimentos médicos da nobreza 
europeia. 
 
Curioso é saber que os anestésicos químicos 
mataram muito mais pessoas que se imagina, dada à 
ignorância das reações ao procedimento. Tal nunca 
ocorreu com a hipnose. 
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O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
95 
IVAN PAVLOV 
 
Ivan Pavlov (1849-1936), famoso neurofisiologista 
russo, conhecido por suas pesquisas sobre o 
comportamento, que foram o ponto de partida para 
o behaviorismo e o advento da psicologia científica 
do comportamento; estudou os efeitos da hipnose 
sobre o córtex cerebral e a indicação terapêutica 
deste tipo de intervenção. Aqui é um espaço 
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O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO 
96 
JEAN CHARCOT 
 
Jean Charcot (1825-1893), conhecido médico da 
escola de Salpetriére (França), professor de Freud, 
estudou os efeitos da hipnose em pacientes 
histéricos. 
 
Charcot afirmava que apenas histéricos eram 
hipnotizáveis, mas outros médicos contemporâneos 
constataram que a hipnose é parte do 
funcionamento normal do cérebro de qualquer 
pessoa. 
 
Muitos dos erros cometidos por Charcot (e repetidos 
por Freud) levaram a crer na ineficácia da hipnose, o 
que foi rebatido anos depois. 
 
Aqui é um espaço 
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O GUIA DEFINITIVO DA HIPNOSE - POR CÉSAR BUENO

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