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Paper de Pratica Tema: Fontes Audiovisais -(Completo)

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10
O USO DAS FONTES E A PESQUISA HISTÓRICA 
Denilson Silva Cruz
Carlos Augusto Paranha Lima Silva
Willian dos Santos Pereira
Prof. Alisson Gomes da Silva Nogueira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Licenciatura em História (MAD 0496) – O uso das Fontes e a Pesquisa Histórica
18/09/2019
	
RESUMO
O presente trabalho, foi feito a partir da análise e avaliação de dados, e tem como principal objetivo abordar e discorrer sobre as fontes históricas, particularmente, sobre fontes audiovisuais, onde temos como material de estudo o filme Tropa de Elite de José Padilha, do qual faremos uma análise mais aprofundada analisando e abordando de modo a tratá-la como uma fonte histórica, abordando sobre o embasamento deste. De antemão, convém ressaltar que a utilização de fontes históricas é de fundamental importância para quem pretende iniciar qualquer pesquisa histórica, sendo está um elemento a ser estudado. É importante ressaltar também que, atualmente devido ao grande apelo visual fomentado pelo avanço tecnológico cada vez mais presente em nossas vidas, vivemos uma necessidade muito grande do que envolve imagens e sons, é nessa perspectiva que entra as fontes históricas audiovisuais. O acesso às fontes históricas, principalmente às fontes audiovisuais tem se tornado cada vez mais fácil, em razão aos avanços dos vários meios de comunicação presentes nos dias atuais, sendo assim, tratamos aqui de descrever com clareza da contribuição do filme, para com o passado atrelado a este, já que, o acesso a este tipo de conteúdo e/ou material está cada vez mais facilitado em decorrência da implementação e ampliação tecnológica do mundo globalizado. Entretanto, é explanado no decorrer do trabalho que não se deve considerar nenhuma fonte histórica como verdade absoluta, como abordado por alguns autores, onde discute-se que cabe ao historiador determinar a qualidade da fonte, mas nunca considerando-a como verdade absolutamente neutra.
Palavras-chave: Fontes históricas, fontes audiovisuais, análise, avaliação.
1. INTRODUÇÃO
O uso da fonte histórica é de fundamental importância para quem pretende iniciar qualquer pesquisa histórica, sendo ela o elemento a ser estudado ou elemento que irar servir como prova de algo que se busque comprovar ou até mesmo sustentar uma tese, mas o que seria uma fonte histórica e o que constitui a pesquisa histórica? 
A pesquisa histórica pode ser definida da seguinte forma "[...] é a descoberta cuidadosa, exaustiva e diligente de novos fatos históricos, a busca de documentos, que provam a existência dos mesmos, permita sua incorporação ao escrito histórico ou a revisão e interpretação nova da história" (CAMARGO 1971, p.135 apud RODRIGUES 1969, p. 283). Já a fonte histórica segundo Barros 2011 é “[...] tudo aquilo que, produzido pelo homem ou trazendo vestígios de sua interferência, pode nos proporcionar um acesso à compreensão do passado humano.” 
 Parafraseando a ideia do autor Vilar (2014) onde ele afim de simplificar o entendimento acerca das mais variadas fontes históricas, ele as divide em três categorias com intuito de agrupar os tipos de fontes históricas tradicionalmente conhecidas além de elencar os novos tipos de fontes modernas. 
 Podemos então dizer que essencialmente as categorias de fontes históricas são: Fontes Escritas, Fontes Materiais (fontes não-escritas), Fontes Imateriais (ou fontes não-materiais). As fontes escritas são: documentos como; arquivos públicos ou privados, leis, livros, cartas ou qualquer outra fonte escrita. Já as fontes materiais podem ser as mais variadas formas de objetos como:, moedas, armas, roupas, máquinas, utensílios, ferramentas, pinturas, fotos, esculturas, instrumentos, construções, dentro deste grupo também se inclui as fontes arqueológicas, que se tratam de vestígios de civilizações humanas através de escavações e que não pode ser confundida com outra ciência que trabalha com uma fonte histórica que advém também de escavações que é a paleontologia que visa o estudar as outras espécies como: animais, vegetais e a própria geologia da terra, ainda podemos incluir dentro deste grupo as fontes de cunho de áudio, audiovisual e digital, que esta última vem se tornado um fonte muito comum de pesquisa, mas que deve se atentar ao cuidada com sua fonte, por se tratar de um meio onde a uma forte disseminação de coisas falsas. E as fontes imateriais ou fontes não-material, para Vilar (2014) são: 
Basicamente define-se fonte não-material aquilo que não é tangível, aquilo que não está registrado num suporte físico (papel, pergaminho, madeira, pedra, argila, meio digital, etc.), mas que se transmite através da cultura de forma oral, corporal e simbólica. Festas, ritos, cultos, celebrações, música (aqui no sentido de melodia), dança, teatro, ofícios, história oral, costumes, hábitos, lendas, saberes, folclore, mitologia, etc., tudo que esteja relacionado a vida cotidiana de uma comunidade, de uma sociedade, que represente aspectos sociais e culturais de um povo. (grifo nosso)
Todos esses elementos fazem parte e poderão ser explorados dentro da pesquisa histórica. Dentre os variados tipos de fontes, uma que se destaca em tempos atuais, devido ao maior acesso a informação, proporcionado pela internet, esta as fontes audiovisuais que oferecem uma maior facilidade ao acesso de conteúdos históricos, por meio da catalogação da mesma, em convertida em conteúdo digital, o que abre a possibilidade de cada vez mais pesquisadores tenham a oportunidade de realizar estudos e de poderem se aprofundar em uma pesquisa histórica.
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Atualmente habitamos num mundo denominado de “sociedade da informação”. Onde nos vemos dominados por imagens e sons registrados e amplamente difundidos pelos mais distintos meios de comunicação, como podemos averiguar segundo as palavras de Napolitano:
“Cada vez mais, tudo é dado a ver e a ouvir, fatos importantes e banais, pessoas públicas e influentes ou anônimas e comuns. Esse fenômeno, já secular, não pode passar desapercebido pelos historiadores, principalmente para aqueles especializados em História do século XX.” (NAPOLITANO, 2005, p. 235).
Diante dessa colocação, é importante discorrer que os documentos escritos deixaram de ser a única fonte procurada mediante o surgimento de novas fontes históricas como é sugerido por Michelato (2010) que aborda, que o documento escrito perdeu a unicidade quando nos referimos as fontes para estudos, pois atualmente o historiador tem novas soluções como: história em quadrinhos, fotografias, músicas, TV. A imagem no mundo de hoje tem cada vez mais destaque no dia-a-dia dos indivíduos, já que, vivemos num mundo cheio de recursos tecnológicos, mídias, com um apelo visual muito forte.
Os diversificados meios de comunicação existentes na atualidade nos auxiliam a atrelar conhecimento e história num jogo de som e imagem, assim como nos oferecem uma gama de novos conhecimentos visuais que talvez não possam somente serem imaginados, como aponta Cerigatto e Casarin (2015 apud Junior, 2014), as distintas produções audiovisuais nos concedem a liberdade de dialogar e conhecer distantes maneiras de interpretação simbólica (gráficos, textos, notas musicais, ícones, imagens). Além disso, filmes, novelas, documentários etc. podem produzir outras narrativas bem distintas em comparação às informações dos livros, revistas e jornais da mídia impressa, o que nos possibilita correlacionar discursos e apreender significados diferentes, de acordo com o meio. 
Alguns exemplos de produções audiovisual que estão intimamente ligados à vida cotidiana das pessoas é o cinema, a TV e a música, onde Moran (2005), abrange que a força de comunicação propagada pelos meios eletrônicos, em particular da televisão, e também o cinema, deve-se à aptidão de unir e sobrepor a mistura de linguagens distintas, que inclui imagens, falas, música, escrita, dentro de uma único fluxo de narrativa, “uma conexão pouco limitada, gêneros, conteúdos e limites éticos pouco distintos, oque lhe possibilita alto grau de aleatoriedade, de flexibilidade, de acomodação à concorrência, a novas situações”.
Em uma sociedade mediatizada, nos deparamos não apenas com diferentes “saberes”, assim como também com múltiplos modelos de mediação e transmissão desses saberes. Por conseguinte, são alterados os modos de aprender concernentes a esses saberes como aborda Pires:
“No atual momento civilizatório, a tecnologia não agrega somente novos artefatos e novos modos de fazer, introduz também outra dinâmica em que o tempo e o espaço são reelaborados, produzindo novas formas de relacionamento entre as pessoas. Em que estas continuam buscando um sentido para sua existência.” (PIRES, 2010, p. 283).
Há hoje, com o advento da globalização, uma grande expansão de tecnologias voltadas para o uso em vídeo-gravações individuais o que permite que cada um tenha a possibilidade de guardar recordações suas como é esclarecido por Behar e Filho:
“O processo de avanço tecnológico e globalização tem indicado uma democratização do audiovisual, uma vez que possibilita dar voz aos grupos e atores sociais historicamente excluídos do mundo cinematográfico ou televisivo, ou que no máximo eram representados de forma estereotipada, depreciativa, por conta de interesses ideológicos liberais, que se guiam pela lógica do mercado.” (BEHAR e FILHO, 2007, p. 2).
De acordo com Marcos Napolitano, existem dois extremos de interpretação das fontes audiovisuais que devem ser notados atentamente, pois desenvolvem um paradoxo: 
“Por um lado, as fontes audiovisuais (cinema, televisão e registros sonoros em geral) são considerados por alguns, tradicional e erroneamente, testemunhos quase diretos e objetivos da história, de alto poder ilustrativo, sobretudo quando possuem um caráter estritamente documental, qual seja, o registro direto de eventos e personagens históricos. Por outro lado, as fontes audiovisuais de natureza assumidamente artística (filmes de ficção, teledramaturgia, canções e peças musicais) são percebidas muitas vezes sob o estigma de subjetividade absoluta, impressões estéticas de fatos sociais objetivos que lhe são exteriores.” (NAPOLITANO, 2005:235-236).
Diante disso, Feitosa (2013) ressalta que, embora a imagem cinematográfica não tenha o regulamento de depoimento neutro da realidade, já que, do seu registro à seu lançamento são diversas as formas de manipulação da imagem, o reconhecimento de qualidades subjetivas do cinema não deve nos conduzir ao extremo subjetivista, negando os diálogos da obra de arte com a probabilidade de se chegar a um conhecimento válido. Também não devemos dar uma credulidade absoluta à imagem audiovisual. Como no cinema referência e representação equiparam-se, pressupõe-se que seu discurso não foi retirado da imaginação de alguém e que o que é exposto na tela é o próprio real.
Deste modo, é importante ressaltar que os documentos históricos não constituem a história, como abordado por CARR:
“Eles por si mesmo não constituem a história; não fornecem em si mesmo resposta pronta a esta exaustiva pergunta: que é história?” (CARR, 1978, p. 20).
Por tanto como sugerido por Câmara e Pedrosa (2016), a história se arranja em um diálogo constante entre passado subjetivo que são as fontes e presente subjetivo que diz respeito ao historiador. Sendo que a fonte não desponta de modo objetivo o passado que carrega, nem o historiador pode chegar a total neutralidade e imparcialidade.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para construção do presente trabalho, temos como metodologia, a análise de bases teóricas quanto à estudos sobre fontes históricas audiovisuais que serviu como apoio para fundamentar este trabalho e, a análise, avaliação e comparação com a realidade de uma elaboração cinematográfica (filme). Ainda sobre a metodologia empregue, é importante mencionar que utilizamos a análise de dados para comparação com o que realmente aconteceu e vem acontecendo com cada vez mais frequência nos dias atuais, buscando na fonte-base aspectos de caráter realístico que a detenham como uma fonte que agregue valores caracteristicamente verídicos.
Sobre o material utilizado como fonte histórica temos o filme do autor José Padilha – Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro, com duração de 1h 56m, pois retrata de modo fiel um contexto histórico presente na época em que fora lançada, e que ainda hoje é comumente vista em noticiários. É plausível ressaltar ainda, que a escolha da obra parte da elucidação de tais atos corruptos que são retratados no decorrer do filme e que demonstra como atuam os grandes líderes de facções criminosas, agentes do estado, bem como seus líderes políticos presentes no estado do Rio de Janeiro. Ainda a respeito da escolha de tal fonte, cabe mencionar que isto se deu devido a contribuição histórica que este filme traz, já que, retrata fatos que estão realmente presentes em nosso cotidiano e que geralmente são atenuados pelo pagamento de propina ou garantia de recursos com dinheiro de atos corruptos, não que a fonte constitua verdade absoluta, mas sim pelo que é retratado, que é muito comum na realidade da época e também atualidade.
O desenvolvimento deste filme teve como base o livro denominado Elite da tropa, do Antropólogo Luiz Eduardo Soares. O livro nada mais é que um relato a respeito do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), onde é discorrido uma série de relatos reais de ex-policiais, assim toda a trama do enredo foi dividida em dois filmes, parte 1 e parte 2, onde temos o desmembramento de organizações criminosas que atuavam dentro da própria corporação policial, assim como também atuavam dentro do governo do estado do Rio de Janeiro além de se estender a ao congresso de Brasília. 
FIGURA 1: PÔSTER DO FILME TROPA DE ELITE 2
 FONTE: Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/
 wiki/Tropa_de_Elite_2:_o_Inimigo_agora_%C3%89_Outro>. Acesso em 01 nov 2019
Assim sendo, para a elaboração do trabalho, extrairmos um trecho do filme Tropa de Elite 2, onde na cenas fora explanado e resumido ao mesmo tempo, toda a história por traz da obra, e onde na mesma é possível se fazer uma conexão com a realidade, foi então escolhida a última parte deste filme, no tempo de 1h 42m 00s ao tempo de 1h 48m 47s que consiste no depoimento do Coronel Nascimento (interpretado por Wagner Moura) na CPI, na qual o mesmo expõe atos corruptos de policias e políticos envolvidos, deixando claro que o problema de segurança pública vai muito mais além do que possa ser imaginado. 
A sequência das narrativas apresentadas pelo personagem coronel Nascimento, nos apresenta uma relação direta entre a ficção e realidade, onde através de alguns elementos e agentes públicos, podemos perceber e reconhecer alguns deles a partir da citação de seus cargos. Esses elementos presentes no filme podem ser a representação de nomes apontados na CPI das Milícias do estado do Rio de Janeiro de 2008 presidida pelo deputado estadual RJ Marcelo Freixo, onde foram indicados por envolvimento com milícias 218 pessoas entre ex-deputado, policiais civis e militares, bombeiros militares, agentes penitenciários, militares das forças armadas e civis comuns. Vejamos alguns exemplos:
 1h 45m 08s - 1h 45m 16s – Deputado Fortunado o senhor é chefe de uma das maiores organizações criminosas dessa cidade. 
 A frase se assemelha a uma das indicações para serem investigadas na CPI das Milícias do estado RJ (2008, pag. 264): 
5. Encaminhar à Corregedoria desta Casa, para fins de acompanhamento de processo em curso, denúncia do Ministério Público e outras recebidas pelo Disque Milícias que acusam o deputado estadual Jorge Luiz Hauat, ―Jorge Babu‖ (PT), de ser ―líder da milícia― com atuação em Santa Cruz e Guaratiba.
 1h 45m 20s - 1h 45m 26s – O senhor age em parceria com o comandante, o ex-comandante da polícia militar do Rio o ex-secretário de segurança.
 “ XXIX – Cópia da denúncia (encaminhadapelas peças de informação 2008.062.00014), oriunda do IP 031/07 da COINPOL, figurando como denunciados Jorge Luiz Hauat (Jorge Babu, Deputado/RJ), Carlos Jorge Cunha (tencel da PMERJ),[...] ” , Outra frase semelhante que também encontramos na CPI das Milícias do estado RJ (2008, pag. 247). 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante de tudo que foi exposto no decorrer deste trabalho, é possível notar que, nos tempos atuais existe realmente uma necessidade muito grande de visualizar e ouvir, pois ao mesmo tempo em que as fontes audiovisuais, como é o caso do cinema, nos possibilitam a liberdade de imaginar e sentir-nos dentro da obra, nos favorecem o desmembramento e o detalhamento de cada cena, e embora a produção seja apenas baseado em fatos documentais, já é o suficiente para fazer-nos refletir consideravelmente a respeito de muitas mazelas existente no atual mundo em que vivemos.
Do mesmo modo, não podemos tomar a fonte cinematográfica utilizada para construção deste trabalho como verdade absoluta, pois como pôde ser observado na formulação de ideias de outros autores, uma vez que o cinema não se obriga a narrar os fatos de maneira rigorosa é comum que dentro do enredo o cineasta lance mão de elementos de ficção que envolva melhor a história ou complete suas lacunas, nenhuma fonte história é suficientemente capaz de mostrar o passado absoluto que carrega, assim como, nenhum historiador pode chegar a neutralidade total de tal passado levando em consideração apenas a fonte histórica.
Portanto, há um cuidado muito grande a ser tomado quando no emprego de fontes históricas, pois estas não são a história, se não fatos que de algum modo retratam os vestígios históricos presentes em um determinado contexto da história, mas que não devem ser tomadas como verdade absoluta.
Sendo assim, de acordo com as observações feitas a partir do material utilizado, é possível notar uma soma de códigos e linguagens sociais representadas no filme que retrata um contexto histórico muito comum ainda hoje, bem como, conduz a um entendimento de como atuam os grandes líderes de organizações criminosas, não que este conduza a um entendimento absoluto da funcionalidade realística por traz da fonte, mas sim um entendimento parcial a respeito dos fatos mencionados e retratados na obra.
Além disso, a obra nos conduz a imaginar que o que está sendo retratado é realmente a verdade, em razão principalmente dos contextos sociais em que se desenvolve, mostrando de forma explicitaria distintas ações e atividades que ocorrem em todo o desenrolar do filme com um discurso tende a prender o espectador. Este fenômeno também é abordado pelos teóricos aqui expostos, no entanto, isto não quer dizer que o que é retratado é realmente a história. 
Embora seja de conhecimento geral que, a corrupção está profundamente arraigada nas intuições públicas de todo o país, é notável o choque ao qual somos expostos quando contemplamos tal obra. São muitos os problemas relacionados à segurança pública que eram presentes na época de lançamento do filme e que ainda hoje são tão presentes quanto antes, no entanto, temos que nos atentarmos à questão de que o material empregue para realização do trabalho não constitui a verdade neutra. Porém é compativelmente importante dizer que o trabalho ao qual o filme se embasa é uma narrativa com relatos de ex-policiais da corporação que pode ou não conter falsas afirmações, sendo necessário desse modo, um estudo mais aprofundado.
5. CONCLUSÃO
Portanto, de acordo com o que pôde ser compreendido através do aprofundamento no tema, é possível concluir que, diante dos distintos avanços tecnológicos que temos atualmente, as fontes históricas, particularmente as fontes audiovisuais, podem ser acessadas com uma maior facilidade, já que, nos dias de hoje todos têm um computador ou até mesmo um celular o que facilita o acesso a essas fontes e favorece cada vez mais o seu estudo como contribuição histórica.
De todo modo, vale ressaltar a importância de um estudo aprofundado a respeito da fonte histórica que se deseja utilizar, pois há uma linha tênue entre o subjetivo e o objetivo, cabendo ao historiador jugar o grau de veracidade de tal fonte, mas nunca à tendo com extremo de neutralidade absoluta. 
Sendo assim, é possível concluir ainda que com a pesquisa histórica há a possibilidade da descoberta de um determinado contexto ao qual se busca e, que com a utilização de fontes audiovisuais estes estudos ficaram mais fáceis de serem efetivados, pois os materiais para tal estudo podem ter fácil acesso, dando a este tipo de fonte um maior grau de disseminação e propagação. É importante completar ainda que, este estudo contribuiu para a aquisição de novos conhecimentos que agregaram ainda mais valor aos conhecimentos já adquiridos, contribuindo assim para o desenvolvimento deste trabalho e para a personalidade de cada integrante deste grupo.
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Comissão Parlamentar de Inquérito (Resolução nº 433/2008). Rio de Janeiro, 2008.
BARROS, José D'Assunção. Fonte Histórica (1) O que é fonte histórica? Blog escrita da História. São Paulo, 08 jan 2011, Disponível em: <http://escritasdahistoria.blogspot.com/2011/01/fonte-historica-1-o-que-e-fonte.html>. Acesso em: 15 set. 2019
BEHAR, Regina Maria Rodrigues; FILHO. Paulo Josafá de Araújo. AUDIOVISUAL, MEMÓRIAS E SUBJETIVIDADES. Departamento de História – PROLICEN, 2007. 13p.
CÂMARA, Bruno Augusto Dornelas; PEDROSA, Gabriel Medeiros Alves. As Múltiplas Relações entre a Sétima Arte e a História: O Filme como Fonte Histórica. Revista Diálogos N.º 16 – Set./Dez. – 2016. P. 59-89.
CAMARGO, Célia Reis. A Pesquisa Histórica no Brasil Por José Honório Rodrigues. Revista de Administração de Empresas. São Paulo Jun. 1971, Vol.11 n. 2, p. 135. Resenha Bibliográfica, Scielo. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901971000200019>. Acesso em: 15 set. 2019
CARR, E. H. Que é história?. 2ª ed. Rio de Janeiro-RJ: Paz e Terra, 1978. Disponível em <https://filosoficabiblioteca.files.wordpress.com/2018/12/Edward-Hallet-Carr-Que-%C3%A9-Hist%C3%B3ria-rev.pdf> acesso em 02/11/2019.
CERIGATTO, Mariana Pícaro; CASARIN, Helen de Castro Silva. O audiovisual como fonte de informação na escola: desafios para a média. Bibl. Esc. em R., Ribeirão Preto, v. 3, n. 2, p. 31-52, 2015. 
FEITOSA, André Fonseca. O DOCUMENTÁRIO ENQUANTO FONTE HISTÓRICA: POSSIBILIDADES E PROBLEMÁTICAS. XXVII Simpósio Nacional de História – AMPUH Brasil, 2013. 17p.
MICHELATO, Edna Pereira. TRABALHO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA: O uso, a organização e interpretação de fontes históricas no contexto escolar. Governo do Paraná – Secretária de Educação, v.2. 2010. 101p.
MORAN, J. M. Desafios da televisão e do vídeo à escola. In: ALMEIDA, M. E. B.; MORAN, J. M. Integração das tecnologias na educação: salto para o futuro. Brasília: Ministério da Educação, 2005. p. 97-100. 
NAPOLITANO, Marcos. A História depois do papel. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org). Fontes Históricas. 3ª ed. São Paulo-SP: Editora Contexto, 2005, p. 235-289.
PIRES, E. G. A experiência audiovisual nos espaços educativos: possíveis interseções entre educação e comunicação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 01, p.281-295, jan. 2010. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ep/v36n1/a06v36n1.pdf> acesso em 02/11/2019.
FILMES
PADILHA, José. Tropa de Elite 2. Rio de Janeiro, RJ, 2010. Zazen Produções; Globo Filmes e Feijão Filmes.

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