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Curso de Engenharia Civil Disciplina Hidráulica Capítulo 7 Escoamento em Tubulações: Perda de Carga Professor Henrique da Silva Pizzo Centro Universitário Estácio Juiz de Fora 1 Hidráulica Capítulo 7 Escoamento em Tubulações: Perda de Carga Prof. Henrique Pizzo 2 7.1- Introdução. Definições. a) Condutos Pressurizados ou Forçados: funcionam com a seção cheia (seção plena) e estão, em geral, sob pressão maior que a pressão atmosférica; b) Condutos Livres: funcionam como canais, estando sujeitos à pressão atmosférica. 3 Condutos Pressurizados Condutos Livres 4 Osborne Reynolds Físico Osborne Reynolds foi um físico britânico. Filho do Reverendo O. Reynolds, sacerdote na igreja anglicana e também respeitado acadêmico, formado em Cambridge em 1867, diretor da Belfast Collegiate School e, mais tarde, da Dedham School em Essex. Nascimento: 23 de agosto de 1842, Belfast, Reino Unido Falecimento: 21 de fevereiro de 1912, Watchet, Reino Unido Educação: Universidade de Cambridge, Queens' College, Cambridge, Victoria University of Manchester 7.2- Experiência de Reynolds: Regimes Laminar e Turbulento. 5 Experiência de Reynolds 6 a – laminar b, c – turbulento Experiência de Reynolds 7 Experiência de Reynolds 8 Experiência de Reynolds 9 Experiência de Reynolds https://www.youtube.com/watch?v=sDNueKVYEC0 10 Experiência de Reynolds 11 Número de Reynolds (Re) – adimensional v – velocidade do fluido (m/s) D – diâmetro da canalização (m) ν – viscosidade cinemática (m2/s) D. Re v Re < 2.000 – regime laminar Re entre 2.000 e 4.000 – regime de transição Re > 4.000 – regime turbulento Nas condições práticas, o regime da água nas canalizações é turbulento. 12 Variação da viscosidade cinemática (ν) da água com a temperatura ν - dada em(m2/s) - o valor da tabela deve ser multiplicado por 10 -9 13 7.3- Natureza da Perda de Carga (Resistência ao Escoamento) No regime laminar, a perda de carga (hf) ocorre inteiramente devido à viscosidade. Embora comumente designada por perda por fricção ou atrito, não deve ser entendida como a mesma forma de atrito que ocorre com os sólidos (não há movimento do fluido junto às paredes do tubo). Pode-se imaginar uma série de camadas em movimento, com velocidades diferentes, responsáveis pela dissipação de energia. No regime turbulento, a resistência é o efeito combinado das forças devidas à viscosidade e à inércia. 14 Esquemático da equação de Bernoulli 15 7.4- Perda de Carga ao Longo das Canalizações (hfDISTR) Conhecida por perda distribuída ou contínua ou longitudinal. É aquela perda igualmente distribuída pelo escoamento da água na tubulação. Admite-se que seja uniforme em qualquer trecho de uma canalização de dimensões constantes, independente da posição dessa. gD L fhf 2 .. 2v f – coeficiente de atrito (adimensional) L – comprimento da canalização D – diâmetro da canalização v – velocidade de escoamento g – aceleração da gravidade Fórmula Universal ou de Darcy-Weisbach 16 7.5- Natureza das Paredes dos Tubos: Rugosidade Devem ser considerados: a) O material empregado na fabricação dos tubos; b) O processo de fabricação dos tubos; c) O comprimento de cada tubo e o número de juntas na tubulação; d) A técnica de assentamento; e) O estado de conservação das paredes dos tubos; f) A existência de revestimentos especiais. Pode-se verificar alterações na superfície interna dos tubos, com o passar do tempo: incrustações, corrosão e tuberculização. 17 Fenômenos do envelhecimento dos tubos Com o tempo, os tubos (ex.: ferro fundido e aço) podem ser atacados por fenômenos de natureza química, relativos aos minerais presentes na água, surgindo protuberâncias (tubérculos) ou reentrâncias (corrosão). Outro fenômeno (incrustações) que pode ocorrer nas canalizações é a deposição progressiva de substâncias contidas na água (águas duras, com teores elevados de certas substâncias, principalmente sais de cálcio). Com isso, o tubo passa a apresentar maior resistência ao escoamento. 18 Fenômenos do envelhecimento dos tubos 19 Incrustação Corrosão Tuberculização Fenômenos do envelhecimento dos tubos Os tubos não metálicos costumam apresentar capacidade de condução constante ao longo do tempo. 20 7.6- Perdas de Carga Localizadas (hfLOC) Também conhecidas por locais, acidentais ou singulares. Decorrem especificamente de pontos ou partes bem determinadas da tubulação, ao contrário do que se verifica com as perdas distribuídas. Ocorrem em peças especiais e demais singularidades de uma instalação. 2 LOC 2g v .Khf K – coeficiente obtido experimentalmente (adimensional) v – velocidade g – aceleração da gravidade 21 Coeficientes K (perdas de carga localizadas) 22 Entrada em canalização 23 Saída de canalização a) K = 0,9 a 1,0 b) K = 1,0 24 7.6.1- Método dos Comprimentos Virtuais (L VIRTUAL) hfDIST= ; 2 LOC 2g v .Khf 2g v . D L .f 2 Imaginando-se que a peça responsável pela perda de carga localizada possa ser substituída por uma canalização imaginária, que gere a mesma hf: , que é o comprimento equivalente de canalização. Para o cálculo da perda de carga total (hf TOTAL = hf LOC + hf DIST) deve-se somar o LEQ. ao LREAL , obtendo-se o LVIRTUAL. De posse desse último, será calculada a hf TOTAL. 22 2g v .K 2g v . D L .f K D L .f f D.K LEQ. 25 Comprimentos Equivalentes (Método dos Comprimentos Virtuais) 26 7.7- Importância Relativa das Perdas Localizadas Em geral, as perdas de carga localizadas podem ser desprezadas em: -Tubulações longas (L/D > 4.000) (ex.: linhas adutoras, redes de distribuição); - Canalizações onde a velocidade é baixa e o número de peças especiais não é grande; As hf LOC não devem ser desprezadas em: - Canalizações curtas; - Encanamentos que incluem grande número de peças especiais (ex.: instalações prediais e industriais, encanamentos de recalque (bombas) e condutos forçados das usinas hidrelétricas); - Tubulações com altas velocidades. Exercícios!! 27
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